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ATPS de Libras

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UNIVERSIDADE ANHANGUERA-UNIDERP
PEDAGOGIA
1º SEMESTRE
ATPS DE LIBRAS
Tutor a Distância: 
SOROCABA/SP
ATPS de LIBRAS
 Cultura dos Surdos
Os surdos são indivíduos utilizadores de uma comunicação espaço visual, tendo como principal meio de conhecer o mundo, com uma cultura característica no Brasil eles desenvolveram LIBRAS, já outros por viverem isolados onde não existiam uma comunidade surda, apenas se comunicam por gestos.
Com o progresso e pesquisas sobre a cultura surda esta contribuindo para as modificações da visão dos surdos, compartilhada pela sociedade ouvinte, estes estudos estão divididos entre duas categorias: os portadores de surdez adquirida em idade adulta proveniente de algum acidente e aqueles cuja surdez é um traço fisiológico distintivo, não vindo necessariamente de um deficiência neurológica ou mental, é o caso da surdez congênita. No caso dos surdos que dominam apenas uma língua de sinais imposta por seus pais os desfavorecem e os colocam em desvantagem em relação ao aprendizado e o desenvolvimento da língua de sinais.
Existe no Brasil duas leis, que conferem ao surdo o direito a interprete de LIBRAS e o depoimento e o julgamento desses. E também o processo de inclusão do educando surdo nas classes de ensino regular. 
A língua de sinais é um idioma natural dos surdos, vem de uma criação natural independente do lugar onde vivem. De um outro lado esta errado dizer que a língua de sinais é a língua materna, esta sendo o primeiro idioma de uma pessoa, o segundo processo é a reprodução da língua que a criança absorve com a interação com seus pais.
Segundo Socks (1998), cerca de 95% das crianças que nascem surdas vem de pais ouvinte, e quando se descobre a surdez os pais não podem fazer muita coisa senão ter uma comunicação por modo oralizado ou providenciar que aprenda a língua de sinais.
LIBRAS
Língua de sinais é uma língua que se utiliza de gestos, sinais, expressões faciais e corporais ao invés de sons na comunicação, a língua de sinais é de aquisição visual e produção espacial e motora. Assim como existem vários idiomas, a língua de sinais também esta presente em outros países e com sua própria característica, como exemplo no Brasil (LIBRAS), Portugal (LGP), e Angola (LAS).
Não se sabe exatamente quando a lingua de sinais teve inicio, mas acredita-se que foi na mesma época que a lingua oral ou ate mesmo antes, isto é questionado ao observar um bebe, pois primeiramente se desenvolve a coordenação motora dos membros antes de tornar capaz sua fala. As línguas de sinais são criações espontâneas do ser humano e se aprimoram exatamente da mesma forma que as línguas orais, nenhuma língua é inferior ou superior a outra. No Brasil é utilizado o alfabeto dactilogico que de acordo com o Instituto Nacional da Educação de Surdos (INES) é formado por 27 formatos ou configurações diferentes das mãos, sendo que cada configuração corresponde a uma letra do alfabeto. Existem alguns aspectos comuns:
Arbitrariedade: as línguas orais podem usar palavras representativas, línguas de sinais tem que conhecer o significado.
Comunidade: as línguas orais tem na comunidade o uso da linguagem materna, passando pela comunidade, família e escola.
Sistema linguístico: as línguas orais são regidas por regras, na língua de sinais também.
Produtividade: as línguas orais tem características produtivas e recursiva, onde o falante produz e compreende infinitos enunciados.
Aspectos contrativos: as línguas orais tem unidades fonológicas d e p, consiste na substituição de uma unidade fonológica por outra.
Evolução e renovação: as línguas orais se modificam, como palavras que caem em desuso e algumas adquiridas, o mesmo acontece na língua de sinais para absorver as necessidades socioculturais.
Aquisição: a aquisição da língua oral é natural desde que esteja propicia do seu nascimento, na língua de sinais o individuo se esforça par aprender a sua língua.
Funções de linguagem: as línguas orais são analisadas de acordo com a suas funções, com a língua de sinais também, sendo suas funções: referencial, emotiva, conotativa, fática, metalinguística e poética.
Processamento: mesmo usando modalidades de produção e percepção, as línguas orais e a língua de sinais são processadas na mesma área do cérebro.
Algumas características são próprias da língua de sinais, Kyle e Woll colocam como propriedade exclusivo uso de gestos simultâneos, uso de espaço, organização e ordem, com isso a língua de sinais usa produção motora (mão, face e corpo) e uma percepção visual. A comunicação gestual dos surdos não é universal, a língua de sinais pertence à comunidade onde vai ser utilizada. 
A língua de sinais no segue ordem nem estrutura frásicas, por isso não é importante colocar um sinal atrás do outro, o importante é representar a informação, reconstruir o conteúdo visual da informação, o surdo lida com memória visual, também possui gramática própria e independente.
Existem diferentes identidades surdas sendo complexas e diversificadas, nessa identidade surda é contada como, por exemplo, filhos surdos de pais surdos, surdos que tiveram contato com a língua de sinais na sua infância, a identidade não é estável, está sempre mudando, a identidade e que impera é a identidade cultural, ou seja, a identidade surda como ponto de partida para identificar outras identidades surdas. 
Projeto de aula para inclusão
O projeto pedagógico de toda escola, deve ter atividade voltada e desenvolvida para a inclusão de alunos com deficiência auditiva, incluindo Língua Brasileira de Sinais, atividades que vão despertar outros sentidos que ficam mais aguçados devido à falta de audição.
O professor quando desenvolve um projeto que vai trabalhar em sala de aula, deve observar as atividades inclusivas, tendo também a organização da sala, para que possa ter uma compreensão total e imprescindível da turma.
A atividade pode ser aplicada para a sala inteira, mudando somente a forma a ser aplicada e deve atender a necessidades de cada aluno. Na escola infantil pode- se usar todos os aspectos propostos, utilizando figuras, imagens e outros.
A pessoa ou criança surda presta atenção no rosto, pois interpreta expressões corporais e faciais, também é utilizado à dramatização, podendo contar histórias e ajudando o aluno a organizar suas coisas, quando usado jogos de faz- de- conta ajuda a compreensão e a expressão do aluno.
O professor pode usar a musicalidade, pois a criança surda sente a vibração do som, porém tem que ser usado um tablado de madeira. Também pode- se utilizar brinquedos com sucatas e peças de brinquedos quebrados, pode-se soltar pipas, construir outros objetos e também usando quebra- cabeça ajuda a estimular a memorização.
Uma criança surda que está habituada com a língua de sinais desde bebe, quando estiver entre cinco e onze anos ela conseguirá comunicar-se através de sinais, assim com movimentos corporais poderá brincar de roda, pega-pega, esconde-esconde e muitas outras brincadeiras e quando estimulada ela pode desenhar e contar historia com língua de sinais.
No ensino fundamental a língua portuguesa entra como uma segunda língua para este deficiente surdo porém com mais intensidade, porem a Libras é uma base para este aprendizado, com isso a língua de sinais tem que continuar a e desenvolver, pois aí irá alcançar o aperfeiçoamento, deve-se interpretar texto na língua de sinais e explicando sempre os aspectos de construção dos textos, é importante que se interprete os textos mostrando a parte escrita e as imagens para poder ter relação do conteúdo para que possam ler sozinhos.
Quanto a atividade de matemática deve-se aplicar números e ao lado a imagem da configuração da mão referente, para que os alunos surdos se familiarizem com os símbolos, pode-se atribuir atividades como: soma, multiplicação, subtração, problemas, então pode-se aplicar a matemática de igual.
—Atividade rítmica
Objetivo: desenvolver noções de ritmo e coordenação motora e pode ser realizada em grupo, ajuda à demonstraçãoe a utilização da comunicação através de gestos, o que facilita no aprendizado e fluência em LIBRAS, e também apresenta o conceito de cores para a comunicação.
Objetivo do grupo: demonstrar a utilização da linguagem gestual, de sinais e cores para a comunicação com os alunos deficientes auditivos.
Descrição da atividade:
No primeiro momento os alunos estarão dispostos em círculos e parados deverão bater bola no ritmo estipulado pelo professor. No segundo momento os alunos deverão andar em circulo em volta do professor, batendo a bola de acordo com o ritmo do próprio andar. No terceiro momento os alunos deverão observar as cores e os números indicados pelo professor para formarem grupos durante a execução da atividade:
 Bola vermelha – pare
 Bola amarela – ande
 Bola verde – corra
Exemplo se o professor levantar a bola amarela e o numero dois os alunos deverão andar em duplas.
—Atividades mímicas
É útil para ajudar na desenvoltura gestual, no posicionamento e conhecimento corporal, o que ajuda na comunicação.
—Desenhos e Pinturas
Ajudam no conhecimento e na prática da leitura e estudos diversos.
—Brinquedos e Jogos
Funcionam como uma ponte entre deficientes auditivos e não deficientes, a forma de jogar pode ser descrita por símbolos, jogos como dama, xadrez, dominó, tangram, lego e outros servem como exemplo.
O professor empenhado que tenha amor consegue incluir, alfabetizar com letras, socializar e capacitar qualquer aluno com deficiência auditiva.
Conclusão de línguas de sinais
O modo de comunicação dos surdos é exclusivamente através dos gestos, com isso para poderem se comunicar com os outros foi criada a língua de sinais sendo no Brasil conhecida por Libras. Devido a enumeras pesquisas que estão sendo feitas esta acontecendo um progresso na comunicação e na educação do deficiente auditivo, com isso a sociedade muda a maneira de vê-los os surdos que dominam a língua de sinais interagem com facilidade com a sociedade.
Para os surdos a língua de sinais é o seu idioma natural, indiferente do local onde vivem, (cidade, país) e também da língua materna (primeiro idioma) o que aprenderam com seus pais.
Algumas pesquisam indicam que 95% das crianças que nascem surdas provem de pais ouvintes, com isso os pais encontram uma grande dificuldades para ensina-los assim procuram modos oralizados e ajuda de profissionais.
Na língua de sinais também existem variações linguísticas, variações de uma cidade para outra e de um estado para o outro, porem nada que abale a comunicação entre eles. A língua de sinais é utilizada quando se tem visão e não a audição. A língua de sinais não se sabe quando surgiu, mas acredita-se que junto ou antes da língua oral e como é espontânea deve estar sempre sendo aprimorada pois uma língua não é inferior a outra.
O alfabeto que é próprio dos surdos é o dactilogico de modo que se comunicam soletrando as palavras da língua oral. Certas pesquisas dizem que são 27 configurações diferentes de mãos, sendo que cada uma significa uma letra do alfabeto. Os gestos são exclusivos da língua de sinais assim como a organização de espaço, coordenação motora, percepção visual.
A língua oral e a língua de sinais são universais, porem com diferenças consideráveis, então como a língua oral segue estrutura frásica, a língua de sinais segue uma ordem, com isso o que é importante para o surdo é a informação visual.
Com tudo sabe- se que o processo pedagógico de uma escola pode sim incluir uma criança com deficiência auditiva, quando o professor desenvolver um projeto para uma sala que contenha um deficiente auditivo ele pode trabalhar com figuras e organizar a classe para trabalharem juntos, incentivando o aluno com deficiência e as que não têm a estudar todo o conteúdo juntos e dedicar-se a esses estudos.
Referências Bibliográficas:
PERLIN, G. Identidades surdas. In: SKLIAR, C. (Org) A surdez: um olhar sobre as diferenças. Porto Alegre: Mediação, 1998
BRASIL. Lei 10.436, de 24 de abril de 2002. Dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) e dá outras providências. Disponível em: URL: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/110436>
FENEIS – Federação Nacional de Educação e Integração dos Surdos. Disponível em:
<http://www.feneis.org.br/page/educacao.asp#>. Acesso em: 05 jul. 2013.
Atividades para deficientes auditivos WWW.luzimarteixeira.com.br/2010/04/3865 Miama.net/atividades-para-deficientes-auditivos/

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