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Literatura brasileira poesia parte 2

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Pergunta 5 
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	Minhas mãos ainda estão molhadas
do azul das ondas entreabertas
e a cor que escorre dos meus dedos
colore as areias desertas
A estrofe acima mostra um dos aspectos dominantes na poesia de Cecília Meireles, que é a percepção _____________ do mundo.
	
	
	
	
		Resposta Selecionada: 
	e. 
Sensorial.
	
	
	
Pergunta 6 
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	Não permita Deus que eu morra
Sem que volta pra São Paulo
Sem que veja a Rua 15
E o progresso de São Paulo!
O uso do poema-paródia é uma das características do movimento:
	
	
	
	
		Resposta Selecionada: 
	b. 
Modernista.
	
	
	
Pergunta 7 
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	Texto I
“Porquinho-da-Índia”
Quando eu tinha seis anos
Ganhei um porquinho-da-índia.
Que dor de coração me dava
Por que o bichinho só queria estar debaixo do fogão!
Levava ele pra sala
Pra os lugares mais bonitos mais limpinhos
Ele não gostava:
Queria era estar debaixo do fogão.
Não fazia caso nenhum das minhas ternurinhas...
– O meu porquinho-da-índia foi minha primeira namorada.
Texto II
“Madrigal tão engraçadinho”
Teresa, você é a coisa mais bonita que eu vi até hoje na minha
[vida, inclusive o porquinho-da-índia que
[me deram quando eu tinha seis anos.
BANDEIRA M. Libertinagem & Estrela da manhã. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2000, p. 36.
Os textos I e II:
	
	
	
	
		Resposta Selecionada: 
	d. 
Estão em consonância com a estética do Modernismo, pois são construídos em versos livres e com linguagem que se aproxima da prosa, características pertinentes a esse estilo literário.
	
	
	
Pergunta 8 
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	Trem de ferro
Café com pão
Café com pão
Café com pão
Virge Maria que foi isto maquinista?
(Manuel Bandeira)
I. A significação do trecho provém da sugestão sonora.
II. O poeta utiliza expressões da fala popular brasileira.
III. A temática e a estrutura do poema contrariam o programa poético do Modernismo.
	
	
	
	
		Resposta Selecionada: 
	b. 
I e II estão corretas.
	
	
	
Pergunta 9 
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	Vou-me embora pra Pasárgada
Vou-me embora pra Pasárgada
Lá sou amigo do rei
Lá tenho a mulher que eu quero
Na cama que escolherei
Vou-me embora pra Pasárgada
Vou-me embora pra Pasárgada
Aqui eu não sou feliz
Lá a existência é uma aventura
De tal modo inconsequente
Que Joana a Louca de Espanha
Rainha e falsa demente
Ver a ser contraparente
Da nora que nunca tive
E como farei ginástica
Andarei de bicicleta
Montarei em burro brabo
Subirei no pau-de-sebo
tomarei banhos de mar!
E quando estiver cansado
Deito na beira do rio
mando chamar a mãe-dágua
Pra me contar as histórias
Que no tempo de eu menino
Rosa vinha me contar
Vou-me embora pra Pasárgada
Em Pasárgada tem tudo
É outra civilização
Tem um processo seguro
De impedir a concepção
Tem telefone automático
Tem alcaloide à vontade
Tem prostitutas bonitas
Para a gente namorar
E quando eu estiver mais triste
Mas triste de não ter jeito
Quando de noite me der
Vontade de me matar
– Lá sou amigo do rei –
Terei a mulher que eu quero
Na cama que escolherei
Vou-me embora pra Pasárgada
BANDEIRA, Manuel. Bandeira a vida inteira. Rio de Janeiro: Alumbramento, 1986, p. 90.
Nessa estrofe, o poeta, devidamente refugiado no mágico Éden imaginário, projeta uma série de ações insignificantes que compõem o cotidiano de um menino sadio. É o retorno psicológico à infância – marca de um tempo feliz e de liberdade. A estrofe com essas características começa assim:
	
	
	
	
		Resposta Selecionada: 
	c. 
“E como farei ginástica / Andarei de bicicleta”.
	
	
	
Pergunta 10 
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	“Olá! Negro”
Os netos de teus mulatos e de teus cafuzos
e a quarta e a quinta gerações de teu sangue sofredor
tentarão apagar a tua cor!
E as gerações dessas gerações quando apagarem
a tua tatuagem execranda,
não apagarão de suas almas, a tua alma, negro!
Pai-João, Mãe-negra, Fulô, Zumbi,
negro-fujão, negro cativo, negro rebelde
negro cabinda, negro congo, negro ioruba, negro que foste para o algodão de USA
para os canaviais do Brasil, para o tronco, para o colar de ferro, para a canga
de todos os senhores do mundo;
eu melhor compreendo agora os teus blues
nesta hora triste da raça branca, negro!
Olá, Negro! Olá, Negro!
A raça que te enforca, enforca-se de tédio, negro!
LIMA, J. Obras completas. Rio de Janeiro: Aguilar, 1958 (fragmento).
O conflito de gerações e de grupos étnicos reproduz, na visão do eu lírico, um contexto social assinalado por:
	
	
	
	
		Resposta Selecionada: 
	b. 
Preservação da memória ancestral e resistência negra à apatia cultural dos brancos.
	
	
	
Pergunta 1 
0 em 0 pontos
	
	
	
	 “Confeito”
Quero comer bolo de noiva,
puro açúcar, puro amor carnal 
disfarçado de corações e sininhos: 
um branco, outro cor-de-rosa,
um branco, outro cor-de-rosa. 
O poema de Adélia Prado:
	
	
	
	
		Resposta Selecionada: 
	c. 
poetiza o cotidiano.
	
	
	
Pergunta 2 
0 em 0 pontos
	
	
	
	Sobre Cobra Norato, de Raul Bopp:
	
	
	
	
		Resposta Selecionada: 
	b. 
busca o tema nas raízes folclóricas do país.
	
	
	
Pergunta 3 
0 em 0 pontos
	
	
	
	Sobre literatura brasileira:
I. o Romantismo deu à literatura o caráter de literatura nacional, agindo como força sacralizante ao recuperar e solidificar seus mitos fundadores;
II. o Modernismo procurou refletir sobre a formação identitária do brasileiro em um processo em permanente movimento de construção / desconstrução;
III. na procura do discurso do excluído, o Modernismo caracterizou-se pela dessacralização.
Está correta / estão corretas:
	
	
	
	
		Resposta Selecionada: 
	d. 
I, II e III.
	
	
	
Pergunta 4 
0 em 0 pontos
	
	
	
	Sobre literatura e religião:
	
	
	
	
		Resposta Selecionada: 
	c. 
sua relação muda temporalmente.
	
	
	
Pergunta 1 
0,25 em 0,25 pontos
	
	
	
	 Indique a alternativa que apresenta João Cabral de Melo Neto como "um poeta cuja poesia versa constantemente sobre o próprio fazer poético".
	
	
	
	
		Resposta Selecionada: 
	a. 
"A luta branca sobre o papel que o poeta evita, luta branca onde corre o sangue de suas veias de água salgada".
	
	
	
Pergunta 2 
0,25 em 0,25 pontos
	
	
	
	(ENADE- 2005) 
Antefinal noturno 
Dorme, Alonso Quejana. 
Pelejaste mais do que a peleja 
(e perdeste). 
Amaste mais que amor se deixa amar. 
O ímpeto 
o relento 
a desmesura 
fábulas que davam rumo ao sem-rumo
de tua vida levada a tapa
e a coice d´armas, 
de que valeu o tudo desse nada? 
Vilões discutem e brigam de braço 
enquanto dormes. 
Neutras estátuas de alimárias velam 
a areia escura de teu sono 
despido de todo encantamento. 
Dorme, Alonso, andante 
petrificado 
cavaleiro-desengano. 
Os versos do poema Antefinal noturno têm fortes pontos de contato com estes versos, de um outro poema de Carlos Drummond de Andrade, Consolo na praia:
A injustiça não se resolve.
À sombra do mundo errado
murmuraste um protesto tímido.
Mas virão outros.
Tudo somado, devias
precipitar-te de vez nas águas.
Estás nu na areia, no vento...
Dorme, meu filho.
(A rosa do povo)
Entre os poemas, há em comum a expressão dos sentimentos
	
	
	
	
		Resposta Selecionada: 
	a. 
da impotência do indivíduo e do malogro do ideal.
	
	
	
Pergunta 3 
0,25 em 0,25 pontos
	
	
	
	
	
	
	
	
		Resposta Selecionada: 
	b. 
A conexão entre problemas sociais e globalização do mercado está presente no poema;
	
	
	
Pergunta 4 
0,25 em 0,25 pontos
	
	
	
	A seguir, o poema de Manuel Bandeira:
O bicho
Vi ontem um bicho
Na imundície do pátio
Catando comida entre os detritos.
Quando achava alguma coisa,
Não examinava nem cheirava:
Engolia com voracidade.
O bicho não
era um cão,
Não era um gato,
Não era um rato.
O bicho, meu Deus, era um homem.
O poema faz parte do Modernismo brasileiro e, como tal, não possui a seguinte característica estilística:
	
	
	
	
		Resposta Selecionada: 
	a. 
Formalização rígida poética;
	
	
	
Pergunta 5 
0,25 em 0,25 pontos
	
	
	
	Cidadezinha qualquer
Casas entre bananeiras
mulheres entre laranjeiras
pomar amor cantar.
Um homem vai devagar.
Um cachorro vai devagar.
Um burro vai devagar.
Devagar...as janelas olham.
Eta vida besta, meu Deus.
ANDRADE, Carlos Drummond de. Poesia completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2003, p. 23.
Poeta que usa o humor e a ironia da mediocridade da “vida besta” e cuja obra “A rosa do povo” fala da apreensão da vida: 
	
	
	
	
		Resposta Selecionada: 
	c. 
Carlos Drummond de Andrade;
	
	
	
Pergunta 6 
0,25 em 0,25 pontos
	
	
	
	Leia o poema:
Hino Nacional
Precisamos descobrir o Brasil!
Escondido atrás das florestas,
com a água dos rios no meio,
o Brasil está dormindo, coitado.
Precisamos colonizar o Brasil.
O que faremos importando francesas
muito louras, de pele macia,
alemãs gordas, russas nostálgicas para
garçonnettes dos restaurantes noturnos.
E virão sírias fidelíssimas.
Não convém desprezar as japonesas.
Precisamos educar o Brasil.
Compraremos professores e livros,
assimilaremos finas culturas,
abriremos dancings e subvencionaremos as elites.
Cada brasileiro terá sua casa
com fogão e aquecedor elétricos, piscina,
salão para conferências científicas.
E cuidaremos do Estado Técnico.
Precisamos louvar o Brasil.
Não é só um país sem igual.
Nossas revoluções são bem maiores
do que quaisquer outras; nossos erros também.
E nossas virtudes? A terra das sublimes paixões...
os Amazonas inenarráveis... os incríveis João-Pessoas...
Precisamos adorar o Brasil!
Se bem que seja difícil caber tanto oceano e tanta solidão
no pobre coração já cheio de compromissos...
se bem que seja difícil compreender o que querem esses homens,
por que motivo eles se ajuntaram e qual a razão de seus sofrimentos.
Precisamos, precisamos esquecer o Brasil!
Tão majestoso, tão sem limites, tão despropositado,
ele quer repousar de nossos terríveis carinhos.
O Brasil não nos quer! Está farto de nós!
Nosso Brasil é no outro mundo. Este não é o Brasil.
Nenhum Brasil existe. E acaso existirão os brasileiros?
ANDRADE, Carlos Drummond de. Brejo das almas. Rio de Janeiro: Record, 2001.
Indique a afirmação falsa sobre o poema.
	
	
	
	
		Resposta Selecionada: 
	b. 
O texto ressalta a grandeza de nossa pátria.
	
	
	
Pergunta 7 
0,25 em 0,25 pontos
	
	
	
	O Engenheiro
A luz,o sol, o ar livre
envolvem o sonho do engenheiro.
O engenheiro sonha coisas claras:
superfícies, tênis, um copo de água.
O lápis, o esquadro, o papel;
o desenho, o projeto, o número;
o engenheiro pensa o mundo justo,
mundo que nenhum véu encobre.
Sendo a razão a marca principal de sua obra, sua poesia jamais é sentimental ou melosa. Criou um estilo seco e despojado de verbalismo. As estrofes acima são extraídas de um de seus poemas. Seu autor é:
	
	
	
	
		Resposta Selecionada: 
	c. 
João Cabral de Melo Neto;
	
	
	
Pergunta 8 
0,25 em 0,25 pontos
	
	
	
	O poema a seguir faz parte da obra No fim das terras, de Milton Torres. Leia-o e indique a afirmação falsa sobre o poema.
Pombal
fez Deus um terremoto faço eu mais outro.
do que derriba, se as pedras não junta, ajunto-as eu
a meu modo: por igual toda a Baixa, a Igreja com o mais
parelha. e do Reino a tudo, régua compasso
e metro, mas metro sem da rima
o martelo e assim me canta o Uraguay
martelo bucal e bridão, pelo contrário,
são das Luzes o petrecho, mais grão pau
as molezas a mexer que do oiro fácil ficaram,
molícia já não bastasse dos que raiz dizem ter
dos feitos meus tantos, elejo (as sedas sem contar
com que vos visto) do Grão-Pará
melhor uso que o dita a boa razão
a res publica civil e pública padres poucos,
servis
Coimbra com experiência
e o silogismo a menor
TORRES, Milton. No fim das terras. Cotia: Ateliê, 2004, p. 85.
	
	
	
	
		Resposta Selecionada: 
	c. 
O poema não traz sutilezas linguísticas, dando ênfase à questão sociopolítica da história do país.
	
	
	
Pergunta 9 
0,25 em 0,25 pontos
	
	
	
	O poema a seguir é de Mário Quintana, outro poeta pós-modernista. Neste poema, ele segue, prioritariamente, uma das características de sua época, que é:
O poema
Um poema como um gole d’água bebido no escuro.
Como um pobre animal palpitando ferido.
Como uma pequenina moeda de prata perdida para sempre na floresta
                       [noturna.
Um poema sem outra angústia que a sua misteriosa condição de poema.
Triste.
Solitário.
Único. Ferido de mortal beleza.
	
	
	
	
		Resposta Selecionada: 
	d. 
Reflexão sobre a própria poesia;
	
	
	
Pergunta 10 
0,25 em 0,25 pontos
	
	
	
	Um dos aspectos do Modernismo é a consciência do ofício do poeta, da poesia, da palavra, enfim. Destaque o fragmento poético que não é metalinguagem, ou seja, o poema que não fala da própria poesia.
	
	
	
	
		Resposta Selecionada: 
	c. 
“Liberdade, essa palavra/ que o sonho humano alimenta/ que não há ninguém que explique/ e ninguém que não entenda.”
	
	
	
Pergunta 1 
0 em 0 pontos
	
	
	
	Em relação ao livro No fim das terras, de Milton Torres:
I. é uma grande sequência de poemas sobre as raízes históricas de nossa formação.
II. os poemas do ciclo lusitano são escritos em português medieval.
III. traz a sensação de que nos movemos com desenvoltura entre um século e outro, entre um e outro universo cultural.
Está correta a afirmação ou as afirmações:
	
	
	
	
		Resposta Selecionada: 
	e. 
I, II e III.
	
	
	
Pergunta 2 
0 em 0 pontos
	
	
	
	No hibridismo cultural, é falso dizer que na música e literatura:
	
	
	
	
		Resposta Selecionada: 
	d. 
o caráter lúdico, por ser traço poético,só é encontrado na literatura.
	
	
	
Pergunta 3 
0 em 0 pontos
	
	
	
	No poema “Cidadezinha qualquer”, Drummond:
	
	
	
	
		Resposta Selecionada: 
	a. 
denuncia com uma linguagem sintética a monotonia e o tédio da cidade.
	
	
	
Pergunta 4 
0 em 0 pontos
	
	
	
	Sobre a tradução póetica:
I. os termos polissêmicos exigem interpretação correta e proteção diante de possíveis manipulações do tradutor.
II. valoriza-se a não interferência do tradutor na construção semântica.
III. o tradutor sempre se baseia em sua visão de mundo ou interpretação.
Está correta a afirmação ou as afirmações:
	
	
	
	
		Resposta Selecionada: 
	c. 
III.

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