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Pergunta 5 0,25 em 0,25 pontos Minhas mãos ainda estão molhadas do azul das ondas entreabertas e a cor que escorre dos meus dedos colore as areias desertas A estrofe acima mostra um dos aspectos dominantes na poesia de Cecília Meireles, que é a percepção _____________ do mundo. Resposta Selecionada: e. Sensorial. Pergunta 6 0,25 em 0,25 pontos Não permita Deus que eu morra Sem que volta pra São Paulo Sem que veja a Rua 15 E o progresso de São Paulo! O uso do poema-paródia é uma das características do movimento: Resposta Selecionada: b. Modernista. Pergunta 7 0,25 em 0,25 pontos Texto I “Porquinho-da-Índia” Quando eu tinha seis anos Ganhei um porquinho-da-índia. Que dor de coração me dava Por que o bichinho só queria estar debaixo do fogão! Levava ele pra sala Pra os lugares mais bonitos mais limpinhos Ele não gostava: Queria era estar debaixo do fogão. Não fazia caso nenhum das minhas ternurinhas... – O meu porquinho-da-índia foi minha primeira namorada. Texto II “Madrigal tão engraçadinho” Teresa, você é a coisa mais bonita que eu vi até hoje na minha [vida, inclusive o porquinho-da-índia que [me deram quando eu tinha seis anos. BANDEIRA M. Libertinagem & Estrela da manhã. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2000, p. 36. Os textos I e II: Resposta Selecionada: d. Estão em consonância com a estética do Modernismo, pois são construídos em versos livres e com linguagem que se aproxima da prosa, características pertinentes a esse estilo literário. Pergunta 8 0,25 em 0,25 pontos Trem de ferro Café com pão Café com pão Café com pão Virge Maria que foi isto maquinista? (Manuel Bandeira) I. A significação do trecho provém da sugestão sonora. II. O poeta utiliza expressões da fala popular brasileira. III. A temática e a estrutura do poema contrariam o programa poético do Modernismo. Resposta Selecionada: b. I e II estão corretas. Pergunta 9 0,25 em 0,25 pontos Vou-me embora pra Pasárgada Vou-me embora pra Pasárgada Lá sou amigo do rei Lá tenho a mulher que eu quero Na cama que escolherei Vou-me embora pra Pasárgada Vou-me embora pra Pasárgada Aqui eu não sou feliz Lá a existência é uma aventura De tal modo inconsequente Que Joana a Louca de Espanha Rainha e falsa demente Ver a ser contraparente Da nora que nunca tive E como farei ginástica Andarei de bicicleta Montarei em burro brabo Subirei no pau-de-sebo tomarei banhos de mar! E quando estiver cansado Deito na beira do rio mando chamar a mãe-dágua Pra me contar as histórias Que no tempo de eu menino Rosa vinha me contar Vou-me embora pra Pasárgada Em Pasárgada tem tudo É outra civilização Tem um processo seguro De impedir a concepção Tem telefone automático Tem alcaloide à vontade Tem prostitutas bonitas Para a gente namorar E quando eu estiver mais triste Mas triste de não ter jeito Quando de noite me der Vontade de me matar – Lá sou amigo do rei – Terei a mulher que eu quero Na cama que escolherei Vou-me embora pra Pasárgada BANDEIRA, Manuel. Bandeira a vida inteira. Rio de Janeiro: Alumbramento, 1986, p. 90. Nessa estrofe, o poeta, devidamente refugiado no mágico Éden imaginário, projeta uma série de ações insignificantes que compõem o cotidiano de um menino sadio. É o retorno psicológico à infância – marca de um tempo feliz e de liberdade. A estrofe com essas características começa assim: Resposta Selecionada: c. “E como farei ginástica / Andarei de bicicleta”. Pergunta 10 0,25 em 0,25 pontos “Olá! Negro” Os netos de teus mulatos e de teus cafuzos e a quarta e a quinta gerações de teu sangue sofredor tentarão apagar a tua cor! E as gerações dessas gerações quando apagarem a tua tatuagem execranda, não apagarão de suas almas, a tua alma, negro! Pai-João, Mãe-negra, Fulô, Zumbi, negro-fujão, negro cativo, negro rebelde negro cabinda, negro congo, negro ioruba, negro que foste para o algodão de USA para os canaviais do Brasil, para o tronco, para o colar de ferro, para a canga de todos os senhores do mundo; eu melhor compreendo agora os teus blues nesta hora triste da raça branca, negro! Olá, Negro! Olá, Negro! A raça que te enforca, enforca-se de tédio, negro! LIMA, J. Obras completas. Rio de Janeiro: Aguilar, 1958 (fragmento). O conflito de gerações e de grupos étnicos reproduz, na visão do eu lírico, um contexto social assinalado por: Resposta Selecionada: b. Preservação da memória ancestral e resistência negra à apatia cultural dos brancos. Pergunta 1 0 em 0 pontos “Confeito” Quero comer bolo de noiva, puro açúcar, puro amor carnal disfarçado de corações e sininhos: um branco, outro cor-de-rosa, um branco, outro cor-de-rosa. O poema de Adélia Prado: Resposta Selecionada: c. poetiza o cotidiano. Pergunta 2 0 em 0 pontos Sobre Cobra Norato, de Raul Bopp: Resposta Selecionada: b. busca o tema nas raízes folclóricas do país. Pergunta 3 0 em 0 pontos Sobre literatura brasileira: I. o Romantismo deu à literatura o caráter de literatura nacional, agindo como força sacralizante ao recuperar e solidificar seus mitos fundadores; II. o Modernismo procurou refletir sobre a formação identitária do brasileiro em um processo em permanente movimento de construção / desconstrução; III. na procura do discurso do excluído, o Modernismo caracterizou-se pela dessacralização. Está correta / estão corretas: Resposta Selecionada: d. I, II e III. Pergunta 4 0 em 0 pontos Sobre literatura e religião: Resposta Selecionada: c. sua relação muda temporalmente. Pergunta 1 0,25 em 0,25 pontos Indique a alternativa que apresenta João Cabral de Melo Neto como "um poeta cuja poesia versa constantemente sobre o próprio fazer poético". Resposta Selecionada: a. "A luta branca sobre o papel que o poeta evita, luta branca onde corre o sangue de suas veias de água salgada". Pergunta 2 0,25 em 0,25 pontos (ENADE- 2005) Antefinal noturno Dorme, Alonso Quejana. Pelejaste mais do que a peleja (e perdeste). Amaste mais que amor se deixa amar. O ímpeto o relento a desmesura fábulas que davam rumo ao sem-rumo de tua vida levada a tapa e a coice d´armas, de que valeu o tudo desse nada? Vilões discutem e brigam de braço enquanto dormes. Neutras estátuas de alimárias velam a areia escura de teu sono despido de todo encantamento. Dorme, Alonso, andante petrificado cavaleiro-desengano. Os versos do poema Antefinal noturno têm fortes pontos de contato com estes versos, de um outro poema de Carlos Drummond de Andrade, Consolo na praia: A injustiça não se resolve. À sombra do mundo errado murmuraste um protesto tímido. Mas virão outros. Tudo somado, devias precipitar-te de vez nas águas. Estás nu na areia, no vento... Dorme, meu filho. (A rosa do povo) Entre os poemas, há em comum a expressão dos sentimentos Resposta Selecionada: a. da impotência do indivíduo e do malogro do ideal. Pergunta 3 0,25 em 0,25 pontos Resposta Selecionada: b. A conexão entre problemas sociais e globalização do mercado está presente no poema; Pergunta 4 0,25 em 0,25 pontos A seguir, o poema de Manuel Bandeira: O bicho Vi ontem um bicho Na imundície do pátio Catando comida entre os detritos. Quando achava alguma coisa, Não examinava nem cheirava: Engolia com voracidade. O bicho não era um cão, Não era um gato, Não era um rato. O bicho, meu Deus, era um homem. O poema faz parte do Modernismo brasileiro e, como tal, não possui a seguinte característica estilística: Resposta Selecionada: a. Formalização rígida poética; Pergunta 5 0,25 em 0,25 pontos Cidadezinha qualquer Casas entre bananeiras mulheres entre laranjeiras pomar amor cantar. Um homem vai devagar. Um cachorro vai devagar. Um burro vai devagar. Devagar...as janelas olham. Eta vida besta, meu Deus. ANDRADE, Carlos Drummond de. Poesia completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2003, p. 23. Poeta que usa o humor e a ironia da mediocridade da “vida besta” e cuja obra “A rosa do povo” fala da apreensão da vida: Resposta Selecionada: c. Carlos Drummond de Andrade; Pergunta 6 0,25 em 0,25 pontos Leia o poema: Hino Nacional Precisamos descobrir o Brasil! Escondido atrás das florestas, com a água dos rios no meio, o Brasil está dormindo, coitado. Precisamos colonizar o Brasil. O que faremos importando francesas muito louras, de pele macia, alemãs gordas, russas nostálgicas para garçonnettes dos restaurantes noturnos. E virão sírias fidelíssimas. Não convém desprezar as japonesas. Precisamos educar o Brasil. Compraremos professores e livros, assimilaremos finas culturas, abriremos dancings e subvencionaremos as elites. Cada brasileiro terá sua casa com fogão e aquecedor elétricos, piscina, salão para conferências científicas. E cuidaremos do Estado Técnico. Precisamos louvar o Brasil. Não é só um país sem igual. Nossas revoluções são bem maiores do que quaisquer outras; nossos erros também. E nossas virtudes? A terra das sublimes paixões... os Amazonas inenarráveis... os incríveis João-Pessoas... Precisamos adorar o Brasil! Se bem que seja difícil caber tanto oceano e tanta solidão no pobre coração já cheio de compromissos... se bem que seja difícil compreender o que querem esses homens, por que motivo eles se ajuntaram e qual a razão de seus sofrimentos. Precisamos, precisamos esquecer o Brasil! Tão majestoso, tão sem limites, tão despropositado, ele quer repousar de nossos terríveis carinhos. O Brasil não nos quer! Está farto de nós! Nosso Brasil é no outro mundo. Este não é o Brasil. Nenhum Brasil existe. E acaso existirão os brasileiros? ANDRADE, Carlos Drummond de. Brejo das almas. Rio de Janeiro: Record, 2001. Indique a afirmação falsa sobre o poema. Resposta Selecionada: b. O texto ressalta a grandeza de nossa pátria. Pergunta 7 0,25 em 0,25 pontos O Engenheiro A luz,o sol, o ar livre envolvem o sonho do engenheiro. O engenheiro sonha coisas claras: superfícies, tênis, um copo de água. O lápis, o esquadro, o papel; o desenho, o projeto, o número; o engenheiro pensa o mundo justo, mundo que nenhum véu encobre. Sendo a razão a marca principal de sua obra, sua poesia jamais é sentimental ou melosa. Criou um estilo seco e despojado de verbalismo. As estrofes acima são extraídas de um de seus poemas. Seu autor é: Resposta Selecionada: c. João Cabral de Melo Neto; Pergunta 8 0,25 em 0,25 pontos O poema a seguir faz parte da obra No fim das terras, de Milton Torres. Leia-o e indique a afirmação falsa sobre o poema. Pombal fez Deus um terremoto faço eu mais outro. do que derriba, se as pedras não junta, ajunto-as eu a meu modo: por igual toda a Baixa, a Igreja com o mais parelha. e do Reino a tudo, régua compasso e metro, mas metro sem da rima o martelo e assim me canta o Uraguay martelo bucal e bridão, pelo contrário, são das Luzes o petrecho, mais grão pau as molezas a mexer que do oiro fácil ficaram, molícia já não bastasse dos que raiz dizem ter dos feitos meus tantos, elejo (as sedas sem contar com que vos visto) do Grão-Pará melhor uso que o dita a boa razão a res publica civil e pública padres poucos, servis Coimbra com experiência e o silogismo a menor TORRES, Milton. No fim das terras. Cotia: Ateliê, 2004, p. 85. Resposta Selecionada: c. O poema não traz sutilezas linguísticas, dando ênfase à questão sociopolítica da história do país. Pergunta 9 0,25 em 0,25 pontos O poema a seguir é de Mário Quintana, outro poeta pós-modernista. Neste poema, ele segue, prioritariamente, uma das características de sua época, que é: O poema Um poema como um gole d’água bebido no escuro. Como um pobre animal palpitando ferido. Como uma pequenina moeda de prata perdida para sempre na floresta [noturna. Um poema sem outra angústia que a sua misteriosa condição de poema. Triste. Solitário. Único. Ferido de mortal beleza. Resposta Selecionada: d. Reflexão sobre a própria poesia; Pergunta 10 0,25 em 0,25 pontos Um dos aspectos do Modernismo é a consciência do ofício do poeta, da poesia, da palavra, enfim. Destaque o fragmento poético que não é metalinguagem, ou seja, o poema que não fala da própria poesia. Resposta Selecionada: c. “Liberdade, essa palavra/ que o sonho humano alimenta/ que não há ninguém que explique/ e ninguém que não entenda.” Pergunta 1 0 em 0 pontos Em relação ao livro No fim das terras, de Milton Torres: I. é uma grande sequência de poemas sobre as raízes históricas de nossa formação. II. os poemas do ciclo lusitano são escritos em português medieval. III. traz a sensação de que nos movemos com desenvoltura entre um século e outro, entre um e outro universo cultural. Está correta a afirmação ou as afirmações: Resposta Selecionada: e. I, II e III. Pergunta 2 0 em 0 pontos No hibridismo cultural, é falso dizer que na música e literatura: Resposta Selecionada: d. o caráter lúdico, por ser traço poético,só é encontrado na literatura. Pergunta 3 0 em 0 pontos No poema “Cidadezinha qualquer”, Drummond: Resposta Selecionada: a. denuncia com uma linguagem sintética a monotonia e o tédio da cidade. Pergunta 4 0 em 0 pontos Sobre a tradução póetica: I. os termos polissêmicos exigem interpretação correta e proteção diante de possíveis manipulações do tradutor. II. valoriza-se a não interferência do tradutor na construção semântica. III. o tradutor sempre se baseia em sua visão de mundo ou interpretação. Está correta a afirmação ou as afirmações: Resposta Selecionada: c. III.
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