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Coerência Textual: Metarregras e Exercícios

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COERÊNCIA
COERÊNCIA TEXTUAL: É o substrato lógico do texto. É a relação que se estabelece entre as partes do texto, criando uma unidade de sentido. 
Um texto é coerente quando é possível interpretá-lo, isto é, quando não há incompatibilidade entre as suas partes. 
A coerência permite que uma sequência lingüística se constitua em um texto, pois estabelece relações entre os seus elementos, isto é, entre palavras, expressões, frases, parágrafos, capítulos etc. 
A coerência constitui a textualidade, ou seja, faz de uma seqüência lingüística um texto e não um amontoado aleatório de frases ou palavras. 
COERÊNCIA E CONHECIMENTO PRÉVIO DE MUNDO
A coerência de um texto depende do conhecimento de mundo do leitor. 
Se o leitor não está informado sobre o assunto do texto, este poderá lhe parecer incoerente, pois falta-lhe o conhecimento para apreender o assunto. 
Leia as seguintes manchetes:
Plano dos EUA prevê maior reforma desde a crise de 29 
 (Folha de S.Paulo, 1-4-2008)
Sarney compara a operação da PF ao caso Watergate
 (Folha de S.Paulo, 14-3-2002)
AS METARREGRAS DE COERÊNCIA
	 
	
Metarregra da repetição 
Um texto coerente deve ter elementos repetidos. 
Metarregra de progressão
Em um texto coerente, seu conteúdo deve apresentar renovação de suporte semântico
Metarregra da não-contradição 
Em um texto, o que se diz depois não pode contradizer o que se disse antes ou o que ficou pressuposto. 
Metarregra de relação 
O conteúdo de um texto deve estar adequado a um estado de coisas no mundo real ou em mundos possíveis. 
	
	 
	 
	 
	
EXERCÍCIO I
I. Se houver, identifique as incoerências nos enunciados: 
Mário não foi ao primeiro dia de aula do curso, entretanto viajou. 
Mário não foi à solenidade, porque foi convidado. 
Mário foi à solenidade, mesmo sem ter sido convidado. 
Mário foi à solenidade, todavia fora convidado. 
Mário foi à solenidade, porque fora convidado. 
Mário foi à solenidade, todavia, porque não fora convidado, pediram-lhe que se retirasse. 
Mário não foi à solenidade, embora tivesse sido convidado. 
EXERCÍCIO II
Nos textos a seguir ocorrem alguns fragmentos narrativos que apresentam incoerência. Tente identificar e explicar o tipo de incoerência. 
Texto 1
	Devo confessar que morria de inveja de minha coleguinha por causa daquela boneca que o pai lhe trouxera da Suécia: ria, chorava, balbuciava palavras, tomava mamadeira e fazia xixi. Ela me alucinava. Sonhei com ela noites a fio. Queria dormir com ela uma noite que fosse. Um dia, minha vizinha esqueceu--a em minha casa. Fui dormir e, no dia seguinte, quando acordei, lá estava a boneca no mesmo lugar em que minha amiguinha havia deixado. Imaginando que ela estivesse preocupada, telefonei-lhe e ela mais do que depressa veio buscá-la. 
Texto 2
 
	Conheci Sheng no primeiro colegial e aí começou um namoro apaixonado que dura até hoje e talvez para sempre. Mas não gosto da sua família: repressora, preconceituosa, preocupada em manter as milenares tradições chinesas. O pior é que sou brasileira, detesto comida chinesa e não sei comer com pauzinhos. Em casa, só falam chinês e de chinês eu só sei o nome do Sheng. 
	No dia do seu aniversário, já fazia dois anos de namoro, ele ganhou coragem e me convidou para jantar em sua casa. Eu não podia recusar e fui. Fiquei conhecendo os velhos, conversei com eles, ouvi muitas histórias da família e da China, comi tantas coisas diferentes que nem sei. Depois fomos ao cinema eu e o Sheng. 
 
 (Platão & Fiorin. Para entender o texto. São Paulo : Ática, 1995, p. 268)
Texto 3
“O município de São José do Rio Preto abrange uma região imensa que é composta por vários Estados limítrofes que ocupam uma área respeitável [...] 
	A cidade sente falta urgente de uma Capela Crematória. Para os leigos é preciso esclarecer que, para um corpo ser exumado através do forno crematório, há necessidade que ele registre esta vontade em duas testemunhas. Somente o interessado poderá usar esta forma de suprir seu desejo, caso contrário, a exumação seria da forma natural, ou seja: o sepultamento.”
	 
	 ABREU, Antônio Suárez. Curso de Redação. São Paulo : Ática, 2003, p. 43-47
EXERCÍCIO III
Identifique, em cada um dos textos a seguir, a metarregra de coerência que foi infringida. 
1. É realmente apropriado que nos reunamos aqui hoje, para homenagear Abraham Lincoln, o homem que nasceu numa cabana de troncos que ele construiu com suas próprias mãos.” (Orador, em um discurso, homenageando Lincoln)
2. “Damos cem por cento na primeira do jogo e, se isso não for suficiente, na segunda parte damos o resto.” (Yogi Berra, jogador norte-americano de beisebol, famoso por suas declarações esdrúxulas) 
 
3. “Nos não temos censura. O que temos é uma limitação do que os jornais podem publicar.” (Louis Net, ex-vice-ministro da Informação da África do Sul) 
4. “Substituição de bateria: substitua a bateria velha por uma bateria nova.” (Instrução em manual de aparelho elétrico)
5. “Por que os judeus e árabes não podem se reunir e discutir a questão como bons cristãos?” (Arthur Balfour, estadista britânico, primeiro-ministro e ministro do Exterior)
6. “Quando um grande número de pessoas não consegue encontrar trabalho, o resultado é o desemprego.” (Calvin Coolidge, presidente americano em 193l)
7. “Encontrando um milhão de dólares na rua, eu procuraria o cara que o perdeu e, se ele fosse pobre, devolveria.” (Yogi Berra)
8. “Este é um grande dia para a França!” (Presidente Nixon, ao comparecer ao enterro de Charles De Gaulle) 
9. “Acho que os senhores pensam que, em nossa diretoria, metade dos diretores trabalha e a outra metade nada faz. Na verdade, cavalheiros, acontece justamente o contrário.” (Diretor de empresa, defendendo membros do seu staff)
10. “Cuidado! Tocar nesses fios provoca morte instantânea. Quem for flagrado fazendo isso será processado.” (Tabuleta numa estação ferroviária) 
11. Essa criança não come nada. Fica apenas brincando com os talheres, ou seja: pega a colher, o garfo e não olha para o prato de comida. Ela não se alimenta. Brinca apenas. Diverte-se com uma colher e um garfo e o prato fica na mesa. O ato de brincar substitui o ato de alimentar-se. 
ABREU, Antônio Suárez. Curso de Redação. São Paulo : Ática, 2003, p. 45-47
Exercício II 
Comente os principais aspectos coesivos e coerentes presentes no texto: 
A MOÇA TRISTE
	Encontrei-a por acaso. Era alta, mais para bonita, com dois olhos imensos e negros, a pele muito branca e suave. Com esforço de memória e imaginação, poderia parecer uma estátua grega, mas para isso seria necessário cegá-la, estátuas gregas têm olhos vazados. 
	Ela pediu meu e-mail para mandar um trabalho que fizera sobre a violência nas grandes cidades, tema que a preocupava. Tivera uma amiga currada e assassinada numa rua da Tijuca; os jornais nem deram a notícia, os assassinos eram classe média, um deles era filho de um cara importante. 
	Perguntei-lhe o nome e ela disse que se chamava Eloína. Mas não gostava dele, era uma mistura do nome do pai, que se chama Elói, e de sua mãe, que é Regina. Estranhei aquilo. Afinal, Eloína não é um nome tão feio assim, muitas moças têm esse nome. E há nomes piores, que já saíram de moda, poderia citar um milhão deles. Mas ela insistiu. Disse que “Eloína” era o que sobrara do casamento dos pais dela. Os dois se separaram, nada mais tinham em comum, coubera-lhe a herança idiota de prolongar um amor que acabara num nome que ela não amava. 
	Achei a moça triste, dizendo uma coisa triste. E eu caí na asneirade comentar que ela talvez tivesse razão. O ideal teria sido que o nome fosse mágico o suficiente para conservar juntos o Elói e a Regina. Mas seria egoísmo exigir que, por causa de um nome, os dois continuassem infelizes. A moça olhou com raiva para mim. Respondeu com uma voz irritada. Ela não era um nome. Era uma jovem feita de carne e sangue, tinha direito também de ser feliz. De amar e ser amada. Dei-lhe razão. Onde quer que estejam, tanto o Elói como a Regina, que deram vida e nome a Eloína, devem pensar no tão pouco que custaria fazer a moça feliz. 
 (CARLOS HEITOR CONY: Folha de S.Paulo, 30.3.08)

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