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Direito Penal I - Primeiro Semestre

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Direito Penal I 
Professor Brito
Estudo baseado no livro:Tratado de Direito Penal Parte Geral I
Autor: Rogério Grecco
Cezar Roberto Bitencourt
Fundamentos e História do Direito Penal I
Primeira prova 14/04/15
1. Considerações introdutórias
Falar de Direito Penal é falar, de alguma forma, de violência. Modernamente sustenta-se que a criminalidade é um fenômeno social normal. As relações humanas são contaminadas pela violência, necessitando de normas que as regulem. E o fato social que contrariar o ordenamento jurídico constitui ilícito jurídico, cuja modalidade mais grave é o ilícito penal, que lesa os bens mais importantes dos menbros da sociedade.
Quando as infrações aos direitos e interesses do indivíduo assumem determinadas proporções, e os demais meios de controle social mostram-se insuficientes ou ineficazes para harmonizar o convívio social, surge o Direito penal com sua natureza peculiar de meio de controle social formalizado, procurando resolver conflitos e suturandos eventuais rupturas produzidas pela desinteligência dos homens.
Direito Criminal foi uma terminologia usado no século passado e hoje se encontra em desuso. Sendo substituido pla terminologia Direito Penal.
2. Conceito de Direito Penal
Direito Penal apresenta-se como um conjunto de normas jurídicas que tem por objetivo a determinação de infração de natureza penal e suas sanções correspondentes- penas e medidas de segurança. Como esclarece Zaffaroni, com a expressão "Direito Penal" designam-se - conjunta ou separadamente - duas coisas distintas: 1) o conjunto de leis penais, isto é, a legislação penal; 2) o sitema de interpretação dessa legislação, ou seja, o saber do Direito Penal.
3. Caracteres do Direito Penal
Uma das principais característica do moderno Direito Penal é que representa a ultima ratio (ultima razão, exprimindo o argumento decisivo ou a razão irreprimível) do sistema para a proteção daqueles bens e interesses de maior importância para o indivíduo e a sociedadeà qual pertence.
O direito se caracteriza pela sua finalidade preventiva: antes de punir o infrator da ordem jurídico-penal, procura motiva-lo para que dela não se afaste, estabelecendo normas proibitivas e combinando as sanções respectivas, visando evitar a prática do crime. També o Direito Penal, a exemplo dos demais ramos do Direito, traz em seu bojo(barriga) a avaliação e a medição da escala de valores da vida em comum do indivíduo, a par de estabelecer ordens e proibições a serem cumpridas.
É ciência normativa porque tem como objetivo o estudo da norma, do Direito positivo e a sistematização de critérios de valoração jurídica. Direito Penal não deixa de preocupar-se com a gênese e com as consequências do crime, assumindo uma função criadora, preocupando-se não só com o campo puramente normativo, mas também com as causas do fenômeno criminal e seu impacto sobre a sociedade.
O Direito Penal também é valorativo. Sua atuação não esta pautada entre o certo e o errado mais, sim, a partir de uma escala de valores consolidados pelo ordenamento jurídico que integra, os quais, são levados a prática por meio de critérios e principios jurídicos que são próprios do Direito Penal. O Direito Penal tem caráter finalista, na medida que visa a proteção dos bens jurídicos fundamentais.
E, finalmente, o Direito Penal é sancionador, uma vez que protege a ordem jurídica cominando sanções. E será, ainda que excepcionalmente, constitutivo, quando protege bens ou interesses não regulados em outras áreas do Direito, como, por exemplo, a omissão de socorro, os maus-tratos de animais, as tentativas brancas, isto é, que não produzem qualquer lesão etc.
4. Direito Penal objetivo e Direito Penal subjetivo
O Direito Penal objetivo está formado por norma penais incrimidadoras, dispostas na Parte Especial do Cóigo Penal, definindo as infrações penais e estabelecendo as correspondentes sanções.
O Direito Penal subjetivo, isto é, o direito de punir, é limitado pelo próprio Direito Penal objetivo, que, através das normas penais positivadas, estabelece os lindes(limites) da atuação estatal na prevenção de delitos.
5. Direito Penal comum e Direito Penal especial
Direito Penal comum se distigue pelos orgão que devem aplicá-los juristicialmente: se a norma penal objetiva pode ser aplicada através da justiça comum, sua qualificação será de Direito Penal comum.
Direito Penal especial se somente for aplicável por órgão especiais, constitucionalmente previstos,(Direito Penal Militar e Direito Penal Eleitoral) trata-se de norma penal especial.
Teremos no Brasil, Direito Penal comum, Direito Penal Militar e Direito Penal Eleitoral.
Tanto a Justiça Militar quanto a Eleitoral são órgãos especiais, com estruturas próprias e jurisdições especializadas; logo, ambas caracterizam a especialidade do Direito Penal.
6. Direito Penal substantivo e Direito Penal adjetivo
Direito Penal substantivo, também conhecido como Direito Material, é o Direito Penal propriamente dito, constituído tanto pelas normas que regulam os institutos jurídico-penais, definem as condutas criminosas e combinam as sanções correspondentes(Código Penal).
Direito Penal adjetivo, ou formal, é o Direito Processual, que tem finalidade de determinar a forma como deve ser aplicado o Direito Penal, constituindo-se em verdadeiro instrumento de aplicação do Direito Penal substantivo.
7. Direito Penal num Estado Democrático de Direito
O Direito Penal num Estado Democrático de Direito é usado como instrumento de controle social limitado e legitimado por meio de concenso alcançado entre os cidadãos de uma determinada sociedade.
 Tomando como refente o sistema político pela Constituição Federa de 1988, podemos afirmar que o Direito Penal no Brasil deve ser concebido e estruturado a partir de uma concepção democrática do Estado de Direito, respeitando os princípios e garantias reconhecidos na nossa Carta Magna.
A função do Direito Penal num Estado Democrático de Direito é a proteção subsidiária de bens jurídicos fundamentais. 
O bem jurídico penal deve ser conceituado e entendido como fruto do concenso democrático de um Estado de Direito. A proteção de bem jurídico, como fundamento do Direito Penal liberal, oferece, um critério material importante e seguro na construção dos tipos penais, porque, assim, será possível distinguir o delito das simples atitudes interiores, de um lado, e, de outro, dos fatos materiais não lesivos de bem comum. O bem jurídico deve ser utilizado nesse sentido, como princípio interpretativo do Direito Penal num Estado Democrático de Direito e, em consequência, como o ponto de partida da estrutura do delito.
O Direito Penal, funciona, num primeiro plano, garantindo a segurança e a estabilidade do juízo ético-social da comunidade, em segundo, reage, diante do caso concreto, contra a violação ao ordenamento jurídico-social com a imposição da pena correspondente. O Direito Penal apresenta assim os limites da liberdade do indivíduo na vida comunitária. A violação desses limites, acarreterá a responsabilidade penal do agente. Essa consequência jurídico-penal da infração ao ordenamento produz como resultado o efeito preventivo do Direito Penal, que caracteriza sua segunda função.
O Estado não pode invadir a esfera dos direitos individuais do cidadão, ainda e quando haja praticado algum delito. Os limites que o Estado deve atuar deve ser uma realidade concreta. Esses limites materializam-se através dos princípios da intervenção mínima, da proporcionalidade, da ressocialização, da culpabilidade etc.
A onipotência jurídico-penal do Estado deve contar, com freios ou limites que resguardem os invioláveis direitos fundamentais do cidadão. Este seria o sinal que caracteriza o Direito Penal de um Estado pluralista e democrático.
 PRINCÍPIOS LIMITADORES DO PODER PUNITIVO ESTATAL II
1. Considerações Introdutórias
Poderíamos chamar de princípios reguladores do controle penal, princípios constitucionais fundamentais de garantia do cidadão perante o poder punitivo estatal, ou simplesmente de PrincípiosFundamentais de Direito Penal de um Estado Social e Democrático de Direito.
Ademais, no art. 1°, III, da Constituição, encontramos a declaração da dignidade da pessoa humana como fundamento sobre o qual se erige o Estado Democrático de Direito. Trazendo consigo a consagração de que toda pessoa tem a legítima pretenção de ser respeitada pelos demais membros da sociedade e pelo próprio Estado, que não poderá interferir no âmbito da vida privada de seus súditos, exeto quando esteja expressamente autorizado a fazê-lo.
2. Princípios da legalidade e princípio da reserva legal
O princípio da legalidade constitui uma efetiva limitação ao poder punitivo estatal. Pelo princípio da legalidade a elaboração de normas incriminadoras é função exclusiva da lei, isto é, nenhum fato pode ser considerado crime e nenhuma pena criminal pode ser aplicada sem que antes da ocorrência desse fato exista uma lei definindo-o como crime e combinando-lhe a sanção correspondente. A lei deve definir com precisão e de forma cristalina a conduta proibida.
Quanto ao princípio de reserva legal, este significa que a regulação de determinadas matérias deve ser feita, por meio de lei formal, de acordo com as previsões constitucionais a respeito. O art. 22, I, da Constituição brasileira estabelece que compete à União legislar sobre o Direito Penal.
O princípio de legalidade e de reserva legal representam a garantia política de que nenhuma pessoa poderá ser submetida ao poder punitivo estatal, se não com base em leis formais que sejam fruto do consenso democrático
2.1 Princípio da legalidade e as leis vagas, indeterminadas ou imprecisas
Para que o princípio da legalidade seja, na prática, efetivo, cumprindo com a finalidade de estabelecer quais são as condutas puníveis e as sanções a elas cominadas, é necessário que o legislador penal evite ao máximo o uso de expressões vagas, equívocadas ou ambíguas.
Contudo sabe-se que a ciência jurídica admite certo grau de indeterminação, já que todos os termos utilizado pelo legislador admitem várias interpretações.
Uma técnica legislativa correta ao princípio de legalidade deverá evitar ambos os extremos, tanto a proibição total da utilização de conceitos normativos gerais como o exagerado uso de cláusulas gerais valorativas, que não descrevem com precisão as condutas proibidas que se busque um meio-termo possibilitando assim a abertura do Direito Penal à compreensão e regulação da realidade dinâmica da vida em sociedade.
Recentimente, a Lei n. 10.792/2003, que altera dispositivos da Lei n. 7.210/84, de Execução Penal, ao criar o regime disciplinar diferenciado de um cumprimento de pena, viola o princípio da legalidade penal, criando, desfarçadamente, uma sanção penal cruel e desumana sem tipo penal definido correspondente. O princípio de legalidade exige que a norma contenha a descrição hipotética do comportamento proibido e a determinação correspondente sanção penal, com alguma precisão, como forma de impedir a imposição a alguém de uma punição arbitrária sem uma correspondente infração penal. É intolerável que o legislador ordinário possa regular de forma tão vaga e imprecisa o teor das faltas disciplinares que afetam o regime de cumprimento de pena, submentendo o condenado ao regime disciplinar diferenciado. O abuso no uso de expressões como "alto risco para a ordem e a segurança do estabelecimento penal" ou " recaiam fundadas suspeitas de envolvimento ou participação" sem declinar que "tipo de conduta" poderia criar o referido "alto risco" ou caracterizar "suspeitas fundadas", representa uma afronta ao princípio de legalidade, especialmente no que diz respeito a legalidade das penas.
3. Princípios da intervenção mínima
O princípio da intervenção mínima, também conhecido como última ratio, orienta e limita o poder incrimidador do Estado, preconizando que a criminalização de uma conduta só se legitima se constituir meio necessário para a prevenção de ataques contra bens jurídicos importantes. Se outras formas de sanção ou outros meios de controle social revelarem-se suficientes para a tutela desse bem, a sua criminalização é inadequada e não recomendável. Assim se para o estabelecimento da ordem jurídica violada forem suficientes medidas civis ou administrativas, são estas que devem ser empregadas, e não as penais. Por isso, o Direito Penal deve ser a ultima ratio ( no latim o t lê-se como c somente quando terminação io ficando "ultima racio") do sistema normativo, deve atuar somente quando os demais ramos do Direito revelarem-se incapazes de dar a tutela devida a bens relevantes na vida do indivíduo e da própria sociedade.
3.1 Princípio da fragmentariedade
O Direito Penal limita-se a castigar as ações mais graves praticadas contra os bens jurídicos mais importantes, decorrendo dai o seu caráter fragmentário, uma vez que se ocupa somente de uma parte dos bens jurídicos protegidos pela ordem jurídica.
O caráter fragmentário do Direito Penal- segundo Munõz Conde - apresenta-se sobre três aspectos: em primeiro lugar, defendendo o bem jurídico somente contra ataques de especial gravidade, exigindo determinada intenções e tendências, excluindo a punilidade da prática prudente de alguns casos; em segundo lugar tipificando somente parte das condutas que outros ramos do Direito consideram atijurídicas e, finalmente deixando sem punir ações que possam ser consideradas imorais, tais como o incesto, a homossexualidade, a infidelidade no matrimônio ou a mentira.
Resumindo, "carátes fragmentário" do Direito Penal significa que o Direito Penal não deve sancionar todas as condutas lesivas dos bens jurídicos, mas tão somente aquelas condutas mais graves e mais perigosas praticadas contra bens mais relevantes. 
4. Princípio da irretroatividade da lei penal
Há uma regra dominante em termos de conflito de leis penais no tempo. É a da irretroatividade da lei penal, que ficou incluído no princípio de legalidade. Desde que uma lei entra em vigor até que cesse sua vigência rege todos os atos abrangidos pela sua destinação. Entre esses dois limites - entra em vigor e cessação de sua vigência- situa-se sua eficácia. Não alcança, assim, os fatos ocorridos antes dos dois limites extremos: não retroage, e nem tem ultra-atividade. É o princípio do tempus regit actum.
O princípio da irretroatividade vige somente em relação à lei mais severa. Admite-se no Direito intertemporal, a aplicação retroativa da lei mais favorável. Assim, pode-se resumir a questão no seguinte princípio: o da retroatividade da lei penal mais benigna. A lei nova que for mais favorável ao réu sempre retroage.
5. Princípio da adequação social
O Direito Penal tipifica somente condutas que tenham uma certa relevância social; caso contrário, não poderiam ser delitos. Há condutas que por sua "adequação social" não podem ser consideradas criminosas.
A tipicidade de um comportamento proibido é enriquecido pelo desvalor da ação e pelo desvalor do resultado lesando efetivamente o bem juridicamente protegido, constituindo o que se chama de tipicidade material.
Com efeito, a adequação social parte de um juízo de previsibilidade ex ante, que concorre com um juízo de valorização ex post, acerca da adequação entre o resultado produzido e a conduta adequada previamente indentificada como causa.
Pode-se afirmar que adequação social divide-se em um duplo juízo de valorização: um juízo ex ante, que pretende excluir do âmbito do injusto (negando o desvalor de ação) a conduta que não seja gerada em condições de previsibilidade de produção de resultado típico; e um juízo ex post, que pretende excluir o âmbito do injusto consumado (negando o desvalor do resultado) a conduta que, mesmo sendo adequada desde a perspectiva ex ante, não se verifica no resultado, pois, conhecida todas as circuntâncias do caso, se demonstra que outros fatores incidiram para a sua produção.
Exemplo é quando alguém decide criar um risco com conhecimento de seu alcance, mas esse comportamento adquire uma maior lesividade devido às peculiaridades físicas da vítima(hemofílicos,tampa do crânio anormalmente frágil, gravidez não evidente, propensão anormal à trombose, problemas vertebrais, etc).
6. Princípio da insignificância
O fato de determinada conduta tipificar uma infração penal de menor potencial ofensivo não quer dizer que tal conduta configure, po si só, o princípio da insignifinância. Os delitos de lesão corporal leve, de ameaçã, injúria, por exemplo, já sofreram a valorização do legislador, que, atendendo às necessidades sociais e morais históricas dominantes, determinou as consequências jurídicos-penais de sua violação.
Assim, a irrelevância ou insignificância de determinada conduta deve ser aferida não apenas em relação a importância do bem juridicamente atingido, mas especialmente em relação ao grau de sua intencidade, isto é, pela extensão da lesão produzida, como, por exemplo, mau-trato não é qualquer tipo de lesão à integridade corporal, mas somente uma lesão relevante; uma forma delitiva de injúria é só a lesão grave a pretensão social a respeito. Como força deve ser considerada unicamente um obstáculo de certa importância, igualmente também a ameaça deve ser sensível para ultrapassar o umbral da criminalidade.
7. Princípio da ofensividade
A primeira função do princípio da ofensividade é limitadora do ius puniendi, dirigindo-se especialmente ao legislador, antes mesmo de realizar sua atividade-fim, que é elaborar leis; A segunda confugura uma limitação ao próprio Direito Penal, destinando-se ao aplicador da lei, isto é, o juíz, que é, em última instância, o seu intérprete final.
Por fim, o princípio da ofensibilidade não se confunde com o princípio da excluisiva proteção de bens jurídicos, segundo o qual não compete ao Direito Penal tutelar valores puramente morais, éticos ou religiosos; como ultima ratio, ao Direito Penal se reserva somente a proteção de bens fundamentais para a convivência e o desenvolvimento da coletividade.
A diferença entre ambos pode ser reumida da seguinte forma: no princípio da exclusiva proteção de bens jurídicos, hà uma séria limitação aos interesses que podem receber a tutela do Direito Penal; no princípio da ofensividade, somente se admite a configuração da infração penal quando o interesse ( reserva legal) sofre um ataque (ofensa) efetivo, representando um perigo completo ou dano.
8. Princípio de culpabilidade
Segundo o princípio de culpabilidade, em sua configuração mais elementar, "não há crime sem culpabilidade". Não há uma culpabilidade em si, individualmente concebida, mas uma culpabilidade em relação aos demais membros da sociedade, propugnando-se, atualmente, por um fundamento social, em vez de psicológico, para o conceito de culpabilidade.
Atribui-se, em Direito Penal, um triplo sentido ao conceito de culpabilidade:
Em primeiro lugar, a culpabilidade, como fundamento da pena, significa um juízo de valor que permite atribuir responsabilidade pela prática de um fato típico e antijurídico a uma determinada pessoa para a consequênte aplicação de pena. Para isso exige-se a presença de uma série de requisitos - capacidade de culpabilidade, consiência da ilícitude e exigibilidade da conduta - A ausência de qualquer desses elementos é suficiente para impedir a aplicação de uma sanção penal. Em segundo lugar, entende-se a culpabilidade como elemento da determinação ou medição da pena. Nessa acepção a culpabilidade funciona não como fundamento da pena, mas como limite desta, de acordo com a gravidade do injusto. Desse modo o e a medida da pena imposta devem ser proporcionais à gravidade do fato realizado. E, em terceiro lugar, entende-se a culpabilidade, como conceito contrário à responsabilidade objetiva. Nessa acepção o princípio da culpabilidade impede a atribuição da responsabilidade penal objetiva. Ninguém responderá por um resultado absolutamente imprevisível se não houver obrado, pelo menos, com dolo ou culpa.
Da adoção do princípio da culpabilidade em sua três dimensões derivam importantes consequências materiais: a) inadmissibilidade da responsabilidade objetiva pelo simples resultado; b) somente cabe atribuir responsabilidade penal pela prática de um fato típico e antijurídico, sobre o qual recai o juízo de culpabilidade, de modo que a responsabilidade é pelo fato e não pelo autor; c) a culpabilidade é a medida da pena. Não cabe a menor dúvida que o principio de culpabilidade representa uma garantia fundamental dentro do processo da atribuição de responsabilidade penal, repercutindo diretamente na composição da culpabilidade enquanto categoria dogmática.
9. Princípio da proporcionalidade
" a lei só deve cominar penas estritamente necessárias e proporcionais ao delito" (art. 15). No entanto o princípio da proporcionalidade é uma consagração do costitucionalismo moderno, sendo recepcionado, pela Constituição Federal brasileira. 
3 legislação Brasileira
- dec-lei 2848/40 (lei parcialmente revogada 7209/84)
- dec-lei 3688/84
4 Classifiação das infrações
- crimes ou delitos (Conceito de crime analítico: crime é todo fato típico, antijurídico e culpável (teoria tripartida)
- contravenção penal (crimes menores) ex: de contravenção
* "crime anão" (Nelson Hungria)
* como diferenciar? (art 1°, LICP)
5 Fontes do DP
- Material: art 22.I, CF/ 88
- Formal: costumes e os princípios gerais do direito
6 Interpretação da lei penal
- autêntica: dada pela própria norma 
- doutrinária: estudiosos do direito
- jurisprudencial: entendimento formado por juízos e pelos tribunais
- analógica (interpretação da lei de forma abstrata)
- analogia (interpretação do magistrado "lacuna da lei")
é um ramo do direito público que define as infrações penais, estabelecendo a aplicação da pena ou medida de segurança
jus pruniend
cuida-se das normas vigentes do ordenamento jurídico a lei
Sujeito ativo: É A PESSOA QUE COMETE O CRIME. Em regra só o ser humano maior de 18 anos pode ser sujeito ativo de uma infração. Excepecionalmente as pessoas jurídicas poderão cometer crimes uma vez que a lei fundamental a Constituição estabelece que as condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores pessoas físicas ou jurídicas a sanções penais e administrativas independente de reparar o dano.
 Sujeito passivo: É a pessoa ou entidade que sofre os efeitos do crime(a vítima do crime). OBS: Em regra não é possível a pessoa ser autor e vítima ao mesmo. Exceto no art 137(RIXA)
Objetividade jurídica: é o bem ou interesse que a lei visa proteger quando incrimina determinada conduta descrita no código penal
Objeto Material: é a coisa sobre a qual recai a conduta delituosa, "res" = coisa ex: no furto de um carro o objeto material seria o próprio carro.
- Conflitos aparentes de normas: quando existe uma pluralidade de normas aparentemente regulando um mesmo fato criminoso. Características: (a lei especial está acima da lei geral)
a) unidade de fato
b) pluralidade de normas
c) aparente aplicação de todas as normas ao mesmo fato
d) efetiva aplicação de somente uma da normas
- Pricípios:
a) especialidade: no caso concreto se houver duas normas aparentemente aplicáveis e uma delas puder ser considerada como especial em relação a outra deve-se aplicar a norma especial. Ex: homicídio atr.121, do CP (matar alguém) infanticídio art 123, do CP(quando o mão mata o próprio filho após o parto) essa é considerada especial
b) subsidiariedade: havendo duas normas aplicáveis as caso concreto, se uma delas puder ser considerada subsidiária a outra aplica-se a norma principal. Ex: art.163 crime de dano na forma qualificada pelo emprego de incêndio se existir outra norma eu posso subsidia-la como o crime de incêndio art.251 . Art. 12, do CP Legislação especial principio da especialidade a lei especial está acima da lei geral 
c) consunção: significa consumir absorver o fato mais grave absorve o fato menos grave, os quais constituem meios de preparação ou execusão. OBS: "iter criminis" = o intinerário do crime são quatro fases cogitação(jamais é punida), preparação(em regra não se puni exceto, art.288 associação criminosa),execusão(primeiro ato idonio do crime ex; apontar uma arma) e consumação(o crime foi efetivado passando por essas quatro etapas).
d) alternatividade: uma única norma possui várias condutas criminosas Ex: art 122, CP (induzir ou estigar são várias condutas e uma só norma)
- Princípios basilares do DP
a) legalidade - anterioridade: art 1°,CP
 - reserva legal : art 22, I, CP
- Princípio da Legalidade
"Nullum crimen, nullum sine praevia legis"
"Não a crime, sei lei anterior não há pena sem prévia cominação legal". Art 1°, CP
b) intervenção mínima/ ultima ratio
"É o responssável não só pela indicação dos bens de maior relevo que merecem a especial atenção do direito penal" Rogério Grecco
c) fragmentariedade
Uma vez escolhidos aqueles bens fundamentais, comprovada a lesividade e a inadequação das condutas que os ofendem, esses bens passarão a fazer parte de uma pequena parcela que é protegida pelo direito penal por isso fragmentário.
d) insignificância/ bagatela: (Claus Roxin)
Defendido por CLAUS ROXIN tem por finalidade auxiliar o intérprete quando da análise do tipo penal, para fazer excluir do âmbito de insidência da lei aquelas situações consideradas bagatela ou insignificantes.
- Classificação das infrações penais
a) Crime doloso = dolo é a consciência e a vontade de realização da conduta descrita em um tipo penal
b) Crime culposo = não há culpa no crime cometido quando presentes as modalidades de negligência, imprudência ou imperícia.
c) preterdoloso = o resultado vai além da intenção do agente, a dolo no antecedente e culpa no consequente, conduta dolosa no resultado culposo. 
d) crime comissivo = é a realização de uma ação positiva do agente ele visa determinada conduta criminosa
e) crime omissivo - próprio = quando a omissão estiver descrita na norma penal (CP,art.135)omissão de socorro ("erga omnes" para todos)
 - impróprio = inicialmente o autor tem uma conduta positiva e no resultado configura-se abstenção da conduta. Ex: a mãe que amamenta seu filho deixa de alimentar e esse veio a falecer. (Se fosse um funcionário público seria prevaricação).
f) instantâneo = é o crime que se esgota com a ocorrência do resultado
g) permanente = aquele cuja a consumação se alonga no tempo dependente da atividade do agente ex: sequestro (CP, art.159)
h) instantâneo com efeito permanente = a permanência não depende da continuidade da ação do agente ex: homicídio
i) dano = a efetiva lesão do bem jurídico tutelado ou protegido pelo Estado (CP, art.163) dano.
j) perigo = se consuma com a simples criação do perigo para o bem jurídico protegido pelo Estado (CP, art.260) Perigo de desastre ferroviário.
l) material = descreve a conduta cujo o resultado integra o próprio tipo penal 
m) formal = também descreve o resulta mais não precisa necessariamente que ocorra sua consumação (CP, art.147)ameaça
n) mera conduta = são crimes sem resultado a lei penal se satisfaz apenas com a atividade ou conduta do agente (CP, art. 150) violação do domicílio
o) unissubsistente = constitui-se de ato único, não admite fracionamento, a conduta coincide temporalmente com a consumação, sendo impossível a tentativa. OBS: contravenção penal
p) plurissubsistente = a conduta do agente desdobra-se em vários atos ex: estelionato (CP, art.171)
q) comum = pode ser praticado por qualquer pessoa ex: homicídio, roubo, estelionato, etc.
r) próprio = cometido por determinadas pessoas ex: prevaricação (funcionário público que se omite no ofício), a mãe quando mata seu filho(infânticído)
s) mão próprio = só pode ser praticado pelo agente, ontro não pode responder no lugar ex: falso testemunho, crimes contra a honra (art. 138, 140, CP)
- Norma penal em branco = (Quando o legislador deixa uma lacuna na lei)
- sentido lato (homogênea) = EX: art.237, CP complementado pelo art.183, CC, reformulado na mesma hierarquia, mesma fonte.
- sentido estrito (heterogênea) = pode ser reformulada pela menor hierarquia (trafico de drogas lei. 11.343 art.33) falta os tipos de drogas então recorre-se a portaria para que haja um complemento. lei. 1521-51 art. 2°§6
- Retroatividade da lei penal
- previsão legal: art. 2°, CP
* A lei penal só retroage para beneficiar o réu (art. 5° XL, CF) "favor rei", "indubio pro reu"
* Espécie de extinção da punibilidade "abolicio criminis" (art.107, CP). EX TUNC = RETROAGE
 EX NUNC = NÃO RETROAGE
tempo do crime = atividade
- previsão legal : art.4°, CP
- teoria da atividade: momento da conduta comissiva ou omissiva TEMPO DO CRIME ATIVIDADE
- Lugar do Crime = ubiguidade
- previsão legal: art.6°, CP
- Teoria da ubiquidade (mista)
tanto o lugar da conduta quanto o do resulatdo
OBS: As infrações de competência do juizado especial criminal (crimes de menor potencial ofensivo pena até dois anos)(lei 9.099 art.63 aplica-se a teoria da atividade)
delitos plurilocais ação se dá em um lugar e o resultado em outro teoria do resultado(art.70, CPP), 
Crimes executados em um país e consumado em outro teoria da ubiguidade os dois países terão competencia para julgar o crime
- Territorialidade (art. 5°,CP) 
a) Princípio da Territorialidade = a lei penal só tem aplicação no território do Estado que a editou, pouco importando a nacionalidade do sujeito ativo ou passivo.
b) Princípio da Territorialidade absoluta = só a lei nacional é aplicado a fatos cometidos em seu território.
*c) Princípio da Territorialidade temperada = a lei nacional se aplica aos fatos praticados em seu território, mas excepcionalmente permite-se a aplicação da lei estrangeira quando assim estabelecer algum tratado ou convenção internacional. esse princípio foi adotado pelo art. 5° da Costituição Brasileira
O que se entende por território nacional?
Abrange todo o espaço em que o Estado exerce sua soberania: solo, rios, lagos, mares interiores, faixa do mar exterior ao longo da costa (200 milhas) e espaço aério
- Extraterrirotialidade ( art. 7°, CP)
autarquia (todos os entes que pertencem as administração indireta)
a) princípio da nacionalidade ativa = aplica-se a lei nacional do autor do crime qualquer que tenha cido o local da infração
b) princípio da nacionalidade passiva = a lei nacional do autor do crime aplica-se quando este for praticado contra bem jurídico de seu próprio Estado ou contra pessoa de sua nacionalidade.
c) princípio da defesa real = prevalece a lei referente a nacionalidade do bem jurídico lesado, qualquer que tenha cido o local da infração ou a nacionalidade do autor do delito.
d) princípio da justiça universal = todo o Estado te o direito de punir qualquer crime seja qual for a nacionalidade do sujeito ativo e passivo, e o local da infração, desde que esteja em seu território.
e) princípio da representação = a lei nacional é aplicável aos crimes cometidos no estrangeiro em aeronaves e embarcações privadas desde que não julgados no local do crime. 
art. 7° §I alinéa a,b e c defesa real
atg. 7 § II alínea a, principio da justiça universal
art. 7° II alínea b, pincípio da nacionalidade ativa
art. 7° parágrafo 3° defesa real
- Contagem do prazo (art. 10, CP)
a) direito material (art. 10,CP) = Prazo fatal, ininterrupto conta o primeiro e exclui o ultimo dia. Na sua contagem computa-se o dia do começo como primeiro dia qualquer que seja a fração ex: sujeito foi condenado a dois meses 17/03/2015 sai 16/05/2015
b) direito processual (art.798,§1°, CPP) = não se computa o dia do começo o primeiro dia será o dia subsequente a data do início se foi condena dia 17 conta dia 18
* Súmula 310 STJ = não se contam os sábados domingos e feriados e começa a contar no dia subsequente ex se a intimação se der na sexta-feira o prazo judicial terá inicio na segunda isso se houver expediente o prazo começará no primeiro dia útil.
- Tipos de prazo
a) decadencial = perda do direito do ofendido de promover a ação. É o periodo no qual o ofendido ou o seu representante legal pode ingressar com a queixa crime ou oferecer representação.
b) prescricional = trata-seda perda do direito de promover a ação penal por parte do Estado, causando a extinção da punebilidade. (art. 107, CP)
c) perempção = É uma sanção processual ou seja é a perda do direito de demandar do querelante ou ofendido decorrente da sua inércia para dar andamento ao processo. (art. 60, CPP)
Teoria Geral do Crime
- introdução - Código Penal do Império (1830)
 - Código criminal (1890)
- teorias - clássica
 - finalista
- finalista - Welzel
 - fato típico, antijurídico e culpável
- conceitos - formal = crime é a ação ou omissão, proibida por lei, sob a ameaça de pena.
 - material = crime é a ação ou omissão que contraria os valores ou interesses do corpo social, exigindo sua proibição com a ameaça da pena. art.1° LICP CONSIDERA-SE CRIME A INFRAÇÃO penal a que a lei comina pena de reclusão ou de detenção que isoladamente quer alternativa ou cumulativamente com a pena de multa contravenção, a infração penal que a lei comina isoladamente pena de prisão simples ou multa, ou ambas, alternativa ou cumulativa
 - analítico = fato típico, antijurídico e culpável
- corrente majoritária: teoria tripartida = fato típico, antijurídico e culpável.
- corrente minoritária: teoria bipartida = fato típico e antijurídico
- Estrutura do conceito de crime analítico
Eugênio Zaffaroni
"Delito é uma conduta humana individualizada mediante um dispositivo legal(tipo) que revela sua proibição (tipica), que por não estar permitida em nenhum preceito jurídico(causa de jurisdição) é contrária ao ordenamento jurídico(ilicitude) e que, por ser exigível do autor que atrasse de outra maneira nessa circunstância, lhe é reprovável" (culpável)
Fato típico 
- conduta = é o comportamento humano voluntário e consciente dirigido a uma finalidade 
- dolosa- dolo direto = No dolo direto o agente quer o resultado como fim de sua ação. A vontade do agente é dirigida à realização do fato típico.
 dolo eventual = Haverá dolo eventual quando o agente não quiser diretamente a realização do tipo, mas aceitá-la como possível ou até provável, assumindo o risco da produção do resultado.
 dolo geral =
 dolo normativo =
- culposa = o agente não tem intensão de produzir o resultado o faz por negligencia, imprudência, imperícia.
Culpa consciente e culpa inconsciente
 crime comissivo = é a realização de uma ação positiva do agente ele visa determinada conduta criminosa
Crime omissivo - próprio = quando a omissão estiver descrita na norma penal (CP,art.135)omissão de socorro ("erga omnes" para todos)
 - impróprio = inicialmente o autor tem uma conduta positiva e no resultado configura-se abstenção da conduta. Ex: a mãe que amamenta seu filho deixa de alimentar e esse veio a falecer. (Se fosse um funcionário público seria prevaricação).
- resultado = é a modificação do mundo exterior provocada pela conduta do agente
- naturalístico = é a modificação que um crime provoca no mundo exterior crime de homicídio (art. 121)
 - normativo = é o efeito que o crime produz na orbita jurídica, ou seja, a lesão ou o perigo de lesão de um interesse protegido pela lei. 
- nexo de causalidade (art.13, CP) = para essa teoria causa é toda circunstância antecedente sem a qual o resultado não teria ocorrido.
* Teoria adotada pelo CP: "CONDITIO SINE QUA NON" ou teoria da equivalência do resultado.
- tipicidade(formal); 1° parte do princípio da legalidade = Não a crime sem lei anterior que o defina.É o nome que se da ao enquadramento da conduta concretizada pelo agente na norma abstrata "nullum crimen sine lege" ( não a crime sem lei)
Ilicitude 
conceito
Professor Aníbal Bruno "Pela posição particular em que se encontra o agente ao pratica-las, se apresentam em face do direito com lícitas.
Essas condições especiais em que o agente atua empedem que elas venham a ser antijurídicas. São situações de excepicional licitude que contituem as chamadas causas de exclusão".
a) Estado de Necessidade= Considera em estado de necessidade quem pratica o fato criminoso para salvar de perigo atual direito próprio ou alheio cujo o sacrifício nas sircunstâncias não era raziável exigir-se 
Requisitos do estado de necessidade
a) o perigo deve ser atual, = é o perigo presente a ameaça concreta ao bem jurídico; 
b) o perigo deve ameaçar direito próprio ou alheio,= a palavra direito está empregada em sentido amplo de forma a abranger qualquer bem protegido pelo ordenamento jurídico. É imprecindível portanto que o bem esteja tutelado pelo ordenamento; 
c) que a situação não tenha sido voluntário = para caracterizar tal exprudente(estado de necessidade) é necessario que a situação de perigo não tenha cido causada voluntáriamente pela própria pessoa entenda- se dolosamente; 
d) inexistência de enfrentar o perigo= aquele que tem por lei a obrigação de enfrentar o perigo não pode deixar a situação comoda, deixando de enfrentar o risco a pretesto de proteger bem jurídico próprio ex: bombeiro, polícial, etc.
* irrevitabilidade da conduta = o comportamento deve ser absolutamente inevitável para salvar o direito próprio ou de terceiro.
* razoabilidade do sacrifício = é preciso que o sacrifício do bem alheio seja razoável de acordo com o senso comum
* conhecimento da situação justificante = não se aplica a excrudente quando o sujeito não tem conhecimento de que aje para salvar o bem jurídico próprio ou alheio
b) Legítima Defesa= Conceito- age em legítima defesa quem usando moderadamente dos meios necessários repele injusta agressão atual ou iminente a direito seu ou de outrem
Previsão legal - art.25, CP 
Bens jurídicos na visão de Zaffaroni e Piarangele "A defesa a direito seu ou de outrem abarca a possibilidade de defender legitimamente qualquer bem jurídico. O requisito da moderação da defesa não exclui a possibilidade de defesa de qualquer bem jurídico apenas exigindo uma certa proporcionalidade entre a ação defensiva e a agressiva quando tal seja possível isto é que o defensor deve utilizar o meio menos lesivo que tiver ao seu alcance"
- Requisitos - 
a)existência de uma agressão = agressão não pode ser confundida por uma simples provocação. A agresão é o efetivo ataque contra os bens jurídicos de alguém.
b) a agressão deve ser injusta = a injustiça da agressão exigida pelo texto legal está empregada no sentido de agressão ilicíta pois caso contrário não haveria justificativa pra legitima defesa
c) a agressão deve ser atual ou iminente = a agressão atual é a que está ocorrendo. Agressão iminente é a que está prestes à ocorrer.
d) que a agressão seja dirigida a proteção de direito próprio ou alheio = admite-se a legítima defesa no resguardo de qualquer bem jurídico tutelados pelo Estado.
e)utilização dos meios necessários = meios necessários são os meios menos lesivos, ou seja, menos vulnerantes a disposição do agente no momento da agressão.
f) moderação = encontrado o meio necessário para repelir a injusta agressão o sujeito deve agir com moderação, ou seja, não ir além do necessário para proteger o bem jurídico agredido.
g)elemento subjetivo = Tal como ocorre no estado de necessidade só poderá ser reconhecida a legitima defesa se ficar demonstrado que o agente tinha ciência de que estava agindo acobertado por ela ou seja, que esta ciente da presença dos seu requisitos.
- excesso = art. 23 parágrafo único é a intencificação desnecessária de uma conduta inicialmente justificada. O excesso sempre presupõe um início de situação justificante.
 - doloso = descaracteriza a legitima defesa a partir do momento em que é empregado o excesso e o agente responde dolosamente pelo resultado produzido.
- culposo = é o excesso que deriva de culpa em relação a moderação (é o excesso inconciênte não é intencional)
 - espécies - autêntica =
 - pretativa =
c) Exercício regular do direito
d) Estrito cumprimento do dever legal
e) consentimento do ofendido
- previsão legal: art.23, CP
Crime vago Estado é a vítima depredação dealgo público
Estrito cumprimento do dever legal
	Conceito = Age com estrito cumprimento do dever legal algumas pessoas se o agente extrapolar os limites previstos em lei este não estará amparado por tal excludente
	Exemplo = Oficial de justiça no cumprimento do dever pode usar a força moderada para adentra na casa e cumprir o mandado de justiça ou uma ordem judicial, Policial Militar atirar em alguém que atente contra sua vida ou de outrem.
Consentimento do ofendido (Encontra-se em desuso)
	Conceito = Em regra o crime do ponto de vista analítico (teoria tripartida) possui normas permissivas (art. 23, CP). Quando a vítima consente a prática de determinados crimes o suposto autor fará jus de uma excludente supralegal. Trata-se de bem disponível (crime de furto) e pessoa imputável (maior de idade)
	Finalidade
	Afastar a tipicidade = Tipicidade formal estupro se a vítima consentir a penetração na há crime (CP, art.213).
	Excluir a ilicitude = Segundo elemento da teoria tripartida quando se faz uma tatuagem a um crime de lesão corporal, (art. 129, CP), porém houve um consentimento do ofendo afastando assim a tipicidade. 
	Exemplos
Descriminantes putativas (imaginar, cogitar) (Cuida-se de exclusão de ilicitude) (art. 20, 21, CP)
	Conceito 
	Erro de tipo
	Erro de proibição
CULPABILIDADE
	Evolução histórica = 
	Teorias
	Psicológica (dolo e culpa) Franz Von Liszt
	Psicológica Normativa (relação entre o fato e o resultado) Edmund Mezger
	Teoria pura normativa (Hans Wezel) (teoria que o ordenamento jurídico adota)
“umpoex” – imputabilidade
	Potencial conhecimento da ilicitude
	Exigibilidade de conduta diversa 
Teoria Normativa Pura Adotada pelo CPB
	Imputabilidade
	Conceito = é a possibilidade de atribuir a alguém a responsabilidade por algum fato, ouseja, o conjunto de condições pessoais que da ao agente a capacidade para lher ser juridicamente a prática de uma infração penal
	Inimputabilidade
	Biológico = Leva em conta apenas o desenvolvimento mental do acusado
	 Psicológico = considera-se apenas se o agente ao tempo da ação ou omissão tinha a capacidade de entendimento e auto- determinação
	Biopsicológico ou misto = Considera inimputável aquele que em razão de sua condição mental(causa) era ao tempo da ação ou omissão totalmente incapaz de entender o caráter ilícito do fato e de determinar-se de acordo com tal entendimento (consequência). 
Fronteiriço ou semi-inimputável
Nesse caso o agente perde parcialmente a capacidade de entendimento e autodeterminação apena será diminuída de 1/3 – 2/3
Doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado = A doença mental abrange a demência psicose maníaco depressiva, histeria, paranoia, psicose traumática por alcoolismo e Esquizofrenia. O desenvolvimento mental incompleto ocorre em relação aos menores de idade. 
	Menoridade = 
	Embriaguez completa
	Dependência de substância de entorpecente
	Emoção = Art. 28, I A emoção é um estado súbito e passageiro de instabilidade psíquica uma perturbação momentânea da afetividade Não exclui a imputabilidade apenas diminui a pena.
	Paixão = Art. 28, I é um sentimento duradouro caracterizado por uma afetividade permanente. Não exclui a imputabilidade apenas diminui a pena.
	Embriaguez = Art. 28, II conceito: é uma intoxicação aguda e passageira provocada pelo álcool ou substância com efeito análogo.
A)EMBRIAGUEZ NÃO ACIDENTAL “actio libera in causa” “ação liberal em causa”
A1) Voluntária = O agente quer embriagar-se. Pode ser completo, retirando do agente sua capacidade de entendimento e autodeterminação. Não exclui a imputabilidade. 
A2) culposa = Pode ser completa ou incompleta. O agente não quer embriagar-se mais agindo imprudentemente ingere excessivas doses e se embriaga. Não exclui a imputabilidade. 
B)EMBRIAGUEZ ACIDENTAL = Trata-se de modalidade proveniente de caso furtuito ou força maior. Se a embriaguez se completa exclui a imputabilidade desde que em razão dela o agente ao tempo da ação ou omissão tenha ficado inteiramente incapacitado de intender o caráter ilícito do fato.
 B1) patológica = (doentia) se em razão era o agente ao tempo da ação ou omissão inteiramente incapaz de intender o caráter ilícito de fato estará excluída a imputabilidade. (Art. 26,caput)
 B2) preordenada = quando o agente embriaga-se justamente para tomar para a prática do delito (funciona como agravante genérico) 
	Dependência de substancia de entorpecente Lei nº 11343/06 Nos termos do artigo 45 da lei nº 11343/06 o agente é isento de pena em razão da dependência ou sob o efeito de substância entorpecente ou que determine dependência física ou psíquica proveniente de caso furtuito ou de força maior era ao tempo da ação ou omissão qualquer que tenha sido a infração praticada.
	Potencial conhecimento de ilicitude
Art. 21; 1ª parte, desconhecimento da lei é inescusável.
	Art. 21; 2ª parte, erro sobre a ilicitude do fato,
 – evitável: diminui a pena de 1/6 a 1/3 (atenuante). 
 – inevitável: exclui a culpabilidade. 
O erro inevitável sobre a ilicitude do fato é o erro de proibição que retira do agente a consciente ilicitude e por consequência exclui a culpabilidade (isento de pena). O erro de proibição não possui relação com o desconhecimento da lei. Trata-se de erro sobre a ilicitude do fato e não sobre a lei ex: dar em cima de mulher casada, furto por engano.
	Exigibilidade de conduta diversa
Trata-se de elemento componente da culpabilidade fundado no princípio de que só devem ser punidas as condutas que poderia ser evitadas. Assim, no caso concreto se a conduta era inexigível por parte do agente fica excluída a sua culpabilidade, ou seja, não tem pena.
	Coação irresistível: art.22
	Física = quando ocorre o emprego de violência física, quando uma pessoa obriga outra a praticar um crime.
	Moral= é aquela decorrente de emprego de grave ameaça 
 – resistível = a crime e o agente é culpável, a crime havendo o reconhecimento da atenuante genérica.
 – irresistível = é aquela que não poderia ser vencida, superada pelo agente no caso concreto.
	Obediência hierárquica (Direito Público)
Existe ordem de superior hierárquica quando um funcionário de categoria superior determina a um subordinado que faça algo em termos de ação ou omissão. Se a ordem é determinada por lei não ha crime, pois o agente esta amparado pelo estrito cumprimento de dever legal.
	Se a ordem for manifestamente ilegal = tanto o subordinado quanto o superior respondem pelo crime.
	Se a ordem não manifestamente ilegal = o subordinado fica isento de pena excluindo-se a culpabilidade, respondendo pelo crime apenas o superior hierárquico. 
CRIME DOLOSO
Previsão legal: art. 18,I, CP
	Teorias – vontade = dolo é a vontade de realizar a conduta e produzir o resultado. (aceita pelo CP)

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