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DICAS FINAIS EXAME OAB SUPER PB

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ESTUDE COM PB – Estudo Gratuito com qualidade! 
 
Prof. Pedro Barretto – PB, há 12 anos ensinando com verticalização e qualidade, ajudando 
pessoas e aprovando alunos em todo o país! Página 1 
 
 
DICAS FINAIS DO PB 
IX EXAME DE ORDEM / 1ª FASE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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DIREITO TRIBUTÁRIO 
DICAS FINAIS – EXAME DE ORDEM - FGV – IX EXAME 
Prof. PEDRO BARRETTO 
ATENÇÃO: 
1) Amigos, com imenso carinho e amor preparei esse material para vocês. Acredito 
sinceramente que os que conseguirem ler todo terão grandes chances de 
pontuarem na prova de Direito Tributário, e, sendo sincero, minha esperança é 
que esse material possa servir para gabaritarmos todas as questões. Logo, leiam, 
é o último esforço, vamos com garra e atitude! Lembre-se do GHAF GAF!!! 
 
2) A partir de hoje, se Deus permitir, vocês estarão na segunda fase, cada um na 
disciplina que escolheu; queria reforçar minha recomendação que FAÇAM OS 
CURSOS DE VCS com os Professores do CURSO FORUM e CEJUS, inclusive 
na modalidade online; são, disparado, as melhores equipes do País. 
TRIBUTÁRIO, nem preciso dizer, né? Colados comigo, MATRÍCULA JÁ 
AMANHÃ, ok? 
 
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beleza? Quanto mais rápido vocês pedirem, mais rápido o livro chega para 
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vcs!!! 
 
4) No mais, CONFIEM EM VOCÊS!!! Vocês estão preparados. E jamais se 
esqueçam... Jesus está no comando de tudo!!! ELE ESTÁ NO CONTROLE!!! 
Daqui a pouco será dia de glória... Vcs merecem!!! 
 
5) Beijos a todos, AMO VCS!!! 
 
PB. 
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DICAS – BLOCO I 
I – ESPÉCIES TRIBUTÁRIAS, COMPETÊNCIA E IMUNIDADES 
DICA 1: CIP – A Contribuição de Iluminação Pública é um tributo admitido na 
Constituição, desde a EC 39/02, que criou o art.149-A. A CIP tem por natureza jurídica 
ser uma contribuição especial; se agregou às três espécies de Contribuições Especiais 
previstas desde 1988 no art.149 (Contribuições Profissionais, Contribuições de 
Intervenção no Domínio Econômico – CIDE) e passou a ser a quarta espécie de 
“contribuição especial” prevista na Constituição. Sua finalidade é gerar recursos para 
custear a rede de iluminação pública das cidades (ou do DF), sendo sua receita 
arrecadada totalmente afetada para esse fim. A CIP incide sobre o consumo de energia 
elétrica, sendo esse seu fato gerador, sendo normal inclusive que a cobrança do tributo 
seja feita junto com a fatura de consumo de energia elétrica; nessas situações, os 
Municípios (ou DF) fazem um simples convênio com a concessionária de energia 
elétrica e essa cobra a CIP junto com a “conta de luz”, repassando a arrecadação do 
tributo ao Município. 
DICA 2: CIP – A CIP é tributo de competência dos Municípios e do Distrito Federal. 
Cuidado na prova para não confundir e incluir os Estados; não! Somente os Municípios 
e o DF. A CIP quebra, portanto, a regra que apenas a União tem competência para 
instituir contribuições especiais. Tal regra só tinha uma exceção (os Municípios, o DF e 
os Estados que possuem regime próprio de previdência social para seus servidores 
públicos efetivos instituem a contribuição previdenciária a ser cobrada dos referidos 
servidores efetivos), ganhando a segunda por força da CIP. Na prova, lembre-se: 
somente os Municípios e o DF podem instituir Contribuição para o custeio da rede de 
iluminação pública (CIP). 
DICA 3: CIP - A CIP não se confunde com a velha (e inconstitucional!) TIP – Taxa de 
Iluminação Pública. Cuidado na prova: iluminação pública é serviço indivisível, não 
permite taxação. Exatamente por isso se fez uma emenda constitucional para permitir a 
cobrança de uma contribuição especial. Só se pode cobrar uma taxa de serviço quando 
o serviço público prestado, além de específico, é também, “divisível”, o que não ocorre 
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na iluminação pública, que é flagrantemente serviço indivisível. Logo, é 
inconstitucional a cobrança de Taxa de Iluminação Pública – TIP (Súmula 670, 
STF), não obstante seja plenamente constitucional a cobrança da Contribuição de 
Iluminação Pública. 
DICA 4: CIP - A CIP é tributo criado por lei ordinária (regra geral!), que é cobrado 
mediante a técnica do lançamento de ofício (assim como ocorre nas taxas, contribuições 
de melhoria, IPTU e IPVA), tem como fato gerador o consumo de energia elétrica e 
para sua cobrança se utiliza como base de cálculo o valor do consumo da energia, de 
modo a que quanto mais se consome, mais se paga Contribuição para custear a 
iluminação das ruas. Por fim, é tributo regido pelo princípio da capacidade 
contributiva. 
DICA 5: TAXAS E CONTRIBUIÇÕES DE MELHORIA – As taxas e contribuições 
de melhoria são tributos que guardam muitos traços comuns, a listar: ambos são tributos 
que podem ser criados pelos quatro entes federativos, razão pela qual são chamados de 
tributos de “competência comum”; ambos são criáveis por mera lei ordinária (regra 
geral!), não sendo necessário lei complementar para sua criação; ambas para serem 
cobradas se submetem, em regra, ao procedimento chamado lançamento “direto” ou 
“de ofício”, assim como a CIP, o IPTU e o IPVA; por fim, ambos são tributos 
vinculados, já que para cobrá- los o ente federativo se vincula ao dever de fornecer uma 
contraprestação específica ao sujeito passivo que será tributado. 
DICA 6: CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA – A contribuição de melhoria é tributo 
que só pode ser cobrado em uma única hipótese: quando ocorre valorização em 
imóveis, decorrente de obras realizadas pelo poder público, sendo exatamente esse o 
seu fato gerador. Cuidado na prova: o fato gerador não é o simples feito de uma obra 
pública mas sim a valorização imobiliária decorrente da obra; se não houver 
valorização, não pode incidir o tributo, não há fato típico. Prestem atenção com uma 
habitual pegadinha: não incide contribuição de melhoria sobre obras de 
RECAPEAMENTO ASFÁLTICO (famosas obras de “tapa buraco”), pois não se gera 
qualquer melhoria aos imóveis com tais obras; não há valorização e sim mera reposição 
do prejuízo; os imóveis apenas voltam ao seu real patamar de valoração, que estava 
depreciado. Em tais obras não cabe cobrar o tributo!!! 
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DICA 7: CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA: A base de cálculo para a cobrança da 
contribuição de melhoria é o quantum de valorização imobiliária se aufere; nesse viés, 
quem se valorizou mais, paga mais, e vice e versa. O sujeito passivo é o proprietário 
do imóvel valorizado. Existem três limites importantes a serem respeitados: o limite 
geral, pelo qual o ente que fez a obra não pode arrecadar, na soma de todas as 
contribuições de melhoria cobradas, um valor superior ao que gastou com a obra; o 
segundo limite é o limite individual pelo qual nenhum sujeito passivovai pagar, 
individualmente, um valor superior ao benefício que auferiu; por fim, o último, o limite 
do pagamento anual, pelo qual ninguém será obrigado a pagar dentro do mesmo ano 
um valor superior a 3% do maior valor fiscal do seu imóvel. 
DICA 8: CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA: Registre-se que a contribuição de 
melhoria até pode ser cobrada antes de concluída a obra, sem problemas, desde que em 
áreas nas quais se possa comprovar que já houve valorização nos imóveis por força da 
obra ainda não conclusa. Frise-se que o poder público é obrigado a publicar um edital 
prévio, antes do fim da obra, informando todos os detalhes sobre a mesma, sendo 
essa publicação requisito de validade para o cabimento da cobrança do tributo. 
DICA 9: TAXAS – As taxas só podem ser cobradas em duas hipóteses: de um lado, em 
razão do exercício do poder de polícia (quando almejam recuperar para os cofres 
públicos o valor gasto com o exercício do poder de polícia), quando são chamadas de 
taxas de polícia, e, do outro, quando são efetivamente prestados, colocados a 
disposição de um grupo de administrados, um serviço público específico e divisível 
(nessas situações, tem-se a chamada taxa de serviço). 
DICA 10: TAXAS – As taxas de polícia podem ser cobradas desde que a 
Administração realmente exerça poder de polícia. Importante lembrar que para caber a 
cobrança da Taxa de Polícia não precisa que haja uma diligência fiscalizadora 
guiada presencialmente por um agente público dentro do estabelecimento do 
administrado fiscalizado; não. O STF aceita que o poder de polícia se exerce à 
distância, bastando à Administração provar que o órgão / autarquia fiscalizadores estão 
em regular funcionamento. Se estão funcionando, a presunção é que estão fiscalizando. 
Logo, cabe a Taxa de Polícia mesmo que sem ter ocorrido uma fiscalização presencial. 
O exemplo típico é o da Taxa de Controle e Fiscalização Ambiental – TCFA que a 
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União cobra para recuperar os custos da fiscalização que o IBAMA exerce sobre as 
indústrias potencialmente poluidoras do meio ambiente. 
DICA 11: TAXAS – As taxas de serviço tem como fato gerador a conduta do estado de 
colocar à disposição de um grupo de particulares um serviço público específico e 
divisível. Observe-se que os requisitos são cumulativos, tendo o serviço que ser, ao 
mesmo tempo, específico E divisível. O fato gerador é a disponibilização desse serviço, 
independente de o particular a quem o serviço é oferecido vir a usar efetivamente ou 
não (sendo mero usuário potencial). Por isso que alguns doutrinadores afirmam que o 
fato gerador é o uso efetivo ou potencial do serviço público específico e divisível 
efetivamente prestado ou colocado à disposição. Lembrem-se que alguns serviços 
públicos do dia a dia são flagrantemente indivisíveis, pelo que não se pode, em hipótese 
alguma, cobrar uma Taxa para recuperar o custo despendido na prestação desses 
serviços; é o caso clássico dos serviços de iluminação pública, o serviço de 
policiamento de ruas a, também o serviço de limpeza pública das ruas e praças. Em 
todos esses casos, caso seja instituída uma Taxa de Serviço, a mesma é inconstitucional. 
DICA 12: TAXAS – Cuidado para não confundir o serviço de limpeza pública 
(varredura de ruas e praças; conservação genérica dos logradouros públicos) com o 
serviço de coleta de lixo domiciliar. Esse último, pode gerar o ato de taxação, sem 
problemas, pois é específico e divisível. É constitucional a Taxa de Coleta de Lixo 
Domiciliar, a qual não pode ser confundida com a ilícita Taxa de Limpeza Pública 
(também chamada de Taxa de Conservação de logradouros públicos). Muitas vezes o 
Município tenta fazer uma “cobrança casada” e exige numa única taxa a cobrança pelos 
custos com os dois serviços ao mesmo tempo, instituindo a chamada “Taxa de Coleta de 
Lixo e Limpeza Pública – TCLLP’, a qual é, inconfundivelmente, inconstitucional. Só é 
constitucional a taxa cobrada exclusivamente em razão do serviço de coleta de lixo 
domiciliar. 
DICA 13: TAXAS – Quando se calcula o valor que cada sujeito passivo vai pagar na 
taxa que lhe é cobrada, é proibido que se utilize como base de cálculo de taxa uma que 
seja prórpia de imposto. Isso mesmo! Fiquem atentos com essa verdade na hora da 
prova: taxa não pode ter base de cálculo própria de imposto. Os tributos em comento 
tem finalidades diferentes, sendo que seria irrazoável utilizar as mesmas bases para 
calcular o modo de pagamento dessas duas exações fiscais. Logo, sem medo na prova: 
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taxa não pode ter base de cálculo própria de imposto. Registre-se que essa verdade 
em nada afeta o uso (lícito!) da ‘metragem do imóvel” como base de cálculo de 
algumas taxas; nenhum problema. A “metragem’ (tamanho!) do imóvel não é sinônimo 
de “valor”; o STF entendeu que a “metragem” não é por si só, base própria de imposto. 
A guisa de exemplo, a base de cálculo do IPTU é o ‘valor venal do imóvel”; o valor não 
se confunde com o tamanho. Logo, na prova, sem problemas, é possível utilizar como 
base de cálculo de uma taxa o tamanho do imóvel do sujeito passivo, e isso não fere a 
regra que veda a identidade entre a base de taxa e a de imposto. 
DICA 14: O STF entende que a Taxa Judiciária até pode ter como base cálculo o “valor 
da causa”, mas deve haver um teto, um limite, não pode ser qualquer valor, 
ilimitadamente, sob pena de se gerar, de um lado, um óbice ao acesso ao Judiciário, e, 
do outro, uma super arrecadação que configure enriquecimento ilícito do Poder Público. 
Logo, na cobrança da Taxa Judiciária, quando se adotar o valor da causa como 
base de cálculo, esse não pode ser ilimitado. 
DICA 15: EMPRÉSTIMOS COMPULSÓRIOS – Os Empréstimos Compulsórios 
são tributos de competência exclusiva da União, que só pode os instituir mediante lei 
complementar (vedado, a qualquer título, uso de medidas provisórias), e só podem ser 
instituídos em três hipóteses: a) para custear despesas com eventual guerra externa na 
qual o Brasil se envolva; b) para custear a recuperação de calamidades públicas; c) 
para custear a realização de investimentos públicos urgentes e que atendam a um 
relevante interesse nacional. Nesses três casos, a União pode, desde que se valendo de 
lei complementar, obrigar o povo a emprestar dinheiro para o custeio desses fins. 
DICA 16: EMPRÉSTIMOS COMPULSÓRIOS – Caso instituídos, podem incidir 
imediatamente, salvo nos casos de custeio de investimentos públicos urgentes e de 
relevante interesse nacional, situação em que ficam sujeitos às duas cláusulas 
temporais do princípio da anterioridade , só podendo ser exigidos no exercício 
financeiro seguinte e desde que já passados noventa dias a contar da publicação da lei. 
Logo, se for nos casos de guerra externa ou calamidade, INCIDÊNCIA 
IMEDIATA. 
DICA 17: CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS / CIDE – As CIDES se afeiçoam como 
espécie do gênero “Contribuição Especial”. Se destinam a custear atividades que a 
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União desenvolve e que se enquadram na noção de “intervenção no domínio 
econômico”. São tributos que podem ser criados por mera lei ordinária (seguem a 
regra geral), de competência exclusiva da União (regra geraldas contribuições 
especiais – salvo a CIP e a contribuição previdenciária dos servidores efetivos quando o 
DF, Estados e Municípios possuem regime próprio de previdência social para esses 
servidores). Para serem cobradas, se utiliza em regra o lançamento por homologação 
(regra no sistema arrecadatório brasileiro – o sujeito passivo é obrigado a fazer o 
pagamento antes mesmo de ser notificado, no prazo fixado pela legislação, cabendo ao 
fisco, em momento posterior, homologar o pagamento que foi feito). 
DICA 18: CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS / CIDE – A lei que vier a instituir a 
CIDE pode fixar tanto alíquotas ad valorem como específicas, não havendo qualquer 
restrição a uma ou outra modalidades. Registre-se ainda que as CIDES PODEM 
INCIDIR NA IMPORTAÇÃO, MAS NÃO INCIDEM SOBRE RECEITAS 
DECORRENTES DE EXPORTAÇÃO. Aplica-se, aqui, o mesmo rol de regras das 
Contribuições Sociais, que incidem na importação mas não incidem sobre receitas 
decorrentes da exportação. 
DICA 19: CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS / CIDE – Existe uma CIDE que é 
perigosa, merece atenção: é a CIDE DOS COMBUSTÍVEIS, que incide sobre a 
comercialização de tais bens. Nessa CIDE: o fato gerador é a circulação de 
combustíveis, produzidos no Brasil ou vindos de fora; o sujeito passivo é quem 
comercializa; a receita é destinada a três fins (compreendidos na noção de “intervenção 
no domínio econômico”), quais sejam, a política nacional de transportes, os transportes 
de combustíveis (e especial os gasodutos e oleodutos) e os projetos de recuperação do 
meio ambiente (especialmente quanto aos danos decorrentes da atividade de exploração 
de petróleo e gás). 
DICA 20: CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS / CIDE – A CIDE/COMBUSTÍVEIS 
apresenta uma exceção ao princípio da legalidade, no que tange à cláusula da “reserva 
legal”; as alíquotas da CIDE/COMBUSTÍVEIS podem ser REDUZIDAS e 
RESTABALECIDAS por mero ato do Poder Executivo, não precisando de lei. 
Observe-se que não é permitido MAJORAR por ato executivo, e sim, apenas, reduzir, e, 
após, restabelecer (voltar a alíquota para o patamar que se encontrava antes da 
redução). Ocorrendo o ato de restabelecimento da alíquota, SÓ SE RESPEITA O 
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PRAZO DA ‘NOVENTENA”, não sendo necessário aguardar o exercício financeiro 
seguinte. 
DICA 21: CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS / CIDE – A CIDE/COMBUSTÍVIS tem 
uma regra especial de repartição de receita tributária, de sorte a que a União só fica 
com 71% da arrecadação, REPASSANDO 29% AOS ESTADOS / DF. Quando 
cada Estado Membro recebe sua parcela do repasse, fica obrigado a repassar um 
quatro do montante que recebeu aos seus Municípios (25% da parcela que cada 
Estado recebe será entregue aos seus Municípios). Observe-se que são regras de 
repartição da receita tributária arrecadada, não tendo nada a ver com delegação de 
competência (o que não existe no nosso Dir. tributário brasileiro); a CIDE, qualquer que 
seja o caso (inclusive no caso dos Combustíveis) é SEMPRE tributo de 
COMPETÊNCIA EXCLUSIVA DA UNIÃO. 
DICA 22: CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS / CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS – as 
Contribuições Sociais de Seguridade Social (são as que destinam recursos para 
SAÚDE, ASSISTÊNCIA SOCIAL e PREVIDÊNCIA SOCIAL), caso criadas ou 
majoradas, só respeitam a “noventena”, não precisando aguardar o exercício 
financeiro seguinte para que possam ser cobradas . Assim como nas majorações do 
IPI e nos casos de restabelecimento de alíquotas reduzidas da CIDE dos Combustíveis, 
caso se crie ou majore uma Contribuição de Seguridade Social, não se aplica a regra 
temporal do “exercício financeiro seguinte” emanada do Princípio da Anterioridade. Só 
é necessário obedecer o prazo de 90 dias. 
DICA 23: CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS / CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS – A 
Constituição autoriza cobrar contribuições para o custeio da seguridade social sobre 
quatro perfis de sujeitos passivos, razão pela qual se fala que existem quatro espécies de 
Contribuições “ordinárias” para a Seguridade Social (as que já estão previstas 
“ordinariamente” na Carta, de modo expresso), e, são elas: a) contribuições sobre os 
empregadores; b) contribuições sobre os trabalhadores e demais segurados da 
previdência social; c) contribuições sobre as receitas dos concursos de prognósticos 
(jogos!); d) contribuições sobre os importadores. 
DICA 24: CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS / CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS – No 
que tange à incidência das Contribuições de Seguridade Social sobre os empregadores, 
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elas incidem tanto sobre o empregador, sobre a empresa e sobre entidade a ela 
equiparada na forma da lei. 
DICA 25: CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS / CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS – No 
que tange à incidência das Contribuições de Seguridade Social sobre os empregadores, 
sobre a empresa e sobre entidade a ela equiparada na forma da lei, fundamental se 
lembrar que tais contribuições podem incidir tanto sobre a receita ou faturamento, 
como também sobre o lucro líquido e, ainda, sobre a folha de salários e demais 
rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa física que 
lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício. 
DICA 26: CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS / CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS – 
Ainda sobre o custeio da Seguridade Social, quero chamar a atenção para duas 
imunidades tributárias: primeiro, frisar que não incidem contribuições 
previdenciárias sobre contribuição sobre aposentadoria e pensão concedidas pelo 
regime geral de previdência social. Ou seja, os aposentados e pensionistas do RGPS 
são IMUNES à incidência de Contribuição Previdenciária. A segunda imunidade é: as 
entidades beneficentes de assistência social também são imunes à incidência de 
contribuições para o custeio da seguridade social. 
DICA 27: CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS / CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS – 
Fundamental lembrar que além das quatro modalidades de contribuições ‘ordinárias” 
de seguridade social já previstas na Carta, o constituinte expressamente autoriza que 
OUTRAS FONTES DE CUSTEIO PARA A SEGURIDADE SOCIAL POSSAM SER 
INSTITUÍDAS. Fiquem atentos, pois é o que se chama de COMPETÊNCIA 
RESIDUAL DA UNIÃO PARA INSTITUIR NOVAS CONTRIBUIÇÕES DE 
SEGURIDADE SOCIAL. Ou seja, a União pode instituir uma quinta, sexta, sétima, 
quantas queira, novas contribuições para custear a seguridade social. Todavia, fiquem 
atentos pois para criar Contribuições RESIDUAIS de Seguridade Social, 
SOMENTE POR LEI COMPLEMENTAR. Nesse caso, é terminantemente vedado 
uso de medidas provisórias. 
DICA 28: IMPOSTOS / ITR & IPTU – Se cair na prova uma questão referente ao 
ITR, lembremo-nos do seguinte: o ITR incide, como regra, sobre imóveis da zona 
rural; todavia, excepcionalmente, incide sobre imóveis “rurais” da zona urbana. Ou 
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seja, se a área urbana um proprietário explora seu imóvel com atividade agrária (plantio, 
pecuária, extrativismo ou agroindústria) o imposto a incidir é o ITR. Logo, fixem bem: 
o ITR incide sobre os imóveis de zona rural e sobre os ‘imóveis rurais” de zona 
urbana. Cuidado para não confundir “imóvel rural” com “sítios de recreio”; esses 
últimos, nãos são empresas rurais, nada tem a ver com atividade agrária, sendo 
alcançados pelo IPTU. 
DICA 29: IMPOSTOS /ITR & IPTU – Nas zonas rurais,o imposto que incide é o 
ITR. Todavia, cuidado com a seguinte situação: nas zonas rurais já declaradas por lei 
municipal como ZONAS DE EXPANSÃO URBANA, O IMPOSTO QUE INCIDE 
É O IPTU. É o único caso que o IPTU pode incidir na zona rural, situação em que o 
ITR não incide; é quando se tem a chamada “zona rural declarada legalmente como em 
fase de expansão urbana”. 
DICA 30: IMPOSTOS / ITR & IPTU – O ITR só índice sobre a propriedade 
TERRITORIAL; ou seja, somente sobre o valor do solo, da terra nua, a terra pura ; 
quer dizer, o ITR só incide sobre o imóvel por natureza, não levando em 
consideração a edificação. É o oposto do IPTU que incide tanto sobre o valor do solo 
como das construções sobre ele. O IPTU incide sobre o imóvel por natureza (solo) e por 
acessão (construções, edificações sobre o solo), porquanto o ITR somente incide sobre o 
valor da terra nua. É por isso que a base de cálculo do ITR é apenas o VALOR DA 
TERRA NUA TRIBUTÁVEL, ao contrário do IPTU que tem como base de cálculo 
todo o valor do imóvel. 
DICA 31: IMPOSTOS / ITR & IPTU – Assim como no IPTU, o ITR incide tanto 
sobre a conduta de ser proprietário, como, também, de se ter posse a qualquer título 
(desde que seja uma posse com animus dômini) e, ainda, sobre a titularidade do 
domínio útil. Ou seja, é fato gerador a propriedade, posse ou domínio útil do imóvel. 
Nesse diapasão, pode-se afirmar que o sujeito passivo é tanto o proprietário, como o 
possuidor ou o titular do domínio útil. 
DICA 32: IMPOSTOS / ITR & IPTU – Tanto o ITR como o IPTU são criados, 
majorados, regulados, por lei ordinária, não sendo necessário lei complementar. Há, 
todavia, diferença no procedimento de lançamento! Atenção: o IPTU é cobrado pelo 
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LANÇAMENTO DE OFÍCIO, mas o ITR pelo LANÇAMENTO POR 
HOMOLOGAÇÃO. 
DICA 33: IMPOSTOS / ITR & IPTU – Tanto no ITR como no IPTU, é possível o 
uso de ALÍQUOTAS PROGRESSIVAS SANCIONATÓRIAS em razão do modo 
ilícito de utilizar o bem imóvel. Logo, se nos casos de incidência de IPTU, o 
proprietário desrespeita a função social da propriedade imobiliária urbana 
(conforme definida no plano diretor da cidade), cabe o IPTU progressivo; no mesmo 
sentido, se o proprietário do imóvel rural não tornar a terra produtiva, CABE O 
ITR PROGRESSIVO SANÇÃO como forma de desestimular a manutenção de 
propriedades improdutivas. Nesses casos costuma-se dizer que tanto o IPTU como o 
ITR assumem uma função extrafiscal. 
DICA 34: IMPOSTOS / ITR & IPTU – Diferente do ITR, a Constituição, para o 
IPTU, ainda prevê outras possibilidades de variação de alíquotas! Logo, PARA O 
IPTU APENAS, é possível que o legislador fixe alíquotas progressivas em razão do 
valor venal do imóvel (isso só se tornou possível após a EC 29/00 – antes dessa 
emenda a Carta não autorizava e o STF entendia inconstitucional o uso de tais alíquotas 
progressivas). A carta autoriza, também, e, novamente, apenas para o IPTU, alíquotas 
diferenciadas em razão da área (localização na cidade) e da destinação dada ao 
imóvel (modo de uso; ex: residencial x comercial). 
DICA 35: IMPOSTOS / ITR & IPTU – Locatário de imóvel não é sujeito passivo de 
IPTU e nem de ITR, pois não é proprietário e sua posse não tem animus domini. 
Todavia, nada obsta que a legislação tributária, através de lei, fixe regra de 
solidariedade passiva entre proprietário/locador e possuidor/locatário. Aí sim, o fisco 
poderia cobrar do locatário, mero possuidor. Não havendo essa expressa previsão, não 
pode o fisco cobrar do locatário. Havendo cláusula no contrato de locação que repasse 
ao locatário o dever de pagar o imposto devido pelo locador, essa cláusula só produz 
efeitos entre as partes, sendo inoponível ao fisco, valendo a regra da inoponibilidade 
das convenções particulares à fazenda pública. 
DICA 36: IMPOSTOS / ITR & IPTU – O ITR é cobrado pela União, que quando o 
arrecada, repassa a metade (50%) do valor ao Município em que fica o imóvel. Todavia, 
caso o Município queira optar, ele pode, mediante formalização de um convênio com a 
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União, assumir a função e os encargos e custos de fiscalização e cobrança do ITR, e, se 
assim optar, fará jus a 100% da arrecadação. Frise-se que trata-se de uma OPÇÃO, 
já que o Município não é obrigado a isso; optando, ficará com 100¨% da receita. 
DICA 37: IMPOSTOS / ITR & IPTU – Aquele que assina promessa de compra e 
venda de imóvel público, assume, desde logo, o dever de pagar o IPTU (ou ITR, se for o 
caso). Nesses casos, mesmo que o imóvel continue em nome do poder público até o 
final da promessa de compra e venda, o particular, promitente comprador, sofre a 
incidência do imposto, jamais podendo avocar a “imunidade recíproca” dos entes 
federativos. 
DICA 38: IMPOSTOS / ITR & IPTU – Vigora IMUNIDADE DE ITR para aquele 
que seja proprietário de uma pequena gleba de terra e que não possua outro imóvel, 
utilizando seu pequeno e único solo para a subsistência. Em regra, qualquer imóvel rural 
de até 30 hectares é uma pequena gleba de terra, independente de onde fique no país; a 
depender de onde esteja, pode continuar sendo pequena gleba mesmo com até 50 
hectares e até mesmo com até 100 hectares (caso, por exemplo, dos imóveis que ficam 
na Amazônia Ocidental). Se for único imóvel, será imune ao ITR. Atenção, todavia, 
pois se o proprietário rural tiver dois ou mais imóveis, ele não tem imunidade dada pelo 
constituinte; entretanto, a lei do ITR concede isenção se a soma dos imóveis rurais 
não extrapolar a dimensão de pequena gleba de terra e desde que o proprietário 
não possua imóveis urbanos. Ou seja, se só tiver um imóvel, imunidade; dois ou mais, 
isenção; e, claro, sempre dentro do conceito de pequena gleba de terra. 
DICA 39: IMPOSTOS / IPVA – Lembrem-se que o IPVA, junto com o ITD e o 
ICMS, é imposto de competência dos Estados Membros e do DF. É criado por lei 
ordinária (regra geral) e se cobra mediante lançamento de ofício. Incide sobre 
propriedade de veículo automotor terrestre . Cuidado, pois O IPVA NÃO INCIDE 
SOBRE VEÍCULOS NÁUTICOS OU AÉREOS. Se cair na prova o exemplo de uma 
embarcação ou aeronave, não incide IPVA, pois a hipótese de incidência se restringe 
aos veículos terrestre, conforme pacificou STF fazendo a interpretação histórica da 
origem do IPVA, que nasceu para substituir a velha Taxa Rodoviária Única, que era 
cobrada apenas de quem tinha automóvel terrestre. 
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DICA 40: IMPOSTOS / IPVA – Metade da receita arrecadada com o IPVA (50%) 
deve ser entregue ao Município onde se faz o licenciamento do veículo, sendo certo 
que o proprietário deve licenciar o automóvel no município onde tem seu domicílio. 
DICA 41: IMPOSTOS / IPVA – A base de cálculo do IPVA é o valor venal do 
veículo. Salvo quanto a carros de coleção, deve haver, todo ano, uma regressão da 
base de cálculo, já que os veículos depreciam seus valores ano a ano. 
DICA 42: IMPOSTOS / IPVA – Quanto às alíquotas do IPVA, atenção com duas 
informações: de um lado, CABE AO SENADO FIXAR ALÍQUOTAS MÍNIMAS 
PARA O IPVA, para evitar a guerra fiscal entre os Estados vizinhos e assegurar um 
mínimo arrecadatório; noutra frente,a Constituição autoriza que o legislador 
estadual fixe ALÍQUOTAS DIFERENCIADAS PARA O IPVA, em razão do TIPO 
e UTILIZAÇÃO do veículo. Dessa forma, é possível uso de alíquotas mais elevadas 
ou mais brandas em razão do tipo de combustível ou da destinação que se dá ao veículo 
(uso para táxi, transportes, atividades agrárias, ambulância, etc); apesar, muita atenção 
pois o STF entende ser inconstitucional diferenciar as alíquotas com base no critério 
NACIONAL x IMPORTADO, o que, segundo a Corte, violaria o Princípio da Não 
Discriminação pela procedência ou destino, previsto no art.152 da Carta. 
DICA 43: IMPOSTOS / IPVA e IPTU – Quanto ao Princípio da Anterioridade , 
MUITA ATENÇÃO: tanto o IPVA como o IPTU, caso tenham a BASE DE 
CÁLCULO majorada, NÃO RESPEITAM A NOVENTENA, somente a regra do 
“exercício financeiro seguinte”. Ou seja, se houver no dia 31/12 de certo ano majoração 
de IPTU ou IPVA mediante modificação de suas bases de cálculo, a nova tributação 
pode ser aplicada já em primeiro de janeiro pois NÃO SE APLICA A CLÁUSLA 
DO ‘MÍNIMO NONAGESIMAL” quando se majora a BASE DE CÁLCULO 
desses dois impostos. Registre-se que o afastamento da regra da “noventena” somente 
ocorre se a majoração for pela base de cálculo, já que caso se dê pela alíquota, aplica-se 
a regra geral, incluindo o dever de respeito à cláusula da noventena. 
DICA 44: COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA. Recordem-se que alguns tributos são de 
competência comum, podendo os quatro entes federativos instituí- los. É o caso das 
taxas e contribuições de melhoria. Alguns são de competência exclusiva da União, e 
falo aqui dos empréstimos compulsórios e das contribuições especiais, sendo que, 
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quanto a essas, há duas exceções! Das quatro espécies de contribuições especiais, 
duas são realmente exclusivas da União (Contribuições de Intervenção no Domínio 
Econômico - CIDE e Contribuições Profissionais); todavia, no reino das contribuições 
sociais (mais uma das quatro espécies de contribuições especiais) temos uma exceção: 
os Estados, DF e Municípios que tiverem regime próprio de previdência para os 
seus servidores efetivos devem instituir a contribuição previdenciária desses 
servidores. Logo, a primeira exceção à exclusividade da União é essa, prevista no 
art.149,§1º, CRFB/88. A segunda exceção é a da Contribuição de Iluminação Pública 
– CIP, que é de competência dos Municípios e do DF. Cuidado, não vai marcar que a 
CIP é dos Estados, heim!!! Iluminação Pública é serviço de interesse local e está ligado 
ao urbanismo; logo, por dois motivos, competência municipal, e o DF cumula! 
Portanto, o que vocês estão vendo:as taxas e contribuições de melhoria são de 
competência comum da União, Estados, DF e Municípios; os empréstimos 
compulsórios e contribuições especiais são de competência exclusiva da União, 
ressalvada a CIP que é dos Municípios e DF e a contribuição previdenciá ria dos 
servidores públicos efetivos se houver regime próprio no DF, Estados e Municípios, 
caso em que esses entes é que cobrarão a contribuição. 
DICA 45: COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA – Quanto aos impostos, o macete é 
simples: basta lembrar quais são os três impostos ordinários dos Municípios e os três 
dos Estados (o DF cumula e fica com os seis); todo o resto é da União. Logo, lembrem-
se: os Municípios instituem o IPTU, ITBI e ISS (art.156, CRFB/88); já os Estados 
instituem o ITD, ICMS e IPVA (art.155, CRFB/88); o DF fica com os seis 
(competência cumulativa – art.147 c/c art.155). Todos os demais impostos são da 
União, sejam os outros sete impostos ordinários (II, IE, IPI, IOF, IR, ITR e IGF),vide 
art.153, CRFB/88, sejam os impostos residuais (art.154,I, CRFB/88) ou os impostos 
extraordinários de guerra (art.154, II, CRFB/88). 
DICA 46: COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA / COMPETÊNCIA CUMULATIVA 
TRIBUTÁRIA – Lembrem-se que no Brasil não existem mais Territórios 
Federais, mas, caso existam, a União, nos mesmos, cumulará os impostos estaduais e, 
caso o Território não seja dividido e Municípios, ocorrerá também a cumulação dos 
impostos municipais. Cuidado pois se o Território for dividido em Municípios, por 
lógico, o próprio Município ficará com os impostos municipais, e, nesse caso, a União 
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só cumulará os impostos estaduais com os federais. Falamos aqui da competência 
cumulativa da União nos Territórios (art.147, CRFB/88). 
DICA 47: COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA – COMPETÊNCIA RESIDUAL: 
Quanto à competência residual tributária, lembrem-se que a Carta nos arts.154, I e 
195,§4º assegura que a União (e apenas ela!) poderá instituir tanto impostos residuais 
como contribuições de seguridade social residuais , e, em ambos os casos, somente 
por via de lei complementar, não cabendo lei ordinária nem medida provisória; 
impostos residuais terão que ter fato gerador e base de cálculo diferente dos impostos já 
previstos na Carta, idem quanto às Contribuições de Seguridade Social em relação às 
Contribuições de mesma natureza previstas na Constituição. E, se for o caso, terão 
também que respeitar a não cumulativa, técnica que, a priori, se aplica no IPI e no 
ICMS para combater enriquecimento ilícito na tributação. 
 DICA 48: COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA / INDELEGABILIDADE – 
 Recordem-se também que A COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA É 
INDELEGÁVEL, ainda que o ente competente possa delegar duas das quatro 
capacidades que integram a competência. Ou seja, o ente competente pode delegar as 
capacidades tributárias de fiscalização e arrecadação, inclusive a particulares, o que, 
todavia, jamais permite crer que se delegou a titularidade sobre o tributo (competência), 
a qual, repito, é sempre indelegável. 
DICA 49: IMUNIDADES TRIBUTÁRIAS – Lembrem-se que quando falamos de 
uma imunidade estamos falando do maior dos benefícios fiscais que existem. Falamos 
da benesse que decorre de normas constitucionais proibitivas de incidência de 
tributos. Ou seja, AS IMUNIDADES DECORREM DA CONSTITUIÇÃO DA 
REPÚBLICA! Emanam de normas constitucionais proibitivas do exercício da 
competência tributária. Costuma-se falar m não incidência constitucionalmente 
qualificada! 
 DICA 50: IMUNIDADES TRIBUTÁRIAS – Peço a atenção de vocês com o art.150, 
VI, CRFB/88. Em suas quatro alíneas estabelece a vedação de incidência de impostos 
sobre certas pessoas, bem como, sobre a circulação de certos bens. Nesse compasso, 
observem que pela aliena ‘d’ fica vedado que incidam impostos sobre a circulação de 
livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão. A imunidade não se 
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estende a todos os insumos, sendo o papel protegido pela própria norma constitucional. 
Inclusive filmes e papeis fotográficos também são imunes quando destinados a 
produção de livros, jornais e periódicos (S. 657, STF). Cuidado, entretanto, pois o 
STF entendeu que empresas contratadas para fazerem a impressão gráfica desses bens 
não tem a imunidade, devendo recolher o ISS e o IR, não sendo favorecidas. 
DICA 51: IMUNIDADES TRIBUTÁRIAS – Quanto às alíneas ‘a’, ‘b’ e ‘c’ do 
mesmo art.150, VI, temos pessoas, instituições, protegidas. Na alínea ‘a’ temos as 
pessoas de direito público, naquilo que se chamou de imunidade recíproca entreos 
entes federativos, seus órgãos, bem como autarquias e fundações mantidas por 
eles. Na alínea ‘b’ tem-se a imunidade religiosa em favor dos templos de qualquer 
culto. Já na alínea ‘c’ aparecem algumas pessoas importantes que também gozam da 
imunização constitucional. São os partidos políticos e suas fundações, as entidades 
sindicais de trabalhadores e as entidades de educação e assistência social sem fins 
lucrativos. O STF reconheceu a imunidade também par entidades de SAÚDE sem 
fins lucrativos. 
DICA 52: IMUNIDADES TRIBUTÁRIAS – Esclareço que, salvo quanto aos 
templos religiosos, a Constituição apenas assegura a imunidade quanto a impostos 
sobre PATRIMÔNIO, RENDA E SERVIÇOS para as demais pessoas (estariam, 
assim, exclusos os impostos sobre circulação – ICMS, IPI e IOF – e sobre comércio 
exterior – II, IE). Logo, quanto ao ICMS e os quatro impostos federais extra- fiscais (II, 
IE, IPI e IOF),a Carta não assegura expressamente a imunidade, a qual só será 
reconhecida se o STF entender adequado, ponderando o caso concreto e interpretando a 
Constituição na sua unidade. 
DICA 53: IMUNIDADES TRIBUTÁRIAS –Na imunidade recíproca friso que o 
STF vem reconhecendo a imunidade não apenas em favor das autarquias e fundações 
mantidas pelo poder público, aceitando a imunidade em favor das empresas públicas e 
sociedades de economia mista PRESTADORAS DE SERVIÇO EXCLUSIVO DE 
ESTADO. Cuidado, pois, como regra, as empresas públicas e as sociedade de economia 
mista não tem imunidade tributária, pois, como regra, desenvolvem atividade 
econômica, sendo exceção atuarem como prestadoras de serviços públicos. Entretanto, 
friso que, nessa hipótese excepcional, caberá a imunidade; é o caso conhecido dos 
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Correios (ECT) e da INFRAERO. Lembremo-nos ainda que não cabe a imunidade para 
as concessionárias e permissionárias, que atuam com fins lucrativos. 
DICA 54: IMUNIDADES TRIBUTÁRIAS –Quanto às Igrejas, recordem-se que a 
imunidade não é apenas para o imóvel no qual se desenvolve o culto, mas para todo o 
patrimônio que a Igreja utilize vinculado a sua atividade fim. E essa regra, frise-se, vale 
também para as demais pessoas imunizadas no art.150, VI. Nesses termos, até mesmo 
imóveis utilizados como estacionamentos, mesmo que alugados a terceiros, continuam 
imunes, desde que se comprove que os alugueis são revertidos nas finalidade essenciais 
da Instituição. Vale a leitura da Súmula 724 do STF. Não incidirá o IPTU sobre esses 
imóveis; mas, prestem atenção, pois somente se realmente os alugueis forem utilizados 
para custear a instituição. 
 Ainda nas Igrejas, lembrem-se que o STF reconheceu a imunidade em favor das 
lojinhas que vendem souvenires religiosos dentro dos templos. E, quanto à polêmica 
questão dos CEMITÉRIOS, lembrem-se que se forem meras extensões da Instituição 
Religiosa, atuando sem fins lucrativos, sem caracterização de atividade econômica, 
esses cemitérios religiosos também terão imunidade tributária. 
 Peço que vocês tenham máximo cuidado com a seguinte informação: todas as 
imunidades do art.150, VI são APENAS PARA IMPOSTOS, não havendo 
imunidades de taxas e contribuições de melhoria para as pessoas citadas nesse 
dispositivo. 
DICA 55: IMUNIDADES TRIBUTÁRIAS – Esclareço, ainda, que existem 
normas constitucionais imunizadoras fora do art.150, VI. E nesses dispositivos existem 
imunidades de impostos, mas também de taxas e contribuições especiais . Atenção, 
pois quando falamos que só há imunidades de impostos estamos falando apenas do 
art.150, VI e das pessoas ali citadas. 
 Destaco a imunidade do ITBI na formação e extinção de pessoas jurídicas, 
prevista no art.156,§2º, I, a do ITR que não incide sobre pequenas glebas de terra rural 
quando o proprietário não tem outro imóvel (art.153,§4º, II), a da venda de ouro 
quando o outro é vendido como ativo financeiro ou instrumento cambial (só cabe 
IOF ficando imunizada essa venda contra qualquer outro imposto, inclusive o ICMS – 
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ver art.153,§5º c/c art.155,§2º,X,‘c’) e as demais imunidades de ICMS (art.155, §2º, X, 
‘a’, ‘b’ e ‘d’). PEÇO QUE LEIAM ESSES POUCOS DISPOSITIVOS!!! 
 Destaco, finalmente, as IMUNIDADES DO EXPORTADOR. Não incide IPI, 
nem ICMS na exportação (art.155,§2º, X, ‘a’ c/c 153,§3º, III). Também não incidem 
CIDE’s nem Contribuições Sociais sobre as receitas decorrente da exportação . 
Destaco, entretanto, que essa imunidade de Contribuições Sociais se restringe à 
receita/faturamento decorrentes da exportação, não alcançando o lucro líquido; logo, 
o STF entendeu que INCIDE CSLL no lucro gerado com a exportação. Ainda em 
favor do exportador lei complementar vedou que caiba ISS sobre prestações de 
serviços para o exterior (LC 116/03, art.2º, I c/c CRFB/88, art.156,§3º,II). Friso que 
no caso do ISS não se trata de imunidade, pois o benefício decorre de lei 
complementar e não da própria Constituição. Por derradeiro, lembro que as 
imunidades e o benefício do ISS são apenas na exportação; PODE CABER A 
INCIDÊNCIA DE TODOS ESSES TRIBUTOS NA IMPORTAÇÃO!!! A 
IMUNIDADE SÓ FAVORECE O E-X-P-O-R-T-A-D-O-R!!! 
 
LEGISLAÇÀO TRIBUTÁRIA e HERMENÊUTICA TRIBUTÁRIA, DIREITOS 
HUMANOS E MÍNIMO EXISTENCIAL 
DICA 56: A expressão “legislação tributária” não é sinônimo de “lei tributária”. 
Legislação é gênero no qual LEI é espécie . A expressão legislação tributária 
significa o conjunto de fontes normativas que disciplinam as relações tributárias . O 
CTN afirma que a legislação tributária compreende as leis, os tratados e convenções 
internacionais, os decretos e as normas complementares (art.96, CTN). 
DICA 57: Quando se fala que certo ato fica preso à “reserva legal”, o que se quer dizer 
é que somente a lei pode, e não que qualquer fonte da legislação tributária pode. Ao 
contrário, quando se afirma que certo ato “depende da legislação tributária”, o que se 
quer dizer é que ele não depende exclusivamente de uma lei, sendo exceção à reserva 
legal. 
DICA 58: Pelo menos cinco matérias podem ser destacadas como exceções à reserva 
legal, podendo ser reguladas pela legislação tributária. São elas: a) criação de 
obrigações acessórias; b) modificação da data do pagamento dos tributos; c) mera 
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atualização monetária da base de cálculo dos tributos (desde que a atualização se faça 
com base no índice oficial); d) majoração ou redução das alíquotas do II, IE, IPI e 
IOF; e) redução e restabelecimento das alíquotas da CIDE dos Combustíveis. Em 
todas essas cinco hipóteses você poder marcar na sua prova que NÃO SE 
DEPENDE DE LEI, PODENDO A LEGISLAÇÀO TRIBUTÁRIA REGULAR O 
FEITO. O Poder Executivo, mediante decretos e normas complementares, pode atuar 
nessas matérias. 
DICA 59: Ao contrário da dica anterior, existem matérias em que SOMENTE A LEI 
PODE ATUAR. Merecem destaque: a) a criação, extinção, majoração e redução de 
tributos (ressalvados os casos acima narrados – Ex: II, IE, IPI, IOF); b) determinação 
do fato gerador, base de cálculo, alíquota e contribuinte dos tributos (a espinha dorsal 
do tributo); c) prever penalidades; d)prever hipóteses de suspensão, extinção e 
exclusão do crédito tributário. Nessahipóteses, não esqueça na hora da prova: somente 
a LEI pode regular (art.97, CTN). Cuidado sempre com as isenções e incentivos 
fiscais. Nesses, salvo o ICMS (em que a regra é o uso do CONVÊNIO para conceder os 
benefícios), nos tributos em geral sempre se depende de uma lei específica para a 
concessão de isenções e incentivos fiscais. 
DICA 60: O CTN, apesar do desagrado de imensa parte da doutrina, afirma que os 
tratados internacionais revogam a legislação interna e que serão observados pela 
que lhes sobrevenha. Com nossa particular crítica, é o que está na lei! O CTN adotou a 
equivocada premissa que um tratado internacional teria o poder de revogar a lei 
tributária anterior in compatível (ocorre mera suspensão de e ficácia e não revogação) e 
disse ainda que as leis supervenientes não poderiam revogar tratados, os quais, seriam 
respeitados por elas (art.98) 
DICA 61: A legislação tributária muitas vezes deixa lacunas. O CTN apresenta 
critérios de INTEGRAÇÃO da legislação tributária, os quais se aplicam em ordem 
SUCESSIVA. Primeiramente se deve utilizar a ANALOGIA; somente se não for 
cabível resolver o problema é que parte-se para os PRINCÍPIO DE DIREITO 
TRIBUTÁRIO; não se resolvendo, o terceiro passo é buscar socorro nos 
PRINCÍPIOS GERAIS DE DIREITO PÚBLICO. Por fim, se nem assim se 
solucionar o problema, o quarto e último passo é o uso da EQUIDADE. Tem que ser 
sempre nessa ordem! (art.108, CTN) 
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DICA 62: Cuidado com o dois limites que estão nos parágrafos do art.108, CTN. Por 
eles, não se pode usar a analogia para criar tributo e nem se pode usar a equidade 
para dispensar pagamento de tributo. Ou seja, a analogia e a equidade não podem 
violar a reserva legal. 
DICA 63: A HERMENÊUTICA TRIBUTÁRIA traduz o conjunto de regras que 
ensinam como interpretar a legislação tributária. Merece destaque a regra do art.111 do 
CTN que diz que três matérias se sujeitam à interpretação estrita, literal, sendo 
vedada a interpretação extensiva: a) normas sobre suspensão e exclusão do crédito 
(não se incluem as normas sobre extinção do crédito!!!); b) isenções; c) dispensas do 
cumprimento de obrigações acessórias (art.111, CTN). 
DICA 64: Dentro da hermenêutica tributária também merece destaque a regra da 
interpretação benigna em matéria de infrações e sanções. Na dúvida, deve-se sempre 
optar pela interpretação que seja mais favorável ao contribuinte (art.112, CTN). 
DICA 65: Ainda sobre a hermenêutica tributária é importante destacar a TEORIA 
DA INTERPRETAÇÃO ECONÔMICA DO FATO GERADOR dos tributos, 
prevista no art.118, CTN. Por essa, deixa-se claro que não se deve valorar aspectos 
cíveis ou penais da conduta para que se compreenda o alcance do fato típico tributável, 
atendo-se o intérprete apenas aos aspectos econômicos da conduta. Nesse viés, se extrai 
do CTN que devemos fazer uma abstração da análise da validade e da eficácia dos 
aspectos civis ou penais da conduta (CTN, art.118). 
DICA 66: Interessante questão prática (e cotada!) emanada da Teoria da Interpretação 
Econômica é a que ensina que é devida a incidência de imposto de renda sobre 
rendas auferidas ilicitamente, mediante crime (ex: renda de traficante de drogas). A 
ilicitude “não fede nem cheira” para fins de incidência tributária (princípio do NON 
OLET). 
DICA 67: Quando a Constituição utiliza conceitos, institutos, formas de direito 
privado em seu texto para definir competências tributárias (ex: “propriedade”; 
“doação”; “serviço”; “mercadoria”, o a hermenêutica tributária ensina que devemos 
interpretar esses conceitos, institutos e formas buscando entender suas definições, 
conteúdos e alcances com base nos ensinamentos de direito privado. Ou seja, 
devemos pesquisar no direito privado a definição, o conteúdo, o alcance que se dá a 
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esses institutos, conceitos e formas, para que então tenhamos a exata noção do que quis 
afirmar o constituinte. É regra de interpretação tributária (art.110, CTN). 
DICA 68: Atualmente, o Direito Tributário moderno exige que se interprete toda e 
qualquer norma de tributação sempre valorando os direitos humanos . É a chamada 
humanização do direito tributário, hoje, re-compreendido sob a ótica de que não se 
pode atribuir a suas normas suas normas o poder de se aplicarem de forma a violarem o 
mínimo existencial do ser humano. 
DICA 69: Por força da humanização do direito tributário, fala-se em direitos 
fundamentais do contribuinte, nada mais do que a aplicação da teoria da proteção aos 
direitos fundamentais no plano das relações tributárias, projetando-se o ser humano 
quando ele est;a moldurado na figura do contribuinte. 
DICA 70: Interpretar as leis tributárias sempre priorizando a proteção aos direitos 
humanos, significa que não se pode mais conceber a relação tributária como uma 
relação de poder pleno do estado. Hoje, sofre limitações cada vez mais crescentes, 
dentro dessa perspectiva de proteção aos direitos humanos, valorando-se a dignidade da 
pessoa humana e o mínimo existencial. 
 
 
DICAS BLOCO II 
PRINCÍPIOS, ALÍQUOTAS, REPARTIÇÃO DE RECEITAS, RESERVA DE LC 
 
PRINCÍPIOS SETORIAIS TRIBUTÁRIOS: 
DICA 71: O IR – Imposto de Renda se sujeita a três princípios expressos na 
Constituição, quais sejam: PUG – Progressividade, Universalidade e Generalidade. 
Na medida em que o valor da renda aumenta, a alíquota progride (progressividade); as 
rendas são tributadas independente de sua origem (universalidade das origens das 
rendas); qualquer pessoas que tenha renda se submete ao imposto (generalidade das 
pessoas). 
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DICA 72: O IR – Imposto de Renda é também regido pelo princípio da 
PESSOALIDADE. Questões da vida pessoal de cada pessoa são levadas em 
consideração pelo legislador e interferem na definição do valor final do imposto a 
recolher. Dessa forma, a lei leva em consideração aspectos como números de filhos e 
dependentes, despesas com saúde e educação, etc, e permite que se façam deduções no 
valor a recolher. Ou seja, aspectos da vida pessoal de cada pessoa são valorados e 
interferem na definição do valor a pagar. Observem que pessoas com a mesma renda, 
podem pagar valores diferentes, face a esses aspectos pessoais. Percebam ainda que 
esses aspectos pessoais são ligados ao MÍNIMO EXISTECIAL de cada pessoa e de 
seus dependentes. 
DICA 73: O IR – Imposto de Renda é também regido pelo princípio do NON 
OLET, que é apenas uma especialização do princípio da Universalidade das origens das 
rendas. Pelo non olet se dá o “plus” afirmando-se que as rendas são tributadas ainda 
que as origens sejam ilícitas. O tributo incide independente do crime. A ilicitude “não 
fede nem cheira” para a tributação. 
DICA 74: O ICMS e o IPI são regidos por três princípios. São eles: princípio da 
TRANSPARÊNCIA FISCAL, assim como o princípio da NÃO 
CUMULATIVIDADE e também o princípio da SELETIVIDADE. 
DICA 75: Quando ao ICMS e IPI, atenção com o princípio da seletividade das 
alíquotas! No IPI a seletividade é OBRIGATÓRIA, já no ICMS a Constituição 
FACULTOU o uso da seletividade. O texto da Carta afirma que “O IPI SERÁ 
SELETIVO” e “O ICMS PODERÁ SER SELETIVO”. Como sabemosa “seleção” das 
alíquotas se dá em razão da essencialidade dos bens. Bens mais essenciais terão 
alíquotas menores, e bens mais supérfluos, alíquotas maiores. 
DICA 76: O princípio da TRANSPARÊNCIA, aplicável ao IPI e ao ICMS, 
TAMBÉM SE APLICA AO ISS! Na verdade, o princípio da Transparência Fiscal se 
aplica sempre que se tributam relações de consumo, seja na venda de 
mercadorias/produtos industrializados, seja na venda de serviços. Está positivado no 
art.150,§5º. Por esse princípio, os fornecedores (contribuintes de direito – “de jure”) 
ficam obrigados a INFORMAR os consumidores (contribuintes de fato) qual foi a 
carga tributária repassada no preço do bem de consumo adquirido. 
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DICA 77: O princípio da NÃO CUMULATIVIDADE se aplica ao IPI e ICMS; 
todavia, fiquem atentos, pois caso sejam criados IMPOSTOS RESIDUAIS a Carta 
determina que também se aplique o princípio da NÃO CUMULATIVIDADE aos 
eventuais impostos residuais (atualmente, ainda nenhum imposto residual foi criado, 
ainda que permitidos, desde que mediante lei complementar, no art.154, I, CRFB/88). 
DICA 78: O princípio da PROGRESSIVIDADE das alíquotas EM RAZÃO DO 
VALOR DA RIQUEZA REVELADA NO FATO GERADOR, além de se aplicar no 
IR se aplica também no IPTU. Prestem muita atenção pois somente no IR e no IPTU 
cabe a aplicação da progressividade em razão do valor da riqueza. Cuidado com o 
ITBI que é a grande pegadinha na prova. O ITBI não pode ser cobrado com alíquotas 
progressivas! 
DICA 79: Ainda sobre a progressividade de alíquotas em razão do valor das 
riquezas, atenção: em 1988 somente o IR poderia ser progressivo; o IPTU só foi 
autorizado por força da EC 29/00 ; até 2000, inconstitucional o IPTU progressivo. E 
reiterando o alerta da dica anterior, a EC 29/00 não autorizou ITBI progressivo, 
somente IPTU. O STF com as Súmulas 656 e 668 deixou claro que após a EC 29/00 o 
IPTU progressivo em razão do valor venal do imóvel é constitucional, mas o ITBI segue 
inconstitucional. 
DICA 80: Para encerrar sobre PROGRESSIVIDADE DE ALÍQUOTAS, a 
progressividade ainda se pode dar por outro fundamento: a ilicitude no modo de usar 
o imóvel! E, nesses casos (IPTU e ITR), passa-se a falar na progressividade sanção! 
Nesse caso, a Carta prega que o IPTU pode ter alíquotas progressivas em razão do 
desrespeito à função social da propriedade assim como o ITR pode ter alíquotas 
progressivas em razão da improdutividade do imóvel rural. Nesses casos, 
costumamos falar em progressividade sanção e é normal se falar em prova que o ITR 
e o IPTU ASSUMIRAM UMA FUNÇÀO EXTRAFISCAL! 
 PRINCÍPIOS GERAIS TRIBUTÁRIOS: 
DICA 81: Quanto ao PRINCÍPIO DA LEGALIDADE, lembrem-se que somente a 
lei pode criar, extinguir, majorar e reduzir tributos. Essa é a regra! Não se 
esqueçam que tal lei será, em regra, mera LEI ORDINÁRIA. 
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DICA 82: Somente em quatro situações é que a Constituição exige LEI 
COMPLEMENTAR para que se possa ter a criação de tributos. É nos casos de 
empréstimos compulsórios, impostos residuais, contribuições residuais de 
seguridade social e no imposto sobre grandes fortunas, as quais necessariamente 
devem ser definidas nos termos de lei complementar. 
DICA 83: Salvo os quatro casos de lei complementar, os tributos realmente se criam 
por leis ordinárias, e, havendo relevância e urgência E NÃO SENDO CASO DE LEI 
CIMPLEMENTAR, é possível criar tributo por MEDIDA PROVISÓRIA. Mas 
nunca nos casos de tributos de LC, pois é vedada a edição de MP em matéria de LC. 
DICA 84: A Constituição no famoso art.146, III, ‘a’ determina que cabe a lei 
complementar estabelecer NORMAS GERAIS para a legislação tributária com a 
finalidade de DEFINIR O PERFIL DOS TRIBUTOS, e, em especial, quanto aos 
IMPOSTOS, DEFINIR O FATO GERADOR, BASE DE CÁLCULO E 
CONTRIBUINTE. Em momento algum o que se diz é que “lei complementar deveria 
criar os impostos” Não! O papel da LC é fazer as norma gerais, montando o perfil do 
imposto, para que então, dentro desse perfil, dentro das normas gerais, cada ente, 
por mera lei ordinária local, crie o seu imposto. Salvo as quatro exceções já 
comentadas, tributo se cria por lei ordinária, cabendo a lei complementar apenas definir 
as normas gerais que elaboram o perfil do tributo. 
DICA 85: Existem algumas medidas, atuações, que somente em razão de lei se podem 
praticar: são elas: a) criar, extinguir, majorar e reduzir tributos (ressalvadas algumas 
exceções a seguir comentadas); definir o fato gerador, base de cálculo, alíquota e sujeito 
passivo do tributo; prever penalidades; estabelecer as causas de suspensão, extinção e 
exclusão do crédito. 
DICA 86: Existem atuações que independem de lei e pode o Poder Executivo promovê-
las: a) criação de obrigações acessórias; b) modificação da data de recolhimento dos 
tributos; c) atualização monetária da base de cálculo dos tributos; d) majoração ou 
redução das alíquotas do II, IE, IPI e IOF; e) redução e restabelecimento das alíquotas 
da CIDE dos Combustíveis. 
DICA 87: Atenção com a majorações e reduções das alíquotas dos impostos extra-
fiscais. O STF, julgando precedente sobre o Imposto de Importação, entendeu que além 
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de não ser necessário lei, também não seria necessário decreto do Presidente, podendo o 
Poder Executivo em toda sua estrutura, de acordo com a organização interna e 
distribuição de competências e atribuições, promover tais atos. Logo, o STF aceitou o 
ato da CAMEX que modificou as alíquotas do imposto de importação. 
DICA 88: Sobre o princípio da anterioridade e a cláusula da noventena, fiquem 
atentos pois em alguns casos o tributo criado/majorado incide imediatamente, não se 
aplicando qualquer das cláusulas temporais (nem a do “exercício financeiro seguinte” 
nem a do “mínimo nonagesimal”), a saber: incide na hora se for II, IE, IOF; 
EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO PARA GUERRA EXTERNA OU 
CALAMIDADE PÚBLICA; IMPOSTOS EXTRAORDINÁRIOS DE GUERRA. 
Na prova, confiem, vocês só vão marcar que incide na hora se for uma dessas 
hipóteses! Cuidado com a pegadinha dos empréstimos compulsórios para custeio de 
investimentos públicos urgentes de relevante interesse nacional; nesses, somente se 
pode cobrar no ano seguinte e respeitada também a noventena; ficam na regra geral, 
sem qualquer exceção (ex: se em 2012 o Governo aprova LC para criar empréstimo 
compulsórios para fazer investimentos em razão da Copa do Mundo, só poderá cobrar 
em 2013). Para incidir na hora, somente se for empréstimo para guerra externa ou 
calamidade. 
DICA 89: Cuidado com o IPI. Caso majorado o IPI, TEM QUE SER 
OBSERVADA A NOVENTENA!!! Só se aplica o IPI mais caro depois de 90 dias. 
Pode ate ser no mesmo ano, pois o IPI é exceção à regra do “exercício financeiro 
seguinte”, mas respeita a noventena. Recentemente, no último julgado de princípios 
tributários no Supremo, fim do ano passado, tivemos a questão do IPI MAJORADO 
NOS CARROS IMPORTADOS (ADIN 4661-MQ/DF), no qual tive a honra de ser 
citado elogiosa e carinhosamente pelo Ministro Celso de Mello em seu voto transcrito 
nos informativos do STF. Nesse julgamento o STF reafirmou que só se aplica o IPI 
majorado aos fatos geradores ocorridos90 dias após a sua majoração. 
DICA 90: Assim como o IPI¸ também fica só na noventena, a situação das criações 
ou majorações de CONTRIBUIÇÒES DE SEGURIDADE SOCIAL. Se na hora da 
prova você ler na questão que foram criadas Contribuições de Seguridade Socia l (ou 
majoradas), que são as contribuições que destinam receitas para Saúde, Previdência e 
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Assistência Social, marque sem medo a resposta que disser: só noventena! Ainda que 
no mesmo ano! Igual ao IPI. 
DICA 91: O último caso para você marcar só noventena é o dos restabelecimentos de 
alíquotas reduzidas nos combustíveis. Nesses dois casos expressamente previstos na 
Constituição, você marca só noventena. Falo dos restabelecimentos das alíquotas 
outrora reduzidas na CIDE DOS COMBUSTÍVEIS e no ICMS INCIDENTE 
SOBRE OPERAÇÒES QUE DESTINAM DE UM ESTADO PARA OUTRO 
COMBUSTÍVEIS DERIVADOS DE PETROLEO, ICMS ESSE QUE INDICE NA 
ORIGEM DA OPERAÇÀO. Se cair na prova que as alíquotas haviam sido reduzidas, 
mas agora estão sendo restabelecidas, marque só noventena! 
DICA 92: Por fim, atenção com os tributos que não respeitam a noventena mas 
respeitam a regra do 1º de Janeiro do Exercício Financeiro Seguinte . Somente em 
três caos marque na prova que a resposta é só primeiro de Janeiro, independente de 
noventena: majorações de imposto de renda, assim como majorações de BASE DE 
CÁLCULO de IPTU e IPVA. Cuidado com o IPTU e IPVA, pois para ter exceção à 
noventena e o gabarito dar “só primeiro de Janeiro” é apenas nos casos em que a 
majoração for pela base de cálculo. Se for majoração nas alíquotas de IPTU e IPVA, 
não há qualquer exceção e se aplica a regra geral (“ano que vem e noventena”). 
DICA 93: Quanto ao princípio da IRRETROATIVIDADE (amado pela Banca da 
FGV – o que mais caiu), lembrem-se: somente em três casos a lei tributária se aplica 
retroativamente, excepcionando-se o princípio da irretroatividade. São eles: a) leis 
benéficas em penalidade (desde que não tenha ocorrido pagamento ou coisa julgada; a 
lei benéfica não retroagirá, mesmo que benéfica, se já teve pagamento ou coisa julgada; 
a lei só retroage quanto a atos ainda não definitivamente julgados e se na houve 
extinção do crédito pelo pagamento da multa); b) leis interpretativas; c) leis que 
alterem aspectos meramente formais do lançamento (leis que mudam apenas o 
procedimento de “como lançar”, mas não mudam o “conteúdo” do que se lança). 
DICA 94: Lembrem-se que o princípio que veda a tributação desigual a 
contribuintes em situações equivalentes é o chamado princípio da ISONOMIA 
(art.150, II, CRFB/88). Da mesma forma, veda tributações iguais a contribuintes em 
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situações econômicas diferentes. A finalidade do Princípio da ISONOMIA é evitar 
privilégios e discriminações e assim gerar a chamada justiça fiscal. 
DICA 95: O princípio da NÀO DISCRIMINAÇÀO PELA PROCEDÊNCIA OU 
DESTINO é aquele que, previsto no art.152, CRFB/88, ensina que os Estados, DF e 
Municípios não podem se discriminar uns aos outros pelo critério “localidade”. 
Esse princípio é muito importante no mundo do ICMS e do ISS, e busca evitar 
discrimine dos entes entre si, fortalecendo o federalismo. Por isso se fala que ele é um 
dos princípios que consagra o federalismo fiscal. 
DICA 96: O STF aplicou o princípio da NÃO DISCRIMIINAÇÀO PELA 
PROCEDÊNCIA OU DESTINO na famosa questão dos IPVA’s mais caros sobre 
carros importados. Entendeu o STF que as leis estaduais eram inconstitucionais, pois 
estavam discriminando o IPVA em razão da origem. Apesar da nossa particular 
discordância, pois entendemos que o princípio em apreço não se aplicaria em ralação a 
outros países mas apenas em relação aos entes entre si, na prova,marque verdadeiro 
se afirmarem que o STF declarou inconstitucional utilização de alíquotas 
diferenciadas do IPVA em razão do critério “nacional x importado” e o 
fundamento foi suposta violação ao princípio da NÃO DISCRIMINAÇÀO PELA 
PROCEDÊNCIA OU DESTINO. 
DICA 97: O outro grande princípio de FEDERALISMO FISCAL, é o famoso 
PRINCÍPIO DA UNIFORMIDADE GEOGRÁFICA DA TRIBUTAÇÃO 
FEDERAL (caiu no primeiro provão que a FGV fez, já faz tempo que não cai...pode 
cair!), que ensina que é vedado à União, quanto aos tributos federais, estabelecer 
tributos que não sejam uniformes em todo o território nacional. Ou seja, a estrutura 
to tributo federal será uma só em todo o país. Dessa forma, se a alíquota do IR for 
27,5% para tal limite de renda, assim será em qualquer lugar do Brasil. Todavia, e 
muito cuidado agora, fiquem atentos pois isso não impede que a União conceda 
incentivos fiscais apenas em uma ou outra região, sempre que tais incentivos de 
caráter regional se justifiquem em prol da promoção da busca do equilíbrio 
federativo. Ou seja, é lícito que a União promova isenções e incentivos fiscais de 
caráter regional, especialmente nas regiões menos favorecidas, para fins de 
promover o desenvolvimento sócio-econômico dessas regiões, buscando o equilíbrio 
federativo no país. 
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DICA 98: Cuidado com o princípio da CAPACIDADE CONTRIBUTIVA. A 
capacidade contributiva é uma qualidade que nem toda pessoa tem. É a qualidade que 
revela que a pessoa tem aptidão, tem condições, tem potencial para poder suportar a 
incidência dos impostos. Essa qualidade se revela quando pessoas praticam fatos/atos 
reveladores de riqueza (capacidade econômica).Quando essa riqueza externada supera o 
limite da reserva do mínimo existencial, nasce essa qualidade chamada capacidade 
contributiva em seus perfis, e assim ficam sujeitas à incidência dos impostos. Logo, a 
capacidade contributiva é uma qualidade que surge no perfil de algumas pessoas, 
quando elas revelam capacidade econômica acima da reserva do mínimo 
existencial. 
DICA 99: Ainda sobre o princípio da capacidade contributiva, lembrem-se que é ele 
que fundamenta a incidência dos impostos. Não esqueçam nossa velha frase das alas de 
aula: “só se pode impor a alguém que contribua, se esse alguém tem capacidade de 
contribuir”. 
DICA 100: Não obstante a capacidade contributiva seja princípio que foi criado 
para legitimar os impostos, o STF JÁ ACEITOU, EM CARÁTER 
EXCEPCIONAL, A APLICAÇÀO DA CAPACIDADE CONTRIBUTIVA NAS 
TAXAS, AINDA QUE NÃO SEJA O MAIS COMUM. Se cair na prova, certamente 
cairia o caso da CVM – Comissão de Valores Mobiliários, em que a lei utilizou como 
base de cálculo da Taxa da CVM a dimensão do patrimônio líquido das empresas 
fiscalizadas, e o STF, nesse precedente, não apenas aceitou como constitucional, 
como afirmou que em caos especiais como esse seria possível aplicar a 
CAPACIDADE CONTRIBUTIVA NAS TAXAS. 
DICA 101: Até mesmo nos empréstimos compulsórios e nas contribuições especiais 
o STF já reconheceu aplicação do princípio da capacidade contributiva. O último 
precedente foi o da CIP – CONTRIBUIÇÃO DE ILUMINAÇÃO PÚBLICA, de 
competência dos Municípios e do DF, que o Supremo entendeu que ao incidir sobre o 
fato gerador “consumo de energia elétrica” era constitucional, e afirmou pe la aplicação 
da capacidade contributiva. 
DICA 102: É muito comum em prova se transcrever o art.145,§2º, CRFB/88 para 
embasar a capacidadecontributiva. Esse dispositivo também indica o princípio da 
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pessoalidade, da personalização. Logo, se você ler na prova a famosa frase “sempre 
que possível, os impostos terão um caráter pessoal e serão graduados de acordo 
com a capacidade econômica do contribuinte”, é desses princípios que se está 
falando. 
DICA 103: Sobre o PRINCÍPIO DO NÃO CONFISCO, a Carta, no art.150, IV, 
afirma que é vedado estabelecer tributo com efeito de confisco. Observem que o texto 
não fala que é vedado estabelecer “multa” confiscatória, mas apenas tributo. Todavia 
(atenção!!!), apesar de a Constituição não afirmar que é vedado estabelecer multas 
com efeito de confisco, O STF JÁ FIRMOU POSICIONAMENTO QUE MULTAS 
CONFISCATORIAS SÃO INCONSTITUCIONAIS, ferindo, também, o princípio 
da PROPORCIONALIDADE. Tenham atenção na pergunta feita!!! Se a questão falar 
“segundo o texto constitucional”, pode ter certeza, marque sem medo, o gabarito é “é 
vedado tributo com efeito de confisco”. Se fizer alusão ao entendimento do STF, as 
multas confiscatórias também são proibidas e são inconstitucionais. 
DICA 104: O PRINCÍPIO DA NÃO LIMITAÇÃO AO TRÂNSITO DE PESSOAS 
OU BENS, previsto no art.150, V, CRFB/88, veda que se possam cobrar tributos pelo 
simples deslocamento das pessoas de um ponto a outro, ou, da simples remessa de bens 
de um lugar a outro. Protege a liberdade de deslocamento. Todavia, tenham muita 
atenção, pois a Carta expressamente ressalva o pedágio. Na prova de vocês, o pedágio 
é constitucional e o STJ inclusive tem entendimentos de ser desnecessária a 
existência de via alternativa, apesar de toda a polêmica na doutrina sobre a 
necessidade de vias alternativas. Logo, na prova, é vedado cobrar tributo pelo ir e vir 
ou pelo simples ato de remessa de bens, mas é AUTORIZADO O PEDÁGIO. 
DICA 105: O ordenamento brasileiro não adota mais o princípio do solve et repeat 
(solver e depois repetir – depositar e depois recuperar), que foi muito usado na 
época do regime militar e da Carta passada. Por esse princípio, se um contribuinte 
quisesse ajuizar uma ação anulatória para questionar o lançamento do tributo, teria que 
obrigatoriamente depositar o valor primeiro (solver), sob pena de inadmissibilidade da 
ação, para que, caso ganhasse ao final, levantar seu dinheiro de volta (“repetir” – mas 
não em dobro, apenas corrigido e atualizado!). No uso desse princípio, pessoas pobres e 
pequenos empresários não conseguiam acessar o Judiciário para questionar cobranças 
indevidas feitas contra eles e só os ricos que tivessem o dinheiro cobrado indevidamente 
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para depositar conseguiam se defender. O STF entendeu que a fórmula “solve et 
repeat” é incompatível com a Constituição de 1988, a para proteger o direito de 
acesso ao Judiciário como livre e de todos (art.5º, XXXV), bem como o 
contraditório, ampla defesa e devido processo legal, declarou a 
inconstitucionalidade da exigência do depósito (Súmula Vinculante 28). A 
consequência é que qualquer contribuinte pode ajuizar a ação sem fazer o depósito, o 
qual será meramente opcional e não uma condição de admissibilidade da ação. 
 ALÍQUOTAS DOS IMPOSTOS 
DICA 106: Os impostos com alíquotas progressivas sancionatórias são: ITR e 
IPTU. 
DICA 107: Os impostos com alíquotas progressivas fiscais são: IR (desde 1988) e 
IPTU (somente após a EC 29/00); o ITBI não pode ter alíquotas progressivas. 
DICA 108: Os impostos com alíquotas seletivas são: ICMS (que poderá ser seletivo) 
e o IPI (que será seletivo). 
DICA 109: Muita atenção com o IPTU, pois além das duas progressividades, o IPTU 
também pode ter alíquotas diferenciadas em razão de dois critérios: a) 
LOCALIZAÇÃO (área) e DESTINAÇÃO (uso). 
DICA 110: Atenção ao IPVA: após a EC 42/03 foi inserido no art.155 o parágrafo 
sexto, que no inciso segundo afirma que o IPVA PODERÁ TER ALÍQUOTAS 
DIFERENCIADAS EM RAZÃO DO “TIPO E UTILIZAÇÃO”DO VEÍCULO. Se 
você ler isso na prova, pode marcar verdadeiro. Observe que o texto não define o que 
sejam “tipo” nem “utilização”, apenas autorizando que com base em tais critérios se 
diferencie a alíquota. 
DICA 111: Ainda sobre o IPVA, o STF já apreciou várias leis estaduais no que tange 
ao uso dos conceitos “tipo e utilização” para diferenciar as alíquotas. Por um lado, 
entendeu ser constitucional diferenciar as alíquotas pelo tipo de combustível, mas 
entendeu ser inconstitucional diferenciar pelo aspecto nacional x importado, pois, 
como já visto, reconheceu que se violaria o princípio da não discriminação pela 
procedência ou destino. 
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DICA 112: Nos impostos mais importantes dos Estados e Municípios (ICMS e ISS, 
respectivamente), a Carta determina que podem ser fixadas alíquotas mínimas e 
máximas, estabelecendo-se tetos, limites, os quais tem que ser respeitados dento de 
cada unidade federativa. No caso do ICMS, quem tem permissão constitucional fixar 
as alíquotas mínimas e máximas para atuarem como tetos nas operações internas 
de cada Estado e do DF, é o SENADO FEDERAL, ATRAVÉS DE RESOLUÇÃO. 
Já no caso do ISS, cabe a LEI COMPLEMENTAR fixar as alíquotas mínimas e 
máximas do ISS. 
DICA 113: Ainda no que diz respeito a tetos de alíquotas, fiquem atentos com os 
outros dois impostos estaduais: o Senado deve fixar alíquotas MÍNIMAS para o 
IPVA (para evitar a continuidade da guerra fiscal em que alguns Estados da federação 
tem colocado seus IPVA’s mais baixos que outros para “captar”o IPVA “do vizinho”). 
Já no ITD coube ao SENADO fixar as alíquotas MÁXIMAS (já fixou em 8% - 
Resolução 09/92). Não confunda na prova!!! ITD, MÁXIMAS, já o IPVA, 
MÍNIMAS!!! E nos impostos sobre consumo (ICMS E ISS), MÍNIMAS E 
MÁXIMAS (lembrando que nos estaduais, sempre o Senado por Resolução, e no ISS, 
lei complementar). 
REPARTIÇÃO DAS RECEITAS NOS IMPOSTOS 
DICA 114: Lembrem-se que metade da receita do IPVA, os Estados entregam ao 
Município no qual é feito o licenciamento do veículo. 
DICA 115: Recordem-se que um quarto (25%) do ICMS é repartido dentre os 
municípios. Desse valor de um quarto, na hora re repartir, se utiliza o seguinte critério: 
três quartos (75%) se repartem pelo sistema proporcional, de valor adicionado (os 
Municípios que vendem mais mercadorias e adicionam mais arrecadação de ICMS nos 
cofres estaduais são mais remunerados a divisão desses três quartos se faz na proporção 
do que cada Município adiciona); já o outro um quarto (25%) desse um quarto que se 
reparte (25% dos 25% do bruto), se distribui pelo critério discricionário, cabendo ao 
legislador estadual estabelecer a forma de rateio. 
DICA 116: Quanto ao ICMS tem sido muito comum que os Estados, na hora de 
elaborarem a lei para organizar a forma de distribuir o um quarto do um quarto (25% 
dos 25%) do ICMS entre seus Municípios (parcela da distribuição discricionária) 
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estejam utilizando critérios para privilegiar com maior repasse os Municípios que 
protegem, conservam e não degradam o meio ambiente (incentivo),

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