Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Disciplina CCE0063 – Geração de energia elétrica - Aula 7 Professor Bruno Sampaio Andrade Sistemas de Baixa e de Alta Pressão Sistema de Baixa Pressão Sistema de Alta Pressão Sistemas de Baixa e de Alta Pressão Sistema de Baixa Pressão Sistema de Alta Pressão Si st e m as d e B ai xa e A lt a P re ss ão Sistema de Baixa Pressão Questões ligadas com a estabilidade operacional de todos os sistemas que compõem a CH são fatores determinantes na definição se o arranjo escolhido tenha ou não um sistema de baixa pressão... Para que a CH tenha um desempenho dentro do previsto, seja com cargas independentes, seja no sistema interligado, o melhor arranjo deverá se de CHD, CHV ou CHR? Si st e m as d e B ai xa e A lt a P re ss ão Sistema de Baixa Pressão CHR (Represamento) CHD (Desvio) C H V D ( D e ri va çã o p o r d e sv io ) Composição de um sistema de Baixa Pressão: Canal Câmara de carga a céu aberto; Galeria e câmara de carga; Conduto de baixa pressão e chaminé de equilib. Tunel de baixa pressão e chaminé de equilibrio Misto dessas possibilidades. A estabilidade do sistema energético exige que seu planejamento operacional seja compatível com as características de cálculo/projeto/instalação/operação e ajustes das centrais que o compõem. Si st e m as d e B ai xa e A lt a P re ss ão Sistema de Baixa Pressão A figura abaixo representa a modelagem de um sistema de geração hidrelétrica Si st e m as d e B ai xa e A lt a P re ss ão Sistema de Baixa Pressão Adotando-se a premissa que o fechamento do sistema possa ser realizado com a atuação direta em uma válvula (na realidade o regulador atua no distribuidor da TH: Para t = 0, carga é retirada instantaneamente com a abertura da chave 9; Nessa situação, o sistema de regulação tem que atuar, diminuindo a vazão de água que aciona a TH; Si st e m as d e B ai xa e A lt a P re ss ão Sistema de Baixa Pressão Situação inicial – CH a plena carga (v [m/s], P, Pe, Pel, Pp [kW], n = nn [rpm]): Como a inércia do sistema girante é grande, além dos atritos internos, existe um atraso no fechamento da válvula 4, denominado de “tempo morto” (tm [s]), permitindo que a n (rotação do GG) aumente. Si st e m as d e B ai xa e A lt a P re ss ão Sistema de Baixa Pressão Durante o tm, a abertura da válvula 4 – θ – é constante, portanto a P (potência hidráulica) é aproximadamente constante enquanto que n e Pp (perdas de potência hidráulica) crescem; Com t≥tm, a válvula 4 começa a se fechar fazendo com que P aumente devido à oscilações de pressão no conduto forçado. A figura abaixo representa um esquema da variação das características principais com os tempos: Si st e m as d e B ai xa e A lt a P re ss ão Sistema de Baixa Pressão Nessa situação, v é aproximadamente constante no início do fechamento (devido à turbulência); Si st e m as d e B ai xa e A lt a P re ss ão Sistema de Baixa Pressão Quando P atinge seu valor máximo (Pm), a v diminui e Pp aumenta. A partir desse ponto, P diminui até o valor de Pp, com n = nm (valor máximo da velocidade média de escoamento). Com t = tva, que é < que o tempo de fechamento da válvula – tv, v e P = 0; n e Pp começam a diminuir a partir de nm e Ppm, atingindo o valor zero depois de decorridos ts(s). Esse tempo é dependente das massas girantes envolvidas, atritos e atuação do freio, caso exista. Portanto, o tempo total decorrido desde a retirada da carga do sistema até a parada total do GG é: tt = tm + tv + ts [s] Si st e m as d e B ai xa e A lt a P re ss ão Sistema de Baixa Pressão tt é o tempo total; Tecnicamente, o ideal é que tm seja o menor possível, de maneira que n não aumente muito até o sistema começar a fechar; tm é o tempo morto; tv é o tempo de fechamento da válvula; ts é o tempo suplementar. Que tv seja grande o suficiente para evitar-se as consequências do “golpe de aríete”, porém não deve permitir que nm ultrapasse valores que prejudiquem o GE (aumentos de 30 a 50% de aumento na nnom do GE). Si st e m as d e B ai xa e A lt a P re ss ão Sistema de Baixa Pressão Variações da potência sendo fornecida para o sistema elétrico têm uma ação similar à descrita, podendo provocar variações na frequência. A variação de frequência deve ser minimizada, portanto a inércia do sistema girantes do GG deve ser grande. Si st e m as d e B ai xa e A lt a P re ss ão Sistema de Baixa Pressão Trata-se de um transitório hidráulico com variações bruscas (+) ou (-) da pressão. Ocorre sempre que a velocidade média de escoamento varia de v = vm para zero. Golpe de aríete “ G o lp e d e a rí et e ” e o am o rt e ci m e n to p o st e ri o r Si st e m as d e B ai xa e A lt a P re ss ão Sistema de Baixa Pressão O semi-período T pode ser calculado por: T = 2 L/vs, onde: L [m] é o comprimento do conduto forçado; Golpe de aríete Km = 0,5 para o aço; 4,4 para o ferro fundido; 18 para o plástico, PVC; e 20 para a madeira. Vs = 9900 / √(48,3 + Km x D/e), que é denominado de celeridade; D é o diâmetro do conduto forçado; e é a espessura do conduto forçado. Si st e m as d e B ai xa e A lt a P re ss ão Sistema de Baixa Pressão tv < T – Manobra rápida, não recomendável para uma CH Tipos de manobras tv > T – Manobra lenta – recomendável para uma CH tv = T – Manobra crítica Si st e m as d e B ai xa e A lt a P re ss ão Sistema de Baixa Pressão Sendo: L, o comprimento do conduto forçado. Hb, a queda bruta ou altura da barragem, Então: Comprimento máximo do conduto forçado L/Hb≥4, deve-se usar um sistema de baixa pressão com arranjo CHD; L/Hb≤1,3, não deve-se usar um sistema de baixa pressão. Usar o arranjo CHR; 1,3 < L/Hb < 4, fatores técnicos e econômicos definirão se o arranjo é CHR ou CHD; Si st e m as d e B ai xa e A lt a P re ss ão Sistema de Baixa Pressão CHR - L/Hb≤1,3 CHD - L/Hb≥4 Portanto Lm = 4 x Hb, onde: Lm é o comprimento máximo do conduto forçado Comprimento máximo do conduto forçado Si st e m as d e B ai xa e A lt a P re ss ão Sistema de Baixa Pressão Outros componentes de um sistema de baixa pressão Canais – São utilizados para o escoamento de água pluvial e interligar rios, riachos e córregos; Desarenador – Região com escoamento com baixa velocidade para que os sedimentos em suspensão possam ser depositados e posteriormente retirados: Si st e m as d e B ai xa e A lt a P re ss ão Sistema de Baixa Pressão Outros componentes de um sistema de baixa pressão Câmara de carga – Interliga o canal com o conduto forçado. Tem as seguintes funções: Em partidas bruscas, deve garantir que não entre ar no conduto forçado; Deve garantir que o volume de água útil armazenado na câmara de carga seja compatívelcom a variação de vazão dede zero até o valor máximo; Em parada brusca, deve garantir estabilidade funcional da câmara de carga e do canal adutor. Para tal ... Si st e m as d e B ai xa e A lt a P re ss ão Sistema de Baixa Pressão Outros componentes de um sistema de baixa pressão Para tal deve ser dimensionado um extravasor lateral no canal adutor próximo da câmara de carga absorvendo as variações do nível na câmara de carga. Câmara de carga Si st e m as d e B ai xa e A lt a P re ss ão Sistema de Baixa Pressão Outros componentes de um sistema de baixa pressão Túnel Forçado de Seção Circular - O diâmetro interno é definido tendo com base que a perda anual de faturamento devido às perdas de escoamento no túnel sejam minimizadas. Com rocha ou concreto projetado: vm = 10 m/s O material de revestimento do túnel condiciona essas perdas: Com concreto estrutural: vm = 15 m/s Usa-se como velocidade média: vm = 0,8 x Vmax m/s Si st e m as d e B ai xa e A lt a P re ss ão Sistema de Baixa Pressão Outros componentes de um sistema de baixa pressão Chaminé de equilíbrio - Estrutura que interliga o conduto ou túnel de baixa pressão com o duto forçado; Em partida brusca, garanta que não entre ar no conduto forçado; Deve ser projetado de tal forma que: Em parada brusca, garanta a estabilidade funcional de si própria e do conduto de baixa pressão. Si st e m as d e B ai xa e A lt a P re ss ão Sistema de Baixa Pressão Outros componentes de um sistema de baixa pressão Chaminé de equilíbrio Hcd = a1 +a2+a3+HD+Hr+HE+a4, onde: Si st e m as d e B ai xa e A lt a P re ss ão Sistema de Baixa Pressão Outros componentes de um sistema de baixa pressão Chaminé de equilíbrio a1 – altura para sedimentação – qualidade e velocidade da água; A2 – Altura ocupada pela entrada do conduto forçado A3 – Altura de segurança contra entrada de ar no conduto forçado quando o nível a montante é o mínimo de operação HD – depleção máx. na chaminé de equilíbrio, medida a partir do nível mínimo de montante operacional, quando a CH entra bruscamente em operação Si st e m as d e B ai xa e A lt a P re ss ão Sistema de Baixa Pressão Outros componentes de um sistema de baixa pressão Chaminé de equilíbrio Hr – diferença entre a cota do nível de montante correspondente a cheia excepcional – NMM e o mínimo de operação – NMm; HE – Elevação máx. na chaminé de equil. Quando há uma rejeição total de carga, sendo medido a partir do nível de montante para chea excepcional. A4 – Altura de segurança. Sistemas de Baixa e de Alta Pressão Sistema de Baixa Pressão Sistema de Alta Pressão Si st e m as d e B ai xa e A lt a P re ss ão Sistema de Alta Pressão Podem ser construídos nos seguintes materiais, dependendo das condições técnicas e econômicas para a instalação: Aço laminado; Ferro fundido; Cimento amianto; PVC; e Madeira. Conduto Forçado Si st e m as d e B ai xa e A lt a P re ss ão Sistema de Alta Pressão Podem ser instalados: A céu aberto; Enterrados – nessa situação, não precisam de juntas de dilatação, porém têm maiores problemas com manutenção; Na definição de seu diâmetro, deve-se buscar o custo mínimo das perdas energéticas ocasionadas Conduto Forçado Si st e m as d e B ai xa e A lt a P re ss ão Sistema de Alta Pressão Conduto Forçado Restará sempre muito o que saber!! Cantar e cantar a beleza de ser um eterno aprendiz!!
Compartilhar