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01 Apostila Pericia Contábil Unidades I II

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Perícia Contábil ......................................................................................................................................	2
Perícia Contábil ......................................................................................................................................	2
APOSTILA DE PERÍCIA CONTÁBIL
(UNIDADES I & II)
A apostila não é uma obra original, é fruto de compilação de diversos textos de autores da bibliografia.
DISCIPLINA: Perícia Contábil
1. ASPECTOS HISTÓRICOS, LEGAIS, SOCIAIS E CONCEITUAIS
1.1 ASPECTOS HISTÓRICOS E LEGAIS
A primeira vez que o tema Perícia Contábil, foi tratado no Brasil, ocorreu no I Congresso Brasileiro de Contabilidade em 1924. Naquele evento restou consignada necessidade de dividir as funções profissionais do contabilista entre: Contador (Guarda Livros) e perito.
No final da década de 20 do século XX, o Professor João Luiz Santos escreveu a primeira obra sobre o assunto intitulada: “Perícia em Contabilidade Comercial”.
	Art. 12. Chamar avaliadores oficiais (dec. n. 596, de 19 de julho de 1896, art. 12, § 2º), onde houver, e contadores ou guarda-livros para a avaliação de bens e exame de livros, quando forem absolutamente indispensáveis os serviços desses peritos por não poder o síndico desempenhá-los.
Art. 190. Os juízes e escrivães perceberão nos processos de falências e seus incidentes as custas dos seus regimentos, aprovados pelo poder federal ou estadual.
Os escrivães não terão mais de que 500 réis por circular ou carta que enviarem. O salário dos peritos pelos exames de livros do falido será arbitrado pelo juiz, não excedendo de 300$ para cada um. Se se tratar de trabalho excepcional, nas falências de grande ativo, o síndico poderá previamente ajustar os salários desses peritos e submeter á aprovação do juiz, não excedendo, em caso algum, do dobro daquela taxa.
(...)
Os contadores judiciais perceberão pela metade às custas taxadas nos seus regimentos.
(...)
As verificações e exames periciais de que tratam o art. 1º, n. 8, letra “a”, o art. 83, § 6º e o art. 84, § 4º, só poderão ser feitos por contadores diplomados por estabelecimentos de ensino técnico comercial e instituições de classe reconhecidos pelo Governo Federal, e cujos diplomas, devidamente legalizados, estejam registrados nas Juntas Comerciais, ou repartições que as substituam. Onde não houver contadores em tais condições, os juízes nomearão peritos dentre os profissionais da mais notória idoneidade (grifo nosso).
	
O Decreto nº 5.746/1929 foi o primeiro instrumento jurídico a atribuir a função de perícia ao contador, conforme demonstrado nos textos abaixo do citado diploma legal:
O Decreto nº 9.295/1946 regulamentou a profissão do contador e se fez privativa a este a função de perito.
	Art. 25. São considerados trabalhos técnicos de contabilidade:
organização e execução de serviços de contabilidade em geral;
escrituração dos livros de contabilidade obrigatórios, bem como de todos os necessários no conjunto da organização contábil e levantamento dos respectivos balanços e demonstrações;
perícias judiciais ou extrajudiciais, revisão de balanços e de contas em geral, verificação de haveres revisão permanente ou periódica de escritas, regulações judiciais ou extrajudiciais de avarias grossas ou comuns, assistência aos Conselhos Fiscais das sociedades anônimas e quaisquer outras atribuições de natureza técnica conferidas por lei aos profissionais de contabilidade.
	
Na década de 50 surgiu mais uma obra literária sobre o tema escrita pelo prof. º Francisco D’Ária, publicada pela Editora Nacional.
Em 1973, a Lei nº 5.869/1973 e suas alterações estabeleceu normas amplas, claras e aplicáveis referentes à questão pericial, como por exemplo:
	Seção II
Do Perito
Art. 145. Quando a prova do fato depender de conhecimento técnico ou científico, o juiz será assistido por perito, segundo o disposto no art. 421.
Seção VII
Da Prova Pericial
Art. 420. A prova pericial consiste em exame, vistoria ou avaliação.
Parágrafo único. O juiz indeferirá a perícia quando:
I - a prova do fato não depender do conhecimento especial de técnico; II - for desnecessária em vista de outras provas produzidas; III - a verificação for impraticável.
A Lei nº 13.105/15 (novo Código de Processo Civil - CPC) trouxe novidades no regramento da perícia judicial e ratificou a necessidade na assistência de peritos.
	Seção II
Do Perito
Art. 156. O juiz será assistido por perito quando a prova do fato depender de conhecimento técnico ou científico.
Seção VII
Da Prova Pericial
Art. 464. A prova pericial consiste em exame, vistoria ou avaliação.
§ 1º. O juiz indeferirá a perícia quando:
I - a prova do fato não depender do conhecimento especial de técnico; II - for desnecessária em vista de outras provas produzidas; III - a verificação for impraticável.
Atualizações das NBC TP 01 – Perícia Contábil e NBC PP 01 – Perito Contábil. E, aprovação da NBC PP 02/16 com a exigência do exame de qualificação técnica para perito contábil.
NOVIDADES DA PROFISSÃO DE PERITO CONTÁBIL
Exame de Qualificação Técnica para peritos vai acontecer no segundo semestre de 2017.
A participação do contador no CNPC é voluntária.
Até 31 de dezembro de 2017, a inscrição no Cadastro pode ser feita mediante comprovação de experiência mínima e, a partir de 2017, também por meio da aprovação no Exame de Qualificação Técnica.
Porém, a partir de janeiro de 2018, a inscrição será apenas mediante aprovação no EQT.
FONTE: CFC
1.2 ASPECTOS SOCIAIS E ÉTICOS
Sempre que é realizado um trabalho profissional, se espera que resulte num benefício para a sociedade; sem o qual o mesmo não teria valor social. Logo, quando se realiza uma perícia levamos em consideração os efeitos sociais decorrentes.
Exemplo: processo de inventário que resulte na partilha de bens.
Espera-se que o processo de partilha ocorra de forma justa e honesta; portanto o trabalho do perito é fundamental para orientar a decisão do Juiz, de forma a proporcionar o bem-estar a todos aqueles que têm interesse naquela partilha.
Assim, é fundamental o compromisso ético e moral do perito para com a sociedade e para com sua classe profissional; tendo a ética um grande peso, pois o trabalho eficaz é decorrente, não apenas de uma boa formação do profissional, mas do devido compromisso social.
1.3 CONCEITOS: PERÍCIA, PERITO E ASSISTENTE TÉCNICO
A Perícia é um trabalho de natureza específica e que recoberto de profundo rigor na sua execução.
A Perícia está sempre associada à necessidade de alguém depender de um conhecimento técnico ou científico específico sobre determinado assunto para decidir quanto ao fato.
A Perícia Contábil constitui o conjunto de procedimentos técnico-científicos destinados a levar à instância decisória elementos de prova necessários a subsidiar a justa solução do litígio ou constatação de fato, mediante laudo pericial contábil e/ou parecer técnico-contábil, em conformidade com as normas jurídicas e profissionais e com a legislação específica no que for pertinente. (NBC TP 01)
Perito é alguém capaz de oferecer uma opinião válida, competente sobre um determinado assunto ao qual detém a expertise.
Perito é o contador, regularmente registrado em Conselho Regional de Contabilidade, que exerce a atividade pericial de forma pessoal, devendo ser profundo conhecedor, por suas qualidades e experiências, da matéria periciada. (NBC PP 01)
Conforme já transcrito anteriormente, o artigo 156 do CPC estabelece que: “O juiz será assistido por perito quando a prova do fato depender de conhecimento técnico ou científico”. Ou seja, sempre que para efeito de prova ou opinião se fizer necessário um conhecimento da área profissional específica, este será nominado com o objetivo de auxiliar o Juiz de Direito no julgamento de uma lide.
O perito é um dos auxiliares da justiça que irá auxiliar o magistrado quando a produção de prova demandar conhecimento técnico ou científico. (artigo 149 do CPC)
Os peritos serão nomeados entreos profissionais legalmente habilitados e os órgãos técnicos ou científicos devidamente inscritos em cadastro mantido pelo tribunal ao qual o juiz está vinculado. (artigo 156, §1º do CPC)
Para os peritos contadores são necessárias a regular inscrição junto ao Conselho Regional de Contabilidade e a aprovação em um Exame de Qualificação Técnica específico para peritos, visando a formação de um Cadastro Nacional de Peritos Contábeis do Conselho Federal de Contabilidade (CNPC)
Assistentes Técnicos atua como elemento de confiança das partes, acompanhando a realização do trabalho do perito.
Os assistentes técnicos também auxiliam as partes na elaboração dos quesitos, isto é, perguntas, que serão respondidas pelo perito no laudo pericial.
Não se aplicam a eles as causas de impedimento e suspeição previstas para os peritos.
Ainda, no que tange ao Assistente Técnico o Art. 465, § 1º do CPC estabelece:
“Incumbe às partes, dentro de 15 (quinze) dias contados da intimação do despacho de nomeação do perito:
- Arguir o impedimento ou a suspeição do perito, se for o caso;
- Indicar assistente técnico;
- Apresentar quesitos.”
1.4 PERÍCIA CONTÁBIL
De acordo com o professor Antônio Lopes de Sá, podemos conceituar Perícia como sendo:
	“
	A verificação de fatos ligados ao patrimônio individualizado visando
	
	oferecer opinião, mediante questão proposta. Para tal opinião, realizam-se exames, vistorias, indagações, investigações, avaliações, arbitramentos, em suma todo e qualquer procedimento necessário à opinião.”
O professor Francisco D’Áurea conceitua perícia como:
“Perícia é o testemunho de uma ou de mais pessoas técnicas (experts) no sentido de fazer conhecer um fato cuja existência não pode ser acertada ou juridicamente apreciada, senão apoiada em especiais conhecimentos científicos ou técnicos.”
O professor Remo Dalla Zanna, destaca o conceito aplicado por Silva, L.G.C. em que a Perícia Contábil tem como prioridade fundamental:
“A Perícia ou Peritagem Contábil é uma modalidade superior da profissão contábil. É a especialidade profissional da contabilidade que funciona com o objetivo de controvérsias, dúvidas e de casos específicos determinados ou previstos em lei (...). Ordinariamente, a finalidade da Peritagem Contábil é o esclarecimento de questões duvidosas ou controvertidas de matéria contábil submetida ao perito.”
A NBC TP 01 – Perícia Contábil conceitua Perícia Contábil como:
“A perícia contábil constitui o conjunto de procedimentos técnicos-científicos destinados a levar à instância decisória elementos de prova necessários a subsidiar à justa solução do litígio ou constatação de um fato, mediante laudo pericial contábil e/ou parecer pericial contábil, em conformidade com as normas jurídicas e profissionais, e a legislação específica no que for pertinente.”
O professor Remo Dalla Zanna ressalta o caráter multidisciplinar do tema:
“O estudo de um fato, em geral, extrapola os limites da ciência em que ele decorre. Por isso, a perícia se idêntica como elemento expressivo de relacionamento entre as múltiplas ciências do conhecimento humano.”
Logo, os conceitos anteriormente apresentados, depreendemos que a perícia pode ser considerada como sendo um exame realizado sobre alguma coisa por uma pessoa habilitada ou perito para determinado fim, judicial ou extrajudicial.
1.5 PERITO
De com o artigo Art. 156 o juiz será assistido por perito quando a prova do fato depender de conhecimento técnico ou científico.
Dentre os direitos do Perito podemos destacar:
Recusar a nomeação, justificando tal ato;
Requerer a prorrogação do prazo para apresentar laudo pericial e para comparecer às audiências em função de:
Complexidade ou extensão dos trabalhos em andamento;
Tempo necessário para que os documentos e livros cheguem ao seu escritório;
Quantidade de diligências externas que deva fazer;
Por motivo de doença, entre outros;
Investigar o que lhe parecer adequado para cumprimento de sua missão, podendo recorrer a fontes de informação tais como:
Acesso aos autos;
Inquirição de testemunhas;
Exame de livros, de peças e documentos pertinentes à causa;
Pedir livros e documentos às partes e aos órgãos públicos em geral;
Instruir o laudo com documentos ou suas cópias, com plantas, com fotografias e outras quaisquer peças que entender que sejam necessárias para provar o conteúdo de seu laudo;
Atuar com total independência, refutando qualquer tipo de interferência que possa cercear sua liberdade de atuação;
Obter reembolso de despesas incorridas durante a realização de seu trabalho
Receber os honorários profissionais pelo serviço prestado.
São deveres do Perito:
Aceitar a nomeação nos termos do despacho saneador;
Desempenhar sua função por completo e com dignidade, respondendo a todos os quesitos pertinentes inclusive quesitos suplementares quando houver;
Respeitar os prazos;
Comparecer à audiência quando convocado para tal;
Ao redigir seu laudo pericial, ater-se a verdade dos fatos comprovados e devidamente documentados;
Prestar esclarecimentos sobre o laudo consignado quando solicitado a fazê-lo;
Ser leal ao mandato recebido, respeitando e fazendo respeitar sua condição de auxiliar a Justiça, ser reto, imparcial, sereno e sincero; informando apenas a verdade no interesse exclusivo da justiça;
Se declarar suspeito, pelos motivos devidamente justificados quando se aplicar.
No que concerne à suspeição, o artigo 148 do CPC estabelece que:
Art. 148. Aplicam-se também os motivos de impedimento e de suspeição: I - ao membro do Ministério Público
- aos auxiliares da justiças
- aos demais sujeitos imparciais do processo
Caso o perito não cumpra seus deveres ou o faça de modo a ferir as Normas Brasileiras de contabilidade, o mesmo está sujeito às sanções e penalidades, quais sejam:
Ser substituído por qualquer motivo que o magistrado considerar justo;
Pagar multa por não apresentar o laudo pericial no prazo previsto;
Pagar multa por não comparecer a audiência a qual foi regularmente convocado;
Responder por prejuízos que possa ter dado causa;
Sofrer as penalidades impostas pelo serviço de fiscalização profissional do CRC e ficar impedido de exercer a sua função de perito contábil.
Ainda no que concerne às penalidades o artigo 158 ressalta que:
Art. 158. O perito que, por dolo ou culpa, prestar informações inverídicas responderá pelos prejuízos que causar à parte e ficará inabilitado para atuar em outras perícias no prazo de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, independentemente das demais sanções previstas em lei, devendo o juiz comunicar o fato ao respectivo órgão de classe para adoção das medidas que entender cabíveis.
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
1. A perícia contábil é uma tecnologia por que:
utiliza a ciência contábil.
é aplicação dos conhecimentos empíricos da contabilidade.
é aplicação dos conhecimentos técnicos da contabilidade.
é aplicação dos conhecimentos científicos da contabilidade.
2. No Brasil, a Perícia Judicial é conceituada da seguinte norma:
quando o administrador não confia em seus auxiliares/colaboradores.
exercida sob o controle da lei de arbitragem.
exercida sob a tutela do Poder Judiciário.
contratada, espontaneamente, pelo interessado ou de comum acordo entre as partes.
3. A Perícia pode ser realizada em que áreas do conhecimento
todas.
Contábil.
Administrativa.
Econômica
4. A Perícia Contábil foi legalizada, por meio:
das Normas Brasileiras de Contabilidade e pelo Código de Civil.
Princípios geralmente aceitos e o Código de Processo Civil.
das Normas Brasileiras de Contabilidade e pelo Código de Processo Civil.
dos Princípios e Convenções Contábeis e pelo Código de Penal.
5. O juiz será assistido por perito quando a prova do fato depender:
de punição imediata do infrator
de conhecimento técnico ou científico
de estudos e normatização
da vontade do magistrado
Indique com o número (1) os direitos do Perito e com o número (2) os deveres do Perito: 
( ) Comparecer à audiência quando convocado paratal
( ) Receber os honorários profissionais pelo serviço prestado
( ) Pedir livros e documentos às partes e aos órgãos públicos em geral
( ) Recusar a nomeação, justificando tal ato
( ) Prestar esclarecimentos sobre o laudo consignado quando solicitado a fazê-lo
Caso o perito não cumpra seus deveres ou o faça de modo a ferir as Normas Brasileiras de Contabilidade, o mesmo está sujeito às sanções e penalidades. Cite 3 (três) delas:
____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________________________________________________
Com base no Código de Processo Civil (CPC) e nas Normas Brasileiras de Contabilidade, julgue os próximos itens, referentes a perícia e ao perito:
( ) Conforme o CPC, a função da perícia judicial é fornecer ao juiz que atua no processo elementos de convicção sobre fatos que dependem de conhecimento técnico ou científico.
( ) No que diz respeito às perícias e aos peritos é correto afirmar que os peritos estão isentos de responsabilidade civil decorrente de dolo ou culpa.
( ) Ao perito é assegurado o direito de ouvir testemunhas e recorrer a qualquer outra fonte de informação que possa orientar seu trabalho.
( ) Os motivos de impedimento e suspeição aplicam-se tanto aos peritos quanto aos assistentes técnicos.
Na questão da Perícia judicial em Contabilidade, na espera cível, o assistente técnico é um profissional que se faz presente. Aponte a afirmativa correta.
O assistente técnico atua na condição de auxiliar do juízo, por ser de inteira confiança deste.
O assistente técnico atua na condição de auxiliar das partes, independentemente de quem o indicou, após o devido deferimento do juízo.
O assistente técnico atua na condição de auxiliar do perito judicial, após o devido deferimento do juízo.
O assistente técnico atua na condição de auxiliar de quem o indicou, após o devido deferimento do juízo.
O assistente técnico é nomeado pelo juízo, para colaborar na perícia, auxiliando o perito.
1.6 MODALIDADES DAS PERÍCIAS
PERÍCIA ADMINISTRATIVA
Sendo perícia o exame decisivo de uma situação de contas; logo é caso dessa verificação, em caráter administrativo; quando o responsável pelos negócios de uma entidade econômica afigura-se uma questão que ele próprio tem dúvidas e solicita subsídios ao contador para dirimi-las; sendo um exame estritamente particular, onde o administrador tem a necessidade de apoiar-se em juízo autorizado de um conhecedor da matéria, o que fortalece seus atos decisórios.
A	perícia	administrativa,	mais	comum,	é	quando	o	administrador	não	confia	em	seus auxiliares/colaboradores.
Exemplo: depositários, caixas, tesoureiros, empregados da administração, almoxarifado.
PERÍCIA EXTRAJUDICIAL
Como fato é função do contador, ela é informante e consultora, este técnico desempenha relevante papel nas questões suscitadas entre partes em oposição de interesses econômicos. Nem sempre é fácil que as pessoas em litígio cheguem a um acordo, primeiramente pelo interesse egoístico de cada um, e em segundo, por incompreensão ou ignorância da matéria em questão.
É aplicada nas situações em que é dispensável a presença do Estado através do Poder Judiciário. É um acordo entre as partes, que se comprometem a aceitar o resultado apresentado pelo perito, o qual, regra geral, contando com confiança recíproca, dispensa a contratação do assistente técnico e não tem validade judicial.
A perícia extrajudicial opera-se, principalmente, por acordo entre as partes; convencionam que a questão pendente seja solucionada tendo por base a informação e parecer do perito ou em caso de dúvida, cada uma elege um de sua confiança; procedendo aos exames e emitindo parecer.
Em caso contrário, escolhe-se um perito arbitral, cujo parecer visa encerrar a perícia.
PERÍCIA JUDICIAL
Quando a solução de questões é requerida aos tribunais, ao órgão julgador cumpre conhecer a matéria em apreço e dependendo disso sua decisão.
Como primeira condição para o julgamento é a apuração exata dos fatos e o conhecimento preciso das causas de que se origina o litígio. Os magistrados são os doutos em direito, mas não se pode pretender que sejam polivalentes (técnicos em qualquer assunto); além disso, existem casos em que a matéria a ser julgada precisa ser esclarecida e certificada por profissionais que mereçam inteira fé, nos aspectos técnicos, moral e científico.
Perícia é um meio elucidativo e de prova, admitidos na legislação, é o parecer do profissional entendido na matéria em julgamento. A perícia judicial assume forma solene, porque é determinada por um magistrado e sujeita a ritos judiciais estabelecidos por lei.
A perícia tem meios de informar e esclarecer o julgador e orientá-lo em suas decisões, sendo que a responsabilidade que pesa sobre os ombros do juiz é repartida com a do perito que instruiu com a certificação de causas e fatos e com a opinião própria. A parcela de responsabilidade que cabe ao perito tem como garantia suas qualidades de especialista e requisitos de moralidade e honestidade.
PERÍCIA ARBITRAL
Define-se como perícia arbitral, aquela exercida sob o controle da lei de arbitragem. Logo, a perícia é requerida a comando do árbitro ou da parte que a solicitou, visando subsidiar elementos para a arbitragem. Como exemplo de perícia arbitral, aquela em que 2 empresas solicitam ao árbitro nomeado de comum acordo entre as partes a determinação de haveres numa rescisão de contrato, cuja cláusula previa arbitragem com base na Lei 9.307/1996.
A perícia arbitral é aquela realizada no juízo arbitral – instância decisória criada pela vontade das partes, portanto, tem característica especialíssima de atuar parcialmente como se judicial e extrajudicial fosse.
NBC TP 01 – PERÍCIA CONTÁBIL.
Existem várias formas de se subdividir o ramo perícia contábil. Conforme previsto na NBC TP, a Perícia Contábil é dividida em dois grandes grupos::
“Entende-se como perícia judicial aquela exercida sob a tutela da justiça. A perícia extrajudicial é aquela exercida no âmbito arbitral, estatal ou voluntária.”
A perícia judicial é exercida sob a tutela do Poder Judiciário.
A perícia extrajudicial é a que não está sob a tutela da Justiça. Dividida em três subgrupos: arbitral, estatal ou voluntária.
A perícia arbitral é exercida sob o controle da lei de arbitragem. É aquela exercida sob o controle da lei de arbitragem (lei 9.307/96). A arbitragem é uma forma alternativa ao Poder Judiciário para a resolução de conflitos. As partes litigantes estabelecem em contrato ou simples acordo que vão utilizar o juízo arbitral para solucionar controvérsia existente em vez de procurar o poder judiciário. O juízo arbitral escolhido profere a sentença arbitral, que tem o mesmo efeito de uma sentença de um Juiz de Direito, sendo obrigatória entre as partes. Por tratar-se de uma justiça privada, ela costuma ser mais célere e menos burocrática.
Perícias estatal são executadas sob o controle de órgãos de Estado. Tais como perícia administrativa das Comissões Parlamentares de Inquérito, de perícia criminal e do Ministério Público.
Perícia voluntária é contratada, espontaneamente, pelo interessado ou de comum acordo entre as partes.
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
1. Conforme a NBC TP 01 a perícia classifica-se em dois grandes grupos, quais são? a) Judicial e Extraordinário.
Judicial e Arbitral.
Extrajudicial e Judicial.
Extrajudicial e Arbitral.
2. Quanto aos aspectos da distinção entre uma perícia judicial e administrativa, identifica nos casos a seguis o respectivo enquadramento:
verificação de uma empresa para que o juiz possa homologar a concordata preventiva e suspensiva.
____________________________________________________________________________
verificação contábil para apurar corrupção – desvio de financeiros do caixa e desvio de materiais do almoxarifado.
____________________________________________________________________________
3. Assinale a alternativa corretaem relação a perícia contábil, elaborada tanto judicial como extrajudicial:
( ) Podem ser exercidas, em determinadas condições, pelo técnico em contabilidade;
( ) São de competência exclusiva do técnico em contabilidade após ter obtido aprovação na prova de competência elaborada pelo Conselho Regional de Contabilidade; c) ( ) São de competência exclusiva do contador;
d) ( ) Pode ser desempenhado tanto pelo contador, quanto pelo técnico em contabilidade, desde que estejam devidamente inscritos no Conselho Regional de Contabilidade.
4. Paciente firmou contrato de prestação de serviços odontológicos com clínica especializada para a realização de vários implantes dentários e fornecimento de prótese temporária, realizando o pagamento por esses serviços antes de realizar todos os procedimentos. Após dois anos, a paciente entrou com processo judicial contra a referida clínica, alegando que, além de seu tratamento ainda não ter sido concluído, os implantes até então realizados eram inadequados para sua condição bucal. Para proceder ao julgamento desse processo, o juiz responsável requisitou a realização de perícia.
Considerando-se a situação hipotética apresentada, é correto afirmar que o juiz solicitou uma perícia de natureza a) Judicial
administrativo
extraordinário
arbitral
5. A respeito da perícia contábil, conforme a NBC TP 01, assinale a alternativa correta.
É de competência exclusiva de servidor aprovado em concurso público, com formação em contabilidade e em situação regular perante o Conselho Regional de Contabilidade de sua jurisdição.
Exercida sob o controle da lei de arbitragem, a perícia arbitral é uma espécie do gênero perícia judicial.
Na execução da perícia contábil, os elementos apurados constituem-se apenas em informações adicionais para apreciação do juiz demandante, não tendo validade como prova para a solução do litígio.
Havendo interesse e acordo entre as partes envolvidas em uma disputa, poderá ser requerida perícia contábil fora do âmbito do Poder Judiciário.
6. Na formação do capital social de determinada Sociedade Anônima, um dos sócios integralizou a sua parte com uma propriedade rural. Seguindo a determinação da lei 6.404/76, a Assembleia Geral dos subscritores solicitou perícia contábil para a avaliação do imóvel. Qual o tipo de Perícia citada no enunciado? a) Perícia Judicial
Perícia Estatal
Perícia Voluntária
Perícia Arbitral
7. Relacione os tipos de perícia aos exemplos:
1. Perícia judicial	2. Perícia administrativa	3. Perícia arbitral 4. Perícia extrajudicial
(	) verificação de uma empresa para que o juiz possa homologar a concordata preventiva e suspensiva.
( ) Verificação contábil para apurar corrupção – desvio de financeiros do caixa e desvio de materiais do almoxarifado.
(	) perícia extrajudicial é exercida no âmbito arbitral, estatal ou voluntária.
( ) a perícia é requerida a comando do árbitro ou da parte que a solicitou, visando subsidiar elementos para a arbitragem
1.7 QUE FATOS MOTIVAM A OCORRÊNCIA DE PERÍCIA CONTÁBIL
Uma perícia contábil é motivada por irregularidades ou questionamentos de ordem administrativa ou contábil.
FATORES ADMINISTRATIVOS
A ação econômico-administrativa desenvolve-se por manifestações volitivas (vontade) da pessoa a quem estejam vinculadas uma soma de interesses pecuniários e, em processo do tempo, por agentes que aplicam suas técnicas especializadas na consecução dos objetivos, procedendo em conformidade com as regras legais, e de acordo com as normas profissionais e observância ética.
Ocorre que por deficiências técnicas, estados psíquicos ou falhas morais; os fatos da administração não se apresentam com a necessária perfeição material, ou infringem os preceitos legais e os ensinamentos éticos. (quando identificadas, invocam na incriminação de seus causadores civil e/ou criminalmente).
Imperfeições: boa gestão, boa administração da massa patrimonial.
Exemplo: acúmulo de funções incompatíveis; subordinação entre parentes próximos; falhas na aquisição-guarda-conservação-alienação dos meios materiais; sua danificação, extravio ou desvio; etc. (todas atingindo a integridade patrimonial própria e de terceiros; realização de negócios, cujos efeitos podem causar prejuízos às partes interessadas);
Negligências: vigilância, zelo e ordem devem presidir os atos e fatos de gestão para alcance dos fins propostos e sem perturbações na ação executiva.
Exemplo: falhas humanas, físicas ou psíquicas, omissões na vigilância, zelo e ordem, causando danos substanciais.
Erros: genericamente, tudo o que não é certo, podendo ser voluntários e involuntários.
voluntários: faltas, culpas, simulações, fraudes, crimes.
involuntários: ignorância, boa-fé, falhas físicas ou psíquicas.
Exemplo: Os erros se traduzem em: omissão; imprevisão; incompreensão; cálculos inexatos; técnica mal aplicada; decisões inconvenientes; interpretações irreais; falsas simulações de direito.
Infrações: são transgressões de normas e de leis.
Exemplo: violação ao estatuto da entidade, no que diz respeito à posição jurídica dos sócios, acionistas ou associados; inobservância de instruções ou ordens emanadas do executor: burla ou desobediência às leis em relação à matéria administrada, pessoas interessadas ou poder público.
Simulações: aparência de irregularidade em determinado ato ou determinado negócio, pelo interesse pecuniário, a ambição e avidez pela conquista de riquezas, lançando mão de ardis, de astúcia e malícia, para ludibriar outrem em benefício próprio. Na realidade, os atos ou negócios simulados contrariam as normas jurídicas e a ética.
Adulterações: alterações de coisas ou fatos com o fim preconcebido de enganar a outrem em proveito próprio.
Exemplo: mercadorias, com adição de ingredientes ou elementos que diminuem o teor de qualidade; pesos e medidas; títulos de crédito; contratos e documentos; valores e condições.
Fraudes: enganar ou burlar em proveito próprio. A fraude não se presume, deve ser provada por quem acusa, embora se admita a “prova por indícios ou circunstâncias”. Variantes de fraudes: furto, roubo, lesão, desfalque, estelionato, falsificação.
Exemplo: adulterações de pesos e medidas; substituição e subtração de mercadorias; furtos nas transações; roubo e desvio de mercadorias e valores; abuso de poder nas funções; apropriação indébita; cálculos errados/ documentos falsos; faltas de caixa; irresponsabilidade em prestação de contas.
Culpa: aquele que por negligência, comete omissão, é culpado. É causa do dano pelo qual responde moralmente seu autor, quando ineficiente e de boa-fé e de direito; quando deixa de cumprir obrigações explícitas ou com tendências para a má-fé.
Responsabilidades: em matéria administrativa, é aquele pela boa guarda e conservação das coisas e pela execução de atos como agente do legítimo dono da coisa administrada. Faltando a essas obrigações resulta responsabilidade material para o agente.
Em direito, designa-se como responsabilidade civil “a obrigação de ressarcir o dano causado a outrem por ato ilícito de ação ou omissão, direto ou indireto. Cada um responde, não só pelo dano causado, voluntária ou intencionalmente, mas também pelo dano derivado da sua negligência; assim como se deve responder, não só pelo próprio fato, mas, ainda, por aquele das pessoas pelas quais devemos responder e pelas coisas que temos uma custódia.”.
FATORES CONTÁBEIS
Irregularidades contábeis produzem irregularidades administrativas e podem causar prejuízos. As organizações contábeis e respectivas escritas devem assegurar e confirmar a regularidade administrativa. Os gestores depositam justificada confiança nos serviços da contabilidade, acompanhando sua supervisão nos aspectos administrativo e técnico, mas somente até onde o permitam seus conhecimentos da matéria.
As causas das imperfeições contábeis: grande volume de trabalho; complexidade da matéria; quaisquer fatores físicos ou psíquicos; fraquezas de conhecimento; de boa-fé ou malícia e “premeditação”; além das exigências técnicas e do indispensável rigor nasaplicações da contabilidade.
Concorrem para a execução irregular: ausência ou deficiência de método de trabalho; falta de dedicação; a precipitação; além das falhas de origem física ou psíquica, como doenças, inquietação, revolta, desatenção, distração, fraquezas de memória e outras, tudo isto a título de negligência; quando as irregularidades não se classificam como intencionais.
Sendo a contabilidade, por suas funções, uma forma de representação de fatos, ela, como qualquer outra forma de expressão, não pode prestar-se às aparências, figurando fatos inexistentes ou desvirtuados por artifícios, falsas situações, isto com o caráter de simulação, ou seja, a intenção de induzir a interpretações que não condizem com a realidade, a verdade e exatidão de coisas e fatos.
Imperfeições técnicas: a organização do trabalho de contabilidade obedece a planos previamente elaborados e sua execução é guiada por normas predeterminadas. Planos incompletos ou defeituosos são as causas das imperfeições.
Exemplo: normas deficientes ou mal orientadas; contas inadequadas e impropriedades de titulações produzem confusão e induzem a interpretações erradas; função de conta mal definida é causa de erros; síntese excessiva ou desdobramento desnecessário de contas produz dificuldades, obscurece ou complica o mecanismo contábil; livros que não atendam às exigências de clareza e método; livros auxiliares em grande número; processo de escrituração que não obedece ao método racional, torna os registros obscuros; má redação ou deficiência de histórico, palavras ou números ambíguos prejudicam o valor qualitativo da contabilidade. A boa guarda e conservação dos livros e registros e o perfeito arquivo dos comprovantes são requisitos irrecusáveis para sua valorização.
Indícios de fraude, pelas seguintes imperfeições: desordem geral na escrituração, confusão e atraso; ausência de evidências (peças justificativas); insuficiência de quadratura (falta de balancetes e conferências); frequência exagerada de estornos.
Negligência profissional: o contador responsável pela contabilidade de uma organização está na obrigação moral de manter a respectiva escrituração em boa ordem, “em dia”.
Exemplo: má guarda e má conservação dos livros; má apresentação de trabalho; falta de asseio nos trabalhos e ausência ou atraso nas verificações; acúmulo de documentos para escriturar; omissões de conferência dos elementos; omissões ou imperfeições de lançamentos.
Erros técnicos e de escrituração: Erro de forma é a representação gráfica defeituosa ou viciada de fatos.
Presume-se que todo o erro é involuntário, qualificando-se como simulação, adulteração ou fraude, quando intencional. Diz-se que o erro é de técnica, quando a impropriedade ou inexatidão contraria os PFC ou as formas racionais consagradas nos meios profissionais. Deixar de registrar o endosso de uma letra cambial, por exemplo, seria um erro técnico, substancial e involuntário.
Infrações: não cumprir uma determinação administrativa e, principalmente legal; cumpri-la parcialmente, com desvirtuamento ou deformação, é infringir normas ou preceitos a serem observados pela contabilidade.
Exemplo: inobservância das formalidades expressa na legislação societária e código comercial em relação aos livros e aos vícios de escrituração condenados pelos mesmos diplomas legais; inobservância de normas e preceitos estatutários e contratuais no registro das operações; inobservância da legislação tributária; inobservância aos padrões e classificação de balanço quando impostos por lei (S/A, banco, cia. de seguros, transportes aéreos, previdência privada, entidades públicas, fundos, etc).
Simulações: quando coisas e fatos não correspondem à verdade, quando alguém contraria normas e preceitos, ou quando são arquitetadas situações irreais e irregulares. São aqueles que não se verificaram ou com desvirtuação gráfica, ou omissão de operações e negócios legítimos.
Exemplo: simulação de inventários; operações ou negócios; débitos e créditos; de despesas ou prejuízos; rendas ou lucros; distribuição indevida ou evitada de lucros; de déficit ou superávit falso; situações aparentes ou falsas de balanços.
Adulteração: dentre as irregularidades contábeis, são elencadas como adulteração não apenas o simples fato de alterar a escrituração em alguma de suas partes, mas a emenda, eliminação ou acréscimos que alterem, propositadamente, os registros. As adulterações podem ser de contas, históricos, datas, quantias, lançamentos ou peças contábeis já elaboradas.
Exemplo: adulteração de inventários; escrituração de livros; nos próprios livros; em débitos; créditos; contas e subcontas de receitas e despesas; nos resultados econômicos; nos balanços e peças que os acompanham.
Fraudes: intenções de lesão de interesses alheios; daí a falsificação de lançamentos nas falências; as falsas situações de contas; reservas falsas; lucros líquidos alterados; erros de classificação de receita e despesa; omissão de entradas de dinheiro; repetição indevida das mesmas saídas de dinheiro e quaisquer outras falsidades escritas praticadas com intenção criminosa.
Culpas profissionais: as imperfeições técnicas de organização e execução de contabilidade, as negligências profissionais, os erros técnicos e de escrituração e outras irregularidades de escrita podem ser causa determinante ou concorrente, direta ou indireta, de prejuízos materiais e morais em desfavor do dono de um patrimônio ou de terceiros em relações comerciais: um inventário de mercadorias, uma verificação de caixa com os resultados inexatos podem ser causa de prejuízo;a situação de um conta de terceiros em que seu saldo pode não corresponder à realidade pode determinar operações ou liquidações prejudiciais; registro errado de uma operação traz sempre inconvenientes: deixar de satisfazer uma obrigação no dia de seu vencimento, devido a informação errônea da contabilidade, pode levar à sua falência; às infrações à legislação comercial, na escrituração, prejudicam a força probante desta; pagamentos indevidos ou antecipados, informados pela contabilidade, acarretam prejuízo.
Estas irregularidades e das demais que a contabilidade induz a cometer constituem culpa profissional, que deverá responder material ou moralmente pelos danos que causar.
Responsabilidades profissionais: quer sejam involuntárias as falhas e culpas do contador, quer sejam intencionais, quer ação de dolo ou fraude, o profissional sofre as respectivas consequências, que se traduzem em perda de emprego, ressarcimento de prejuízos ou responsabilidade criminal. No exercício de sua função, o contador tem responsabilidade profissional pelos atos irregulares que praticar.
1.8 ERROS E PERÍCIA
Tem sido tendência natural, nas normalizações contábeis, classificar os erros em:
	erros de essência; 	erros de forma.
Nesta condição, têm as normas feito prevalecer a essência sobre a forma.
O erro é um vício involuntário, de escrituração e ou de demonstração contábil. Diferencia-se da fraude.
Existem erros de inversões de números, de repetição de registros, de transposição de saldos de contas, de classificação de contas, de somas, de omissão de registros etc.
Conforme a relevância do erro, pode ele ter maior ou menor influência na conclusão do perito. Detectado o erro, o perito precisa procurar a “origem” do mesmo e as “causas”.
Sendo o erro irrelevante, muitas vezes nem menção merece, se, todavia, o erro for relevante influi substancialmente nas conclusões, precisa ser evidenciado e declaradas as influências que provocou.
Os erros de essência tendem a ser os mais graves; o erro de forma nem sempre altera a situação.
1.9 FRAUDES E PERÍCIA
A questão da fraude é sempre grave. Fraude é a lesão, o erro premeditado, feito propositadamente para lesar alguém.
Detectada a fraude, pela gravidade que representa, deve ser sempre relatada, se afetar a opinião requerida.
Nas perícias administrativas, judiciais e especiais, a fraude é sempre algo que motiva muitos trabalhos de verificação. As perícias, com cautelas que envolvem,algumas vezes, cuidados especiais. Muitas perícias são motivadas para detectar-se a fraude.
1.10 INDÍCIOS E PERÍCIA
Há substancial diferença entre “indício” e “prova”. Como a perícia deve ser uma prova, não pode oferecer suas conclusões apenas com base indícios. O indício é um caminho; jamais uma prova.
Assim, p. exemplo, se uma empresa matem compras superiores a seus volumes de vendas, há um “indício” de que possa estar havendo irregularidades nas aquisições, porém não uma prova.
Sendo o laudo pericial um forte elemento de decisão, não deve ter sua opinião conclusiva baseada só em indícios.
Tal princípio faz parte da base metodológica da tecnologia da perícia contábil: “indício não pode ensejar conclusão de laudo pericial”.
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
1. Segundo os preceitos da perícia, tem sido tendência natural, nas normalizações contábeis, classificar os erros em:
erros de formalidades; erros de forma.
erros de formalidades internas e externas.
erros de essência; erros de forma.
erros de normas; erros de legislação.
2. Assinale a opção correta:
( ) O erro é um ato voluntário decorrente de omissão na elaboração de registros e demonstrações contábeis.
( ) A fraude é o ato intencional de omissão ou manipulação de transações.
( ) O perito-contador, ao detectar erros, deve relatá-los à Receita Federal, sujeitando-se às penas da lei se não fazê-lo.
( ) O perito-contador não deve influenciar sua conclusão devido à relevância da fraude.
3. Aos atos voluntários de omissão e manipulação de transações, adulteração de documentos, registros e demonstrações contábeis, é aplicada a denominação de: 
a) erros
fraudes
indícios
provas
4. Na perícia realizada na empresa Distribuidora de Títulos Vasco S/A, o perito-contador constatou:
- Aplicação incorreta de normas contábeis no que se refere ao cálculo de depreciação.
- O ato intencional de supressão ou omissão de transações nos registros contábeis.
III - Adulteração e manipulação de documentos de forma a modificar os registros de ativos, passivos.
5.Com relação as constatações apontadas pelo perito-contador, é correto afirmar que houve, respectivamente:
fraude – erro - erro
fraude – fraude - fraude
erro – fraude - fraude
erro – erro – erro
6. Nos trabalhos de perícia contábil na Companhia Distribuidora de Frutas e Legumes do Estado referente ao exercício de 2015, o perito constatou que, no mês de novembro de 2015, foram contabilizadas duas notas fiscais de vendas com valores adulterados, para mais, em R$ 240.000,00. De acordo com as evidências obtidas pelo perito, as notas fiscais foram adulteradas, com o objetivo de encobrir desvio de mercadorias no estoque. Este fato caracteriza:
a) erros
fraudes
indícios
provas
7. A contabilidade criativa efetuada com o propósito de maquiar as demonstrações contábeis, seja para aumentar ou diminuir valores relacionados com os índices econômico-financeiros, com o valor da empresa, com a distribuição de lucros e pagamento de tributos sobre a renda, constitui, conforme norma vigente, 
a) erros
fraudes
indícios
provas
7. Tal princípio faz parte da base metodológica da tecnologia da perícia contábil: indício não pode ensejar:
conclusão de laudo arbitral.
conclusão de trabalho trabalhista.
conclusão de laudo pericial.
conclusão de laudo previdenciário.
Todo detalhe pode ser importante se em mira temos a consciência de que a perícia tem força:
de julgamento.
de lastro.
de prova.
de testemunho.
2.PERÍCIA CONTÁBIL X AUDITORIA
Em sentido amplo, todos os profissionais, quando inseridos e atuantes em suas áreas, têm um só objetivo: fornecer um serviço eficiente e eficaz de maneira a atender aos seus usuários com qualidade e precisão. Entretanto, é quando se estabelece o objetivo das áreas de perícia e auditoria que essas apresentam sua primeira e grande diferença.
Segundo Attie, “a auditoria é uma especialização contábil voltada a testar a eficiência e a eficácia do controle patrimonial implantado com o objetivo de expressar uma opinião sobre determinado dado”.
O dado a que se refere o autor é prioritariamente o conjunto das demonstrações financeiras na forma especificada pela lei nº 6404/76. A opinião do auditor será exarada em um instrumento denominado parecer, que obedece às normas de auditoria, o qual refletirá seu entendimento sobre os dados examinados de forma padrão e resumida.
Assim, com base nas considerações apresentadas, é característica da auditoria o aspecto opinativo em contraposição ao atestatório, ou seja, norteiam a auditoria aspectos subjetivos de aplicação do juízo de valor baseada em indício.
Diferentemente, a perícia requer que seja feito um relato dos fatos encontrados e, considerando os conhecimentos do perito, que se apurem e se evidenciem as consequências dos referidos fatos, que poderiam estar omissos anteriormente. Assim, são característicos da perícia o aspecto descritivo, atestatório e objetivo.
Portanto, a perícia não se confunde com auditoria.
A perícia serve a um questionamento, a uma necessidade, é uma tarefa requerida, que se destina a produzir uma prova técnica a fim de suprir uma eventualidade, com objetivo determinado.
Já a auditoria tem objetivos mais amplos, de forma a evidenciar (ou não) a adequação de procedimentos técnicos e operacionais de determinada entidade.
A principal diferença entre auditoria e perícia é que a auditoria opera através de um processo de amostragem, e a perícia sobre um determinado ato, ligado ao patrimônio das entidades físicas ou jurídicas, buscando a apresentação de uma opinião através do laudo pericial.
Podemos resumir algumas diferenças entre perícia e auditoria como segue:
	Diferença quanto ao
	PERÍCIA
	AUDITORIA
	
	Propósito
	Específico: “prova técnica”
	Genérico –	 adequação de procedimentos
	
	Exame
	Literal, concreto, sem amostragem
	Amostragem
	
	Documento Final
	Laudo
	Relatório ou Parecer
	
	Duração
	Determinado (temporário)
	Determinado ou Indeterminado
	
	Público
	Específico e 	restrito 	às partes
	Específico ou Amplo
	
Ainda no que tange às especificidades dos serviços de perícia e auditoria, podemos apresentar as seguintes comparações:
	DESCRIÇÃO
	TIPO
	USUÁRIOS
	OBJETIVO
	PERÍCIA CONTÁBIL
	JUDICIAL
	Juízes (poder judiciário),
litigantes e árbitros.
	Realizar o trabalho tendo como parâmetro os fatos que já se encontram em discussão no âmbito do processo.
	
	EXTRAJUDICIAL
	Pessoa física ou jurídica.
	Necessidade de opinião técnica especializada sobre um fato controverso.
Esse tipo de perícia se processa mediante exames que podem ser genéricos ou específicos.
	AUDITORIA
	INTERNA
	Acionistas, gestores etc.
	Verificar o cumprimento das políticas das políticas administrativas e financeiras e das diretrizes operacionais ditadas pela administração, com o intuito de salvaguardar os ativos e atingir as metas da empresa.
	
	INDEPENDENTE
	Acionistas,
credores	e
administradores, primariamente.
	Expressar opinião conclusiva sobre a adequação das demonstrações financeiras em relação aos princípios contábeis.
Não obstante, perícia e auditoria se valerem de ferramentas de trabalhos semelhantes, podendo uma se beneficiar do procedimento da outra, em função do mesmo amparo da Ciência Contábil, como já mencionado, elas não representam a mesma coisa e possuem particularidades inerentes a cada uma delas.
Enquanto a auditoria é mais uma revisão, a perícia é mais uma produção de prova por verificação, exame e arbitramentos.
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
1. O método da perícia contábil não se confunde com o da:
Perícia.
Contabilidade.
análise.
auditoria.
Relacionam-se as principais diferenças existentes entre a Perícia e a Auditoria. Julgue falso (F) ou Verdadeiro (V) para os seguintes casos:
( 	) Perícia contábil é, assim, um exame localizado, especificamente indicado pela parte interessada.
( ) A diferença entre a auditoria e a perícia é que a auditoria opera por meio um processo de amostragem,e a perícia sobre um determinado ato, ligado ao patrimônio das entidades, buscando a apresentação de uma opinião através do laudo pericial.
( ) A auditoria é de competência dos contadores, já a perícia pode ser executado por um técnico em contabilidade.
( ) No trabalho de perícia não se admite o uso da amostragem, já na auditoria se admite.
Assinale a opção que indique plenamente uma das principais diferenças existentes entre a Perícia e a Auditoria, nesta ordem.
Se prende ao caráter científico de uma prova com o objetivo de esclarecer controvérsias. Não se repete, é específica.
Se prende à continuidade de uma gestão; parecer sobre atos e fatos contábeis.
Feita por amostragem; observa os atos e fatos mais significativos pela sua relevância.
Sua análise é irrestrita e abrangente.
Usuários do serviço: Sócios, investidores, administradores.
Usuários do serviço: As partes e principalmente a justiça.
c) A perícia serve a uma época, questionamento específico; por exemplo: apuração de haveres na dissolução de sociedade.
Sua análise é irrestrita e abrangente.
A perícia contábil distingue-se da auditoria externa devido às características peculiares da perícia, tais como:
padrões de ética e nível de conhecimentos necessários à prática pericial.
exames periciais abrangem períodos, em geral de um ano, e fazem uso de técnicas estatísticas.
conhecimentos necessários à perícia e à profundidade dos exames sobre a questão debatida.
exame focado nos fatos citados em um processo ou proposta e limitado aos fatos da lide.
3. PERÍCIA NO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL
O novo Código de Processo Civil – CPC traz mudanças substanciais no que tange à perícia judicial. Conforme os Professores Silvia Mara Leite Cavalcante e Paulo Cordeiro de Mello em sua palestra no III Simpósio de Perícia Contábil as principais alterações são:
A ESCOLHA DO PERITO PELO JUIZ
Art. 156. O juiz será assistido por perito quando a prova do fato depender de conhecimento técnico ou científico.
§ 1o Os peritos serão nomeados entre os profissionais legalmente habilitados e os órgãos técnicos ou científicos devidamente inscritos em cadastro mantido pelo tribunal ao qual o juiz está vinculado.
§ 2o Para formação do cadastro, os tribunais devem realizar consulta pública, por meio de divulgação na rede mundial de computadores ou em jornais de grande circulação, além de consulta direta a universidades, a conselhos de classe, ao Ministério Público, à Defensoria Pública e à Ordem dos Advogados do Brasil, para a indicação de profissionais ou de órgãos técnicos interessados.
§ 3o Os tribunais realizarão avaliações e reavaliações periódicas para manutenção do cadastro, considerando a formação profissional, a atualização do conhecimento e a experiência dos peritos interessados.
§ 4o Para verificação de eventual impedimento ou motivo de suspeição, nos termos dos arts. 148 e 467, o órgão técnico ou científico nomeado para realização da perícia informará ao juiz os nomes e os dados de qualificação dos profissionais que participarão da atividade.
§ 5o Na localidade onde não houver inscrito no cadastro disponibilizado pelo tribunal, a nomeação do perito é de livre escolha pelo juiz e deverá recair sobre profissional ou órgão técnico ou científico comprovadamente detentor do conhecimento necessário à realização da perícia.
A ESCUSA DO PERITO POR MOTIVO LEGÍTIMO
Art. 157. O perito tem o dever de cumprir o ofício no prazo que lhe designar o juiz, empregando toda sua diligência, podendo escusar-se do encargo alegando motivo legítimo.
§ 1o A escusa será apresentada no prazo de 15 (quinze) dias, contado da intimação, da suspeição ou do impedimento supervenientes, sob pena de renúncia ao direito a alegá-la.
§ 2o Será organizada lista de peritos na vara ou na secretaria, com disponibilização dos documentos exigidos para habilitação à consulta de interessados, para que a nomeação seja distribuída de modo equitativo, observadas a capacidade técnica e a área de conhecimento.
INFORMAÇÕES INVERÍDICAS EM PERÍCIA
Art. 158. O perito que, por dolo ou culpa, prestar informações inverídicas responderá pelos prejuízos que causar à parte e ficará inabilitado para atuar em outras perícias no prazo de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, independentemente das demais sanções previstas em lei, devendo o juiz comunicar o fato ao respectivo órgão de classe para adoção das medidas que entender cabíveis.
INDEFERIMENTO DA PERÍCIA
Art. 464. A prova pericial consiste em exame, vistoria ou avaliação.
§ 1o O juiz indeferirá a perícia quando:
- a prova do fato não depender de conhecimento especial de técnico;
- for desnecessária em vista de outras provas produzidas; III - a verificação for impraticável.
A PERÍCIA ATRAVÉS DA INQUIRIÇÃO DO PERITO EM AUDIÊNCIA E A PERÍCIA SIMPLIFICADA
Art. 464. ...
§ 2o De ofício ou a requerimento das partes, o juiz poderá, em substituição à perícia, determinar a produção de prova técnica simplificada, quando o ponto controvertido for de menor complexidade.
§ 3o A prova técnica simplificada consistirá apenas na inquirição de especialista, pelo juiz, sobre ponto controvertido da causa que demande especial conhecimento científico ou técnico.
§ 4o Durante a arguição, o especialista, que deverá ter formação acadêmica específica na área objeto de seu depoimento, poderá valer-se de qualquer recurso tecnológico de transmissão de sons e imagens com o fim de esclarecer os pontos controvertidos da causa.
A NOMEAÇÃO DO PERITO E A INDICAÇÃO DO ASSISTENTE TÉCNICO
Art. 465. O juiz nomeará perito especializado no objeto da perícia e fixará de imediato o prazo para a entrega do laudo.
§ 1o Incumbe às partes, dentro de 15 (quinze) dias contados da intimação do despacho de nomeação do perito:
- arguir o impedimento ou a suspeição do perito, se for o caso;
- indicar assistente técnico; III - apresentar quesitos.
ASSISTENTES TÉCNICOS NÃO ESTÃO SUJEITOS A IMPEDIMENTO OU SUSPEIÇÃO
Art.	466.	O	perito	cumprirá	escrupulosamente	o	encargo	que	lhe	foi	cometido, independentemente de termo de compromisso.
§ 1o Os assistentes técnicos são de confiança da parte e não estão sujeitos a impedimento ou suspeição.
SUBSTITUIÇÃO DO PERITO FOR FALTA DE CONHECIMENTO TÉCNICO OU POR DESCUMPRIMENTO DE PRAZO
Art. 468. O perito pode ser substituído quando:
- faltar-lhe conhecimento técnico ou científico;
- sem motivo legítimo, deixar de cumprir o encargo no prazo que lhe foi assinado.
§ 1o No caso previsto no inciso II, o juiz comunicará a ocorrência à corporação profissional respectiva, podendo, ainda, impor multa ao perito, fixada tendo em vista o valor da causa e o possível prejuízo decorrente do atraso no processo.
§ 2o O perito substituído restituirá, no prazo de 15 (quinze) dias, os valores recebidos pelo trabalho não realizado, sob pena de ficar impedido de atuar como perito judicial pelo prazo de 5 (cinco) anos.
§ 3o Não ocorrendo a restituição voluntária de que trata o § 2o, a parte que tiver realizado o adiantamento dos honorários poderá promover execução contra o perito, na forma dos arts. 513 e seguintes deste Código, com fundamento na decisão que determinar a devolução do numerário.
QUESITOS SUPLEMENTARES EM PERÍCIA
Art. 469. As partes poderão apresentar quesitos suplementares durante a diligência, que poderão ser respondidos pelo perito previamente ou na audiência de instrução e julgamento.
Parágrafo único. O escrivão dará à parte contrária ciência da juntada dos quesitos aos autos.
QUESITOS DO JUIZ E INDEFERIMENTO DE QUESITOS IMPERTINENTES
Art. 470. Incumbe ao juiz:
- indeferir quesitos impertinentes;
- formular os quesitos que entender necessários ao esclarecimento da causa.
PERITO ESCOLHIDO PELAS PARTES
Art. 471. As partes podem, de comum acordo, escolher o perito, indicando-o mediante requerimento, desde que:
- sejam plenamente capazes;
- a causa possa ser resolvida por autocomposição.
§ 1o As partes, ao escolher o perito, já devem indicar os respectivos assistentes técnicos para acompanhar a realização da perícia, que se realizará emdata e local previamente anunciados.
§ 2o O perito e os assistentes técnicos devem entregar, respectivamente, laudo e pareceres em prazo fixado pelo juiz.
§ 3o A perícia consensual substitui, para todos os efeitos, a que seria realizada por perito nomeado pelo juiz.
DISPENSA	DA	PROVA	PERICIAL	–	PARECER	TÉCNICO	NA	INICIAL	E/OU CONTESTAÇÃO
Art. 472. O juiz poderá dispensar prova pericial quando as partes, na inicial e na contestação, apresentarem, sobre as questões de fato, pareceres técnicos ou documentos elucidativos que considerar suficientes.
CONTEÚDO DO LAUDO PERICIAL
Art. 473. O laudo pericial deverá conter:
- a exposição do objeto da perícia;
- a análise técnica ou científica realizada pelo perito;
- a indicação do método utilizado, esclarecendo-o e demonstrando ser predominantemente aceito pelos especialistas da área do conhecimento da qual se originou;
- resposta conclusiva a todos os quesitos apresentados pelo juiz, pelas partes e pelo órgão do Ministério Público.
§ 1o No laudo, o perito deve apresentar sua fundamentação em linguagem simples e com coerência lógica, indicando como alcançou suas conclusões.
§ 2o É vedado ao perito ultrapassar os limites de sua designação, bem como emitir opiniões pessoais que excedam o exame técnico ou científico do objeto da perícia. ...
PEDIDO DE DOCUMENTOS EM PERÍCIA
Art. 473. ...
§ 3o Para o desempenho de sua função, o perito e os assistentes técnicos podem valer-se de todos os meios necessários, ouvindo testemunhas, obtendo informações, solicitando documentos que estejam em poder da parte, de terceiros ou em repartições públicas, bem como instruir o laudo com planilhas, mapas, plantas, desenhos, fotografias ou outros elementos necessários ao esclarecimento do objeto da perícia.
COMUNICAÇÃO DO INÍCIO DA PERÍCIA
Art. 474. As partes terão ciência da data e do local designados pelo juiz ou indicados pelo perito para ter início a produção da prova.
PERÍCIA COMPLEXA E A NOMEAÇÃO DE MAIS DE UM PERITO
Art. 475. Tratando-se de perícia complexa que abranja mais de uma área de conhecimento especializado, o juiz poderá nomear mais de um perito, e a parte, indicar mais de um assistente técnico.
PRORROGAÇÃO DE PRAZO PARA A REALIZAÇÃO DA PERÍCIA
Art. 476. Se o perito, por motivo justificado, não puder apresentar o laudo dentro do prazo, o juiz poderá conceder-lhe, por uma vez, prorrogação pela metade do prazo originalmente fixado.
PRAZO PARA A ENTREGA DO LAUDO E DO PARECER
Art. 477. O perito protocolará o laudo em juízo, no prazo fixado pelo juiz, pelo menos 20 (vinte) dias antes da audiência de instrução e julgamento.
§ 1o As partes serão intimadas para, querendo, manifestar-se sobre o laudo do perito do juízo no prazo comum de 15 (quinze) dias, podendo o assistente técnico de cada uma das partes, em igual prazo, apresentar seu respectivo parecer.
§ 2o O perito do juízo tem o dever de, no prazo de 15 (quinze) dias, esclarecer ponto:
- sobre o qual exista divergência ou dúvida de qualquer das partes, do juiz ou do órgão do
Ministério Público;
- divergente apresentado no parecer do assistente técnico da parte.
§ 3o Se ainda houver necessidade de esclarecimentos, a parte requererá ao juiz que mande intimar o perito ou o assistente técnico a comparecer à audiência de instrução e julgamento, formulando, desde logo, as perguntas, sob forma de quesitos.
§ 4o O perito ou o assistente técnico será intimado por meio eletrônico, com pelo menos 10 (dez) dias de antecedência da audiência.
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
1. Segundo o Código de Processo Civil O juiz será assistido por perito quando a prova do fato depender:
de punição imediata do infrator
de conhecimento técnico ou científico
de estudos e normatização
da vontade do magistrado
2.Com base no CPC, julgue o item seguinte, relativo a perícia.
( ) No Novo CPC, os peritos serão nomeados entre os profissionais legalmente habilitados e os órgãos técnicos ou científicos devidamente inscritos em cadastro mantido pelo tribunal ao qual o juiz está vinculado.
( ) Os peritos devem ser selecionados entre profissionais de nível universitário, devidamente inscritos no órgão de classe competente, sendo o juiz livre para indicar os peritos nas localidades onde não houver pessoas qualificadas.
3. Quando nomeado em Juízo e reconhecer não estar capacitado a desenvolver o objeto do trabalho, o Perito Contador deverá:
Aceitar o trabalho devido a sua responsabilidade profissional.
Comunicar as partes, por escrito, a razão de seu impedimento.
Declarar sua impossibilidade na primeira audiência do processo.
Dirigir petição ao Juízo, no prazo legal, justificando sua escusa.
Prazo para apresentação da escusa do perito-contador:
Dentro de quinze dias contados da intimação ou do impedimento superveniente.
De acordo com a decisão do Juiz.
Dentro de quinze dias contados da intimação ou do impedimento superveniente.
Não existe prazo definido para apresentação da escusa.
5. Um contador recebeu proposta para executar uma perícia e reconhece não estar devidamente capacitado para executá-la. Mas, os honorários são compensadores. Segundo o Código de Ética Profissional do Contabilista, o contador deverá:
Recusar	sua	indicação	quando	reconheça	não	se	achar	capacitado	em	face	da especialização requerida.
Aceitar a proposta, porque não se recusa trabalho.
Buscar o apoio necessário em algum colega que tenha a especialidade.
Aceitar a proposta, mas informar ao cliente da incapacidade.
6. O perito-contador que prestar informações inverídicas, responderá pelos prejuízos que causar à parte, ficando inabilitado a atuar em outras perícias por no mínimo: A) Um ano.
Dois anos.
Cinco anos.
Seis anos.
7. Segundo o Código de Processo Civil a prova pericial consiste em:
investigação, vistoria ou avaliação
exame, vistoria ou avaliação
vistoria, avaliação e normatização
exame, investigação e análise
8. O Juiz indeferirá a perícia quando:
– a prova do fato não depender de conhecimento especial técnico.
– carecer de conhecimento técnico ou científico.
– for desnecessária em vista de outras provas produzidas.
– não houver cumprimento do encargo no prazo estipulado. V. – a verificação for impraticável.
As alternativas CORRETAS são:
	A)	I,
	III
	e
	V.
	B)	I,
	IV
	e
	V.
	C)	II,
	III
	e
	IV.
	D)	II,
	IV
	e
	V.
	
	
	
	
9. Conforme o Código de Processo Civil a nomeação do perito e a indicação do assistente técnico deve observar:
o prazo fixado pelas partes para a entrega do laudo
o prazo de 5 (dias) para indicar assistente técnico
o prazo de 15 (quinze) dias para apresentar quesitos
o prazo de 1 (dias) para arguir o impedimento ou a suspeição do perito
Sabidamente, a prova pericial consiste em exame, vistoria ou avaliação. A esse respeito, é correto afirmar:
O juiz não poderá, de ofício ou atendendo a requerimento de qualquer das partes, determinar a produção de prova técnica simplificada em substituição à perícia, ainda que se trate de ponto controvertido de menor complexidade, porque não se pode subtrair das partes a amplitude do debate sobre o objeto do litígio
O perito cumprirá escrupulosamente o encargo que lhe foi cometido, mediante aposição de assinatura em termo de compromisso especialmente lavrado para assumir o encargo pericial.
Os assistentes técnicos são de confiança da parte e não estão sujeitos a impedimento ou suspeição.
A prova técnica simplificada consistirá apenas na inquirição de especialista, pelo juiz, sobre ponto controvertido da causa que demande especial conhecimento científico ou técnico.
Conforme o Código de Processo Civil o perito pode ser substituído quando:
faltar-lhe conhecimento sobre a integridade das partes
faltar-lhe conhecimento técnico ou científico.
deixar de cumprir o encargo no prazo que lhe foi assinado, com motivo legítimo.
não restituir o valor recebido antecipadamente
No aspecto referente aos quesitos formulados na perícia, conforme estabelecido no CPC, assinale a alternativa correta:
Aspartes poderão apresentar quesitos suplementares durante a audiência.
os quesitos suplementares devem ser respondidos pelo perito somente na audiência de instrução e julgamento.
Incumbe ao perito indeferir quesitos impertinentes.
o juiz poderá formular os quesitos que entender necessários ao esclarecimento da causa.
Na escolha dos peritos, o CPC, permite que as partes consensualmente escolham o perito, contudo deve ser observar alguns procedimentos, assinale a alternativa correta:
A perícia consensual não substitui, para todos os efeitos, a que seria realizada por perito nomeado pelo juiz.
As partes, ao escolher o perito, já devem indicar os respectivos assistentes técnicos para acompanhar a realização da perícia.
O perito e os assistentes técnicos devem entregar, respectivamente, laudo e pareceres em prazo fixado pelas partes.
O Juiz pode, de comum acordo, escolher um único perito, indicando-o mediante requerimento, desde que sejam plenamente capazes.
Ao elaborar o laudo pericial, o perito deve observar quais características?
__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
No que tange ao prazo para entrega de laudo e do parecer, assinale a alternativa incorreta:
O juiz poderá conceder ao perito a prorrogação do prazo de entrega do laudo por prazo a der fixado.
O perito protocolará o laudo em juízo, no prazo fixado pelo juiz, pelo menos 20 (vinte) dias antes da audiência de instrução e julgamento.
O perito do juízo tem o dever de, no prazo de 15 (quinze) dias, esclarecer ponto divergente apresentado no parecer do assistente técnico da parte.
O perito ou o assistente técnico será intimado por meio eletrônico, com pelo menos 10 (dez) dias de antecedência da audiência.

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