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MATERIAIS SEMICONDUTORES 4 de agosto de 2016 Prof. Ms. Gabriel Bachur Cintra 1 Desafio: Que lugar é esse?? 2 3 Resposta do Desafio “Vale do silício” Costa oeste dos EUA San Francisco - Califórnia 4 Resposta do Desafio Silício é o principal material usado na fabricação dos circuitos integrados (CIs), transistores, diodos, processadores, etc. 5 O que vamos estudar hoje 1. Semicondutores intrínsecos 2. Lacunas 3. Dopagem 4. Semicondutores extrínsecos 5. Junção PN 6 1. SEMICONDUTORES INTRÍNSECOS Semicondutores Intrínsecos O termo intrínseco aplica-se a qualquer material semicondutor que tenha sido cuidadosamente refinado para reduzir o número de impurezas a um nível muito baixo. 7 Waffer de silício utilizado na fabricação de chips 8 Como surgem as cargas livres em um cristal de silício?? Semicondutores Intrínsecos O átomo de silício pertence à família IV-A da tabela periódica e possui 4 elétrons na sua camada de valência. 10 Pela regra do octeto, para atingir uma estabilidade maior, ele deve ter mais 4 elétrons na camada de valência Semicondutores Intrínsecos Num cristal de silício puro, os átomos são ligados entre si por ligações covalentes a outros 4 átomos de silício adjacentes. Assim, é possível inteirar 8 elétrons na camada de valência. 11 Si Silício: 4 elétrons na camada de valência Semicondutores Intrínsecos Em baixas temperaturas, todas as ligações covalentes estão completas e praticamente não há elétrons livres 12 Semicondutores Intrínsecos Contudo, para valores maiores de temperatura (por exemplo, na temperatura ambiente) algumas ligações são rompidas pela agitação térmica e alguns elétrons são liberados. 13 A ionização térmica resulta em números iguais de elétrons livres e lacunas. Semicondutores Intrínsecos As lacunas vão desempenhar um papel fundamental na física dos semicondutores. Por esta razão, vamos agora estudar melhor quem são estas lacunas e porque são tão importantes. 14 15 2. LACUNAS Lacunas Chamamos de lacunas o espaço vazio deixado por um elétron em uma ligação covalente. 16 Lacunas 17 As lacunas podem se mover ao longo do retículo cristalino Dois tipos de portadores de carga: Lacunas A partir de agora, as lacunas serão tratadas como portadores de carga positiva (+) com módulo de carga exatamente igual ao dos elétrons. 18 Semicondutores Positiva (Lacunas) Negativa (Elétrons) Lacunas Os elétrons livres e as lacunas se movem aleatoriamente através da estrutura do cristal de silício e, nesse processo, alguns elétrons podem preencher algumas lacunas. Este processo é chamado de recombinação. 19 Quando um elétron recombina com uma lacuna ocorre a liberação de energia na forma de luz 20 3. DOPAGEM Dopagem Dopagem é o nome dado ao processo de inserção controlada de alguns tipos específicos de impureza em um cristal de material semicondutor (normalmente o silício). 21 As bolinhas laranjas representam os elementos dopantes adicionados ao cristal de silício Dopagem Os semicondutores submetidos à dopagem são chamados de extrínsecos; Já aqueles formados por cristais puros são chamados de intrínsecos. 22 Semicondutores Intrínsecos Extrínsecos Tipo-N Tipo-P Sem dopagem Com dopagem Dopagem A dopagem aumenta significativamente o número de portadores de carga no material, e por consequência, a sua condutividade. 23 Semicondutor intrínseco Semicondutor extrínseco Um elétron livre para cada 1012 átomos de Si Dopagem: Uma parte em 10 milhões (107) Dopagem 24 Intrínsecos Extrínsecos Dopagem Não Sim Portadores de carga Quantidades iguais de elétrons e lacunas Um dos tipos de portador (elétron ou lacuna) prevalece sobre o outro condutividade Menor Maior 25 4. SEMICONDUTORES EXTRÍNSECOS Semicondutores Extrínsecos Existem dois tipos de materiais semicondutores extrínsecos: tipo N e tipo P. A formação de cada um deles depende do agente dopante adicionado ao cristal de silício. 26 1) Materiais do tipo P 2) Materiais do tipo N Excesso de lacunas (+) Excesso de elétrons (-) 27 Para produzir um semicondutor do tipo P, o silício deve ser dopado com uma impureza trivalente (3 elétrons na camada de valência) como o Boro. Cada átomo de Boro adicionado dá origem a uma lacuna (diferentemente da ionização térmica, aqui não se forma um par elétron-lacuna). As impurezas adicionadas nos materiais tipo P são chamadas de aceitadoras, porque possuem uma lacuna sobrando e “aceitam” elétrons para preenche-las. Materiais do tipo P Semicondutores Extrínsecos tipo P 28 29 Para produzir um semicondutor do tipo N, o silício deve ser dopado com uma impureza pentavalente (5 elétrons na camada de valência) como o fósforo. Cada átomo de fósforo adicionado dá origem a um elétron-livre (diferentemente da ionização térmica, aqui não se forma um par elétron-lacuna). As impurezas adicionadas nos materiais tipo N são chamadas de doadoras, porque possuem um elétron sobrando e “doam” esses elétrons para o cristal. Materiais do tipo N Semicondutores Extrínsecos tipo N 30 31 Mas atenção!!! Apesar da dopagem, os materiais continuam eletricamente neutros!! 32 Os elétrons livres se equilibram com as cargas fixas. Material tipo N Semicondutores Extrínsecos 33 Outra observação relevante: uma vez que os cristais se encontram em temperaturas bem maiores que o zero absoluto, existe a formação de pares de elétron-lacuna, igual ocorre com os semicondutores intrínsecos. Semicondutores Extrínsecos Tipo P Tipo N Portadores Majoritários Lacunas Elétrons livres Portadores Minoritários Elétrons livres Lacunas 34 5. JUNÇÃO PN Junção PN Entender a operação física das junções PN é importante para entender a operação e as características elétricas dos transistores e diodos. 35 P N P N N Diodos Transistores Junção PN A junção PN é formada dentro de um mesmo cristal de silício pela criação de regiões com “dopagens ” diferentes (regiões P e N) 36 Cristal de Silício Puro Tipo P Tipo N Junção PN Junção PN Por difusão, a tendência é que o excesso de elétrons do material N se desloque para dentro do material P. Neste processo, os elétrons se recombinam com as lacunas, deixando as cargas fixas expostas. 39 p n Fluxo de elétrons Junção PN De maneira análoga, excesso de lacunas do material P se desloca para dentro do material N, e se recombina com os elétrons, deixando as cargas fixas expostas. 40 p n Fluxo de lacunas Fluxo de elétrons Junção PN Essa região é chamada de região de depleção. Nesta parte do material, a quantidade de portadores de carga é muito pequena. 41 p n + + + + + + - - - - - - Região de depleção Cargas fixas ficam “expostas” Junção PN A medida que este processo de difusão ocorre, passa a surgir um campo elétrico na região da junção PN. O campo elétrico dificulta da difusão das cargas de um lado para o outro.42 p n + + + + + + - - - - - - Campo elétrico gerado Junção PN 43 Quando o processo estabiliza, a configuração que temos é: Portadores de carga negativa Portadores de carga positiva Região com poucas cargas livres (isolante) Resumindo.. 44 Semicondutores intrínsecos e extrínsecos A temperatura aumenta a quantidade de portadores de carga Materiais do tipo P e tipo N A diferença entre portadores majoritários e minoritários Região de depleção Saiba Mais... 45 Bibliografia recomendada: Boylestad Sedra
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