TUTORIAL DETALHADO LABORATÓRIO 3 ROTEAMENTO RIP

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Prof. ANDRÉ LUIZ CARVALHO SCAMPINI — Faculdade Estácio de Sá de Vila Velha/ES 
Disciplina: Roteamento e Comutação — Tecnólogo em Redes de Computadores 
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ROTEAMENTO RIP (IPv4) 
(Exercício do “Laboratório 3”) 
 
 
 
 
 
 
1. CENARIO PROPOSTO: 
 
Examine a ilustração acima. Neste tutorial seguiremos a topologia definida na figura. Ela se 
organiza da seguinte forma: 
 
⇒ Existem 3 “sites”: a Matriz VITÓRIA; e as Filiais RIO DE JANEIRO e SÃO PAULO; 
⇒ Existe um roteador em cada um dos sites, e eles estão interligados por um “anel” 
(links redundantes); 
⇒ As Redes IP de cada Rede Local (LAN) são as seguintes: 
o VITÓRIA: 192.168.0.0/24; 
o RIO DE JANEIRO: 192.168.10.0/24; 
o SÃO PAULO: 192.168.20.0/24; 
⇒ Os IP’s LAN de cada roteador, terminam com “.254”. Por exemplo, em Vitória o IP 
do roteador é 192.168.0.254; 
⇒ Os endereços IP WAN, usados na interligação dos sites são os seguintes: 
o VITÓRIA ↔ RIO: 200.10.11.0/24; 
o VITÓRIA ↔ SÃO PAULO: 201.11.12.0/24; 
o RIO ↔ SÃO PAULO: 202.12.13.0/24. 
⇒ Os IP’s WAN do roteador de Vitória são: 
o VITÓRIA ↔ RIO: 200.10.11.1/24; 
o VITÓRIA ↔ SÃO PAULO: 201.11.12.1/24. 
⇒ Os IP’s WAN do roteador do Rio de Janeiro são: 
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o RIO ↔ VITÓRIA: 200.10.11.2/24; 
o RIO ↔ SÃO PAULO: 202.12.13.2/24. 
⇒ Os IP’s WAN do roteador de São Paulo são: 
o SÃO PAULO ↔ VITÓRIA: 201.11.12.2/24; 
o SÃO PAULO ↔ RIO: 202.12.13.1/24. 
⇒ As interfaces Seriais do Roteador de Vitória estão conectadas a: 
⇒ Serial 0/0: conectado ao link para o Rio; 
⇒ Serial 0/1: conectado ao link para São Paulo. 
⇒ As interfaces Seriais do Roteador do Rio estão conectadas a: 
⇒ Serial 0/0: conectado ao link para Vitória; 
⇒ Serial 0/1: conectado ao link para São Paulo. 
⇒ As interfaces Seriais do Roteador de São Paulo estão conectadas a: 
⇒ Serial 0/0: conectado ao link para Vitória; 
⇒ Serial 0/1: conectado ao link para o Rio. 
⇒ Em todos os links a banda (“bandwidth”) é de 4.096 Kbps, e o clock rate é de 
4.000.000. 
 
Com estas informações, podemos prosseguir. 
 
 
REQUISITOS: 
 
⇒ Configure o endereço IP em todos os computadores, conforme as redes às quais 
pertencem; 
⇒ Não há necessidade de configurar os switches; deixe-os com a configuração default. 
 
Siga as orientações acima, e, depois que tudo estiver pronto, comece as configurações. 
 
 
2. CONFIGURANDO O ROTEADOR “VITORIA”: 
 
Abra o console do roteador de Vitória e configure na sequência abaixo: 
 
 
 
 
 
 
 
A sequência de configurações abaixo refere-se à interface de rede local (LAN): 
 
 
 
Router>enable 
Router#configure terminal 
Router(config)#hostname VITORIA 
VITORIA(config)# 
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Em seguida, devemos configurar as interfaces Seriais: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
E, por fim, devemos configurar o protocolo RIP (Routing Information Protocol). Para fazer 
isso devemos informar as redes às quais o roteador está diretamente conectado. Veja como 
fica: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sendo assim, tudo pronto no roteador “VITORIA”! Vamos prosseguir, configurando o 
roteador do RIO DE JANEIRO. 
 
 
3. CONFIGURANDO O ROTEADOR “RIO”: 
 
Abra o console do Roteador da filial RIO DE JANEIRO e configure na sequência abaixo 
(próxima página): 
 
 
 
VITORIA(config)#interface fastEthernet 0/0 
VITORIA(config-if)#ip address 192.168.0.254 255.255.255.0 
VITORIA(config-if)#no shutdown 
VITORIA(config-if)#exit 
VITORIA(config)#interface serial 0/0 
VITORIA(config-if)#ip address 200.10.11.1 255.255.255.0 
VITORIA(config-if)#no shutdown 
VITORIA(config-if)#bandwidth 4096 
VITORIA(config-if)#clock rate 4000000 
VITORIA(config)#interface serial 0/1 
VITORIA(config-if)#ip address 201.11.12.1 255.255.255.0 
VITORIA(config-if)#no shutdown 
VITORIA(config-if)#bandwidth 4096 
VITORIA(config-if)#clock rate 4000000 
VITORIA(config-if)#exit 
VITORIA(config)# 
VITORIA(config)#router rip 
VITORIA(config-router)#network 192.168.0.0 
VITORIA(config-router)#network 200.10.11.0 
VITORIA(config-router)#network 201.11.12.0 
VITORIA(config-router)#exit 
VITORIA(config)# 
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A configuração do roteador do RIO segue a mesma lógica do roteador de VITÓRIA: 
 
 
 
 
 
 
 
Em seguida, vamos às interfaces WAN: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
E, por fim, devemos configurar o protocolo RIP, assim como fizemos no Roteador VITORIA. 
Lembre-se: informe as redes às quais o equipamento está diretamente ligado. Veja: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tudo feito. Vamos finalizar configurando o roteador de SÃO PAULO. 
 
 
 
 
RIO(config)#interface fastEthernet 0/0 
RIO(config-if)#ip address 192.168.10.254 255.255.255.0 
RIO(config-if)#no shutdown 
RIO(config-if)#exit 
Router>enable 
Router#configure terminal 
Router(config)#hostname RIO 
RIO(config)# 
RIO(config)#interface serial 0/0 
RIO(config-if)#ip address 200.10.11.2 255.255.255.0 
RIO(config-if)#no shutdown 
RIO(config-if)#bandwidth 4096 
RIO(config)#interface serial 0/1 
RIO(config-if)#ip address 202.12.13.2 255.255.255.0 
RIO(config-if)#no shutdown 
RIO(config-if)#bandwidth 4096 
RIO(config-if)#exit 
RIO(config)# 
RIO(config)#router rip 
RIO(config-router)#network 192.168.10.0 
RIO(config-router)#network 200.10.11.0 
RIO(config-router)#network 202.12.13.0 
RIO(config-router)#exit 
RIO(config)# 
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4. CONFIGURANDO O ROTEADOR “SAOPAULO”: 
 
Está faltando o terceiro e último roteador. Abra o console do Roteador da filial SÃO PAULO 
e configure na sequência abaixo: 
 
 
 
 
 
 
 
Vamos prosseguir com a interface de rede local (LAN): 
 
 
 
 
 
 
 
Agora, as interfaces Seriais: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
E, por fim, o protocolo RIP, seguindo a mesma lógica adotada nos roteadores anteriores: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SAOPAULO(config)#interface fastEthernet 0/0 
SAOPAULO(config-if)#ip address 192.168.20.254 255.255.255.0 
SAOPAULO(config-if)#no shutdown 
SAOPAULO(config-if)#exit 
SAOPAULO(config)#interface serial 0/0 
SAOPAULO(config-if)#ip address 201.11.12.2 255.255.255.0 
SAOPAULO(config-if)#no shutdown 
SAOPAULO(config-if)#bandwidth 4096 
SAOPAULO(config)#interface serial 0/1 
SAOPAULO(config-if)#ip address 202.12.13.1 255.255.255.0 
SAOPAULO(config-if)#no shutdown 
SAOPAULO(config-if)#bandwidth 4096 
SAOPAULO(config-if)#clock rate 4000000 
SAOPAULO(config-if)#exit 
SAOPAULO(config)# 
Router>enable 
Router#configure terminal 
Router(config)#hostname SAOPAULO 
SAOPAULO(config)# 
SAOPAULO(config)#router rip 
SAOPAULO(config-router)#network 192.168.20.0 
SAOPAULO(config-router)#network 201.11.12.0 
SAOPAULO(config-router)#network 202.12.13.0 
SAOPAULO(config-router)#exit 
SAOPAULO(config)# 
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Pronto! Todos os 3 roteadores configurados; então já podemos verificar como estão as 
rotas entre eles. Em cada um dos equipamentos verifique sua tabela de roteamento com o 
seguinte comando: 
 
 
 
 
E você verá algo parecido com isto: 
 
 
Figura 1 — Tabela de roteamento do roteador “VITORIA”.Você também pode fazer mais verificações com o seguinte comando: 
 
 
 
 
 
Com os comandos acima você pode verificar as rotas definidas, de acordo com as 
características do protocolo em uso — no nosso caso, o RIP. Verifique as portas seriais de 
saída, a fim de conhecer o melhor trajeto encontrado pelo protocolo. 
 
 
5. FAZENDO TESTES: 
 
Além dos típicos testes de “ping” entre as máquinas das 3 redes, faça mais estes: 
 
o Para simular uma falha de link, EXCLUA uma das conexões (assegure-se que haja 2 
rotas entre as 3 redes), e repita os testes de “ping”, a fim de verificar que as 
máquinas dos 3 sites continuam se comunicando. Cheque as tabelas de roteamento 
nos equipamentos. Elas mudaram automaticamente; 
#show ip route 
#show ip rip database 
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o Reestabeleça o link excluído e, agora, apague uma outra rota (lembre-se: mantenha 
2 conexões!), e verifique que, mesmo assim, as redes ainda se comunicam. Cheque 
novamente as tabelas nos roteadores. Dependendo do roteador as rotas foram 
novamente alteradas, sem necessidade de intervenção do administrador; 
o Repita o teste uma terceira vez: restabeleça a conexão anteriormente apagada, e 
exclua um terceiro link — e, de novo, verifique que a comunicação inter-redes 
persiste. Verifique também que as tabelas novamente foram adaptadas à nova 
condição. 
 
E concluirá que: 
 
o O protocolo RIP toma decisões baseado no vetor de distâncias — isto é, a 
quantidade de hops (roteadores) no trajeto até o destino. Nesse caso ele busca a 
rota com menor custo (menor quantidade de hops), privilegiando esse caminho, 
independente da “velocidade” (“throughput”) da conexão; 
o O protocolo RIP dinamicamente (automaticamente) altera a rota para 
determinada rede de destino, caso um dos links falhe — mesmo que haja aumento 
no custo de roteamento —, com vistas a manter a comunicação entre os sites; e 
o Com a interligação em formato de “anel” o administrador da rede conta com 
redundância de rotas, o que manterá a comunicação entre os sites mesmo que um 
dos links venha a falhar. 
 
 
 
 
 
Laboratório concluído! Bom aprendizado!