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Junia Santos

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EXELENTISSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DA COMARCA DE FORTALEZA/CEARA
	Júnia Santos, maior, casada, administradora, inscrita no CPF sobre o nº ........... e RG nº.........., endereço de e-mail ........., residente e domiciliado na cidade de Fortaleza, estado do Ceara, por seus procuradores legalmente constituídos (documento procuração em anexo), vem respeitosamente a presença de Vossa Excelência propor:
AÇÃO INDENIZATÓRIA DE DESCUMPIRMENTO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER CUMULADA DE NÃO FAZER
	Em face de Ápice Engenharia Ltda, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº ............, com sede na cidade de Fortaleza/Ceara, o que faz pelas razões fáticas e jurídica a seguir expostas:
I - DOS FATOS
	A requerente adquiriu no dia 20 de dezembro de 2013 com Ápice Construtora e Incorporadora um apartamento nº 201 e um a vaga de garagem no condomínio Belo Lar localizado na Capital Cearense, a vendedora foi a Ápice Engenharia Ltda, com sede na mesma cidade, que também foi a Construtora e Incorporadora do Empreendimento. As partes assinaram uma Escritura Publica de compra e venda em 20 de dezembro de 2013, mas as obras só seriam concluídas em maio de 2014.
	Deste modo, o apartamento foi entregue em maio de 2014na mesma data ajustada pelas partes. Ao receber o mesmo, Júnia percebeu que o acabamento interno estava inferior ao proposto no que constou ao panfleto de propaganda divulgado pela construtora a época que adquiriu o imóvel. 
Não se esquecendo também de constar o fato da vaga de garagem ao lado da adquirida por Júnia foi vendida pela Construtora a uma pessoa que não tinha nenhuma outra unidade no prédio, em bora a convenção do condomínio entregue a requerente, não tenha nenhuma previsão previa, sendo expresso autorizando o ato do mesmo.
II – DO FUNDAMENTO JURÍDICO
II – I – Da aplicabilidade do código de defesa do consumidor
	O código de defesa do consumidor define, de maneira bem nítida e clara, que o consumidor de produtos e serviços deve ser amparado pelas suas regras e entendimentos, caso contrário: 
1)Art. 30. Toda informação ou publicidade, suficientemente precisa, veiculada por qualquer forma ou meio de comunicação com relação a produtos e serviços oferecidos ou apresentados, obriga o fornecedor que a fizer veicular ou dela se utilizar e integração contra toque vier a ser celebrado. 
2)Art. 37. É proibida toda publicidade enganosa ou abusiva. 
§ 1º É enganosa qualquer modalidade de informação ou comunicação de caráter publicitário, inteira ou parcialmente falsa, ou, por qualquer outro modo, mesmo por omissão, capaz de induzir em erro o consumidor a respeito da natureza, características, qualidade, quantidade, propriedades, origem, preço e quaisquer outros dados sob reprodutor e serviços. 
§ 2º É abusiva, dentre outras a publicidade discriminatória de qualquer natureza, a que incite à violência, explore o medo ou a superstição, se aproveite da deficiência de julgamento e experiência da criança, desrespeita valores ambientais, ou que seja capaz de induzir o consumidor a se comportar de forma prejudicial ou perigosa à sua saúde ou segurança . 
3º Para os efeitos deste código, a publicada de é engano supor omissão quando deixar de informar sobre dado essencial do produto ou serviço
III – DA APLICABILIDADE DO CÓDIGO CIVIL
Art. 247 – incorre na obrigação de indenizar perdas e danos o devedor que recusar a prestação a ele só imposta, ou só por ele exequível.
Art. 251 – praticado pelo devedor o ato, a cuja abstenção se obrigara, o credor pode exigir dele que o desfaça, sob pena de se desfazer a sua custa, ressarcindo o culpado perdas e danos.
Parágrafo único. Em caso de urgência, poderá o credor desfazer ou mandar desfazer, independentemente de autorização judicial, sem prejuízo do ressarcimento devido.
Art. 1.331. Pode haver, em edificações, partes que são propriedade exclusiva, e partes que são propriedade comum dos condôminos.
§ 1o As partes suscetíveis de utilização independente, tais como apartamentos, escritórios, salas, lojas, sobrelojas ou abrigos para veículos, com as respectivas frações ideais no solo e nas outras partes comuns, sujeitam-se a propriedade exclusiva, podendo ser alienadas e gravadas livremente por seus proprietários. (Vide Lei nº 12.607, de 2012)
§ 1o As partes suscetíveis de utilização independente, tais como apartamentos, escritórios, salas, lojas e sobrelojas, com as respectivas frações ideais no solo e nas outras partes comuns, sujeitam-se a propriedade exclusiva, podendo ser alienadas e gravadas livremente por seus proprietários, exceto os abrigos para veículos, que não poderão ser alienados ou alugados a pessoas estranhas ao condomínio, salvo autorização expressa na convenção de condomínio. (Redação dada pela Lei nº 12.607, de 2012).
	VI – DOS PEDIDOS
	Pela entrega de acabamento interno do apartamento 201 diferente dos moldes previstos nos panfletos de divulgações de empreendimento, a requerente requer da construtora a indenização de R$50.000.00 (cinquenta mil reais), sendo esse valor a diferença entre o acabamento divulgado e o que a requerente recebeu na entrega do apartamento 201. E também o cancelamento da venda da vaga a um terceiro que não possui unidade no prédio, sob pena de perdas e danos.
V – DAS PROVAS
	A requerente comprova o alegado por todos os meios de prova em direito admitidos, especialmente a prova documental
Em anexo, cópia da matrícula do apartamento 201e da vaga da garagem por ela adquirida comprovando ser proprietária dos referidos bens;
O panfleto de propaganda em que constava o acabamento interno divulgado pelo Ápice engenharia Ltda, na propaganda do edifício;
Uma cópia da convenção condomínio edifício Belo Lar que ela recebeu na data de entrega da unidade;
Uma cópia de contrato de promessa de compra e vendado apartamento 201 e da vaga de garagem.
Nestes,
Pede deferimento
Fortaleza/CEARA 09 de Abril de 2019
ADVOGADO/OAB

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