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UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA Lilia Benvenuti de Menezes BENEFiclOS PSICOFISIOL6GICOS DA CAPOEIRA Curitiba 200505 Lilia Benvenuti de Menezes BENEFic lOS PSICOFISIOLOGICOS DA CAPOEIRA Trabalho de Conclusiio de Curso apresentado como requisito parcial para a conclusao do curso de Educayao Fisica da Faculdade de CiEmciasBiol6gicas - da UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA Prufessor'orientador: Doutor Arno Krug Curitiba 2005 UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA FACULDADE DE CIENCIAS BIOLCGICAS E DA SAUDE CURSO DE EDUCAc;:Ao FislCA A COMiSsAo EXAMINADORA ABAIXO ASSINADA, APROVA 0 TRABALHO DE CONCLUSAo DE CURSO: BENEFiclOS PSICOFISIOLCGICOS DA CAPOEIRA Elaborado por: LILIA BENVENUTI DE MENEZES Para anaiise e aproval"'io da oblenl"'io do grau de iicenciamMlo em Educa~o Ffsica, aprofundamento em Treinamento DesportivQ pela banca examinadora: J \ ~ Professor DouJr Ame Krug - Orientador de TCC Curitiba Maio de 2005 AGRADECIMENTOS A.graderyo em primeiro lugar a Deus que me deu 0 dam da vida. Ao meu marido, Antonio Carlos de Menezes, Mestre Burgues, pelo apoio e incentivo em mais essa etapa de minha vida. A minha filha, Rayanna Benvenuti de Menezes, pela compreensao por tantas ausencias. A minha mae, Concei,ao Salusti Benvenuti, por me ajudar a compreender a importlincia da vida. Ao Prolessor Arno Krug pela dedica,ao e orienta9iio preciosas para e desenvolvimento deste trabalho. Aos prolessores do cursode Educa9iio Fisica da Universidade Tuiuti par todo conhecimento adquirido ao longo do curso: SUMARIO 1 INTRODU~AO .... 1.1JUSTIFICATIVA . 2.1.2 A Capoeira no Parana ... 2.1.3 A Capoeira como Esporte .. 2.1.4 Dimens6es de Treinamento .. 07 07 08 08 08 08 10 10 10 13 15 15 1.2PROBLEMA . 13 OBJETIVOS . 1.3.1 ObjetivoGeral .. 1.3.2 Objetivos Especificos 2. REVISAO DA L1TERATURA.. 2.1A CAPOEIRA .. 2.1.1 Hist6rico. 2.20 DESENVOLVIMENTO PSICOMOTOR E A CAPOEIRA . 17 2.2.1 EsquemaCorporal.. 17 2.2.2 MotricidadeAmpla .. . 19 2.2.3 MotricidadeFina.. 19 2.3 AS QUALIDADES FislCAS DESENVOLVIDAS PELA CAPOEIRA . 21 2.3.1 Flexibilidade .... 21 2.3.2 Forc;;a.. 23 2.3.3 Resistlmcia ... 24 2.3.4Velocidade.. 25 2.3.5 Equilibrio .. 26 2.3.6 Agilidade .. 2.3.7 Coordenayao .. 2.4 OS EFEITOS FISIOLOGICOS .. 2.4.1 Efeitos Cardiovasculares .. 2.4.2 Efeitos pulmonares .. 2.4.3 Efeitos Musculares .. 2.5 A CAPOEIRA E 0 DESENVOLVIMENTO PSICOL6GICOS. 2.5.1 Psicofisiologia da Capoeira .. 2.5.20 Estresse .. 2.5.3 Os Efeitos Psicol6gicos da Capoeira .. ,.. 3 METODOLOGIA , 3.1 TIPO DE PESQUISA" ' 3.2 POPULACAO E AMOSTRA .. 3.2,1 Populayao " 3,2.2 Amoslra " 3.3 INSTRUMENTO " 3.4 COLETA DE DADOS " 3,5 TRATAMENTO DOS DADOS" 3.6 LlMITACOES DA PESQUISA" 4 APRESENTAr,;AO E DISCUSSAO DOS RESULTADOS. 4.1 PERFIL DOS ENTREVISTADOS" 4.2 PERFIL SOCIO CULTURAL DOS ENTREVISTADOS . 4,3 pRATICA DO ESPORTE E SUA MOTIVA<;;AO" 27 28 30 30 31 31 32 33 35 37 41 41 41 41 41 42 42 42 43 44 44 47 48 5 CONCLUSAO .. 52 REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS . 54 APENDICE 1 - QUESTIONARIO APLICADO .. 56 APENDICE 2 - VALlDAi;:AO DE INSTRUMENTOS DE PESQUISA.. 58 RESUMO BENEFiclOS PSICOFISIOL6GICOS DA CAPOEIRA Autor: Lilia Benvenuti de Menezes Orientador: Arno Krug Curso de Educa~ao Fisica Universidade Tuiu!i do Parana o objetivo do trabalho foi abordar os beneficios psicofisiol6gicos da pratica da capoeira. A pesquisa foi descritiva, utillzando para isso um questionario com 12 perguntas, validado por 2 especialistas. A amostra foi de 63 pessoas praticantes de capoeira de uma academia localizada em Curitiba, de onde se pode coneluir que a pratica da eapoeira e procurada per uma associaryao de fatores ffsicos e psicol6gicos. Para a analise utilizou-se medias e porcentagem, sendo os principais resultados os seguinles: a maiaria, 41,02% dos praticantes de capoeira encontram faixa etaria de 26 a 30 anos; 79,49% dos pesquisados sao do sexo masculino; 0 nivel de instru.,ao dos mesmos e na maioria de 3° grau completo (46,15%) e incompleto (26,2%); maioria dos pesquisados (74,36%) pratica a capoeira a mais de 3 anos; a maiaria dos pesquisados (42,66%) procuraram a pnitica da capoeira pelo condicionamento fisico e mental que 0 esporte proporciona; a maioria dos entrevistados (96,43%) acredita que a pratica da capoeira nao e s6 uma maneira de desenvolver e manter 0 ffsico como tambem uma forma de aprimorar a psicol6gico e combater os efeitos do estresse e das !ens6es diarias atraves dos beneficios psicol6gicos que a pratica desenvolve, sendo que a maioria dos pesquisados (35,71%) acredita que 0 desenvolvimento afetivo/social e 0 efeito mais importante que se pode esperar dessa pratica; 0 desenvolvimento psicomotor e valorizado pelos entrevistados dando ~nfase na agilidade (46,43%) em primeiro lugar, coordena.,ao motora (42,86%) em segundo lugar e na fiexibilidade (39,29%) em tereeiro lugar como pontos importantes para justificar a op.,ao pela capoeira. Palavras chaves: capoeira, beneficios psicofisiol6gicos, fiexibilidade, for~, rasistancia, velocidada, equilibrio, agilidade, cocrdena~o. 1 INTRODUQAO BENEFiclOS PSICOFISIOLOGICOS DA CAPOEIRA 1.1 JUSTIFICATIVA A capoeira oj uma das formas de atividade fisica praticada no Brasil. Capoeira oj uma heran"" deixada pelos negros vindos de Angola como escravos. A pratica S8 dava par escravos fugitivQs, sendo ensinado aos negros ainda cativQS par recapturados voltando aos engenhos, surgiu como luta disfar""da em dan"". Simbolo de identidade, solidariedade e resistEmcia,a capoeira nao deixou de ser perseguidadepais do fim da escravidao. A capoeira faz parte do foldore, da cultura, mas principalmente, da historia do Brasil. Aprender a capoeira e aprender todo contexto historico, seja ele social, econ6mico, politico ou cultural, que envolveu a historia do negro no pais, desde a sua vinda como escravo ate a sua influ~ncia na cultura enos habitos brasileiros. Os exercfcios desenvolvidos na pratica da capoeira, tornam-na uma das atividades mais completas que existem ja que desenvolve de urna forma ludica e descontra{da a flexibilidade, melhora a resistencia pulmonar e 0 condicionamento fisico, aprimora a coordenat;iio motora, desenvolve a musicalidade entre outros beneficias. Sua filosofi!! e conlribuir para a formayao de valores humanos e elicos, baseados no respeilo, na socializayao e na liberdade, alraves de trabalhos que valorizam a cultura brasileira. Tudo isso buscando fortalecer e engrandecer 0 capoeirista no seu carater, dignidade e va!orizayao pessoaL A capoeira parece ser uma alividade holislica, assim prelende-se invesligar ja que exislem poucas referendas sobre os beneficios psicofisiol6gicos da capoeira. 1.2 PROBLEMA Quais sao os beneficios da pratica da capoeira sob a percepyao do pralicanle? 1.30BJETIVOS 1.3.1 Objetivo Geral Verificar os beneficios psicofisiol6gicosque traz a capoeira para seus pralicanles, segundo a percepyao dos mesmos. 1.3.2 Objetivos Especificos Tra<;ar0 perfil do pralicanle da capoeira; Quais sao os motivos que levam os mesmos a pralica da capoeira; Verificar qu~1 0 efeito psicol6gico da pratica da capoeira para seus praticantes; Verificar qual 0 efeito fisiol6gico desse esporte para os capoeiristas. 2. REVISAo DA LlTERATURA 2.1 ACAPOEIRA 2.1.1 Hist6rico A Capoeira surgiu com a eseravidao no Brasil, sendo a principio luta de liberta9ilo dos eseravos que fugiam das fazendas, e como n§o dispunham de armas faziam seu proprio corpo de arma de luts. Sua pratica accntecia nos cativeiros quando os escravos dan\Aivam em formas de rodas e com isso camuflavam a pratica da luta, por isso ficava taodificil para os capitaes do mato e seus senhores impedirem a sua manifestayao. A Capoeira sempre esteve ns marginalidade e chegou a ser proibida pelo COdigo Penal da Republica do Brasil, entretanlo tais medidas nao foram suficientes para extemnina-Ia, pois sua pratica persistia em guetos escondidos (VIEIRA, 1995). as escravos misturavam no jogo de capoeira instrumentos musicais, dan<;a e luta, tudo ao mesmo tempo. Ouando os negros fugiam, iam para as matas de onde se originou 0 nome Capoeira, que em tupi·guarani significa mato ralo. Os negros fundaram varias republicas democrilticas. A mais famosa se chamou Ouilombo de Palmares, localizada na serra da Barriga, no estado do Alagoas. Em Pernambuco, Rio de Janeiro e Salvador, apes a Iiberta9ilo dos escravos, alguns capoeiristas tornaram-se capangas dos senhores e de politicos. Eram muito temidos pois viviam em uma epoca que a policia mal era armada. Em 1930 Mestre 11 Bimba, exirnio lutador de capoeira fez uma apresenta9iio para 0 ent~o Presidente da Republica Getulio Vargas, que ravagou a Capoeira da criminalidade e a sua p",tica passou a ser permitida (CAMPOS, 2001). Mestre Bimba foi 0 primeiro a introduzir a Capoeira nas escolas, primeiramente na Faculdade de Medicina e Direito de Salvador/BA e ate mesmo no exercito, aprimorando a sua conhecida Capoeira com as movimentos do Batuqu8. uma luta de quedas da qual seu pai era campeao, e criou a Luta Regional Baiana, que acreditava ele, nao sairie de regiao de Salvador, e sabe-se e a hoje denominada Capoeira Regional, que vem sendo resgatada pela Escola de Capoeira Filhos de Bimba (1899 - 1974) (CAMPOS, 2001). Foi desde entaD que, a partir de Mestre Bimba, a Capoeira passou a reeeber a denomina9iio de Capoeira Regional, para os discipulos de Bimba e Capoeira Angola, para os demais capoeiristas. Campos (2001, p. 31) afirma que "existem controversias sobre a origem da Capoeira, e varias sao as hip6teses, porem dUBS fortes correntes sa confrontam-, a primeira acredita que a mesma foi trazida 80 Brasil pelos escravos e a segunda delende que a capoeira teria sido inventada pelos eseravos jll no Brasil. De qualquer maneira, vale lembrar que a origem de Capoeira e Afro-brasileira. A capoeira e para as brasileiros, a mais antiga forma de expressao corporal de uma cultura nascida aqui, com mai. de tres seculos de vivencia, tendo resistido a toda especie de repressao (CAMPOS, 1990). o jogo de capoeira e jogo, dan,,", arte e poesia. Os capoeiristas dialagam atraves do som do berimbau. 0 jogo vira luta, a luta vira danya. eu brincadeira de crian<;a,mas Beima de tudo a capoeira e urns filosofia de vida, uma forma de encarar a vida, uma forma de encarar 0 mundo, um enigma a ser decilrado ou carregado 12 pelo capoeirista para a eternidade. Sua historia confunde-se com a propria historia do povo brasileiro. A capoeira surge com a manifestayao de liberdade de urn povo. Nos dias atuais a capoeira ganhou mais espa", e ",speito. Muitas silo as academias existentes no pais e a preocupayao com a preservayao de sua integridade historica e constante (SANTOS, 1990). Nas academias de capoeira sao ensinados as canticos, as musicas e letras e a dominic de, pelo menos, urn dos instrumentos da capoeira. Existe urn movimento social, do qual participam pedagogos, psic6logos e professores, para que se desenvolva urn trabalho com 0 intuito de mostrar as autoridades que 0 ensino da capoeira e uma pratica adequada para os estudantes brasileiros. Este movlmento visa a adQ980 ds capoeira nas salas de aulas de eduCByao fisica, nas escolas brasileiras e muitas escolas ja adotaram essa pratica. Esses estudiosos defendem como argumento, 0 fato de que a capoeira proporciona em termos de equilibrio e concentrayao, aumento dos reflexos e de toda a coordenayao motora (FALCAO, 1996). A Capoeira e brincadeira, e urn jeito de lutar jogando, rindo, dissimulando. Tern evoluido nos ultimos cinquenta anos, saiu da marginalidade e passou a ser praticada em escolas, academias, clubes e sua presen9'l, obrigatoria em espetaculos diversos. Tratando-se de uma cultura popular, a transmissao de conhecimentos de gerayao em gerayao vern ocorrendo de forma verbal e atraves da propria realizayao da arte. Sua expressao popular faz parte do vasto e rico legado da cultura brasileira e contem elementos de educayao, arte, luta, esporte, terapia, assim como dan9'l. lazer, folelore, historia, ginastica, etc. (VIEIRA, 1995). 13 Os elementos artisticos relacionados a arte na Capoeira se fazem presentes atraves da musica, do ritmo, do canto, da expressao corporal, da criatividade de movimentos e da presenya cemica. as elementos de luta representam sua origem e sobrevivencia atraves dos tempos na sua forma mais natural, como urn instrumento de defesa pessoal genuinamente brasileiro, e uma estrategia de resistencia ao aniquilamento de uma cultura. Os elementos caracteristicos de sua modalidade esportiva, se identificam culturalmente com seus praticantes, despertando 0 interesse da comunidade em gara!. 0 jogo de capoeira, como forma de lazar e recrea\'iio, e representada por eventos conhecidos como "rodas de capoeira". Ficam evidentes entaD, as seus .efeit05 terapeuticos em termos educacionais, ocupacionais e de reabilita\'iio (VIEIRA, 1995). Contudo, a historia da capoeira e bastante conturbado, pois mesmo com 0 fim do regime escravocrata, nao houve a aceita\'iio imediata da comunidade negra na vida social. Ao contra rio, varias aspectos da cultura afro-brasileira sofreram violenta repressao, como a capoeira. a casa da capoeira e 0 mais evidente: essa forma de rebeldia, que ja havia sido utilizada como arma na luta de inumeras fugas durante a escravidao, tornou~se urn sfmbolo de resistimcia do negro a dominar;ao (SILVA,1995). 2.1.2 A Capoeira no Parana A historia da capoeira no Parana teve seu inicio no come<;oda decada de 70 com a chegada do primeiro mestre ao estado. Esse mestre que chegou a cidade de Curitiba, era mestre Euripedes, onde permaneceu p~r um ano e meio. Neste periodo, um dos seus alunos mais velhos chamado Buanga mostrou-se muito 14 interessado e que~ndo participar mais ativamente da capoeira, assim sendo foi a Salvador e trouxe consigo a Sr. Antonio Rodrigues dos Santos, mais conhecido como mestre Sergipe, em 1973. A partir desse ana, este ultimo inicia um trabalho de capeeira angola (MENEZES, 2005). Apos a chegada de Sr Antonio Rodrigues dos Santos, outros mestres de capeeira passaram pelo estado do Parana, tais como Monsueto, Bilisco, entre outros, que realizaram trabalhos de capoeira regional, mas nao tendo se adaptado 80 frio, foram embora. Em 1975 chega a Curitiba a Sr. Antonio Carlos de Menezes, conhecido como mestre Burgues, com ume metodologia de ensina e ume nova filosofia de trabalho voltada para organizayiio de grupe, que se estala na cidade de Curitiba e abre mais nucteo do Grupe Muzenza de capoeira, grupo este que se encontra entre as dais maiores do mundo na atualidade, com sede em Curitiba (MENEZES, 2005). o Grupo Muzenza e Mestre Burgues vieram assim organizar a capoeira no estado e no sui do Brasil, fundando a Federayiio Paranaense de Capoeira - FPC a terceira do pais. Mestre Burgues tambem, foi um dos fundadores da Confedera~o Brasileira de Capoeira - CBC sendo a primeiro diretor tecnico de capeeira de CBC e a a presidente da Superliga Brasileira de Capoeira - SBC, alam de ter editado dais Iivros sabre a capeeira, 19 cds, 2 dvds e 9 videos. Hoje mestre Burgues e realizador de grandes eventos no Brasil e na Europa, divulgando a capoeira no mundo (MENEZES, 2005). A partir de 1990 chegaram a Curitiba varios grupes de capeeira de outros estados, passando a fixar nucleos no Parana. Hoje, mais de 90% dos professores, instrutorese mestres do estado sao oriundos desses dais grandes mestres de capoeira que foram as pioneiros. 15 2.1.3 A Capoeira como Esporte No processo de seu cresci menta e expans~o, a Capoeira vem revelanda SUBS vocat;6es, seus valares e aptidoes: e hoje ensinada como urna atividade de educat;8o fisica nas fo~s armadas e nas escolas; foi para as universidades e para as escolas de 2° grau; vem sendo empregada com exito natavel na inseryaa social de deficientes ffsicos e mentais, e de menores carentes, abandonados e marginalizados; sua ginastica, em franco e ininterrupto desenvolvimento, passa a constituir um instrumenta de cultura fisica, mental e espiritual de grande poder, sua filosofia participa com alguns valares fundamentais na forma980 do carater de incontaveis praticantes; enfim, sua pratica proporciona muita saude, prazer e autoconfian9fl (CAMPOS, 2001). Conta-se com excelentes mestres, espalhadas por tada a Brasil, e tamoom no exterior; muitos deles trazem na bagagem invejaveis curriculos, repletos de importantes beneficios prestados a comunidade. A capoeira e uma luta habilmente dissimulada em dan9fl, um joga no qual as participantes exibem toda a sua capacidade de controle fisico e mental, sem mesma se tocarem um instante sequer, ande para tado ataque ha uma defesa, que sempre traz oculta um contra-ataque (CAMPOS, 2001). 2.1.4 Dimensoes de Treinamento A Capoeira e um patrimOnio cultural brasileira com especificidade impar pela sua complexibilidade e pela sua abrangencia. "A capoeira disp6e de muitas 16 atrativos. Prende, .monopoliza, empolga, arrebata, seduz" (MOURA, 1980, p.26 citado por ZULU, 1995). A Capoeira e constitufda de aite dimens5es basicas, que fazem perceber como ela a importante: • Antropologia: enfoca as cerimonias, os rituais de origem Africana, elementos culturais formadores da Capoeira; • Sociol6gica: enfoca as questoes pollticas, econ6micas e sociais das formas hist6ricas; • Filos6fica: desvenda as func;6es simbOlicas estabelecidas nas diversas formas historicas; • Educativa: funyao de contribuir na educayao critica a e criativa; • Pedag6gica: comp6e metodos e processos adotados para educar e instruir; • Preparativa: apnoveitamento e 0 desenvolvimento raGionais e praticos da forma fisica; • Estatica: exprime a materializa\'lio gestual do sentimento e da aprecia<;.'iodo belo, expressa palo 8stilo do capoeirista e podem sar: sensariais, equalizacionais e posturais; Ludica: exterioriza<;.'io coletiva e prazerosa da totalidade do manifesto capoeira, e passui tres princfpios: transcendencias, correlacionais, implusivas. Assim atravas destas dimens6es, 0 jogador de Capoeira esta apta a desenvolver tedas as suas habilidades fisicas, como for,,", coordena<;.'io,resistencia e velocidade. Assim como suas habilidades fisicas que podem ser melhoradas com a pratica da capoeira, assim como seu lado afetivo, cognitivo e motor, assim como conjunto da obra a Capoeira a um esporte completo, capaz de mudar e movimentar o seu corpo para atingir um alto grau de satisfa<;.'iopassoa!. 2.20 DESENVOLVIMENTO PSICOMOTOR E A CAPOEIRA A capoeira Ei urn esporte em que 0 ritmo do jogo Ei ditado pelo toque dos instrumentos, e quando ha urna mudanya no ritmo do jogo he. tambem uma varia~o da resistencia (anaer6bica nos jogos com ritmos mais acelerados, ex.: Sao Bento Grande; e aer6bica em ritmos mais lentos, ex.: Angola). Por isso os aUetas devem ter urn treinamento diferenciado de acordo com 0 tipo de jogo. Na capoeira, seja ela jogada em ritmo tento au acelerado, e imprescindlvel que haja urn trabalho serio no fortalecimento do abdomen, pois a capoeira e urn esporte que exerce uma resistencia muito grande sabre a cotuna vertebral, em especial a coluna lombar, devido a posiyao do aUeta na ginga e a meciinica da maioria dos golpes, esquivas e negativBs, e e com 0 fortalecimenlo do abdomen que o instrutor impede que 0 aUetadesenvolva a lordose. Para Souza (1989, p. sip) "sendo a capoeira urn jogo tambem pSicomotor, ela tern sua expressao fundamentada na flexibilidade, equilibrio, ritmo pr6prio, musica, coordena~o, reflexo, agilidade e muitas Qutras habilidades psicofisicas~. Desta forma, a capoeira como educayao psicomotora possui caracteristicas fundamentais aliadas ao fator movimento, que e urn dos fatores principais que estabelecem uma relayao intima do desenvolvimento geral do praticante com esses elementos pSicomotores. 2.2.1 Esquema Corporal o esquema corporal pode ser considerado como representayao da pessoa do conhecimento que a mesma passui do seu proprio corpo em qualquer posic;ao. 18 Ele tem rela\'iia COm uma multiplicidade de sensa<;6esvisceroceptivas (relacianadas as visceras), proprioceptivas (relacionadas aos musculos) e exterioceptivas (relacianadas as impressoes de frio, calor, dar e prazer recebidas pela pele) (SANTOS, 1990). o esquema corporal esta fartemente relacianada com a pratiea da eapoeira, favarecenda as pessaas que a pratieam um ponto de partida para diversas possibilidadesde atua\'iia, implieandano desenvalvimenta do equilibria, lateralidade, daminia das inibi<;6es,controle da respira\'iia, entre autras (SANTOS, 1990). Para Silva e Brito (1992) nos treinamentas e durante a jaga de eapoeira utiliza-se nos galpes tod'ls as partes do corpo de acorda com as necessid'ldes de ataque elau delesa, mabilizanda-se tatalmente a corpo do jogadar numa associa\'iio de: • golpes com membros superiores; • golpes com membros inferiores; • tronco; • eabeya: • comhinac;6es de partes do corpo. o desenvolvimento da lateralidade e muito importante para a jogo da eapoeira, senda constantemente estimulada atraves da apliea\'iio de movimentos especificos segundo Silva e Brito (1992, p. 30): - sentar no calcanhar da perna direita flexionando 0 brayo direito a frante do carpe, estendendo a perna esquerda, c apoiando a mao esquerda no solo, girar para 0 lado esquerdo levantllndo e estendendo a perna dire ita atroh; - pema direta afutada para tras, perna esquerda f1exionadaa frente; - gingar, deslocando-$e para 0 lado esquerdo e executar gOlpes para direit8. 19 Assim, pode-s8 dizer que 0 born capoeirista e aquele que consegue diminuir as diferen.yas de movimentos entre as lados esquerda e direito, pais nas atividades sistematicas durante 0 treinamento OU jogo. as movimentos sao executados constantemente para ambos os lados, aprendendo a usa-los individual e independentemente. 2.2.2 Motricidade AmpJa De acordo com Santos (1990, p. 41) 'a motricidade ampia e a representayao de uma determinada atividade pela crian"" envolvendo todos os sagmentos corporais". Isso sa estende aos praticantas da capoeira em geral. Esta motricidade esta relacionada a coordenayao dinamica geral, ao equilibrio estatico, dinamico e recuperado. Para que S8 obtenha a coordenac;ao geral e necessaria um harmonia de jog os museu lares, em movimento astatica e dinamico, sando necessaria para isse, a pratica de exercicios que possam contribuir para 8Sta coordenac;.ao. Essa motricidade ampla e conseguida com 0 jogo de capoeira. devido a existencia de exerdcios que promovem as deslocamentos que colocam em funcionamento as membros inferiores e 5uperiores, em urn determinado espac;:o de tempo. 2.2.3 Motricidade Fina A motricidade fina pode ser definida como a capacidade de realizar movimentos especificos, utilizando pequenos musculos em uma determinada 20 atividade. Assim, P9de·se associar a motricidade fina de acordo com Ferreira citado por Santos (1990, p. 42) ao desenvolvimento: • dos musculos da lingua; dos musculos dos labios; • dos musculos da mao; • da movimentac;ao ordenada de mao e de olhos; dos musculos dos pas; • da movimentayao dos pes, maDSe dcs pes e 01has. o desenvolvimentodo esquema corporal, da motricidade ampla e fina atravas da pro'tica da capoeira esta relacionado a percepc;iio de cada individuo. Essas percep<;6es sao: sensorial (envolvendo a parte visual, auditiva e termo-tatil): espacial (onde se desenvolvem questoes relacionadas a posic;ao, relac;ao espacial, adequac;ao espacial, direc;8o e Constancia de percepc;iio); temporal (onde sao observadas n0<;6es basicas, sequ{mcias de a<;Cies, velocidade, durac;ao e ritmo); de analise-sintese (cnde se verificam quest5es associadas a semelhanya. diferenya, composic;ao, recomposi<;~o e reprodu<;ao) e de figura-fundo (abordando questiles visuais, auditivas e tateis) (SOUZA, 1989). Na pratica da capoeira, assas percepy6es sao trabalhadas de man91ra especial. A percepc;ao visual Ii trabalhada atraves da observac;ao dos instrumentos musicais, suas formas e tamanhos e na observa980 dos colegas e sua re18980 com o jogo e os movimentos necessarios para atingi-Ios. A auditiva a trabalhada pela identificac;ao dos sons. Na percepc;iio olfativa trabalha-se a questiio da identificac;ao atraves do olfato de adores e cheiros caracteristicos de cada calega durante 0 joge. Ja na percep<;ao terma-tatil trabalha-se atraves da interpretac;ao das sensa<;Cies 21 relacionadas com ~s form as, tamanho, texturas, peso dos I?iementos que envolvem a jogo da capoeira. Essas percep¢es sao muito importantes e tem aspectos especificos envolvidos no jogo da capoeira por suas aplica~o como meio de educa~o pelo movimento e desenvolvimento da psicomotricidade. 2.3 AS QUALIDADES FislCAS DESENVOLVIDAS PELA CAPOEIRA 2.3.1 Flexibilidade Antes de qualquer coisa se faz necessaria definir 0 que e ftexibilidade. De acordo com Dantas citado por Silva e Brito (1992, p. 36) "<3a qualidade fisica responsavei pela execuvao voluntaria de um movimento de amplitude angular maxima, par ume articula930 ou conjunto de articular;ees, dentro dos limites morfol6gicos, sem os riscos de provocar lesAo". Existem segundo Dantas (1999) dois componentes basicos de flexibilidade que sao: • Flexibilidade Estatica: amplitude maxima do movimento. • Flexibilidade Dinamica: resistencia OU rigidez oferecida ao movimento dentro de uma determinada amplitude. Para que exista um .grau de flexibilidade articular dave-s9 observar alguns fatores: • Mobilidade:grau de movimento da articula~o. • Elasticidade: estiramento d,,:isticodos componentes musculares. 22 Plasticidade~ delormidades que solrem as articula<;iies e a musculatura durante 0 movimento. • Maleabilidade:modifica<;iiesdas ten<;iiesparciais da pele. Segundo Dantas (1999) a ftexibilidade tern papel importantissimo na capacidademotora do homem e inftuencia em diversos aspectos de motricidade, tais como a aperfei<;oamentomotor jil que para as atletas que desejam ter urn born desempenho, com maxima efieacia do movimento e essencial ter urna boa flexibilidade. Ate para as pessoas que nao praticam esportes a flexibilidade e importante e influencia no cotldlano. Outro aspecto importante e a eficiencia mecenica, pois quando se cihega a 10% a 20% do arco da ftexibilidade maxima, prOximo do limite, surge uma resistencia 80 movimento; e preciso realizar urn esfor<;o extra. Este esfor~ implica num recrutamento de maior numero de unidades motoras e maior freqOencia de estimulos nervosos, fatores que comprometem 0 estilo e a beJeza do gesto, fazendo tambtim com que a atleta tenha maior gasto energetico. E possivel que estes fatores sejam evitados dispondo de uma margem de seguran,a de pelo menos 20% a mais do que 0 arco articular qua vai sar utilizado. Isso faz com que a desgasta energetico seja reduzido e exista maior elega.ncia no movimento. Assim pode,se dizer que e a capacidade que a praticante de capoeira adquire de utilizar completamente a extensao do movimento, ja que a pratica e urn otimo meio de adquirir tanto a alongamenta quanta a ftaxibilidade pois passui uma intensa movimenta9Ao que movimenta os museu los e articulac;6es atingindo as limites morfol6gicos dos masmas. 23 2.3.2 For~a Segundo Souza (2000, sip) 10'98 "s a capacidade de exercer tensilo muscular contra urna resistencia, envolvendo fatores mecanicos e fisiol6gicos, as quais determinam a forc;a em algum movimento particular". De acordo com Peckering citado por Costa (2001, p. 57) lor<;a e "a capacidade de exercer tansao contra urna resistencia-. Essa capacidade depende principal mente a fatores mecimicos, entre eles a area de sea;ao transversa do musculo infiuenciada palo diametro da fibra muscular, do volume muscular, da estrutura do musculo e do tipo de fibra muscular; fisiol6gicos, entre eles dos fosfatos ricos em energia e psicol6gicos, entre eles, as fatores emocionais. Pode-se dividir a lorga em: dinamica - e 0 tipo de for98o cnde a tensao exercida oontra a resistencia reproduz-se em movimento. Este tipo esta subdividido em forr;a maxima, rapida e resistencia de forya; estatica - e a forya na qual a tensao exercida e igual a resistencia na~ ocorrendo manifestayao de movimento. Urn metoda tipicamente usado para avaliar a forc;a muscular e repetir uma atividade extenuante ate que a pessoa fique cansada a melhora na lorga e nolada a medida que 0 numero de repeti90es aurnenta. E urn metodo satisfat6rio de testar forge desde que se reconhe<;aque resistlmcia a ladiga esta tambem relacionada a um numero de repetig6es realizados (COSTA, 2001). Alem disso, 0 teste deve ter vanos graus de dificuldade, de modo que a pessoa possa ser testada em um nfvel onde pelo menos urna repetiQ30 possa ser realizada com seguran<;a e corretamente. Entao, a medida que a habilidade 24 malhors, 0 progre~so e notado primeira pelo aumento no numara de repetic;6es, depois pela progressao para 0 pr6ximo nlvel de dificuldade com urn numero mais baixo de repetir;6es. Geralmente, a forya e testada fazendo com que as pessoas lagam uma atividade que use 0 peso corp6reo como resist€mcia(MATTOS, 1997). Na caposira a lorga rapida, Ii muito utilizada quando 0 praticante pratica golpes de ataque a contra ataque, saltos e esquivas na qualidade de potencia e na qualidade de resistencia utiliza~sea for~ na pratica da capoeira no exercicio anaer6bico. A ferga estatica e muito utilizada tambem, nas posic;6es de equilibrio sobre pescoyo e membras. Na pratica da capoeira pode-se adquirir lorga atraves de saltos, saltitos, paradas de mao e de movimenta980 constante entre 0 jogo de chao e jogo alto. 2.3.3 Resistencia A resistencia pode sar definida como ~a capacidade de executar uma tarata com esfer\,os de longa dura<;iio sem perda aparente de efetividade do movimento' (SOUZA, 1998, sip.). De acordo com Tubino citado por Mattos (1997, p. 13) "resistencia e a qualidade ffsica que permite urn continuado esfo~, proveniente de exercicios prolongados,durante determinado tempo". A resistencia pode sar dividida em: • resistencia geral - e a capacldade aer6bica avaliada pele consumo maximo de oxigenio, que depende principalmente da capacidade dos sistemas cardiovascular, respirat6rio e metab6lico, assim como da qualidade da coordena<;iio,lipica do movimento (MATTOS, 1997); 25 • resistencia especifica - e a capacidade de executar as habilidades tecnicas, com movimentos intensos durante a pratica esportiva. A resistencia aer6bica e a qualidade que possibilita ao atieta sustentar por um period a longo de tempo uma atividade lisica relativamente generalizada em condi¢es aer6bicas, au seja, nos limites do equilibria fisiol6gico denominado steady-state (MATTOS, 1997). Na pratica da capoeira desenvolv6-sa a resistancia especifica 8 nos treinamentos a resistencia gera!. Para 0 capoeirista a resistencia e multo importanta ja que sem ela este nao podera mostrar de maneira correta suas habilidadesna roda. Alem disso, 0 treinamento da resistencia aerobica tern um significado importante na pnitica desportiva, pois eleva 0 nivel aer6bico possivel do organismo, crlando uma base funcional que €I necessaria ao aperieic;oamento de diversos aspectos da preparayao do desportista, au na pn3.tica da capoeira e extremamente necessaria devido a sua constante movimenta9iio (SOUZA, 1989). 2.3.4 Velocidade A velocidade pode ser descrita como a capacidade de reaHzar no menor espa90 de tempo possivel as a¢es motoras sem contudo, perder a qualidade do movimento (SOUZA. 1989). A velocidade pode ser classificada em: • de deslocamento - e a capacidade maxima de um individuo deslocar-se de um ponto para outro, como por exemplo na corrida de 100 m; • membros - e a capacidade de mover as bra90s au pernas tao rapido quanta possivel, como par exemplo no VOlei; 26 • rea.,ao - uma velocidade de rea.,ao bem desenvolvida habilita 0 individuo a reagir a estimulos externos em urn manor tempo possivel, como par exemplo no jogo de Tenis. Na capoeira as movimentos sao acic1icos e caracterizados per naD manter a unilormidade e manter acelera,oes dilerenciadas. Essa velocidade e desenvolvida principalmente, nos golpes, esquivas, ataques e delesas, de forma que a velocidade de rea.,ao seja altamente treinada atraves do estimulo visual. A rapidez dos golpes do jogo de capoeira dados palo oponente possibilita que S8 aprimore 0 reflexo, acompanhado da agilidade e malicia (SOUZA, 1989). 2.3.5 Equilibrio Segundo Silva e Brito (1992, p. 33) equilibrio"1i qualidade lisica censeguida por urna combina~o de at;.6es musculares com 0 propOs ito de assumir e sustentar 0 corpc sobre uma base, centra a lei da gravidade". Pode-se dizer que 0 equilibrio se caracteriza pela diminui.,ao da base de sustenta.,ao e e importante para 0 desempenho das atividades normais do dia a dia como tambem para a pratica da gim3stica e dos esportes em garaL o equilibrio se subdivide em: Dinamico - quando 0 movimento e repetido constantemente e responsavel pcr gerar deslocamento, cemo pcr exemplo a queixada; • Recuperado - quando no movimento onde ha deslocam£mto, nao sa repele 0 masmo esquema motor; • Estatico - e 0 movimento onde nao ocorre deslocamento: Instavel: Ha movimento sem deslocamento, como par exemplo a bananeira; 27 Estave!: Imovel, como por exemplo no martelo. A capoeira e muito rica em equilibria, em especial 0 recuperado, cnde 0 capoeirista 56 ve constantemente em situ8yoes atipicas, exigidas pelo jogo e criatividade. Na capoeira, 0 equilibrio e intensamente desenvolvido atraves dos movimentos especfficos, que S8 apoiam nos membros inferiores como na exBCuryao do au, bananeira e sanfona e tambem nos membros superiores como na execucao do martelo, ben,ao e ponteira, alternadamente, alem dos movimentos com apoio da cabe," como a bananeira, au e piao (SILVA E BRITO, 1992). Durante 0 jogo de capoeira, 0 praticante tem necessidade de muitas vezes ao longo do jogo de apoiar-se em um dos pes, em ambos ou ate em uma das maos, com as pes suspensos au nac, alem de precisar algumas vezes manter 0 corpo em determinadas posi<;6esdurante curtos ou longos espa90s de tempo, e isto tudo somente e conseguido cam equilibria. Assim, as pasi<;6es investidas, galpes girat6rias, combinayaes de movimentos em urn, dais ou tras apoios, servem para aprimorar 0 equilibria recuperada, que e a mais dificil de ser alcan,ado (SOUZA, 1989). 2.3.6 Agilidade De acorda com Silva e Brita (1992, p. 38) a agilidade e "a qualidade de mudar rapida e efetivamente a direc;:aode urn movimento com destreza e velacidade", tenda correlayiia direta com a ftexibilidade, potencia muscular, equilibria, desenvaltura a podar de decisao. Esta qualidade lisica esta intimamente ligada a pratica da capoeira, par causa das movimentas variadas executadas durante a jogo, que possibilita aas 28 praticantes desenvolverem e criarem situa96es de agilidade ao S9 defender, atacar, esquivar, fintar e gingar (SOUZA, 1989). Pode-se dizer entaD, que a capoeira e urna atividade essencialmente de agilidade, pois os capoeiristas vencem 0 jogo atraves da utiliza9iio de fintas, ftoreios e acrobacias sem a necessidade de entrar em contata corporal. a conceito de agilidade envolve a destreza e velocidade. A destreza traduz a velocidade e coordenaQiio de movimentos, penmitindo ate 0 dominio do corpo durante 0 seu deslocamento espacial. A destreza tem 0 papel de, alam de facilitar a aplica~o dos golpes nos mementos oportunos, auxiliar a praticante a escapar em tempo habil dos golpes dos adversarios e tamoom a substituir um golpe por outro masma quando iniciado 0 Qutro. A agilidade exerce urn papel relevante nestes casas, pois a capoeira e uma luta cujos golpes sao dados no imprevisto. Com rela9iio a velocidade, 0 jogo rapido, determinado pelo toque do berimbau, exige dos capoeiristas movimentos combinadas e sucessivQs, executados em todas as dire96es e em alta velocidade, alem de evidenciar urn alto grau de cocrdenaQiio, deserwolvendo desta forma, associadamente a agilidade, destreza e velocidade (SILVA E BRITO, 1992). 2.3.7 Coordena<;:ao A coordenaQiioa definida por Souza (1989, sip.) como sendo "a qualidade de sinergia que permite combinar a aQiio de diversos grupos museulares para a realizat;ao de urna serie de movimento com um maximo de eficlencia e economla". 29 A coordena.y8o compreende a 8yaO conjunta do sistema nervoso central e da musculatura esqueletica, dentro de uma sequ~nciade movimentos objetiva, como por exemplo numa aula de step. as fatores condicionantes da coordenayao sao: • coordena9ao intra e intermuscular; • condit;ao funciona! dos analisadores; capacidade de aprendizagem motora; • repert6rio de movimentos - experiencia de movimentos; • capacidade de adaptayao e reorganizayao motora; • idade e sexe; • fadiga e Qutros fatores. A coordenayao e essancial para 0 praticante da capoeira, astando evidenciada na aplicayao de todos os movimentos durante 0 jogo, que partem da ginga que deve ser coondenada em relayao ao espa<;o, tempo e os movimentos do oponente (SILVA E BRITO, 1992). Como a coordenayao caracteriza-se pelo estil0, leveza, soltura, naturahdade e performance, atraves da pratica da capoeira pode--se melhorar e desenvolv8-la, em especial, per ser urn jogo ande as praticantes utilizam a destreza e a criatividade sem uma sequencia pre-determinada, 0 que exige dos mesmos a aprimoramento dos reflexos e a coordanayao dos movimentos (SOUZA, 19a9). 30 2.4 OS EFEITOS FISIOL6GICOS Para Souza (1989) os exercicios dinamicos envolvem um grande grupo de musculos que sao usados de maneira continua e rarnica. Na capoeira os exercicios sao isot6nicos e isometricos. 2.4.1 Efeitos Cardiovasculares Alem da idade e do sexo, muitos outros latores influenciam a resposta cardiocirculat6ria do exercicio, tais como a postura, a massa total de museu los envolvidos no esfor\Xl, fatores ambientais, estado de hidratacao e treino lisico do individuo. o exercfcio muscular se acompanha de aumento do consum~ de oxigenio (V02). Para satisfazer as necessidades metab6licas aumentadas dos mesculos em atividade, ocorre urna serie de respostas circulat6rias, respiratorias e metab6licas (MCARDLE; KATCH E KATCH, 1998). Oentre as para metros cardiovasculares, a freqDencia cardfaca e urn dos mais influenciados pete treinamento fisico aer6bico. Em repouso, a frequencia cardiaca diminui significativamente apas um programa de exercicio fisico. o treinamento fisico tambem modifica 0 comportamento da freqOencia cardiaca durante 0 exercicio fisico dina.mico. Quando se realiza exercicio numa mesma patencia absoluta, urn indivfduo treinado tem urna taquicardia atenuada quando comparada a urn individuosedentario. 31 2.4.2 Efeitos Pulmonares Embora as centros respirat6rios funcionem automaticamente sua atividade e controlada par fatores qUlmicos e reflexos. Entre as fatores quimicos a gas carbOnico e 0 maior estimulante do centro respiratorio, urn aumento na sua concentrac;80, aumenta a freqOencia e a intensidade do ritmo respiratorio, fazendo com que a concentrac;ao sa mantenha dentro dos limites normais. A queda na concentrayao de oxigenio, que pode ocorrer principalmente em iocais de grande altitude, ande 0 af atmosferico e mais rarefeito, tambem e um fator que estimula 0 centro respirat6rio atraves de quimioreceptores qua sa encontram localizados nas arterias aorta e car6tidas (MCARDLE; KATCH E KATCH,1998). Esses receptores sao sensiveis a falta de oxigenio do sangue, e quando excitados emitem impulsos aos centros respirat6rios localizados no bulbo, aumentando 0 ritmo respirat6rio. A atividade do centro respiratorio sofre influeneia de diversas origens. Assim impulsos de origem periferica, como a estimula,ao de termina90es nervosas da dor au dos receptores olfat6rio par urn cheiro desagradavel pode provocar uma inspirayaobrusca ou inibi,ao da respirayao. 2.4.3 Efeitos Musculares Os musculos sao constituidos por eelulas (fibras musculares) teeido conjuntivQ, vasas sangufneos e fibras nervosas, as quais controlam a sua contra980. 32 o teeido muscular caraeteriza-se prineipalmente por duas propriedades fundamentais contratibilidade e condutibilidade. Os diferentes tipos de museulos podem ser classiflcados de acordo com suas earaeteristicas morfologicas ou flsiologicas (MCARDLE; KATCH E KATCH, 1998): a) Morfologicamente os musculos podem ser estnados ou Iisos, senda que as estriados encontram-se freqOentemente presos aos esqueletos, per isso tambem sao cham ados musculos esqueleticos, ja as musculos lisos sao responsaveis pela forma(:ija dos orgaos intemas (visoeras organicas) e vasas sangulneos. b) Fisiologicamente as musculos podem contrair·se de acordo com a vontade propria, sao as chamados museu los voluntarios; e S8 SUBS funyOes independem da vantade propria sao chamados involuntanas. Como a contra(:ijo da maioria dos museulos astriada depende da vontada pr6pria, sao tambem chamados voluntaries, enquanto as musculos lisos sao todes involuntarios, porque independem de vontade propria para obterem sua contraty8o muscular. 2.5 A CAPOEIRA E 0 DESENVOLVIMENTO PSICOL6GICOS A atividade fisica traz grandes beneficios pSico!6gicos e emocionais aos individuos, pois produz relaxamento e estimulac;ao psiQuicos, atem de colaborar para a melhoriado humor a da auto estima. Durante a pratica do exereieio fisico acorrem altera<;6es nos niveis plasmaticos de monoaminas e neuropeptideos no sistema nervoso central, 0 Que 33 causa mudan<;:as profundas mudan<;:as nas fun90es neuroendocrinas. 0 exercicio flsico tambem ajuda a diminuir 0 catabolismo das endorfinas, sando passivel super que as alteray6es nos nlveis de peptfdeos opioides end6genos mediados pelo exercicio causam tambem mudan<;:as subjetivas do humor do praticante que podem ser bene ficas na atividade fisica em si e no perfil psicol6gico do esportista (SOUZA, 1989). Os exercfcios f[sicos ajudam tamoom a aliviar a ansiedade e a tensao, reduzindo tambem as riscos de aparecimento de depressoes e alivio do estresse. 2.5.1 Psicofisiologia da Capoeira Psicofisiologia e 0 nome que se pode dar para um dos processos de intera<;1io da mente e do corpo, visto que a fisiologia estuda como 0 musculo executa cada movimento e a psicologia os comportamentos e emo¢es, tendo entao 0 efeito emocional e comportamental que S8 utiliza ao executar urna atividade fisica (JORDAO, 2005). Quando se fala na emo<;1io que e colocada em um movimento, pode parecer algo vago mas nao e, pois as emo¢es est~o correlacionadas as sensa90es do corpo e ao ate de realizar 0 movimento da ginga, atividade basica da capoeira, onde se alternam as pernas cadencialmente, pode·se perceber que 0 indivfduo sente-s8 mais salta, flexivel e sao estas sensa~e5 que 0 levarao a aperfeic;oar seu comportamento em SitU8y6eS do seu dia a dia, como S8 relacionar com os amigos, tomar decisiies no trabalho e no estudo, tudo isso porque a atividade fisica faz com que a pessoa 1ide com as limitay6es de seu corpo passando a se conhecer melhor, 34 conseqOentemente. amadurecendo seu intelecto, tornando-a mais capaz de realiza¢es. Levando-se em considerayao estes pontos, pode-se compreender porque a atividade fisica, seja ela qual for, pode ser a cura ou a melhoria de qualidade de vida para determinadas doen9'ls como pressao alta, diabete tipo 2, fibromialgia, estresse e Qutros, pois a energia empregada no movimento faz com que 0 cerebra libere no organismo neutrotransmissores (substancias quimicas) como a endorlina, adrenaline e noradrenalina que daD a sensayao de bern ester ao praticante. No case da endorlina, no momenta da atividade intensa ou grande empolgayao a pessoa se sofrer uma lesao, pode nao sentir a dor, pois esta substancia anestesia a regiiio por isso muitas vezes sente-s9 a dar de urna contusao apenas quando 0 corpo esti'ler "frio" (JORDAO, 2005). A capoeira como toda luta, alam de fortalecer a musculatura do praticante, faz com que a pessoa perceba-se mais forte, au seja, emocionalmente esta fon;a, fisica passa a ser tambem psiquica. Porem, a capoeira difere das demais artes pelo contexto que ela engloba por possuir movimentos que se assemelham a dan9'l, incluindo a ritmicidade e a musica, faz com que este individua, ah~mde sentir-se segura, nao se sente presQ porque e urns luta que nao possu; movimentos rigidos e sim movimentos amplos e alguns inclusive com caracteristica ludica, contribuindo para a pessoa saber trabalhar em si mesmo, aspectos negativos que muitas vezes a incomodam e refor~r os positivos, percabendo que pode ampliar seus harizantes (JORDAO, 2005). o fata des muscules e ligamentes estarem em atividade na pratica da capoeira, mexe diretamente com 0 comportamento do individuo, pois este trabalho fisico eleva a auto-estima, a passea sente-s6 bem consigo mesma e per isso 35 passars a ser mais.confiante em concretizar seus objetivos, alem de outros aspectos globais que sao desenvolvidos, desta forma naG sa pode deixar as aspectos psicol6gicos de lado ao avaliar 0 trabalho fisico, pois ele influencia a rendimento do ser humane tanto para 0 bem quanto para 0 mal, dependendo apenas, do estado de humor de cada um. Assim sendo e importante a prstica de exercicios fisicos e neste casa em especial, a capoeira. 2.5.2 0 Estresse o estresse e urna reacao do organismo com componentes psicol6gicos, flsicos, mentais e hormonais que ocorre quando surge a necessidade de urns adaptayao grande a urn eventD au situayao de importancia. Este eventD pede ser algo negativD au positive. E. negativQ quando 0 estresse sa encontra em excesso. Ou seja. quando a pessos ultrapassa seus Iimites e e5gota sua capacidade de adaptac;8o. Assim 0 organismo fica destituido da nutrientes e a enargia mental fica reduzida. A produtividade e capacidade de trabalho ficam muito prejudicadas aletando a area ocupacional. Mas deve-se colocar que a qualidade de vida tambem solre danos e posteriormente a pessoa poda vir a adoecer (NOVAES e NOVAES, 1996). Par Dutro lado 0 estresse pode ser positive. E 0 estresse em sua fase inicial, a do alerta (quando come98 a a<;:Aodo hipotalamo, e sa for detectada inicialmente, pode ser dominada e usada a lavor do individuo). 0 aumento gradativo da adrenalina melhora 0 desempenho fisico e intelectual, de animo, vigor e energia, larendo a pessoa produzir mais e ser mais crtativa. Ela pode passar por periodos em que dormir e descansar passa a nao tertanta importancia. E a fase da 36 produtividade. Ninguem consegue ficar em a!erta par muito tempo pais 0 estresse se transforma em excessive quando dura demais. E a adrenalina (urn dos harmonics do estresse) faz com que aUetas consigam superar limites numa competiyao au que consultores de empresas multinacionais consigam terminar projetos em tempo recorde (ZAKABI, 2004). E por ultimo percebe-se que existe um estresse ideal quando a pessea aprende 0 manejo do estresse e gerencia a fase de alerta de modo eficiente, alternando entre estar em alerta e sair de alerta. 0 organismo precisa entfar em descanso para recuperayao apes uma permanencia em alerta para que S9 recupere. Ap6s a recuperac;iio nao M dano em entrar de novo em alerta. Se nao ha um periodo de recuperayao, entaD, doen<;.as comeyam a ocorrer, pais 0 organismo S8 exaure e 0 estresse fica excessivo. Esse entendimento e manejo do estresse pode fazer com que 0 individuo consiga encontrar uma forma de viver bem nessa sociedadeatual. o mecanisme de 8yaO do estresse se inicia quando soam os alarmes do corpo fazendo soar 0 sinal de alarme a partir do qual doses maci,as de adrenalina sao despejadas na corrente sanguinea, a respirayao aceJera-se para fornecer dose extra de oxigenio, 0 corec;iio bate mais rapido (cinco yezes 0 normal) e a pressao sanguinea sobe. As reservas de a<;ucar sao convertidas em glicose para fornecer energia extra ao organismo. 0 sistema circulatMo desyia para 0 cerebra e para os museu los 0 sangue de fun<;6es nao essenciais para a luta que esta se travando no organismo, como a digestao que e interrompida. A YisBo,a audic;iioe ate 0 raciocfnio fiearn mais aguyados. 0 papal do exercicio fisico e de liberar energia, reduzindo a ansiedadee melhorando0 humor (NOVAES e NOVAES, 1996). 37 Um individ~o estressado esta basicamente desfocado de si mesmo. Sente- se perdido, porque corre ate a ci~ncia em busca de sua exist~ncia e nao a consegue. Recorre entao as cren9BS e fllosofiBS da vida, mas frustra-se tambem, pois prccura I. fora 0 que esta dentro de si mesmo. Portanto 0 caminho a buscar seu interior maior, descobrindo-o e descobrindo-se, a fim de aumentar a nitidez de sua vida, atraves do autoconhecimento e de busca do equilibrio intemo e de uma vida saudavel, em especial com a pratica de esportes como afirmam Silva e Brito (1992, p. 45): "a capoeira e recomendada as pessoas com dificuldade de se controlar diante de situ890es novas e conflituQsas, com dificuldades de relacionamentos, as pessoas com problemas respiratorios, problemas na fala e tambilm como terapia de controle do estresse". 2.5.3 Os Efeitos Psicol6gicos da Capoeira A pratica de exercicios fisica traz beneficios ao corpo, porem estes tambem atuam no psicol6gica do individua, desenvalvenda qualidades que seraa impartantes tanto para a pratica da capoeira, quanta para a qualidade de vida deste Essas qualidades podem ser descritas de acorda com Menezes (1995) da seguinte maneira: • Aten~o - 0 individua que pratica a capoeira necessariamente ganha essa qualidade, pois essa pn,tica requer aplica~a cuidadosa do espirlta, estuda e ao mesma tempo delicadeza, que a capoeira e urna luta arte. • Perce~o - alam das qualidades perceptivas de um lutadar, isto e, todo conhecimento adquirido por meio dos sentldos, 0 praticante de capoeira agu98 sua sensibilldade desenvolvendo com seriedade seu lado artistico, pois 38 aprende a tOC8r instrumentos e pOe para fora toda a carga sentimental sa expressando atraves do canto. • Criatividade - 0 individuo adquire urn grande potencial de criatividade e rapidez de raciocinio tanto pelo lado artistico como pelo lado da luta, ja que a capoeira e urn produto da criatividade, ande as em0y6es e as influ6ncias ambientais (oram de enorme importancia, podendo-se dizer que a mesma a partir da sua origem e evo!u~o passu; entaD um enorme poder de estimular 0 poder criador dos seus praticantes, ja que 0 esporte naseeu da criatividade dos escravos. • Persistencia - par sar a capoeira um esporte muito dificH e muito exigente, e necessaria do praticante muita persistencia e dedicayao, originando dar uma das mais importantes qualidades na vida de urn ser humano, ja que sem persistencia e dedicaliio e dificil alguem chagar ao auge de uma atividade, seja ela profissional, fisica ou qualquer outra. Capacidade de iniciativa - para ser uma luta-arte e necessaria que a capoeira saiba distinguir a hora de brincar, bern como a hora de lutar, isto tanto dentro da roda como tocando as instrumentos. Esse iniciativa treinada pele pratica da capoeira se estende para a vida do indivfduo tomando-o mais capaz de tomar decis6es que serao importantes para sua vida cotidiana em todos os aspectos. • Auto controle - dentro de uma roda de capoeira, 0 praticante adquire 0 seu proprio controle, pois se para urn bailarino e necessario 0 auto controle da mente e do carpa, esse autocontrole e fundamental para a lutador, assim a potencial adquirido pela pratica da capoeira e muito grande ja que e muito estimulado na pratica da luta-arte. 39 • Astucia - esta qualidade e fundamental para urn praticante de capoeira, ja que 0 mesma na maioria des vezes naD saba de ande nem como vern 0 golpe, enlao e preciso adquirir aslucia e malandragem, • Coragem - e urna qualidade que se nao for nata no praticante de capoeira, deve ser adquirida, porque a capoeira lanlo se desenvolve lenla e suave mente, quanta rapida e agressivamente. • Seguranl"! - devido a lodas as qualidades fisicas e pSicolegicas 0 individuo, depois de algum tempo de esludo, dedica~o e pralica da capoeira, adquire muita confian9B nao 56 fisica como mental. Ah3m disso deve pensar em termos de desenvolvimento afetivo-social, pais e agindo e inleragindo em inlera\Oiiocom os grupos sociais que 0 individuo desenvolve sua afetividade, Para Silva e Brilo (1992) "a capoeira se manifesla denlro de uma Iradi\Oiiode rode, e S8 desenvo[ve dentro de urn verdadeiro cerimonial, 0 capoeirista aprende a respeilar e a manler eslas IradiQiies", Assim sendo, 0 pralicante de capoeira ao defender as Iradi<;6es,lular conlra a discriminayao que envolve a capoerra, traz a tona sentimentos de amort zelo, valorizayao e responsabilidade par aquila que faz. Oesta forma esta responsabilidade, a lideranl"!, ooopera\Oiioe participe~o sao incenlivadas j<i que aos praticantes de capoeira sao incumbidos de fun<;6es dentro da academia lais como, cuidar e zelar dos instrumentos, participar das apresenta¢es, auxiliar nas aulas, cantar, tocar, entre outras. o senlimenlo de equipe e baslanle valorizado na pralica da capoeira, pois seus praticantes precisarn urn dos Qutros durante treinos e jogos. Existe urn rodizio para 0 desempenho de func;6escomo jogsr, cantar, locar, baler palmas, 0 que faz 40 com que seus praticantes tornem-se iguais, nao havendo distinc;ao de rac;a, nrvel social e financeiro, intelectual, quebrando-se vari8S barreiras para urn melhor relacionamento (SILVA E BRITO, 1992). Outra caracteristica desenvolvida que merece destaque e a auto-e5tima. Esta e alcan<;ada quando 0 praticante de capoeira adquire seguran<;a e coragem superando varios bloqueios anteriores como medo do contato fisico, de apanhar, de S8 machucar par nao possuir a tecnica para se defender, de S8 expor a avalia<;oes publicas; complexo de inferioridade, par S8 sentir mais fraco que as Qutros. par nac saber S8 expressar em grupo ou par sentir-se incapaz de executar algumas tarefas Assim, quando existe a yalorizavao e 0 incentivo ao companheiro que S8 destaca e urn ato de humildade e uma demonstra9ao de afetividade muito importantes entre as praticantes de capoeira. 3 METODOLOGIA 3.1 TIPO DE PESQUISA Este estudo caracteriza-se par ser urna pesquisatipo descritiva pois esta e apropriada para medir tanto opinioes, atitudes e prefer€mcias como comportamentos per meio de urn questionario. Atrav9S de avanyadas tecnicas estatfsticas inferencias. ela pode criar modelos capazes de predizer S8 urna pessoa tera urna determinada opiniao ou a!Jira de determinada forma, com base em caracteristicas observaveis (ANDRADE. 2001). 3.2 POPULAcyAo E AMOSTRA 3.2.1 Popula~ao A popu[at;ao foi de praticantes de capoeira de urna academia da cidade de Curitiba. escolhida de forma intencional (MARCONI. 1982). 3.2.2 Amos!ra A amostra fo; de 63 sujeitos de ambos os sex~s, escolhidos aleatoriamente, que responderam 0 questionario. 42 3.3 INSTRUMENTO Para a pesquisa elaborou-se um questionario (Apendice 1) com 12 perguntas abertas e fechadas em funyao dos objetivos especificos, sendo 0 mesmo validado por dois professores (Apendice 2) (MARCONI, 1982). 34 COLETA DE DADOS Solicitou-se autorizayao da academia para a aplicayiio de um questionario aos praticantesde capoeira (GIL, 1996). No periodo de 01 de marya a 28 de abril de 2004, aplicou-se 0 questionario adotando as seguintes procedimentos: 1) turma avan<;adaem treinamento. onde se pediu a autorizayao do mestre responsavel, urn tempo de 5 a 10 minutos para aplica980 do questionario; 2) utilizou-se a mesma procedimento para Qutras turmas em dias alternados, sendo 0 question,;rio recolhido apas 0 tempo. 3.5 TRATAMENTO DOS DADOS Os questionarios preenchidos que retornaram foram digitadas no software Microsoft Excell, processados em programa especifico onde foram submetidos a ani31ises de estatistica descritiva iais como media; desvio padrao e histogramas de frequencia. Os resultados serao apresentados em graficos, com apurayees anaHticas e descritivas. 43 3.6 L1MITACOES DA PESQUISA Com relayao 80 material bibliografico, encontrou~sedificuldades pOtS a tema psicol6gico nao apresenta material editado em quantidade. Devida a pesquisa ter sido efetuada em urn dia de curs~ de treinamento. a presenl;8 feminina ficou reduzida, refletindo-se nos resultados numericos obtidos em funyao do sexo. 4 APRESENTACAo E DISCUssAo DOS RESULTADOS Para apresenta<;Aoe discussao dos resu~ados adotou-se os seguintes procedimentos: os resultados sao apresentados nurn quadro absolutos e percentuais e ap6s as valores percentuais em graficos. 4.1 PERFIL DOS ENTREVISTADOS QUADRO 1 - VALORES ABSOLUTOS E PERCENTUAIS IDADE 20A25ANOS 26A30ANOS 31 A 35ANOS 23 26 14 N' DE SUJEITOS (35,8\\) (41,02\\) (23,08\\) PORCENTAGEM SEXO MASCULINO FEMININO N' DE SUJEITOS 50 1 13 PORCENTAGEM 79,49%) 1(20,51'1'.) PESO INFERIOR A 50 KG 51 A 70 KG ACIMA DE 71 KG N· DE SUJEITOS 0 1(4 1 8,72%) 1(;1,28%)PORCENT AGEM 0% ALTURA MENOS DE 1,50 M 151 A 1,70 M MAIS DE 1,71 M N· DE SUJEITOS 1 26 36 PORCENTAGEM 1(2,5"') ,(41,02%) (56.42%) Fonte: Elaborayao prOpria com dados obtidos na pesquisa de campo. Base = 63:63. Pode-se observar por meio do grafico 1 que a maioria (41,02%) dos praticantes de capoeira encontram faixa etiuia de 26 a 30 anos, caracterizando uma popula~o jovem e atuanteno mercadode trabalho. Quanta ao sexo: GRAFICO 2 - SEXO ICmMCulino Cfeminino I Observa-se que a maioria (79,49%) dos pesquisados sao do sexo masculino, 0 que mostra uma visa.o ainda pouco divulgada do esporte para 0 sexo feminin~, indicando a necessidade de uma maior divulgaC;ao do mesma e de seus beneficios para 0 universo feminino. Essa caracteristica pode ser considerada ainda urn resquicio da historia da capoeira. Quantoao pesoe altura: GRAFICO 3 - PESO IClnferioraSOkg Centre51e70kg Oadmade71 kg I Fonte: Ela~o prOpria com dados obtidos na pesquisa de campo. Base = 63:63. 45 46 Quanta a altura dos pesquisados: GRAFICO 4 - ALTURA 41,02 56,42 o que se pode observar dos dados do g",fico 3 e 4 e que a manuten9ao do fisico em parametros adequados pareee ser urn beneficia obtido pelos praticantes de capoeira visto que uma boa porcentagem dos entrevistados (48,72%) mantem seu peso na faixa entre 51 e 70 kg que se for analisado junto a altura media dos entrevistados que e acima de 1,71m para 56,42% e uma boa media. Oesta forma a relac;ao peso/altura dos praticantes de capoeira mostra uma populatyaode medidas proporcionais e visual mente adequadas na sua maiaria. 4.2 PERFIL s6cIO CULTURAL DOS ENTREVISTADOS Quanta a profrss~o dos pesquisados: GRAFICO 5 - PROFISsAO DOS PRA TICANTES 5,13 1~~~~~~~~2'~2~~~~~~~~~~~~3~8':47pm'_ ••••",...""''"''~ •••rioprof..or 10 15 20 25 30 Fonte: Elaborat;Ao pr6pria com dados obtidos na pesquisa de campo. Base = 63:63. o universe pesquisado mostra atraves do grafico 5 a diversidade de profissOes dos praticantes de capoeira, mostrando que cada vez mais este esporte deixa de ser estigmatizado como praticacto par camadas da populac;:!Io de menor nivel social como era no comeyo da historia da capoeira. Quanta a escolaridade: 35 47 40 GRAF1CO 6 - ESCOLAR1DADE rgrau rgrau completo completo Fonte: Elaboraya<J propria com dados obtidos na pesquisa de campo. Base = 63:63. Tambem a escolaridade dos praticantes mostra atraves do grafico 6 que 0 nivel de instruc;:aodos mesmos e na maioria de 3' grau completo (46,15%) e incompleto (28,2%), 0 que de certa forma justifica a amplitude de OP90es de profissOes encontradas na pesquisa. 4.3 PRATICA DO ESPORTE E SUA MOTIVA<;Ao GRAF1CO 7 - TEMPO DE pRAT1CA DE CAPOE1RA ~~-e [l ate 1 ana de1a3.lInos mais d. 3 anos Fonte: Elabo/"a(/tlo pr6pria com dados obtidos na pesquisa de campo. Base = 63:63. A maioria dos pesquisados (74,36%) como se pode verificar pelo grafico 7 pratica a capoeira a mais de 3 an OS, 0 que mostra a qualidade do esporte em termos de preferencia. 48 49 GRAFICO 8 - TR~S MOTIVOS MAIS IMPORTANTES APONTADOS PARA A pRATICA DACAPOEIRA~~"r""E'''tJ5 1J1-· c;ondlcionam.nto fhlco. mental []2". qu_~ c;ulturail:aNOClada t hlstoria do 1000 oP· como arte marelal Fonte: Elaboracao propria com dados obtidos ns pesquisa de campo. Base = 83:63. (42,86%) para terem procurado a pratica da capoeira e 0 condicionamento lis icc e o motivo apontado em primeiro Jugar pela maioria dos pesquisados mental que 0 esporte proporciona, porem os outros dois motivos apontados tambem mostram que a tendencia comprova que a pratica do esporte pade beneficiar tanto fisica quanta pSicologicamente. GRAFICO 9 - A pRATICA DA CAPOEIRA AJUDA A COMBATER 0 ESTRESSE E AS TENSOES DO DIA A DIA 93,66 !Omulto IJpouco OnloatWi I Fonte: ElaboFa9AO propria com dados obtidos na pesquisa de campo. Base = 63:63. 50 Ficou comprovado pela analise dos graficos 9 e 10 que a pratica da capoeira e vista pela maioria dos entrevistados (96,43%) nao s6 como uma maneira de desenvolver e manter a fisico como tambem urna forma de aprimorar 0 psicol6gico e com bater as efeitos do estresse e das tensOes diarias atraves dos beneficios psicol6gicos que a pratica desenvolve. Esses efeitos sao dos mais variados, indo desde aumento da concentray30 ate aumento da autoestima, porem as tr~s mais citados pelos pesquisados pela ordem de importAncia podem ser vistos no g,,;fico 11. GRAFICO 11 - TR~S EFEITOS PSICOL6GICOSAPONTADOS PELOS PRATICANTES NA ORDEM DE IMPORTANCIA ~f(""r.."r" ~ Fonte: Elaborac;.Aopr6pria com dados obtidos na pesquis.a de campo. Base = 63:63. 51 Novamente a partir da analise do gmfico 11 pode-se perceber a importilncia que as praticantes de capoeira d~o aos fatores psicol6gicos para determinar sua escolha pela pmtica do esporte. A maioria dos pesquisados (35,71%) acredita que a desenvolvimento afetivo/social e 0 efeito mais importante que se pade esperar dessa pratica. Os Qutros efeitos envolvides que fica ram em segundo e terceiralugar na preferencia dos pesquisados tambem envolvem fatores associados ao pSicol6gico como 0 aumento da concentra9:Jia e a desenvolvimento da criatividade. GRAFICO 12 - TR~S RESULTADOS PRINCIPAlS DA pRATICA DA CAPOEIRA NO APRIMORAMENTO FisICO IC1·.~llidad.cr·coo~motOnl O,.-flexlblHdadel Fonte: Elabor.I(;;:'o propria com dados obtidos na pesquisa de campo. Base = 63:63. Percebe-se que a dominic pSicomotor e bastante valorizado pelos praticantes de capoeira entrevistados, dando ~nfase na agilidade (46,43%) em primeiro lugar, coordenayao motora (42,86%) em segundo lugar e na fiexibilidade (39,29%) em terceiro lugar como pontos importantes para justificar a opyilo pela capoeira. 52 5CONCLusAo o objetivo geral do presente trabalho foi alcan98do ja que se pode observar que as praticantes de capoeira desenvolvem as qualidades fisicas como, forya, ftexibilidade, resistencia, alem das habilidades especificas com maior facilidade apas algum tempo de pratica, tudo associado aos ganhos psicol6gicos da pratica do esporte como 0 desenvolvimento afetivofsocial, aumento da concentrac;ao e desenvolvimento da criatividade. Por meio dos objetivos especificos, que fcram tra98r 0 perfil do pratlcante da capoeira; os motivQs que levarn as mesmos a pratica da capoeira; verificayao do efeito psicol6gico da pratica da capoeira para seus praticantes e do efeito fisiol6gico desse esporte para as capoeiristas, comprovou·se que a pratica desse esporte desenvolve segundo os pesquisados em primeiro lugar 0 desenvolvimento afetivo/social, em segundo a concentrayao e em terceiro 0 desenvolvimento da criatividade, mas tambem desenvolve a autoestima, a confian~, 0 respeito. alem da cooperar;ao, lideran98 e responsabilidade comprovando a hip6tese de trabalho que foi levantada no inieio deste trabalho. Assim pods-se dizer que os beneficios da capoeira se estendem alem do condicionamento fisico, pois alia exercicios de destreza com recursos de defesa pessoa! a ensinamentos importantes para 0 dla a dia do praticante como os citados aeirna. Oesta forma pode....se dizer que a capoeira vem conquistando seu espar;o nos ultimos anos, sendo ensinada em academias, escolas e universidades pais contem em sua essencia um amplo campo de desenvolvimento psicofisiol6gico, por 53 iS50 vern sendo progressivamente valorizada e tern ocupado de maneira lenta ainda, a seu espa~ nos varios segmentos sociais, pelas suas caracterlsticas de harmonia de movimentos e de aprimoramento psicol6gico. Assim, se antigamente era vista apenas como folclore e uma luta sam regras, atualmente ja e motivQ de estudos cienHficos e sua pratica e defendida como atividade fisica e psicol6gica ajustada a cultura nacional. 54 REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS ANDRADE, M. M. de. Introdu,8o a metodologia do trabalho cian/ffico:elabora"ao de trabalhos na gradua"ao. 5 ed. Sao Paulo: Atlas, 2001. CAMPOS, H. Capoeira na Escola. Salvador: Presscolor, 1990. CAMPOS, H. Capoeira na Universidade. Salvador: Edufba, 2001. CERVO, A L Metodologia cientifica:para uso dos estudantes universitarios Sao Paulo: Mcgraw Hill, 1974. COSTA, M. G. Ginastica Localizada. 4 ed. Rio de Janeiro: Sprint, 2001. DANTAS, E. H. M. Flexibilidade, Alongamento e Flexionamento. 4 ed. Rio de Janeiro: Shape, 1999. FALCAO, J. L C. A escolarizat;ao da capoeira. Brasilia: ASEFE, 1996. GIL, A. C. Metodos e tecllicas de pesquisa social. 2 ed. Sao Paulo: Atlas, 1989. JORDAO, A. Entrevista sobre psicofisiologia realizada com a psic610ga Alessandra Jord~o. Curitiba, abr/2005. MARCONI, M. A Tecnicas de pesquisa: planejamento e execu"ao de pesqulsas, amostragem e t"cnieas de pesquisa, e elabora"ao, analise e interpreta"ao de dados. Sao Paulo, Atlas, 1982. MATTOS, H. C. C. Os efeitos da prlltica da caposira sobre a forr;a, ffexibilidade, resistencia, habilidade especifica e composi,ao corporal Rio de Janeiro: UGF, 1997. MCARDLE, W. D., KATCH, F. I., KATCH, V. L Fisiologia do exercicio. 4 ed. Rio de Janeiro: Guanabara, 1998. Psginas 263 a 287. MENEZES, A C. Qualidades pSicol6gieas desenvolvidas ns eapoeira. Jomal Muzenza. Curitiba, n. 02, ma""/abril de 1995. MENEZES, A C. Historia da capoeira no Parana. Curitiba, entrevista pessoal dada em Abr12005. MESTRE ZULU. Idiopraxis de CapoeirB. Brasilia: Do Autor, 1995. NOVAES, L E NOVAES, M. 0 stress, mitos s verdades. Sao Paulo: Contexto, 1996. RUIZ, J. A. Metodologia Cientifica. Guia para eficiencia nos estudos. Sao Paulo: Atlas, 1977. 55 SANTOS, L. S. EduCB9~O - Educa9~o lisica - Capoeira. Maringa: Funda9lio Universidade Estadual de Mannga, 1990. SILVA, G. O. Capoeira - do engenho a universidade. Sao Paulo: CEPEUSP, 1995. SILVA, C. B. E BRITO, E. P. Capoeira - Ser ou nao ser, eis a questilo. Goiiinia. Associa9lio Salgado de Oliveira de Educa9ao e Cultura, 1992. SOUZA, S. A. R. A criatividade na capoeira. Curitiba: Grupo Muzenza, 1989. VIEIRA, L. R. 0 jogo de capoeira. Cultura popular no Brasil. Rio de Janeiro: Sprint. 1995. ZAKABI, R. Stress - ninguem esta a salvo desse mal mademo. Veja. Sao Paulo, n. 06, 11 de levereiro de 2004. 56 APENDICE 1 - QUESTIONARIO APLICADO UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA CURSO DE EDUCAQAO FislCA o objelivo geral que se prelende alcan""r com essa pesquisa e execular urn esludo para verificar os verdadeiros beneficios psicofisiol6gicos que Iraz a capoeira para seus praticantes. 1.ldade: ( )20a25 ( ) 26a30 ( ) 31 a 35 2. Sexo: ( ) masculino ) feminino 3, Peso: ( ) 50 kg ou menos ) 51 a 70 kg ) 71 kg ou mais 4. Altura: ( ) 1,50 m ou menos 5. Profissao: _ ) 1,51 a 1,70 m ) 1,71 m ou mais 6. Escolaridade: ( ) 1" grau incompleto ( ) 2° grau incompleto ( ) 3'grau incompleto ) " grau completo ) 2' greu completo ) 3'grau completo 7. Quanta tempo joga capoeira? ( ) ale 1 ano ( ) de 1 a 3 anos ( ) de 3 anos ou mai5 8. Marque na ordem de import,!mcia (1U, 2' e 3i1) as 3 motivQs para ter procurado a capoeira? ( ) pelo condicionamento (isioo ( ) pelo condicionamento mental ( ) pelo condicionamento fisico e mental () como arte marcia! ( ) par quest6es culturais associadas a ( )Outros? Quais _ historia do jogo 9. Voce acredita que a capoeira atua de forma positiva no combate ao stress e tens6es do dia a dia? ( ) muito ( ) pouco ( ) nao alua 10. Voce acredita que a pratica do jogo da capoeira pede ter efeitos psicol6gicos? ( ) muito \ ) pouco ( ) nenhum 11. Ao se analisar os efeitos psicol6gicos da pratica do jogo da capoeira, quais as 3 aspectos mais estimulados na ordem de importa.ncia (1°, ~ e 3°)? ( ) concentra9Ao ( ) combale a viol!ncia ( ) dominio da brutalidade ( ) desenvolvimento da ( ) desenvolvimento ( ) desenvolvimento criatividade cognitiv~ afetivolsocial ( ) autoestima ) outros. Quais? _ 12. Voce acredita que a pratica do jogo de capoeira pede ajudar no aprimoramento fisico tendo especiais resultados na (marque as 3 op¢es mals lmportantes): ( ) fieJ(ibilidade ( ) forc;a ( ) resist!ncia ( ) coordenayao motora () agi~dade ( ) velocidade ( ) Outros. Quais? _ 57 58 APENDICE 2 - VALlDAC;AO DE INSTRUMENTOS DE PESQUISA Solicito aos professores abaixo assinados sua colabora980 para valida980 de urn questionario que tern per objetivQ fazer urna pesquisa cujo foeD e executar urn estudo para verificar as verdadeiros beneficios pSicofisiol6gicos que traz a capoeira para seus praticantes, tendo 12 quest6es objetivas. Esclare90 que a referida pesquisa tern finalidade puramente academica e 581iento que as dados obtidos nesse levantamento serno analisados sob aspectos e quest6es gerais, para buscar identificar os beneficios da pratica da capoeira tanto na parte fisica quanto nos aspectos psicol6gicos. Esta pesquisa visa desenvolver um trabalho de Conclus§o do Curso de Educa980Fisica, da Universidade Tuiuti do Parana - Formandos de 2005, realizadopar mim, Lilia Benvenuti de Menezes, alune do ultimo periodo desta Instituiyao, cnde abordo 0 tema BENEFlclOS PSICOFISIOL6GICOS DA CAPOEIRA No case de quaisquer esclarecimentos ou duvidas sobre a pesquisa, salicita entrer em contato com 0 aluno nos telefones I e-mail apresentados abaixo. Cordialmente, Lilia Benvenuti de Menezes - Formanda Endere90: Rua Frei Valentim Hella, 131 - casa a Telefone: 9605-5552/3338-5578 e-mail: criancamuzenza@libero.it/professoracrianca@muzenza.com.br Nome~ _ Forma98o~~~7C~~~~ __~~~~~~~~~~~~~ _ Grau que detem ( ) licenciado ( ) especialista ( ) doutor ( ) mestre 0~~~:~~:;'~;:;a~-------------------------------------------- Opiniao _ Nome~--------------------------------------------------- Forma"'o~~~~--~~~~----~ __ ~~ ---- __ ----------- Grau que detem ( ) licenciado ( ) especialista ( ) doutor ( ) mestre 0~~~:~~:;'~;:;a~---------------------------------------------- Opiniao _ Curitiba, 30 de mar90 de 2005. Assinatura
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