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“VIDA, MATEMÁTICA E FILOSOFIA” Artigo desenvolvido com o objetivo de compor um relatório de 5º Semestre do curso Superior de Tecnologia em Mecatrônica Industrial. Concluído em 08/06/2015, foi escrito por “Hill Silva”. Esse documento está sendo publicado com o objetivo de auxiliar todos aqueles que possuem alguma dúvida em relação a escrever um artigo de introdução teórica. Geralmente esses artigos acompanham algum relatório que trata sobre um tema em particular. São parte fundamental de todo o processo. É importante ressaltar que, durante o desenvolvimento, elaborei algumas equações matemáticas simples com o objetivo de defender minhas ideias a partir de demonstrações. Caso haja alguma falha, estou totalmente disposto a ouvir sugestões e críticas, assim como possíveis correções. Disponibilizo, para esse fim, meu contato: https://www.facebook.com/hill.silva. 1 – Introdução: “VIDA, MATEMÁTICA E FILOSOFIA” “Um ponto cego em nossa cultura –território estranho, em que apenas uma elite, um pequeno número de iniciados conseguiu se entrincheirar.” É com essas palavras que Hans Magnus Enzensberger, poeta alemão, definiu a forma como é vista a matemática na sociedade. Porém, creio que seria injusto fazer dessas palavras a definição da essência matemática. Sempre gosto de pensar que as memoráveis palavras de Enzensberger, na verdade, expressam um sentimento de tristeza que se intensifica à medida que a mente do ser humano percebe que isso é algo que dificilmente será reparado, e se consolida quando ele se dá conta de que um mundo diferente desse só existe dentro de cada um daqueles poucos que não se rendem ao senso comum. Mas como ser diferenciado nesse aspecto quando lidamos com uma disciplina cujos principais pilares foram estabelecidos há dez mil anos? O que Sir. Isaac Newton quis dizer quando afirmou ser apenas uma criança brincando na praia, enquanto toda a verdade estava escondida no fundo do oceano? Ora, basta observar que enquanto as obras dos grandes artistas estão nos maiores e mais luxuosos museus do planeta, as essências das obras dos grandes matemáticos estão guardadas nos mais robustos baús, que por sua vez estão trancados sob os mais imponentes ferrolhos. Conceber um projeto e apresentá-lo a uma banca de magistrados nos traz alguns desafios. Naturalmente, o funcionamento dos mecanismos do projeto precisam ser compreendidos da melhor maneira possível (o ideal é que seja compreendido em sua plenitude). E para que essa condição se estabeleça, a linguagem universal será utilizada: a Matemática. Ora, se o próprio Galileu afirmou que as leis da natureza estão escritas em “matematiquês”, então não restam dúvidas em relação à sua importância, assim como a sua forte ligação com os conceitos do projeto. A ciência se constitui, em boa parte, por uma observação minuciosa de certos fenômenos que ocorrem com uma frequência relativa. A partir disso a matemática é utilizada para descrever algumas coisas a respeito do fenômeno. Depois, os conhecimentos são organizados e documentados. Eventualmente teremos alguns contextos que apresentam características semelhantes às características registradas naquele fenômeno, então parâmetros e convenções são estabelecidos com o objetivo de sincronizar as duas situações; dessa forma teremos um resultado mais próximo e confiável. Dentro de todo esse contexto, vamos priorizar, sempre, os temas relacionados ao projeto (tais como conversão de medidas, magnetismo, eletromagnetismo e mecânica dos fluídos). Sempre que possível, alguns casos especiais serão abordados. Nomeamos “casos especiais” todas as situações marcadas por erros de leitura causados por alguma característica presente no projeto. Essas abordagens têm o objetivo de ampliar o conhecimento do leitor a respeito do tema, e até mesmo quebrar alguns paradigmas propostos pelo senso comum. Gostaria de dizer que, durante todo o processo de desenvolvimento do projeto, vi em nossos métodos grandes ferramentas de desenvolvimento pessoal e profissional. Acredito nisso veementemente! 2- Vazão 2.1-Aplicação básica Antes de definir quais conceitos seriam abordados, foi necessário primeiramente observar o projeto como um todo e identificar quais fenômenos naturais se repetiam. Observar os fenômenos naturais é um processo que possui uma importância singular, pois a ciência comumente utiliza esse tipo de procedimento. Nós costumamos dizer que um projeto de ciências exatas é uma pequena amostra da natureza, pois as tecnologias desenvolvidas e empregadas em projetos tecnológicos depende disso (processo de observação). O mecanismo do projeto é simples: um sistema eletromecânico é responsável por abastecer dois tanques de água. Através dessa observação, fica claro que entender o movimento da água através do sistema é fundamental. Ao movimento da água através de um sistema cujas principais características são comprimento Z e seção transversal A , associamos a vazão. O interesse está na quantidade de líquido expressa em cm3 por unidade de tempo; o líquido, logicamente, flui através da tubulação. FIGURA 2.1 2.2 - Velocidade de preenchimento de um recipiente. Quanto maior o número de informações à respeito do funcionamento do sistema, maior a eficiência do mesmo. Isso acontece porque quando existe um processo elaborado e uma equipe dedicada para esse elemento em particular, as estimativas são muito mais precisas. Elas permitem que os administradores do projeto visualizem possíveis contextos futuros. Ter esse tipo de recurso em mãos nos garante uma maior probabilidade de encontrar soluções em situações adversas. A partir desse ponto, e até as próximas seções, nos dedicaremos a recolher algumas dessas principais informações. É conveniente dizer que ao longo do artigo alguns dados e estimativas importantes serão obtidos e demonstrados através de conceitos matemáticos. Obviamente esse método depende de algumas técnicas. Em alguns momentos elas podem apresentar um teor relativo de complexidade. Entretanto, as demonstrações foram simplificadas sempre que possível. Quanto aos recipientes, podemos dizer que eles possuem uma graduação. A graduação indica a quantidade de líquido presente no interior do reservatório em um determinado momento. Naturalmente, em um determinado momento no futuro, veremos que: 𝑉𝑧 = 𝑑𝑆 𝑑𝑡 (equação 2.1). Onde Vz se refere à vazão do líquido num determinado instante, S indica a posição do líquido em relação à graduação (e será importante compreender as relações entre unidades de medidas, pois as graduações geralmente trabalham com Litros(l); o SI por sua vez utiliza o m³ como unidade de medida para o volume), e, logicamente, t representa a variável tempo como já conhecemos muito bem. Nas próximas seções, falaremos à respeito das bombas (dispositivos responsáveis por pressionar o fluído, atribuindo ao mesmo um movimento em uma certa direção). O conceito mais importante no que tange a movimentação do líquido será a Vazão do mesmo; portanto o funcionamento da bomba não será abordado em detalhes, pelo menos não neste artigo teórico. É bem verdade que o funcionamento interno da bomba não passará por uma exegese. Entretanto, precisamos citar que no projeto me questão, a vazão oferecida pela bomba será considerada constante. Consequentemente, a variação de posição do líquido em relação ao tempo será constante, isso permite que a equação 1.1 seja expressa da seguinte forma: 𝑉𝑧 = Δ𝑆 Δ𝑡 (equação 2.2). FIGURA 2.2 A figura acima representa uma seção específica e muito importante do projeto. Ela têm a finalidade de facilitara compreensão das relações citadas acima, como a Vazão por exemplo. Dela destacaremos três fatores. O primeiro deles é o final da graduação; ela determina o volume máximo mensurável do recipiente. O segundo, o volume atual do fluído, que varia com o tempo à uma taxa constante; inicialmente o recipiente está vazio quando a bomba é ligada, a vazão da bomba impõe uma movimentação ao fluído que, por sua vez, preenche o recipiente após um período de tempo Δt. O terceiro fator é a própria Vazão entregue pela bomba. FIGURA 2.3 À medida que a bomba enche o reservatório a leitura na graduação indica valores maiores no recipiente que está sendo abastecido; o recipiente do qual está saindo o fluído, por sua vez, indica valores cada vez menores na graduação durante o processo. 2.3 – Trabalhando com medidas: conversões. Para que a síntese dos conceitos apresentados venha de uma forma mais natural, é interessante que as relações entre as unidades de medida que envolvem Volume(v) sejam apresentadas. Basicamente, as unidades de medida vistas durante as seções desse artigo, serão: -litros(l); -metros cúbicos(m³); -centímetros cúbicos(cm³); O entendimento dos conceitos é fundamental, pois trabalharemos também com estimativas. Gosto sempre de pensar que as estimativas são ferramentas valiosas. São elas que viabilizarão a previsão de algumas situações que causariam problemas caso nos surpreendessem. Primeiramente, eu gostaria de demostrar a relação entre litros(l) e centímetros cúbicos(cm³). Esse procedimento é justificado, pois será muito mais simples trabalhar com um centímetro cúbico fluindo a cada segundo do que um litro por hora. Também é uma questão de conveniência, pois os intervalos de tempo relacionados ao projeto estão mais próximos de alguns minutos do que de uma hora; utilizar a hora como unidade de medida de tempo, implicaria na utilização de alguns conceitos simples de razão e proporção (o que vai de encontro com nossos objetivos). Pois bem, mãos a obra! Começaremos com a seguinte demonstração: 1𝑚3 = 103𝑙.(equação 2.3) Sabemos também que: 1𝑚 = 102𝑐𝑚.(equação 2.4) Logo, (1𝑚)3 = (102𝑐𝑚)3 = 106𝑐𝑚³. Substituindo na equação 1.3, temos: 106𝑐𝑚3 = 10³𝑙. Aplicando as regras algébricas, chegamos a: 1𝑙 = 10³𝑐𝑚³.(equação 2.5) Vamos supor agora um reservatório com área de base fixa e altura h. Conforme proposto há pouco, os valores de altura e área serão expressados em cm e cm³, respectivamente. Novamente, ressalto que as dimensões presentes na realidade do nosso projeto exigem que sejam utilizados valores de magnitude relativamente menor. A figura a seguir ilustra o exemplo descrito. FIGURA 2.4 Ainda se referindo à figura apresentada, as variáveis representam: -Z = medida dos lados da base(cm); -A= área da base (cm²); -h = altura(cm). Antes de continuar, gostaria de justificar uma aparente redundância. Citei anteriormente que a área da base é fixa, mas nunca afirmei o mesmo em relação à altura h do recipiente. No que se refere às dimensões físicas dos recipientes, todas elas serão fixas (pelo menos não espero me deparar com um recipiente cujas dimensões se alterem sem interferência alguma de minha parte, e isso é ótimo pois significa que tudo está na sua normalidade). Utilizei aqueles argumentos pois a água, ao ocupar um recipiente, tende a adquirir a forma geométrica espacial do mesmo. Dessa forma, a “área de base da água” sempre será fixa, ao contrário de sua “altura”, que aumenta à medida que a despejamos no recipiente. A propósito, o volume de um recipiente com as mesmas configurações daquele apresentado na figura 2.4 se calcula da seguinte forma: 𝑉 = ℎ. 𝑧. 𝑧 𝑐𝑚3, ou ainda: 𝑉 = ℎ. 𝑧. 𝑧. 10−3𝑙 (equação 2.6), conforme as equações de conversão apresentadas anteriormente. Diante de tantas informações interessantes, eu gostaria de demonstrar alguma aplicação prática; a seguir teremos nosso primeiro exemplo. Exemplo 2.1 Dado o recipiente com as medidas mostradas na figura, determine o volume em m³ e cm³. FIGURA 2.5 V em m³ = 𝑙𝑓. 𝑙𝑑. ℎ = 1.1,5.2 = 3𝑚³. Portanto, temos 3 metros cúbicos de volume em nosso recipiente. Vamos agora, por curiosidade, determinar qual o seu volume em litros, logo após continuaremos o exercício cujo objetivo é determinar o volume em m³ e cm³. Como já havíamos determinado algumas equações de conversão, ganharemos tempo, pois basta aplicar uma simples substituição para concluir que: 1𝑚3 = 103𝑙, logo: 3𝑚3 = 3.10³𝑙. A veracidade da equação é comprovada quando obtemos três mil litros para três metros cúbicos. Com certeza já nos deparamos com algo parecido em alguma ocasião; logo podemos afirmar que a nossa própria experiência de vida contribuiu nesse sentido. O enunciado do exemplo pede que o volume também seja expresso em cm³. Novamente as equações de conversão se mostram bastante úteis: 1𝑚3 = 106𝑐𝑚³, logo: 3𝑚3 = 3.106𝑐𝑚³. O resultado nos mostrou um número impressionante; segundo a conclusão obtida através da equação, três metros cúbicos de volume equivale a incríveis três milhões de centímetros cúbicos de volume! Realmente impressionante. Ainda no exemplo, gostaria de apresentar mais uma demonstração. Vamos utilizar os valores inicialmente expressos em metros, agora em centímetros; após refazer todo o processo, os valores deverão ser idênticos. h= 200cm; lf= 100cm; ld= 150cm; 𝑉 = ℎ. 𝑙𝑓. 𝑙𝑑 𝑐𝑚³ ou, ainda expressando em litros, temos: 𝑉 = ℎ. 𝑙𝑓. 𝑙𝑑. 10−3𝑙 𝑉 = 200.100.150. 10−3𝑙 𝑉 = 106. 10−3𝑙 𝑉 = 103𝑙 Temos exatamente três mil litros, da forma como foi colocado no início do exemplo. 2.4 – Volume do fluído em função do tempo Nesta seção, o principal objeto de análise será a vazão da bomba. O conceito estudado nos mostrará de que forma a vazão influencia na velocidade de preenchimento do recipiente (por mais que seja algo, a essa altura, aparentemente óbvio pela forma com que apresentei os conceitos até agora). Além disso, para facilitar a compreensão, nós faremos uma comparação entre as razões vazão/volume e velocidade/distância. Certamente a abordagem será altamente didática, pois dessa forma é uma ferramenta útil no objetivo de facilitar a concepção a respeito das teorias apresentadas. Nos módulos iniciais de Física Geral e Experimental, nós trabalhamos com o movimento uniforme (UM), e isso caracteriza um ponto em comum na maioria das universidades. Dentre os exemplos práticos utilizados para fixar conhecimentos relacionados ao UM, quero destacar um em especial. Eu gostaria de comparar um carro descrevendo um percurso em um certo tempo com um fluído ocupando um certo volume num recipiente qualquer em função também do tempo. Acredito que o que torna o exemplo perfeitamente adequado, é a frequência com a qual o mesmo é utilizado, e a facilidade decorrente do fato de ser um exemplo rico em contexto e informações. Vamos considerar um veículo se deslocando a uma velocidade constante em uma trajetória retilínea. A situação é ilustrada na figura a seguir. FIGURA 2.6 Podemos imaginar que, em t=0s, o veículo passe pelo ponto “A” a uma certa velocidade, estabilizada, e portanto constante. Após um período de tempo Δt, ele terá percorrido um espaço Δs até chegar ao ponto “B”. Desse contexto podemos destacar três fatores fundamentais: -a velocidade do veículo; -a distância entre os pontos “A” e “B”; -o tempo necessário para percorrer o segmento “AB”. Essas grandezas estão relacionadas através da equação: 𝑆 = 𝑣. 𝑡 (𝑚/𝑠)(equação 2.7). Onde S é o espaço total percorrido após um período de tempo t, a uma velocidade constante v. Vamos, agora, considerar a seguinte situação:FIGURA 2.7 A descrição da imagem é a seguinte: um recipiente inicialmente vazio (Vo) começa a receber uma quantidade de fluído através de uma bomba. A vazão da bomba faz com que o fluído preencha o recipiente a uma taxa constante. Após um período de tempo t, o fluído terá atingido o limite estabelecido (Vf). As grandezas se relacionam da seguinte forma: 𝑉𝑧 = 𝛥𝑉 𝛥𝑡 ( 𝑚3 𝑠 ) (equação 2.8). Tendo em vista que o volume(V) é o produto da área da base pela altura, podemos realizar essa substituição na equação 2.8. Dessa forma nós obtemos uma equação muito mais útil: 𝑉𝑧 = 𝐴𝑏.ℎ 𝑡 ( 𝑚3 𝑠 ) (equação 2.9). Dessa forma, Ab representa a área da base do recipiente, h representa a altura que o fluído se encontra no recipiente, e t, como já colocamos várias vezes, o tempo relacionado. Geralmente, a graduação dos recipientes não utiliza unidades métricas, ou seja, o objetivo (da graduação) não é informar a altura em que o fluído se encontra, mas sim o valor final do volume num determinado momento. Diante disso, se faz necessário utilizar as equações de conversão apresentadas no início em diversos momentos. As propriedades mecânicas da água farão com que ela assuma a forma geométrica espacial do recipiente, assim como já foi dito em oportunidades anteriores. A altura da água em relação ao recipiente, é definida por: ℎ = 𝑉 𝐴𝑏 𝑚(equação 2.10). Acima, temos: -a altura do líquido (h); -o volume atual ocupado no recipiente (V); -a área Ab da base. O volume do fluído varia em função do tempo quando q bomba está ligada, logo: 𝑉 = 𝑉𝑧. 𝑡 (𝑚3)(equação 2.11). Substituindo a equação 2.11 na equação 2.10, temos: ℎ = 𝑉𝑧.𝑡 𝐴𝑏 (𝑚)(equação 2.12). Desse forma, então, podemos constatar que a altura do fluído é diretamente proporcional à vazão. Vale ressaltar que, para esses casos, a área da base (Ab) não será estudada em detalhes (me referindo à forma ocupada pelo líquido), pois sempre será fixa. 3 – Instrumentação e componentes. 3.1 – Sensor de nível. Uma das peculiaridades da Mecatrônica, é a possibilidade que suas ferramentas nos proporcionam ao viabilizar o controle de sistemas eletrônicos. Entretanto, o controle não é o único recurso que torna o projeto ícone em inovação e eficiência. Na realidade, Controle e Automação caminham juntos e, no projeto em questão, não será diferente. Nesta seção, os conceitos de controle e automação serão abordados em detalhes. Para que seja possível construir um sistema capaz de “tomar decisões” e ser autônomos, primeiro precisamos atribuir alguns “sentidos”. Através deles, será possível colher informações sobre as variáveis envolvidas, tais como o nível da água. Após isso, uma central eletrônica de controle tomará as decisões previstas. Diante dessas palavras, creio que a importância da Automação e do Controle fica mais clara; isso é ótimo pois esse será justamente o tema discutido a seguir. Entre outras coisas pouco menos relevantes, o nível da água nos reservatórios aparece e será o foco por enquanto. Para controlar o nível da água nos reservatórios ou recipientes, optamos por utilizar a seguinte configuração: FIGURA 3.1 Os sensores utilizados contém dois elementos responsáveis por informar à central eletrônica de controle se há ou não água o suficiente nos reservatórios. Voltaremos a falar sobre a central eletrônica de controle mais tarde. FIGURA 3.2 3.2 – Relés Nesta seção, falaremos a respeito do relé. O relé é um dispositivo clássico quando o assunto é acionamento; também é um dos melhores, pois é muito simples de ser utilizado. Na seção anterior, o principal componente funcionava a base de conceitos relativamente simples. Nesta seção, nosso tema principal será o eletromagnetismo; é um tema relativamente complexo se comparado ao anterior, mas sempre buscaremos simplificar os conceitos apresentados. Pense na seguinte situação: em uma empresa metalúrgica, há um sistema de escoamento da água acumulado por causa de um sistema de captação de chuva. A água da chuva acumula em um grande reservatório, que é verificado periodicamente por um funcionário da empresa. Quando o reservatório acumula a quantidade suficiente para seguir para tratamento, o funcionário responsável pela fiscalização aperta um botão que aciona uma válvula, abrindo passagem para que a água siga seu caminho até a estação de tratamento pública. O contexto é ilustrado na figura a seguir. FIGURA 3.3 A equipe de engenheiros da empresa, então, decide que o sistema não é seguro e que prejudica a produção, pois precisa de um funcionário designado a realizar a fiscalização do sistema periodicamente; após um planejamento, eles concluíram que era o momento de automatizar o sistema. É aprovado então um projeto para automatizar todo o processo escoamento e verificação. Após uma reunião com a equipe de projetos, os engenheiros chegam a uma solução. A primeira alteração será na fiscalização do nível de água; um sensor de nível foi escolhido para realizar o controle. Quando a água chega ao nível estabelecido, o sensor fecha contato e envia um sinal à central eletrônica de controle. A central, por sua vez, libera a válvula por um intervalo de tempo o suficiente para esvaziar o reservatório. O acionamento da válvula é feito através da energização de um relé associado à ela. O relé é aberto através do controle de um fluxo magnético que é criado por uma corrente que passa numa bobina. Antes de aplicar uma análise profunda a respeito do funcionamento do relé, apresentaremos um overview de seu funcionamento na figura a seguir. FIGURA 3.4 Como visto na figura, o relé é um dispositivo básico e muito simples de utilizar. Mas agora vamos ao que nos interessa: quais fenômenos físicos estão relacionados ao funcionamento do relê? Bem, começaremos pelo... 3.2.1 – O campo magnético Falar a respeito de campos (elétricos, magnéticos, vetoriais e etc) exige uma certa dedicação. Digo isso porque estamos falando a respeito de algo que não podemos ver, e a princípio isso pode dificultar a compreensão por parte do leitor. Porém os campos magnéticos estão bem presentes no nosso cotidiano, mas não necessariamente nós o chamamos pelo nome correto. Podemos definir campo como “uma área delimitada que está sob a ação de alguma força, por exemplo.” Para uma melhor compreensão, vamos voltar ao nosso cotidiano e falar sobre um objeto tão comum quanto o lápis ou caneta que utilizamos para estudar, o ímã. Quando éramos crianças, gostávamos de brincar com um objeto de aspecto escuro que atraía metais. Quando tínhamos dois deles, acontecia algo muito interessante. Ao aproximar um do outro, ora eles se atraíam, ora se repeliam. Mas era tão divertido que a maioria de nós sequer questionava o porquê pelo qual aquilo acontecia. Pois bem, essa brincadeira divertida provavelmente foi nosso primeiro “encontro” com um campo magnético. Vamos ilustrar seus efeitos na figura a seguir. Logo depois discutiremos o campo magnético em detalhes. FIGURA 3.5 (1, 2 E 3) No exemplo “a”, nós começamos a aproximar o ímã de uma barra de ferro. A medida que o ímã se aproxima do material ferroso é possível observar uma força de atração entre eles. Antes mesmo das superfícies se tocarem, o ferro é atraído de tal forma que se prende imediatamente ao ímã, independente de qual seja o polo do mesmo (exemplo “b”). Após isso, no exemplo “c”, nós suspendemos o ímã e observamos que o ferro continua preso à sua extremidade. Diante dessa observação, concluímos que o ímã possui uma propriedade especial, e essa propriedade faz com que o material ferroso seja atraído a partir de uma certa distância mínima entre eles. Da experiência anterior, nós observamos que entre a primeirabarra de ferro e o ímã, havia apenas o ar como material. Como ainda há outra barra de ferro ociosa, agora vamos em busca de observar se o comportamento dela será o mesmo que da primeira (lembrando que agora não haverá apenas o ar como material entre os elementos; agora existe sim o ar, mas é acompanhado pelo metal como materiais entre o ímã permanente e o material ferroso). Entretanto, ao aproximar novamente o ímã da barra de ferro -dessa vez a segunda-, observamos que: FIGURA 3.6 Aconteceu exatamente a mesma coisa. Ao aproximar o conjunto ímã + ferro de um outro ferro, o comportamento foi praticamente idêntico ao primeiro caso; antes que fosse necessário existir o contato, a barra de ferro se fixou ao conjunto ímã + ferro da mesma forma que a primeira barra se fixou ao ímã. Ora, já havíamos observado a existência de uma uma força que se torna mais evidente à medida que o ímã se aproxima de um material ferroso. Essa propriedade citada, foi observada com louvores, e se chama campo magnético, cuja unidade de medida é o Weber(Wb). A partir desse ponto, usaremos o termo linhas de campo magnético quase sempre, pois como já havia sido colocado o campo magnético é algo de certa forma abstrato (por isso o termo “linhas de campo” é frequentemente associado). Logo, deverá ficar pressuposto que o campo magnético será associado ao termo “linhas de campo magnético”. Na experiência anterior ficou claro o efeito das linhas de campo magnético. A figura a seguir ilustra o comportamento dessas linhas de campo geradas pelo ímã. FIGURA 3.7 As linhas de campo magnético saem do polo positivo(N), fazendo o caminho mais curto possível até o polo negativo(S); elas nunca se cruzam. Note que nas regiões próximas ao corpo do ímã, as linhas estão mais próximas umas das outras. A esse fenômeno citado e observado através das figuras, atribuímos o nome fluxo magnético. O fluxo magnético é, então, o número de linhas presentes no campo. Podemos ainda observar mais um detalhe: como nas regiões mais próximas ao ímã as linhas de campo estão mais próximas umas das outras, podemos dizer que numa certa seção transversal ao fluxo de campo, teremos um fluxo mais denso à medida que aproximamos a seção dos polos do ímã. Nós chamamos essa relação de densidade de fluxo magnético, cuja unidade de medida é o Tesla(T). A densidade de fluxo magnético explica por que a força de atração entre o ímã e as barras aumentava à medida que a distância entre eles diminuía. Quanto menos a distância entre o ímã e o material ferroso, maior a densidade de fluxo sob o qual a barra estava exposta. É interessante observar também que, no interior do ímã, as linhas de campo realizam uma trajetória retilínea. Muito bem, já explicamos o porquê pelo qual a força de atração aumenta à medida que a distância em relação aos polos diminui; agora, vamos em frente como nossas análises. Vamos então falar a respeito da atração dos corpos em si. Começaremos observando a figura a seguir. FIGURA 3.8 Veja que as linhas de campo magnético passam pelo interior da barra de ferro, pois é um material ferromagnético. De um certo modo, podemos considerar, nessa ocasião, o ferro como uma extensão do ímã. Na configuração dos átomos da estrutura, os elétrons em sua órbita possuem o “spin”. O “spin” é uma propriedade dos elétrons que faz com que os átomos se comportem como pequenos ímãs. Nos materiais não magnéticos, os pequenos campos magnéticos gerados pelo “spin” se anulam, pois estão distribuídos de tal forma que a resultante vetorial seja 0. Entretanto, nos materiais magnéticos, os campos de alguns grupos de elétrons se alinham, formando alguns grupos maiores cujos campos magnéticos atuam em uma determinada direção. Esses grupos maiores recebem o nome de domínios. É interessante informar que, nos materiais magnéticos, existem vários domínios cujos campos (que são grandezas vetoriais) atuam em direções diferentes. Ao introduzir um material magnético na área de atuação de um ímã, por exemplo, os domínios que têm uma orientação magnética próxima à do ímã, se alinham de tal forma que começam a se impor perante as outras. Tudo isso implica que, ao final, a tendência é que todos os domínios estejam alinhados com o campo magnético do ímã (desde que a intensidade do campo magnético do ímã seja grande o suficiente). Nesse momento, a barra de ferro passa a se comportar como um ímã de fato; pois ela foi magnetizada e, dependendo da intensidade da magnetização, ela pode se tornar também um ímã permanente. Quando isso acontece, nós dizemos que é consequência da densidade de fluxo residual; a densidade de fluxo residual ocorre porque alguns domínios não voltam a sua condição inicial, mesmo após o material ter sido retirado da área de atuação do ímã. É importante observar todos os casos citados até o momento. Efetuando essa observação, podemos ver que em todos os casos os campos magnéticos envolvidos são fixos, ou seja, possuem sempre um valor que não se altera. Eles sempre existem e estão atuando nos materiais magnéticos que se encontram dentro de seu campo de atuação (excetos em casos de transição, como no caso do alinhamento dos domínios). Na próxima seção, vamos nos aprofundar mais e explorar um recurso interessante: e se pudéssemos, de alguma forma, controlar o campo magnético? E se esse controle nos permitisse atrair ou não materiais magnéticos próximos à esse possível campo controlado? Pois bem, vamos ao eletromagnetismo. 3.2.2 – Controlando uma chave através de efeitos eletromagnéticos. Já sugerimos que o controle de um relé acontece através de um campo magnético. O campo magnético atrai uma armação responsável por fechar contatos e permitir a passagem de corrente elétrica. Um elemento em particular é responsável por esse efeito: a bobina. Primeiramente, vamos considerar um circuito contendo uma fonte de energia, uma chave e uma resistência; todos se conectam através de um fio condutor. Próximo à esse circuito simples, posicionaremos uma bússola e observaremos a orientação da sua “agulha”. A imagem a seguir ilustra a configuração do circuito. FIGURA 3.9 Após fechar o contato e liberar a passagem de corrente elétrica através do circuito, é possível perceber uma deflexão no ponteiro da bússola. Isso acontece porque um fio percorrido por uma corrente elétrica gera um campo magnético associado em seu redor. Falamos associados porque os sentidos da corrente elétrica e do campo magnético estão diretamente relacionados. Após observar esse importante fenômeno e realizar inúmeros testes, chegamos a uma configuração interessante. O condutor é enrolado em uma espécie de núcleo de ferro que possui uma forma geométrica definida: uma espécie de cilindro. Logo depois, aplicamos mais uma vez uma corrente pelo condutor. As linhas de campo geradas somam suas componentes em comum no núcleo, pois são grandezas vetoriais se encontrando em um local onde possuem o mesmo sentido; isso é o mesmo que afirmar que seus campos magnéticos de certa forma se “somam” estabelecendo um fluxo similar àquele encontrado em um ímã permanente. A grande vantagem desse novo tipo de ímã apresentado, certamente é a possibilidade de controlar seus campos magnéticos. 3.2.3 – Resolvendo o projeto proposto: aplicação prática. Observando os fenômenos, os engenheiros (da empresa cujo objetivo era construir um sistema de captação de água automatizado) decidiram que tudo isso seria controlado através da já citada central eletrônica de controle, um sensor de nível e o relê. Agora que os fenômenos naturais envolvidos no funcionamento do relê foram compreendidos, podemos seguir em frente e discutir sobre seu funcionamento na prática. A figura a seguir dá início à nossa discussão. FIGURA 3.10 Entre a bobina ea armação há um entreferro (um entreferro é uma seção de ar que existe no caminho magnético; o caminho magnético, por sua vez, é o caminho realizado pelas linhas de campo). Sabendo que o ar apresenta uma resistência alta à passagem de fluxo magnético, a bobina deve ser dimensionada de uma forma que seja capaz de romper essa resistência e estabelecer um fluxo capaz de vencer a força elástica da mola, realizando o contato da armação. No nosso caso, a corrente de acionamento do relé será controlada pela central eletrônica de controle conforme ilustramos em seguida. FIGURA 3.11 O sensor é associado ao contato S1, que ativa o campo magnético da bobina fechando o contato C1 e ativando o sistema. Quando o nível de água baixa, o sensor deixa de enviar o pulso para a central eletrônica. A central eletrônica, por sua vez, mantém o sistema ligado por um período de tempo suficiente para esvaziar o reservatório. Ao final do projeto e com todos os testes realizados, o circuito é apresentado e representado pela figura a seguir. FIGURA 3.12 Onde: R1- Reservatório do sistema de captação; S1- Sensor de nível; M1- Sistema de escoamento; D1 - Descarte de água para tratamento; RL1 - Relé para acionamento de M1; CD1 - Comando digital enviado de CEC1 para acionamento de RL1; CEC – Central de comandos eletrônicos. 3.3 – CLP Durante boa parte da seção 3 nós comentamos sobre a existência de uma central eletrônica de controle, cuja principal função era enviar os comandos pertinentes ao processo de funcionamento do sistema. Essa central se refere à tudo que tange o conceito de componentes eletrônicos associados a sistemas de controle. Essa central eletrônica de controle têm um nome definido: CLP. Nesta seção os conceitos associados serão revelados em detalhes. O parágrafo a seguir contém as definições formais relacionadas ao CLP. Um Controlador Lógico Programável ou Controlador Programável, conhecido também por suas siglas CLP ou CP e pela sigla de expressão inglesa PLC (Programmable logic controller), é um computador especializado, baseado em um microprocessador que desempenha funções de controle através de softwares desenvolvidos pelo usuário (cada CLP tem seu próprio software). É amplamente utilizado na indústria para o controle de diversos tipos e níveis de complexidade. Geralmente as famílias de Controladores Lógicos Programáveis são definidas pela capacidade de processamento de um determinado número de pontos de Entradas e/ou Saídas (E/S). Controlador Lógico Programável segundo a ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), é um equipamento eletrônico digital com hardware e software compatíveis com aplicações industriais. Segundo a NEMA (National Electrical Manufacturers Association), é um aparelho eletrônico digital que utiliza uma memória programável para armazenar internamente instruções e para implementar funções específicas, tais como lógica, sequenciamento, temporização, contagem e aritmética, controlando, por meio de módulos de entradas e saídas, vários tipos de máquinas ou processos. Um CLP é o controlador indicado para lidar com sistemas caracterizados por eventos discretos (SEDs), ou seja, com processos em que as variáveis assumem valores zero ou um (ou variáveis ditas digitais, ou seja, que só assumem valores dentro de um conjunto finito). Podem ainda lidar com variáveis analógicas definidas por intervalos de valores de corrente ou tensão elétrica. As entradas e/ou saídas digitais são os elementos discretos, as entradas e/ou saídas analógicas são os elementos variáveis entre valores conhecidos de tensão ou corrente. Os CLP's estão muito difundidos nas áreas de controle de processos e de automação industrial. No primeiro caso a aplicação se dá nas indústrias do tipo contínuo, produtoras de líquidos, materiais gasosos e outros produtos, no outro caso a aplicação se dá nas áreas relacionadas com a produção em linhas de montagem, por exemplo na indústria do automóvel. Num sistema típico, toda a informação dos sensores é concentrada no controlador (CLP) que de acordo com o programa em memória define o estado dos pontos de saída conectados a atuadores. Os CLP’s têm capacidade de comunicação de dados via canais seriais. Com isto podem ser supervisionados por computadores formando sistemas de controle integrados. Softwares de supervisão controlam redes de Controladores Lógicos Programáveis. Os canais de comunicação nos CLP´s permitem conectar à interface de operação (IHM), computadores, outros CLP´s e até mesmo com unidades de entradas e saídas remotas. Cada fabricante estabelece um protocolo para fazer com seus equipamentos troquem informações entre si. Os protocolos mais comuns são Modbus (Modicon - Schneider Eletric), EtherCAT (Beckhoff), Profibus (Siemens), Unitelway (Telemecanique - Schneider Eletric) e DeviceNet (Allen Bradley), entre muitos outros. Redes de campo abertas como MODBUS-RTU são de uso muito comum com CLPs permitindo aplicações complexas na indústria automobilística, siderúrgica, de papel e celulose, e outras. A imagem a seguir mostra um CLP utilizado normalmente em indústrias. FIGURA 3.13 4 – Caso especial: erro de leitura estimado pelo volume ocupado pelo sensor. Voltando ao contexto de um recipiente graduado, vamos agora analisar de uma forma mais detalhada como a presença do sensor de nível afeta a leitura final. A análise será feita de uma forma genérica; logo não utilizaremos, necessariamente, os mesmos parâmetros e configurações utilizados no projeto do 5º semestre do curso de Tecnologia em Mecatrônica Industrial. Pois bem, havíamos discutido que ao iniciar o preenchimento de um recipiente qualquer, a tendência natural é a de que o líquido preencha um espaço cada vez mais semelhante à forma geométrica do recipiente; a base é imediatamente preenchida de acordo, e a altura se aproxima à medida que a quantidade de líquido aumenta. Alguns instantes após começarmos adicionar líquido no recipiente, temos a seguinte situação: FIGURA 3.14 O volume indicado na graduação depende exclusivamente do produto Área base x altura pois, como havíamos colocado, o líquido se aproxima da forma final do recipiente à medida que é adicionado. Antes de prosseguir, vamos voltar nossas atenções às dimensões do sensor. Tendo em vista que o erro de leitura não é algo expressivo o suficiente para interferir no funcionamento do projeto, os valores se limitarão apenas a variáveis genéricas. FIGURA 3.15 Vamos então qualificar as seções. 1 e 2 - Volume estimado = 2. [𝜋. 𝑟2. ℎ = 𝜋. 𝐿𝑖. ( 𝐷12 4 )] = 𝜋.𝐿1.𝐷12 2 3 e 4 - Analogamente, temos em 3 e 4, Volume equivalente a: 𝜋.𝐿2.𝐷22 2 5 - V5 = 𝜋. 𝑟2. 𝐿3 = 𝜋.𝐷3.𝐿3 4 6 - V6 = 𝜋.𝐷4.𝐿4 4 Podemos afirmar que o volume total ocupado pelo sensor, é a soma de todos os volumes das seções do mesmo. Efetuando a soma dos valores em questão, temos: 𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 = 𝜋 4 . [2(𝐿1. 𝐷12 + 𝐿2𝐷22) + 𝐿3. 𝐷32 + 𝐿4. 𝐷42] 5 – Conclusão Inúmeras foram as pessoas que contribuíram para o sucesso desse projeto. Em primeira instância, agradecemos a Deus por nos proporcionar saúde, disposição, nos guiar e nos amparar em todos os momentos. No que tange a esfera humana, de uma certa forma, podemos concluir que, para ajudar, estar presente ou ter participação direta não é um requisito. O que eu quero dizer com isso? Quero dizer que no grupo das pessoas que considero como influentes nesse projeto, temos figuras como Faraday (cientista que estudou o eletromagnetismo), Lenz (idem) e Edward Frenkel (matemático nascido na antigaUnião Soviética). Fosse possível, esse artigo seria marcado por agradecimentos a milhares de pessoas importantes para o nosso projeto e, principalmente, para a evolução da nossa espécie ao longo da história. Mas como quase tudo é finito (e esse artigo, naturalmente, não foge à essa regra), gostaria de sintetizar minhas palavras. Reafirmo que somos totalmente gratos a todos cientistas, filósofos e afins que apresentaram mudanças inovadoras e positivas ao longo da história; grandes foram as lutas e conquistas envolvidas em todas ocasiões. Somos gratos também aos professores orientadores (seja por nomeação ou disposição), dentre os quais gostaríamos de destacar o Prof. Carlos Alberto, cuja disposição em nos ajudar se mostrou um recurso fundamental. Agradecemos também à Universidade Nove de Julho que, durante todo o processo, nos ofereceu todo o apoio possível. Ter chegado até aqui já é algo grande e temos ótimas expectativas em relação ao futuro; o melhor sempre está pela frente.
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