Buscar

Biblioteca 1510927

Prévia do material em texto

Temas abordados na Aula 1 
 
Referências para leitura: 
HORNGREN, Charles T.; Datar, Srikant M.; FOSTER , George. Contabilidade de Custo. São Paulo: 
Prentice Hall, 2004 
 
HORNGREN, Charles T; SUNDEM, Gary L.; STRATTON, William O. Contabilidade Gerencial. São 
Paulo: Prentice Hall, 2004 
 
MEGLIORINI, Evandir. Custos: Análise e Gestão. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2012 
 
 
Origem do cálculo de custos: 
O cálculo do custo dos produtos tem acompanhado a evolução econômica, desde os primórdios 
das transações comerciais, quando o objetivo era avaliar o valor do patrimônio existente no 
Estoque de produtos. Assim, era fundamental o registro do valor pago na aquisição das 
mercadorias que seriam revendidas. 
O valor do Estoque, calculado para um período de tempo, considera o montante de valor dos 
produtos adquiridos e armazenados, mais as compras realizadas no período, menos o montante 
relativo aos produtos vendidos no período, ou seja: 
 Valor do Estoque = Estoque inicial + Compras – Estoque vendido 
O valor do estoque vendido pode ser chamado de custo do produto vendido. A diferença entre o 
preço de venda e esse custo representa quanto sobra para remunerar as demais despesas, 
impostos e lucro do comerciante. 
O custo da mercadoria transacionada no período pode então ser calculada como sendo: 
 
CMV= EI + compras – EF 
 
Sendo: 
CMV  Custo da Mercadoria Vendida no período 
EI  Valor do Estoque no Início do período; 
EF  valor do Estoque ao Final do período; 
Compras  valor das compras realizadas no período 
 
A partir da Revolução Industrial, dado o incrível aumento do volume de produção e a consequente 
formação de maiores níveis de estoque, saber calcular o custo do produto industrializado passou 
a ser o desafio, especialmente porque além do valor pago para obtenção da matéria prima, 
passou a ser necessário ter uma infraestrutura de produção. 
 
 
 
Por analogia ao CMV, podemos calcular o Custo do Produto Vendido (CPV) como: 
 
CPV = EI + gastos de produção - EF 
 
Sendo: 
EI  valor do Estoque Inicial de produtos acabados; 
EF  valor do Estoque Final de produtos acabados; 
Gasto de Produção  valor gasto no período para remuneração da produção do período, 
incluindo nesse gasto o valor consumido pelos fatores de produção. 
 
A Contabilidade de Custos vs Contabilidade Geral 
A Contabilidade de Custos surge, então, pela necessidade de calcular o custo do estoque nas 
indústrias. Ela “mede e relata informações financeiras e não financeiras relacionadas ao custo de 
aquisição e à utilização de recursos, fornecendo informações para tomada de decisões, que 
agregam valor aos clientes e reduzem os custos de produtos e serviços”(HORNEGREN; DATAR; 
FOSTER, 2004, p.2, 3). 
A Contabilidade de Custos é utilizada para subsidiar: (MEGLIORINI, 2012, p.3) 
 a determinação dos custos dos insumos aplicados à produção; 
 a determinação dos custos das diversas áreas que compõem o processo produtivo da 
empresa; 
 as políticas de redução de custos dos insumos aplicados na produção ou das diversas 
áreas da empresa; 
 o controle das operações e das atividades; 
 a administração, auxiliando-a na tomada de decisões ou na solução de problemas 
especiais; 
 as políticas de redução de desperdício de material, tempo ocioso, etc; 
 a elaboração de orçamentos; 
 a definição do preço de venda; 
 a definição da margem de contribuição de cada produção ou linha de produtos para o 
lucro da empresa; 
 ao preço mínimo de determinado produto que pode ser aplicado em situações 
especiais de venda; 
 ao nível mínimo de atividades exigido para que o negócio passe a ser viável; 
 etc...” 
 
A contabilidade de custos introduziu uma série de análises gerenciais que a contabilidade geral ou 
financeira não possibilitava. Esses conceitos evoluíram para compor o que hoje se denomina 
Contabilidade Gerencial. 
O quadro abaixo apresenta as principais diferenças conceituais: 
 Contabilidade Gerencial (Custos) Contabilidade Financeira (Geral) 
 
Usuários primários 
 
Gestores da organização em vários 
níveis 
 
Usuários externos, como 
investidores, entidades financeiras, 
agências governamentais, mas 
também os gestores das 
organizações. 
 
Liberdade de 
escolha 
Sem restrições, exceto custos em 
relação a benefícios de melhores 
decisões gerenciais. 
 
Restringida pelos princípios da 
contabilidade 
Implicações 
comportamentais 
Preocupação com a influência que as 
mensurações e os relatórios 
exercerão sobre o comportamento 
cotidiano dos gestores 
Preocupação em mensurar e 
comunicar fenômenos econômicos. 
As considerações comportamentais 
são secundárias, embora a 
compensação dos executivos baseada 
em resultados relatados possa ter 
impacto em seu comportamento. 
 
Enfoque de tempo Orientação para o futuro. Uso formal 
de orçamentos 
Orientação para o passado. Avaliação 
Histórica 
 
Horizonte de 
tempo 
Flexível, com uma variação que vai 
de horas até o longo prazo (5 anos 
ou mais) 
Menos flexível. Geralmente um ano 
ou um trimestre 
 
Relatórios Detalhados, preocupando-se com 
detalhes de partes da entidade, 
produtos, departamento, territórios, 
etc. 
 
Resumidos. Preocupam-se 
primeiramente com a entidade como 
um todo. 
Delineamento de 
atividades 
Campo de ação se define com menor 
precisão. Uso mais intenso de 
disciplinas como economia, ciências 
de decisão e comportamentais. 
Campo de ação se define com maior 
precisão. Menor uso de disciplinas 
afins. 
Fonte: Hornegren; Sundem; Stratton. 2004, p.5 
 
Pesquise e entenda! 
 Principais diferenças de objetivos entre a contabilidade de custos e a financeira. 
 Conceitos de custos de produção.

Continue navegando