Buscar

marcos bechara marketing esportivo

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 57 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 57 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 57 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

1
 
 
 Marketing Esportivo 
 ( Resultados com ética e compromisso social ) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Por 
 
Marco Bechara 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Rio de Janeiro, 2001 
��Empresário. Diretor presidente da BCG ( consultoria de 
Gestão Empresarial ); 
��Prof. do MBA da FGV e UNESA; 
��Graduado em Educação Física / UGF; 
��Pós-Graduado em Administração Esportiva / UGF; 
��Especialista em Marketing / ESPM; 
��Mestre em Planejamento e Administração Esportiva / UGF. 
 2
Í N D I C E 
 
Pág. 
 
Introdução ............................................................................................ 3 
 
Marketing no esporte x Marketing esportivo .................................... 4 
 
O esporte como produto: como interpretar ? ..................................... 8 
 
Proposta de Qualidade para as federações esportivas ....................... 43 
 
Conclusão .............................................................................................. 53 
 
Referências Bibliográficas .................................................................... 54 
 
 
 3
Introdução 
 
Este e-book é uma síntese da minha dissertação de mestrado, defendida em 1993. 
Escrever sobre a relação do Marketing com o esporte, é um grande desafio para 
qualquer profissional, pois é necessário interpretar as modalidades esportivas 
como produtos de características de fenômeno social. 
 
Apesar da dissertação ter sido defendida há 8 anos, minha visão, minhas críticas e 
minhas sugestões ainda são bem atualizadas. 
 
Meu estudo apresenta dados que tentam evidenciar a necessidade da adaptação 
de valores morais aos dirigentes esportivos e a criação de novos conhecimentos a 
serem aplicados no universo esportivo, em particular na administração das 
federações esportivas, que na realidade deveriam intercambiar conhecimentos de 
todas as áreas. Não acreditamos que o somatório das partes (várias áreas de 
conhecimento, estudadas segmentadamente, como é o caso dos cursos de 
faculdades), nos dê o "TODO" (realidade do mercado de trabalho/administração do 
esporte), ou seja, o "TODO" é dialético e as "partes" ideologicamente são 
funcionalistas e corporativistas. 
 
Vivemos hoje neste "TODO", e se não soubermos interpretá-lo e produzirmos 
socialmente no mesmo, talvez seja porque não conseguimos pensar de forma 
contextualizada, nos acomodando às "partes", que segmentam visões 
particularizadas muito longe da compreensão do que venha a ser 
"Desenvolvimento Social". 
 
Considero o meu estudo como relevante, a partir do momento em que observo o 
processo e os resultados do esporte Brasileiro, no que se refere à contribuição do 
progresso social. Me acompanhe nesta pequena viajem: 
 
 4
Marketing no esporte x Marketing esportivo: 
 
O termo “marketing” teve uma imagem tão deturpada no século XX, que o meu 
orientador, com muita sabedoria, me convenceu a trocar a expressão para 
“qualidade”. O Prof. Votre me fez ver que a minha visão de um Marketing ético e 
compromissado socialmente, ainda não era entendido e nem aceito pela grande 
maioria dos estudiosos dos fenômenos sociais. Porém, neste artigo, 7 anos depois, 
acredito que posso revelar as minhas verdadeiras interpretações sobre o que vem 
a ser “Marketing”. Para isso, estabeleço uma divisão sobre dois termos muito 
utilizados. São eles: 
 
Marketing no esporte 
– São ações de investimentos, feitos no esporte, pela iniciativa privada ou pública, 
visando retorno de imagem e de mercado, como conseqüência dos trabalhos de 
comunicação; 
– É a utilização do esporte, por organizações que visam lucro ou interesses 
específicos, como veículos de comunicação de sua: marca, nome, logotipo ou 
logomarca; 
– São estratégias do planejamento de marketing, da iniciativa privada ou pública, 
sem nenhum compromisso social, visando a utilização das relações e dos 
acontecimentos esportivos, a fim de permitir a visibilidade do seu: nome, marca, 
logotipo ou logomarca; gerando uma maior participação na mente, e 
consequentemente uma maior participação no mercado. 
 5
 
Formas de marketing no esporte 
– Patrocínio de eventos; 
– Apoio de eventos; 
– Patrocínio de equipes; 
– Patrocínio de atletas; 
– Compra de espaço nas mídias que transmitem eventos esportivos (durante os 
eventos e nos intervalos); 
– Compra de espaços físicos de exibitécnicas, no local do evento; 
– Investimento em mídias alternativas (compra de espaço: na roupa do atleta, no 
boné do corredor, etc.); 
– Licenciamento; 
– Franquia; 
– Promoções de venda; 
 
Marketing Esportivo 
- É o processo de planejamento percebido pelos usuários, que objetiva o 
desenvolvimento do esporte nos 3 níveis (formação, participação e 
performance), através de uma perspectiva humanizante; 
- É o processo, percebido pelos usuários, através do qual o esporte é parte 
integrante da educação permanente; 
- É o planejamento e a administração do esporte, levando em consideração a 
percepção do usuário e os "fatores de desenvolvimento" do mesmo; 
- É o trabalho que visa desenvolver o esporte, através da aplicação dos 
conhecimentos de administração e marketing, nas 3 manifestações esportivas 
(formação, participação e performance); proporcionando satisfação dos 
usuários; 
 6
- É o processo de reflexão da prática, na interferência da realidade social, 
buscando a valorização do ser humano, com bases na educação moral, a fim 
de desenvolver o esporte, na busca do progresso social. 
 
Missão Filosófica 
- Proporcionar os fatores de desenvolvimento do esporte, provocando 
transformações mentais e sociais, a fim de humanizar, socializar e despertar 
valores morais em seus praticantes, num processo de "Educar para a vida"; 
 
Fatores de desenvolvimento do esporte 
- Utilização de novos recursos tecnológicos para popularizar e democratizar as 
práticas esportivas, bem como aumentar seus adeptos; 
- Pesquisas nos 3 níveis (formação, participação e performance) para se 
conhecer melhor as diferentes realidades; 
- Planejamento e pensamento estratégico e administração estratégica; 
- Fixação de etapas para o desenvolvimento; 
- Integração do sistema de comunicação (popularizar o esporte) com os grupos 
sociais; 
- Melhor formação de dirigentes esportivos; 
- O trabalho de "base" feito pelos professores de educação física; 
- Melhor formação de técnicos e treinadores; 
- Acesso aos conhecimentos imprescindíveis (administração e marketing), para 
todos os envolvidos com a organização dos esportes; 
- Integração do esporte com a comunicação social (propaganda, relações 
públicas e jornalismo); 
- Aperfeiçoamento técnico dos praticantes, através de intercâmbios; 
- Criação de mais espaços físicos para a prática esportiva; 
- Criação e perpetuação de ídolos esportivos; 
- Criação e aproveitamento dos equipamentos para a prática esportiva; 
- Organização das competições; 
 7
- Organização e estrutura do esporte no País (legislação esportiva); 
- Administração descentralizada e participativa em todos os níveis do esporte; 
- Identificação de cursos, seminários, encontros, congressos sobre a 
administração e o Marketing esportivo; 
- Investimentos Proporcionais nas três manifestações esportivas; 
- Descentralização do poder da informação e democratização através dos 
recursos da tecnologia. 
 
Sugestão política 
- Formação de uma política desportiva nacional, criando-se um organismo 
autônomo e amplo de nível ministerial; 
 
 
 8
O esporte como produto: Como interpretar? 
 
"O produto na vitrine" ou "oespetáculo esportivo": 
Para que o produto (modalidade esportiva) possa ser vista pelo público, e 
necessário colocarmos o mesmo na "virtude". Ou seja, é preciso que o espetáculo 
esportivo aconteça e aconteça bem. Para isto, acreditamos ser necessário 
atentarmos para: 
 
- O espetáculo esportivo deve ser sempre uma incógnita em relação a quem será 
o vencedor. Esta dúvida deve ser trabalhada de forma à se tornar efetivamente 
desafiadora, provocando a necessidade de comparecimento, por parte dos 
espectadores, ao espetáculo esportivo; desta forma o público comparece ao 
evento motivado e curioso. 
 
O espetáculo esportivo se torna "feio" e gerador de prejuízo, quando não atende à 
necessidade de vivência de emoções (vitória x derrota). Outra forma de 
deterioração do espetáculo esportivo é a violência; seja ela presente no espetáculo 
(acontece com os participantes ativos do espetáculo), ou presente na platéia 
(participantes passivos do espetáculo). 
 
"Quando o produto se estraga" ou a "violência no espetáculo esportivo": 
Das 3 manifestações esportivas, é no esporte-performance que a violência chega 
ao seu auge. 
 
Pressupostos da violência: 
No espetáculo: 
- Falta de preparo, seja: técnico, tático, físico ou psíquico de um dos 
competidores ou equipes, principalmente nas modalidades esportivas de 
contato; 
- Erros ou injustiças cometidas pelos árbitros e seus auxiliares (se for o caso). 
 9
 
Na platéia: 
- Os "desordeiros" vão ao espetáculo pré-dispostos a se envolverem em 
distúrbios. Existem 3 tipos de desordeiros: 
 
1º) o incitador (é o que inicia o distúrbio e ativa a massa); 
2º) o influenciado (é o que se deixa incitar e acompanha as ações do distúrbio); 
3º) o vitimado (é o que sofre a violência e reage). Mas, ao reagir com a mesma 
energia, se torna um novo incitador, realimentando um ciclo vicioso. 
 
Como administrar a violência: 
A fim de evitarmos e comprometermos a imagem da modalidade esportiva, seja 
ela qual for, recomendamos: 
- Melhor formação dos dirigentes e dos árbitros, a fim de edificar a competência; 
- Despertar a consciência de atletas, através de reuniões e palestras 
esclarecedoras e alertantes, e das torcidas através de campanhas de 
propaganda; 
- Incentivar a ordem e a disciplina, de atletas e torcedores, através de 
premiações e até mesmo soma de pontos para a classificação. ( Ex.: torcida 
mais disciplinada: recebe 10 pontos. Equipe que cometa menor número de 
faltas: recebe 04 pontos a mais, na classificação; etc.) 
- Não permitir o acesso de objetos que possam colocar em risco integridade 
física dos participantes ativos e passivos, nos locais de competição: 
��Revista pessoal e em bolsas (detectador de metais); 
��Bafômetros; 
- Punir severamente os causadores de violência: 
��ATIVOS (Em relação do espetáculo esportivo): afastamento dos espetáculos 
(períodos de suspensão) e Multa; 
��PASSIVOS (Assistentes): Retirar do recinto e se for o caso "fichar" o 
elemento na polícia; 
 10
 
- Legislação esportiva prevendo punições severas para os envolvidos diretamente 
em violência, durante os espetáculos esportivos; 
- Punir os organizadores ou responsáveis pela segurança do espetáculo 
esportivo: Proibir novos espetáculos no local; Impor multa (paga pelo clube); 
Punir o dirigente; Perder pontos; 
- Criar normas que supervisionem as condições de segurança nos locais dos 
espetáculos esportivos. 
- Instruir e despertar a consciência dos profissionais da imprensa, que "A 
VIOLÊNCIA" NÃO DEVE SER FONTE DE NOTÍCIA; 
 
 
 11
Quando o produto começa a perder seus ingredientes ou a evasão dos 
atletas do esporte-performance. 
 
Boa parte ou a "nata" dos atletas do esporte-performance, saem do país para 
treinar ou complementar seu treinamento/formação, ou ainda devido às propostas 
financeiras sedutoras de clubes fora do país. Este fato vem causando um enorme 
prejuízo às modalidades esportivas, haja vista que seus ídolos não mais podem se 
mostrar e servir como exemplo para os que querem iniciar na modalidade. 
 
A fim de minimizar esta situação, muito presente no marketing no esporte e 
prejudicando o Marketing esportivo, acreditamos serem viáveis as seguintes 
recomendações: 
 
- Lei para patrocínio que atrelasse o investimento não só no esporte-
performance, mas que garantisse um percentual do montante investido para 
ser aplicada na base (esporte-formação). 
- Estabelecimento de compromisso, durante um período ou em número de 
eventos, do ÍDOLO ESPORTIVO, servir como exemplo para futuras gerações; 
(escolinhas, seminários, palestras, debates, visitações e espetáculos 
beneficentes para o próprio esporte). 
- Deveriam criar ou melhor adequar incentivos fiscais e outros, para empresas 
que investissem nas modalidades esportivas: 
��Incentivos maiores para investimentos na base; 
��Incentivos proporcionais ao número de modalidades investidas. (quanto 
mais modalidades maior os benefícios). 
 
Os empresários ainda carecem de dados estatísticos fidedignos sobre as 
modalidades esportivas. Seria indispensável a criação de anuários estatísticos 
( incluir o esporte nos estudos do IBGE ), a fim de demonstrar que o esporte é 
uma atividade economicamente produtiva que cria e distribui símbolos e 
conhecimento, reproduzindo todos os fenômenos sociais de uma cultura. 
 12
 
A Avaliação do Produto 
Acreditamos que uma avaliação da modalidade esportiva deve acontecer nos 
aspectos qualitativos e quantitativos. E que os resultados deveriam ser divulgados 
e informados à imprensa, aos órgãos de pesquisa e receber tratamento estatístico, 
a fim de passarem à constar nos anuários estatísticos. 
 
Seria muito difícil citarmos todas as informações que acreditamos serem relevantes 
para constar nestes anuários, pois este tópico deveria, antes, ser discutido por 
especialistas em esporte e em pesquisa, para um senso sobre o que é importante 
ser mensurado e divulgado. Mas, em uma tentativa bastante preliminar, 
procuramos relacionar o que acreditamos ser importante: 
 
1. Divulgar os hábitos desportivos dos brasileiros: 
��Características sociais das pessoas que praticam esportes, de acordo 
com as modalidades; 
��Total de praticantes, por sexo, faixa-etária, e por modalidade; 
��Por que as pessoas praticam esporte? 
��A nível de preferência, qual o esporte que mais se motivam a assistir? 
��Nível de escolaridade dos praticantes das diversas modalidades 
esportivas; 
��Hábitos de consumo dos artigos esportivos. O que motiva? 
��Freqüência da prática desportiva e épocas do ano; 
 
2. Número de instituições de ensino (faculdades de educação física e escolas 
técnicas) por estado e o número de matriculados. 
 
3. Número de profissionais (professores de educação física) atuando no esporte, 
nas suas três manifestações. 
 
 13
4. Número de eventos realizados, nas suas três manifestações, por modalidade e 
por Estado: 
��cursos de arbitragem; 
��cursos técnicos; 
��cursos de administração esportiva; 
��número de competições oficiais nacionais; 
��número de competições oficiais internacionais, no país; 
��audiência ativa dos eventos e especificações do público; 
��audiência passiva dos eventos e especificações do público; 
��número de cursos de: pós-graduação, conforme especializações; bem 
como número de profissionais pós-graduados; 
��intercâmbios internacionais; 
��número de pólos esportivos (escolhinhas); 
��número de professores de ed. física e técnicos atuando; 
��número de encontros, seminários, debates e congressos; 
 
5. Total de investimento, em US$ (dólar), nas suas três manifestações, pormodalidade, realizados pela iniciativa privada; 
 
6. Número de instalações esportivas (ginásios, campos, estádios, quadras etc.). 
Por estado, e em todo o Brasil (públicos e privados); 
 
7. Relação das mídias impressas especializadas e programas especializados na 
mídia eletrônica, por estado e em todo Brasil; 
 
8. Números de bibliotecas especializadas, bem como o registro do número de 
livros sobre esporte (divididas por modalidades e por manifestações); 
 
9. Número de centros de excelência para o esporte-performance; 
 
 14
10. Número de processos julgados nos Tribunais de Justiça Desportiva, por 
modalidades; 
 
11. Mensuração da relação custo x benefício; dos investimentos nas diversas 
modalidades esportivas; 
 
12. Retorno de mídia em (centímetro x coluna), nas diversas modalidades 
esportivas; 
 
13. Importação de materiais esportivos para treinamento das equipes do esporte-
performance, em dólar, por modalidade; 
 
14. Situação dos resultados conseguidos por Estado, comparados (em medalhas, 
em participação etc.); 
 
15. Número de academias por estado; 
 
16. Número de confederações e suas respectivas federações com suas respectivas 
filiadas, comparadas; 
 
17. Duração em meses dos investimentos realizados no esporte, por manifestação 
e por modalidade; 
 
18. Média dos salários, dos profissionais que trabalham (professores, técnicos, 
médicos supervisores, massagistas, dirigentes e atletas) nas três manifestações 
esportivas, por modalidade; 
 
19. Total de recursos humanos, trabalhando (registrados/CLT), nas diversas 
manifestações e modalidades; 
 
 15
20. Número de projetos esportivos, que oportunizaram condições de uma nova 
vida para os menores carentes. (dados numéricos); 
 
Esta ausência de dados, bem como a não-divulgação dos mesmos em anuários 
estatísticos estaduais e federais, vem contribuindo para as seguintes 
conseqüências: 
 
��A dificuldade de conhecimento real do potencial de uma modalidade esportiva, 
no que se refere a investimentos; 
��A imprecisa identificação do público de uma determinada modalidade esportiva; 
��A falta de visualização do esporte como uma tentativa economicamente 
produtiva; 
��A falta de identificação do esporte como um fenômeno social; 
��As modalidades esportivas sem conhecerem seus reais problemas, para uma 
futura transformação; 
��A "pequena" expressão das atuações do Brasil no cenário desportivo 
internacional; 
��A continuada atuação dos dirigentes esportivos, sem comprometimento social e 
amadores; 
��A evasão de talentos esportivos para os países com o esporte melhor 
estruturado. 
 
 
Estas conseqüências são agravadas quando constatamos que está faltando uma 
preocupação maior das organizações que administram o esporte no país, em 
registrar seus eventos e analisá-los em relatórios anuais de atividades. 
 
Também está faltando que os organizadores de pesquisa se preocupem em 
dimensionar este fenômeno social que também é uma atividade econômica, no 
intuito de revelar e tornar público: a realidade brasileira, de hábitos desportivos; 
 16
do potencial gerador de negócios; contribuição do esporte para o Desenvolvimento 
Social. 
 
O trabalho conjunto de ambas organizações citadas anteriormente, é que poderá 
revelar o potencial deste fenômeno social, fazendo-o constar nos documentos que 
na verdade relatam a história do Brasil. 
 
 
O Produto e seus clientes 
O esporte, enquanto fenômeno social, se manifesta de três maneiras (como já 
vimos anteriormente), e estas manifestações acontecem sob a forma de 
modalidades esportivas, (voltei, handebol, futebol etc.). Todas as pessoas de 
forma ativa (envolvidas diretamente) ou de forma passiva (assistentes, torcidas 
etc.) são clientes do fenômeno esporte. E, através dele (esporte), se tornam: 
admiradores, praticantes, adeptos, torcedores, enfim, "CLIENTES"; pois, 
determinadas modalidades conquistam uns e outras modalidades conquistam 
outros. 
 
Você conhece alguma outra "coisa" ou "fenômeno" que tenha tantos “clientes” 
( audiência ativa e receptiva ) quanto as OLIMPÍADAS? 
 
 
O produto e a concorrência 
O termo "concorrência", sob a ótica da Marketing esportivo, oportuniza a 
Interpretação da democracia no esporte, ou seja, já que existem modalidades 
esportivas, é dever da Marketing esportivo, fazê-las presentes (popularizar) em 
todas as regiões. Os "clientes" (usuários) tem liberdade de escolha, por qual 
modalidade optar. Na realidade, funciona como estímulo para o trabalho da 
Marketing esportivo das diversas modalidades. 
 
 17
Resumindo: buscar o "quantitativo" (esporte-formação e esporte-participação) e 
proporcionar condições de acesso, para quem quiser, o "qualitativo"(esporte-
performance). 
 
Outro termo, relacionado a concorrência, que merece citação é "produtos 
substantivos". Entendemos que de acordo com os fins buscados, pelo meio 
esporte, podem ocorrer, por parte da clientela, a identificação destes objetivos fins 
em outros "produtos" que, na realidade, substituem os benefícios proporcionados 
pela modalidade esportiva. A título de exemplos poderíamos citar, entre inúmeras 
outras, o vídeo-game substituindo a modalidade esporte, na busca do desafio e de 
entretenimento. Portanto, acreditamos ser importante lembrar: Identifique, 
Conquiste e mantenha clientes, atento aos concorrentes, com ética e 
responsabilidade social. 
 
 
O composto do produto 
Quando adotamos o conceito de produto, o axioma para nossa interpretação é a 
visualização abrangente de "KOTLER", que nos diz que "Produto é tudo aquilo 
capaz de satisfazer um desejo ou uma necessidade" (Kotler, 1984, p. 173). E, esta 
definição abrange também serviços, pessoas, lugares, organizações e idéias. 
 
Consideramos como composto do produto esporte: 
a) Marca; 
b) Qualidade; 
 
Vejamos cada um deles: 
 
a) Marca: 
A Marca do esporte é fator preponderante para o seu desenvolvimento. Esta se 
apresenta com os nomes das diversas modalidades esportivas (vôlei, handebol, 
 18
futebol etc.) e seus símbolos (logotipo ou logomarca). Entendemos por logotipo o 
desenho que representa a modalidade esportiva, e por logomarca, o mesmo 
desenho acompanhado do nome (Marca). 
 
Por muitas vezes é necessário uma reavaliação da modalidades esportiva, quando 
identificamos a descontinuidade, e uma das estratégias adotadas, poderia ser a 
adaptação ou mesmo criação de um novo design (desenho), a fim de estimular o 
prolongamento do seu ciclo de vida, ou mesmo relançar o produto. 
 
Uma organização de administração esportiva deve ter apenas uma marca 
individualizada, para se comunicar com o mercado. 
 
A marca deve estar em consonância e equilíbrio constante com os demais 
compostos do produto, a fim de conseguir cumprir os objetivos traçados no 
desenvolvimento do esporte. 
Por ser o esporte um fenômeno social, a marca de suas modalidades tem acesso 
fácil ao mercado, porém sua aceitação depende da cultura esportiva do local. 
Desta forma podemos identificar a fácil aceitação de esportes, tidos como 
tradicionais em determinados Municípios, Estados e Países. 
 
A exploração da marca como alternativa de conseguir recursos financeiros, é uma 
excelente estratégia de licenciamento, que deveria ser melhor trabalhada pelas 
organizações esportivas. 
 
b) Qualidade 
Este composto do Produto, na realidade deveria ser a filosofia adotada pelas 
organizações, que administram o esporte. Sua importância é tal, que tornou-se 
foco da revolução administrativa, dos anos 80 (oitenta). 
 
 19
A qualidade está ligadaa tudo que possa ocorrer como causa ou efeito do 
fenômeno social esporte, onde o maior beneficiário será sempre o usuário (ativo 
ou passivo). 
A qualidade busca a excelência dos resultados, como inúmeras outras formas de 
administrar, no entanto enaltece e atribui o mesmo valor ao processo. Ou seja, 
questiona-se ai a velha máxima de que o marketing é pragmático. E poderíamos 
dizer até que atuar no processo é a fase gloriosa da qualidade. 
 
A qualidade deve ser, em um futuro bem próximo, o princípio básico de vida, em 
todas as organizações, inclusive as organizações esportivas. 
 
b.1) A Qualidade esportiva relacionada aos demais compostos do marketing-mix 
(4 Ps): 
A QUALIDADE deve ser o fator de coerência e equilíbrio, buscando controlar 
educacionalmente o marketing no esporte em um futuro bem próximo, de uma 
nova sociedade, que tem no esporte mais uma alavanca propulsora. 
 
A qualidade interfere e se relaciona com todo o composto de marketing, na 
medida em que é visualizada como uma filosofia a ser adotada por toda 
organização. Isto é: qualidade no produto; qualidade no preço; qualidade no ponto 
de distribuição e qualidade na promoção (sistema de comunicação). 
 
b.2) Os princípios para se conseguir Qualidade esportiva: 
Deming, 1990, em sua clássica obra, relaciona os seus 14 (quatorze) princípios, 
para a transformação da administração, em busca da qualidade. Influenciado pelo 
autor e considerando o esporte como fenômeno social, identificamos o que 
chamamos de "Os Dez princípios", para conseguirmos implantar um processo de 
qualidade nas organizações esportivas. Estes princípios falam da organização como 
um todo, da conduta moral necessária dos dirigentes esportivos. 
 
 20
 
Os "dez princípios" da Qualidade esportiva: 
 
1. Proporcionar a fé para a transformação; 
2. Adotar a reforma-íntima; 
3. Estabelecer a confiança no processo; 
4. Instruir e educar; 
5. Estimular a liderança; 
6. Afastar o medo; 
7. Desburocratizar; 
8. Esquecer os dogmas; 
9. Valorizar o qualitativo; 
10. Práxis na transformação. 
 
Para entendermos a que nos referimos, podemos resumir: Ao comportamento 
moral dos dirigente esportivos, em suas práticas decisórias. Vejamos: 
 
1. Proporcionar a fé para a transformação 
Este princípio se refere à importância do planejamento. 
Proporcionar a fé para a transformação, significa visualizar hoje as condições 
necessárias, acreditando e se dedicando às mesmas, com o firme propósito de 
reduzir as incertezas futuras e proporcionar transformações mentais e sociais 
através do desenvolvimento do esporte. 
A maioria dos administradores vivem no imediatismo de resolver problemas atuais 
e esquecem de criar e manter constância de propósitos, numa perspectiva futura 
de um esporte melhor, mais humano e mais social. 
Proporcionar a fé, como princípio de uma organização esportiva, é acreditar e 
fazer-se acreditar que a mudança é possível, se não nos iludirmos com a vaidade, 
não nos embriagarmos no egoísmo, visualizarmos e conhecermos de perto os 
problemas que afligem hoje a organização, interferindo na realidade, com o 
 21
propósito de passar-se de uma situação conhecida para uma outra situação, 
desejada, dentro de um intervalo de tempo pré-determinado. 
Quem serve de exemplo e apresenta condições, até pelo cargo que exerce, para 
proporcionar a fé para a transformação, é o dirigente esportivo. Porém, o 
verdadeiro exemplo é dado por aquele que não fica só em palavras e gestos 
entusiastas, o verdadeiro homem de fé é aquele que denota boa-vontade, com 
base nas leis morais, examinando-lhes a ausência espiritual para a práxis 
cotidiana. 
Proporcionar a fé para a transformação significa interpretar a qualidade como uma 
melhoria continuada, ou seja sempre buscando a perfeição, e se comprometer 
socialmente com: 
1.1. investimentos; 
1.2. Administração participativa; 
1.3. Inovação. 
 
1.1. investimentos em: 
– Pesquisa - a fim de conhecer e tornar público, as informações 
consideradas importantes no tópico: Avaliação do produto. 
– Treinamentos e valorização dos recursos humanos - administrar uma 
organização significa administrar primordialmente recursos humanos. 
Não conseguimos entender como algumas organizações conseguem separar o 
funcionário, dirigente, professor, ou o que seja, do ser humano. 
Acreditamos que é obrigação das organizações, estabelecer e trabalhar o projeto 
de vida das pessoas envolvidas no processo organizacional. O projeto de vida dos 
envolvidos em uma organização é fator preponderante para o sucesso das 
estratégias organizacionais. Os exemplos nos comprovam que organizações 
vencedoras tem á frente pessoas vencedoras. 
A valorização dos recursos humanos, significa se preocupar e interferir para 
melhorar a qualidade de vida das pessoas, e só assim, conseguimos identificar a 
qualidade das organizações esportivas. 
 22
O treinamento de recursos humanos, significa proporcionarmos condições de 
aprimoramento das funções existentes, através da apropriação do saber 
sistematizado, a fim de democratizá-lo, e do saber-fazer didático. 
Estes fatores é que nos darão condições de interferir no real histórico da 
administração esportiva. 
 
1.2. Administração participativa: 
proporcionarmos a administração participativa significa ter humildade para 
reconhecer que não somos detentores de todos os conhecimentos, nem de todas 
as verdades. Significa saber ouvir e refletir para melhor decidir, ou até mesmo 
decidir juntos. 
Sobre este assunto, BALLALAI, 1988, foi bastante feliz quando escreveu: 
"Administração Participativa é a ação de comando que busca 
o envolvimento da coletividade comandada no 
equacionamento e nas soluções de problemas, através da 
descentralização do processo de tomada de decisão e da 
consequente criação de mecanismo próprios para essa 
descentralização. Mecanismos esses que são estabelecidos 
sob a forma de conselhos de colegiados aos quais serão 
solicitados, pelo comando, em momentos específicos como 
reuniões e assembleias, decisões que podem ou devem ser 
acatadas por esse comando. 
As decisões oriundas de tais mecanismos serão a expressão 
de consenso entre todos os operantes e o comando". 
(BALLALAI, 1988, p. 2) 
 
Lembramos, no entanto, que para proporcionarmos a Administração participativa, 
é fundamental que haja concomitantemente o investimento em treinamentos e 
valorização dos recursos humanos, a fim de termos a motivação necessária e o 
nível instrucional e educacional sem grandes diferenças, entre os participantes. Ou 
 23
seja, para atingirmos a qualidade, é necessário o esforço e a contribuição de todos 
ao mesmo tempo. 
Outro fato que merece citação e por acreditarmos na sua função social e 
organizacional, é dispormos de um profissional para funcionar como ONBUDSMAN 
da organização. Este profissional proporciona a participação de todos os envolvidos 
no processo, haja vista que trabalha como o "OUVIDO" da organização, 
recebendo, registrando e levando ao processo decisório todas as críticas dos: 
clientes, funcionários, árbitros, professores, dirigentes de menor escalão e as 
demais pessoas que queiram contribuir para o processo de mudanças. 
Estas críticas podem "chegar" ao onbudsman de forma direta, em conversa franca 
e aberta com a pessoa que observou o problema, ou de forma indireta, através da 
caixinha de sugestões. As formas de se conseguir detectar os problemas de uma 
organização esportivas, são muitas, e tem na pesquisa (formal, não formal e 
informal) a sua base. Muitas empresas comerciais e industriais, funcionam com o 
onbudsman através do serviço de atendimento ao cliente,onde detectam 
insatisfações de seus produtos e/ou serviços, através das reclamações, e 
identificam seus pontos fortes, pelos elogios. 
A fim de tornar a participação, como a forma de administrar, acreditamos que a 
implantação de um serviço de onbudsman, nas organizações esportivas, possa ser 
mais um casal, para muito mais prevenir do que remediar. 
 
 
1.3. Inovação: 
O comprometimento social com a Inovação, requer trabalho árduo e insistente 
associado ao tino criativo. Inovar significa introduzir novidades, na busca da 
diferenciação (não ser igual às outras organizações esportivas). 
O conceito de introduzir novidades na administração das organizações esportivas é 
algo relativo, pois teríamos que conhecer em detalhes cada organização, afim de 
estabelecer diferenças sobre o que é, e o que não é novidade. Evitando este 
constrangimento, já que levaria a uma comparação entre as organizações, no que 
 24
se refere à ser "moderno" ou estar "obsoleto", passaremos a relatar ações e 
intenções administrativas que refletem a inovação, na busca da qualidade, são 
elas: 
 
1. A criação e a estruturação do Sistema de Informação de Marketing 
(SIM), através da aquisição e a implantação de uma Central de Processamentos 
de Dados subdividida em : 
 
1.1. Banco de dados específicos (dados do cotidiano da organização): 
– Onde estão registrados: o cadastro de atletas, de clientes, de árbitros, 
de dirigentes, de professores de educação física, considerando 
inclusive o arquivo morto; 
 
1.2. Banco de dados genéricos: 
– Cadastro contendo as seguintes informações: endereço completo; 
dirigentes, telefone de contato, particularidades de atuação das 
organizações abaixo: 
• Escolas municipais; 
• Escolas estaduais; 
• Escolas particulares; 
• Escolas de samba; 
• Confederações e respectivas federações; 
• Divisão administrativa e/ou política do estado (Municípios e 
regiões); 
• Regiões Administrativas do Município; 
• Mídias impressas; 
• Mídias eletrônicas; 
• Clubes, associações e ligas, 
 25
• Secretarias municipais de esporte e lazer; 
• Faculdades de educação física; 
• Universidade e faculdades de todo o brasil; 
• Escolas técnicas de educação física; 
• Indústria do estado, por região e por setor da atividade; 
• Empresas que mais investem em imagem (200 maiores). 
 
O Sistema de Informação de Marketing (SIM), é a estrutura criada na organização 
para interagir com: as informações colhidas no mercado, o banco de dados 
específicos e genéricos, equipamentos, métodos e controles, visando criar um 
fluxo de informações que apoiarão o processo decisório. 
 
2. Empenho na utilização de tecnologia; (Informática, filmagens-vídeos, 
equipamentos, implementos etc.); 
 
3. Adaptação das regras do jogo, fim de permitir sua prática em locais 
não convencionais; 
 
4. A utilização da "terceirização" (estabelecimento de parceiras), com: 
– Secretaria de educação 
– Secretaria de esporte 
– Coordenadoria de Educação Física 
– Outros esportes (Ex.: um esporte fazendo a "preliminar" de outro). 
 
Estas terceirizações objetivam realizar eventos que atendam a ambos os 
interesses das organizações envolvidas, e tenham um denominador comum: o 
interesse social; 
 
 26
5. Identificar novos clientes e clientes em potencial; 
 
6. Oferecer novos serviços aos clientes: 
– Biblioteca Impressa e/ou virtual; 
– Biblioteca audiovisual; 
– Serviços de digitação; 
– Intercâmbio entre bibliotecas e centros de informação; 
– Levantamento bibliográfico; 
– Material de divulgação para eventos; 
– Acesso à bancos de dados (via modem); 
– Envio e recebimento de mensagens (via fax); 
– Períodos técnicos; 
– Organização de eventos; 
– Assessoria e consultoria em planejamento e administração; 
– Revenda, por preços abaixo do mercado, de recursos materiais, aplicados a 
prática da modalidade esportiva, conseguidos diretamente com o fabricante. 
 
Estes serviços podem ser gratuitos ou cobrados, conforme interesse da 
organização. Recomendamos que, se cobrados, tenham um valor abaixo do 
mercado, afim de beneficiar os clientes da organização. 
 
 
7. Forte coordenação entre pesquisa e desenvolvimento do esporte. 
 
8. Avaliações e incentivos subjetivos, em vez de medidas quantitativas. 
 
 27
9. Ambiente de trabalho calmo e equilibrado, a fim de atrair recursos 
humanos altamente qualificados ou pessoas criativas. 
 
10. Forte investimento no sistema de comunicação da organização. 
 
 
2. Adotar a reforma-íntima 
Adotar a reforma-íntima tem por finalidade enaltecer a necessidade de 
transformação e implica na adoção dos 10 (dez) princípios da qualidade esportiva. 
Não é mais condizente aceitarmos o descompromisso, as falhas, procedimentos e 
métodos obsoletos, chefias inadequadas e Administrações comprometidas com 
interesse particular e com o egoísmo. Urge a necessidade de adotarmos uma nova 
filosofia para planejar e Administrar o esporte. E esta nova filosofia tem seus 
axiomas na base moral do ser humano, ou seja, na reforma-íntima dos seus 
valores. 
Adotar a reforma-íntima significa extirpar os vícios e educar-se no combate de 
seus defeitos morais. Esta transformação é necessária por acreditarmos que a 
mudança é viável e começa no indivíduo que tramita no nível do processo 
decisório: O Dirigente Esportivo. 
De todos os vícios e defeitos, existe um que é primário, a base de todos os outros, 
a verdadeira chaga da sociedade: O EGOÍSMO. 
O egoísmo é incompatível com qualquer intenção ou ação Administrativa que vise 
o desenvolvimento do esporte. A fim clarificarmos o caminho a ser seguido pelos 
verdadeiros administradores esportivos, comprometidos com a Educação e o 
progresso social, faremos um breve esclarecimento sobre os defeitos mais comuns 
que contagiam os dirigentes esportivos, nas suas administrações, e o que fazer, se 
houver consciência e boa vontade, para combatê-los: 
 
 28
Orgulho 
O orgulho é a capacidade do ser humano julgar-se superior pelos atos, suas 
intenções ou pela sua posição social. 
 
Características: 
– Não aceita bem as críticas às suas ações e intenções; 
– É centralizador e quer fazer prevalecer suas idéias; 
– Amor próprio exacerbado; 
– Acredita não ser passível ao erro; 
– É autocrático e fechado ao diálogo que o contrarie; 
– Não considera, como deveria, a idéia dos demais; 
– Gosta de elogios e se reafirma nos mesmos; 
– Enaltece sua posição social e se compraz de seu prestígios pessoal; 
– Não admite se humilhar perante terceiros. "Desculpa" é palavra não 
conhecida no seu vocabulário; 
– Se utiliza da ironia e do deboche quando questionado. 
 
 
 
 
Como combater ? 
A melhor forma de controlarmos e educarmos este defeito é sendo "simples de 
coração" e "humilde de espírito". E para isso, nosso comportamento administrativo 
deve: 
- Saber ouvir e refletir; 
- Proporcionar a administração participativa; 
- Ser reservado; 
- Despretensioso (reconhecer seus erros); 
 29
- Cometido; 
- Moderno; 
- Respeitoso. 
 
Vaidade 
A vaidade é variante do orgulho e se apresenta, quase sempre no mesmo quadro 
de comportamento. 
 
Características: 
– Enaltece e relembra suas ações; se utiliza muito do pronome EU... 
(diz, consegui, criei, lembrei); 
– Não admite sua culpa, quando em situações de descontentamento 
geral na organização que administra; 
– Se compraz em elogios pessoais; 
– Ambição a cargos que o coloquem em maior destaque; 
– Narcisista; 
– Intolerância com os menos capacitados; 
 
 
 
Como combater ? 
– Sendo modesto nas suas ações e intenções;– Dividindo com sua equipe de trabalho os méritos pelos sucessos; 
– Reconhecendo ser responsável por erros cometidos; 
– Entendendo que nem todos tem as mesmas capacidades; 
 
 30
Inveja 
É a aspiração e o consumo de desejos inconsistentes, fundamentados na 
compreensão limitada da lei de causa e efeito. 
 
Características: 
– Resultado da inconformidade e do apego exagerado aos valores 
transitórios: posição social, bens materiais, dinheiro; 
– Críticas a terceiros, comparando com seu comportamento; 
– Cobiça de posse, de algo ou alguma coisa, que pertence à terceiro. 
– Inconformidade e revolta com as situações que a vida lhe apresenta, 
quando compara com os outros a sua "sorte". 
 
Como combater ? 
– A melhor maneira de evitarmos a inveja, é aprendendo a ser 
resignado ou seja: 
– manter a paciência, nas horas difíceis; 
– aceitar a incompreensão dos outros; 
– renunciar ao que ainda não está ao nosso alcance; 
– conformar-se com os sacrifícios necessários; 
– evitar as reclamações da vida; 
– acreditar que tudo é transitório; 
 
 31
Ciúme 
É o apego exagerado e egoísta a coisas materiais e às pessoas próximas, a ponto 
de provocar desequilíbrio em nossos sentimentos. 
 
Características: 
– Sentimento de posse individualizado; 
– Paixão doentia, dominante e exclusivista; 
– Imposição de condições nas relações humanas; 
 
Como combater ? 
– Sendo sensato nas relações humanas; 
– Sendo piedoso, nos libertando de interesses egocêntricos e 
abandonando os apegos exagerados as coisas materiais. 
 
 
Avareza 
É o ciúme específico às coisas materiais e ao dinheiro. 
 
Características: 
– Egoísmo que nega auxílio; 
– Preocupações centradas no seu "enriquecimento"; 
– Mesmo sem usufruir, não gosta de emprestar ou doar seus bens, ou 
os bens da organização que administra. 
 
Como combater ? 
– Sendo generoso; 
– Agindo com beneficência, com bondade e com Filantropia. 
 
 32
Ódio 
É um sentimento incontido, onde causamos ou desejamos mal a alguém. Se 
manifesta por ações e pelo pensamento. 
 
Características: 
– Palavras ofensivas, violência e agressividade; 
– Perda do controle emocional; 
– Sentimento causado por: injustiças, traições, humilhações ou 
agressões sofridas; 
– Quando perdura é conhecido como RANCOR; 
– Promessas de revidar o que sofreu (Vingança); 
– Sentimento oposto ao AMOR; 
– Dá origem a: mágoas, ressentimentos, desgosto, amarguras, 
inconformações e descontentamentos; 
 
Como combater? 
– Procurar não ser "emotivo irracional"; 
– Manter o equilíbrio entre ações e intenções, sem se deixar levar pelo 
desequilíbrio provocado; 
– Perdoando os que nos ofendem, mesmo estando "coberto de razão"; 
– Não se deixar abater por "amor-próprio ferido"; 
– Não esperar retratação de quem nos feriu; 
– Não estabelecer restrições para perdoar; 
– Perdoar em palavras somente não adianta, o verdadeiro perdão está 
em nosso pensamento; 
– Procurar se conter, demonstrando afabilidade e doçura; 
 33
– Ser compreensivo e tolerante; 
– Demonstrar e sentir brandura e pacificação. 
 
Personalismo 
É fruto do egoísmo, onde acredita-se em estado íntimo de rigidez e de 
autoconfiança nas idéias ou opiniões próprias. 
 
Características: 
– Não erra nunca e está sempre certo; 
– Não se engana nem é enganado; 
– Se utiliza de sua própria experiência para o processo decisório, e 
ignora experiência de terceiros; 
– Não proporciona a administração participativa; 
– É muito resistente às mudanças, chegando a negar-se à cooperar, 
caso suas idéias não sejam aceitas; 
– Demonstra irritação se contrariado, chegando mesmo a melindrar-se; 
– Acredita ser conhecedor de tudo, abstendo-se ao conhecimento de 
terceiros. 
 
Como combater ? 
– Ceder em seus pontos de vista, em benefício da coletividade e da 
concórdia; 
– Reconhecer que não é detentor de todos os conhecimentos; 
– Renunciar aos seus desejos e anseios, quando em benefício da 
coletividade ou da organização; 
– Abrir mão das posições conquistadas; 
– Cooperar na construção das idéias de terceiros; 
 34
– Aprender a trabalhar em equipe. 
 
Maledicência 
É a tendência maldosa de tecermos comentários, sobre terceiros, deixando no ar 
suspeitas, calúnias, mentiras e demais interrogações, a fim de prejudicar algo ou 
alguém. 
 
Características: 
– Veicula informações desonestas; 
– Julga as ações e intenções de terceiros; 
– Arma e trama uma rede de intrigas; 
– Compromete e prejudica propositalmente; 
– Critica sem conhecer as verdadeiras causas. 
 
Como combater ? 
Sendo indulgente, ou: 
– Abstendo-nos de críticas e juízos infundados; 
– Silenciando quando não pudermos valorizar, pela palavra ou pela 
intenção; 
– Prestando a caridade sem nenhum interesse. 
 
 35
Intolerância 
É a falta de compreensão e de moderação nas apreciações para com o próximo. 
 
Características: 
– Vê apenas o lado errado das pessoas; 
– Não perdoa e nem atenua as falhas humanas; 
– Não estimula o bem proceder, a fim de minimizar os erros; 
– Senso de análise e de crítica muito acentuado; 
– Quem erra tem que pagar pelo feito; 
– Age com radicalidade em suas decisões; 
– Demonstra austeridade com o comportamento de terceiros. 
 
Como combater? 
Sendo misericordioso, ou: 
– Demonstrando coerência e consciência de que errar é humano; 
– Sendo tolerante nas imperfeições dos próximos; 
– Saber perdoar e desculpar, esquecendo as ofensas e/ou prejuízos 
causados por terceiros. 
 
Impaciência 
É o estado de inconformidade temporária, que busca respostas imediatas aos seus 
problemas. 
 
Características: 
– Desconhecimento; 
– Nervosismo, agitação e irritação; 
– Inquietação, precipitação e pressa; 
 36
– Angústia, ansiedade e contrariedade. 
 
Como combater ? 
– Sendo paciente e demonstrando mansuetude; 
– Buscando a verdadeira origem do problema; 
– Evitando reclamações sobre nossos direitos transgredidos; 
 
 
Negligência 
É a ação ou intenção descompromissada com suas obrigações pessoais ou 
profissionais. 
 
Características: 
– Menosprezo às oportunidades de beneficiar o próximo; 
– Irresponsabilidade no cargo ou função que exerce; 
– Falta de compromisso social; 
– Falta de interesse pelos problemas vividos por terceiros; 
– Falta de planejamento para cumprir sua missão social, enquanto 
dirigente de uma organização; 
– Desordem e despreparo nas suas ações e intenções administrativas; 
– Preguiça em fazer "algo" sem benefício próprio. 
 
Como combater ? 
– Vigiando nossas ações e intenções, com responsabilidade; 
– Se comprometendo socialmente; 
– Despertando a consciência de que todas as organizações são 
responsáveis pela qualidade de vida; 
 37
– Agindo e pensando sem segundas intenções, senão a caridade pela 
caridade (abnegação); 
– Se preparando moralmente e através de conhecimentos científicos 
para cumprir missões que lhe sejam atribuídas. (Ex.: dirigente 
esportivo); 
 
Ociosidade 
É deixar o tempo passar, sem aproveitá-lo, desperdiçando as oportunidades de 
progresso moral e/ou social. 
 
Características: 
– Ocupar cargos ou funções de dirigentes, e nada fazer de produtivo, 
de bem ao próximo; 
– Ficar adiando compromissos e responsabilidades; 
 
Como combater ? 
– Se dedicando à causas nobres de progresso; 
– Demonstrar devotamento em favor do próximo. 
 
Acreditamos que adotar reforma-íntima como segundo princípio da qualidade 
esportiva, é se comprometer em controlar, educar, evitar, e extinguir 
predisposições, tendências,inclinações, pendores, impulsos compulsivos, que 
estão intimamente ligados aos nossos hábitos, vícios, erros, e defeitos. 
 
Não acreditamos que alguém possa se comprometer socialmente se não dominar 
estas tendências, presentes em todos nós. 
 
 38
Planejar e administrar o esporte repousa sua base na educação espiritual que todo 
dirigente deve se submeter para realmente proporcionar a transformação tão 
almejada. E isto começa com a reforma-íntima. 
 
 
3. Estabelecer a confiança no processo 
Ninguém gosta de trabalhar com uma inspeção ou supervisão de seus atos. O 
controle das ações de funcionários, incentiva o erro e não atribui a devida 
responsabilidade no resultado. 
 
Reclamar e/ou ficar corrigindo defeitos não significa qualidade. Qualidade se 
consegue pela melhora do processo, onde o ser humano deve se sentir útil e 
responsável pelo bom andamento dos serviços e de seus resultados, como 
conseqüência do processo. 
 
Estabelecer a confiança no processo significa creditar ao ser humano a satisfação 
de trabalhar com consciência e compromisso. 
 
 
4. Instruir e Educar 
Este "princípio" se refere à necessidade do despertar de consciência e à 
capacitação dos recursos humanos envolvidos no processo. 
 
A educação envolve a instrução. A instrução está relacionada com o intelecto, ao 
passo que a educação com o caráter. 
 
Instruir significa capacitar a mente humana com conhecimentos do saber 
sistematizado. 
Educar é desenvolver os poderes do espírito, não só na apropriação do saber, 
como principalmente na formação e aperfeiçoamento do senso moral. 
 39
 
O Intelectualismo e a formação científica, sem integridade moral, podem ser mais 
prejudiciais à sociedade do que a ignorância. 
 
A instrução, por si só, não resolve os problemas sociais. As soluções que buscamos 
passam primeiro pela questão de caráter, e só pela Educação podem ser 
resolvidas. A educação a que nos referimos é a evolução individualizada do ser 
humano, onde os nossos poderes psíquicos são despertados e trabalhados, no 
sentido de desenvolvimento. 
 
Tanto a instrução, no sentido mais específicos, como a educação, no sentido 
genérico, são imprescindíveis na busca da qualidade esportiva, pois administrar é 
antes de tudo, saber se relacionar com "gente". 
 
 
5. Estimular a Liderança 
Nós temos que, também aprender a procurar trabalhar com pessoas de igual ou 
superior capacidade à nossa. 
Estimular a liderança significa investirmos sem ressentimentos ou temores na 
capacidade de nossos subordinados, atribuindo-lhes responsabilidade no processo 
decisório. 
A liderança é o caminho certo para a substituição do enfoque nos resultados 
(administração por objetivos, administração por números, avaliação de 
desempenho, padronização de resultados). Isto porque o verdadeiro líder é aquele 
que melhor interpreta as necessidades do grupo em função da situação vivida, 
estabelecendo consonância entre os anseios da organização e dos envolvidos no 
processo. 
É com bases no estímulo à esta liderança que estaremos formando dirigentes 
comprometidos socialmente, ou melhor estaremos semeando os precursores da 
nova era esportiva. 
 40
 
6. Afastar o medo 
Resistir á mudanças, temer novos métodos e técnicas, negar um conhecimento, 
são alguns exemplos de que devemos nos preocupar em afastar o medo da 
organização. Este medo gerado, na maioria das vezes, se dá pela falta de diálogo 
entre os diversos setores hierárquicos da organização e pelo instinto humano de 
temer o que não é conhecido. Portanto, afastar o medo da organização significa 
proporcionar condições de apropriação do saber e do saber-fazer à todos, 
indiscriminadamente, bem como estimular e respeitar as idéias de todos, 
atribuindo-lhes o mesmo valor de consideração. 
 
7. Desburocratizar 
A máxima cartesiana de que o somatório das partes nos dá o todo, vem por água-
abaixo neste mandamento. Isto porque não acreditamos que deva existir um 
departamento ou setor exclusivo para tratar de um tipo de problema. 
Um problema específico no "produto" compromete toda a qualidade da 
organização. Logo, problemas devem ser do conhecimento de todos, a fim de 
minimizá-los e extinguí-los. 
A qualidade esportiva é uma filosofia que permeia toda a organização, a fim de 
conseguir objetivos organizacionais e sociais. 
Desburocratizar significa romper as barreiras entre os diversos setores de pessoal, 
significa proporcionar dinâmica no trabalho de equipe, ou seja, significa antes de 
tudo ser complacente e caridoso na relação com o próximo, a fim de suprir erros e 
melhorar resultados. 
 
8. Esquecer os dogmas 
Na busca da qualidade esportiva, temos que esquecer as metas quantitativas, os 
slogans, o incentivo ao aumento de produtividade, ou seja, as verdades absolutas 
que, por muitas vezes, são ditas ou cobradas. 
 41
Esquecer os dogmas se refere ao processo de fazer e saber-fazer. Significa 
respeitarmos a individualidade de cada pessoa, significa não generalizar, significa 
atribuir a responsabilidade do processo à todos em querer-fazer. 
Se não dispusermos de todos os recursos (humanos, materiais e financeiros) para 
tornar o produto de boa qualidade, como poderemos cobrar um trabalho bem 
feito. Logo, estabelecer resultados quantitativos esperados, é limitara capacidade 
de nossos subordinados ou esperar deles algo que não lhe dispomos de meios 
para conseguir. Esquecer os dogmas é admitir que os envolvidos no processo 
podem falhar, pois nunca seremos perfeitos, mas estaremos sempre buscando a 
melhoria continuada. 
Na busca da qualidade, trabalhamos no sentido de conseguir a excelência nos 
resultados como conseqüência dos esforços empreendidos no processo, ou seja, 
temos que ser eficientes e eficazes. 
 
9. Valorizar o Qualitativo 
Este "princípio" reforça o esquecimento de dogmas, já que enaltece o processo 
pelo qual torna o produto com qualidade, mesmo tendo que diminuir a 
produtividade. 
O que importa não é cumprir nestas quantitativas e/ou quotas numéricas, e sim o 
empenho compromissado em "dar" o melhor de si no processo. O qualitativo é 
mais importante e mais primordial que o quantitativo. Quantitativo para o esporte 
significa, por exemplo, o número de eventos que caracteriza a administração, ao 
passo que o qualitativo se refere ao esporte com compromisso moral e social, em 
uma perspectiva de transformação. Qualitativo é o processo consciente de fazer 
bem-feito, com ênfase nos processos. 
 
10. Práxis na transformação 
A Administração do esporte, deverá agir refletindo em cada um dos nove princípios 
anteriores, a fim de proporcionar a transformação e conseguir a qualidade 
esportiva. 
 42
Práxis na transformação significa ser consciente em todas as atividades e todas as 
tarefas, constituindo parte do processo. 
 
Todo processo torna-se mais rico quando empregamos e proporcionamos aos 
envolvidos a utilização da criatividade. Não podemos cruzar os braços e nos 
tornarmos passivos aos fatos, devemos tomar a iniciativa para realizar a 
transformação. E esta, se inicia quando concordamos em implantar a nova 
filosofia, quando resolvemos buscar a qualidade esportiva, através dos seus dez 
princípios. 
 
 
 43
 PROPOSTA DE QUALIDADE 
PARA AS FEDERAÇÕES ESPORTIVAS 
 
Este capítulo é uma proposta de metodologia para aplicação na administração das 
federações esportivas. Os pressupostos que amparam este “ensaio” já estão 
dispostos nos capítulos anteriores. 
 
1. A identificação e o despertar de consciência para a realidade 
administrativa: 
 
1.1. Analisar os ambientes Internoe Externo: 
 
Esta análise se refere a toda a estrutura e a conjuntura da organização. Em 
relação a estrutura recomendamos: 
– Rever e se for o caso, elaborar um novo estatuto para a organização. Onde este 
novo documento esteja em acordo com o artigo 217 da Constituição/1988, com 
a resolução nº 03/90 do CND e com a Lei vigente que institui normas gerais 
sobre desportos e dá outras providências; 
 
Em relação a conjuntura: 
 
a) Rever ou elaborar um REGIMENTO INTERNO da organização. Este documento é 
o detalhamento do estatuto da federação. É um documento específico e 
temporário. Constitui uma definição analítica das linhas gerais de ação estratégica 
estabelecida, da política traçada e das normas que orientam os dirigentes e 
funcionários, sendo uma consolidação dos procedimentos esperados dos agentes 
executores. É um instrumento de trabalho, e deve ser detalhista a ponto de não 
precisar ter orientação ou explicação de ninguém. Serve como base, para 
elaboração do manual da organização; 
 
b) Elaborar o MANUAL DA ORGANIZAÇÃO. Este documento consiste numa 
descrição analítica dos instrumentos de trabalho, especialmente das rotinas e 
 44
tarefas à serem cumpridas por cada membro da organização; normalmente 
divide-se em: 
 
 
– Estrutura básica: 
Cita o fluxograma e estabelece normas de relacionamento, reuniões periódicas, 
atribuições de cada setor; 
 
– Sistemas, Processos e métodos: 
Fala da ligação de todos os setores; Define a forma de fazer de cada setor, sob 
a ótica de eficácia e satisfação dos clientes. 
 
– Pessoal: 
Detalha o procedimento ( atribuições e responsabilidades ) de todo o pessoal: 
do dirigente maior ao mais simples funcionário; 
 
c) Simplificar a tramitação do fluxo de decisões, através de um organograma 
objetivo, por processos, onde os cargos e funções não sejam quiméricos e sim em 
condições de prática eficaz. 
 
d) Adotar perguntas facilitadoras: 
1. O que é, hoje, a federação? 
2. Do jeito que está funcionando, qual o seu futuro? 
3. É para lá que estão querendo ir? 
4. Quem são os clientes da federação? 
5. Quem deveria ser cliente da federação, e ainda não é? 
6. Onde estão os clientes da federação? O que é importante para sua participação? 
7. O que pensam estes clientes? Quais são as suas necessidades? 
8. Qual o número de praticantes nas 3 manifestações esportivas (formação, 
participação e performance)? 
 45
9. Qual o número total de registros de atletas? E a relação histórica destas 
inscrições, comparadas anualmente e por categorias? 
10. Quais os clientes que se desfiliaram? Por que? 
11. Existe a preocupação em atuar nas 3 (três) manifestações esportivas 
(formação, participação e performance)? 
12. Quais as formas de "entrada de capital" na federação? 
13. Quais as formas de "saída de capital" da federação? 
14. Quais as ansiedades e desejos da presidência? 
— Mandato até quando? 
— Realizar o que? Como pretende? 
— Elaborou planejamento estratégico? 
— Tem planos? Quais? Estão escritos? 
15. Existem ou foram realizadas pesquisas, para se ter uma exata posição do 
esporte? 
16. Tem ocorrido treinamento dos recursos humanos: 
— Técnicos? 
— Preparadores físicos? 
— Demais membros da comissão técnica? 
— Dirigentes das filiadas? 
— Atletas e demais praticantes? 
— Árbitros (formação e reciclagem)? 
17. Calendário anual? Elaborado em que época do ano? Tem coerência com os 
demais estados? Com o Nacional? E como Internacional? É rigorosamente 
cumprido? 
18. Existem reuniões com intenção de proporcionar uma administração 
participativa para com as filiadas? 
19. Já foi feito intercâmbios com outras federações, em relação? 
— À preparação física? 
— Aspectos administrativos? 
— Aspectos éticos e morais? 
 46
20. Já foi feito "parcerias" para a realização de eventos? 
(Ex.: handebol, antes de uma final de vôlei) 
21. Existe a preocupação com a formação de ídolos? 
22. Existem estratégias para aumentar o número de praticantes? 
— com os eventos oportunos? 
— eventos de praia? 
— "brinque e aprenda" (escolas, estacionamentos etc.)? 
23. Existe um sistema de informação estruturado (banco de dados)? É 
informatizado? 
24. A fim de oportunizar a participação de níveis diferentes (técnicos e táticos), 
existem divisões (1ª, 2ª e 3ª)? Sistema play-off e play-out ? 
25. Bom relacionamento com as demais federações do mesmo esporte? E com a 
confederação? 
26. Conhece as leis: federal, estadual e municipal, que apoiam e concedem 
incentivos fiscais, para empresas que possam investir no esporte? 
27. A federação é considerada de utilidade pública? Pode emitir recibos para 
doadores de verba? 
28. A federação tem buscado manter um equilíbrio e até mesmo incentivar todas 
as categorias do esporte? 
29. Os diretores nomeados, realmente trabalham em consonância? 
30. Tem trabalhado no sentido de atuar em todos os municípios e regiões do 
Estado? Busca a descentralização para administração da organização? 
Este roteiro de perguntas estabelece um despertar de consciência para cumprir a 
função social de uma organização esportiva, em particular, as Federações. 
 
e) Identificar e analisar quais os PONTOS FORTES, ou seja, o que a organização 
tem, que é bom; 
 
f) Identificar e analisar quais os PONTOS FRACOS, ou seja, o que a organização 
necessita; 
 47
 
g) Identificar e analisar quais os pontos, que por serem muito fortes, serão 
considerados como CAPACITAÇÕES ESTRATÉGICAS, ou seja, serão o carro-chefe 
da organização. 
h) Identificar e analisar as AMEAÇAS detectadas nos diversos segmentos do 
mercado (formação, participação e performance); 
 
i) Identificar e analisar as OPORTUNIDADES detectadas nos diversos segmentos 
do mercado; 
 
j) Identificar e analisar as RESTRIÇÕES EXTERNAS, ou seja, fatos que não 
conseguimos administrar ou controlar. São problemas externos, normalmente de 
âmbito nacional; 
 
l) Identificar e analisar quais os fatores, detectados no mercado, que podem e 
devem ser aproveitados como "ganchos" para o sucesso. Estes são chamados 
"FATORES CHAVE DE SUCESSO". 
 
1.2. Analisar a Concorrência: 
A concorrência é toda "atividade" que possa substituir a prática da modalidade 
esportiva, na busca de objetivos específicos por parte do cliente. Os concorrentes 
podem ser: 
1. Diretos (outras modalidades esportivas); 
2. Substitutivos (outros entretenimentos); 
 
1.3. Analisar o Sistema de comunicação da organização. É eficiente e eficaz? 
 
1.4. Analisar a coerência entre os tópicos anteriores em relação a MISSÃO da 
organização (objetivo maior para onde devem convergir todos os esforços - 
normalmente deveria constar no estatuto da federação). 
 48
 
 
2. A implantação do pensamento, planejamento e da administração 
estratégica: 
 
As estratégias e táticas deverão ser dispostas metodologicamente, por escrito, em 
documento de conhecimento de todos, da organização. 
O planejamento deverá ter a mesma duração do mandato do presidente, porém 
recomendamos que as federações da mesma modalidade, através de seus 
representantes, provoquem uma reunião com a confederação da modalidade, a 
fim de alterar, se for o caso, a duração dos mandatos dos presidentes das 
federações e da confederação para 4 (quatro) anos. Esta medida colocará a 
modalidade esportiva em condições de consonância com os calendários das 
organizações internacionais, que obedecem o período de intervalo dos jogos 
olímpicos). 
 
Os objetivos e as metas a serem alcançados no período de mandato, devem ser 
divididos em etapas ( Quartil ), e não devem ser exclusivamente quantitativos. 
 
O calendáriopara o período deve: 
a) atender as 3 manifestações esportivas; 
b) treinar e aperfeiçoar recursos humanos; 
c) ter pelo menos um grande evento por semestre para cada categoria da 
modalidade; 
d) estar em consonância com o calendário da confederação e de organizações 
internacionais; 
e) estar totalmente elaborado em moldes de venda, no máximo até a primeira 
quinzena de novembro, a fim de ser vendido para empresas que queiram investir 
(ano base-janeiro em diante); 
 49
f) ter eventos formais, não formais e até informais (permanentes e de impacto). 
Porém cuidado para não planejar eventos em demasia, o que causaria transtornos 
e dificuldades de participação para as filiadas; 
g) oferecer condições para que os municípios se interessem em sediar e até 
conseguir recursos para a realização destes eventos; 
h) respeitar e comparar datas, para não confrontar eventos, dos seguintes 
calendários: 
— Calendário promocional; 
— Calendário turístico dos municípios; 
— Calendário turístico do estado; 
— Calendário da Empresa Brasileira de Turismo (EMBRATUR). 
 
Sugerimos como estratégia: 
a) Incentivar os municípios do estado, através das suas secretarias de Esporte, a 
criarem suas ligas da modalidade esportiva ou através das ligas ecléticas, propor o 
departamento da modalidade esportiva; 
b) Proporcionar condições para ministrar cursos nestes municípios: 
— de arbitragem; 
— de formação e aperfeiçoamento de técnicas; 
— de administração esportiva. 
c) Planejar eventos, por exemplo, torneios abertos por regiões de governo; 
d) Incentivar os jogos (eventos): 
— Municipais (independentes por município); 
— Inter-municipais (seleções dos municípios); 
— Estaduais (em 3 divisões); 
— Abertos (oportunidade para não filiados); 
— de adaptados (estabelecer parceria com organismos especializados); 
— em comunidades carentes; 
— com meninos (as) de rua; 
 50
— Nas três manifestações esportivas que tenham suas rendas, revertidas 
para causas sociais; 
e) Identificar recursos humanos qualificados, para atuar no processo decisório da 
Organização (superintendente e diretores); 
f) Diferenciar o técnico do dirigente administrador; evitar que exista um acúmulo 
destas duas funções; 
g) balizar as decisões da organização, através: 
— da identificação e o despertar de consciência para a realidade 
administrativa; 
— da aplicação dos conhecimentos da qualidade esportiva; 
h) Adotar os "dez princípios" da qualidade esportiva; 
i) Trabalhar o composto do produto esporte (marca, qualidade e sistema de 
comunicações). 
 
 
3. A definição de critérios de Avaliação da Organização: 
Os critérios de avaliação de uma federação, devem ser principalmente calcado em 
contribuições ao desenvolvimento social. A busca da qualidade no trabalho da 
organização é o fator mais importante. 
 
O aspecto quantitativo pode ser utilizado apenas como um dos balizadores do 
resultado, e não como o objetivo maior destes resultados. O quantitativo pode ser 
comparado como conseqüência do trabalho de qualidade. 
 
Os critérios de avaliação devem ser estabelecidas para o processo, e interpretamos 
os resultados como conseqüências naturais do trabalho do processo. 
 
Sugerimos alguns critérios/perguntas já que cada organização deve estabelecer os 
seus, de acordo com as condições que proporciona aos seus funcionários e 
dirigentes: 
 
 51
— Avaliar a estrutura básica do Manual da organização: 
a. o fluxograma é o mais eficiente? 
b. as reuniões estão atendendo os objetivos? 
c. os setores estão cumprindo os seus papéis? 
— Avaliar os Sistemas e Métodos da Organização: 
a. os setores estão em consonância para cumprir as metas? 
b. a comunicação está fluindo bem entre os diversos setores? 
— Avaliar o compromisso assumido do pessoal, conforme seus cargos e funções; 
— As pesquisas estão identificando e acompanhando o comportamento dos 
clientes e oportunizando possibilidades de conquista de clientes em potencial? 
— Os 4 Ps ( Produto; Preço; Praça e Promotion ) estão sendo Administrados, 
considerando o CPF ( Concorrentes; Percepção de Consumo; Fatores Ambientais ) 
— Os dirigentes tem se envolvido com a administração de forma a cumprir o seu 
papel na organização? 
 
A avaliação constante destes critérios/perguntas entre outros, é que nos dará 
condições de visualizar melhores resultados: 
— aumento do número de clientes ( praticantes da modalidade ); 
— aumento do número de eventos, nas três manifestações; 
— maior retorno de mídia; 
— garantia de melhores benefícios para os patrocinadores; 
— aumento de contribuições em causas sociais; 
— melhoria da qualidade de vida dos envolvidos no processo; 
— a contribuição do esporte para uma formação moral, e desenvolvimento 
social. 
 
4. A adoção de uma política pela federação 
A definição e a implementação de orientações, que canalizem o processo decisório 
para o alcançar dos objetivos, é fator fundamental na administração de qualidade 
das federações esportivas. 
 52
A política da federação deve estar em consonância com as aspirações da 
confederação que por sua vez, deverá estar de acordo com os objetivos nacionais 
esportivos. 
Caso, a confederação não esteja atualizada, ou não apresente esta preocupação, é 
dever da federação enaltecer a importância da criação da política nacional 
desportiva da modalidade, e não havendo reciprocidade na lembrança, adotar a 
sua política para o tempo de duração do seu mandato. 
A política da federação deverá estar escrita no regimento interno, e será o 
documento que estabelece as prioridades e os caminhos que serão trilhados pelo 
esporte, naquele estado. 
Na elaboração da política desportiva da federação recomendamos levar em 
consideração: 
— As leis orgânicas dos Municípios; 
— A política adotada pelo Governo de Estado; 
— A política da secretaria de Estado de Esporte e Lazer; 
— O artigo 217 da Constituição/88; 
— Lei vigente que institui normas gerais sobre desportos e dá outras 
providências; 
— Resolução nº 03/90 do CND. E/ou órgãos que o substituíram ( INDESP ) 
 
 
 
 53
CONCLUSÃO: 
 
O Produto esporte deveria ser uma verdadeira preocupação nacional, seus valores 
e sua aplicabilidade no contexto educacional são indiscutíveis. O Planejamento 
estratégico deve ser obrigatório em todas as modalidades esportivas, a fim de se 
obter integração e coerência nos planos, programas e projetos. 
 
O Marketing esportivo, sob a ótica apresentada neste e-book, é necessário de ser 
compreendido e de ser aplicado. O dirigente esportivo tem que ser ético em seus 
relacionamentos e estar compromissado socialmente com os resultados que 
podem ser conseguidos. O esporte é um agente integrador e mobilizador das 
causas sociais de qualquer país desenvolvido – 
 
E aí ? Ao adquirir esse conhecimento, qual a sua visão ? Será que já não está na 
hora de nós mudarmos a realidade encontrada ? Vamos transformar ou vamos nos 
conformar ? Que DEUS lhe ajude a refletir sobre essas indagações e lhe dê força 
para que você faça a sua parte neste novo milênio. 
 
Um forte abraço e votos de felicidade e sucesso. 
 
Do amigo 
 
 
Marco Bechara 
 
 
 
 
 
 
 54
Referências bibliográficas 
Disponibilizo, a seguir, uma vasta literatura sobre a administração do esporte, 
que muito me auxiliou na elaboração de minha dissertação de mestrado e nessa 
síntese apresentada sob a forma de e-book: 
 
ABELL, D. F. e HAMMOND, J. S. Strategic market planing. New Jersey: Prentice-Hall, 1979. 
AHLBERG, Quem é o responsável pela violência dos espectadores? - Coleção Desporto e 
Sociedade - Antologia de Textos,nº 108 - Lisboa: 
Ministério da Educação e Cultura, 1988. 
ALBRECHT, Karl e BRADFORD, Lawrence J. Serviços com qualidade - A vantagem 
competitiva. São Paulo: McGraw-Hill, 1992. 
ALMEIDA, Pedro de. O planejamento de infra-estruturas desportivas e nível local (nº 35). 
Lisboa: Mec, 1987. 
ALTHUSSER, Louis. Sobre o trabalho teórico. Lisboa: Presença, 1978. 
ANDREFF, Wladimir e LENCLOS, J. L. A gestão dos clubes desportivos. Coleção desporto e 
sociedade - Antologia de textos, nº 84. Lisboa: Ministério da Educação e Cultura, 
1988. 
ANSOFF, H. Igor. Estratégia empresarial. São Paulo: McGraw-hill, 1977. 
___________. Administração estratégica. São Paulo: Atlas, 1983. 
___________. Implanting strategic management. New Jersey: Prentice-Hall International, 
1984. 
___________. et alli. Do planejamento estratégico à administração estratégica. São Paulo: 
Atlas, 1987. 
___________. A nova estratégia empresarial. São Paulo: Atlas, 1990. 
BALALLAI, Roberto. (Pós-graduação em administração esportiva). Rio de Janeiro: UGF. 
Nota de aula, 1988. 
BALANDIERK, Georges. Le "tiers monde": sous-développement et développement. Paris: 
1956. 
BASTOS, João Pereira. Desporto profissional. Coleção desporto e sociedade - Antologia de 
textos, nº 4 Lisboa: Ministério da Educação e Cultura, 1987. 
BECHARA, Marco Antonio. Proposta alternativa de organização e estrutura para os clubes 
brasileiros. Revista Artus, 18/19 - Rio de Janeiro: Jun, 1987. 
BECKHARD, Richard. Desenvolvimento organizacional: estratégias e modelos. São Paulo: 
Edgar Blücher, 1972. 
BERGER, Peter e LUCKMANN, Thomas. A construção social da realidade. Petrópolis: Vozes, 
1978. 
BETHLEM, Agrícola de Souza. Política e estratégia de empresas. Rio de Janeiro: Guanabara 
dois, 1981. 
__________. Gerência à brasileira. São Paulo: McGraw-hill, 1989 
BIANCHI, Alessandro et alli. As instalações desportivas e territórios. Coleção e sociedade - 
Antologia de textos, nº 2. Lisboa: Ministério de Educação e Cultura, 1987. 
BLAU, Peter M. e SCOTT, W. Richard. Organizações formais. São Paulo. Atlas: 1979. 
BONDOUX, René. O direito e o desporto - Coleção desporto e sociedade - Antologia de 
textos, nº 36. Lisboa: Ministério da Educação e Cultura, 1986. 
BRADFORD, David L. e COHEN, Allan R. Excelência empresarial. São Paulo: Harper & Row 
do Brasil, 1985. 
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Tecnoprint, 1988. pág. 49/50 
 55
___________. Programa brasileiro da qualidade e produtividade. Boletim informativo. 
Brasília: Ano 1 - nº 6 - Março, 1992. 
BRUYNE, Paul de; HERMAN, Jacques; SCHOUTHEETE, Marc de. Dinâmica da pesquisa em 
ciências sociais. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1982. 
BUSTELO, Eduardo S. et alli. Política x técnica no planejamento. São Paulo: Brasiliense, 
1982. 
CAGICAL, José Maria. Deporte, pulso de nuestro tiempo. Madrid: Nacional, 1972. 
____________. Oh deporte - anatomia de umgigante. Madrid: Minõn, 1981. 
____________. O esporte face à educação. Revista Artus, 16. Rio de Janeiro: UGF, 1985. 
pág. 56/58. 
CARVALHO, A. Melo de. Violência no desporto. Lisboa: Livros horizonte, 1985 - pág. 154 
____________. Desporto e revolução - uma política desportiva - Lisboa: Centro de 
Documentação e Informação do Ministério da Educação e Investigação científica, 
1975. 
____________. Cultura física e desenvolvimento. Lisboa: Compendium, 1978. 
CASSIRER, Ernst. Linguagem e mito. São Paulo: Perspectiva, 1972. 
____________. Antropologia filosófica. São Paulo: Mestre Jou, 1972. 
CHABERT, José Manuel. As federações desportivas na legislação francesa. Coleção 
Desporto e Sociedade - Antologia de textos, nº 71. Lisboa: Ministério da Educação e 
Cultura, 1987. 
____________. A criação de federações desportivas no direito comparado. Coleção 
desporto e sociedade - Antologia de textos, nº 53. Lisboa: Ministério da Educação e 
Cultura, 1987. 
CLARK, Colin. The conditions of economic progress. Londres: Mac Millan, 1951. 
CLELAND, D. I. e KING, W. R. Strategic planning and police. New York: Van Nostrand 
Reinhold Company, 1978. 
CONSELHO DA EUROPA. Políticas européias para os equipamentos desportivos. Coleção 
desporto e sociedade - Antologia de textos, nº 5 - Lisboa: Ministério de Educação e 
Cultura, 1986. 
COSTA, Anibal Silva e. Causas do insucesso desportivo. Coleção desporto e sociedade - 
Antologia de textos, nº 85 - Lisboa: Ministério da Educação e Cultura, 1987. 
CRESPO, Jorge. Para uma teoria de desenvolvimento desportivo. in Homo ludicus - 
Antologia de textos desportivos II. Organizado por Manuel Sérgio, Noronha Feio. 
Lisboa: Compedium, 1982. p. 200. 
CROSBY, Philip B. Qualidade - falando sério. São Paulo: McGraw-hill, 1990. 
DEMING, W. Eduards. Qualidade: a revolução da administração. Rio de Janeiro: Marques - 
Saraiva Gráficos e Editores S.A., 1990. 
DRUKER, Peter F. O novo papel da administração. Coleção Harvard de Administração - nº 
01. São Paulo: Nova Cultural, 1986. 
DUMAZEDIER, Joffre. Sociologia empírica do lazer. São Paulo: Perspectiva, 1979. 
____________. et alli. Olhares novos sobre o desporto. Lisboa: Compedium, 1979. 
ESTEVES, José. O desporto e as estruturas sociais. Lisboa: Prelo, 1975. 
ETZIONI, Amaral. Organizações modernas. São Paulo: Pioneira, 1976. 
____________. Organizações complexas. São Paulo: Atlas, 1981. 
FILHO, João Lyra. Introdução à sociologia dos desportos. Rio de Janeiro: Bloch Editores, 
1974. 
_____________. Introdução à psicologia dos desportos. Rio de Janeiro: Record, 1983. 
FILHO, Paulo de Vasconcelos e MACHADO, Antonio M. V. planejamento estratégico. Rio de 
Janeiro: Livros técnicos e científicos, 1979. 
 56
_____________. et alli. Planejamento empresarial - textos selecionados. Rio de Janeiro: 
Livros técnicos e Científicos, 1982. 
_____________. Planejamento estratégico para a retomada do desenvolvimento. Rio de 
Janeiro: Livros Técnicos e Científicos, 1985. 
GUP, B. E. Guide to strategic planning. New York: McGraw-hill, 1980. 
HEINEMANN, Klaus. Problemas sócio-econômicos dos clubes desportivos. Coleção 
desporto e sociedade - Antologia de textos, nº 100. Lisboa: Ministério da Educação e 
Cultura, 1988. 
HUIZINGA, Johan. Homo ludens. São Paulo: Perspectiva, 1980. 
JESUS, Manuel da Boa de. Promoção desportiva - alguns considerandos. Coleção desporto 
e sociedade - Antologia de textos, nº 34. Lisboa: Ministério da Educação e Cultura, 
1987. 
KATZ, Daniel e KAHN, Robert L. Psicologia social das organizaçõe. São Paulo: Atlas, 1978. 
KOTLER, Philip. Administração de marketing. Volume 1. São Paulo: Atlas, 1981. 
____________. Marketing para as organizações que não visam o lucro. São Paulo: Atlas, 
1984. 
LEVITT, Theodore. A imaginação de marketing. São Paulo: Atlas, 1985. 
____________. Marketing para desenvolvimento dos negócios. São Paulo: Cultrix, 1974. 
LIMA, Teotónio. A relação do treinador com os jogadores, árbitros e dirigentes, in 
Selecionar, dirigir, preparar tarefas do treinador - Comunicações do 1º CLINIT ANTB. 
Lisboa: Compedium, 1980. 
____________. Alta competição - desporto de dimensões humanas? Lisboa: Livros 
Horizonte, 1981. 
LORANGE, P. e VANCIL, R. F. Strategic planning systems. New Jersey: Prentice- Jall, Inc, 
1977. 
LÜSCHEN, Günther. Estatuto, cristalização de classes e integração social no desporto. 
Coleção desporto e sociedade - Antologia de textos, nº 14. Lisboa: Ministério da 
Educação e Cultura, 1987. 
MAGNANE, Georges. Sociologia do esporte. São Paulo: Edit. Perspectiva, 1969. 
MAHEU, René. Desporto e cultura. Revista Artus, 12/14. Rio de Janeiro: UGF, 1984. pág. 
7/11. 
MARQUES, José Lopes. Plano nacional de desenvolvimento do desporto. Lisboa: Ponticor, 
1980. 
MCCARTHY, E. Jerome. Marketing básico - Vol. I. Rio de Janeiro: Zahar, 1976. 
MCCORMACK, Mark H. O que não se ensina em Harvard Business School. São Paulo: Best 
Seller, 1985. 
MCKENNA,

Continue navegando