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Caso concreto 01 história do direito estácio

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CASO CONCRETO AULA 1
Flávio e Aline, dois alunos iniciantes do curso do nosso Direito, entusiasmados com os estudos jurídicos, discutiam sobre a forma como os diversos países organizavam suas justiças a fim de obterem solução os conflitos sociais que, inevitavelmente, surgem todos os dias. Flávio defende a tese de que um sistema de direito tem que se basear na vontade de quem faz a lei (legisladores) prevendo situações futuras, sendo que ao juiz caberia tão somente aplicar as regras produzidas por estes, Já Aline, por outro lado, entende que só diante do caso concreto é possível construir as regras, ou seja, a posteriori pois cada caso tem suas particularidades. Além do mais, Aline entende que os juízes são mais confiáveis, enquanto Flávio defende a tese de que o legislador democraticamente escolhido pelo povo é que deve produzir as normas. 
Vá ao Google e pesquise sobre o que vem a ser o sistema de Common Law e o que vem a ser o sistema de Civil Law (também chamado de sistema romano-germânico). Depois, responda: 
a) Quem defendeu a tese usada pelos adeptos da Common Law e quem defendeu a tese usada pelos adeptos da Civil Law? Por quê? 
Aline defendeu a tese do Common Law; enquanto Flávio, Civil Law. O Common Law, conhecido também como Direito Consuetudinário, é o sistema de direito baseado na jurisprudência das Cortes, mais adotado em países de origem anglo-saxônica, tais como Estados Unidos e Inglaterra. Nesse sistema, a legislação existe, mas os julgados são aplicados ao caso concreto, de acordo com os costumes, fazendo assim regras conforme entendimentos demandados, caso a caso, que vinculam os próximos julgadores. 
Já o Civil Law, ou Direito Romano-germânico, fundamenta-se na legislação, que dita regras elaboradas pelo Legislativo, a priori. É, sem dúvida, um sistema que costuma demorar a ser atualizado, mas permite elaboração das leis pelos congressistas eleitos pelo povo para essa finalidade. Pauta-se no respeito à legislação já elaborada pelos representantes do povo, assegurando uma margem menor à discricionariedade dos julgadores, bem diferente do sistema jurídico anglo-saxão, que se utiliza das decisões anteriores para fundamentar seu julgamento do caso concreto atual. Assim, no Common Law, estar atualizado com os precedentes jurisprudenciais é condição para se exercer a função da advocacia.
Por fim, faz-se necessário entender que, frente a uma demanda judicial inédita, sem precedentes, no sistema anglo-saxão será oportunidade de se criar novos entendimentos através do juiz, que estará criando uma nova norma jurídica, que vinculará casos semelhantes, enquanto no nosso sistema romano-germânico, as competências são rígidas entre julgar e legislar, Poder Judiciário e Poder Legislativo, sendo assim, o juiz poderá até utilizar de analogia, princípios ou outros recursos para resolver a lide, mas não estará criando uma regra jurídica vinculativa.
b) Por que se usa a denominação "sistema romano-germânico"? 
Utiliza-se a denominação “sistema romano-germânico visto que a primeira adoção desse hábito de codificar os costumes e jurisprudências aconteceu com os romanos.
c) Qual dos sistemas se vincula a tradição jurídica portuguesa e, por consequência, a tradição jurídica brasileira? 
Para o direito brasileiro e também o português, vige o sistema chamado de Civil Law, pois nossa legislação é codificada, positivada. Nossos magistrados não possuem competência para criar regras jurídicas em casos concretos, apenas entendimentos acerca da Constituição e Legislações, todas normas jurídicas elaboradas pelo Poder competente para tal, o Legislativo.
Resolva a questão objetiva 1 do capítulo 1 de seu Livro Didático
(ENADE/ 2012 — questão 8)
A globalização é o estágio supremo da internacionalização. O processo de intercâmbio entre países, que marcou o desenvolvimento do capitalismo desde o período mercantil dos séculos XVII e XVIII, expande-se com a industrialização, ganha novas bases com a grande indústria nos fins do século XIX e, agora, adquire mais intensidade, mais amplitude e novas feições. O mundo inteiro torna-se envolvido em todo tipo de troca: técnica, comercial, financeira e cultural. A produção e a informação globalizadas permitem a emergência de lucro em escala mundial, buscado pelas firmas globais, que constituem o verdadeiro motor da atividade econômica (Adaptado de: SANTOS, M. O país distorcido. São Paulo: Publifolha, 2002).
No estágio atual do processo de globalização, pautado na integração dos mercados e na competitividade em escala mundial, as crises econômicas deixaram de ser problemas locais e passaram a afligir praticamente todo o mundo. A crise iniciada em 2008 é um dos exemplos mais significativos da conexão e interligação entre os países, suas economias, políticas e cidadãos. Considerando esse contexto, avalie as seguintes asserções e a relação proposta entre elas.
I. O processo de desregulação dos mercados financeiros norte-americano e europeu levou à formação de uma bolha de empréstimos especulativos e imobiliários, a qual, ao estourar em 2008, acarretou um efeito dominó de quebra nos mercados.
POR QUE
II. As políticas neoliberais marcam o enfraquecimento e a dissolução do poder dos Estados nacionais, bem como asseguram poder aos aglomerados financeiros que não atuam nos limites geográficos dos países de origem.
a) As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa da I.
b) As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa da I.
c) A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa.
d) A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira. 
e) As asserções I e II são proposições falsas. 
Resposta C A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa

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