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DIREITO CONSTITUCIONAL MILITAR

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Prévia do material em texto

Coordenação Didático-Pedagógica
Stella M. Peixoto de Azevedo Pedrosa
Redação Pedagógica
Tito Ricardo de Almeida Tortori 
Revisão
Alessandra Muylaert Archer
Projeto Gráfico 
Romulo Freitas
Diagramação
Luiza Serpa
Coordenação de Conteudistas
Fernando Velôzo Gomes Pedrosa
Conteudista
Felipe Alexandre Paiva Dias de Sá 
Revisão Técnica
Otávio Bravo
Produção
Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro 
Realização 
EsIE – Escola de Instrução Especializada
Exército Brasileiro
Fundamentos do direito público e privado : apostila 1DPP / 
coordenação didático-pedagógica: Stella M. Peixoto de Azevedo 
Pedrosa ; redação pedagógica: Tito Ricardo de Almeida Tortori ; 
revisão: Alessandra Muylaert Archer ; projeto gráfico: Romulo Freitas 
; coordenação de conteudistas: Fernando Velôzo Gomes Pedrosa ; 
conteudista: Felipe Alexandre Paiva Dias de Sá ; revisão técnica: Otávio 
Bravo ; produção: Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro 
; realização: EsIE – Escola de Instrução Especializada [do] Exército 
Brasileiro. – Rio de Janeiro : PUC-Rio, CCEAD, 2013.
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais – CHQAO.
46 p. : il. (color.) ; 21 cm.
Inclui bibliografia.
1. Direito público - Brasil. 2. Direito privado – Brasil. I. Pedrosa, 
Stella M. Peixoto de Azevedo. II. Tortori, Tito Ricardo de Almeida. III. 
Sá, Felipe Alexandre Paiva Dias de. IV. Linhares, Anvalgleber Souza 
V. Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. Coordenação 
Central Educação a Distância. VI. Brasil. Exército. Escola de Instrução 
Especializada.
CDD: 342
CHQAO
Curso de Habilitação ao Quadro Auxiliar de Oficiais
FUNDAMENTOS DO DIREITO PÚBLICO E PRIVADO
Unidade 1 
DIREITO CONSTITUCIONAL MILITAR
APRESENTAÇÃO
O Curso de Habilitação ao Quadro de Auxiliar de Oficiais (CHQAO), 
conduzido pela Escola de Instrução Especializada (EsIE), visa habilitar os 
subtenentes à ocupação de cargos e ao desempenho de funções previstas 
para o Quadro Auxiliar de Oficiais. 
A disciplina Fundamentos do Direito Público e Privado possui carga 
horária total de 90 horas. 
Os objetivos gerais desta disciplina são:
•	 Conhecer conceitos constitucionais relacionados às instituições do 
direito público e privado;
•	 Analisar o papel do cidadão diante da Constituição Federal, de fatos 
relacionados à administração das instituições de direito público e 
privado;
•	 Diferenciar atos e fatos jurídicos das instituições de direito público e 
privado associados às noções de direito na administração pública;
•	 Descrever o Direito Internacional Humanitário e fornecer elementos 
para identificação de sua problemática;
•	 Identificar as principais regras e convenções relacionadas ao Direito 
Internacional Humanitário;
•	 Conhecer as principais regras da legislação penal militar brasileira;
•	 Conhecer as principais regras da legislação processual penal militar 
brasileira; e
•	 Empregar de maneira correta a legislação vigente.
Será apresentada agora a Unidade I – Direito Constitucional Militar –, 
cujos objetivos estarão especificados no início de cada capítulo.
Boa leitura!
CONTEUDISTA
Felipe Alexandre Paiva Dias de Sá é bacharel em Ciências Militares pela 
Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN) e em Direito pela Sociedade 
Civil da Grande Dourados (UNIGRAN). É pós-graduado em Direito Civil e 
Empresarial pela Faculdade de Direito da Universidade Federal de Pernam-
buco, em Operações Militares pela Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais e 
em Bases Geo-Históricas para Formulação Estratégica na Escola de Comando 
e Estado Maior do Exército. É professor da Cadeira de Direito da Academia 
Militar das Agulhas Negras.
ÍNDICE
09
11
11
15
15
16
19
20
22
25
26
27
29
33
37
41
1. INTRODUçãO
2. NATUREzA JURíDICA DAS FORçAS ARMADAS
2.1 DIREITO CONSTITUCIONAL MILITAR
3. MISSãO CONSTITUCIONAL
3.1 AS FORçAS ARMADAS
3.2 MISSãO CONSTITUCIONAL DAS FORçAS ARMADAS
3.3 ATRIBUIçõES SUBSIDIáRIAS DAS FORçAS ARMADAS
3.3.1 PODER DE POLíCIA DO ExÉRCITO
3.3.2 MISSõES DE PAz
4. SERVIçO MILITAR NO BRASIL
4.1 BASE LEGAL
4.2 ALISTAMENTO MILITAR
5. INTER-RELAçãO ENTRE OS MILITARES E O SISTEMA ELEITORAL
6. DIREITO DOS SERVIDORES MILITARES
7. SISTEMA PREVIDENCIáRIO DOS MILITARES
8. BIBLIOGRAFIA
FUNDAMENTOS DO DIREITO PÚBLICO E PRIVADO - U1 
9
A profissão das armas, por si só, pode se tornar uma atividade de risco para 
profissionais despreparados que não tenham clareza e consciência de sua im-
portância para a integridade organizacional de uma sociedade livre e sobera-
na, em que a manutenção da lei e da ordem seja primordial para a busca do 
bem comum e da democracia. 
Esta disciplina visa, inicialmente, esclarecer ao militar a natureza jurídica das 
Forças Armadas e a sua missão constitucional, permitindo o conhecimento da 
legislação que trata do serviço militar, do emprego da força nas eleições, da po-
sição jurídica dos militares e o sistema de pensões vigente. Desse modo, serão 
aprofundados assuntos relacionados à natureza jurídica das Forças Armadas. 
Ao longo do estudo dos Fundamentos do Direito Público e Privado serão abor-
dadas outras questões de diferentes aspectos do Direito, tais como: Disciplinar 
Militar, Internacional Humanitário, Penal Militar e Processual Penal Militar.
1INTRODUÇÃO
FUNDAMENTOS DO DIREITO PÚBLICO E PRIVADO - U1 
11
Objetivo específico
•	 Caracterizar a natureza jurídica das Forças Armadas.
2 NATUREzA jURÍDICA DAS FORÇAS ARMADAS
O Exército Brasileiro é largamente empregado nas operações de garantia da 
lei e da ordem (GLO) em grandes e pequenos eventos de repercussão nacio-
nal, como na ECO-92, em visitas de Papas, na pacificação das favelas do Rio 
de Janeiro, entre várias outras situações. Tais ações exigem o aperfeiçoamento 
dos militares, principalmente para aqueles que almejam o oficialato. Assim, as 
atribuições constitucionais dos militares devem ser conhecidas, diuturnamente, 
pelos profissionais das Forças Armadas, pois são o arcabouço que legitima a 
sua atuação na defesa da pátria e dos poderes constituídos.
2.1 DIREITO CONSTITUCIONAL MILITAR
Para estudar o Direito Constitucional Militar é preciso, inicialmente, entender a 
finalidade de uma Constituição para a existência de um Estado.
Para Sylvio Motta e William Douglas:
Constituição é o conjunto das normas convencionais 
ou jurídica que, repousando na estrutura econômico-
-social e ideológica da sociedade, determina, de maneira 
fundamental e permanente, o ordenamento estrutural 
do Estado, circunscrevendo e fixando a competência do 
poder público, assegurando, ainda, a plena proteção dos 
direitos individuais (MOTTA e DOUGLAS, 2000, p.10).
Enfim, a Constituição tem por finalidade instituir as normas de fundamentação 
e estruturação essenciais para a formação de um Estado.
Saiba mais sobre a participa-
ção das Forças armadas na 
ação de pacificação empre-
gada no Rio de Janeiro len-
do o artigo Considerações sobre 
a Força de Pacificação empregada no 
Rio de Janeiro, de Carlos alberto 
Klinguelfus Mendes, na Re-
vista Military Review de agos-
to de 2012. disponível em: 
<http://usacac.army.mil/
CaC2/MilitaryReview/ar-
chives/Portuguese/Milita-
ryReview_20120831_art-
006POR.pdf>
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Curso de Habilitação ao Quadro auxiliar de ofiCiais
12
Nesse sentido, historicamente, todas as constituições brasileiras trataram sobre 
assuntos militares. A primeira Constituição Federativa promulgada pelo Im-
perador D. Pedro I em 1824, por exemplo, abordava aspectos relacionados à 
“Força Militar” no Capítulo VIII e determinava:
Art. 145. Todos os Brazileiros são obrigados a pegar em 
armas, para sustentar a Independencia,e integridade 
do Imperio, e defende-lo dos seus inimigos externos, ou 
internos (redação no original).
A nossa atual Constituição foi promulgada em 5 de outubro de 1988 e esta-
belece as normas sobre as Forças Armadas que interessam neste estudo no 
seu Capítulo II, do Título V, que trata Da Defesa do Estado e Das Instituições 
Democráticas.
O Direito Constitucional Militar é, portanto, o ramo do Direito que esta-
belece o conjunto de normas constitucionais que tratam sobre a atuação das 
tropas militares em nosso país.
A Constituição Federal (CF) é a lei de maior hierarquia em uma sociedade 
politicamente organizada, da qual todas as demais leis devem se subordinar. É, 
também, a lei que estabelece e organiza uma sociedade.
Portanto, para entendermos a natureza jurídica das Forças Armadas, é necessá-
rio entender a definição contida no artigo 142 da Constituição Federal:
Art. 142. As Forças Armadas, constituídas pela Marinha, 
pelo Exército e pela Aeronáutica, são instituições nacio-
nais permanentes e regulares, organizadas com base 
na hierarquia e na disciplina, sob a autoridade suprema 
do Presidente da República, e destinam-se à defesa da Pá-
tria, à garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa 
de qualquer destes, da lei e da ordem. (grifo nosso).
É possível identificar nessa norma as características das Forças Armadas bra-
sileiras, a saber: são instituições nacionais, permanentes, regulares e 
organizadas com base na hierarquia e disciplina.
Instituições nacionais
São nacionais, ou seja, com atuação em todo o território nacional, por serem 
integradas por cidadãos brasileiros de todas as regiões do território pátrio 
e por estarem comprometidas com os valores da cultura brasileira e com os 
superiores interesses e aspirações da comunidade nacional. 
Com a iminência de invasão 
de Portugal por napoleão, 
d. João Vi e a família real 
embarcam rumo ao Brasil 
e através do alvará de 1º de 
abril de 1808, cria o Conse-
lho Supremo Militar, que ti-
nha funções administrativas 
e judiciárias, atuaria como 
primeiro Tribunal do Bra-
sil e acumulava as funções 
de Supremo Conselho Mi-
litar. Conheça o texto desse 
decreto imperial lendo o 
documento disponível em: 
<http://www.camara.gov.
br/internet/infdoc/conteu-
do/Colecoes/Legislacao/
Legimp-a1_4.pdf>
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outorgada
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FUNDAMENTOS DO DIREITO PÚBLICO E PRIVADO - U1 
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Bonavides, Miranda e Agra (2009) entendem que as Forças Armadas são insti-
tuições nacionais com a função de proibir que os Estados Federados também te-
nham as suas próprias “Forças Armadas”, além de estar a serviço da nação, não 
como instrumentos de governo, mas como um instituto de garantia da Pátria. 
Instituições permanentes
O que caracteriza uma instituição permanente é a impossibilidade jurídica da 
sua extinção, não sendo possível nem mesmo por intermédio de emenda cons-
titucional. As Forças Armadas são históricas e necessárias à própria existência 
da nação brasileira.
Brutus e Arruda (s.d., p.17), partindo dessa premissa, consideram que: 
Por força de preceito constitucional que consagra a pre-
sença das Forças Armadas ao longo de todo o processo 
histórico da nação no passado, reafirmam essa atitude 
no presente e a projetam como expectativa no futuro, 
definindo uma trajetória de dedicação, desprendimento 
e, não raro, de sacrifício, sempre voltada para a conquista 
e a manutenção dos Objetivos Nacionais Permanentes.
Bonavides, Miranda e Agra afirmam: 
A importância das Forças Armadas é notada também pela 
adjetivação que lhe foi atribuída, já que sua disposição de 
forma “permanente” faz com que fique ligada à própria 
existência do Estado, não podendo ser dissolvida. Em ou-
tras palavras, as Forças Armadas estão ligadas à própria 
manutenção da República Federativa do Brasil. Enquanto 
esta existir, aquelas também existirão (2009, p.1702).
Instituições regulares
São regulares porque se regem por rígidos regulamentos, sendo a sua atuação 
de forma contínua e sem interrupção. Suas atribuições, organização, subordi-
nação e efetivos estão definidos na Constituição Federal ou em leis específicas. 
Instituições organizadas com base na hierarquia e na disciplina 
A ordenação de autoridade ou hierarquia representa a graduação escalonada 
entre superiores e subordinados, em que cada integrante das Forças ocupa 
uma posição de autoridade, devendo respeitar superiores e tratar com lealdade 
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Curso de Habilitação ao Quadro auxiliar de ofiCiais
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os subordinados. Cada posição na escala hierárquica corresponde à atribuição 
de competências para o cumprimento da missão constitucional das Forças, em 
que cada integrante exerce a sua função conforme a sua destinação legal.
A disciplina é a atitude esperada de cada militar, no sentido de se observar e 
acatar todas as normas reguladoras da instituição e do país em que ele vive. 
Espera-se do militar uma atitude modelo de submissão plena ao ordena-
mento normativo vigente, incluindo o cumprimento célere e eficaz de todas as 
ordens legais emanadas de seus superiores hierárquicos.
O Decreto nº 4.346, de 26 de agosto de 2002 – Regulamento Disciplinar do 
Exército (R-4) – conceituou hierarquia e disciplina nos seguintes termos:
Art. 7º A hierarquia militar é a ordenação da autorida-
de, em níveis diferentes, por postos e graduações.
Art. 8º A disciplina militar é a rigorosa observância e 
o acatamento integral das leis, regulamentos, normas e 
disposições, traduzindo-se pelo perfeito cumprimento do 
dever por parte de todos e de cada um dos componentes 
do organismo militar (grifo nosso).
Você poderá ler sobre cada 
umas das Constituições Fe-
derativas acessando o portal 
da Presidência da Repúbli-
ca no link: <http://www4.
planalto.gov.br/legislacao/
legislacao-historica/consti-
tuicoes-anteriores-1> 
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FUNDAMENTOS DO DIREITO PÚBLICO E PRIVADO - U1 
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Objetivo específico
•	 Analisar a missão das Forças Armadas, de acordo com os preceitos.
MISSÃO CONSTITUCIONAL3
O Brasil, como Estado federal, delega autonomia administrativa aos seus entes 
constitutivos, a saber: a União, os Estados-membros e os Municípios. A refe-
rida autonomia é distribuída através da repartição de competências, tendo a 
Constituição Federal como a norma organizadora. 
Portanto, cabe à União, segundo o artigo 21, III, da Constituição Federativa de 
1988 (CF/88), dentre outras competências, a de assegurar a defesa nacional. O 
Ministério da Defesa é o órgão responsável pela defesa nacional, que tem a missão 
de coordenar o esforço integrado de defesa, visando contribuir para a garantia:
•	 Da soberania;
•	 Dos poderes constitucionais;
•	 Da lei e da ordem;
•	 Do patrimônio nacional;
•	 Da salvaguarda dos interesses nacionais;
•	 Do incremento da inserção do Brasil no cenário internacional. 
3.1 AS FORÇAS ARMADAS
As Forças Armadas compõem o Ministério da Defesa e são compostas pela 
Marinha, Exército e Aeronáutica.
A Marinha do Brasil é a Força Naval e tem a missão de preparar e empregar o 
Poder Naval, a fim de contribuir para a defesa da Pátria. Estar pronta para atuar 
na garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da 
lei e da ordem; atuar em ações sob a égide de organismos internacionais e em 
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Curso de Habilitação ao Quadro auxiliar de ofiCiais
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apoio à política externa doPaís; e cumprir as atribuições subsidiárias previstas 
em lei, com ênfase naquelas relacionadas à Autoridade Marítima, a fim de con-
tribuir para a salvaguarda dos interesses nacionais.
O Exército Brasileiro é a Força Terrestre e tem a missão de contribuir para a 
garantia da soberania nacional, dos poderes constitucionais, da lei e da ordem, 
salvaguardando os interesses nacionais e cooperando com o desenvolvimento 
nacional e o bem-estar social. Para isso, prepara a Força Terrestre, mantendo-a 
em permanente estado de prontidão.
A Aeronáutica é a Força Aérea que tem a missão de manter a soberania do es-
paço aéreo nacional com vistas a contribuir para a garantia da soberania nacio-
nal, dos poderes constitucionais, da lei e da ordem e à defesa da Pátria. Caben-
do, ainda, como atribuição subsidiária geral, cooperar com o desenvolvimento 
nacional e a defesa civil na forma determinada pelo Presidente da República.
3.2 MISSÃO CONSTITUCIONAL DAS FORÇAS ARMADAS
Este estudo, portanto, visa analisar a missão das Forças Armadas de acordo com 
os preceitos vigentes estabelecidos pela Constituição Federal, ao definir que:
Art. 142. As Forças Armadas, constituídas pela Marinha, 
pelo Exército e pela Aeronáutica, são instituições nacio-
nais permanentes e regulares, organizadas com base 
na hierarquia e na disciplina, sob a autoridade suprema 
do Presidente da República, e destinam-se à defesa da 
Pátria, à garantia dos poderes constitucionais e, por 
iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem.
Extrai-se dessa norma constitucional a percepção de que as missões funda-
mentais das Forças Armadas são:
I. A defesa da Pátria.
II. A garantia dos poderes constitucionais.
III. A garantia da lei e da ordem.
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FUNDAMENTOS DO DIREITO PÚBLICO E PRIVADO - U1 
17
I. A defesa da Pátria
Bonavides, Miranda e Agra afirmam:
A primeira e principal função das Forças Armadas é 
assegurar a defesa da Pátria. Tal defesa consiste em 
resguardá-la contra qualquer inimigo estrangeiro, garan-
tindo assim a independência e a integridade da República 
Federativa do Brasil (2009, p.1707). 
Os autores ressaltam ainda que a proteção da integridade territorial e da sobe-
rania da nação brasileira impõe a defesa frente a qualquer ameaça externa. 
Brutus e Arruda (s.d.,p.23) definem a defesa da Pátria como:
Significa a preservação da independência, da soberania, da 
unidade, das instituições e da integridade do patrimônio 
nacional, o qual abrange o território, os recursos huma-
nos, os recursos materiais e os valores históricos culturais.
II. A garantia dos poderes constitucionais
Para entender a nobre missão de garantia dos poderes constitucionais, é 
importante refletir sobre a teoria de separação dos poderes de Montesquieu. 
Dallari ensina que:
A teoria da separação dos poderes, que através da obra 
de Montesquieu se incorporou ao constitucionalismo, 
foi concebida para assegurar a liberdade dos indivíduos. 
Com efeito, diz o próprio Montesquieu que, quando na 
mesma pessoa ou no mesmo corpo de magistratura o 
poder legislativo está reunido ao poder executivo, não há 
liberdade, pois que se pode esperar que esse monarca 
ou que esse senado faça leis tirânicas para executá-las 
tiranicamente (1998, p. 215).
O Brasil adota esse preceito, sendo, por isso, os poderes separados em Poder 
Legislativo, Poder Executivo e Poder Judiciário. Assim, cabe às Forças Armadas 
a garantia do pleno funcionamento desses órgãos, segundo a sua destinação 
constitucional. Em um conceito mais ampliado, as Forças Armadas devem ga-
rantir e preservar todas as demais instituições decorrentes da Constituição.
Charles de Montesquieu foi 
um filósofo, político e escri-
tor francês. nasceu na cidade 
de Bordeaux, na França, em 
1689, e é considerado um dos 
grandes filósofos do período 
do iluminismo, tendo afirma-
do que “(...) tudo estaria per-
dido se o mesmo homem ou 
o mesmo corpo dos principais 
ou dos nobres, ou do povo, 
exercesse esses três poderes: 
o de fazer leis, o de executar 
as resoluções públicas, e o de 
julgar os crimes ou as diver-
gências dos indivíduos”.
Curso de Habilitação ao Quadro auxiliar de ofiCiais
18
III. A garantia da lei e da ordem
Deve ocorrer em situações – em parte do território nacional ou em toda a sua ex-
tensão – de grave ameaça à lei, à ordem, à paz pública, à incolumidade das pesso-
as e do patrimônio público ou privado, sempre que os meios locais de segurança 
pública (artigo 144 da Constituição Federal) forem inexistentes, estiverem indispo-
níveis por qualquer motivo ou forem insuficientes para dar conta da comoção.
O Presidente, nestas situações, decidirá sobre o emprego de Força federal, de 
uma ou mais instituições armadas, por iniciativa própria ou mediante pro-
vocação ou solicitação de algum dos poderes constituídos (artigo 15 da Lei 
Complementar nº 97/99), quer seja em uma situação de normalidade cons-
titucional (Ex. greve ou indisponibilidade, ou insuficiência de polícia militar 
ou civil) ou ainda em situações de anormalidades previstas na Constituição 
Federal, como:
•	 Intervenção federal (artigo 34); 
•	 Estado de Defesa (artigo 136);
•	 Estado de Sítio (artigo 137).
O artigo 15 da Lei Complementar 97/99, que trata das normas gerais para a 
organização, o preparo e o emprego das Forças Armadas prevê:
§ 2o A atuação das Forças Armadas, na garantia da lei e 
da ordem, por iniciativa de quaisquer dos poderes cons-
titucionais, ocorrerá de acordo com as diretrizes baixadas 
em ato do Presidente da República, após esgotados os 
instrumentos destinados à preservação da ordem pública 
e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, relacio-
nados no art. 144 da Constituição Federal. 
§ 3o Consideram-se esgotados os instrumentos relacio-
nados no art. 144 da Constituição Federal quando, em 
determinado momento, forem eles formalmente reconhe-
cidos pelo respectivo Chefe do Poder Executivo Federal ou 
Estadual como indisponíveis, inexistentes ou insuficientes 
ao desempenho regular de sua missão constitucional. 
a Lei Complementar nº 97, 
de 9 de junho de 1999, de-
fine normas gerais para a 
organização, o preparo e o 
emprego das Forças armadas 
e pode ser lida acessando o 
link <http://www.planalto.
gov.br/ccivil_03/leis/lcp/
Lcp97.htm>
Conheça as diretrizes para o 
emprego das Forças armadas 
na garantia da lei e da ordem, 
estabelecidas pelo decreto nº 
3.897/2001. disponível em: 
<http://www.planalto.gov.
br/ccivil_03/decreto/2001/
d3897.htm>
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FUNDAMENTOS DO DIREITO PÚBLICO E PRIVADO - U1 
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3.3 ATRIBUIÇõES SUBSIDIáRIAS DAS FORÇAS ARMADAS
Além das operações de garantia da lei e da ordem, as Forças Armadas também 
poderão atuar em ações subsidiárias. 
A atribuição subsidiária geral, citada no caput do artigo 16 da Lei Complemen-
tar 97/99, prevê que as Forças Armadas devem cooperar com o desenvolvimen-
to nacional e a defesa civil, na forma determinada pelo Presidente da República.
Os artigos 16, 16-A, 17, 17-A e 18 da referida lei especificam as ações subsidiárias 
gerais e particulares de cada Força, visando a cooperação com órgãos estatais.
No caso do Exército é possível citar especificamente:
a) O Exército deverá cooperar com órgãos federais, quan-
do necessário, na repressão aos delitos de repercussão 
nacional e internacional, em todo o território nacional, 
com apoio logístico, de inteligência, de comunicações 
e de instrução (artigo 17-A, III da Lei Complementar 
97/99). A Marinha e a FAB também possuem esses encar-
gos, porém em situações mais restritas.
b) O Exército, bem como as demais Forças Armadas, atuará 
em ações preventivas e repressivas na faixa de fronteira 
terrestre,no mar e nas águas interiores, contra delitos 
transfronteiriços e ambientais, de forma isolada ou em 
coordenação com outros órgãos do Poder Executivo. Essa 
ação se efetivará através da realização de patrulhas, revista 
de pessoas, veículos terrestres, embarcações e aeronaves e 
de prisões em flagrante delito (artigo 16-A e incisos da Lei 
Complementar 97/99, modificada pela Lei Complementar 
136/2010). No entanto, nestas atividades está excluída a 
execução de ações da competência da polícia judiciária. 
Faixa de fronteira é o espaço 
interno de 150 km de largu-
ra, delimitado por uma linha 
paralela à linha divisória ter-
restre do território nacional, 
considerada fundamental para 
a defesa do país (artigo 20, 
parágrafo 2º da Constituição 
Federal de 1988 e artigo 1º da 
Lei nº 6.634/79). 
No caso de crimes militares, a lavratura do auto de prisão 
em flagrante delito é incumbência da autoridade policial 
judiciária militar. 
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3.3.1 Poder de polícia do Exército
Assim sendo, foi atribuído ao Exército um poder de polícia que, originaria-
mente e por via constitucional, deveria ser uma competência da polícia federal. 
Contudo, a realidade da inequívoca extensão continental de nossas fronteiras 
terrestres, aliadas à histórica e real insuficiência de meios e recursos humanos 
do órgão policial competente, levou as autoridades a estender tal competência 
subsidiária às Forças Armadas e ao Exército, em particular pelo artigo 17-A da 
Lei Complementar 97/99. 
As operações englobam missões de patrulhamento, revista de pessoas, veícu-
los, embarcações, aeronaves e instalações, fiscalização de produtos contro-
lados, instalação de “Pontos Sensíveis Essenciais” (PSE) ou de “Posto de 
Bloqueio e Controle de Estradas” (PBCE), entre outras. 
Poder de polícia é a faculdade que permite à Administração Pú-
blica condicionar e restringir o uso e gozo de bens ou direitos 
individuais em benefício da coletividade ou do próprio Estado. 
É o mecanismo de frenagem que tenta evitar os abusos do di-
reito individual quando contrários ao interesse público, nocivos 
ou inconvenientes ao bem-estar social e à segurança nacional.
No planejamento de emprego do Exército na prevenção e na repressão aos 
delitos transfronteiriços e ambientais podem ser incluídas, se necessário, 
as áreas indígenas e/ou de preservação ambiental localizadas na faixa de fron-
teira (Decreto n° 4.411 e Decreto n° 4.412, de 7 de outubro de 2002). 
No caso específico do Exército, a Portaria 61, de 16 de fevereiro de 2005, do 
Comandante do Exército, aprovou a Diretriz Estratégica para Atuação na Faixa 
de Fronteira contra dois tipos fundamentais de delitos:
Delitos transfronteiriços
A prevenção e a repressão aos delitos transfronteiriços é focada, em princí-
pio, sobre os seguintes ilícitos:
a) A entrada (e/ou a tentativa de saída) ilegal no território 
nacional de armas, munições, explosivos e demais pro-
dutos controlados, conforme legislação específica (Lei de 
Segurança Nacional – Lei n° 7.170/83; Estatuto do Desar-
mamento – Lei n° 10.826/03; Regulamento para Fiscaliza-
ção de Produtos Controlados – Decreto n° 3.665/00).
Para saber mais sobre a Ope-
ração Ágata 7 e o Plano es-
tratégico de Fronteiras do 
Ministério da defesa acesse 
os documentos e vídeos dis-
poníveis nos links:
<http://www.operacoes. 
defesa.mil.br/c/document_ 
l i b r a r y/ge t _ f i l e ?uu id= 
d 4 3 8 1 4 e e - 2 c 1 8 - 4 9 1 6 - 
9f38c4387b96fd83& group
id =10138>
<ht tp ://www.you tube. 
c o m / w a t c h ? v = i e q c 0 
pOiaei>
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21
b) O tráfico ilícito de entorpecentes e/ou de substâncias 
que determinem dependência física ou psíquica, ou ma-
téria-prima destinada à sua preparação (Lei nº 11343/06; 
Decreto n° 3.665/00).
c) O contrabando e o descaminho, especificados no Códi-
go Penal Brasileiro (Decreto-Lei n° 2.848/40). 
d) O tráfico de plantas e de animais (Lei de Crimes Am-
bientais – Lei n° 9.605/98; Código Florestal – Lei n° 
12651/12; Código de Proteção à Fauna – Lei n° 5.197/ 67). 
e) A entrada (e/ou a tentativa de saída) no território 
nacional de vetores em desacordo com as normas de vigi-
lância epidemiológica (orientação técnica e normativa do 
Ministério da Saúde e da Agência Nacional de Vigilância 
Sanitária – Lei n° 6.437/ 77 e Medida Provisória n° 2.190-
34, de 23 de agosto de 2001).
A Portaria n° 61, de 16 de fevereiro de 2005, aprovou a Diretriz 
Estratégica do Exército (SIPLEX-5) para Atuação na Faixa de 
Fronteira contra Delitos Transfronteiriços e Ambientais e deu 
outras providências.
Delitos ambientais.
A atuação do Exército na prevenção e na repressão aos delitos ambientais é 
focada, em princípio, sobre os seguintes ilícitos:
a) A prática de atos lesivos ao meio ambiente, definidos 
na Lei de Crimes Ambientais – Lei n° 9.605/98; no Código 
Florestal – Lei n° 12651/12; e no Código de Proteção à 
Fauna – Lei n° 5.197/67. 
b) A exploração predatória ou ilegal de recursos naturais 
(Lei n° 9.605/98).
c) A prática de atos lesivos à diversidade e a integridade 
do patrimônio genético do País, definidos na Medida 
Provisória n° 2.186-16, de 23 agosto de 2001.
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Lei nº 13.123, de 20 de Maio de 2015.
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22
3.3.2 Missões de paz
As Forças Armadas brasileiras têm experimentado nestes últimos anos um 
aumento gradativo de suas participações em missões de paz. Missões de paz 
são missões internacionais, sob a coordenação da Organização das Nações 
Unidas (ONU), na qual tropas de diversos países se reúnem com o objetivo de 
solucionar um conflito armado localizado que possa representar uma ameaça 
para a paz mundial e reestabelecer a ordem local.
O Exército Brasileiro, diante da grande demanda internacional para a execução 
de missões de paz, criou, através da Portaria do Comandante do Exército 
nº 90/2005, o Centro de Instrução de Operações de Paz, visando a criação de es-
truturas que possibilitem a disseminação dos procedimentos e normas vigentes.
Em 15 de junho de 2010, a Portaria nº 952-MD designa o Centro de Instrução 
de Operações de Paz (CIOpPaz) do Exército Brasileiro para a preparação de 
militares e civis brasileiros e de nações amigas a serem enviados em missões 
de paz e altera a sua denominação para Centro Conjunto de Operações de Paz 
do Brasil (CCOPAB).
A preparação para o emprego da Força em missões de paz se reveste de suma 
importância para a projeção nacional no âmbito mundial. Nesse sentido, o 
Brasil atualmente está participando da Missão das Nações Unidas para a Esta-
bilização no Haiti (MINUSTAH) desde 2004.
Sobre esse tema Brutus e Arruda (s.d. p.40-41) escreveram:
Para o Brasil, o assunto reveste-se de importância, na 
medida em que o anseio do país de buscar exercer uma 
maior influência política nas relações internacionais 
passa pela disposição de aceitar uma parcela dos riscos 
e custos dos esforços internacionais para a obtenção e 
preservação da paz. 
Participar de operações de paz é uma missão das For-
ças Armadas e é no cumprimento dessa missão que, 
no campo externo, particularmente o Exército tem sido 
empregado desde o fim da II Guerra Mundial. As várias 
participações brasileiras em operações de paz e a grande 
probabilidade de empregos futuros são motivos cabais 
para que as operações de paz continuem a merecer dos 
Comandantes Militares a atenção que, desde o início dos 
anos 90, lhes tem sido atribuída.
em 2004, após a deposição 
do presidente do Haiti,Jean-
-Bertrand aristide, o Conselho 
de Segurança (CS) da OnU, 
considerando que a situação 
naquele país ainda constituía 
uma ameaça para a paz inter-
nacional e para a segurança 
na região, aprovou o envio 
de uma Missão das nações 
Unidas para a estabilização no 
Haiti (MinUSTaH), colocan-
do o General augusto Heleno 
Ribeiro Pereira, do exército 
Brasileiro, no comando do 
componente militar da mis-
são. Veja a distribuição dos 
países que participaram dessa 
missão no mapa do link a se-
guir: <http://www.un.org/
depts/Cartographic/map/
dpko/minustah.pdf>. neste 
outro link é possível assistir, 
ainda, a entrevista do Coronel 
Francisco Brito, comandante 
do 1º Batalhão de infantaria da 
Força de Paz do Brasil no Haiti 
<http://www.youtube.com/
watch?v=stpbOn_dVR0> 
FUNDAMENTOS DO DIREITO PÚBLICO E PRIVADO - U1 
23
As operações de paz, segundo o Manual de Operações de Paz do Ministério da 
Defesa, se classificam em:
Diplomacia preventiva (preventive diplomacy): 
Compreende as atividades destinadas a prevenir o surgimento de disputas 
entre as partes, a evitar que as disputas existentes degenerem em conflitos 
armados, e a impedir que esses, uma vez eclodidos, se alastrem. Contempla as 
diferentes modalidades de atuação mencionadas no capítulo VI da Carta das 
Nações Unidas (solução pacífica de controvérsias) e outras que venham a ser 
acordadas entre os interessados, tal como a iniciativa inovadora de emprego 
de tropas por parte da ONU na ex-República iugoslava da Macedônia. Alguns 
autores preferem estabelecer uma diferença entre a diplomacia preventiva 
propriamente dita e o emprego preventivo de tropas. A diplomacia preventiva 
seria uma ação consentida, sem uso da força, enquanto o desdobramento 
preventivo de tropas seria uma ação consentida, com uso da força. 
Promoção da paz (peacemaking): 
Designa as ações diplomáticas posteriores ao início do conflito para levar as 
partes litigantes a suspender as hostilidades e a negociar. As ações de pro-
moção da paz baseiam-se nos meios de solução pacífica de controvérsias, 
previstos no capítulo VI da Carta das Nações Unidas, os quais podem incluir, 
em casos extremos, dependendo do mandato dos mediadores, o isolamento 
diplomático e a imposição de sanções, adentrando então nas ações coercitivas 
previstas no capítulo VII da referida Carta. 
Manutenção da paz (peacekeeping): 
Trata das atividades levadas a cabo no terreno, com o consentimento das par-
tes em conflito, por militares, policiais e civis, para implementar ou monitorar a 
execução de arranjos relativos ao controle de conflitos (cessar-fogo, separação 
de forças, etc.) e sua solução (acordos de paz abrangentes ou parciais), em 
complemento aos esforços políticos realizados para encontrar uma solução 
pacífica e duradoura para o conflito. Nos anos 90, essas operações passaram 
a ser utilizadas, mormente, em disputas de natureza interna, caracterizadas, 
muitas vezes, por uma proliferação de atores ou pela falta de autoridade no 
local. Nessas circunstâncias, questiona-se o recurso indiscriminado às OP, visto 
que a situação volátil que enfrentam no terreno exige, cada vez mais, que os 
integrantes disponham de armas para fazer cumprir o mandato e mesmo para 
a legítima defesa.
a Carta das nações Unidas 
ou Carta de São Francisco é 
o acordo, assinado em 1945, 
após a Segunda Guerra Mun-
dial, que gerou a Organização 
internacional que hoje co-
nhecemos como OnU – Or-
ganização das nações Unidas. 
Conheça os detalhes desse 
acordo lendo o documen-
to no link < http://www.
oas.org/dil/port/1945%20
C a r t a % 2 0 d a s % 2 0
na%C3%a7%C3%B5es%20
Unidas.pdf>
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Imposição da paz (peace-enforcement): 
Corresponde às ações adotadas ao abrigo do capítulo VII da Carta, incluindo 
o uso de Força Armada para manter ou restaurar a paz e a segurança interna-
cionais em situações nas quais o Conselho de Segurança das Nações Unidas 
tenha determinado a existência de uma ameaça à paz, ruptura da paz ou ato 
de agressão. Nesses casos, o Conselho tem delegado às coalizões de países ou 
às organizações regionais e subrregionais a execução, mas não a condução 
política, do mandato de intervenção.
Consolidação da paz (post-conflict peace-building): 
Refere-se às iniciativas voltadas para o tratamento dos efeitos do conflito, 
visando fortalecer o processo de reconciliação nacional por meio de implemen-
tação de projetos destinados a recompor as estruturas institucionais, recuperar 
a infraestrutura física e ajudar na retomada da atividade econômica. Essas 
ações, voltadas basicamente para o desenvolvimento econômico e social do 
país anfitrião, são empreendidas, preferencialmente, por outros órgãos das 
Nações Unidas, mas, dependendo das dificuldades no terreno, podem requerer 
a atuação militar. 
Saiba mais sobre todas as Mis-
sões de Paz da OnU acessando 
o documento disponível em: 
<http://www.un.org/en/
peacekeeping/documents/
operationslist.pdf >
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4 SERVIÇO MILITAR NO BRASIL
Na página da internet da Diretoria de Serviço Militar do Exército Brasileiro, está pu-
blicado o seguinte texto sobre o surgimento do serviço militar obrigatório no Brasil: 
O Serviço Militar Obrigatório surgiu, no BRASIL, quando 
o sistema administrativo adotado era o das Capitanias 
Hereditárias e buscava permitir a defesa contra os ini-
migos estrangeiros e índios rebeldes. Assim, em 09 de 
setembro de 1542, na Câmara de São Vicente, foi pro-
mulgado um “Termo”, organizando uma milícia formada 
por colonos e índios.
Em 1574, a “Provisão sobre as Ordenanças”, segundo 
alguns autores, assinalou o início da regulamentação 
sobre a prestação do Serviço Militar, pois todo o cidadão, 
entre quatorze e sessenta anos, era obrigado a servir nas 
Companhias de Ordenanças.
No Império e após a Independência, foi reafirmada a obri-
gatoriedade do Serviço Militar, na Constituição de 1824:
“Art. 145. Todos os brasileiros são obrigados a pegar em 
armas para sustentar a independência, a integridade do 
Império e defendê-lo de seus inimigos.”
Após 1880, foi estabelecida norma, que perdura até hoje, 
na qual a admissão em Serviço Público só poderia ser feita 
se o cidadão provasse ter cumprido as obrigações militares.
OLAVO BILAC, nos anos de 1915 e 1916, desencadeou 
campanha, pregando a necessidade do Serviço Militar, 
como preito de amor à Pátria, e o Quartel, como esco-
la de civismo. Por essa razão, foi nomeado Patrono do 
Serviço Militar, sendo a data de seu nascimento – 16 de 
dezembro – escolhida como o Dia do Reservista.
Após leis e decretos editados em 1918, 1920, 1939 e 
1946, a Lei do Serviço Militar foi finalmente promulgada 
em agosto de 1964, entrando em vigor no dia 20 de 
janeiro de 1966, com a publicação de seu Regulamento.
A Constituição Federal de 1988 confirmou a obrigatorie-
dade do Serviço.
Curso de Habilitação ao Quadro auxiliar de ofiCiais
26
Apesar de ser obrigatório, o serviço militar é uma grande oportunidade para 
formar o cidadão brasileiro, pois educa o jovem com valores patrióticos que 
não são mais tão cultuados nas escolas comuns. Além disso, possibilita a for-
mação de profissionais em diversas áreas e dá, para muitos, a oportunidade do 
primeiro emprego.
Atualmente, a voluntariedade para o serviço militar está quase abrangendo a 
totalidade da necessidade das Forças Armadas, sendo poucos incorporados 
obrigatoriamente.Manter a obrigatoriedade é uma necessidade indiscutível para 
a formação da reserva mobilizável, porém, na prática, é como se nem assim o 
fora, pois a maioria dos jovens desejam passar por essa valorosa experiência. 
4.1 BASE LEgAL
A base legal do Serviço Militar obrigatório é prevista em texto constitucional 
que prevê:
Art. 143. O Serviço Militar é obrigatório nos termos da lei.
§ 1º - Às Forças Armadas compete, na forma da lei, 
atribuir serviço alternativo aos que, em tempo de paz, 
após alistados, alegarem imperativo de consciência, 
entendendo-se como tal o decorrente de crença religiosa 
e de convicção filosófica ou política, para se eximirem de 
atividade de caráter essencialmente militar. 
§ 2º - As mulheres e os eclesiásticos ficam isentos do 
Serviço Militar obrigatório em tempo de paz, sujeitos, 
porém, a outros encargos que a lei lhes atribuir.
A regra constitucional estabelece a obrigatoriedade do serviço militar, caben-
do à [lei infraconstitucional] regular o seu funcionamento. As mulheres e os 
eclesiásticos foram isentos do serviço militar obrigatório.
O Serviço Militar, então, consiste no exercício de atividades específicas de-
sempenhadas junto às Forças Armadas – Exército, Marinha e Aeronáutica – e 
representa uma mobilização relacionada à defesa nacional.
A base legal da natureza, obrigatoriedade e duração do Serviço Militar está 
pautada na Lei do Serviço Militar – Lei nº 4.375/64 e Decreto nº 57.654, de 20 
de janeiro de 1966 (Regulamento da Lei do Serviço Militar). 
em 1916, sob a presidência de 
Rui Barbosa e com a participa-
ção de Olavo Bilac, Pedro Lessa 
e Miguel Calmon, foi fundada 
no Rio de Janeiro a Liga de 
defesa nacional. este grupo, 
favorável ao apoio brasileiro 
aos aliados na Primeira Guer-
ra Mundial, acreditava que a 
guerra ajudaria a popularizar 
a ideia do serviço militar obri-
gatório e evidenciar a impor-
tância das Forças armadas. 
Lei infraconstitucional 
é qualquer lei que não esteja 
incluída na norma constitu-
cional e que esteja disposta, 
segundo o ordenamento jurí-
dico, em um nível inferior à 
Carta Magna do estado.
FUNDAMENTOS DO DIREITO PÚBLICO E PRIVADO - U1 
27
A Portaria nº 2.681 – COSEMI, de 28 de julho de 1992, estabeleceu o regula-
mento da Lei de Prestação do Serviço Militar Alternativo ao serviço militar. O 
artigo 3º da Lei 8.239/91 destaca:
(...)
§ 2° Entende-se por Serviço Alternativo o exercício de 
atividades de caráter administrativo, assistencial, filantró-
pico ou mesmo produtivo, em substituição às atividades 
de caráter essencialmente militar.
§ 3º O Serviço Alternativo será prestado em organizações 
militares da ativa e em órgãos de formação de reservas 
das Forças Armadas ou em órgãos subordinados aos 
Ministérios Civis, mediante convênios entre estes e os 
Ministérios Militares, desde que haja interesse recíproco 
e, também, sejam atendidas as aptidões do convocado.
§ 4º O Serviço Alternativo incluirá o treinamento para 
atuação em áreas atingidas por desastre, em situação de 
emergência e estado de calamidade, executado de forma 
integrada com o órgão federal responsável pela implanta-
ção das ações de proteção e defesa civil. 
4.2 ALISTAMENTO MILITAR
O alistamento militar é obrigatório para todo cidadão brasileiro, do sexo 
masculino. Quanto ao brasileiro naturalizado ou brasileiro por opção, deverá 
ser realizado no prazo de 30 (trinta) dias, a contar da data em que receber o 
certificado de naturalização ou da assinatura do termo de opção. 
O alistamento militar deve ser realizado na Junta de Serviço Militar mais próxi-
ma de seu domicílio nos primeiros seis meses (1º de janeiro ao último dia útil 
de junho) do ano em que o brasileiro completar 18 (dezoito) anos de idade. 
Após essa data o brasileiro alistado será encaminhado à seleção geral que será 
realizada no próximo ano.
Algumas exceções à obrigatoriedade do serviço militar, porém, 
são previstas na própria norma constitucional, como nos casos 
decorrentes de crença religiosa, convicção filosófica ou políti-
ca, quando será previsto o Serviço Alternativo.
Curso de Habilitação ao Quadro auxiliar de ofiCiais
28
O brasileiro que não se alistar no prazo previsto estará em débito com o Servi-
ço Militar e classificado na situação de “FORA DO PRAzO”.
Caso não esteja em dia com as suas obrigações militares, o cidadão não conseguirá:
•	 Obter passaporte ou prorrogação de sua validade.
•	 Ingressar como funcionário, empregado ou associado em - instituição, 
empresa ou associação oficial, oficializada ou subvencionada.
•	 Assinar contrato com o Governo Federal, Estadual, dos Territórios 
ou Municípios.
•	 Prestar exame ou matricular-se em qualquer estabelecimento de ensino.
•	 Obter carteira profissional, registro de diploma de profissões liberais, 
matrícula ou inscrição para o exercício de qualquer função e licença de 
indústria e profissão.
•	 Inscrever-se em concurso para provimento de cargo público; exercer, a 
qualquer título, sem distinção de categoria ou forma de pagamento, 
qualquer função pública ou cargo público, eletivos ou de nomeação.
•	 Receber qualquer prêmio ou favor do Governo Federal, Estadual, dos 
Territórios ou Municípios.
O brasileiro alistado que não tenha se apresentado durante a época de seleção 
de sua classe ou que, ao fazê-lo se ausente sem ter completado o alistamento, 
estará em débito com o Serviço Militar na situação de “Refratário”. 
Nesta condição, deverá retornar à Junta de Serviço Militar e realizar o paga-
mento da multa prevista na legislação vigente para ser encaminhado nova-
mente à seleção geral.
O brasileiro designado para incorporação que não se apresentar ao quartel 
que lhe for indicado até às 24h do dia para isso determinado será declarado 
insubmisso, o que se configura como um crime militar. Aos [insubmissos] 
serão aplicadas as prescrições e sanções previstas na Lei do Serviço Militar, sem 
prejuízo do que sobre eles estabelece o Código Penal Militar.
Baixa ou licenciamento é o ato de exclusão do militar do serviço ativo de uma 
Força Armada após o término do Serviço Militar, com sua inclusão na reserva.
A Junta de Serviço Militar é um órgão alistador pertencente à 
estrutura administrativa da Prefeitura Municipal. 
as dúvidas mais frequentes 
sobre o Serviço Militar podem 
ser resolvidas no link a seguir: 
<http://dsm.dgp.eb.mil.br/
index.php?option=com_cont
ent&view=article&id=373&it
emid=224>
Insubmisso é aquele 
que não se submete; inde-
pendente; rebelde; que age 
por conta própria. aquele 
que comete o crime de 
insubmissão, ou seja, deixar 
de apresentar-se o convocado 
à incorporação, dentro do 
prazo marcado, ou, apresen-
tando-se, ausentar-se antes 
do ato oficial de incorpora-
ção, conforme o artigo 183 
do Código Penal Militar).
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Objetivo específico
•	 Interpretar a inter-relação entre os militares e o sistema eleitoral.
a modalidade de emprego das 
Forças armadas em operações 
de garantia da lei e da ordem 
foi definida pelas diretrizes do 
decreto nº 3897/01.
O emprego das Forças Armadas na realização livre dos pleitos eleitorais é uma 
importante missão de garantia dos poderes constitucionais. Essas operações de 
segurança foram, particularmente, designadas ao Exército Brasileiro, em pro-
veito do aprimoramento de nossa democracia, nas situações em que as forças 
policiais forem insuficientes, por exemplo. 
Contudo, a delimitação legal de atuação está amparada na Lei nº 4.737/65 
(Código Eleitoral), pela Lei nº 9.504/97 (Normas para as eleições), bem como o 
parágrafo 7º do artigo 15 da Lei Complementar nº 97/99.Em função desta possibilidade, abordamos aqui alguns tópicos referentes ao 
tema, os quais não excluem uma leitura acurada da legislação de fundo.
As Forças Armadas – e o Exército dentre essas – só serão empregados para ga-
rantir as eleições em suas diversas fases, por decisão exclusiva do Presidente da 
República, por requisição do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para o fiel cum-
primento da lei, para o cumprimento das decisões emanadas pelo TSE ou das 
decisões dos Tribunais Regionais que o solicitarem, além de garantir a votação 
e a apuração (artigo 23, inciso xIV e artigo 30, inciso xII do Código Eleitoral).
INTER-RELAÇÃO ENTRE OS 
MILITARES E O SISTEMA ELEITORAL5
As atividades das forças federais no período que antecede 
a votação, quando requisitadas pelo TSE e autorizadas pelo 
Presidente da República, devem se restringir aos crimes eleito-
rais discriminados nas leis e definidos pela autoridade eleitoral 
local, e não à prevenção e repressão dos crimes comuns.
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A força federal deve permanecer durante a votação a uma distância de pelo 
menos 100 metros da seção eleitoral e só entrar nela para cumprir as ordens 
legais por determinação do presidente da mesa receptora ou do juiz eleitoral 
(artigo 139 ao 141 e 238 do Código Eleitoral - Lei nº 4.737/65). É importante 
ressalvar ainda que tal proibição só gera efeitos para o período de votação, 
que ocorre das 8 às 17 horas no dia do pleito.
Outro ponto de destaque – considerando a ausência de normas específicas, 
instruções do TSE ou da doutrina – diz respeito à amplitude de atuação da 
força federal requisitada.
Este tema – o da amplitude de atuação – é fruto de larga indagação nos dias 
presentes, tendo em vista a estrita observância do Estado de Direito por parte 
das tropas em atuação. Na falta de norma ou orientação legal ou emanada de 
autoridade competente, com a necessária antecedência, acreditamos que o 
comandante de qualquer nível, antes de sua saída do quartel, deve ter absoluta 
certeza dos detalhes de seu emprego, delimitando-o com a maior precisão pos-
sível. E, ao se apresentar à autoridade eleitoral, deve acertar com ela tais limites.
O comando do artigo 23, inciso xIV do Código Eleitoral fala em “requisição da 
força federal para o cumprimento da lei”. Ora, cumprimento da lei é um termo 
extremamente abrangente e compreende todo o ordenamento jurídico nacio-
nal. Por outro lado, a motivação para requisição de força federal, via de regra, 
tem por pressupostos a tranquilidade do pleito eleitoral, da votação e da apu-
ração dos votos; ou porque os organismos policiais são insuficientes ou porque 
podem, de alguma forma, estar comprometidos politicamente com candidatos 
ou com forças políticas locais.
Entende-se que a atuação dos militares nos pleitos eleitorais é 
meramente para garantir a realização das eleições, não tendo 
abrangência ampliativa para crimes de natureza diversa aos 
crimes eleitorais.
Assim, na falta de comando legal expresso, uma boa delimitação da atuação 
do comandante em qualquer nível na garantia de uma eleição deve estar em 
sintonia com o juiz eleitoral (autoridade eleitoral local). Isso ajuda a evitar 
envolver a tropa em situações de exclusiva competência das polícias militares e 
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civis, como, por exemplo, a repressão aos crimes comuns. Essa condição pode, 
eventualmente, caracterizar uma situação de abuso de poder ou de autorida-
de, incorrendo em crime eleitoral.
Os crimes eleitorais são aqueles descritos entre os artigos 289 e 354 do Código 
Eleitoral. Portanto, alguns aspectos devem estar sempre na mente dos militares 
em situação de polícia eleitoral:
•	 O juiz eleitoral ou o presidente da mesa receptora pode expedir salvo-
-conduto para uma pessoa que sofrer coação física ou moral na sua 
liberdade de votar, ou após ter votado, com validade de 72h antes do 
pleito, até 48h após o mesmo (Art. 235).
•	 Ninguém poderá ser preso ou detido, a não ser em flagrante delito; ou 
em virtude de sentença criminal condenatória por crime inafiançável; ou, 
ainda, por desrespeito a salvo-conduto, desde cinco (5) dias antes do 
pleito e até 48h após o encerramento da eleição (Art. 236).
•	 Os membros das mesas receptoras, os fiscais de partido no exercício de 
suas atribuições e os candidatos não poderão ser presos, salvo nos casos 
de flagrante delito, desde 15 (quinze) dias antes da eleição (Art. 236, §1º).
•	 Os partidos podem usar meios de propaganda partidária, cabendo 
destacar que tais atividades não podem ser feitas a menos de 500m de 
quartéis ou instalações militares (Art. 244).
Recomenda-se a leitura da Lei 
nº 4.737/65 (Código eleito-
ral), particularmente dos ar-
tigos 240, 243 e do art. 289 
ao 354.
FUNDAMENTOS DO DIREITO PÚBLICO E PRIVADO - U1 
33
Objetivo específico
•	 Interpretar os preceitos constitucionais que tratam dos direitos e deve-
res dos servidores militares.
6 DIREITO DOS SERVIDORES MILITARES
A Emenda Constitucional nº 18/98, que tratou do regime constitucional dos 
militares, alterou os artigos 42 e 142 da Constituição Federal de 1988, passan-
do a tratar os integrantes das Forças Armadas como militares e os policiais e 
bombeiros militares, como militares dos Estados e Distrito Federal, excluindo-
-os da categoria dos servidores públicos. Vejamos o que dispõe o artigo 3º do 
Estatuto dos Militares:
Art. 3° Os membros das Forças Armadas, em razão de 
sua destinação constitucional, formam uma categoria 
especial de servidores da Pátria e são denominados 
militares (grifo nosso).
Os militares são servidores especiais da federação, o que impõe, por motivo 
das características da instituição, um tratamento diferenciado em relação aos 
demais servidores civis do Estado.
O artigo Especificidades Constitu-
cionais dos Militares, de Maurício 
Vieira, explica as diferencia-
ções em relação aos demais 
servidores. disponível em: 
<http://www.jusmilitaris.
com.br/uploads/docs/espe-
cificmauricio.pdf>
A legislação dos servidores públicos civis não se confunde com 
a dos servidores públicos militares, posto que os militares são 
tratados, pela Constituição, como classe especial de servidores 
do Estado.
Entre as principais diferenças expostas na Carta Constitucional podemos desta-
car alguns aspectos já analisados e discutidos pelo Supremo Tribunal Federal: 
1. Não cabimento de habeas-corpus em relação a punições discipli-
nares militares – situação que se refere tão somente ao mérito ad-
ministrativo nas punições de transgressões disciplinares, sendo cabível, 
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34
porém, o remédio constitucional nos casos de ilegalidade no rito proces-
sual. Assim foi decidido no STF: “A legalidade da imposição de punição 
constritiva da liberdade, em procedimento administrativo castrense, 
pode ser discutida por meio de habeas corpus.” Precedentes. ([RHC] 
88.543, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, julgamento em 3-4-2007, Pri-
meira Turma, DJ de 27-4-2007).
2. Proibição de sindicalização e a greve - Assim foi decidido no STF: 
“Os servidores públicos são, seguramente, titulares do direito de greve. 
Essa é a regra. Ocorre, contudo, que entre os serviços públicos há alguns 
que a coesão social impõe sejam prestados plenamente, em sua totali-
dade. Atividades das quais dependam a manutenção da ordem pública 
e a segurança pública, a administração da Justiça – onde as carreiras de 
Estado, cujos membros exercem atividades indelegáveis,inclusive as de 
exação tributária – e a saúde pública não estão inseridos no elenco dos 
servidores alcançados por esse direito. Serviços públicos desenvolvidos 
por grupos armados: as atividades desenvolvidas pela polícia civil são 
análogas, para esse efeito, às dos militares, em relação aos quais a Cons-
tituição expressamente proíbe a greve (art.142, § 3º, IV).” (Rcl 6.568, Rel. 
Min. Eros Grau, julgamento em 21-5-2009, Plenário, DJE de 25-9-2009).
3. Proibição de filiação político-partidária, enquanto em serviço 
ativo – Tal impedimento constitucional não veda a elegibilidade dos 
militares da ativa, situação que cria uma excepcionalidade à exigência 
de filiação partidária. Assim foi decidido no STF: “Se o militar da ativa é 
alistável, é ele elegível (CF, art. 14, § 8º). Porque não pode ele filiar-se a 
partido político (CF, art. 42, § 6º), a filiação partidária não lhe é exigível 
como condição de elegibilidade, certo que somente a partir do registro 
da candidatura é que será agregado (CF, art. 14, § 8º, II; Cód. Eleitoral, 
art. 5º, parágrafo único; Lei 6.880, de 1980, art. 82, xIV, § 4º)”. (AI 
135.452, Rel. Min. Carlos Velloso, julgamento em 20-9-1990, Plenário, 
DJ de 14-6-1991).
4. Restrição a direitos trabalhistas – Os militares não são alcançados 
por todos os direitos trabalhistas elencados nos artigo 7º e 37 da Carta 
Magna, sendo garantidos apenas o 13º salário, salário-família, férias, 
licença à gestante, licença-paternidade, assistência gratuita aos filhos até 
5 anos, remuneração e irredutibilidade.
RHC: Recurso Ordiná-
rio em Habeas Corpus
Conheça outras decisões do 
Supremo Tribunal Federal e as 
diferenças constitucionais em 
relação aos militares no portal 
do STF: <http://www.stf.jus.
br/portal/constituicao/arti-
gobd.asp?item=%201342>
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FUNDAMENTOS DO DIREITO PÚBLICO E PRIVADO - U1 
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A Lei nº 6.880, de 9 de dezembro de 1980, que instituiu o Estatuto dos 
Militares é a lei que regula a situação, obrigações, deveres, direitos e prerro-
gativas dos membros das Forças Armadas.
Esse estatuto define que os militares se encontram em uma das seguintes situ-
ações: na ativa e na inatividade.
Militares na ativa:
Encontram-se na ativa os militares de carreira:
•	 Incorporados para prestação do serviço militar inicial;
•	 Que prorrogam o serviço militar inicial (cabos e soldados do efetivo 
profissional);
•	 Componentes da reserva das Forças Armadas quando convocados, rein-
cluídos, designados ou mobilizados;
•	 Alunos de órgão de formação de militares da ativa e da reserva;
•	 Em tempo de guerra, todo cidadão brasileiro mobilizado para o serviço 
ativo nas Forças Armadas (artigo 3º,§ 1º, “a”,I a V).
Militares na inatividade:
•	 Da reserva remunerada, quando pertençam à reserva das Forças Arma-
das e percebam remuneração da União, porém sujeitos, ainda, à presta-
ção de serviço na ativa, mediante convocação ou mobilização;
•	 Os reformados, quando, tendo passado por uma das situações ante-
riores estejam dispensados, definitivamente, da prestação de serviço na 
ativa, mas continuem a perceber remuneração da União;
•	 Da reserva remunerada, e, excepcionalmente, os reformados, executando 
tarefa por tempo certo (PTTC), isto é, os prestadores de tarefa por tempo 
certo, segundo regulamentação para cada Força Armada (artigo 3º, § 1º, 
“b”, I a III).
acesse o estatuto dos Militares. 
Lei nº 6.880, de 9 de dezem-
bro de 1980 em: <http://
www2.camara. leg.br/le-
gin/fed/lei/1980-1987/
lei-6880-9-dezembro-1980-
-356681-normaatualizada-pl.
pdf >
FUNDAMENTOS DO DIREITO PÚBLICO E PRIVADO - U1 
37
Objetivo específico
•	 Conhecer o sistema previdenciário dos militares.
O portal oficial do Exército Brasileiro na web publica informações importantes 
sobre as características legais da pensão militar que exigem um destaque. É, 
portanto, importante transcrever e comentar alguns aspectos:
É a importância paga, mensalmente, aos beneficiários do 
militar falecido ou assim considerado, nos termos da Lei.
( ...)
Mesmo quando na inatividade, o militar permanece vin-
culado à sua profissão. 
( ...)
O que se observa, quanto a essa discussão, na maioria 
das vezes, é um verdadeiro exercício de ficção e de total 
desconhecimento do assunto, que se tomam evidentes 
até mesmo no emprego de conceitos básicos. Assim, 
com muita frequência, constata-se a referência ao regime 
previdenciário dos militares. 
Ora, os militares federais nunca tiveram e não têm 
um regime previdenciário estatuído, seja em nível 
constitucional, seja no nível da legislação ordinária. 
( ...)
As condições de transferência do militar para a inativi-
dade e de percepção de pensões estão estabelecidas no 
Estatuto dos Militares (Lei n° 6.880, de 9 de dezembro 
de 1980), na Lei de Remuneração dos Militares (Medida 
Provisória n° 2.215-10, de 31 de agosto de 2001) e na Lei 
de Pensões (Lei n° 3.765 de 4 de maio de 1960). 
SISTEMA PREVIDENCIáRIO 
DOS MILITARES7
Curso de Habilitação ao Quadro auxiliar de ofiCiais
38
Em todos esses diplomas legais e na própria Constituição 
Federal, como já foi dito, nunca houve e não há qual-
quer referência a sistema ou a regime previdenci-
ário dos militares federais. Portanto, não há regime 
previdenciário dos militares e, logicamente, não há o 
que referir a equilíbrio atual do regime previdenciário dos 
militares federais, porque ele não existe e por essa razão, 
quase que ontológica, porque não existe, não pode ser 
predicado e, conseqüentemente, não pode ser contri-
butivo, nem de repartição. A remuneração dos militares 
na inatividade, dos reformados e os da reserva, é total e 
integralmente custeada pelo Tesouro Nacional. 
Percebe-se, pelo texto transcrito, que não existe sistema previdenciário militar, 
posto que a remuneração dos militares ativos, inativos e reformados são custe-
ados pelo Tesouro Nacional. O dinheiro recolhido mensalmente dos militares 
destina-se à pensão militar dos descendentes do militar após a sua morte, 
conforme previsto no artigo 71 do Estatuto dos Militares.
A remuneração dos militares está estabelecida em legislação específica, comum 
às Forças Armadas (artigo 53, caput, do Estatuto dos Militares). A referida legis-
lação é a Medida Provisória nº 2.215-10, de 31 de agosto de 2001, que dispõe 
sobre a reestruturação da remuneração dos militares das Forças Armadas. 
A pensão militar destina-se a amparar os beneficiários do militar falecido ou 
extraviado e será paga conforme o disposto na Lei 3.765/60 (artigo 7º, caput, 
do Estatuto dos Militares), que dispõe sobre as pensões militares.
Todos os militares das Forças Armadas são contribuintes obrigatórios da pen-
são militar, mediante desconto mensal em folha de pagamento. 
São excluídos dessa obrigação:
•	 O aspirante da Marinha;
•	 O cadete do Exército e da Aeronáutica;
•	 Os alunos das escolas, centros ou núcleos de formação de oficiais e de 
praças e das escolas preparatórias e congêneres;
•	 Cabos, soldados, marinheiros e taifeiros, com menos de dois anos de 
efetivo serviço. 
A contribuição para a pensão militar incidirá sobre as parcelas que compõem 
os proventos na inatividade e terá alíquota de sete e meio por cento. 
FUNDAMENTOS DO DIREITO PÚBLICO E PRIVADO - U1 
39
A pensão militar é deferida em processo de habilitação, tomando-se por base a 
declaração de beneficiários preenchida em vida pelo contribuinte, na ordem de 
prioridade e condições a seguir: 
I - Primeira ordem de prioridade: 
•	 Cônjuge; companheiro ou companheira designada ou que comprove 
união estável como entidade familiar;
•	 Pessoa desquitada,separada judicialmente, divorciada do instituidor ou 
a ex-convivente, desde que percebam pensão alimentícia;
•	 Filhos ou enteados até vinte e um anos de idade ou até vinte e quatro 
anos de idade, se estudantes universitários ou, se inválidos, enquanto 
durar a invalidez; e menor sob guarda ou tutela até vinte e um anos de 
idade ou, se estudante universitário, até vinte e quatro anos de idade 
ou, se inválido, enquanto durar a invalidez. 
II - Segunda ordem de prioridade:
•	 Mãe e o pai que comprovem dependência econômica do militar.
III - Terceira ordem de prioridade:
•	 Irmão órfão, até vinte e um anos de idade ou, se estudante universi-
tário, até vinte e quatro anos de idade, e o inválido, enquanto durar a 
invalidez, comprovada a dependência econômica do militar; a pessoa 
designada, até vinte e um anos de idade, se inválida, enquanto durar a 
invalidez, ou maior de sessenta anos de idade, que vivam na dependên-
cia econômica do militar. 
A pensão militar será igual ao valor da remuneração ou dos 
proventos do militar, salvo exceções previstas na própria 
legislação.
O entendimento de Direito Constitucional Militar, no que tange às diversas 
atuações legais, constitui a base geral mínima para a imersão em assuntos de 
caráter mais técnicos. Na próxima unidade desta disciplina será estudado o 
Direito Disciplinar Militar. Serão abordados temas relacionados à hierarquia e 
disciplina, ilícitos e sanções disciplinares, Conselho de Justificação e de Disci-
plina, defesa de direitos em processos disciplinares, controle judicial e Regula-
mento Disciplinar do Exército.
Curso de Habilitação ao Quadro auxiliar de ofiCiais
40
FUNDAMENTOS DO DIREITO PÚBLICO E PRIVADO - U1 
41
8 BIBLIOgRAFIA
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