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Caso Concreto 2 - Direito Civil 2 (2019)

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CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO DA BAHIA
DISCIPLINA: DIREITO CIVIL 2
ALUNO: RUDOLF MATEUS DE JESUS SPECHT
CASO CONCRETO 2
Vera alugou imóvel para Lourdes no ano de 2017. Em 2018, Lourdes, que atravessava por problemas financeiros decorrentes de sua demissão do banco em que trabalhava, não conseguiu mais quitar as despesas com aluguel e condomínio, estando inadimplente por 4 meses até a presente data. Inconformada com a situação a locadora, Vera, que não acredita nos meios judiciais para solução de conflitos, contrata um carro de som para ficar na entrada do condomínio de Lourdes, dizendo que a locatária é uma grande estelionatária e inadimplente, por não arcar com suas obrigações. Tal ato gerou grande constrangimento à Lourdes, que já não mais deseja sair de casa. Aponte qual fonte do direito obrigacional pode ser visualizada no presente caso.
 Num primeiro momento, conseguimos visualizar a fonte obrigacional do contrato. Num segundo momento, conseguimos visualizar a fonte obrigacional do ato ilícito.
 O contrato é visualizado no momento em que percebemos que Vera (locadora) alugou um imóvel para Lourdes (locatária), em 2017. Tendo Lourdes ficado inadimplente por 4 meses com as despesas do aluguel e condomínio. Mesmo não estando expresso no caso concreto a figura do contrato, sabemos que ele pode ser expresso ou tácito (implícito/verbal).
 O ato ilícito é visualizado a partir do momento em que Vera (locadora) “contrata um carro de som para ficar na entrada do condomínio de Lourdes, dizendo que a locatária é uma grande estelionatária e inadimplente, por não arcar com suas obrigações. Tal ato gerou grande constrangimento à Lourdes, que já não mais deseja sair de casa.”.
O ato ilícito cometido por Vera é encontrado nos artigos 186 e 187 do Código Civil:
Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.
 Conforme o artigo 186 do Código Civil, aquele que por ação violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito, como Vera fez ao contratar o carro de som para constranger moralmente Lourdes com dizeres de que Loures era “estelionatária e inadimplente”.
Art. 187. Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes.
 Vera é titular do direito de receber o pagamento pelo aluguel a Lourdes, contudo, ao exercer o seu direito de receber o pagamento excede manifestadamente os limites impostos pela boa-fé, bons costumes e pelo fim econômico ou social.

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