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As fronteiras nacionais e internacionais. a guerra e a paz de acordo com a geopolítica Profª Drª Rogéria Antunes Sobre as fronteiras nacionais e internacionais: Existem diferentes classificações para diferenciar as fronteiras em suas particularidades. A mais conhecida é a classificação das fronteiras a partir dos elementos naturais e artificiais. Diversos autores demonstram a importância de considerar o contexto histórico e cultural na determinação dos limites nacionais e internacionais. Os traços culturais de um país são fundamentais para a delimitação de um território. Os estados são territórios organizados de forma política (soberania e poder legítimo) Século XVIII: origem dos tratados entre países europeus para estabelecer a delimitação (topografia) dos limites de cada nação (preocupação com a permanência das fronteiras) A guerra e a paz Luttwak (1990): Após a queda do mundo socialista as guerras militares foram substituídas pelos conflitos econômicos. (“Da geopolítica à geoeconomia”). A “lógica da guerra foi incorporada à gramática do comércio” (Luttwak) Para o autor a “geoeconomia” não tem um papel tão forte se comparada ao período em que os estados nacionais se preocupavam com questões militares: - Os estados ou os blocos dividem o poder mundial com outros agentes (mudança na concepção de soberania). Ex: empresas transnacionais e organizações globais. - A possibilidade de uma guerra militar é muito improvável na era da globalização. (Ausência de bipolaridades ideológicas e início de uma corrida para conquistar mercados e novas tecnologias). Thurow (1992): As guerras econômicas passaram a dominar o mundo após o final da guerra fria. Questão: Quem vai dominar o mundo no séc. XXI ? Para o autor não haverá uma única potência dominante, mas, uma disputa pelo poder entre três centros mundiais de poder: Japão, Europa e EUA. A especificidade desta disputa é a “interdependência entre as economias”, o que leva o países a “concorrer e ao mesmo tempo se associar ” (competição + cooperação). O autor observa que os países procuram “crescer conjuntamente”, uma vez que, uma crise num país afeta outras áreas e a expansão numa região teria efeito positivo em outras. Revisão do pensamento de Thurow (1996): Os conflitos militares não deixariam de acontecer, mas, as competições econômicas determinam o destino dos países. O que, na verdade, altera a geografia política do globo seriam “as cinco placas tectônicas”: 1- “ A transição problemática do socialismo para o capitalismo em nações que abrangem um terço da humanidade”. 2- “A globalização da economia”. 3- “ As mudanças tecnológicas que diminuem a importância dos recursos naturais”. 4- “A multipolaridade” (ausência de uma potência mundial dominante) 5- “ As mudanças demográficas” ( população mundial envelhecida e fluxos migratórios das regiões mais pobres para as mais desenvolvidas). Para Thurow é preciso que o próprio capitalismo mude para manter sua sobrevivência: - O capitalismo não se depara mais com o perigo do socialismo. O único risco que o futuro do capitalismo corre seria ele próprio (as desigualdades, as injustiças sociais, etc..) - Por isso defende um novo jogo: “competitivo/cooperativo” .
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