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DISFUNÇÕES RESPIRATÓRIAS

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DISFUNÇÕES RESPIRATÓRIAS
PROF. ENF. ESP:QUEZIA ALBUQUERQUE
A vida humana depende da troca sistemática de gases, realizada pelo sistema respiratório. A respiração é composta de dois movimentos - a inspiração e a expiração - que correspondem à expansão e ao relaxamento da musculatura pulmonar e da parede torácica. 
O ato de respirar mantém um padrão regular e ininterrupto, varia de 12 a 20 respirações por minuto, no adulto.
 É essencial para a vida, pois é responsável pela absorção de oxigênio pelas células e a eliminação do gás carbônico pelos pulmões.
O ar entra pelo nariz, onde é purificado e aquecido. Passa pela faringe, laringe e segue pela traqueia, brônquios e bronquíolos. Os brônquios e os bronquíolos são revestidos de cílios que realizam o movimento de varredura, retirando, assim, muco e substâncias estranhas ao pulmão. O ar chega então aos alvéolos, havendo aí a troca gasosa entre oxigênio e gás carbônico.
Fique de olho!
A tosse é um mecanismo fisiológico de limpeza das vias aéreas, portanto não deve ser abolida. 
Fique de olho!
O consumo do tabaco é um fator de risco importante para adoecer, sendo a principal causa de câncer de pulmões e de DPOC. No entanto, o abandono do hábito de fumar está relacionado com a dependência química e psíquica e requer uma atenção especial, que não apenas o uso de jargões como: “Pare de fumar!”. 
Resfriado comum e gripe
A principal diferença entre a gripe e o resfriado é a intensidade de seus sintomas e o local das vias respiratórias afetadas.
De modo geral, na gripe os sintomas são mais intensos e no resfriado são mais leves e têm uma menor duração. Além disso, no resfriado a região afeta é mais superior do pulmão, enquanto que na gripe, todo o pulmão pode ser afetado.
Além disso, a gripe ocorre, principalmente, durante o inverno e o contágio é muito fácil, bastando ter alguém gripado numa sala para que em pouco tempo todos sejam contaminados com a doença.
Faringite e Amigdalite
A dor de garganta é um dos sintomas mais comuns da prática médica, sendo frequente tanto em adultos quanto em crianças. A inflamação da garganta surge, geralmente, devido a um quadro de faringite e/ou amigdalite, ou seja, inflamações da faringe ou da amígdala, respectivamente.
O QUE SÃO A FARINGITE E A AMIGDALITE?
Faringite é o nome dado à inflamação da faringe; 
Já a amigdalite é a inflamação das amígdalas. 
Ambas apresentam como principal sintoma a dor de garganta. Como estão anatomicamente próximas, é muito comum a faringe e as amígdalas inflamarem simultaneamente, um quadro chamado de faringoamigdalite.
Apesar de inflamarem juntas, algumas pessoas têm predominantemente amigdalite, enquanto outras, faringites. 
As faringites virais são processos benignos que se resolvem espontaneamente, ao contrário das faringites ou amigdalites bacterianas, que podem levar a complicações, como abscessos e febre reumática. A dor de garganta causada por bactérias deve ser preferencialmente tratada com antibióticos (explico o porquê adiante).
Tanto a faringite bacteriana quanto a viral podem ser transmitidas para outras pessoas. Em geral, as dores de garganta provocadas por viroses são altamente contagiosas, enquanto as provocadas por bactérias só são transmitidas para pessoas com contato próximo e prolongado, como familiares ou amigos muito próximos.
SINTOMAS GERAIS DAS FARINGITES E AMIGDALITES
Os sintomas da amigdalites/faringite, em geral, são:
Dor de garganta.
Dor para engolir.
Febre.
Dores pelo corpo.
Dor de cabeça.
Prostração.
SINAIS E SINTOMAS DA FARINGITE VIRAL
Normalmente, as faringites virais vêm acompanhadas de outros sinais de infecção das vias respiratórias, como tosse, espirros, constipação nasal, conjuntivite, rouquidão, inapetência ou dores pelo corpo. 
Não é comum uma faringite viral atacar somente a garganta. 
O paciente habitualmente tem um quadro com mais sintomas, que sugerem uma gripe ou resfriado. 
Outra dica é que na faringite viral, apesar da garganta ficar muito inflamada, não é comum haver pus.
Tratamentos 
Amigdalites bacterianas , o tratamento deve ser sempre feito com antibióticos.
Anti-inflamatórios.
Retirada das amígdalas (amigdalectomia) é uma opção nas crianças que apresentam mais de seis episódios de faringite estreptocócica por ano. Já nos adultos, como a incidência das complicações é muito menor.
Mel: Há alguns poucos estudos que sugerem que o mel pode realmente ser benéfico para aliviar a dor de garganta, principalmente nos quadros mais leves.
Própolis: Apresenta efeito anti-inflamatório pequeno. Funciona muito menos que qualquer anti-inflamatório comum.
D.P.O.C (DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA)
A doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) refere-se a um grupo de doenças pulmonares que bloqueiam o fluxo de ar, tornando a respiração difícil. 
Só no Brasil, cerca de cinco milhões de pessoas sofrem com o problema.
 É uma doença lenta, que frequentemente se inicia com discreta falta de ar associada a esforços como subir escadas, andar depressa ou praticar atividades esportivas. 
No entanto, com o passar do tempo, a falta de ar (dispneia) se torna mais intensa e surge depois de esforços cada vez menores. Nas fases mais avançadas, a falta de ar está presente mesmo com o doente em repouso e agrava-se muito diante das atividades mais corriqueiras.
A DPOC é uma doença crônica intimamente ligada ao tabagismo, que pode se agravar sem o tratamento adequado, comprometendo significativamente a qualidade de vida. Segundo a Organização Mundial da Saúde, a DPOC será a terceira principal causa de morte em 2020.
É comum as pessoas acharem que a DPOC é uma doença de pessoas idosas e, por isso, não se preocuparem com ela. Na verdade, a doença atinge principalmente pessoas com mais de 40 anos, podendo inclusive ser identificada em pessoas mais jovens.
Existem duas formas principais de DPOC. A maioria das pessoas com DPOC tem uma combinação dessas condições:
1- Bronquite crônica, que envolve tosse prolongada com muco
2- Enfisema, que envolve a destruição dos pulmões ao longo do tempo.
 Sinais e Sintomas
Tosse/ Pigarro
Falta de ar e fadiga
Catarro em excesso /Chiado no peito
Aperto no peito
Ter que limpar a garganta logo no início da manhã, devido ao excesso de muco nos pulmões
Tosse crônica que produz expectoração. O muco pode ser claro, branco, amarelo ou esverdeado
Lábios ou camas de unha azulados (cianose)
Infecções respiratórias frequentes
Perda de peso não intencional (em fases mais avançadas).
Fatores de risco
 Tabagismo
 Histórico familiar
 Inalação constante de gases, como fumaça de lenha e produtos tóxicos.
A PREVENÇÃO
Ficar bem longe do cigarro é a maneira mais eficaz de prevenir o problema. 
Fazer checkups regularmente ajuda porque os sintomas podem ser confundidos com meras consequências das tragadas ou do envelhecimento. Com isso, o distúrbio avança sem levantar suspeitas e o tratamento fica mais difícil.
Novos indícios sugerem que uma alimentação equilibrada também influencia na DPOC. 
Enquanto o consumo de carnes processadas em excesso pode prejudicar os pulmões, um menu cheio de frutas, legumes, verduras e grãos colabora na manutenção do órgão.
O diagnóstico
Um exame chamado de espirometria mede a força do sopro da pessoa e atesta a DPOC se o fluxo de ar for fraco. Para confirmar o diagnóstico, o médico avalia as queixas relacionadas à respiração e ao cansaço e solicita outros testes. É o caso da radiografia do tórax e do oxímetro, que mede o teor de oxigênio no sangue.
O TRATAMENTO
A doença não tem cura, mas uma série de medidas a mantém sob controle e, na medida do possível, devolve um pouco da função pulmonar. 
Os medicamentos broncodilatadores, que melhoram a respiração, são os mais usados, mas anti-inflamatórios também podem acabam prescritos em alguns casos.
Quando a concentração de oxigênio no sangue está muito baixa, o indivíduo precisa fazer terapia para suplementar o fôlego. Fora isso, deve estar sempre atento às chamadas
exacerbações agudas, picos de piora da doença que podem levar à insuficiência respiratória se não tratados imediatamente.
Insuficiência Respiratória
A insuficiência respiratória é a incapacidade de conseguir respirar sozinho, impossibilitando as trocas gasosas normais e causando o surgimento de sintomas como intensa falta de ar e cor azulada nos dedos ou rosto.
Existe dois tipos principais de insuficiência respiratória que incluem:
Insuficiência respiratória aguda: surge repentinamente devido a obstrução das vias respiratórias, acidentes de trânsito, abuso de drogas ou AVC, por exemplo;
Insuficiência respiratória crônica: surge ao longo do tempo devido a outras doenças crônicas como insuficiência cardíaca ou DPOC, impedindo a realização de atividades diárias, como subir escadas, sem sentir falta de ar.
A insuficiência respiratória tem cura quando o tratamento é iniciado imediatamente no hospital e, por isso, é importante ir ao pronto-socorro quando surgem sinais de falta ar. Além, nos pacientes crônicos, a insuficiência respiratória pode ser evitada com o tratamento da doença.
Sintomas da insuficiência respiratória
Os sinais e sintomas da insuficiência respiratória dependem do tipo de insuficiência e incluem:
Insuficiência respiratória aguda
Dificuldade intensa para respirar;
Rosto, unhas e pele arroxeada;
Confusão mental;
Irritabilidade/sonolência.
Insuficiência respiratória crônica
Falta de ar ao caminhar ou subir escadas, por exemplo;
Cansaço excessivo;
Aumento da frequência respiratória;
Aumento da frequência cardíaca;
Tratamento para insuficiência respiratória. 
O tratamento para a insuficiência respiratória aguda deve ser feito o mais rápido possível no hospital.
Normalmente, para fazer o tratamento da insuficiência respiratória é preciso receber remédios broncodilatadores e ofertar oxigênio por máscara.
No entanto, nos casos de insuficiência respiratória crônica, o tratamento deve ser feito diariamente com remédios para tratar o problema de base, que pode ser insuficiência cardíaca por exemplo, e evitar o surgimento de sintomas, como falta de ar intensa, que coloquem em perigo a vida do paciente.
Questões para Fixação
1. A doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) é um estado patológico caracterizado pela limitação do fluxo de ar. 
Considerando a DPOC e os cuidados de enfermagem para o paciente portador dessa enfermidade, assinale a opção correta.
a) A ventilação mecânica não invasiva é indicada em casos de taquipneia (menos de 24 irpm); uso de musculatura acessória, respiração paradoxal; rebaixamento do nível de consciência (hipocapnia); PaO2 menor que 60 mmHg e SaO2 menor que 90% com O2.
b) O paciente deve ser orientado a evitar temperaturas muito baixas, pois o frio tende a promover o broncoespasmo, não havendo restrição quanto às temperaturas elevadas.
c) Lesão da medula espinhal pode causar DPOC.
d) O tabagismo é responsável por menos de 20% dos casos de DPOC; portanto, cessar o tabagismo não é uma das principais orientações de enfermagem.
e) A vacinação contra influenza deve ser indicada aos pacientes com DPOC.
Questões para Fixação
1. A doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) é um estado patológico caracterizado pela limitação do fluxo de ar. 
Considerando a DPOC e os cuidados de enfermagem para o paciente portador dessa enfermidade, assinale a opção correta.
a) A ventilação mecânica não invasiva é indicada em casos de taquipneia (menos de 24 irpm); uso de musculatura acessória, respiração paradoxal; rebaixamento do nível de consciência (hipocapnia); PaO2 menor que 60 mmHg e SaO2 menor que 90% com O2.
b) O paciente deve ser orientado a evitar temperaturas muito baixas, pois o frio tende a promover o broncoespasmo, não havendo restrição quanto às temperaturas elevadas.
c) Lesão da medula espinhal pode causar DPOC.
d) O tabagismo é responsável por menos de 20% dos casos de DPOC; portanto, cessar o tabagismo não é uma das principais orientações de enfermagem.
e) A vacinação contra influenza deve ser indicada aos pacientes com DPOC.
8. A dificuldade respiratória que ocorre quando a pessoa está deitada, fazendo com que ela tenha que dormir elevada na cama, denomina-se:
a) Dispneia.
b) Ortopneia.
c) Apneia.
d) Bradipneia.
8. A dificuldade respiratória que ocorre quando a pessoa está deitada, fazendo com que ela tenha que dormir elevada na cama, denomina-se:
a) Dispneia.
b) Ortopneia.
c) Apneia.
d) Bradipneia.
3) A DPOC é uma causa importante de morbidade crônica e mortalidade em todo o mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMC). Ainda de acordo com a Entidade, a DPOC estará em 5° lugar como sendo causa de morbidade e mortalidade no ano de 2020, visto que em 1990 estava em 12°. Com relação á DPOC, é correto afirmar que: 
a) Devido á difusão gasosa estar deficitária, este tipo de paciente não deve ser estimulado á prática de exercícios físicos, sob o risco de ser acometido por um colapso respiratório.
b) Os glicorticóides constituem a mais importante terapia farmacológica nos tratamentos sintomáticos dos pacientes com DPOC.
c) Durante o tratamento inicial, não podem ser realizadas terapias conjuntas envolvendo oxigenioterapia e broncodilatadores, pois existe o risco de agravamento do quadro de DPOC.
d) O aconselhamento nutricional é de suma importância para este tipo de paciente, uma vez que de acordo com grau de anormalidade da difusão gasosa, existe um consumo maior dos músculos responsáveis pela respiração.
e) A oxigenação deve ser realizada em todos os pacientes com DPOC, independente dos valores da saturação de oxigênio.
3) A DPOC é uma causa importante de morbidade crônica e mortalidade em todo o mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMC). Ainda de acordo com a Entidade, a DPOC estará em 5° lugar como sendo causa de morbidade e mortalidade no ano de 2020, visto que em 1990 estava em 12°. Com relação á DPOC, é correto afirmar que: 
a) Devido á difusão gasosa estar deficitária, este tipo de paciente não deve ser estimulado á prática de exercícios físicos, sob o risco de ser acometido por um colapso respiratório.
b) Os glicorticóides constituem a mais importante terapia farmacológica nos tratamentos sintomáticos dos pacientes com DPOC.
c) Durante o tratamento inicial, não podem ser realizadas terapias conjuntas envolvendo oxigenioterapia e broncodilatadores, pois existe o risco de agravamento do quadro de DPOC.
d) O aconselhamento nutricional é de suma importância para este tipo de paciente, uma vez que de acordo com grau de anormalidade da difusão gasosa, existe um consumo maior dos músculos responsáveis pela respiração.
e) A oxigenação deve ser realizada em todos os pacientes com DPOC, independente dos valores da saturação de oxigênio.

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