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Sigmund FREUD e a Psicanalise
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Tópicos extraídos do livro
FREUD,Sigmund.Obras completas. Editora Record.Rio de Janeiro.2010
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Nasceu a 6 de maio de 1856, em Freiberg, Moravia.
De 1885-86, foi aluno de Charcot, em Paris. Charcot trabalhava no asilo de Salpetriére e chamou a atenção da comunidade médica ao adotar a hipnose como técnica terapêutica.
Em 1887, estuda as doenças nervosas e introduz a hipnose na sua prática clínica.
Funda a Psicanálise - busca o fundamento oculto dos comportamentos e dos processos mentais, com o objetivo de descobrir e resolver os conflitos intra-psíquicos geradores de sofrimento psíquico. 
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Teoria Culturalista
Por que entende que a maioria dos problemas que enfrentamos no campo psíquico são oriundos do meio social, das relações que estabelecemos com os outros, especificamente, mas não exclusivamente, na primeira e na segunda infância.
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Observa que a causa de muitas doenças eram psicologicas,e não organicas. 
Freud acreditava que no desejo estava a energia motivacional primária da vida humana, assim como suas técnicas terapêuticas. Ele abandonou o uso de hipnose em pacientes com histeria, em favor da interpretação de sonhos e da livre- associação, como vias de acesso ao inconsciente
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 Iniciou seus estudos e publicações com a teoria de que as emoções reprimidas levam aos sintomas da histeria, que poderiam desaparecer se o paciente conseguisse se expressar.
 Acreditava que as memórias ocultas ou "reprimidas" nas quais baseavam-se os sintomas de histeria eram sempre de natureza sexual;
Uma das mais importantes Descobertas de Freud é a de que há uma sexualidade infantil: o psiquismo humano forma-se a partir dos conflitos que, desde o nascimento, confrontam os instintos sexuais (a Líbido) e a realidade. Podemos dizer que, em termos psicanalíticos, nós somos o resultado da história da nossa infância.
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Freud percebeu que na histeria os pacientes Jean Marie Charcot exibem sintomas que são anatomicamente inviáveis. Por exemplo na "anestesia de luva“ uma pessoa não terá nenhuma sensibilidade na mão, mas terá sensações normais no pulso e no braço. Uma vez que os nervos têm um percurso contínuo do ombro até a mão, não pode haver nenhuma causa física para este sintoma.
Desenvolve com Joseph Breuer, a CATARSE Termo antigo,cunhado por Aristóteles, preconizando limpezas simbólicas das emoções. Os sintomas neuróticos resultam de processos inconscientes e desaparecem quando esses processos se tornam conscientes.
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Outra descoberta importante é a de que a nossa mente consciente não controla todos os nossos comportamentos.
Mesmo os nossos atos voluntários, resultantes de uma deliberação racional, estão dependentes de uma fonte motivacional inconsciente.
O desejo e a insatisfação são elementos inerentes à nossa vida psíquica. Todos os nossos comportamentos resultam duma fonte energética inesgotável e cuja manifestação assume múltiplas formas
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Afirma que os sonhos são "a estrada mestra para o inconsciente", a camada mais profunda da mente humana, um mundo íntimo que se oculta no interior de cada indivíduo, comandando seu comportamento, a despeito de suas convicções conscientes.
Deu ao desejo papel prioritário em seus estudos.
Chega à conclusão de que seus próprios problemas eram devidos a uma atração por sua mãe e a uma hostilidade ao seu pai. É o famoso “Complexo de Édipo”, que se torna o coração da teoria de Freud sobre a origem da neurose em todos os seus pacientes.
Teorizou sobre a luta constante entre a força da vida e do amor contra a morte e a destruição, simbolizados pelos deuses gregos Eros (amor) e Tanatos (morte). A sua teoria da mente ganhou forma com a publicação em 1923 com o lD e o EGO.
Freud inovou em dois campos. Simultaneamente, desenvolveu uma teoria da mente e da conduta humana, e uma técnica terapêutica para ajudar pessoas afetadas psiquicamente. 
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Seus conceitos de inconsciente, desejos inconscientes e repressão foram revolucionários e que propõem uma mente dividida em camadas ou níveis, dominada em certa medida por vontades primitivas que estão escondidas sob a consciência e que se manifestam nos lapsos e nos sonhos.
Postula também a existência de um pré-consciente, que descreve como a camada entre o consciente e o inconsciente.
Pensamentos e sentimentos dolorosos experimentados pelas pessoas (que não podem suportá-los) não podem ser expulsos da mente, mas são expulsos do consciente para formar parte do inconsciente ( repressão).
Criam-se para Freud Instrumentos de defesa para os traumas, sendo eles: repressão; a negação ; a projeção ; a racionalização; a formação reativa; a identificação; deslocamento; sublimação; somatização; ; .
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INCONSCIENTE, PRÉ-CONSCIENTE, CONSCIENTE
consciente - diz respeito à capacidade de ter percepção dos sentimentos, pensamentos, lembranças e fantasias do momento; 
pré-consciente- relaciona-se aos conteúdos que podem facilmente chegar à consciência; 
inconsciente- refere-se ao material não disponível à consciência ou ao escrutínio do indivíduo.
 
A partir daí passou a adotar os conceitos de ID, EGO e SUPEREGO.
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O Inconsciente corresponde aos conteúdos instintivos, hereditários, da mente, bem como aos conteúdos recalcados ao longo da história de vida do indivíduo.
O Inconsciente não esquece nada, todos os incidentes da história de vida do indivíduo ficam aí retidos e guardam a mesma força e vivacidade do momento em que foram vividos. O Inconsciente é imune ao tempo.
Os processos que estão na origem das neuroses, são idênticos aos que servem de fundamento à vida psíquica saudável, pelo que é possível usá-los para conduzir os pacientes à solução dos seus conflitos psíquicos.
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E esses conflitos marcam a nossa personalidade e tornam-nos únicos. Por isso a Psicanálise assenta na análise das mensagens que o inconsciente dos pacientes envia à consciência, através dos sonhos, dos atos falhados, das fobias e dos desvios comportamentais.
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Consciente
Pré - consciente
Inconsciente
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O Consciente corresponde à dimensão racional da Psique. Ao nível do Consciente tomamos conhecimento da realidade exterior e, também, dos nossos conteúdos mentais não recalcados ao nível do inconsciente. Ao longo da história do Ocidente, os filósofos e os investigadores da mente (a partir do século XIX, designados como psicólogos), tomaram esta dimensão da Psique como a mais importante e, até, em muitos casos, a encararam como a própria mente. Freud defendeu que a consciência abarca apenas uma dimensão da Psique.
O Inconsciente é, então, a mais importante instância da Psique, e a mais vasta. É aí que está a chave para a interpretação do sentido de todos os nossos comportamentos e, em geral, da nossa vida psíquica. Entre o Consciente e o Inconsciente, existe uma antecâmara.
o Préconsciente, que permite que alguns conteúdos do Inconsciente acedam à consciência, mas “travestidos”, “disfarçados”, por forma a evitar distúrbios ao nível do Consciente. Assim, os conteúdos de origem libidinal, ligados ao instinto sexual, podem aceder à consciência sob uma forma simbólica, não geradora de tensão.
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O ID representa os processos primitivos do pensamento e constitui, segundo Freud, o reservatório das pulsões, dessa forma toda energia envolvida na atividade humana seria advinda do id.
Inicialmente, considerou que todas essas pulsões seriam ou de origem sexual, ou que atuariam no sentido de auto-preservação.
Posteriormente, introduziu o conceito das pulsões de morte, que atuariam no sentido contrário ao das pulsões de agregação e preservação da vida. 
O id é responsável pelas demandas mais primitivas e perversas. 
O EGO, permanece entre ambos, alternando nossas necessidades primitivas e nossas crenças éticas e morais. É a instância na que se inclui a consciência. Um eu saudável proporciona a habilidade para adaptar-se à realidade e interagir com o mundo exterior de uma maneira
que seja cômoda para o id e o superego.
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O SUPEREGO, a parte que contra-age ao id, representa os pensamentos morais e éticos internalizados. 
Argumentava que os humanos nascem "polimorficamente perversos", no sentido de que uma grande variedade de objetos possam ser uma fonte de prazer, sem ter a pretensão de se chegar à finalidade última, ou seja, o ato sexual. È a LIBIDO. 
Freud, destina a moral, que ele chama de mecanismo de defesa que as informações do insconsciente passem para as outras camadas da mente.
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O desenvolvimento da personalidade
A noção de estádio está inseparavelmente ligada à concepção de Freud de aparelho psíquico e do seu funcionamento — funcionamento normal e sobretudo patológico, e do seu desenvolvimento no tempo ao nível do indivíduo e também ao nível da espécie. Nesta perspectiva, Freud encontra duas premissas essenciais à Psicanálise, isto é, dá como adquirido a existência de um inconsciente e de uma sexualidade. Baseado nestas premissas elaborou então três períodos, subdivididos em cinco estádios de desenvolvimento psicosexual.
1º período ( 0-5 anos)
● Fase oral (0-2 anos)
● Fase anal (2-3 anos)
● Fase fálica (3-5 anos)
2º período (6-13 anos)
● Fase de latência
3º período (13-... anos)
● Fase genital
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Fase Oral 
0- 12/18 meses
Aparelho psíquico constituído por Id e Ego
Zona erógena: boca e lábios
Prazer ligado ao chupar e, mais tarde, ao
morder.
Importância das relações mãe/bebé.
Conflito: Desmame
Fixação: comportamentos de gratificação oral
como comer, beber, beijar, fumar.
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Fase Anal 
18 meses – 2/3 anos
Aparelho psíquico constituído por Id e Ego
Zona erógena: região anal
Função de expulsar e reter as fezes e a urina.
Conflito: cedência/oposição às regras de
higiene (ambivalência de sentimentos).
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Fase Falica 
– 5/6 anos
Aparelho psíquico constituído por Id, Ego e
Superego
As zonas erógenas são as genitais
Interesse pelas diferenças anatómicas e
sexuais entre os sexos.
Conflito: Complexo de Édipo/Electra.
Nessa fase é vivida o complexo de edipo(meninos) e de electra(meninas) 
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Fase de Latencia 
5/6 anos – puberdade
Aparelho psíquico constituído por Id, Ego e
Superego.
Energia da libido canalizada para actividades
sociais.
Mecanismos de defesa do ego.
Amnésia da sexualidade infantil.
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Fase Genital 
a partir da puberdade
Aparelho psíquico constituído por: Id, Ego e
Superego
Novas pulsões.
Prevalência de uma sexualidade genital.
Reativação do complexo de Édipo.
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Durante este estádio, o desenvolvimento sexual sofre uma paragem. A criança investe os seus interesses na escola e amigos, nos aspectos sociais que mais lhe interessam. 
Aqui, o Ego tomou-se forte com a ajuda do Super-Ego, dominando as suas pulsões. As energias do Id são investidas na socialização. Ao mesmo tempo, o Super-Ego desenvolve-se devido a recalcamentos de tendências repreensíveis (vergonha, nojo, moral).
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Críticas ao Desenvolvimento Psicosexual
Afirmação de Freud sobre a existência de uma sexualidade infantil e,implicitamente, a expansão que se fez na noção de sexualidade.
que Freud "neurotizou" a sexualidade ao relacioná-la com conceitos como incesto, pervesão e transtornos mentais. 
o padrão de desenvolvimento proposto por Freud não é universal nem necessário no desenvolvimento da saúde mental, qualificando-o de etnocêntrico por omitir determinantes sócio-culturais.
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Uma das mais severas críticas sofridas pelo método psicanalítico foi feita pelo filósofo da ciência Karl Popper. Segundo ele, a psicanálise é pseudociência, pois uma teoria seria científica apenas se pudesse ser falseável pelos fatos, citando o exemplo do "Complexo de Édipo".
Para ele, Freud afirmava que esse complexo era universal, mas com que base de dados chegou a essa conclusão? Na época da formulação da psicanálise, a sua "amostra" era bastante limitada; parte dela vinha de sua experiência subjetiva (a sua "auto-analíse“) e da sua prática clínica, feita na maioria das vezes com pacientes burgueses de uma Áustria vitoriana.
 
Ou seja: uma amostra retirada de contextos bem específicos e que não podem fundamentar a universalidade pretendida pelo autor. 
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FREUD EM 1910 DEFINIU O SUICÍDIO COMO:
1a) “Uma saída, uma ação, um término de conflitos psíquicos, e que se trata de explicar o caráter do ato e como o suicida leva a termo a resistência ao ato suicida.”
 O ENREDO CLÍNICO DEVE SER VISTO NA SEMIOLOGIA DO ATO E NO DISCURSO DO PACIENTE.
O ANALISTA DEVE BUSCAR AS RELAÇÕES ENTRE O 	SUJEITO E OBJETO QUE NÃO PUDERAM ENCONTRAR 	OUTRAS MODALIDADES DE EXPRESSÃO 	SINTOMATOLÓGICA SENÃO NO ATO SUICIDA.
 DEVIDO A SINGULARIDADE DE CADA SUJEITO NÃO 	EXISTE UMA EXPLICAÇÃO UNIVERSAL DO SUICÍDIO.
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D E P R E S S Ã O
ou melancolia 
DOENÇA QUE ACOMETE O SUJEITO EM DECORRÊNCIA DE UMA PERDA REAL OU IDEAL. O SUJEITO, NO LUGAR DE FAZER O TRABALHO NORMAL DO LUTO, IDENTIFICA-SE AO OBJETO PERDIDO E DIRIGE PARA SI TODOS OS IMPULSOS HOSTIS QUE DEVERIA DIRIGIR AO OBJETO, PELA IMPOSSIBILIDADE DE SIMBOLIZAR ESTA PERDA
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C A R A C T E R Í S T I C A S
 CARÁTER MAIS IDEAL DO QUE REAL DA PERDA DO
 OBJETO 
 NA CLÍNICA SE OBSERVA DIFICULDADE DE ESTABELECER LIGAÇÃO CAUSAL ENTRE A PERDA
 DO OBJETO E O HUMOR TRISTE QUE SE ENCONTRA
 O SUJEITO SABE QUEM PERDEU, MAS NÃO O QUE
 PERDEU

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