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Economia e Mercado - Unid II

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ECONOMIA E MERCADO
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Unidade II
2 O PROBLEMA ECONÔMICO
Quando estamos trabalhando em um projeto de TI, ou 
mesmo em um projeto qualquer de outra área, como o projeto 
de um novo dispositivo eletrônico, por exemplo, ou a criação 
de um novo curso superior de graduação ou qualquer projeto, 
enfim, várias dificuldades podem ocorrer, como o surgimento de 
novas tecnologias, mudanças no cenário econômico e político e 
mesmo a mudança no gosto dos clientes.
Como essas mudanças podem influenciar no desenvolvimento 
do projeto? Que alterações serão necessárias para se atender 
às novas exigências? Que consequências virão das mudanças? 
Como lidar com as consequências de modo a diminuir as perdas 
e aumentar os lucros?
Muitas vezes a economia e a política dependem uma da 
outra.
2.1 A razão de ser da economia política. 
A escassez e importância dos fatores de 
produção no processo econômico
“Economia e política” dos países andaram sempre em 
conjunto. A expressão “economia política” é utilizada em relação 
aos estudos interdisciplinares que se apoiam na economia, no 
direito, nas relações internacionais, na sociologia, na psicologia, 
nas ciências políticas, na administração e na contabilidade 
para entender como as instituições e os contornos políticos 
influenciam a conduta dos mercados. 
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Em termos de ciência política, a economia política lida com 
as teorias liberais e marxistas, que estudam as relações entre 
a economia e o poder político dentro dos Estados. Economia 
política internacional é um ramo da economia que estuda como 
o comércio, as finanças internacionais e as políticas estatais 
afetam o intercâmbio internacional e a política monetária e 
fiscal.1
Já a escassez pode ser entendida como sendo a limitação 
de recursos existentes numa determinada época e local. Ela 
tem origem nas necessidades de pessoas em contraposição à 
limitação de recursos disponíveis. Também está relacionada 
com a lei da oferta e da procura: quando determinado produto 
está em falta (devido à enorme procura), isso indica escassez no 
mercado.
Tecnicamente, escassez é definida como o caso 
onde num preço nulo a oferta de um bem é menor 
do que a demanda. Um bem abundante é assim 
classificado quando num preço nulo sua oferta 
ainda é superior à procura. A escassez submete os 
homens ao seu jugo desde sempre, levando-os a se 
organizarem e a estabelecerem entre si relações a 
fim de enfrentá-la ou, melhor falando, conviver com 
ela atenuando-lhe o quanto possível a severidade. 
A divisão do trabalho e todas as instituições de 
natureza econômica surgiram para melhor alocar 
os meios escassos em relação a vários fins possíveis. 
Quando há escassez, os agentes têm que decidir 
como alocar e usar esses recursos.2
Pode-se notar que a escassez tem sentido na teoria econômica 
e pode afetar a vida das empresas e das pessoas.
1Disponível em <http://pt.wikipedia.org/wiki/Economia_pol%C3% 
ADtica>. Acesso em 1º out. 2009.
2Disponível em <http://pt.wikipedia.org/wiki/Escassez>. Acesso em 
1º out. 2009.
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2.2 As questões centrais da economia e a 
inserção das organizações nos ambientes 
econômicos
Questões centrais da economia se referem à atividade 
econômica que afeta a sociedade e as pessoas, ou seja, questões 
ligadas à produção, distribuição e consumo de bens. 
Tais questões afetam direta ou indiretamente tanto as pessoas 
quanto as organizações, que podem ter sua vida alterada ou até 
mesmo abreviada.
No Brasil atual, há a vertente dos monetaristas e a dos 
desenvolvimentistas. Enquanto os primeiros defendem um 
maior arrocho na emissão de dinheiro para se evitar o aumento 
da inflação, por outro lado, os desenvolvimentistas preferem 
ter inflação, para com isso obter o crescimento econômico, 
empregos e quantidade de salários.
Ambiente econômico 
Um conjunto de forças e condições que cercam ou 
rodeiam o entorno e influenciam os seres vivos e as coisas 
em geral.
No sentido exposto, o conjunto de forças e condições 
relacionadas com a economia que influenciam as pessoas é o 
ambiente econômico. Ele é composto por governos, empresas, 
escolas, mercados e pessoas.
Para as organizações se inserirem no ambiente econômico, 
precisam respeitar as leis econômicas e as regras sociais, 
tentando suprir as necessidades de segmentos da sociedade 
que se tornam seu mercado e buscando também identificar 
mercados potenciais para trabalhar os mesmos a fim de garantir 
expansão e sustentabilidade.
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É importante que se reflita sobre os seguintes termos 
utilizados: “mercados potenciais”, “expansão” e “sustentabilidade”. 
O significado desses termos, sua necessidade e quando se deve 
empregá-los devem ser alvos de nossa atenção.
2.3 O funcionamento do sistema econômico
Sistema é um conjunto de componentes interagentes e 
interdependentes que trabalham juntos com a finalidade de 
alcançar objetivos comuns.
Os sistemas econômicos estão relacionados às economias 
dos países e seu funcionamento.
Cada país pode ter uma forma diferente de organizar sua 
economia, e é isso que formará seu sistema econômico, no 
sentido global. 
Por exemplo: a economia do Brasil é diferente da economia 
do Japão, dos EUA, da Etiópia ou do Paraguai, pois cada país 
possui recursos diferentes, necessidades diferentes e formas 
de organização diferentes para tentar alcançar o sucesso em 
relação às necessidades locais. 
As organizações também podem possuir sistemas econômicos 
em uma microescala. Vamos então definir o que é sistema 
econômico. 
Sistema econômico
É um conjunto coerente de instituições jurídicas 
e sociais, no seio das quais é posto em ação, a fim de 
assegurar a realização do equilíbrio econômico, certos 
meios técnicos organizados na junção de certos móveis 
dominantes.
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 Já na visão de Escóssia (2009):
Um sistema econômico pode ser definido como 
sendo a forma política, social e econômica pela qual 
está organizada uma sociedade. Engloba o tipo de 
propriedade, a gestão da economia, os processos de 
circulação das mercadorias, o consumo e os níveis de 
desenvolvimento tecnológico e da divisão do trabalho. 
De conformidade com sua definição, os elementos 
básicos de um sistema econômico são: 1) os estoques 
de recursos produtivos ou fatores de produção, que 
são os recursos humanos (trabalho e capacidade 
empresarial), o capital, a terra, as reservas naturais e a 
tecnologia; 2) o complexo de unidades de produção, 
que são constituídas pelasempresas, e; 3) o conjunto 
de instituições políticas, jurídicas, econômicas e 
sociais, que constituem a base de organização da 
sociedade.
Um sistema econômico pode tomar duas versões, quais 
sejam: o inter-relacionamento técnico estrutural, no que 
respeita à armação lógica dos setores econômicos, e a 
perspectiva política, isto é, a versão ideológica do problema; 
pois daí conceitua-se sistema econômico quanto à forma 
de apropriação do capital e exploração do trabalho humano 
(Eumed, 2009).
Na tabela a seguir, a título de exemplo, Feijó (2007, 
p. 123) apresenta de modo sumarizado a relação entre 
as políticas e os princípios gerais que regem os sistemas 
econômicos. 
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Ideologia Princípios gerais que norteiam os sistemas econômicos
Comunismo Economia centralmente planejada com a coletivização dos meios de produção.
Socialismo
Forte presença do Estado na economia, grau acentuado de 
coletivização dos meios de produção. Coexistência com a 
propriedade privada e o mercado. Compatibilidade com o 
sistema democrático.
Liberalismo do 
Estado de bem-
estar social
Sistema de livre-mercado com governo grande. Elevada 
carga tributária e pesados programas sociais para a 
garantia do bem-estar geral.
Liberalismo 
clássico
Sistema de livre-mercado com governo pequeno. O Estado 
intervém sempre que o critério ético assim o desejar.
Liberalismo 
conservador
Sistema de livre-mercado com governo mínimo. Apenas 
poucas exceções para a presença do Estado. Políticas 
sociais a cargo do setor privado com o incentivo do 
governo.
Conservadorismo 
monárquico
Sistema de privilégios de nascimento e de concessões 
de monopólios comerciais e industriais. Elevado grau de 
protecionismo.
Fascismo Economia planejada visando a propósitos militares. Associação com o grande capital.
Fonte: Feijó, 2007, p. 123.
Segundo Troster e Mochón (2003, p. 38), todo sistema 
econômico deve responder a três perguntas básicas:
1. Que bens e serviços produzir e em que quantidade?
2. Como produzir tais bens e serviços?
3. Para quem produzir, ou seja, quem consumirá os bens e 
serviços produzidos? 
Para fazer funcionar o sistema econômico, os mecanismos 
são a troca de bens pelos indivíduos e organizações e as trocas 
por dinheiro.
O funcionamento do sistema depende das pessoas e do 
conjunto de pessoas que formam a sociedade e precisam 
acreditar no sistema, pois sem fé, esperança e confiança, os 
sistemas podem não funcionar corretamente.
 
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2.4 Diferenciando regime, estrutura e sistema 
econômico, para a compreensão das formas 
de organização da atividade econômica
Regime é um sistema político que orienta os destinos de um 
país; é uma forma de governo. Em relação a regime econômico, 
a metodologia de cobrança de encargos tributários, financeiros 
e sociais referentes a impostos é o que se denomina de regime 
econômico.3
A estrutura do sistema econômico é a estrutura dos agentes 
econômicos de um país, ou seja, das organizações que estão 
atuando em seu território. Elas desenvolvem relações que podem 
ser: produção, consumo e acumulação. As organizações podem 
ser ao mesmo tempo consumidoras de insumos e produtoras de 
bens e serviços, possuindo, dessa forma, mais de uma relação. O 
conjunto de relações é mensurável e forma o Produto Interno 
Bruto (PIB) de um país.
Já a atividade econômica é aquela que ocorre na economia 
de um país. Ela gera a rotatividade econômica, não se valendo, 
necessariamente, de lucros.
2.5 Os fluxos fundamentais e a inserção dos 
agentes na atividade econômica
O funcionamento do sistema econômico ocorre pela 
obtenção de fatores de produção, de recursos financeiros e sua 
utilização. 
Os fatores são parcelas de uma multiplicação ou produto. 
Eles influenciam no resultado final do produto. Os fluxos 
fundamentais incluem fatores, que por sua vez incluem:
A moeda: é o equivalente geral e o elo entre as 
transações dos diversos agentes econômicos. Essas 
transações definem os principais fluxos da sociedade.
3Disponível em <http://pt.wikipedia.org/wiki/Encargos>. Acesso em 1º 
out. 2009.
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Fluxos reais: são definidos pelos suprimentos de 
recursos de produção pelo seu emprego e combinação 
nas unidades produtivas.
Fluxos monetários: referem-se aos pagamentos dos 
fatores de produção de um tipo e aos preços pagos 
pelos bens e serviços adquiridos pela sociedade.
A cada fator de produção corresponde uma 
categoria de pagamentos: fator trabalho – recebe 
sua remuneração por meio dos salários; fator 
capital – sua remuneração se dá por meio do lucro, 
pagamento de aluguéis, arrendamentos, dividendos 
etc.
Poder aquisitivo: é a massa de recursos disponíveis 
pelas unidades familiares, ou seja, é sua capacidade 
de consumo, seu poder de compra.4 
Os agentes que se inserem na atividade econômica estão 
sujeitos aos diversos fatores e fluxos que compõem os fluxos 
fundamentais. É nesse cenário que as empresas terão que 
trabalhar, prosperar, sobreviver e serem sustentáveis.
2.6 A dinâmica do mercado e seus impactos 
nas organizações
A dinâmica do mercado significa a forma como ele funciona, 
ou seja, como as coisas acontecem e evoluem nesse mercado. 
Por exemplo, no mercado de trabalho, algumas profissões, 
devido à necessidade e escassez de profissionais, podem 
aumentar temporariamente o salário, esse é o caso recente 
da profissão de tecnólogo de soldagem: enquanto houver a 
escassez de profissionais aliada à necessidade dos mesmos, o 
salário deles sobe.
4Disponível em <http://www.cursosnocd.com.br/economia/fluxos-
fundamentais.htm>. Acesso em 15 dez. 2009.
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Já na dinâmica do mercado, surgem também algumas 
profissões novas, como a de designers instrucionais para cursos 
de EaD, de tutores etc.
As empresas estão inseridas no contexto local, no mercado e 
na época em que atuam. 
Como existe a atuação das forças existentes no mercado 
– governos, concorrência, sindicatos, mudança de gosto dos 
consumidores etc. –, é preciso que as empresas que desejam 
sobreviver estejam sondando o mercado, buscando identificar 
suas tendências, de modo a ir ao encontro delas para tentar 
satisfazê-las. 
Dessa forma, além de garantir sustentabilidade, ainda 
poderão expandir suas atividades, lucrar e prosperar.
Organizações lentas, que não conseguem identificar e 
acompanhar as alterações que estão ocorrendo, podem sucumbir 
diante das ameaças e dificuldades.
As empresas, por meio de seus dirigentes e colaboradores, 
têm que aprender a lidar com a dinâmica dos mercados para 
obterem sucesso em suas atividades.
2.7 Determinação dos preços e de quantidades 
em mercados concentrados e não concentrados
Segundo Stiglitz e Walsh (2003,p. 55), “os preços são a forma 
pela qual os participantes na economia se comunicam entre 
si (...), o preço da mão de obra é o salário pago”. Esses autores 
questionam, por exemplo: “Por que um médico ganha três 
vezes mais que um professor universitário, embora o professor 
universitário possa ter sido melhor aluno nos cursos que fizeram 
juntos?”. 
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Uma das explicações para a questão de preços pode estar 
relacionada com a quantidade de produtos produzidos, e a outra, 
com a concentração do mercado. Nesse caso, por exemplo, pode-
se ter uma alta concentração em um segmento de mercado, ou 
seja, em um segmento de consumo concentrado, a empresa tem 
mais possibilidade de elevar os preços de seus produtos para 
obter uma maior margem de lucro, se há maior consumo.
Já no caso de um mercado não concentrado e com mais 
concorrência, fica difícil a empresa praticar preços elevados, pois 
existem alternativas para os consumidores. Sob esse ponto de 
vista, o mercado de trabalho do médico pode ser considerado 
mais concentrado que o do professor universitário.
2.8 Ameaças e oportunidades para as 
organizações dos mercados concentrados 
e não concentrados e estratégias de 
sobrevivência relacionadas
Nos mercados concentrados, as organizações não sofrem a 
concorrência de outras que trabalham em segmentos diferentes, 
por exemplo, um banco que trabalha somente com clientes de 
altíssimo poder aquisitivo não será concorrente de um banco 
popular.
A figura a seguir ilustra uma imagem na qual podem ser 
observadas as forças internas às organizações e as forças 
externas.
Ambiente externo Oportunidades
Eficácia Eficiência
Ambiente interno
Ameaças
mudança nas leis
novos concorrentes
desatualização do produto
mudança no mercado
greves trabalhistas
etc.
etc. etc. etc.
etc.
etc.
ganhar novos mercados
aumentar participação 
no mercado
fazer novos contatos
aumentar a rede de 
relacionamentos
trabalhar com novos 
processos
trabalhar com novos 
produtos
remunerar melhor
trabalhar com qualidade e 
normas
novos sistemas de segurança melhorar saúde do funcionário
utilizar as boas práticas do mercado
consolidar resultados obtidos
realizar reengenharia em 
processos
treinamento
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As forças externas incluem governos, sindicatos, fornecedores, 
clientes, enfim, tudo que está fora da organização e pode 
afetá-la por meio de ameaças ou de oportunidades.
Uma organização pode obter apoio externamente por meio 
de alianças estratégicas.
Para fazer frente às ameaças do meio ambiente externo e 
para se aproveitar as oportunidades que surgem nesse meio, 
existe a possibilidade de se trabalhar o meio ambiente interno. 
No meio interno, existem a eficácia e a eficiência. Estas 
podem ser melhoradas por meio de treinamento, uso de boas 
práticas, uso de normas, trabalho com qualidade, melhoria da 
saúde dos funcionários, melhoria da segurança, melhoria dos 
salários etc. 
Há que se considerar os casos particulares, por exemplo, 
ao se trabalhar com um segmento de mercado, visto que ele 
é exigente, e o surgimento de um concorrente pode sempre 
ser um risco. Por exemplo, no caso das empresas de transporte 
aéreo, existem as empresas antigas e as novas, as quais praticam 
preços menores e, eventualmente, podem levar uma boa parcela 
de clientes das empresas antigas quando começam a operar nos 
mesmos mercados.
Como estratégias de sobrevivência, é preciso que as 
organizações conheçam seu mercado, suas necessidades 
e quanto podem ou querem pagar por elas, de modo 
que, dessa forma, poderão redimensionar seus esforços, 
equipamentos e recursos de forma otimizada para, assim, 
poderem fazer frente aos concorrentes e obter lucro e 
sucesso nos negócios.
É preciso descobrir o que o mercado precisa, e, nesse sentido, 
surgem as técnicas estatísticas, as técnicas de data mining, 
business intelligence, gestão do conhecimento etc.
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Nas economias do mundo inteiro, os governos têm um 
papel importante. Nas economias em que o Estado é forte, este 
controla vários setores da economia e até atua nesses setores, 
como, por exemplo, indústrias, escolas, redes de televisão.
Já nos países em que as empresas são mais fortes, como, 
por exemplo, economias neoliberais, os governos diminuem seu 
tamanho e deixam a iniciativa privada atuar. Nesse caso, o papel 
do governo é o de regulação das atividades realizadas pelos 
particulares.
2.9 O setor público
Segundo o website da Câmara dos Deputados, o setor público 
é uma:
Expressão que designa o conjunto de órgãos, entidades 
e empresas estatais pertencentes a uma determinada 
esfera do governo. Essa expressão é utilizada, 
frequentemente, como sinônimo de administração 
pública.5
O conceito de setor público se contrapõe ao de setor privado, 
que é a parte da economia de um país que não pertence ao 
Estado nem é controlada por ele, como as sociedades anônimas, 
sociedades de responsabilidade limitada, corporações, 
trabalhadores autônomos e fundações.
A partir da Segunda Guerra Mundial, muitos governos 
fomentaram o setor público em detrimento do setor privado. 
Esse período assistiu a uma forte política de nacionalização, 
mas, a partir da década de 1980, essa tendência se inverteu, e os 
governos começaram a privatizar as suas empresas.6 
5Disponível em <http://www2.camara.gov.br/glossario/s.html>. 
Acesso em 15 nov. 2009.
6Disponível em <http://cursoeconomia.blogspot.com/2008/01/o-
que-setor-privado.html>. Acesso em 1º out. 2009.
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Surgiram os modelos neoliberais que pregavam a 
diminuição do tamanho do Estado por meio da privatização 
das empresas estatais e que o Estado se concentrasse somente 
nas áreas vitais nas quais a iniciativa privada não pudesse 
trabalhar.
No Brasil, um país em desenvolvimento, a intervenção dos 
governos na economia é muito grande. Na área do ensino, 
existem universidades federais, estaduais e municipais, na área 
da saúde, há muitos hospitais do governo e, na área econômica, 
também há a presença estatal. 
No modelo econômico neoliberal, o governo deveria deixar 
as empresas privadas trabalharem na telefonia, na administração 
das rodovias, no setor de produção em geral, nas escolas 
etc., e o governo criaria agências para fiscalizar e controlar o 
serviço das empresas privadas que ganhassem a concorrência 
para administrar os serviços. A ANATEL – Agência Nacional de 
Telecomunicações – faria o papel de regulação das empresas de 
telecomunicações, por exemplo.
O debate em relação ao que e quanto o Estado deve interferir 
na economia é antigo. Por exemplo, no caso da telefonia: se o 
Estado tomasse conta das redes telefônicas, podíamos ter faltade telefones e ainda estarmos atrasados muitos anos na questão 
das telecomunicações, haja vista os países do bloco comunista 
que acabaram aderindo a uma abertura ao capitalismo mundial, 
pedindo o investimento deste em infraestrutura para seus 
países. 
Como contraponto ao modelo neoliberal, existe o fato de 
que as empresas privadas, geralmente, não se preocupam com 
as minorias ou as pessoas que foram excluídas do modelo 
neoliberal e que, portanto, vão ficar à margem da sociedade. 
Esse é o caso dos idosos e das pessoas com necessidades 
especiais. Para que não ocorra um “massacre” dessas pessoas, 
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os governos impõem leis que obrigam as empresas a contratar 
essas pessoas, da mesma forma que impõe cotas para negros e 
índios nas universidades públicas, de modo a tornar o sistema 
capitalista menos selvagem. 
2.10 Formas de ação econômica e razões da 
expansão das atividades públicas
O Estado pode agir na economia para fazer com que a ela 
caminhe no sentido e na direção que se deseja. 
Entre as formas de ação econômica do Estado, estão: 
• investimentos em infraestrutura de estradas; 
• investimentos em eletrificação;
• mudança da política monetária;
• alteração da taxa cambial;
• concessão de incentivos para investimentos em áreas 
carentes etc.
Note que essa lista não para por aí, é interessante que se 
pense sobre algumas das ações econômicas e sobre como elas 
podem afetar sua vida ou a vida das pessoas em geral.
Em áreas nas quais o investimento é muito grande e o 
retorno é lento, nem sempre as empresas privadas realizam 
investimentos. Nesse caso, o investimento realizado pelo Estado 
torna-se necessário.
Isso ocorreu na criação das grandes siderúrgicas brasileiras 
de aços planos, que inicialmente eram estatais (USIMINAS, 
COSIPA, CSN etc.) e posteriormente, quando já geravam bons 
lucros, foram privatizadas.
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ECONOMIA E MERCADO
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As usinas siderúrgicas são grandes empreendimentos 
nas quais trabalharam milhares de funcionários em 
diversas áreas: produção, manutenção, transporte, área 
administrativa etc.
Outras empresas nacionais que surgiram como estatais e 
que, posteriormente, foram privatizadas foram a Cia. Vale do 
Rio Doce, Embratel e Telesp.
A Vale do Rio Doce está entre as maiores empresas 
mineradoras do mundo.
Mas um aspecto interessante é que, em princípio, os governos 
investem ou deveriam investir em pesquisa e em áreas sociais 
nas quais a maioria das empresas particulares não têm interesse, 
pelo fato de o retorno ser duvidoso, demorado e, às vezes, nem 
existir.
Em nosso país, muito da atividade econômica se deve 
a investimentos dos governos, que, ao injetar recursos na 
construção de metrôs, de estradas, de hidrelétricas, em 
investimentos sociais, em universidades, em pesquisa e outras 
obras, acabam fomentando a atividade econômica.
2.11 O papel regulador do Estado na 
atividade econômica e seus impactos sobre as 
organizações
Quando o Estado não investe, mas oferece a concessão 
para que as empresas particulares realizem a exploração de um 
serviço ou os investimentos, nos casos da telefonia, das rodovias 
privatizadas e do ensino, o Estado permite que os particulares 
realizem a atividade econômica, porém ele exerce o papel 
regulador.
O Estado regulador é bem característico das economias 
neoliberais.
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No caso da educação, o Ministério da Educação fiscaliza e 
avalia as instituições de ensino superior por meio do Instituto 
Nacional de Estudos e Pesquisas Anízio Teixeira – INEP. Cabe a 
esse órgão realizar os provões do ENADE, avaliar as instituições 
e receber a autoavaliação das instituições, que é realizada pelas 
Comissões Próprias de Avaliação (CPA) das instituições.
No caso das telecomunicações, sua regulação é realizada 
pela Agência Nacional de Telecomunicações – ANATEL –, para as 
empresas produtoras de energia, existe a ANEEL etc.
As rodovias privatizadas têm que atender às exigências 
contratuais dos governos para continuarem trabalhando sem 
ocorrer a quebra de contrato.
As organizações têm que se adaptar às exigências dos órgãos 
reguladores estatais e, caso estejam com falhas, normalmente, 
recebem um período para regularizar sua situação. Se não o 
fizerem, podem perder a concessão de exploração do serviço.
Quando existe uma regulação efetiva e bem realizada, 
quem lucra é a sociedade que passa a ter serviços de melhor 
qualidade.
Há, porém, questões que ficam sem solução. As empresas 
buscam lucros e muitas vezes não se preocupam com os 
outros aspectos relacionados à sociedade, como, por exemplo, 
a poluição, a preocupação com as minorias, com as pessoas 
portadoras de necessidades especiais e também a preocupação 
com os idosos. Nesse sentido, é preciso sempre a presença do 
Estado, que, sendo consciente, terá essas preocupações ou fará a 
regulação para que se garantam os direitos sociais das pessoas. 
Caso contrário, podem ocorrer apenas o crescimento e o lucro 
das empresas sem uma preocupação maior com a sociedade.
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