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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE MINAS GERAIS CÂMPUS BAMBUÍ Fazenda Varginha – Rodovia Bambuí/Medeiros, Km 05 – Caixa Postal 05 – Bambuí-MG – CEP: 38900-000 (37) 3431-4900 – campus.bambui@ifmg.edu.br PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE BACHARELADO EM ENGENHARIA DE COMPUTAÇÃO BAMBUÍ – MG 2015 MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE MINAS GERAIS CÂMPUS BAMBUÍ Fazenda Varginha – Rodovia Bambuí/Medeiros, Km 05 – Caixa Postal 05 – Bambuí-MG – CEP: 38900-000 (37) 3431-4900 – campus.bambui@ifmg.edu.br Reitor: Prof. Caio Mário Bueno Silva Pró-Reitora de Ensino: Profª Soraya Sosa Antunes Candido Diretor Geral do Câmpus: Prof. Flávio Vasconcelos Godinho Diretor de Ensino: Prof. Gabriel da Silva Coordenador do Curso: Prof. Samuel Pereira Dias Colegiado de Curso Coordenador: Prof. Samuel Pereira Dias Titulares Suplentes Professor: Fábio Ferreira de Moura Professor: Francisco Heider Willy dos Santos Professor: Gabriel da Silva Professor: Itagildo Edmar Garbazza Professor: Emerson Maurício de Almeida Alves Professora: Cássia Félix Dias Criscolo (DCGH) Professor: Cláudia Aparecida Campos (DCGH) Professora: Cristiane Silva Fontes (DCL) Professora: Vássia Carvalho Soares (DCL) Discente: Bruno Alberto Soares Oliveira Discente: Paulinelly de Sousa Oliveira Discente: Roberto Júnior Silva Caetano Técnico Adm.: Maria Amélia G. F. R. Souto Técnico Adm.: Samuel Fonseca Amaral Núcleo Docente Estruturante – NDE Presidente: Samuel Pereira Dias Professor: Fábio Ferreira de Moura Professor: Gabriel da Silva Professor: Francisco Heider Willy dos Santos Professor: Emerson Maurício de Almeida Alves Professor: Itagildo Edmar Garbazza (Suplente) Professor: Carlos Antônio Rufino (Suplente) Sumário 1 Dados do Curso....................................................................................................................................3 2 Contextualização da Instituição...........................................................................................................4 2.1 As Finalidades do IFMG.....................................................................................................................................4 2.2 Histórico do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Minas Gerais..........................................5 2.3 A missão do IFMG..............................................................................................................................................6 2.4 O IFMG – Câmpus Bambuí................................................................................................................................7 2.4.1 Histórico do Câmpus Bambuí..........................................................................................................................7 3 Concepção do Curso..........................................................................................................................12 3.1 Apresentação do Curso......................................................................................................................................12 3.2 Justificativa........................................................................................................................................................12 3.3 Princípios Norteadores do Projeto.....................................................................................................................14 3.4 Objetivos do Curso............................................................................................................................................15 3.4.1 Objetivo Geral................................................................................................................................................15 3.4.2 Objetivos Específicos.....................................................................................................................................15 3.5 Perfil do egresso................................................................................................................................................16 3.6 Formas de Acesso ao Curso..............................................................................................................................19 3.7 Representação gráfica de um perfil de formação..............................................................................................19 4 Estrutura do Curso.............................................................................................................................22 4.1 Regime Acadêmico e Prazo de Integralização Curricular.................................................................................22 4.2 Organização Curricular.....................................................................................................................................23 4.2.1 Definição da Carga Horária das Disciplinas e do Tempo de Integralização..................................................23 4.2.2 Eixos de Conteúdos e Atividades com Desdobramento em Disciplinas........................................................25 4.2.3 Matriz Curricular............................................................................................................................................27 4.2.4 Ementário.......................................................................................................................................................35 4.3 Critérios de Aproveitamento de Conhecimentos e Experiências Anteriores...................................................121 4.4 Metodologia do Ensino...................................................................................................................................121 4.4.1 O Processo de Construção do Conhecimento em Sala de Aula...................................................................122 4.4.2 Proposta Interdisciplinar de Ensino..............................................................................................................122 4.4.3 Atividades Práticas Complementares da Estrutura Curricular.....................................................................123 4.4.4 Atividades de Pesquisa e Produção Científica.............................................................................................124 4.4.5 Atividades de Extensão................................................................................................................................125 4.4.6 Estágio Supervisionado................................................................................................................................127 4.4.7 Trabalho de Conclusão de Curso..................................................................................................................130 4.5 Modos da Integração entre os Diversos Níveis e Modalidades de Ensino......................................................131 4.6 Serviços de Apoio ao Discente........................................................................................................................131 4.7 Certificados e Diplomas..................................................................................................................................136 4.8 Administração Acadêmica do Curso...............................................................................................................136 4.8.1 Coordenador do Curso.................................................................................................................................136 4.8.2 Relação dos Docentes...................................................................................................................................137 4.8.3 Corpo técnico-administrativo.......................................................................................................................1424.8.4 Formas de Participação do Colegiado e do Núcleo Docente Estruturante...................................................143 4.8.4.1 Colegiado de Curso...................................................................................................................................143 4.8.4.2 Núcleos Docentes Estruturantes................................................................................................................144 4.9 Infraestrutura...................................................................................................................................................145 4.9.1 Sala de Coordenação....................................................................................................................................145 4.9.2 Instalações e Equipamentos.........................................................................................................................145 4.9.3 Espaço Físico Disponível e Uso da Área Física do Câmpus........................................................................146 4.9.4 Salas de Aula................................................................................................................................................146 4.9.5 Biblioteca.....................................................................................................................................................146 4.9.6 Laboratórios................................................................................................................................................148 4.9.7 Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) no Processo Ensino-Aprendizagem.............................148 4.10 Estratégias de Fomento ao Empreendedorismo e à Inovação Tecnológica..................................................149 4.11 Estratégias de Fomento ao Desenvolvimento Sustentável e ao Cooperativismo.........................................150 5 Procedimentos de Avaliação............................................................................................................152 5.1 Sistema de Avaliação do Processo de Ensino e Aprendizagem.......................................................................152 5.1.1 Avaliação da aprendizagem..........................................................................................................................152 5.1.2 Recuperação da aprendizagem.....................................................................................................................153 5.2 Sistema de avaliação do projeto do curso.......................................................................................................154 5.2.1 Procedimentos para avaliação do Projeto Pedagógico do Curso.................................................................154 5.2.2 Composição da Comissão Própria de Avaliação..........................................................................................155 5.2.3 Avaliação interna realizada pela Comissão Própria de Avaliação – CPA.....................................................156 5.2.4 Avaliação externa realizada pelos órgãos do Sistema Federal de Ensino....................................................157 5.2.5 Participação da Sociedade............................................................................................................................157 6 Considerações finais........................................................................................................................158 7 Referências bibliográficas................................................................................................................160 A Regulamento de atividades práticas e complementares................................................................167 B Avaliação do Estágio.......................................................................................................................174 C Quadro de Espaço Físico Disponível e Uso da Área Física do Câmpus............................................176 D Acervo da Biblioteca.......................................................................................................................179 E Laboratórios....................................................................................................................................182 E.1 Lista de Laboratórios.....................................................................................................................................182 E.2 Descrição dos laboratórios.............................................................................................................................183 1 DADOS DO CURSO Denominação do curso: Engenharia de Computação Modalidade oferecida: Bacharelado Título acadêmico conferido: Engenheiro(a) de Computação Modalidade de ensino: Presencial Regime de matrícula: Por disciplina Tempo de integralização: mínimo de 10 semestres, máximo de 18 semestres Carga horária mínima: 4.340 horas/aula Número de vagas oferecidas: 30 vagas, por ano Turno de funcionamento: integral Endereço do Curso: Fazenda Varginha, Rodovia Bambuí – Medeiros, km 05, Bambuí, MG, CEP 38.900-000. Forma de ingresso: Sistema de Seleção Unificada (SISU), vestibular, transferência interna, transferência externa e obtenção de novo título. Ato legal de autorização: Portaria IFMG nº 106, de 28 de janeiro de 2013. 3 2 CONTEXTUALIZAÇÃO DA INSTITUIÇÃO 2.1 As Finalidades do IFMG A constituição, as finalidades e características do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Minas Gerais (IFMG) são conforme o disposto no Art. 6º da Lei nº 11.892, de 29 de dezembro de 2008 (BRASIL, 2008d): I. ofertar educação profissional e tecnológica, em todos os seus níveis e modalidades, formando e qualificando cidadãos com vistas na atuação profissional nos diversos setores da economia, com ênfase no desenvolvimento socioeconômico local, regional e nacional; II. desenvolver a educação profissional e tecnológica como processo educativo e investigativo de geração e adaptação de soluções técnicas e tecnológicas às demandas sociais e peculiaridades regionais; III. promover a integração e a verticalização da educação básica à educação profissional e educação superior, otimizando a infraestrutura física, os quadros de pessoal e os recursos de gestão; IV. orientar sua oferta formativa em benefício da consolidação e fortalecimento dos arranjos produtivos, sociais e culturais locais, identificados com base no mapeamento das potencialidades de desenvolvimento socioeconômico e cultural no âmbito de atuação do Instituto Federal; V. constituir-se em centro de excelência na oferta do ensino de ciências, em geral, e de ciências aplicadas, em particular, estimulando o desenvolvimento de espírito crítico, voltado à investigação empírica; VI. desenvolver programas de extensão e de divulgação científica e tecnológica; VII. qualificar-se como centro de referência no apoio à oferta do ensino de ciências nas instituições públicas de ensino, oferecendo capacitação técnica e atualização pedagógica aos docentes das redes públicas de ensino; VIII. realizar e estimular a pesquisa aplicada, a produção cultural, o 4 empreendedorismo, o cooperativismo e o desenvolvimento científico e tecnológico; IX. promover a produção, o desenvolvimento e a transferência de tecnologias sociais, notadamente as voltadas à preservação do meio ambiente; X. participar de programas de capacitação, qualificação e requalificação dos profissionais de educação da rede pública. 2.2 Histórico do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Minas Gerais O IFMG é uma Instituição da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológi- ca, criada pela Lei nº 11.892, de29 de dezembro de 2008 (BRASIL, 2008d), mediante a inte- gração dos Centros Federais de Educação Tecnológica de Ouro Preto, Bambuí, Escola Agro- técnica Federal de São João Evangelista e duas Unidades de Educação Descentralizadas de Formiga e Congonhas que, por força da Lei, passaram de forma automática, independente- mente de qualquer formalidade à condição de câmpus da nova instituição. Atualmente, o IFMG é composto por 18 câmpus, instalados em regiões estratégicas do Estado de Minas Gerais e vinculados a uma reitoria, sediada em Belo Horizonte. São eles: Bambuí, Betim, Congonhas, Coronel Fabriciano (em implantação), Formiga, Governador Valadares, Ibirité (em implantação), Ipatinga (em implantação), Ouro Branco, Ouro Preto, Ponte Nova (em implantação), Pitangui (em implantação), Piumhi (em implantação), Ribeirão das Neves, Sabará, Santa Luzia, São João Evangelista e Sete Lagoas (em implantação), além de unidades conveniadas em diversos municípios do Estado. A Instituição também mantém polos de ensi- no a distância nos municípios de Belo Horizonte, Betim, Ouro Preto (distrito de Cachoeira do Campo) e Piumhi. (IFMG, 2014b) São disponibilizados mais de 60 cursos, divididos entre as modalidades de Formação Inicial e Continuada, Ensino Técnico (Integrado ao Ensino Médio, Concomitante, Subsequente e Educação de Jovens e Adultos), Ensino Superior (Bacharelado, Licenciatura e Tecnologia) e Pós-Graduação Lato Sensu. São promovidas também parcerias entre o IFMG e outras instituições de Ensino Superior para a realização de programas de Mestrado e Doutorado Interinstitucional (Minter e Dinter). (IFMG, 2012). Em 2015, o câmpus Bambuí iniciará o Curso de Pós-Graduação Stricto Sensu, Mestrado Profissional em Sustentabilidade e 5 Tecnologia Ambiental 2.3 A missão do IFMG Conforme definido no Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) para o quinquênio 2014–2018 (IFMG, 2014b), o Instituto Federal de Minas Gerais, tem como missão, visão e princípios institucionais: Missão “Promover Educação Básica, Profissional e Superior, nos diferentes níveis e modalidades, em benefício da sociedade.” Visão “Ser reconhecida nacionalmente como instituição promotora de educação de excelência, integrando ensino, pesquisa e extensão.” Princípios I – Gestão democrática e transparente; II – Compromisso com a justiça social e ética; III – Compromisso com a preservação do meio ambiente e patrimônio cultural; IV – Compromisso com a educação inclusiva e respeito à diversidade; V – Verticalização do ensino; VI – Difusão do conhecimento científico e tecnológico; VII – Suporte às demandas regionais; VIII – Educação pública e gratuita; IX – Universalidade do acesso e do conhecimento ; X – Indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão; XI – Compromisso com a melhoria da qualidade de vida dos servidores e estudantes; 6 XII – Fomento à cultura da inovação e do empreendedorismo; XIII – Compromisso no atendimento aos princípios da administração pública. Nos anos de 1949 e 1950, na zona rural de Bambuí, algumas propriedades foram doadas, outras compradas e outras, ainda, desapropriadas, formando-se, assim, a Fazenda Varginha. Nessa fazenda, passou a funcionar o Posto Agropecuário em 1950, ligado ao Ministério da Agricultura, que utilizava o espaço para a multiplicação de sementes, empréstimo de máquinas agrícolas e assistência técnica a produtores de Bambuí e região. Ele era subordinado ao posto da cidade de Pains, que existe até os dias de hoje. Já em 1956, foi criada a “Secção de Fomento Agrícola em Minas Gerais”, que deu início ao Curso de Tratoristas. 2.4 O IFMG – Câmpus Bambuí 2.4.1 Histórico do Câmpus Bambuí Em 1961 nascia a Escola Agrícola de Bambuí, subordinada à Superintendência do Ensino Agrícola e Veterinário e criada pela Lei 3.864/A (BRASIL, 1961). Pelo Decreto de criação, a Escola deveria utilizar as dependências do Posto Agropecuário e do Centro de Treinamento de Tratoristas, absorvendo suas terras, benfeitorias, máquinas e utensílios. Em 13 de fevereiro de 1964, a Escola foi transformada em Ginásio Agrícola pelo Decreto nº 53.558 (BRASIL, 1964) e no dia 20 de agosto do “Ano da Agricultura” – 1968, o Decreto nº 63.923 (BRASIL, 1968) elevou o Ginásio à posição de Colégio Agrícola de Bambuí, tendo como primeiro diretor o engenheiro agrônomo Guy Tôrres. Nessa fase inicial, o Colégio funcionava no Centro de Treinamento de Tratoristas e o trabalho desenvolvido pelo Posto Agropecuário manteve-se em harmonia, mesmo com as atividades do Colégio. “Aprender para fazer e fazer para aprender” foi o lema que, durante anos, motivou alunos nas atividades setoriais e de produção, já que a fazenda precisava produzir para manter o funcionamento da instituição. Em 4 de setembro de 1979, o Decreto nº 83.935 (BRASIL, 1979) mudou a denominação de Colégio Agrícola para Escola Agrotécnica Federal de Bambuí (EAFBí), subordinada à Coordenação Nacional do Ensino Agropecuário (COAGRI). A instituição ministrava o Curso Técnico em Agropecuária e o curso supletivo de Técnico em Leite e Derivados e em 7 Agricultura. A COAGRI veio, de fato, criar um ambiente capaz de refazer o Ensino Agrícola de nível médio. Todo um contexto foi criado para oferecer melhores condições às Escolas nos diversos setores da educação, principalmente no que tangia à qualidade dos recursos materiais e humanos, que transformaram o aspecto do processo de ensino-aprendizagem e, consequentemente, a qualidade do profissional a ser formado. Em 1986, foi extinta a COAGRI e criada a Secretaria de Ensino de Segundo Grau – SESG. No ano de 1990, esta foi transformada em Secretaria Nacional de Educação Tecnológica – SENETE; em 1992, passou a ser chamada Secretaria de Educação Média e Tecnológica – SEMTEC e, por último, em 2004, tornou-se a Secretaria de Educação Profissional Tecnológica – SETEC. A Escola Agrotécnica baseava-se no trinômio Educação-Trabalho-Produção, que foi incorporado à pedagogia de ensino e buscava dignificar o trabalho, estimular a cooperação, desenvolver a crítica, a criatividade e o processo de análise. Seu principal objetivo era preparar o jovem para atuar na sociedade e participar da comunidade, utilizando o Sistema Escola-Fazenda para que os alunos tivessem no trabalho um elemento essencial para a sua formação. Esse sistema visava à preparação e capacitação do técnico para atuar como agente de serviço e de produção, satisfazendo as necessidades de produtores rurais e atuando na resolução de problemas. Essa metodologia de ensino tinha como objetivo estruturar “uma escola que produz e uma fazenda que educa”, utilizando dois processos que funcionavam integrados: as Unidades Educativas de Produção – UEP e a Cooperativa-Escola. Outra transformação foi o aumento da carga horária do estágio, de 160 horas para 360 horas, de acordo com a Lei 6.494/77 (BRASIL , 1977). Em 1993, a Escola Agrotécnica de Bambuí foi transformada em autarquia federal, com autonomia didática, administrativa e financeira e dotação própria no orçamento da União, o que lhe conferiu maior dinamismo. Em 1997, com a reforma na educação profissional, a Escola Agrotécnica de Bambuí, que formava apenas técnicos agrícolas com habilitação em Agricultura e Zootecnia, passou a oferecer também cursos nas áreas da Agroindústria e Informática. No ano de 2001, com o Programa de Expansão da Educação Profissional (PROEP), a Instituição firmou convênio com o Ministério da Educação para construir, equipar, reformar e modernizar instalações e laboratórios, além de qualificar pessoal para oferecer cursos dentro 8do padrão e da realidade das empresas tecnologicamente evoluídas e empregadoras dos egressos. A criação de novos cursos, os novos laboratórios, o investimento em infraestrutura, o crescimento da receita como fonte de sua própria manutenção, juntamente com a união de esforços de professores, diretores, alunos e servidores, culminaram num projeto de transformação da então Escola Agrotécnica em Centro Federal de Educação Tecnológica – CEFET, no ano de 2002, com o curso de Tecnologia em Alimentos, o primeiro de nível superior oferecido pela Instituição. Em dezembro de 2008, ampliando ainda mais as possibilidades da educação técnica e tecnológica, foram criados os Institutos Federais. Dessa forma, a tradicional Escola de Bambuí foi transformada em Câmpus do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Minas Gerais – IFMG. O eixo central deste projeto do governo federal é equiparar essas instituições de ensino às universidades federais. A criação do IFMG – Câmpus Bambuí se deu por meio da reversão ao IFMG do patrimônio do Centro Federal de Educação Tecnológica (CEFET) – Bambuí (BRASIL, 2008d), que foi criado a partir da transformação da Escola Agrotécnica Federal de Bambuí, através do Decreto Presidencial de 17 de dezembro de 2002, publicado no D.O.U. no dia 18 do mesmo mês (BRASIL, 2002b). O IFMG – Câmpus Bambuí fica localizado na região Centro-Oeste do Estado de Minas Gerais. A região tem uma localização geográfica privilegiada, permitindo uma interligação e escoamento da produção para todo o Estado e fora dele, por meio das rodovias MG 050, BR 354 e BR 262, situando-se a 270 Km de Belo Horizonte e de Uberaba, 240 km de Passos, 630 Km de Brasília e 660 Km de São Paulo, além da malha ferroviária. Tem uma área de abrangência que inclui, além do município de Bambuí, as regiões do Cerrado Mineiro, Oeste de Minas, Noroeste, Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba. A Agropecuária é o setor de destaque na economia da mesorregião respondendo por 35,79% da população ocupada. A agricultura e pecuária leiteira se destacam com acentuado cresci- mento de pequenas indústrias de laticínios. O setor industrial ocupa 25,23% da população economicamente ativa, incluindo indústria de transformação, mineração, construção e serviços industriais de utilidade pública. A indústria 9 iniciou-se na mesorregião nas áreas têxtil e de alimentação, porém, atualmente, os principais destaques são a Siderurgia e a produção de cimento. O setor de serviços é o que mais vem crescendo na mesorregião, apesar de ocupar somente 6,59% da população do Estado, contribuindo com 0,62% de sua receita total. O setor de comércio detém 5,19% da população total, com receita de 4,4% do PIB estadual. A mesorregião em questão possui diversos municípios de pequeno e médio portes, caracterizados, em grande parte, por micro, pequenas e médias empresas. A seguir são enumerados os cursos ofertados no Câmpus Bambuí por nível e modalidade de ensino. Cursos Técnicos Integrados ao Ensino Médio: Informática Manutenção Automotiva Agropecuária Meio Ambiente; Cursos Técnicos Subsequentes ao Ensino Médio: Agropecuária, Meio Ambiente, Manutenção Automotiva, Açúcar e Álcool. Cursos Técnicos Integrados ao Ensino Médio na modalidade EJA – Educação de Jovens e Adultos: Açúcar e Álcool. Cursos de graduação (de Tecnologia, Licenciaturas e Bacharelado): Tecnologia em Análise e Desenvolvimento de Sistemas, 10 Licenciatura em Física, Licenciatura em Ciências Biológicas, Bacharelado em Administração, Bacharelado em Agronomia, Bacharelado em Engenharia da Computação, Bacharelado em Engenharia de Produção, Bacharelado em Engenharia de Alimentos, Bacharelado em Zootecnia. Pós-Graduação stricto sensu: Mestrado Profissional em Sustentabilidade e Tecnologia Ambiental 11 3 CONCEPÇÃO DO CURSO 3.1 Apresentação do Curso O curso superior de Engenharia de Computação é ofertado pelo IFMG – Câmpus Bambuí, localizado à Fazenda Varginha, Rodovia Bambuí – Medeiros, Km 05, Bambuí, MG, CEP 38.900-000. O Curso iniciou suas atividades em 2013, sendo autorizado pela portaria IFMG nº 106, de 28 de janeiro de 2013. 3.2 Justificativa O Curso de Engenharia da Computação surgiu a partir do anseio dos professores que hoje compõem o Departamento de Engenharia e Computação (DEC) ampliarem as ofertas de cursos na área de computação. Como mencionado anteriormente, o Câmpus oferece os cursos Técnico Integrado em Informática e de Tecnologia em Análise e Desenvolvimento de Sistemas, denominações atuais para os cursos de nível técnico e superior na área, oferecidos desde 1999. A esta vocação já iniciada soma-se a relevância da Computação e tecnologias associadas para o mundo contemporâneo. Desde a Revolução Industrial que a evolução das tecnologias é motor propulsor de progresso e melhoria da qualidade de vida. Por trás da automatização de inúmeros aspectos da atividade humana e de seus controles, medições, diagnósticos e prospecções sejam no campo industrial, comercial, científico, educacional ou doméstico estão presentes os sistemas computacionais. Os computadores pessoais já se apresentam como utensílio doméstico não mais supérfluo, mas necessário, e das inúmeras classes de sistemas computacionais surpreende em números aquela dos sistemas embutidos, comumente equipando dezenas de dispositivos eletrodomésticos/eletrônicos por residência. É tendência que esses sistemas integrados de hardware e software equipem e interliguem qualquer dispositivo eletrônico a partir de agora. O Engenheiro de Computação é o projetista desses sistemas. Os Engenheiros de Computação disponibilizam para a sociedade produtos de eletrônica de consumo, de comunicações e de 12 automação (industrial, bancária e comercial). Eles desenvolvem também sistemas de computação embarcados em aviões, satélites e automóveis, para realizar funções de controle. “Existe uma convergência de diversas tecnologias bem estabelecidas (como tecnologias de televisão, computação e redes de computadores) resultando em acesso amplo e rápido a informações em grande escala, em cujo desenvolvimento os Engenheiros de Computação têm uma participação efetiva.” (MEC, 2012a) Destaca-se que a criação do Bacharelado em Engenharia de Computação do Câmpus Bambuí vem de encontro à necessidade de formação de mais engenheiros para suprir as demandas de crescimento do país, aspecto amplamente discutido na 42ª edição do Congresso Brasileiro de Educação em Engenharia, promovida pela ABENGE (Associação Brasileira de Ensino de Engenharia). Aliado a este fato é patente a demanda por profissionais da área. De acordo com IBGE (2010), em relação ao Cadastro Central de Empresas de 2010 no setor de Informação e Comunicação, o principal setor que envolve computação, somavam 140.186 empresas na área num total de 877.486 postos de trabalho e envolvendo recursos somando aproximadamente 234,5 bilhões de reais. Não foram consideradas nestes números as estimativas da produção dos autônomos e das unidades produtivas da economia informal. A partir desta análise da evolução do mercado é evidente o crescimento do setor, com efeitos compreendendo todos os demais setores econômicos, tornando-se condição indispensável para a evolução dos negócios, talvez para a viabilização destes, num mercado cada vez mais globalizado. O Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) anterior do IFMG (IFMG, 2009) previa a criação de um curso superior de período integral no Câmpus Bambuí em 2012. O curso previstoera o Bacharelado em Ciência da Computação, mas devido a criação do mesmo no Câmpus Formiga optou-se pela criação do curso de Engenharia de Computação. Esta foi considerada a melhor opção para atender o PDI, pois o Câmpus Bambuí já oferta os cursos de Engenharia de Produção, Engenharia de Alimentos e Licenciatura em Física proporcionando assim integração ainda maior entre estas áreas e seus professores com os cursos e professores do Núcleo de Computação. A escolha do novo curso evita a segmentação do público-alvo quando considerada a oferta de cursos idênticos em câmpus a menos de 100 Km entre si. O curso de Engenharia de Computação, dados os núcleos temáticos, possibilitará integração com os arranjos produtivos locais através da transferência tecnológica por meio da pesquisa e da extensão. Como mencionado, a cidade de Bambuí conta com agroindústrias, destacando-se 13 a Bambuí Bioenergia S/A, a Natucentro Indústria e Apiários Centro Oeste Ltda., pequenos e médios empreendimentos no ramo de Informática. A região possui característica agrícola o que permitirá a criação/expansão de empresas de desenvolvimento de soluções de software e de automação para pequenas e médias propriedades, ainda deficientes neste aspecto. Em um raio de 200 km de Bambuí estão situadas cidades polo como Lavras, com indústrias de laticínios e cafeeiras, Divinópolis, com indústrias confeccionistas e de metalurgia/siderurgia e Lagoa da Prata com uma grande indústria alimentícia e uma grande agroindústria canavieira. No mesmo raio estão Arcos, Pains e Iguatama sedes de diversas empresas de grande porte do setor de mineração e calcário. Além disso, a cidade encontra-se em um ponto estratégico em relação a dois grandes centros produtivos do estado de Minas Gerais, há cerca de 270 km de Belo Horizonte e do Triângulo Mineiro, ambos com grande capacidade de absorver os egressos do curso. 3.3 Princípios Norteadores do Projeto De acordo com o PDI do IFMG (IFMG, 2014b), o princípio pedagógico da contextualização permite à instituição pensar os projetos pedagógicos de forma flexível, com uma ampla rede de significações, e não apenas como um lugar de transmissão do saber, vislumbrando a prática de uma educação que possibilite a aprendizagem de valores e de atitudes para conviver em democracia e que, no domínio dos conhecimentos, habilite o corpo discente a discutir questões do interesse de todos, propiciando a melhoria da qualidade de vida, despertando a conscientização quanto às questões concernentes à questão ambiental e ao desenvolvimento econômico sustentável. Dentre estes princípios norteadores do IFMG, destacamos os que mais fortemente se vinculam aos aspectos pedagógicos: Responsabilidade social, através de inclusão de elementos sociais no ensino a fim de provocar aprendizagens significativas, visando contribuir com a formação do discente frente às demandas sociais; Priorizar a qualidade do ensino sendo essa exigência estendida às atividades de pes- quisa e extensão; 14 Garantir a qualidade dos programas de ensino, pesquisa e extensão, desenvolvendo ati- vidades de pesquisa de relevância e qualidade, reconhecidas em nível nacional; Respeito aos valores éticos, estéticos e políticos; Articulação com empresas, família e sociedade; Integridade acadêmica através do compromisso de todos os membros da comunidade acadêmica com altos padrões de honestidade pessoal e comportamento ético. 3.4 Objetivos do Curso 3.4.1 Objetivo Geral O objetivo geral do Bacharelado em Engenharia de Computação é formar profissionais aptos a projetar soluções em hardware e software para atender às demandas e perceber as oportunidades de seu mercado de trabalho, bem como promover a pesquisa e a extensão visando a transferência de conhecimento da Instituição de Ensino aos arranjos produtivos locais nos quais o egresso esteja inserido, em consonância com o perfil detalhado na Seção 3.5. 3.4.2 Objetivos Específicos Os objetivos de formação previstos no Currículo do Curso de Engenharia de Computação são: I. Proporcionar uma formação genérica sólida em Ciência da Computação, Matemática e Engenharia Elétrica; II. Enfatizar o conhecimento multidisciplinar dentro do âmbito profissional da Engenharia de Computação; III. Criar mecanismos de atualização progressiva dos conteúdos, uma vez que as inovações tecnológicas ocorrem em ritmo acelerado e ininterrupto nesta profissão; IV. Proporcionar as atividades de laboratório e de aplicação da Engenharia de Computação; V. Motivar o estudante, despertar seu interesse pelo exercício da profissão; 15 VI. Ensinar a aprender, despertar o espírito de criação independente e de iniciativa; VII. Formar profissionais com o perfil descrito na Seção 3.5. 3.5 Perfil do egresso Os cursos ministrados pelo IFMG têm como objetivo formar um profissional competente e atuante na área a que se destina, com base sólida de conhecimentos tecnológicos, capaz de gerenciar seu próprio negócio, adaptando-se a novas situações para o seu real sucesso profissional. O profissional deve ser capaz de desempenhar seu papel com competência, com postura profissional adequada a uma sociedade cada vez mais competitiva e exigente contribuindo para o desenvolvimento e melhoria da vida da comunidade e interferir no processo produtivo, adquirindo habilidades que o capacitem para o exercício da reflexão, da crítica, do estudo e da criatividade, a fim de contribuir para o desenvolvimento e melhoria da vida da comunidade com interferência no processo produtivo. O aluno egresso do Curso de Bacharelado em Engenharia da Computação do IFMG – Câmpus Bambuí deve se constituir em um profissional com sólida formação científica e tecnológica. Este profissional deve ser capaz de compreender, desenvolver e aplicar tecnologias, com visão reflexiva, crítica e criativa e com competência para identificação, formulação e resolução de problemas. Somando a estas questões técnicas e científicas e de cunho operacional, este profissional também deve estar comprometido com a qualidade de vida numa sociedade cultural, econômica, social e politicamente democrática, justa e livre, visando ao pleno desenvolvimento humano aliado ao equilíbrio ambiental. Ao egresso do Curso de Bacharelado em Engenharia de Computação do IFMG – Câmpus Bambuí é oferecida formação com vistas à compreensão e capacitação às características necessárias à investigação e desenvolvimento de conhecimento teórico na área e à atuação profissional, observadas as diretrizes curriculares das Engenharias, definidas pela Resolução CNE/CES n° 11/2002 (MEC, 2002) e pelo Parecer CNE/CES n° 1.362/2001 (MEC, 2001) e da Engenharia de Computação, definida pelo Parecer CNE/CES n° 136/2012 (MEC, 2012a). Para isso é oferecido ao estudante: sólida formação em Ciência da Computação, Matemática e Eletrônica visando à análise e ao projeto de sistemas de computação, incluindo sistemas voltados à automação e controle de processos industriais e comerciais, sistemas e dispositivos 16 embarcados, sistemas e equipamentos de telecomunicações e equipamentos de instrumentação eletrônica sólida formação em desenvolvimento de sistemas de software para a construção de aplicativos, ferramentas e infraestrutura de software de sistemas de computação formação ética e humanística permitindo a compreensão do mundo e da sociedade e o desenvolvimento de habilidades de trabalho em grupo e de comunicação e expressão; compreensão do impacto da computação e suas tecnologias na sociedade no que concerne ao atendimento e à antecipaçãoestratégica das necessidades da sociedade e ao entendimento do contexto social no qual a Engenharia é praticada e os efeitos dos projetos de Engenharia na sociedade; incentivo a constante atualização tecnológica e ao aprimoramento de suas competências e habilidades; formação em negócios, permitindo uma visão da dinâmica organizacional domínio da língua inglesa para leitura técnica na área; conhecimento básico sobre legislações trabalhistas e conhecimento dos direitos e propriedades intelectuais inerentes à produção e à utilização de sistema de computação visão social e ambiental para implementar sistemas que visem melhorar as condições de trabalho dos usuários, sem causar danos ao meio ambiente. Os esforços de formação são para que o egresso tenha sólida formação básica em Matemática, Física e Química que lhe darão a competência de compreender, adaptar-se e desenvolver intervenções tecnológicas alicerçadas nas ciências básicas, pois assim as mudanças podem ser aceleradas. Ao mesmo tempo este deverá possuir uma formação profunda e abrangente em Engenharia de Computação com conhecimentos em: algoritmos, complexidade, computabilidade, linguagens formais e autômatos, fundamentos e tecnologias da programação, eletrônica básica, eletrônica digital, organização do hardware e do software básico de sistemas computacionais e arquitetura avançadas de computadores, lógica, matemática discreta, teoria de compilação, teoria dos grafos, engenharia de software e inteligência artificial, infraestrutura de redes, tecnologias da informação e da comunicação e suas aplicações. 17 A formação oferecida visa desenvolver no egresso capacidades para: planejar, especificar, projetar, implementar, testar, verificar e validar sistemas de computação (sistemas digitais), incluindo computadores, sistemas baseados em microprocessadores, sistemas de comunicações e sistemas de automação, seguindo teorias, princípios, métodos, técnicas e procedimentos da Computação e da Engenharia desenvolver processadores específicos, sistemas integrados e sistemas embarcados, incluindo o desenvolvimento de software para esses sistemas; analisar e avaliar arquiteturas de computadores, incluindo plataformas paralelas e distribuídas; projetar e implementar software aplicativo, software básico e softwares para sistemas de comunicação; selecionar software e hardware adequados às necessidades empresariais, industriais, administrativas de ensino e de pesquisa; gerenciar projetos e manter sistemas de computação; conhecer os direitos e propriedades intelectuais inerentes à produção e à utilização de sistemas de computação; respeitar os princípios éticos da área de Computação; comunicar-se eficientemente nas formas escrita, oral e gráfica; aplicar seus conhecimentos de forma independente e inovadora, acompanhando a evolução do setor e compreendendo as perspectivas de negócios e oportunidades relevantes; por fim, exercer as atribuições de Engenheiro de Computação conforme previstas pelo Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (CONFEA), nas Resoluções 278/1973 (CONFEA, 1973) e 380/93 (CONFEA, 1993); Esta formação deverá incentivar os egressos a estender suas competências à medida que a área se desenvolva. 18 3.6 Formas de Acesso ao Curso O ingresso no curso de Bacharelado em Engenharia de Computação se dará por meio de vestibular, programas especiais do Ministério da Educação como, atualmente, o Sistema de Seleção Unificada – SISU, transferência interna, transferência externa e obtenção de novo título. Os vestibulares serão regulamentados através de editais próprios, conforme períodos definidos no Calendário Acadêmico. Em conformidade com as políticas institucionais, parte das vagas destinadas ao vestibular podem ser reservadas para ingresso através do SISU (Sistema de Seleção Unificada) do Ministério da Educação. Os ingressos por meio de transferência interna, transferência externa e obtenção de novo título acontecerão semestralmente de acordo com edital próprio e a disponibilidade de vagas no curso. Os processos de transferência interna, transferência externa e obtenção de novo título são regulamentados pelo Regimento de Ensino do IFMG, aprovado pela resolução CS/IFMG nº 41 de 03 de dezembro de 2013 (IFMG, 2013). 3.7 Representação gráfica de um perfil de formação A Figura 1 mostra uma representação gráfica da formação no curso de Engenharia de Computação. O aluno deverá cursar 3.780 horas de disciplinas obrigatórias, no mínimo 240 horas de disciplinas optativas e 120 horas de atividades práticas e complementares. Por fim, o aluno deve cumprir 120 horas na elaboração do trabalho de conclusão de curso e 160 horas obrigatoriamente em estágio supervisionado. O fluxo das disciplinas optativas é apresentado na Figura 2. 19 Figura 1 – Perfil Gráfico de Formação 20 Figura 2 – Fluxo de Disciplinas Optativas 21 4 ESTRUTURA DO CURSO 4.1 Regime Acadêmico e Prazo de Integralização Curricular O curso de Bacharelado em Engenharia de Computação será ofertado na modalidade presencial com regime de matrícula por disciplina. Os prazos mínimo e máximo de integralização são de 10 semestres e 18 semestres, respectivamente. O curso ofertará 30 vagas por ano e possuirá funcionamento em período integral. Estudantes com excepcional desenvolvimento acadêmico poderão ainda ter o prazo de integralização mínimo reduzido, sendo, no entanto, computado como período mínimo padrão de integralização os 10 semestres previstos na matriz curricular. Em conformidade com o Art. 59 da Lei 9394/1996 (BRASIL, 1996), “os sistemas de ensino assegurarão aos educandos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação (incompleto)”. Os incisos I e III detalham que deverão ser construídos e oferecidos aos estudantes com necessidades específicas currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e organização específicos, para atender às suas necessidades, bem como professores capacitados para a integração desses educandos nas classes comuns. A Resolução CNE 02/1981, alterada pela Resolução 05/1987, diz que: Art. 1º. Ficam as Universidades e os Estabelecimentos Isolados de Ensino Superior autorizados a conceder dilatação do prazo máximo estabelecido para conclusão do curso de graduação, que estejam cursando, aos alunos portadores de deficiências físicas assim como afecções, que importem em limitação da capacidade de aprendizagem. Tal dilatação poderá ser igualmente concedida em casos de força maior, devidamente comprovados, a juízo da instituição. Deste modo, é permitido a estudantes com necessidades específicas, mediante a apresentação de laudo médico, psicológico e/ou pedagógico, conforme a necessidade apresentada, solicitar procedimentos especiais durante a sua formação, bem como a dilatação de prazo para integralização do curso. 22 4.2 Organização Curricular A organização do curso de Engenharia de Computação levou em consideração legislações e diretrizes de órgãos como a Câmara de Educação Superior (CES) do Conselho Nacional de Educação (CNE), disponíveis em MEC (2002), MEC (2001), MEC (2012a), bem como a So- ciedade Brasileira de Computação – SBC (2005). Além dos objetivos acima mencionados e o perfil de egresso conforme delineado considerou-se o fato de que o Engenheiro de Computa- ção exercerá as responsabilidades técnicas da modalidade “Engenheiro Eletricista” conforme prevê as Resoluções380/1993 (CONFEA, 1993) e 218/1973 (CONFEA, 1973) do CONFEA. Destaca-se que a oferta de disciplinas optativas vem de encontro às tendências atuais que indi- cam na direção de cursos de graduação com estruturas flexíveis, permitindo que o futuro pro- fissional a ser formado tenha opções de áreas de conhecimento e atuação, articulação perma- nente com o campo de atuação do profissional. Quanto ao Plano de Ensino, os professores deverão elaborar e entregar à Coordenação do Curso para apreciação e aprovação dentro do prazo definido em Calendário Acadêmico. No início do período letivo, deverá apresentá-lo aos alunos. No plano de ensino, o professor apresenta qual a metodologia adotada, atividades a serem executadas, formas de avaliação e quais os recursos didáticos que ele utilizará. Além disto, no plano de ensino o aluno é informado sobre qual conteúdo programático será estudado naquela disciplina e quais livros serão adotados pelo professor. Este plano de ensino deverá ser atualizado pelo professor da disciplina. Sugere-se também que no plano de ensino sejam elencadas atividades de caráter interdisciplinar, possibilitando assim, uma integração entre as disciplinas de um eixo ou de eixos diferentes. O aluno poderá matricular em qualquer período do curso nas disciplinas optativas, desde que estejam sendo ofertadas e que ele atenda aos critérios de pré-requisitos, caso existam. 4.2.1 Definição da Carga Horária das Disciplinas e do Tempo de Integralização De acordo com o art. 3º da Resolução CNE/CES nº 3, de 2 de julho de 2007 (MEC, 2007b), “a carga horária mínima dos cursos superiores é mensurada em horas (60 minutos), de ativida- des acadêmicas e de trabalho discente efetivo.” 23 No Câmpus Bambuí do IFMG, a duração da hora-aula (atividades teóricas e práticas) é de 60 minutos, portanto no presente projeto a carga horária das disciplinas já estão mensuradas em 60 minutos. O curso proposto é de regime semestral, ficando definido que para atender o cumprimento do ano letivo de 200 dias, conforme estabelecido na Lei nº 9.394/1996 (BRASIL, 1996), cada se- mestre terá 100 dias letivos. A carga horária mínima para os Cursos de Engenharia, modalidade Bacharelado, de acordo com a Resolução CNE/CES nº 02, de 18 de junho de 2007 (MEC, 2007a), é de 3.600 horas, sendo o limite mínimo para integralização 5 (cinco) anos. A carga horária total do Curso é de 4340 horas, distribuídas em 10 períodos, com total de 5 anos, incluída a atividade de estágio realizado com um mínimo de 160 horas, disciplinas optativas totalizando um mínimo de 240 horas, 120 horas de atividades práticas e complementares e 120 horas para trabalho de conclusão de curso. De acordo com o Art. 2, inciso III da Resolução CNE/CES 2/2007 (MEC, 2007a), os cursos que têm entre 3.600 e 4.000 horas devem ter um limite mínimo para integralização de 5 (cinco) anos. Considerando este aspecto, o curso de Bacharelado em Engenharia de Computação do Instituto Federal de Minas Gerais – Câmpus Bambuí, ofertado na modalidade presencial, em regime semestral, com oferta de 30 vagas em única entrada por ano, funciona em período integral (manhã e tarde), o que dá oportunidade de distribuir maior carga horária no semestre. Assim, em 5 anos (10 períodos) é possível cumprir as 3940 horas aulas teóricas e práticas, em disciplinas obrigatórias e optativas, com uma carga horária média de 394 horas por semestre, o que corresponde a aproximadamente 20 horas aula por semana (aproximadamente 50% da carga horária semanal). Dessa forma o aluno tem ainda oportunidade para participar de diversas outras atividades que complementam sua formação profissional, como em projetos de pesquisa, extensão, programas de monitorias e tutorias, estágios internos, e outras atividades esportivas e culturais, dando total condição para que os discentes cumpram todas as atividades previstas no Projeto Pedagógico do Curso. O discente deverá matricular-se no mínimo de 1 (uma) disciplina. 24 4.2.2 Eixos de Conteúdos e Atividades com Desdobramento em Disciplinas O PPC indica, além dos componentes curriculares a serem cursados pelos alunos, as estraté- gias que devem ser seguidas pelos docentes para atingir os objetivos do curso, considerando- se as Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN) dos cursos de Engenharia, em específico para Engenharia de Computação, incluindo a Resolução CNE/CES 11, de 11 de março de 2002 (MEC, 2002), e o Parecer CNE/CES nº 1.362/2001 (MEC, 2001), quanto às diretrizes para os cursos de Engenharia e o Parecer CNE/CES nº 136/2012 (MEC, 2012a), relativo às diretrizes para cursos de graduação em Computação. Também foi considerado o currículo de referência da Sociedade Brasileira de Computação – SBC (2005), utilizado como base, e além dos ins- trumentos normatizadores em nível federal e institucional, observou-se, como descrito anteri- ormente, a preparação do egresso para exercer as responsabilidades técnicas de um Engenhei- ro especificadas nas Resoluções 380/1993 (CONFEA, 1993) e 218/1973 (CONFEA, 1973) do CONFEA. Os conteúdos curriculares são distribuídos em três núcleos: o núcleo de conteúdos básicos, que irá fornecer o embasamento teórico para que o discente possa desenvolver seu aprendizado; o núcleo de conteúdos profissionais essenciais que se destina à caracterização da identidade profissional e o núcleo de conteúdos profissionais específicos que consiste em extensões e aprofundamentos ao núcleo de conteúdos profissionais essenciais para o aperfeiçoamento da qualificação profissional do formando. A Tabela 1, a seguir, apresenta os campos de saber que compõe os núcleos básicos, profissionais essenciais e profissionais específicos, conforme as Diretrizes Curriculares Nacionais de curso acima mencionadas e as diretrizes do CONFEA (CONFEA, 1973; CONFEA, 1993). Tabela 1 – Mapeamento de disciplinas por núcleo e campos de saber. Núcleo Campos do Saber Disciplinas Conteúdos Básicos Matemática Fundamentos Matemáticos; Cálculo I; Cálculo II; Cálculo III; Cálculo Numérico; Estatística; Geometria Analítica e Álgebra Linear Física Física I; Física II, Física III, Laboratório de Física I;Laboratório de Física II; Laboratório de Física III Química Química geral; Laboratório de Química Fundamentos de Computação e Informática Fundamentos da Computação; Algoritmos e Estruturas de Dados I; Algoritmos e Estruturas de Dados II 25 Núcleo Campos do Saber Disciplinas Engenharia Básica Desenho Técnico; Fenômenos de Transportes; Resistênciados Materiais; Pesquisa Operacional Ciências Sociais Direito e Legislação; Fundamentos de Administração e Empreendedorismo; Informática e Sociedade; Relações Interpessoais Comunicação e Expressão Leitura e Produção de Textos; Metodologia do TrabalhoCientífico; Inglês I; Inglês II Conteúdos Profissionais Essenciais Teoria da Computação Lógica; Matemática Discreta; Projeto e Análise deAlgoritmos; Linguagens Formais e Autômatos; Programação de computadores Programação Orientada a Objetos; Programação Orientada a Eventos; Técnicas de Programação; Paradigmas de Programação, Banco de Dados I; Banco de Dados II Arquiteturas de hardware Organização de Computadores; Arquitetura deComputadores; Microcontroladores; Sistemas Embarcados Software Básico Sistemas Operacionais; Compiladores Eletrônica, Eletricidade e Automação Sistemas Digitais I; Sistemas Digitais II; Eletrônica Analógica e de Potência; Eletrotécnica; Instalações Elétricas; Automação e Controle Infraestrutura de Redes Redes de Computadores Projeto e Desenvolvimento de Produto Sistemas de Informação; Análise e Projeto de Sistemas; Interface Homem-Máquina ConteúdosProfissionais Específicos Programação de Computadores Programação Paralela e Distribuída; Programação de Dispositivos Móveis; Programação Web; Mineração de Dados Software Básico Administração de Sistemas Operacionais Processamento Digital de Imagem e Sinais Computação Gráfica; Processamento Digital de Imagens; Processamento Digital de Sinais; Sistemas de Informações Geográficas Projeto e Desenvolvimento de Produto Tópicos Especiais em Engenharia de Computação; Análise de Desempenho; Modelagem e Simulação; Padrões de Projeto; Qualidade de Software Infraestrutura de Redes Cabeamento Estruturado; Criptografia; SegurançaComputacional Gerência de Projetos Gerência de Projetos; Governança de Tecnologia daInformação Inteligência Computacional e Robótica Inteligência Artificial; Tópicos em Inteligência Artificial; Realidade Virtual; Robótica Educação e Tecnologias LIBRAS; Novas Tecnologias Aplicadas à Educação Prática Profissional e Integração Curricular Orientação de TCC; Trabalho de Conclusão de Curso (TCC); Estágio Supervisionado; Atividades Práticas Complementares As atividades de práticas profissionais e integração curricular buscam integrar conteúdos de 26 diferentes núcleos e campos visando a interdisciplinaridade. Esses componentes envolvem atividades de caráter obrigatório: Orientação do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), Orientação de Estágio Supervisionado e Atividades Práticas e Complementares. São consideradas atividades complementares, descritas no Apêndice A, a iniciação científica e tecnológica, as atividades de extensão comunitária, produção científica, pesquisa tecnológica, participação em congressos e seminários, desenvolvimento de atividade em empresa júnior, dentre outras; A seguir são apresentadas definições dos tipos de disciplinas ofertadas. Disciplinas Obrigatórias (OB): são as disciplinas do Curso que compõem a estrutura curri- cular de caráter obrigatório. Disciplinas Optativas (OP): são as disciplinas do Curso que compõem a estrutura curricular do curso, porém não são obrigatórias. Durante o período letivo em andamento, a coordenação de curso levantará, junto aos alunos, a demanda de oferta de disciplinas optativas para o pró- ximo semestre. O coordenador considerará apenas as disciplinas que possuírem a manifesta- ção de interesse de no mínimo de 10 alunos. Este rol de disciplinas será apresentado às res- pectivas Chefias de Departamentos para que seja verificada e informada à coordenação do curso a disponibilidade de docentes para o atendimento. A lista final de disciplinas a serem ofertadas será definida em reunião do Colegiado do Curso e será encaminhada como demanda à Chefia de Departamento. A oferta de uma disciplina optativa será efetivada apenas se, após todas as etapas do processo de matrículas, houver, no mínimo 10 alunos matriculados. Caso este número não seja atingido, caberá ao Colegiado do Curso definir se ofertará outra discipli- na ou abrirá nova etapa de matrícula para completar aumentar o número de matriculados. Disciplinas Eletivas (OE): quando qualquer disciplina, que não esteja incluída no currículo pleno do curso de origem e cujo conteúdo não seja previsto, mesmo que parcialmente. 4.2.3 Matriz Curricular Esta seção apresenta a Matriz Curricular do Curso Bacharelado em Engenharia da Computa- ção composta pelas disciplinas e componentes curriculares. As disciplinas estão organizadas por períodos letivos semestrais, a fim de orientar aos alunos sobre um fluxo regular de forma- ção. Cabe ressaltar que, de acordo com o Art. 24 do Regimento de ensino do IFMG (IFMG, 27 2013), a matrícula dos alunos nos cursos de graduação será feita por disciplina, com exceção para os alunos ingressantes no primeiro período, os quais serão matriculados, obrigatoriamen- te, em todas as disciplinas do período. Para cada disciplina/componente curricular são apresentados o seu Código, Nome Completo, Carga Horária Teórica (CHT), Carga Horária Prática (CHP), Carga Horária Total (CH Total) e Pré-requisitos/Correquisitos, quando houver. Além das disciplinas e componentes curriculares constantes na Matriz Curricular, em confor- midade com a Lei 10.861/2004 (BRASIL, 2004b), que institui o Sistema Nacional de Avalia- ção do Ensino Superior, o aluno deverá, obrigatoriamente, realizar o Exame Nacional de De- sempenho dos Estudantes (ENADE) se atender, durante a sua formação, aos requisitos que o classificam como apto de acordo com os ciclos avaliativos, regidos por portaria específica, publicada, anualmente, pelo Ministério da Educação. 1º Período Código Disciplina CHT1 CHP2 CH Total Pré-requisitos Algoritmos e Estruturas de Dados I 40 40 80 - Cálculo I 80 - 80 - Fundamentos da Computação 40 - 40 - Fundamentos Matemáticos 60 - 60 - Geometria Analítica e Álgebra Linear 80 - 80 - Inglês I 40 - 40 - Lógica 40 - 40 - Relações Interpessoais 40 - 40 - Total 420 40 460 1 Carga Horária Teórica 2 Carga Horária Prática 28 2º Período Código Disciplina CHT CHP CH Total Pré-requisitos Algoritmos e Estruturas de Dados II 40 40 80 Algoritmos e Estruturas de Dados I Cálculo II 60 - 60 Cálculo I Física I 80 - 80 Cálculo I Inglês II 40 - 40 Inglês I Laboratório de Física I - 40 40 - Leitura e Produção de Textos 40 - 40 - Matemática Discreta 60 - 60 - Metodologia do Trabalho Científico 20 20 40 - Total 340 100 440 3º Período Código Disciplina CHT CHP CH Total Pré-requisitos Análise e Projeto de Sistemas 40 40 80 - Cálculo III 80 - 80 Cálculo II Física II 80 - 80 Física I Laboratório de Física II - 40 40 - Organização de Computadores 40 - 40 Fundamentos daComputação Programação Orientada a Objetos 40 40 80 Algoritmos e Estruturas de Dados I Projeto e Análise Algoritmos 40 40 80 Algoritmos e Estruturas de Dados II Total 320 160 480 29 4º Período Código Disciplina CHT CHP CH Total Pré-requisitos Cálculo Numérico 40 40 80 Algoritmos e Estruturas de Dados I, Cálculo I Estatística 80 - 80 Cálculo I Física III 80 - 80 Física I Laboratório de Física III - 40 40 - Laboratório de Química - 40 40 - Química Geral 60 - 60 - Técnicas de Programação 40 40 80 Projeto e Análisede Algoritmos Total 300 160 460 5º Período Código Disciplina CHT CHP CH Total Pré-requisitos Banco de Dados I 20 60 80 - Desenho Técnico - 80 80 - Eletrônica Analógica e de Potência 80 - 80 Física III Eletrotécnica 60 - 60 Física III Resistência dos Materiais 60 - 60 Geometria Analítica e Álgebra Linear, Física I Total 220 140 360 30 6º Período Código Disciplina CHT CHP CH Total Pré-requisitos Banco de Dados II 20 60 80 Banco de DadosI Fenômenos de Transportes 80 - 80 Cálculo I, FísicaII Gerência de Projetos 40 40 80 Análise e Projeto de Sistemas Sistemas Digitais I 60 20 80 Eletrônica Analógica e de Potência Sistemas Operacionais 80 - 80 - Total 280 120 400 7º Período Código Disciplina CHT CHP CH Total Pré-requisitos Arquitetura de Computadores 60 20 80 Organização de Computadores, Sistemas Digitais I Linguagens Formais e Autômatos 60 - 60 Lógica, Matemática Discreta Paradigmas de Programação 40 40 80 - Redes de Computadores 60 20 80 - Sistemas Digitais II 60 20 80 SistemasDigitais I Sistemas Embarcados 40 - 40 Lógica, Organização de Computadores Total 320 100 420 31 8º Período Código Disciplina CHT CHP CH Total Pré-requisitos Compiladores 20 40 60 Linguagens Formais e Autômatos Fundamentos de Administração e Empreendedorismo 60 - 60 - Instalações Elétricas 40 20 60 Física III Inteligência Artificial 40 20 60 Algoritmos e Estruturas de Dados I Interface Homem-Máquina 20 20 40 - Microcontroladores 40 4080 Algoritmos e Estruturas de Dados I, Sistemas Digitais I, Sistemas Embarcados Total 220 140 360 9º Período Código Disciplina CHT CHP CH Total Pré-requisitos Automação e Controle 40 40 80 Eletrônica Analógica e de Potência Informática e Sociedade 40 - 40 - Orientação TCC 40 - 40 Metodologia do Trabalho Científico Programação Paralela e Distribuída 40 40 80 Algoritmos e Estruturas de Dados II, Sistemas Operacionais Sistemas de Informação 40 - 40 - Tópicos Especiais em Engenharia de Computação 20 20 40 - Total 220 100 320 32 Embora o curso possua duração de 10 períodos semestrais, a matriz não inclui oferta de disciplinas obrigatórias no 10° período do Curso, para viabilizar a conclusão dos componentes discriminados no campo Prática Profissional e Integração Curricular, do núcleo de conteúdos específicos (Tabela 1), com as respectivas cargas horárias listadas a seguir, bem como a integralização da carga horária de disciplinas optativas que eventualmente seja necessária. Destaca-se ainda que os componentes curriculares podem ser concluídos antes do 10° período, a qualquer momento, com exceção do Trabalho de Conclusão de Curso, que deve ser desenvolvido após a conclusão da disciplina “Orientação de TCC”, e o Estágio Curricular Obrigatório, que deve observar as determinações do Apêndice B. Matriz Curricular da Engenharia de Computação – Outros Componentes Curriculares Outros Componentes Curriculares CH Total Atividades Práticas e Complementares 120 Carga Horária Disciplinas Optativas 240 Estágio Supervisionado 160 Trabalho de Conclusão do Curso 120 Total 640 Além das disciplinas obrigatórias, o discente poderá complementar sua formação com a realização de disciplinas optativas (quadro a seguir), com especial destaque à oferta de LIBRAS, atendendo a legislação vigente. O estudante deverá cumprir quantas disciplinas optativas forem necessárias para concluir a carga horária mínima de 240 horas, com aprovação. Disciplinas Optativas Código Disciplina CHT CHP CH Total Pré-requisitos Administração de Sistemas Operacionais 20 60 80 SistemasOperacionais Análise de Desempenho 20 20 40 - Cabeamento Estruturado 40 40 80 Redes deComputadores 33 Código Disciplina CHT CHP CH Total Pré-requisitos Computação Gráfica 40 40 80 Algoritmos e Estruturas de Dados I, Geometria Analítica e Álgebra Linear Criptografia 40 40 80 SegurançaComputacional Direito e Legislação 40 - 40 - Governança de Tecnologia da Informação 80 - 80 - LIBRAS 40 - 40 - Mineração Dados 20 60 80 Banco de DadosI Modelagem e Simulação 40 40 80 - Novas Tecnologias Aplicadas a Educação 40 - 40 - Padrões de Projeto 20 20 40 Programação Orientada a Objetos Pesquisa Operacional 40 40 80 Algoritmos e Estruturas de Dados I, Cálculo II Processamento Digital de Imagens 60 20 80 Algoritmos e Estruturas de Dados II Processamento Digital de Sinais 20 20 40 Algoritmos e Estruturas de Dados II, Cálculo II Programação de Dispositivos Móveis 20 60 80 Programação Orientada a Objetos, Banco de Dados I Programação Orientada a Eventos 20 60 80 Algoritmos e Estruturas de Dados I, Banco de Dados I Programação Web 20 60 80 Programação Orientada a Objetos, Banco de Dados I Qualidade de Software 40 - 40 - Realidade Virtual 40 40 80 Algoritmos e Estruturas de Dados I, Computação Gráfica 34 Código Disciplina CHT CHP CH Total Pré-requisitos Robótica 40 40 80 Fundamentos Matemáticos, Geometria Analítica e Álgebra Linear, Eletrônica Analógica e de Potência Segurança Computacional 40 40 80 Sistemas Operacionais, Redes de Computadores Sistemas Informações Geográficas 40 40 80 - Tópicos em Inteligência Artificial 40 40 80 InteligênciaArtificial A seguir, uma síntese da estrutura curricular proposta. Carga Horária Final Carga Horária de Disciplinas Obrigatórias 3.700 Carga Horária de Disciplinas Optativas 240 Estágio Supervisionado 160 Trabalho de Conclusão de Curso 120 Atividades Práticas e Complementares 120 Carga Horária Total 4.340 4.2.4 Ementário O ementário das disciplinas oferecidas compõem a estrutura curricular do Curso de Graduação em Engenharia de Computação com a carga horária (prática, teórica e total), natureza (obrigatória ou optativa), objetivos (geral e específicos), pré-requisitos, ementa, e a bibliografia (básica e complementar). A bibliografia apresentada, embora atualizada, tem o propósito de servir como referência, devendo ser atualizada periodicamente sugerida pelo professor da disciplina, aprovada pelo NDE, em seguida aprovada pelo colegiado. A bibliografia indicada poderá ser complementada por meio de artigos científicos de periódicos e anais de congressos, bem como de web sites da internet e livros digitais. A disciplina LIBRAS é uma disciplina optativa conforme determinação do Decreto n° 35 5.626/2005 (BRASIL, 2005a). A temática da História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena, prevista na Lei n° 11.645 de 10 de março de 2008 (BRASIL, 2008a), e na Resolução CNE/CP n° 1, de 17 de junho de 2004 (MEC, 2004b), bem como educação em Direitos Humanos, regulamentada no Decreto nº 7.037, de 21 de dezembro de 2009 (BRASIL, 2009) e na Resolução nº 1 de 30 de maio de 2012 (MEC, 2012b) está inclusa nas disciplinas de “Direito e Legislação” e “Informática e Sociedade” e perpassam, sempre que possível, as propostas curriculares envolvendo disciplinas como “Leitura e Produção de Textos”, “Fundamentos de Administração e Empreendedorismo” e as atividades de pesquisa e extensão. São exemplos, o Projeto Rondon e os programas Instituto Solidário e Mulheres Mil. Eventos periodicamente realizados no Câmpus como a “Semana da Consciência Negra”. Encontra-se aprovado e em execução o projeto de extensão “Capoeira Alternativa”. A Capoeira é uma herança cultural da presença negra no desenvolvimento da história do Brasil, além de ser uma atividade de grande interesse dos estudantes do IFMG – Câmpus Bambuí. Este projeto é relevante para a instituição como elemento aglutinador entre esporte, cultura e aprendizagem ao abordar o tema em questão. O Câmpus realiza a "Semana de Consciência Negra", anualmente, no mês de novembro, quando, por meio de palestras, debates, mostras culturais, minicursos e oficinas, apresenta e discute, junto à comunidade acadêmica e visitantes, a temática da cultura Afro-Brasileira com participação direta ou indireta da coordenação de cada curso e das direções Geral e de Ensino. O evento conta, sempre que possível, com personalidades relevantes no âmbito da questão, promovendo a discussão, a capacitação e, principalmente, a conscientização dos estudante so- bre a questão Afro-Brasileira. A educação ambiental é abordada na disciplina “Fenômenos de Transportes” e, sempre que possível nas demais disciplinas do curso de modo transversal, conforme Lei nº 9.795, de 27 de abril de 1999 (BRASIL, 1999) e Decreto nº 4.281, de 25 de junho de 2002 (BRASIL, 2002a). O conteúdo referente ao “Desenho Universal” será abordado nas disciplinas “Desenho Técnico” e “Interface Homem-máquina”, conforme Decreto nº 5.296 de 02 de dezembro de 2004 (BRASIL, 2004a). 36 A seguir é apresentado o ementário detalhado do Curso. Cabe destacar que as disciplinas de Tópicos Especiais em Engenharia de Computação e Tópicos em Inteligência Artificial possuem ementa e bibliografia variáveis, que deverão ser aprovadas pelo Colegiado de Curso no período letivo anterior a cada oferta. 37 1º Período Núcleo: Conteúdos Básicos Natureza: Obrigatória Pré-requisitos:- Disciplina: Algoritmos e Estruturas de Dados I Código: Carga Horária: Teórica: 40 + Prática: 40 / TOTAL: 80h Ementa: Conceitos Básicos: Algoritmos; Entrada e Saída de Dados; Noções básicas de complexidade. Representação de Algoritmos. Estruturas de controle de fluxo. Linguagens de Programação: Sintaxe; Compilação/Interpretação; Tipos de Dados; Variáveis; Tipos de dados compostos homogêneos. Modularização. Escopo. Recursividade. Algoritmos de Pesquisa. Algoritmos de Ordenação. Registros. Arquivos. Objetivos Geral e Específicos: Apresentar os conceitos básicos do desenvolvimento de algoritmos, suas formas de representação e a lógica básica de programação. Desenvolver a percepção e a abstração dos problemas de forma estruturada, compreendendo os estágios da transformação dos dados em informação (entrada, processamento e saída). Compreender as estruturas de controle de fluxo de linguagens de programação na resolução de problemas. Utilizar tipos de dados básicos para representação do problema. Bibliografia Básica: FARRER, H.; et al. Programação estruturada de computadores: algoritmos estruturados. Ed. 3. Belo Horizonte: LTC Editora, 1999. FRBELLONE, A. V.; EBERSPACHER, H. F. Lógica de programação: a construção de algoritmos e estruturas de dados. Ed. 3. São Paulo: Prentice Hall, 2005. ZIVIANI, N. Projeto de algoritmos com implementações em Java e C++. Cengage Learning, 2006. Bibliografia Complementar: ARAÚJO, E. C. Algoritmos – Fundamento e Prática. Ed.3 VisualBooks, 2007. BORATTI, I. C.; OLIVEIRA, A. B. Introdução à Programação Algoritmos. Ed. 3. VisualBooks, 2007. HEINEMAN, G. T.; POLLICE, G.; SELKOW, S. Algoritmos – O Guia Essencial. Ed. 2. AltaBooks, 2009 MANZANO, J. A. N. G.; OLIVEIRA, J. F. Algoritmos: lógica para desenvolvimento de programação de computadores. 15 ed. São Paulo, SP: Érica, 2004. ZIVIANI, N. Projeto de algoritmos com implementações em pascal e C. Ed. 2. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2004. 38 1º Período Núcleo: Conteúdos Básicos Natureza: Obrigatória Pré-requisitos: - Disciplina: Cálculo I Código: Carga Horária: Teórica: 80 + Prática: – / TOTAL: 80h Ementa: Funções e gráficos de funções. Limites: definição, propriedades e métodos de resolução. Continuidade de funções em um número e em um intervalo. Derivadas: regras de derivação, derivação implícita, derivadas de ordem superior, taxas relacionadas, valores extremos das funções, concavidade, assíntotas e esboço de gráficos. Integrais: antiderivada, integral indefinida, regras de integração, técnicas de integração, integral definida e propriedades. Objetivos Geral e Específicos: Desenvolver a habilidade na compreensão de conceitos e o raciocínio lógico dedutivo e geométrico. Transmitir ao aluno conceitos básicos da teoria de Cálculo Diferencial e Integral. Bibliografia Básica: FLEMMING, D. M.; GONÇALVES, M. B. Cálculo A: Funções, limite, derivação e integração. 6. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2006. LEITHOLD, L. O Cálculo com Geometria Analítica. 3. ed. São Paulo: Harbra, 2002. vol. 1. STEWART, J. Cálculo. 2. ed. São Paulo: Cengage Learning, 2010. vol. 1. Bibliografia Complementar: ÁVILA, G. Cálculo das funções de uma variável, vol. 1, 7ª ed., Rio de Janeiro: LTC, 2003. GUIDORIZZI, H. L. Um curso de cálculo, vol.1. 5ª ed. Rio de Janeiro: LTC, 2011. HOFFMANN, L.D.; BRADLEY, G.L. Cálculo: um curso moderno e suas aplicações. 9ª ed., Rio de Janeiro: LTC, 2008. IEZZI, G. et al. Fundamentos de Matemática Elementar. Volumes 1. São Paulo: Ed. Atual, 2004. LARSON, R.; EDWARDS, B. H. Cálculo com aplicações. 6ª ed. Rio de Janeiro: LTC, 2005. 39 1º Período Núcleo: Conteúdos Básicos Natureza: Obrigatória Pré-requisitos: - Disciplina: Fundamentos da Computação Código: Carga Horária: Teórica: 40 + Prática: – / TOTAL: 40h Ementa: Introdução aos computadores e à informática; Componentes dos computadores; Representação de dados e sistemas de numeração; Conceitos de sistemas operacionais. Objetivos Geral e Específicos: Fornecer ao estudante conhecimento sobre os princípios básicos do computador, no que envolve sua história, evolução, operação e seus componentes. A disciplina deverá possibilitar ao estudante: ser capaz de entender os conceitos básicos de computadores e computação; saber o funcionamento interno dos computadores; converter números entre os sistemas de numeração; entender os princípios de sistemas operacionais. Bibliografia Básica: CAPRON, H. L; JOHNSON, J. A. Introdução à informática. 8. ed. São Paulo: Pearson, 2004. VASCONCELOS, Laércio. Manual de manutenção de PCs. 2. ed. São Paulo: Makron Books, 2002. Não paginado ISBN 8534614458. VELLOSO, F. C. Informática: conceitos básicos. 8. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2011. Bibliografia Complementar: SHIMIZU, Tamio. Introdução à ciência da computação. 2 ed. São Paulo: Atlas, 1988. 420 p. ISBN 8522402612. MARÇULA, M.; BENINI FILHO, P. A. Informática: Conceitos e Aplicações. ed. 3. São Paulo: Érica, 2005. FEDELI, Ricardo Daniel; POLLONI, Enrico Giulio Franco; PERES, Fernando Eduardo. Introdução à ciência da computação. 2. ed. São Paulo: Cengage Learning, 2010. 250 p. ISBN 9788522108459. GUIMARÃES, Angelo de Moura; LAGES, Newton Alberto de Castilho. Introdução à ciência da computação. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos, 1984. 165 p. ISBN 85-216-0372-X. VIEIRA, N. J. Introdução aos Fundamentos da Computação. São Paulo: Cengage Learning, 2006. 40 1º Período Núcleo: Conteúdos Básicos Natureza: Obrigatória Pré-requisitos: - Disciplina: Fundamentos Matemáticos Código: Carga Horária: Teórica: 60 + Prática: – / TOTAL: 60h Ementa: Funções: definição, domínio, imagem, gráficos. Tipos de funções: 1º grau, 2º grau, modular, exponencial, logarítmica, trigonométrica, polinomial, composta, inversa. Matrizes e Determinantes. Propriedades algébricas. Objetivos Geral e Específicos: Fornecer ao estudante ferramentas básicas para iniciação ao estudo do Cálculo Diferencial e Integral. Revisar e discutir os principais tópicos de matemática elementar do ensino médio, com a finalidade de nivelar os discentes que iniciam o curso, levando-se em conta que muitos destes possuem grandes deficiências no aprendizado da matemática fundamental adquirida no ensino médio. Bibliografia Básica: IEZZI, G. et al. Fundamentos de Matemática Elementar. Volume 1. São Paulo: Ed. Atual, 2004. IEZZI, G. et al. Fundamentos de Matemática Elementar. Volume 2. São Paulo: Ed. Atual, 2004. IEZZI, G. et al. Fundamentos de Matemática Elementar. Volume 3. São Paulo: Ed. Atual, 2004. Bibliografia Complementar: BOULOS. P. Pré-cálculo. São Paulo: MAKRON Books, 2001. DEMANA, F. et al. Pré-cálculo. São Paulo: Pearson, 2009. MEDEIROS, V. Z. Pré-cálculo. 2 ed. rev. atual. São Paulo: Cengage Learning, 2009. SAFIER, F. Pré-cálculo. 2 ed.Traduzido por Adonai Schlup Sant'Anna. Porto Alegre: Bookman, 2011. 412p. (Coleção Schaum) IEZZI, G. et al. Fundamentos de Matemática Elementar. Volumes 4-10. São Paulo: Ed. Atual, 2004. 41 1º Período Núcleo: Conteúdos Básicos Natureza: Obrigatória Pré-requisitos: - Disciplina: Geometria Analítica e Álgebra Linear Código: Carga Horária: Teórica: 80 + Prática: – / TOTAL: 80h Ementa: Equações analíticas de retas, planos, cônicas. Vetores: operações e base. Equações vetoriais de retas e planos. Equações paramétricas. Álgebra de matrizes e determinantes. Autovalores e autovetores. Sistemas lineares: resolução e escalonamento. Espaços vetoriais; subespaços; bases; dimensão; transformações lineares e representação matricial; autovalores e autovetores; produto interno; ortonormalização; diagonalização; formas quadráticas; aplicações. Objetivos Geral
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