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Títulos de crédito

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TÍTULOS DE CRÉDITO
TÍTULOS DE CRÉDITO
Pro Labore
Direito Empresarial 
Ivan Guimarães Pompeu 
TÍTULOS DE CRÉDITO
TÍTULOS DE CRÉDITO
TÍTULOS DE CRÉDITO
TÍTULOS DE CRÉDITO
TÍTULOS DE CRÉDITO
“Título de crédito é, antes de tudo, um documento. O
documento, no qual se materializa, se incorpora a
promessa da prestação futura a ser realizada pelo
devedor, em pagamento da prestação atual realizada
pelo credor.”
(João Eunápio Borges)
TÍTULOS DE CRÉDITO
“Título de crédito é o documento necessário para“Título de crédito é o documento necessário para
o exercício do direito, literal, autônomo, nele
mencionado.”
(Cesare Vivante)
TÍTULOS DE CRÉDITO
Princípios dos títulos de crédito: 
(i)Cartularidade;
(ii)Literalidade;
(iii) Formalismo;
(iv)Autonomia.
TÍTULOS DE CRÉDITO
Cartularidade
Cártula – documento representativo do título.
Origem – Latim – “Chartula” – papel pequeno, 
pedaço de papel
JURISPRUDÊNCIA - TJMG
Processo:1.0707.07.148733-4/001(1) TJMG APELAÇÃO - EMBARGOS À
EXECUÇÃO - PAGAMENTO DO DÉBITO - NOTA PROMISSÓRIA - PRINCÍPIO DA
CARTULARIDADE - COBRANÇA DE ENCARGOS ABUSIVOS - NÃO COMPROVAÇÃO.
A nota promissória, espécie de título de crédito, submete-se ao princípio daA nota promissória, espécie de título de crédito, submete-se ao princípio da
cartularidade, segundo o qual impõe ao credor a obrigação de exibir a
cambiariforme caso pretenda executar o título. Assim, a posse do título de
crédito faz emergir a presunção iuris tantum de existência ou não da
obrigação de pagar o valor nele mencionado. Logo, se a nota promissória
encontra-se na posse do credor, presume-se que o devedor não efetuou o
pagamento.
JURISPRUDÊNCIA - TJMG
Processo:2.0000.00.360552-3/000(1)TJMG Ementa:AÇÃO DE INDENIZAÇÃO - DUPLICATA NÃO
PAGA NO VENCIMENTO - PAGAMENTO ATRAVÉS DE DEPÓSITO EM CONTA CORRENTE DA
CREDORA - MEIO NÃO INDICADO PELA LEI - ENDOSSO - CIRCULAÇÃO DA DUPLICATA - CARÁTER
DE CARTULARIDADE DOS TÍTULOS DE CRÉDITO - INEXISTÊNCIA DE COMUNICAÇÃO DA
QUITAÇÃO DA ENDOSSANTE À ENDOSSATÁRIA - AUSÊNCIA DE CULPA DA PORTADORA DO
TÍTULO - PROTESTO LEGÍTIMO - INDENIZAÇÃO INDEVIDA. Devido ao princípio da cartularidade,
"não há direito sem o título, sem a cártula", e o titular do direito cambiário somente poderá
exigir a prestação mediante a apresentação do título que incorpora o direito. Sendo a duplicata
paga através de depósito em conta corrente da credora, sem o devedor fazer menção a qual
título se referia aquele pagamento, conclui-se que não era dado à credora adivinhar a
finalidade do depósito, razão pela qual o protesto não havia como ser impedido.
JURISPRUDÊNCIA - TJMG
Processo:1.0471.04.034073-2/002(1) TJMG Ementa:PROCESSUAL CIVIL - EXECUÇÃO
- CÓPIA AUTENTICADA DE CHEQUE - PRINCÍPIO DA CARTULARIDADE -
IMPUGNAÇÃO AOS EMBARGOS - PROVA. Pelo princípio da cartularidade, o credor
do título de crédito deve provar que se encontra na posse do documento para
exercer o direito nele mencionado. Sabe-se que o princípio da cartularidade admiteexercer o direito nele mencionado. Sabe-se que o princípio da cartularidade admite
exceções, e uma delas é de estar o título juntado em autos de inquérito judicial,
onde se apura eventual crime de estelionato praticado pelo emitente do título.
Precedente do STJ. Alegado o vício na peça inaugural dos embargos do devedor, cabe
ao embargado, em sede de impugnação, sanar o vício ou, pelo menos, provar a
impossibilidade de fazê-lo.
JURISPRUDÊNCIA – TJMG
LITERALIDADE
Número do processo:1.0071.01.001105-5/001(1) EMBARGOS À EXECUÇÃO - PRELIMINAR
DE VIOLAÇÃO À IDENTIDADE FÍSICA DO JUIZ - PROMOÇÃO DO MAGISTRADO - HIPÓTESE
PREVISTA PELO ART. 132 DO CPC - PRELIMINAR AFASTADA - CHEQUE - TÍTULO DE
CRÉDITO - ATRIBUTO DA LITERALIDADE - AUSÊNCIA DE PROVAS CAPAZES DE ILIDIR AS
INFORMAÇÕES CONSTANTES NA CÁRTULA - DISTRIBUIÇÃO DO ÔNUS SUCUMBENCIAL.INFORMAÇÕES CONSTANTES NA CÁRTULA - DISTRIBUIÇÃO DO ÔNUS SUCUMBENCIAL.
- O juiz, titular ou substituto, que concluir a audiência, julgará a lide, salvo se estiver convocado,
licenciado, afastado por qualquer motivo, promovido ou aposentado, casos em que passará os
autos ao seu sucessor. O ATRIBUTO DA LITERALIDADE PRECONIZA A VALIDADE DO QUE
ESTÁ ESCRITO NA CÁRTULA, REPUTANDO-SE SEM VALOR O CONTEÚDO DE
DOCUMENTOS APARTADOS OU MERAS ALEGAÇÕES.
JURISPRUDÊNCIA - TJMG
PROCESSO CIVIL - EXECUÇÃO BASEADA EM NOTA PROMISSÓRIA - EMBARGOS -
ALEGAÇÃO DE PAGAMENTO PARCIAL DO TÍTULO E DE ABUSIVIDADE DOS JUROS -
PROVA TESTEMUNHAL - DESNECESSIDADE - CARÁTER LITERAL DOS TÍTULOS DE
CRÉDITOS - AUSÊNCIA DE PROVA DA QUITAÇÃO DA DÍVIDA - 1 - Por gozarem os títulos de
crédito de literalidade, eventual quitação destes, no caso, da nota promissória, devecrédito de literalidade, eventual quitação destes, no caso, da nota promissória, deve
necessariamente constar no próprio contexto da cártula. Outrossim, qualquer questão
relacionada a sua cobrança indevida deve ser demonstrada por meio documental. Sob esse
prisma, pois, descabida a produção de prova testemunhal para comprovar a quitação de parte da
dívida ou a cobrança abusiva de juros. 2 - Assim, ausente a quitação da dívida, conforme,
inclusive, reconhecido pelas instâncias ordinárias, até mesmo porque inexistente qualquer início
de prova por escrito, e sendo descabida a produção de prova testemunhal dada a literalidade
dos título executado, perfeitamente cabível o julgamento antecipado da lide com a extinção do
processo. (STJ, REsp 707460 / MS , Ministro JORGE SCARTEZZINI, Quarta Turma)
FORMALISMO
“O título de crédito deve atender aos
requisitos impostos pela lei que o rege,
dele constando todos os elementos
essenciais à sua validade nos termos da
lei. Daí ser dito que o título de crédito é
formal” (COSTA, 2007, p. 68)
TÍTULOS DE CRÉDITO
Autonomia
•AUTONOMIA DAS OBRIGAÇÕES;•AUTONOMIA DAS OBRIGAÇÕES;
•AUTONOMIA DO DIREITO;
TÍTULOS DE CRÉDITO
Autonomia das Obrigações
Art. 07 da LUG (Decreto Lei nº 57.663/66)– Se a letra
contém assinaturas de pessoas incapazes de se obrigarem
por letras, assinaturas falsas, assinaturas de pessoaspor letras, assinaturas falsas, assinaturas de pessoas
fictícias, ou assinaturas que por qualquer outra razão não
poderiam obrigar as pessoas que assinaram a letra, ou em
nome das quais ela foi assinada, as obrigações dos outros
signatários nem por isso deixam de ser válidas.
JURISPRUDÊNCIA
Número do processo:2.0000.00.394199-1/000(1) - Ação de anulação de título de
crédito. Alegação de prática de agiotagem. Não comprovação. Falsidade da
assinatura de um dos obrigados. Assinatura autêntica do avalista. Validade da
obrigação contraída por um dos emitentes ou pelo avalista. Princípio da Autonomia
das obrigações cambiárias. - Alegando os autores a prática de agiotagem pelo réu,
cabe aos mesmos produzirem prova neste sentido, nos termos do artigo 333 do CPC.
- A falsidade da assinatura do emitente não torna nula a obrigação do avalista,
pois em face do princípio da autonomia das obrigações cambiárias, as
obrigações lançadas no título de crédito são autônomas e independentes entre
si.
JURISPRUDÊNCIA
“Pelo princípio da autonomia, tem-se que as diversas obrigações representadas no
título de crédito, no caso, nas notas promissórias, são independentes e autônomas
entre si. Assim, a declaração de nulidade de uma das obrigações não atinge as demais
contraídas no título de crédito, através do lançamento das assinaturas dos obrigados.contraídas no título de crédito, através do lançamento das assinaturas dos obrigados.
Logo, mesmo que a obrigação do devedor principal seja nula, a obrigação do avalista
não sofre nenhum prejuízo, pois é autônoma e independente. O simples lançamento
de assinatura no título de crédito eqüivale a uma obrigação assumida,
independentementeda validade das outras.”
JURISPRUDÊNCIA
“"APELAÇÃO - EMBARGOS DO DEVEDOR - TÍTULOS DE CRÉDITO - NOTA PROMISSÓRIA - AVAL -
LEGITIMIDADE PASSIVA - PENHORABILIDADE DE BENS DE SÓCIO - RECURSO ADESIVO - PARTE
VENCEDORA - FALTA DE INTERESSE DE AGIR. (...) - Aquele que assina no verso da nota
promissória, se não está endossando, está avalizando. Apresentando o título de crédito todos os
requisitos legais, torna-se líquido, certo e exigível, e, portanto, eficaz. - O aval é ato
substancialmente autônomo e independente da obrigação garantida. O avalista não precisa ser,
necessariamente, um terceiro, estranho ao meio cambial: pode avalizar qualquer dos
coobrigados, um endossador, o sacador, o próprio aceitante da letra ou emitente da nota
promissória. (...)"(TAMG - Apelação: 0366702-7 - Órgão Julgador: Terceira Câmara Cível - Relator:
Mauro Soares de Freitas - Data da Julgamento: 21/08/2002 )
JURISPRUDÊNCIA
EMBARGOS À EXECUÇÃO - CERCEAMENTO DE DEFESA - NÃO-OCORRÊNCIA - CÉDULA DE CRÉDITO
RURAL - TÍTULO EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL - EXECUÇÃO CONTRA AVALISTA - POSSIBILIDADE. A
cédula rural pignoratícia, que embasa a presente demanda, constitui título executivo extrajudicial,
tendo em vista que o art. 10 do Decreto-lei 167/67 dispõe que a cédula de crédito rural é título civil,
líquido, certo e exigível pela soma dela constante ou do endosso, além dos juros, da comissão de
fiscalização, se houver, e demais despesas que o credor fizer para segurança, regularidade e
realização de seu direito creditório. O vínculo decorrente do aval, no âmbito do direito cambiário,
traduz a idéia de solidariedade, abstração e autonomia, não havendo como se afastar a
responsabilidade do apelante, na qualidade de avalista da cédula de crédito rural exeqüenda,
pela satisfação da obrigação representada pelo título, face ao inadimplemento do devedor
principal. (TJMG - Apelação: 1.0091.05.004475-8/002(1) )
TÍTULOS DE CRÉDITO
Autonomia do Direito
Inoponibilidade das Exceções ao 
terceiro de boa-fé
Art. 17 da LUG (Decreto Lei nº 57.663/66) - "As pessoas
acionadas em virtude uma letra não podem opor ao portador as
exceções fundadas sobre as relações pessoais delas com o
sacador ou com os portadores anteriores, a menos que o portador
ao adquirir a letra tenha procedido conscientemente em
detrimento do devedor".
TÍTULOS DE CRÉDITO
Inoponibilidade das Exceções ao 
terceiro de boa-fé
Art. 25 da Lei do Cheque (Lei nº 7.357/85) - “Quem forArt. 25 da Lei do Cheque (Lei nº 7.357/85) - “Quem for
demandado por obrigação resultante de cheque não
pode opor ao portador exceções fundadas em relações
pessoais com o emitente, ou com os portadores
anteriores, salvo se o portador o adquiriu
conscientemente em detrimento do devedor".
TÍTULOS DE CRÉDITO
Inoponibilidade das Exceções ao 
terceiro de boa-fé
Art. 916 do Código Civil - “As exceções,
fundadas em relação do devedor com osfundadas em relação do devedor com os
portadores precedentes, somente poderão ser
por ele opostas ao portador, se este, ao adquirir o
título, tiver agido de má-fé. "
TÍTULOS DE CRÉDITO
Inoponibilidade das Exceções ao 
terceiro de boa-fé
EMBARGOS À EXECUÇÃO - AÇÃO DE ANULAÇÃO DE TÍTULOS DE
CRÉDITO CONEXA - CHEQUES - ENDOSSO EM BRANCO - LEGALIDADE -
LEGTIMIDADE ATIVA DO ENDOSSATÁRIO PARA EXERCÍCIO DA COBRANÇALEGTIMIDADE ATIVA DO ENDOSSATÁRIO PARA EXERCÍCIO DA COBRANÇA
- EXCEÇÕES PESSOAIS - INOPONIBILIDADE- EMBARGOS JULGADOS
IMPROCEDENTES - ANULATÓRIA EXTINTA - RECURSO DESPROVIDO. É
defeso ao emitente do cheque opor ao seu portador exceções fundadas em
relações pessoais com o endossante, salvo se demonstrada a má-fé do
terceiro. Admitir a existência de litisconsórcio unitário entre sacador e
endossatário/portador seria tornar inócua a garantia de inoponibilidade ao
endossatário das exceções pessoais do sacado contra o sacador.
TÍTULOS DE CRÉDITO
Inoponibilidade das Exceções ao 
terceiro de boa-fé
EMBARGOS À EXECUÇÃO - NOTA PROMISSÓRIA - - PORTADOR DO TÍTULO - ENDOSSO -
CAUSA DEBENDI - TERCEIRO DE BOA-FÉ - INOPONIBILIDADE DE EXCEÇÕES PESSOAIS. Se
houve a transferência de título operada via endosso, e tendo a parte recebido a cártulahouve a transferência de título operada via endosso, e tendo a parte recebido a cártula
por esse meio e estando com sua posse, encontra-se imbuído de legitimidade para
figurar no pólo ativo da ação de execução. É defeso ao emitente de título opor ao seu
portador exceções fundadas em relações pessoais com o endossante, salvo se
demonstrada a má-fé do terceiro. Desde que a cártula esteja formalmente perfeita, ou
seja, presentes os requisitos da liquidez, certeza e exigibilidade, não há que se inquirir
acerca da causa de sua existência. (TJMG - 1.0480.03.040630-4/001(1)
TÍTULOS DE CRÉDITO
Autonomia do Direito
Abstração
“Nas obrigações cambiais, a causa que lhes deu origem não
constitui meio de defesa. Neste ponto se diferenciam os
títulos de crédito abstratos dos causais. Nestes, a suatítulos de crédito abstratos dos causais. Nestes, a sua
eficácia é nenhuma se o negócio jurídico subjacente
inexistir ou for ilícito. Naqueles, esses mesmos vícios não
impedem que a obrigação cartular produza seus efeitos”
(RESP n. 162.032/RS, 3 Turma, j. 26.10.1999)
JURISPRUDÊNCIA
Abstração 
EMBARGOS À EXECUÇÃO - CHEQUE - PRESCRIÇÃO - NEGÓCIO SUBJACENTE -
VINCULAÇÃO - INEXISTÊNCIA - CDC - INAPLICABILIDADE. O artigo 59, caput, da
Lei nº 7.357/85, fixa o prazo de prescrição do cheque, em seis meses, contados
da expiração do lapso temporal para a apresentação. Referido título de créditoda expiração do lapso temporal para a apresentação. Referido título de crédito
é autônomo, abstrato e literal, não possuindo vínculo com o negócio jurídico
subjacente. A norma consumerista somente tem aplicação quando o
contratante puder ser caracterizado como destinatário final. (TJMG, Processo nº
1.0647.06.069987-1/002(1) )
JURISPRUDÊNCIA
Abstração 
PROCESSUAL CIVIL - APELAÇÃO - AÇÃO MONITÓRIA - CHEQUE PRESCRITO - CABIMENTO -
IRRELEVÂNCIA DA RELAÇÃO DE ORIGEM - MANUTENÇÃO DA SENTENÇA- RECURSO NÃO
PROVIDO. -Não há que se falar em cerceamento de defesa em função de julgamento
antecipado da lide, para comprovação da origem dos títulos. -É dispensável a juntada deantecipado da lide, para comprovação da origem dos títulos. -É dispensável a juntada de
nota fiscal para comprovar origem dos cheques emitidos, sendo que tais títulos
desvinculam-se da obrigação originária e em função do princípio da autonomia. -O
cheque prescrito constitui prova escrita apta a autorizar o ajuizamento de ação
monitória de acordo com a Súmula 299 do STJ. -Recurso conhecido e não provido.
(TJMG, Processo nº 1.0301.05.018337-7/002(1))
JURISPRUDÊNCIA
Abstração 
Número do processo:1.0701.04.069853-5/001(1) Ementa:AÇÃO ANULATÓRIA DE
TÍTULO DE CRÉDITO - PRETENSÃO DE DISCUTIR A ORIGEM DA DÍVIDA -
IMPOSSIBILIDADE - PRINCÍPIO DA ABSTRAÇÃO - ALEGAÇÃO DE DESCUMPRIMENTO
CONTRATUAL - INOPONIBILIDADE DE EXCEÇÕES AO ADQUIRENTE DE BOA-FÉ -
NÃO CARACTERIZAÇÃO DE LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ - AUSÊNCIA DE DOLO. 1. Pelo
princípio da autonomia cartular, quem de boa-fé adquirir título de outrem, ainda que
transferido por possuidor ilegítimo, terá direito autônomo. Logo, contra ele não poderão ser
opostas, as exceções que o emitente tinha contra o credor originário do título. 2. O próprio
título é suficiente para que o beneficiário se valha dos direitos nele contidos. 3. Não há que
se inquirir da origem do título de crédito com o terceiro adquirente já que, pelo princípio da
abstração, quando o título é posto em circulação, o que in casu se verificou, se desvincula
da relação que lhe deu origem.
TÍTULOS DE CRÉDITO
Classificação
1) Quanto à circulação:
1.1 – Títulos ao portador
1.2 – Títulos à ordem
1.3 – TítulosNominativos
Título ao Portador:
(i) Letra de Câmbio:
Art. 1 – A letra contém: (...) 6 – o nome da pessoa a quem ou à ordem de quem
deve ser paga
Art. 2 – O escrito em que faltar algum dos requisitos indicados no artigo anterior
não produzirá efeito como letra
(ii) Nota Promissória:
Art. 75 – A nota promissória contém: (...) 5 – o nome da pessoa a quem ou àArt. 75 – A nota promissória contém: (...) 5 – o nome da pessoa a quem ou à
ordem de quem deve ser paga
Art. 76 – O título em que faltar algum dos requisitos indicados no artigo anterior
não produzirá efeito como nota promissória
(III) Duplicata:
Art. 2 da Lei 5.474/68 – (...) §1 – A duplicata conterá: (…) IV – o nome e domicílo
do vendedor e do comprador.
TÍTULOS DE CRÉDITO
Classificação
Título ao Portador:
CHEQUE:
Lei 7.357/85 – art. 8 – Pode-se estipular no cheque que seu pagamento
seja feito:seja feito:
III – ao portador.
parágrafo único – Vale como cheque ao portador o que não contém
indicação do beneficiário e o emitido em favor de pessoa nomeada com a
cláusula “ou ao portador”, ou expressão equivalente.
TÍTULOS DE CRÉDITO
Classificação
Título ao Portador:
CHEQUE:
Lei 9.069/95 – art. 69:Lei 9.069/95 – art. 69:
Art. 69. A partir de 1º de julho de 1994, fica vedada a
emissão, pagamento e compensação de cheque de valor
superior a R$ 100,00 (cem REAIS), sem identificação do
beneficiário.
TÍTULOS DE CRÉDITO
Classificação
TÍTULO À ORDEM
“(...) o título pode conter a indicação da pessoa a“(...) o título pode conter a indicação da pessoa a
quem se deve efetuar o pagamento, ou à sua ordem.
Paga-se um beneficiário que está indicado no título,
ou a quem este ordenar que se faça.”(RIZZARDO,
2009, p. 40)
TÍTULOS DE CRÉDITO
Classificação
TÍTULO À ORDEM
Art. 11 da LUG (Decreto Lei n 57.663/66) – Toda letra de câmbio, mesmo
que não envolva expressamente a cláusula à ordem, é transmissível viaque não envolva expressamente a cláusula à ordem, é transmissível via
endosso.
Art. 77 – São aplicáveis às notas promissórias, na parte em que não sejam
contrárias à natureza deste título, as disposições relativas às letras e
concernentes: endosso (artigos 11 a 20)
TÍTULOS DE CRÉDITO
Classificação
TÍTULO À ORDEM
Lei n7.357/85 (Lei do Cheque) – Art. 17 O cheque pagável aLei n7.357/85 (Lei do Cheque) – Art. 17 O cheque pagável a
pessoa nomeada, com ou sem cláusula expressa “à ordem”, é
transmissível por via do endosso.
Lei n 5.474/68 – Art. 2 §1 – A duplicata conterá: (…) VII – a
cláusula à ordem
TÍTULOS DE CRÉDITO
Classificação
CLÁUSULA NÃO À ORDEM
LUG (Decreto Lei n 57.663/66) - Art. 11. Toda letra de câmbio, mesmo que não envolva
expressamente a cláusula à ordem, é transmissível por via de endosso.
Quando o sacador tiver inserido na letra as palavras "não à ordem", ou uma expressão
equivalente, a letra só é transmissível pela forma e com os efeitos de uma cessão ordinária
de créditos.
Lei n7.357/85 (Lei do Cheque) – Art . 17 O cheque pagável a pessoa nomeada, com ou sem
cláusula expressa ‘’ à ordem’’, é transmissível por via de endosso.
§ 1º O cheque pagável a pessoa nomeada, com a cláusula ‘’não à ordem’’, ou outra
equivalente, só é transmissível pela forma e com os efeitos de cessão
TÍTULOS DE CRÉDITO
Classificação
TÍTULO PURAMENTE NOMINATIVO
Art. 921 do Código Civil – É título nominativo
o emitido em favor de pessoa cujo nome
conste no registro do emitente
TÍTULOS DE CRÉDITO
Classificação
TÍTULO À ORDEM X TÍTULO PURAMENTE NOMINATIVO
“A cláusula à ordem, como foi dito, vem sempre ao lado do nome do
beneficiário, o que justamente faz com que sejam confundidos os títulosbeneficiário, o que justamente faz com que sejam confundidos os títulos
à ordem com os puramente nominativos; mas se diferenciam as duas
modalidades pelo fato de, nos títulos puramente nominativos, ser quase
sempre necessário constar sua emissão do registro do emitente,
enquanto que nos títulos à ordem não há esse registro.” (MARTINS, 2008,
p. 16/17)
TÍTULOS DE CRÉDITO
Classificação
1) Quanto a natureza:
1.1 – Abstrato
1.2 – Causal
TÍTULOS DE CRÉDITO
NORMAS APLICÁVEIS
Letra de Câmbio e Nota Promissória:
(i) Decreto 2.044/1908;(i) Decreto 2.044/1908;
(ii) Lei Uniforme de Genebra (LUG) – incorporada no direito
brasileiro através do Decreto Lei 57.663/1966 – Anexo I
(iii) Reservas da LUG – Anexo II
TÍTULOS DE CRÉDITO
NORMAS APLICÁVEIS
As reservas adotadas pelo Brasil
Arts. 2,3,5,6,7,9,10,13, 15, 16, 17, 19 e 20 do
Anexo II
TÍTULOS DE CRÉDITO
NORMAS APLICÁVEIS
TÍTULOS DE CRÉDITO
NORMAS APLICÁVEIS
Cheque:
(i) Lei 7.357/1985
Duplicata:
(i) Lei 5.474/ 1968
TÍTULOS DE CRÉDITO
NORMAS APLICÁVEIS
Código Civil – Regramento Geral – Aplicável subsidiariamente
nos títulos em que há norma especial.nos títulos em que há norma especial.
Art. 903. Salvo disposição diversa em lei especial, regem-se os
títulos de crédito pelo disposto neste Código.
TÍTULOS DE CRÉDITO
DECLARAÇÃO CAMBIAL
• Declaração necessária ou originária – Saque
ou Emissão
• Declarações cambiais eventuais ou
sucessivas – Aceite, Endosso e Aval
LETRA DE CÂMBIO
PARTES
1 – Sacador;
2 – Sacado;
3 – Tomador ou beneficiário;
LETRA DE CÂMBIO
LETRA DE CÂMBIO
Sacador Sacado
Ordem de Pagamento
Tomador
Entrega do Título
Se aceitar paga o título
LETRA DE CÂMBIO
LETRA DE CÂMBIO
Art. 2º. O escrito em que faltar algum dos requisitos indicados no artigo anterior não
produzirá efeito como letra, salvo nos casos determinados nas alíneas seguintes:
A letra em que se não indique a época do pagamento entende-se pagável à vista.
Na falta de indicação especial, o lugar designado ao lado do nome do sacadoNa falta de indicação especial, o lugar designado ao lado do nome do sacado
considera-se como sendo o lugar do pagamento, e, ao mesmo tempo, o lugar do
domicilio do sacado.
A letra sem indicação do lugar onde foi passada considera-se como tendo-o sido
no lugar designado, ao lado do nome do sacador.
LETRA DE CÂMBIO
LETRA INCOMPLETA
ANEXO I
Art. 10. Se uma letra incompleta no momento de ser passada tiver sido completada
contrariamente aos acordos realizados, não pode a inobservância dessescontrariamente aos acordos realizados, não pode a inobservância desses
acordos ser motivo de oposição ao portador, salvo se este tiver adquirido a letra
de má-fé ou, adquirindo-a, tenha cometido uma falta grave.
ANEXO II
Art. 3º. Qualquer das Altas Partes Contratantes reserva-se a faculdade de não inserir o 
artigo 10 da Lei Uniforme na sua lei nacional.
LETRA DE CÂMBIO
RESPONSABILIDADE DO SACADOR
Art. 9º. O sacador é garante tanto da aceitação como do pagamento de letra.
O sacador pode exonerar-se da garantia da aceitação; toda e qualquer
cláusula pela qual ele se exonere da garantia do pagamento considera-
se como não escrita.
Art. 47. Os sacadores, aceitantes, endossantes ou avalistas de uma letra são
todos solidariamente responsáveis para com o portador.
LETRA DE CÂMBIO
TIPOS DE LETRA DE CÂMBIO (Art. 33 da LUG)
(i) À vista;
(ii) Dia certo;
(iii) A certo termo de data;
(iv) A certo termo de vista ;
LETRA DE CÂMBIO
ACEITE – Arts. 21 a 29
(i) Declaração Eventual. Pode ocorrer ou não no título;
(ii) Depois que assina, aceitando a letra de câmbio, o sacado(ii) Depois que assina, aceitando a letra de câmbio, o sacado
passa a denominar-se aceitante;
(iii) Pode assinar procurador com poderes específicos;
(iv) Existe aceite somente na Letra de Câmbio e na Duplicata.
LETRA DE CÂMBIO
VENCIMENTO – Art. 33 a 37
(i) À vista – Art. 34 da LUG;
(ii) Dia certo;(ii) Dia certo;
(iii) A certo termode data – vencimento em “tantos”
dias da emissão;
(iv) A certo termo de vista – Art.35 c/c Art. 23 da LUG –
vencimento a partir do aceite;
LETRA DE CÂMBIO
A certo termo de vista
Art. 25. (...) Quando se trate de uma letra pagável a certo termo de vista, ou que deva ser
apresentada ao aceite dentro de um prazo determinado por estipulação especial, o aceite
deve ser datado do dia em que foi dado, salvo se o portador exigir que a data seja a da
apresentação. À falta de data, o portador, para conservar os seus direitos de recurso
contra os endossantes e contra o sacador, deve fazer constar essa omissão por um
protesto, feito em tempo útil.
Art. 35. O vencimento de uma letra a certo termo de vista determina se, quer pela data
do aceite, quer pela do protesto. Na falta de protesto, o aceite não datado entende-se, no
que respeita ao aceitante, como tendo sido dado no último dia do prazo para a
apresentação ao aceite.
LETRA DE CÂMBIO
A certo termo de vista
Certo termo de vista
1 ano da emissão para aceite
Aceite datado
Conta-se o prazo para vencimento
Aceite não datado
Portador 
coloca data no aceite Protesto 
Conta-se o prazo para vencimento
LETRA DE CÂMBIO
LETRA DE CÂMBIO
ACEITE
(i) Declaração Eventual. Pode ocorrer ou não no título;
(ii) Sem o aceite na letra de câmbio o sacado não assume obrigação alguma no
título, já que não o assinou. Portanto, não sendo possível obter o aceite na letratítulo, já que não o assinou. Portanto, não sendo possível obter o aceite na letra
de câmbio, a tentativa de recebimento do sacado torna-se infrutífera;
(iii) Depois que assina, aceitando a letra de câmbio, o sacado passa a denominar-se
aceitante;
(iv) Pode assinar procurador com poderes específicos;
(v) Existe aceite somente na Letra de Câmbio e na Duplicata.
LETRA DE CÂMBIO
ACEITE
Art. 21. A letra pode ser apresentada, até o vencimento, ao aceite do
sacado, no seu domicílio, pelo portador ou até por um simples detentor.
Art. 25. O aceite é escrito na própria letra. Exprime-se pela palavra
"aceite" ou qualquer outra palavra equivalente; o aceite é assinado
pelo sacado. Vale como aceite a simples assinatura do sacado aposta na
parte anterior da letra.
LETRA DE CÂMBIO
FALTA OU RECUSA DO ACEITE
Art. 43. O portador de uma letra pode exercer os seus direitos de ação contra os
endossantes, sacador e outros coobrigados:endossantes, sacador e outros coobrigados:
no vencimento;
se o pagamento não foi efetuado;
mesmo antes do vencimento:
1º) se houve recusa total ou parcial de aceite.
LETRA DE CÂMBIO
FALTA OU RECUSA DO ACEITE
Art. 44 da LUG - A recusa de aceite ou de pagamento deve ser comprovada por um ato
formal (protesto por falta de aceite ou falta de pagamento).
O protesto por falta de aceite deve ser feito nos prazos fixados para a apresentação ao
aceite.
Art. 53. Depois de expirados os prazos fixados:
- para se fazer o protesto por falta de aceite ou por falta de pagamento;
O portador perdeu os seus direitos de ação contra os endossantes, contra o sacador e
contra os outros coobrigados, à exceção do aceitante.
LETRA DE CÂMBIO
FALTA OU RECUSA DO ACEITE
Decreto nº 2.044/1908 - Art. 19. A letra é
considerada vencida, quando
protestada:
I. pela falta ou recusa do aceite;
LETRA DE CÂMBIO
Falta ou Recusa de Aceite
Recusa do Aceite
Realiza o protesto
Letra vencida
Protesto realizado em tempoProtesto fora do prazo
Perda do direito 
Coobrigados 
LETRA DE CÂMBIO
FALTA OU RECUSA DO ACEITE
“O protesto por recusa de aceite total ou parcial da letra de câmbio permite ao
portador mover a ação cambiária, mesmo antes do vencimento, contra osportador mover a ação cambiária, mesmo antes do vencimento, contra os
devedores indiretos (LUG, art. 43, nº 1). Isso porque o legislador genebrino
partiu da presunção de que se o sacado não aceita a letra de câmbio, manifesta
a intenção de não pagar no vencimento, não havendo razão para que se exija do
portador que aguarde o vencimento para acionar os devedores indiretos
(sacador, endossantes e respectivos avalistas).” (ROSA JR. 2009, p.388)
LETRA DE CÂMBIO
FALTA OU RECUSA DO ACEITE
LETRA DE CÂMBIO
ACEITE PARCIAL
Art. 26 da LUG – O aceite é puro eArt. 26 da LUG – O aceite é puro e
simples, mas o sacado pode limitá-lo a
uma parte da importância sacada.
LETRA DE CÂMBIO
ENDOSSO
Art. 12. O endosso deve ser puro e simples. Qualquer condição a que ele seja
subordinado considera-se como não escrita.
O endosso parcial é nulo.O endosso parcial é nulo.
Art. 13. O endosso deve ser escrito na letra ou numa folha ligada a esta (anexo).
Deve ser assinado pelo endossante.
Art. 14. O endosso transmite todos os direitos emergentes da letra.
Art. 15. O endossante, salvo cláusula em contrário, é garante tanto da aceitação
como do pagamento da letra. – * Art. 914 do Código Civil
LETRA DE CÂMBIO
ENDOSSO
Art. 16. O detentor de uma letra é considerado portador legitimo se
justifica o seu direito por uma serie ininterrupta de endossos, mesmo
se o último for em branco. Os endossos riscados consideram-se, para
este efeito, como não escritos. Quando um endosso em branco é
seguido de um outro endosso, presume-se que o signatário deste
adquiriu a letra pelo endosso em branco.
LETRA DE CÂMBIO
ENDOSSO
Art. 11. O endosso pode ser feito mesmo aArt. 11. O endosso pode ser feito mesmo a
favor do sacado, aceitando ou não, do
sacador, ou de qualquer outro coobrigado.
Estas pessoas podem endossar novamente a
letra.
LETRA DE CÂMBIO
ENDOSSO
Espécies de Endosso:
1. Endosso pleno, completo, próprio ou regular;
1.1 Endosso em Branco;
1.2 Endosso em Preto;
2. Endosso Impróprio, incompleto ou irregular;
2.1 Endosso Mandato;
2.2 Endosso Caução.
LETRA DE CÂMBIO
ENDOSSO EM BRANCO
Art. 13. (...) O endosso pode não designar o
benefício, ou consistir simplesmente na assinaturabenefício, ou consistir simplesmente na assinatura
do endossante (endosso em branco). Neste último
caso, o endosso para ser válido deve ser escrito no
verso da letra ou na folha anexa.
LETRA DE CÂMBIO
ENDOSSO EM BRANCO
Art. 14. O endosso transmite todos os direitos emergentes da letra.
Se o endosso for em branco, o portador pode:
1º) preencher o espaço em branco, quer com o seu nome, quer com o nome de1º) preencher o espaço em branco, quer com o seu nome, quer com o nome de
outra pessoa;
2º) endossar de novo a letra em branco ou a favor de outra pessoa;
3º) remeter a letra a um terceiro, sem preencher o espaço em branco e sem a
endossar.
LETRA DE CÂMBIO
ENDOSSO EM BRANCO
“Não se deve afirmar que existindo endosso em branco, o título passa a circular com se
tivesse sido transformado ao portador. Isso porque, na realidade, o título não passa a ser
juridicamente uma cambial ao portador. Trata-se apenas de “uma simples semelhança”,
uma vez que, para a legitimação de quem detém o título ao portador, basta a sua posse,
enquanto, para legitimação do credor de título em branco, ele terá de justificar o seu
direito com base em uma série ininterrupta de endosso, ainda que o último seja em
branco.” (ROSA JR., 2009, p. 231)
*Art. 16 LUG
LETRA DE CÂMBIO
ENDOSSO MANDATO
Art. 18. Quando o endosso contém a menção "valor a cobrar" (valeur en
recouvrement), "para cobrança" (pour encaissement), "por procuração" (par
procuration), ou qualquer outra menção que implique um simples mandato, oprocuration), ou qualquer outra menção que implique um simples mandato, o
portador pode exercer todos os direitos emergentes da letra, mas só pode
endossá-la na qualidade de procurador.
Os coobrigados, neste caso, só podem invocar contra o portador as exceções
que eramoponíveis ao endossante.
O mandato que resulta de um endosso por procuração não se extingue por
morte ou sobrevinda incapacidade legal do mandatário.
LETRA DE CÂMBIO
ENDOSSO CAUÇÃO
Art. 19. Quando o endosso contém a menção "valor em garantia",
"valor em penhor" ou qualquer outra menção que implique uma
caução, o portador pode exercer todos os direitos emergentes da letra,caução, o portador pode exercer todos os direitos emergentes da letra,
mas um endosso feito por ele só vale como endosso a título de
procuração.
Os coobrigados não podem invocar contra o portador as exceções
fundadas sobre as relações pessoais deles com o endossante, a menos
que o portador, ao receber a letra, tenha procedido conscientemente
em detrimento do devedor.
LETRA DE CÂMBIO
ENDOSSO
RESPONSABILIDADE DO ENDOSSANTE RESPONSABILIDADE DO ENDOSSANTE 
ART. 15 DA LUG
LETRA DE CÂMBIO
ENDOSSO
1. Endosso sem garantia;1. Endosso sem garantia;
2. Cláusula proibição de novo endosso.
LETRA DE CÂMBIO
Cláusula proibição de novo endosso
Art. 15. (...) O endossante pode proibir umArt. 15. (...) O endossante pode proibir um
novo endosso, e, neste caso, não garante o
pagamento às pessoas a quem a letra for
posteriormente endossada.
LETRA DE CÂMBIO
ENDOSSO x CESSÃO DE CRÉDITO 
Art. 11. Quando o sacador tiver inserido na letra as
palavras "não à ordem", ou uma expressão
equivalente, a letra só é transmissível pela forma e
com os efeitos de uma cessão ordinária de créditos.
* Cessão de Crédito – Art. 286 a 298 do Código Civil
LETRA DE CÂMBIO
ENDOSSO PARCIAL É NULO
Art. 12 da LUGArt. 12 da LUG
LETRA DE CÂMBIO
AVAL 
Art. 30. O pagamento de uma letra pode ser no
todo ou em parte garantido por aval.
Esta garantia é dada por um terceiro ou mesmo por
um signatário da letra.
LETRA DE CÂMBIO
Atenção
Art. 897 – parágrafo único do Código Civil que
estabele:
“é vedado o aval parcial”
** Tal previsão não se aplica aos títulos de crédito
regulados por lei especial.
LETRA DE CÂMBIO
AVAL
Art. 31. O aval é escrito na própria letra ou numa folha anexa.
Exprime-se pelas palavras "bom para aval" ou por qualquer fórmula
equivalente; e assinado pelo dador do aval.
O aval considera-se como resultante da simples assinatura do dador
aposta na face anterior da letra, salvo se trata das assinaturas do
sacado ou do sacador.
O aval deve indicar a pessoa por quem se dá. Na falta de indicação,
entender-se-á pelo sacador.
LETRA DE CÂMBIO
AVAL EM BRANCO X AVAL EM PRETO
“O aval em preto ocorre quando o avalista identifica a pessoa avalizada e pode ser
lançado no anverso ou no verso do título. O aval em branco caracteriza-se quando o
avalista não identifica a pessoa do avalizado, porque o aval pode resultar tãoavalista não identifica a pessoa do avalizado, porque o aval pode resultar tão
somente de simples assinatura do avalista lançado na face anterior do título, desde
que não seja assinatura do sacado ou do sacador da letra (...) O aval em branco só
deve ser dado na face anterior do título, não sendo admitido no dorso para não se
confundir com o endosso em branco (LUG, art. 13). Entretanto, se lançado no dorso
do título, deve ser considerado como válido porque nos títulos cambiários não há
assinatura inútil” (ROSA JR. 2009, p. 289/290)
LETRA DE CÂMBIO
OBRIGAÇÃO DO AVALISTA
Art. 32. O dador de aval é responsável da mesma maneira que a pessoa por ele
afiançada.
A sua obrigação mantém-se, mesmo no caso de a obrigação que ele garantiu serA sua obrigação mantém-se, mesmo no caso de a obrigação que ele garantiu ser
nula por qualquer razão que não seja um vício de forma.
Se o dador de aval paga a letra, fica sub-rogado nos direitos emergentes da letra
contra a pessoa a favor de quem foi dado o aval e contra os obrigados para com
esta em virtude da letra.
JURISPRUDÊNCIA
Número do processo:2.0000.00.394199-1/000(1) - Ação de anulação de título de crédito.
Alegação de prática de agiotagem. Não comprovação. Falsidade da assinatura de um dos
obrigados. Assinatura autêntica do avalista. Validade da obrigação contraída por um dos
emitentes ou pelo avalista. Princípio da Autonomia das obrigações cambiárias. - Alegando os
autores a prática de agiotagem pelo réu, cabe aos mesmos produzirem prova neste sentido,
nos termos do artigo 333 do CPC. - A falsidade da assinatura do emitente não torna nula a
obrigação do avalista, pois em face do princípio da autonomia das obrigações cambiárias,
as obrigações lançadas no título de crédito são autônomas e independentes entre si.
JURISPRUDÊNCIA
“Pelo princípio da autonomia, tem-se que as diversas obrigações representadas no
título de crédito, no caso, nas notas promissórias, são independentes e autônomas
entre si. Assim, a declaração de nulidade de uma das obrigações não atinge as demais
contraídas no título de crédito, através do lançamento das assinaturas dos obrigados.contraídas no título de crédito, através do lançamento das assinaturas dos obrigados.
Logo, mesmo que a obrigação do devedor principal seja nula, a obrigação do avalista
não sofre nenhum prejuízo, pois é autônoma e independente. O simples lançamento
de assinatura no título de crédito eqüivale a uma obrigação assumida,
independentemente da validade das outras.”
JURISPRUDÊNCIA
“"APELAÇÃO - EMBARGOS DO DEVEDOR - TÍTULOS DE CRÉDITO - NOTA PROMISSÓRIA - AVAL -
LEGITIMIDADE PASSIVA - PENHORABILIDADE DE BENS DE SÓCIO - RECURSO ADESIVO - PARTE
VENCEDORA - FALTA DE INTERESSE DE AGIR. (...) - Aquele que assina no verso da nota
promissória, se não está endossando, está avalizando. Apresentando o título de crédito todos os
requisitos legais, torna-se líquido, certo e exigível, e, portanto, eficaz. - O aval é ato
substancialmente autônomo e independente da obrigação garantida. O avalista não precisa ser,
necessariamente, um terceiro, estranho ao meio cambial: pode avalizar qualquer dos
coobrigados, um endossador, o sacador, o próprio aceitante da letra ou emitente da nota
promissória. (...)"(TAMG - Apelação: 0366702-7 - Órgão Julgador: Terceira Câmara Cível - Relator:
Mauro Soares de Freitas - Data da Julgamento: 21/08/2002 )
LETRA DE CÂMBIO
AVAL PESSOA CASADA
Art. 1.647. Ressalvado o disposto no art. 1.648,
nenhum dos cônjuges pode, sem autorização do outro,nenhum dos cônjuges pode, sem autorização do outro,
exceto no regime da separação absoluta:
III - prestar fiança ou aval;
LETRA DE CÂMBIO
AVAL X FIANÇA
Fiança (Arts. 818 a 839): 
(i) instituto regulado pelo direito civil pode garantir qualquer obrigação;
(ii) Pode ser formalizada no próprio documento ou em outro separado;
(iii) Forma de contrato;(iii) Forma de contrato;
(iv) Nula a obrigação principal, nula será a fiança;
(v) Comporta benefício de ordem;
(vi) Pode argüir exceções pessoais do afiançado.
LETRA DE CÂMBIO
AVAL X FIANÇA
Aval (Arts. 30 a 32 da LUG): 
(i) instituto próprio do direito cambiário, só pode ser lançado no título de crédito;
(ii) Só pode ser lançado no próprio título;
(iii) Mera declaração unilateral de vontade;(iii) Mera declaração unilateral de vontade;
(iv) Obrigação autônoma, se nula a obrigação principal, subsiste a do avalista, salvo vício de forma;
(v) Não comporta benefício de ordem;
(vi) Pode argüir exceções pessoais do avalizado.
LETRA DE CÂMBIO
AVAL SIMULTÂNEO
“São considerados avais simultâneos os avais
dados ao mesmo avalizado”
* Artigo 283 do Código Civil
* SÚMULA 189 DO STF
LETRA DE CÂMBIO
AVAL SUCESSIVO
Chamado de “aval de aval” –
Quando alguém avaliza um avalista
no mesmo título
LETRA DE CÂMBIO
PAGAMENTO
• Arts. 38 a 42
• Reservas – Arts. 5, 6 e 9
LETRA DE CÂMBIO
PAGAMENTO
Art. 38. O portadorde uma letra pagável em dia fixo ou a certo termo de data
ou de vista deve apresentá-la a pagamento no dia em que ela é pagávelou de vista deve apresentá-la a pagamento no dia em que ela é pagável
ou num dos 2 (dois) dias úteis seguintes.
A apresentação da letra a uma câmara de compensação equivale a
apresentação a pagamento.
LETRA DE CÂMBIO
PAGAMENTO
ANEXO II - Art. 5º. Qualquer das Altas Partes Contratantes pode completar o artigo
38 da Lei Uniforme dispondo que, em relação às letras pagáveis no seu território, o
portador deverá fazer a apresentação no próprio dia do vencimento; a inobservância
desta obrigação só acarreta responsabilidade por perdas e danos.
Art. 20 do Decreto 2.044/1908 - A letra deve ser apresentada ao sacado ou ao aceitante
para o pagamento, no lugar designado e no dia do vencimento ou, sendo este dia feriado
por lei, no primeiro dia útil imediato, sob pena de perder o portador o direito de regresso
contra o sacador, endossantes e avalistas.
LETRA DE CÂMBIO
PAGAMENTO
Art. 39. O sacado que paga uma letra pode exigir que ela lhe seja
entregue com a respectiva quitação.
O portador não pode recusar qualquer pagamento parcial.
No caso de pagamento parcial, o sacado pode exigir que desse
pagamento se faça menção na letra e que dele lhe seja dada
quitação.
LETRA DE CÂMBIO
PAGAMENTO
Modalidades:
• Pagamento Extintivo – é aquele feito pelo obrigado principal: pelo aceitante na
letra de câmbio, pelo sacador de uma letra de câmbio não aceita ou peloletra de câmbio, pelo sacador de uma letra de câmbio não aceita ou pelo
emitente de uma nota promissória. – “ Esse pagamento é considerado extintivo,
porque, verificado o mesmo por qualquer das pessoas antes indicadas, o título
não mais produz qualquer efeito. Não poderá circular. Definitivamente sua vida
termina.” (COSTA, 2006, p. 214)
• Pagamento Recuperatório – é aquele efetuado por qualquer obrigado de
regresso (sacador do título aceito, endossantes e avalistas).
LETRA DE CÂMBIO
FALTA OU RECUSA DE PAGAMENTO
Art. 43. O portador de uma letra pode exercer os seus direitos de ação contra os
endossantes, sacador e outros coobrigados:endossantes, sacador e outros coobrigados:
no vencimento;
se o pagamento não foi efetuado;
mesmo antes do vencimento:
1º) se houve recusa total ou parcial de aceite.
LETRA DE CÂMBIO
FALTA OU RECUSA DE PAGAMENTO
Art. 44 da LUG - A recusa de aceite ou de pagamento deve ser comprovada por um ato
formal (protesto por falta de aceite ou falta de pagamento).
O protesto por falta de pagamento de uma letra pagável em dia fixo ou a certo termo de
data ou de vista deve ser feito num dos 2 (dois) dias úteis seguintes àquele em que a letra
é pagável. Se se trata de uma letra pagável à vista, o protesto deve ser feito nas condições
indicadas na alínea precedente para o protesto por falta de aceite.
O protesto por falta de aceite dispensa a apresentação a pagamento e o protesto por falta
de pagamento.
LETRA DE CÂMBIO
FALTA OU RECUSA DE PAGAMENTO
ANEXO II - Art. 9º. Por derrogação da alínea terceira do artigo 44 da Lei Uniforme,
qualquer das Altas Partes Contratantes tem a faculdade de determinar que o protesto por
falta de pagamento deve ser feito no dia em que a letra é pagável ou num dos 2 (dois)
dias úteis seguintes.
Decreto 2.044/1908 - Art. 28. A letra que houver de ser protestada por falta de aceite ou
de pagamento deve ser entregue ao oficial competente, no primeiro dia útil que se seguir
ao da recusa do aceite ou ao do vencimento, e o respectivo protesto, tirado dentro de três
dias úteis.
LETRA DE CÂMBIO
FALTA OU RECUSA DE PAGAMENTO
Art. 53. Depois de expirados os prazos fixados:Art. 53. Depois de expirados os prazos fixados:
- para se fazer o protesto por falta de aceite ou por falta de
pagamento;
O portador perdeu os seus direitos de ação contra os
endossantes, contra o sacador e contra os outros coobrigados, à
exceção do aceitante.
LETRA DE CÂMBIO
Falta ou Recusa de Pagamento
Recusa do Pagamento
Realiza o protesto
Protesto realizado em tempoProtesto fora do prazo
Perda do direito, á exceção 
do aceitante 
Garante o direito contra os
Coobrigados 
LETRA DE CÂMBIO
PAGAMENTO
Art. 42 da LUG - Se a letra não for apresentada a
pagamento dentro do prazo fixado no artigo 38,pagamento dentro do prazo fixado no artigo 38,
qualquer devedor tem a faculdade de depositar a
sua importância junto da autoridade competente à
custa do portador e sob a responsabilidade deste.
LETRA DE CÂMBIO
PROTESTO
* Lei 9.492/97
* Decreto 2.944/1908 – Art. 28 a 33* Decreto 2.944/1908 – Art. 28 a 33
Art. 1º Protesto é o ato formal e solene pelo qual se prova a inadimplência e o
descumprimento de obrigação originada em títulos e outros documentos de
dívida.
“Efetuado o protesto cambial, este é prova oficial e insubstituível da
apresentação e da falta ou recusa de aceite ou de pagamento” (COSTA, 2006, p.
241)
LETRA DE CÂMBIO
PROTESTO
Tipos de Protesto – Letra de Câmbio
1) Por falta de data de aceite;
2) Por falta ou recusa de aceite;
3) Por falta ou recusa de pagamento.
LETRA DE CÂMBIO
PROTESTO
Art. 44 da LUG - protesto por falta deArt. 44 da LUG - protesto por falta de
aceite dispensa a apresentação a
pagamento e o protesto por falta de
pagamento.
LETRA DE CÂMBIO
PROTESTO – PROCEDIMENTO – LEI 9.492/97
Art. 12. O protesto será registrado dentro de três dias úteis contados da protocolização do título
ou documento de dívida.
CAPÍTULO VI
Da Intimação
Art. 14. Protocolizado o título ou documento de dívida, o Tabelião de Protesto expedirá a
intimação ao devedor, no endereço fornecido pelo apresentante do título ou documento,
considerando-se cumprida quando comprovada a sua entrega no mesmo endereço.
§ 1º A remessa da intimação poderá ser feita por portador do próprio tabelião, ou por qualquer
outro meio, desde que o recebimento fique assegurado e comprovado através de protocolo,
aviso de recepção (AR) ou documento equivalente.
LETRA DE CÂMBIO
PROTESTO
Art. 46. O sacador, um endossante ou um avalista pode, pela cláusula "sem despesas", "sem protesto",
ou outra cláusula equivalente, dispensar o portador de fazer um protesto por falta de aceite ou falta de
pagamento, para poder exercer os seus direitos de ação.
Essa cláusula não dispensa o portador da apresentação da letra dentro do prazo prescrito nem
tampouco dos avisos a dar. A prova da inobservância do prazo incumbe àquele que dela se prevaleça
contra o portador.
Se a cláusula foi escrita pelo sacador produz os seus efeitos em relação a todos os signatários da letra;
se for inserida por um endossante ou por avalista, só produz efeito em relação a esse endossante ou
avalista. Se, apesar da cláusula escrita pelo sacador, o portador faz o protesto, as respectivas despesas
serão de conta dele. Quando a cláusula emanar de um endossante ou de um avalista, as despesas do
protesto, se for feito, podem ser cobradas de todos os signatários da letra.
LETRA DE CÂMBIO
DA AÇÃO POR FALTA DE
ACEITE OU PAGAMENTOACEITE OU PAGAMENTO
Arts. 43 a 54 da LUG
LETRA DE CÂMBIO
LIVRO II - DO PROCESSO DE EXECUÇÃO
TÍTULO I - DA EXECUÇÃO EM GERAL
CAPÍTULO I DAS PARTES
Art. 566. Podem promover a execução forçada:
I - o credor a quem a lei confere título executivo;
Art. 585. São títulos executivos extrajudiciais:
I - a letra de câmbio, a nota promissória, a duplicata, a debênture e o
cheque; (Redação dada pela Lei nº 8.953, de 13.12.1994)
LETRA DE CÂMBIO
AÇÃO DIRETA E AÇÃO DE REGRESSO
“(...) é preciso conhecer a posição das partes no título de crédito, uma vez que alguns fazem uma
promessa direta de pagamento do título e assume suas obrigaçõesdiretamente, como o emitente
de uma nota promissória ou o aceitante da letra de câmbio. Também seus respectivos avalistas,
pois as obrigações destes equiparam-se às obrigações de seus avalizados. Os demais obrigados,pois as obrigações destes equiparam-se às obrigações de seus avalizados. Os demais obrigados,
porque não são os obrigados principais, assumem uma obrigação indireta. A promessa de
pagamento que fazem é indireta, como nos casos do sacador, dos endossantes e dos seus
respectivos avalistas. Estes, porque suas obrigações se equiparam às de seus avalizados, tornam-
se obrigados no mesmo nível daqueles. Portanto, ação direta é aquela que se dirige contra os
obrigados principais. Ação de regresso é aquela dirigida contra os garantidores, ou devedores
indiretos.” (COSTA, 2006, p. 273/274)
LETRA DE CÂMBIO
DA AÇÃO POR FALTA DE ACEITE E FALTA DE PAGAMENTO
Art. 43. O portador de uma letra pode exercer os seus direitos de ação
contra os endossantes, sacador e outros coobrigados:
no vencimento;
se o pagamento não foi efetuado;
mesmo antes do vencimento:
1º) se houve recusa total ou parcial de aceite;
LETRA DE CÂMBIO
DA AÇÃO POR FALTA DE ACEITE OU PAGAMENTO
Art. 47. Os sacadores, aceitantes, endossantes ou avalistas de uma letra são
todos solidariamente responsáveis para com o portador.
O portador tem o direito de acionar todas estas pessoas individualmente, sem
estar adstrito a observar a ordem por que elas se obrigaram.
O mesmo direito possui qualquer dos signatários de uma letra quando a tenha
pago.
A ação intentada contra um dos coobrigados não impede acionar os outros,
mesmo os posteriores àquele que foi acionado em primeiro lugar.
LETRA DE CÂMBIO
DA AÇÃO POR FALTA DE ACEITE OU PAGAMENTO
Art. 48. O portador pode reclamar daquele contra quem exerce o seu direito de
ação:
1º) o pagamento da letra não aceite não paga, com juros se assim foi estipulado;1º) o pagamento da letra não aceite não paga, com juros se assim foi estipulado;
2º) os juros à taxa de 6% (seis por cento) desde a data do vencimento;
3º) as despesas do protesto, as dos avisos dados e as outras despesas.
Se a ação for interposta antes do vencimento da letra, a sua importância será
reduzida de um desconto. Esse desconto será calculado de acordo com a taxa oficial
de desconto (taxa de Banco) em vigor no lugar do domicílio do portador à data da
ação.
LETRA DE CÂMBIO
DA AÇÃO POR FALTA DE ACEITE OU PAGAMENTO
Art. 49. A pessoa que pagou uma letra pode reclamar dos seus
garantes:garantes:
1º) a soma integral que pagou;
2º) os juros da dita soma, calculados à taxa de 6% (seis por cento),
desde a data em que a pagou;
3º) as despesas que tiver feito.
LETRA DE CÂMBIO
DA AÇÃO POR FALTA DE ACEITE OU PAGAMENTO
Art. 53. Depois de expirados os prazos fixados:
- para a apresentação de uma letra à vista ou a certo termo de vista;
- para se fazer o protesto por falta de aceite ou por falta de pagamento;
- para a apresentação a pagamento no caso da cláusula "sem despesas".
O portador perdeu os seus direitos de ação contra os endossantes, contra o sacador e contra os outros
coobrigados, à exceção do aceitante.
Na falta de apresentação ao aceite no prazo estipulado pelo sacador, o portador perdeu os seus direitos
de ação, tanto por falta de pagamento como por falta de aceite, a não ser que dos termos da estipulação
se conclua que o sacador apenas teve em vista exonerar-se da garantia do aceite.
Se a estipulação de um prazo para a apresentação constar de um endosso, somente aproveita ao
respectivo endossante.
LETRA DE CÂMBIO
DA AÇÃO POR FALTA DE ACEITE OU PAGAMENTO
DA PRESCRIÇÃO
Art. 70. Todas as ações contra o aceitante relativas a letras prescrevem em 3 (três) anos a
contar do seu vencimento.contar do seu vencimento.
As ações do portador contra os endossantes e contra o sacador prescrevem num ano, a
contar da data do protesto feito em tempo útil, ou da data do vencimento, se trata de letra
que contenha cláusula "sem despesas".
As ações dos endossantes uns contra os outros e contra o sacador prescrevem em 6 (seis)
meses a contar do dia em que o endossante pagou a letra ou em que ele próprio foi
acionado.
NOTA PROMISSÓRIA
Nota Promissória - Art. 75 a 78
TÍTULO II
DA NOTA PROMISSÓRIA
“A nota promissória é título de crédito abstrato, formal, pelo qual uma pessoa,
denominada emitente, faz a outra pessoa, designada beneficiário, uma
promessa pura e simples de pagamento de quantia determinada, à vista ou a
prazo, em seu favor ou a outrem à sua ordem, nas condições dela constantes.”
(ROSA JR., 2009, p. 491)
NOTA PROMISSÓRIA
Nota Promissória - Art. 75 a 78
Art. 75. A nota promissória contém:
1. denominação "nota promissória" inserta no próprio texto do título e expressa na língua
empregada para a redação desse título;empregada para a redação desse título;
2. a promessa pura e simples de pagar uma quantia determinada;
3. a época do pagamento;
4. a indicação do lugar em que se efetuar o pagamento;
5. o nome da pessoa a quem ou à ordem de quem deve ser paga;
6. a indicação da data em que e do lugar onde a nota promissória é passada;
7. a assinatura de quem passa a nota promissória (subscritor).
NOTA PROMISSÓRIA
Art. 76. O título em que faltar algum dos requisitos indicados no artigo anterior não
produzirá efeito como nota promissória, salvo nos casos determinados das alíneas
seguintes.
A nota promissória em que se não indique a época do pagamento será considerada à
vista.
Na falta de indicação especial, o lugar onde o título foi passado considera-se como sendo
o lugar do pagamento e, ao mesmo tempo, o lugar do domicílio do subscritor da nota
promissória.
A nota promissória que não contenha indicação do lugar onde foi passada considera-se
como tendo-o sido no lugar designado ao lado do nome do subscritor.
NOTA PROMISSÓRIA
“Nos termos da legislação pertinente (LUG, arts. 75 e 76), a
data da emissão da promissória se apresenta como
requisito essencial à caracterização do título. O rigor formalrequisito essencial à caracterização do título. O rigor formal
é próprio dos títulos de crédito, conduzindo a sua
inobservância à carência da ação executiva.” (STJ, RE n
28.920-1, Rel. Min. Sálvio de Figueiredo, 4ª turma)
NOTA PROMISSÓRIA
Art. 78. O subscritor de uma nota promissória é responsável da mesma
forma que o aceitante de uma letra.
As notas promissórias pagáveis a certo termo de vista devem ser
presentes ao visto dos subscritores nos prazos fixados no artigo 23. Opresentes ao visto dos subscritores nos prazos fixados no artigo 23. O
termo de vista conta-se da data do visto dado pelo subscritor. A recusa
do subscritor a dar o seu visto é comprovada por um protesto (artigo
25), cuja data serve de início ao termo de vista.
NOTA PROMISSÓRIA
Disposições Aplicáveis:
(i) Art. 4, 5, 6, 7 e 10 (lembrando que o art. 10 sofre efeitos da reserva – Anexo II, Art. 3);
(ii) Arts. 11 a 20 – Relativos ao endosso;
(iii) Arts. 30 a 32 – Relativos ao aval (lembrando que se o aval for em branco, entende-se que(iii) Arts. 30 a 32 – Relativos ao aval (lembrando que se o aval for em branco, entende-se que
o aval foi dado em favor do emitente ou subscritor)
(iv) Arts. 33 a 37 – Relativos ao Vencimento;
(v) Arts. 38 a 42 – Relativos ao Pagamento;
(vi) Arts. 43 a 50 e 53 – Relativos à ação por falta de pagamento (inclusive protesto);
(vii) Arts. 70 e 71 – Relativos à prescrição cambial
NOTA PROMISSÓRIA
Art. 77. (...)
São também aplicáveis às notas promissórias as disposições
relativas ao aval (artigos 30 a 32); no caso previsto narelativas ao aval (artigos 30 a 32); no caso previsto na
última alínea do artigo 31, se o aval não indicar a pessoa
por quem é dado,entender-se-á ser pelo subscritor da nota
promissória.
CHEQUE
“(...) cheque é o título cambiário abstrato, formal, resultante de mera
declaração unilateral de vontade, pelo qual uma pessoa, designada
emitente ou sacador, com base em prévia e disponível provisão de fundos
em poder de banco ou instituição financeira e ele assemelhada por lei,em poder de banco ou instituição financeira e ele assemelhada por lei,
denominado sacado, dá contra o banco, em decorrência de convenção
expressa ou tácita, uma ordem incondicional de pagamento à vista, em seu
próprio benefício ou em favor de terceiro, intitulado tomador ou
beneficiário, nas condições estabelecidas no título.” (ROSA JR., 2009, p.
516)
CHEQUE
Legislação aplicável – Lei 7.357 de 1985
Capítulo I - Da Emissão e da Forma do Cheque
Art . 1º O cheque contêm:
I - a denominação ‘’cheque’’ inscrita no contexto do título e expressa na língua em que este éI - a denominação ‘’cheque’’ inscrita no contexto do título e expressa na língua em que este é
redigido;
II - a ordem incondicional de pagar quantia determinada;
III - o nome do banco ou da instituição financeira que deve pagar (sacado);
IV - a indicação do lugar de pagamento;
V - a indicação da data e do lugar de emissão;
VI - a assinatura do emitente (sacador), ou de seu mandatário com poderes especiais.
CHEQUE
Sacador(Emitente) Sacado(Banco)
Ordem de Pagamento
Sacador(Emitente) Sacado(Banco)
Beneficiário
Entrega do Título
CHEQUE
Título ao Portador:
CHEQUE:
Lei 9.069/95 – art. 69:Lei 9.069/95 – art. 69:
Art. 69. A partir de 1º de julho de 1994, fica vedada a
emissão, pagamento e compensação de cheque de valor
superior a R$ 100,00 (cem REAIS), sem identificação do
beneficiário.
CHEQUE
Da Emissão e da Forma do Cheque
Art . 15 O emitente garante o pagamento, considerando-se não escrita
a declaração pela qual se exima dessa garantia.
Art . 16 Se o cheque, incompleto no ato da emissão, for completado
com inobservância do convencionado com a emitente, tal fato
não pode ser oposto ao portador, a não ser que este tenha
adquirido a cheque de má-fé.
CHEQUE
Da Autonomia das Obrigações e 
Da Inoponibilidade das Exceções ao Terceiro de Boa Fé
Art . 13 As obrigações contraídas no cheque são autônomas e independentes.
Parágrafo único - A assinatura de pessoa capaz cria obrigações para o signatário, mesmoParágrafo único - A assinatura de pessoa capaz cria obrigações para o signatário, mesmo
que o cheque contenha assinatura de pessoas incapazes de se obrigar por cheque, ou
assinaturas falsas, ou assinaturas de pessoas fictícias, ou assinaturas que, por qualquer
outra razão, não poderiam obrigar as pessoas que assinaram o cheque, ou em nome das
quais ele foi assinado.
Art . 25 Quem for demandado por obrigação resultante de cheque não pode opor ao portador
exceções fundadas em relações pessoais com o emitente, ou com os portadores
anteriores, salvo se o portador o adquiriu conscientemente em detrimento do devedor.
CHEQUE
DO ACEITE
Art . 6º O cheque não admite aceite
considerando-se não escrita qualquer
declaração com esse sentido.
CHEQUE
“No cheque não existe a figura do aceite. Mesmo que
ocorra a aposição de visto, certificação ou declaração
equivalente no cheque, tal procedimento não implica emequivalente no cheque, tal procedimento não implica em
aceitação por parte do Banco sacado. Em verdade, o Banco
não responde, perante terceiro, portador do cheque, pelo
pagamento, como obrigado principal ou de regresso.”
(COSTA, 2006, p. 321)
CHEQUE
Da Transmissão - Endosso
Art . 17 O cheque pagável a pessoa nomeada, com ou sem cláusula expressa ‘’ à ordem’’, é transmissível por via
de endosso.
§ 1º O cheque pagável a pessoa nomeada, com a cláusula ‘’não à ordem’’, ou outra equivalente, só é
transmissível pela forma e com os efeitos de cessão.transmissível pela forma e com os efeitos de cessão.
§ 2º O endosso pode ser feito ao emitente, ou a outro obrigado, que podem novamente endossar o cheque.
Art . 18 O endosso deve ser puro e simples, reputando-se não-escrita qualquer condição a que seja
subordinado.
§ 1º São nulos o endosso parcial e o do sacado.
§ 2º Vale como em branco o endosso ao portador. O endosso ao sacado vale apenas como quitação, salvo no
caso de o sacado ter vários estabelecimentos e o endosso ser feito em favor de estabelecimento
diverso daquele contra o qual o cheque foi emitido.
CHEQUE
ENDOSSO EM BRANCO
Art. 19 – Endosso em Branco – Para ser válido deve ser
escrito no verso do cheque ou na folha deescrito no verso do cheque ou na folha de
alongamento;
Art. 20 – Transferência de todos os direitos resultados do
cheque. E sendo em branco o endosso, o portador tem
as 3 opções;
CHEQUE
RESPONSABILIDADE ENDOSSANTE
Art.21 - Salvo estipulação em contrário, o endossanteArt.21 - Salvo estipulação em contrário, o endossante
garante o pagamento.
Parágrafo único - Pode o endossante proibir novo endosso;
neste caso, não garante o pagamento a quem seja o cheque
posteriormente endossado.
CHEQUE
ATENÇÃO
Art . 22 O detentor de cheque "à ordem’’ é
considerado portador legitimado, se provar seuconsiderado portador legitimado, se provar seu
direito por uma série ininterrupta de endossos,
mesmo que o último seja em branco. Para esse
efeito, os endossos cancelados são considerados
não-escritos.
CHEQUE
ATENÇÃO
Art . 39 O sacado que paga cheque ‘’à ordem’’ é obrigado a verificar a regularidade da série de endossos,
mas não a autenticidade das assinaturas dos endossantes. A mesma obrigação incumbe ao
banco apresentante do cheque a câmara de compensação.
Parágrafo único. Ressalvada a responsabilidade do apresentante, no caso da parte final deste
artigo, o banco sacado responde pelo pagamento do cheque falso, falsificado ou alterado, salvo
dolo ou culpa do correntista, do endossante ou do beneficiário, dos quais poderá o sacado, no
todo ou em parte, reaver a que pagou.
Súmula 28 do STF – “O estabelecimento bancário é responsável pelo pagamento de cheque
falso, ressalvado as hipóteses de culpa exclusiva ou concorrente do correntista”
CHEQUE
Tipos de Endosso
(i) Endosso em preto;
(ii) Endosso em branco;
(iii) Endosso com cláusula “proibição de novo endosso”;
(iv) Endosso sem garantia;
(v) Endosso mandado – Art. 26;
(vi) Endosso caução;
CHEQUE
CHEQUE CRUZADO
Art . 44 O emitente ou o portador podem cruzar o cheque, mediante a aposição de dois traços paralelos no
anverso do título.
§ 1º O cruzamento é geral se entre os dois traços não houver nenhuma indicação ou existir apenas a
indicação ‘’banco’’, ou outra equivalente. O cruzamento é especial se entre os dois traços existir aindicação ‘’banco’’, ou outra equivalente. O cruzamento é especial se entre os dois traços existir a
indicação do nome do banco.
§ 2º O cruzamento geral pode ser convertida em especial, mas este não pode converter-se naquele.
§ 3º A inutilização do cruzamento ou a do nome do banco é reputada como não existente.
Art . 45 O cheque com cruzamento geral só pode ser pago pelo sacado a banco ou a cliente do sacado, mediante
crédito em conta. O cheque com cruzamento especial só pode ser pago pelo sacado ao banco indicado,
ou, se este for o sacado, a cliente seu, mediante crédito em conta.
CHEQUE
Do Cheque para Ser Creditado em Conta
Art . 46 O emitente ou o portador podem proibir que o cheque seja pago em dinheiro
mediante a inscrição transversal, no anverso do título, da cláusula ‘’para sermediante a inscrição transversal, no anverso do título, da cláusula ‘’para ser
creditado em conta’’, ou outra equivalente. Nesse caso, o sacado só pode
proceder a Iançamento contábil (crédito em conta, transferênciaou
compensação), que vale como pagamento. O depósito do cheque em conta de
seu beneficiário dispensa o respectivo endosso.
§ 1º A inutilização da cláusula é considerada como não existente.
CHEQUE
“Desse modo, a cláusula para levar em conta oferece maior segurança que a cláusula do
cruzamento, porque no caso de perda, furto, roubo, apropriação indébita etc. de cheque
com aquela cláusula, o seu beneficiário não corre o risco de que o cheque seja pago a
terceira pessoa, que forjasse o endosso do beneficiário a seu favor. Este risco existe no
cheque cruzado porque a cláusula do cruzamento não impede a transferência do cheque
a favor de terceiro e o banco sacado, ao pagar o cheque, não está obrigado a verificar a
autenticidade das assinaturas dos endossantes, mas tem apenas o dever de examinar se
quem apresenta o cheque é seu portador legítimo, ou seja, se justifica o seu direito por
uma série ininterrupta de endossos” (ROSA JR., 2009, p.622)
CHEQUE
“A cláusula para ‘para levar em conta’ é
perfeitamente válida, não configurado endosso. O
objetivo da cláusula é impedir a transmissão doobjetivo da cláusula é impedir a transmissão do
cheque e a sua liquidação em dinheiro. O banco
somente pode efetuar o depósito na conta do
favorecido do cheque. (TJSP, RT 652/54)”
CHEQUE
AVAL
Art . 29 O pagamento do cheque pode ser garantido, no todo ou em parte, por aval prestado por terceiro, exceto
o sacado, ou mesmo por signatário do título.
Art . 30 O aval é lançado no cheque ou na folha de alongamento. Exprime-se pelas palavras ‘’por aval’’, ou
fórmula equivalente, com a assinatura do avalista. Considera-se como resultante da simples assinaturafórmula equivalente, com a assinatura do avalista. Considera-se como resultante da simples assinatura
do avalista, aposta no anverso do cheque, salvo quando se tratar da assinatura do emitente.
Parágrafo único - O aval deve indicar o avalizado. Na falta de indicação, considera-se avalizado o
emitente.
Art . 31 O avalista se obriga da mesma maneira que o avaliado. Subsiste sua obrigação, ainda que nula a por ele
garantida, salvo se a nulidade resultar de vício de forma.
Parágrafo único - O avalista que paga o cheque adquire todos os direitos dele resultantes contra o
avalizado e contra os obrigados para com este em virtude do cheque.
CHEQUE
Da Apresentação e do Pagamento 
Art . 32 O cheque é pagável à vista. Considera-se não-
estrita qualquer menção em contrário.estrita qualquer menção em contrário.
Parágrafo único - O cheque apresentado para
pagamento antes do dia indicado como data de
emissão é pagável no dia da apresentação.
CHEQUE
Da Apresentação e do Pagamento 
Art . 33 O cheque deve ser apresentado para
pagamento, a contar do dia da emissão, no prazopagamento, a contar do dia da emissão, no prazo
de 30 (trinta) dias, quando emitido no lugar onde
houver de ser pago; e de 60 (sessenta) dias,
quando emitido em outro lugar do País ou no
exterior.
CHEQUE PRÉ-DATADO
Número do processo:1.0024.06.034615-2/001(1)Númeração Única:0346152-
17.2006.8.13.0024Relator: ANTÔNIO DE PÁDUA Relator do Acórdão: ANTÔNIO
DE PÁDUAData do Julgamento: 22/11/2007Data da Publicação: 10/12/2007
Inteiro Teor:Inteiro Teor:
EMENTA: AÇÃO DE INDENIZAÇÃO - CHEQUE PÓS-DATADO- APRESENTAÇÃO
ANTES DA DATA ESTIPULADA - INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS -
DEVOLUÇÃO DE UM OUTRO CHEQUE POR INSUFICIÊNCIA DE FUNDOS -
INDENIZAÇÃO DEVIDA - SENTENÇA PARCIALMENTE REFORMADA. A
APRESENTAÇÃO prematura de CHEQUE a estabelecimento bancário, viola o
princípio da boa-fé e a própria avença, devendo o causador responder pelos
danos morais.
CHEQUE PRÉ-DATADO
Número do processo:1.0024.07.807275-8/001(1) Data do Julgamento: 02/09/2009
EMENTA: INDENIZAÇÃO - DESACORDO COMERCIAL - CHEQUE COM DATA FUTURA-
APRESENTAÇÃO ANTECIPADA- SÚMULA 370 DO STJ - DANO MORAL - OCORRÊNCIA.
Não obstante o CHEQUE ser ordem de PAGAMENTO à vista, os usos e costumes
mercantis demonstram a prática de que é possível acordar data futura para sua
APRESENTAÇÃO. Nos termos da súmula 370 do STJ, "Caracteriza-se DANOMORAL aAPRESENTAÇÃO. Nos termos da súmula 370 do STJ, "Caracteriza-se DANOMORAL a
APRESENTAÇÃO antecipada do CHEQUE PRÉ-DATADO", concretizando assim o
entendimento de que tal ato caracteriza prática de ato ilícito, com conseqüente
surgimento de responsabilidade civil, devendo ser reparados os danos materiais e
morais causados ao seu emitente.
CHEQUE
Da Oposição (Sustação) e da Revogação (Contra-ordem)
Art . 35 O emitente do cheque pagável no Brasil pode revogá-lo, mercê de contra-ordem dada por aviso
epistolar, ou por via judicial ou extrajudicial, com as razões motivadoras do ato.
Parágrafo único - A revogação ou contra-ordem só produz efeito depois de expirado o prazo de
apresentação e, não sendo promovida, pode o sacado pagar o cheque até que decorra o prazo
de prescrição, nos termos do art. 59 desta Lei.
Art . 36 Mesmo durante o prazo de apresentação, o emitente e o portador legitimado podem fazer
sustar o pagamento, manifestando ao sacado, por escrito, oposição fundada em relevante razão
de direito.
§ 1º A oposição do emitente e a revogação ou contra-ordem se excluem reciprocamente.
CHEQUE
Art . 39 O sacado que paga cheque ‘’à ordem’’ é obrigado a verificar a
regularidade da série de endossos, mas não a autenticidade das assinaturas
dos endossantes. A mesma obrigação incumbe ao banco apresentante do
cheque a câmara de compensação.cheque a câmara de compensação.
Parágrafo único. Ressalvada a responsabilidade do apresentante, no caso
da parte final deste artigo, o banco sacado responde pelo pagamento do
cheque falso, falsificado ou alterado, salvo dolo ou culpa do correntista, do
endossante ou do beneficiário, dos quais poderá o sacado, no todo ou em
parte, reaver a que pagou.
CHEQUE
Da Ação por Falta de Pagamento 
Art . 47 Pode o portador promover a execução do cheque:
I - contra o emitente e seu avalista;
II - contra os endossantes e seus avalistas, se o cheque apresentado em tempo hábil e a recusa de
pagamento é comprovada pelo protesto ou por declaração do sacado, escrita e datada sobre o cheque,
com indicação do dia de apresentação, ou, ainda, por declaração escrita e datada por câmara de
compensação.
§ 1º Qualquer das declarações previstas neste artigo dispensa o protesto e produz os efeitos deste.
§ 3º O portador que não apresentar o cheque em tempo hábil, ou não comprovar a recusa de
pagamento pela forma indicada neste artigo, perde o direito de execução contra o emitente, se este
tinha fundos disponíveis durante o prazo de apresentação e os deixou de ter, em razão de fato que não
lhe seja imputável.
CHEQUE
Protesto 
Art . 48 O protesto ou as declarações do artigo anterior devem
fazer-se no lugar de pagamento ou do domicílio dofazer-se no lugar de pagamento ou do domicílio do
emitente, antes da expiração do prazo de apresentação. Se
esta ocorrer no último dia do prazo, o protesto ou as
declarações podem fazer-se no primeiro dia útil seguinte.
CHEQUE
Protesto 
Art . 50 O emitente, o endossante e o avalista podem, pela cláusula ‘’sem despesa’’, ‘’sem protesto’’, ou
outra equivalente, lançada no título e assinada, dispensar o portador, para promover a
execução do título, do protesto ou da declaração equivalente.
§ 1º A cláusula não dispensa o portador da apresentação do cheque no prazo estabelecido, nem dos
avisos. Incumbe a quem alega a inobservância de prazo a prova respectiva.
§ 2º A cláusula lançada pelo emitente produz efeito em relação a todos os obrigados; a lançada por
endossante ou por avalista produz efeito somente em relação ao que lançar.
§ 3º Se, apesar de cláusula lançada pelo emitente, o portador promove o protesto, as despesas corrempor sua conta. Por elas respondem todos os obrigados, se a cláusula é lançada por endossante
ou avalista.
CHEQUE
Da Ação por Falta de Pagamento 
Art . 51 Todos os obrigados respondem solidariamente para com o portador do cheque.
§ 1º - O portador tem o direito de demandar todos os obrigados, individual ou
coletivamente, sem estar sujeito a observar a ordem em que se obrigaram. O mesmocoletivamente, sem estar sujeito a observar a ordem em que se obrigaram. O mesmo
direito cabe ao obrigado que pagar o cheque.
§ 2º A ação contra um dos obrigados não impede sejam os outros demandados,
mesmo que se tenham obrigado posteriormente àquele.
§ 3º Regem-se pelas normas das obrigações solidárias as relações entre obrigados do
mesmo grau.
CHEQUE
DA PRESCIÇÃO 
Art . 59 Prescrevem em 6 (seis) meses, contados da expiração do prazo de apresentação, a ação
que o art. 47 desta Lei assegura ao portador.
Parágrafo único - A ação de regresso de um obrigado ao pagamento do cheque contra
outro prescreve em 6 (seis) meses, contados do dia em que o obrigado pagou o cheque ou
do dia em que foi demandado.
Art . 61 A ação de enriquecimento contra o emitente ou outros obrigados, que se locupletaram
injustamente com o não-pagamento do cheque, prescreve em 2 (dois) anos, contados do
dia em que se consumar a prescrição prevista no art. 59 e seu parágrafo desta Lei.
DUPLICATA
DA FATURA 
Art . 1º Em todo o contrato de compra e venda mercantil entre partes
domiciliadas no território brasileiro, com prazo não inferior a 30 (trinta)
dias, contado da data da entrega ou despacho das mercadorias, odias, contado da data da entrega ou despacho das mercadorias, o
vendedor extrairá a respectiva fatura para apresentação ao comprador.
**** Fatura x Nota Fiscal?
**** Nota Fiscal-Fatura?
DUPLICATA
Duplicata 
Art . 2º No ato da emissão da fatura, dela poderá ser extraída uma
duplicata para circulação como efeito comercial, não sendoduplicata para circulação como efeito comercial, não sendo
admitida qualquer outra espécie de título de crédito para
documentar o saque do vendedor pela importância faturada
ao comprador.
§ 2º Uma só duplicata não pode corresponder a mais de uma
fatura.
DUPLICATA
Duplicata 
“A duplicata é um título de crédito causal e à ordem, que pode ser
criado no ato da extração da fatura, para circulação com efeito
comercial, decorrente da compra e venda mercantil ou da
prestação de serviços, não sendo admitida outra espécie de título
de crédito para documentar o saque do vendedor ou prestador de
serviços pela importância faturada ao comprador ou ao
beneficiário.” (COSTA, 2006, p. 377)
DUPLICATA
Duplicata 
Art . 2º (...)
§ 1º A duplicata conterá:
I - a denominação "duplicata", a data de sua emissão e o número de ordem;
II - o número da fatura;II - o número da fatura;
III - a data certa do vencimento ou a declaração de ser a duplicata à vista;
IV - o nome e domicílio do vendedor e do comprador;
V - a importância a pagar, em algarismos e por extenso;
VI - a praça de pagamento;
VII - a cláusula à ordem;
VIII - a declaração do reconhecimento de sua exatidão e da obrigação de pagá-la, a ser assinada pelo
comprador, como aceite, cambial;
IX - a assinatura do emitente.
DUPLICATA
CAPÍTULO II 
Da Remessa e da Devolução da Duplicata 
Art . 6º A remessa de duplicata poderá ser feita diretamente pelo vendedor ou por seus
representantes, por intermédio de instituições financeiras, procuradores ou,
correspondentes que se incumbam de apresentá-la ao comprador na praça ou no lugar de
seu estabelecimento, podendo os intermediários devolvê-la, depois de assinada, ou
conservá-la em seu poder até o momento do resgate, segundo as instruções de quem lhes
cometeu o encargo.
§ 1º O prazo para remessa da duplicata será de 30 (trinta) dias, contado da data de sua
emissão.
DUPLICATA
CAPÍTULO II 
Da Remessa e da Devolução da Duplicata 
ACEITE
Art . 7º A duplicata, quando não for à vista, deverá ser devolvida pelo comprador aoArt . 7º A duplicata, quando não for à vista, deverá ser devolvida pelo comprador ao
apresentante dentro do prazo de 10 (dez) dias, contado da data de sua
apresentação, devidamente assinada ou acompanhada de declaração, por escrito,
contendo as razões da falta do aceite.
§ 1º Havendo expressa concordância da instituição financeira cobradora, o sacado poderá
reter a duplicata em seu poder até a data do vencimento, desde que comunique, por
escrito, à apresentante o aceite e a retenção.
DUPLICATA
“Aceitando o título, o sacado concorda com seus dados e requisitos,
tornando líquida e certa a obrigação decorrente e transformando-se
de sacado em aceitante, havendo para ele a responsabilidade de
obrigado principal no título. Tornando-se inadimplente, contra ele
pode ser ajuizada ação direta, sem necessidade de qualquer
protesto. Se não aceitar, o protesto cambial é necessário para
prosperar a execução, juntando-se à inicial a prova de entrega das
mercadorias e a certidão do protesto cambial realizado.” (COSTA,
2006, p. 397)
DUPLICATA
CAPÍTULO II 
Da Remessa e da Devolução da Duplicata 
Art . 8º O comprador só poderá deixar de aceitar a duplicata por motivo de:
I - avaria ou não recebimento das mercadorias, quando não expedidas ou
não entregues por sua conta e risco;
II - vícios, defeitos e diferenças na qualidade ou na quantidade das
mercadorias, devidamente comprovados;
III - divergência nos prazos ou nos preços ajustados.
DUPLICATA
CAPÍTULO II 
DO ENDOSSO 
Art . 25. Aplicam-se à duplicata e à triplicata, no que
couber, os dispositivos da legislação sobre
emissão, circulação e pagamento das Letras de
Câmbio.
DUPLICATA
CAPÍTULO II 
DO AVAL
Art . 12. O pagamento da duplicata poderá ser assegurado por aval, sendo o
avalista equiparado àquele cujo nome indicar; na falta da indicação,avalista equiparado àquele cujo nome indicar; na falta da indicação,
àquele abaixo de cuja firma lançar a sua; fora desses casos, ao
comprador.
Parágrafo único. O aval dado posteriormente ao vencimento do título
produzirá os mesmos efeitos que o prestado anteriormente àquela
ocorrência.
DUPLICATA
CAPÍTULO II 
DO PAGAMENTO
Art . 9º É lícito ao comprador resgatar a duplicata antes de aceitá-la ou antes da data do
vencimento.vencimento.
§ 1º A prova do pagamento e o recibo, passado pelo legítimo portador ou por seu
representante com poderes especiais, no verso do próprio título ou em documento,
em separado, com referência expressa à duplicata.
§ 2º Constituirá, igualmente, prova de pagamento, total ou parcial, da duplicata, a
liquidação de cheque, a favor do estabelecimento endossatário, no qual conste, no
verso, que seu valor se destina a amortização ou liquidação da duplicata nele
caracterizada.
DUPLICATA
CAPÍTULO II 
DO PAGAMENTO
Art . 10. No pagamento da duplicata poderão ser deduzidos quaisquer créditos a favor do
devedor resultantes de devolução de mercadorias, diferenças de preço, enganos,
verificados, pagamentos por conta e outros motivos assemelhados, desde que
devidamente autorizados.
Art . 11. A duplicata admite reforma ou prorrogação do prazo de vencimento, mediante
declaração em separado ou nela escrita, assinada pelo vendedor ou endossatário, ou por
representante com poderes especiais.
Parágrafo único. A reforma ou prorrogação de que trata este artigo, para manter a
coobrigação dos demais intervenientes por endosso ou aval, requer a anuência expressa
destes.
DUPLICATA
CAPÍTULO IV 
Do Protesto
Art. 13. A duplicata é protestável por falta de aceite de devolução ou pagamento.
§ 1º Por falta de aceite, de devolução ou de pagamento, o protesto será tirado, conforme

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