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TÍTULOS DE CRÉDITO TÍTULOS DE CRÉDITO Pro Labore Direito Empresarial Ivan Guimarães Pompeu TÍTULOS DE CRÉDITO TÍTULOS DE CRÉDITO TÍTULOS DE CRÉDITO TÍTULOS DE CRÉDITO TÍTULOS DE CRÉDITO “Título de crédito é, antes de tudo, um documento. O documento, no qual se materializa, se incorpora a promessa da prestação futura a ser realizada pelo devedor, em pagamento da prestação atual realizada pelo credor.” (João Eunápio Borges) TÍTULOS DE CRÉDITO “Título de crédito é o documento necessário para“Título de crédito é o documento necessário para o exercício do direito, literal, autônomo, nele mencionado.” (Cesare Vivante) TÍTULOS DE CRÉDITO Princípios dos títulos de crédito: (i)Cartularidade; (ii)Literalidade; (iii) Formalismo; (iv)Autonomia. TÍTULOS DE CRÉDITO Cartularidade Cártula – documento representativo do título. Origem – Latim – “Chartula” – papel pequeno, pedaço de papel JURISPRUDÊNCIA - TJMG Processo:1.0707.07.148733-4/001(1) TJMG APELAÇÃO - EMBARGOS À EXECUÇÃO - PAGAMENTO DO DÉBITO - NOTA PROMISSÓRIA - PRINCÍPIO DA CARTULARIDADE - COBRANÇA DE ENCARGOS ABUSIVOS - NÃO COMPROVAÇÃO. A nota promissória, espécie de título de crédito, submete-se ao princípio daA nota promissória, espécie de título de crédito, submete-se ao princípio da cartularidade, segundo o qual impõe ao credor a obrigação de exibir a cambiariforme caso pretenda executar o título. Assim, a posse do título de crédito faz emergir a presunção iuris tantum de existência ou não da obrigação de pagar o valor nele mencionado. Logo, se a nota promissória encontra-se na posse do credor, presume-se que o devedor não efetuou o pagamento. JURISPRUDÊNCIA - TJMG Processo:2.0000.00.360552-3/000(1)TJMG Ementa:AÇÃO DE INDENIZAÇÃO - DUPLICATA NÃO PAGA NO VENCIMENTO - PAGAMENTO ATRAVÉS DE DEPÓSITO EM CONTA CORRENTE DA CREDORA - MEIO NÃO INDICADO PELA LEI - ENDOSSO - CIRCULAÇÃO DA DUPLICATA - CARÁTER DE CARTULARIDADE DOS TÍTULOS DE CRÉDITO - INEXISTÊNCIA DE COMUNICAÇÃO DA QUITAÇÃO DA ENDOSSANTE À ENDOSSATÁRIA - AUSÊNCIA DE CULPA DA PORTADORA DO TÍTULO - PROTESTO LEGÍTIMO - INDENIZAÇÃO INDEVIDA. Devido ao princípio da cartularidade, "não há direito sem o título, sem a cártula", e o titular do direito cambiário somente poderá exigir a prestação mediante a apresentação do título que incorpora o direito. Sendo a duplicata paga através de depósito em conta corrente da credora, sem o devedor fazer menção a qual título se referia aquele pagamento, conclui-se que não era dado à credora adivinhar a finalidade do depósito, razão pela qual o protesto não havia como ser impedido. JURISPRUDÊNCIA - TJMG Processo:1.0471.04.034073-2/002(1) TJMG Ementa:PROCESSUAL CIVIL - EXECUÇÃO - CÓPIA AUTENTICADA DE CHEQUE - PRINCÍPIO DA CARTULARIDADE - IMPUGNAÇÃO AOS EMBARGOS - PROVA. Pelo princípio da cartularidade, o credor do título de crédito deve provar que se encontra na posse do documento para exercer o direito nele mencionado. Sabe-se que o princípio da cartularidade admiteexercer o direito nele mencionado. Sabe-se que o princípio da cartularidade admite exceções, e uma delas é de estar o título juntado em autos de inquérito judicial, onde se apura eventual crime de estelionato praticado pelo emitente do título. Precedente do STJ. Alegado o vício na peça inaugural dos embargos do devedor, cabe ao embargado, em sede de impugnação, sanar o vício ou, pelo menos, provar a impossibilidade de fazê-lo. JURISPRUDÊNCIA – TJMG LITERALIDADE Número do processo:1.0071.01.001105-5/001(1) EMBARGOS À EXECUÇÃO - PRELIMINAR DE VIOLAÇÃO À IDENTIDADE FÍSICA DO JUIZ - PROMOÇÃO DO MAGISTRADO - HIPÓTESE PREVISTA PELO ART. 132 DO CPC - PRELIMINAR AFASTADA - CHEQUE - TÍTULO DE CRÉDITO - ATRIBUTO DA LITERALIDADE - AUSÊNCIA DE PROVAS CAPAZES DE ILIDIR AS INFORMAÇÕES CONSTANTES NA CÁRTULA - DISTRIBUIÇÃO DO ÔNUS SUCUMBENCIAL.INFORMAÇÕES CONSTANTES NA CÁRTULA - DISTRIBUIÇÃO DO ÔNUS SUCUMBENCIAL. - O juiz, titular ou substituto, que concluir a audiência, julgará a lide, salvo se estiver convocado, licenciado, afastado por qualquer motivo, promovido ou aposentado, casos em que passará os autos ao seu sucessor. O ATRIBUTO DA LITERALIDADE PRECONIZA A VALIDADE DO QUE ESTÁ ESCRITO NA CÁRTULA, REPUTANDO-SE SEM VALOR O CONTEÚDO DE DOCUMENTOS APARTADOS OU MERAS ALEGAÇÕES. JURISPRUDÊNCIA - TJMG PROCESSO CIVIL - EXECUÇÃO BASEADA EM NOTA PROMISSÓRIA - EMBARGOS - ALEGAÇÃO DE PAGAMENTO PARCIAL DO TÍTULO E DE ABUSIVIDADE DOS JUROS - PROVA TESTEMUNHAL - DESNECESSIDADE - CARÁTER LITERAL DOS TÍTULOS DE CRÉDITOS - AUSÊNCIA DE PROVA DA QUITAÇÃO DA DÍVIDA - 1 - Por gozarem os títulos de crédito de literalidade, eventual quitação destes, no caso, da nota promissória, devecrédito de literalidade, eventual quitação destes, no caso, da nota promissória, deve necessariamente constar no próprio contexto da cártula. Outrossim, qualquer questão relacionada a sua cobrança indevida deve ser demonstrada por meio documental. Sob esse prisma, pois, descabida a produção de prova testemunhal para comprovar a quitação de parte da dívida ou a cobrança abusiva de juros. 2 - Assim, ausente a quitação da dívida, conforme, inclusive, reconhecido pelas instâncias ordinárias, até mesmo porque inexistente qualquer início de prova por escrito, e sendo descabida a produção de prova testemunhal dada a literalidade dos título executado, perfeitamente cabível o julgamento antecipado da lide com a extinção do processo. (STJ, REsp 707460 / MS , Ministro JORGE SCARTEZZINI, Quarta Turma) FORMALISMO “O título de crédito deve atender aos requisitos impostos pela lei que o rege, dele constando todos os elementos essenciais à sua validade nos termos da lei. Daí ser dito que o título de crédito é formal” (COSTA, 2007, p. 68) TÍTULOS DE CRÉDITO Autonomia •AUTONOMIA DAS OBRIGAÇÕES;•AUTONOMIA DAS OBRIGAÇÕES; •AUTONOMIA DO DIREITO; TÍTULOS DE CRÉDITO Autonomia das Obrigações Art. 07 da LUG (Decreto Lei nº 57.663/66)– Se a letra contém assinaturas de pessoas incapazes de se obrigarem por letras, assinaturas falsas, assinaturas de pessoaspor letras, assinaturas falsas, assinaturas de pessoas fictícias, ou assinaturas que por qualquer outra razão não poderiam obrigar as pessoas que assinaram a letra, ou em nome das quais ela foi assinada, as obrigações dos outros signatários nem por isso deixam de ser válidas. JURISPRUDÊNCIA Número do processo:2.0000.00.394199-1/000(1) - Ação de anulação de título de crédito. Alegação de prática de agiotagem. Não comprovação. Falsidade da assinatura de um dos obrigados. Assinatura autêntica do avalista. Validade da obrigação contraída por um dos emitentes ou pelo avalista. Princípio da Autonomia das obrigações cambiárias. - Alegando os autores a prática de agiotagem pelo réu, cabe aos mesmos produzirem prova neste sentido, nos termos do artigo 333 do CPC. - A falsidade da assinatura do emitente não torna nula a obrigação do avalista, pois em face do princípio da autonomia das obrigações cambiárias, as obrigações lançadas no título de crédito são autônomas e independentes entre si. JURISPRUDÊNCIA “Pelo princípio da autonomia, tem-se que as diversas obrigações representadas no título de crédito, no caso, nas notas promissórias, são independentes e autônomas entre si. Assim, a declaração de nulidade de uma das obrigações não atinge as demais contraídas no título de crédito, através do lançamento das assinaturas dos obrigados.contraídas no título de crédito, através do lançamento das assinaturas dos obrigados. Logo, mesmo que a obrigação do devedor principal seja nula, a obrigação do avalista não sofre nenhum prejuízo, pois é autônoma e independente. O simples lançamento de assinatura no título de crédito eqüivale a uma obrigação assumida, independentementeda validade das outras.” JURISPRUDÊNCIA “"APELAÇÃO - EMBARGOS DO DEVEDOR - TÍTULOS DE CRÉDITO - NOTA PROMISSÓRIA - AVAL - LEGITIMIDADE PASSIVA - PENHORABILIDADE DE BENS DE SÓCIO - RECURSO ADESIVO - PARTE VENCEDORA - FALTA DE INTERESSE DE AGIR. (...) - Aquele que assina no verso da nota promissória, se não está endossando, está avalizando. Apresentando o título de crédito todos os requisitos legais, torna-se líquido, certo e exigível, e, portanto, eficaz. - O aval é ato substancialmente autônomo e independente da obrigação garantida. O avalista não precisa ser, necessariamente, um terceiro, estranho ao meio cambial: pode avalizar qualquer dos coobrigados, um endossador, o sacador, o próprio aceitante da letra ou emitente da nota promissória. (...)"(TAMG - Apelação: 0366702-7 - Órgão Julgador: Terceira Câmara Cível - Relator: Mauro Soares de Freitas - Data da Julgamento: 21/08/2002 ) JURISPRUDÊNCIA EMBARGOS À EXECUÇÃO - CERCEAMENTO DE DEFESA - NÃO-OCORRÊNCIA - CÉDULA DE CRÉDITO RURAL - TÍTULO EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL - EXECUÇÃO CONTRA AVALISTA - POSSIBILIDADE. A cédula rural pignoratícia, que embasa a presente demanda, constitui título executivo extrajudicial, tendo em vista que o art. 10 do Decreto-lei 167/67 dispõe que a cédula de crédito rural é título civil, líquido, certo e exigível pela soma dela constante ou do endosso, além dos juros, da comissão de fiscalização, se houver, e demais despesas que o credor fizer para segurança, regularidade e realização de seu direito creditório. O vínculo decorrente do aval, no âmbito do direito cambiário, traduz a idéia de solidariedade, abstração e autonomia, não havendo como se afastar a responsabilidade do apelante, na qualidade de avalista da cédula de crédito rural exeqüenda, pela satisfação da obrigação representada pelo título, face ao inadimplemento do devedor principal. (TJMG - Apelação: 1.0091.05.004475-8/002(1) ) TÍTULOS DE CRÉDITO Autonomia do Direito Inoponibilidade das Exceções ao terceiro de boa-fé Art. 17 da LUG (Decreto Lei nº 57.663/66) - "As pessoas acionadas em virtude uma letra não podem opor ao portador as exceções fundadas sobre as relações pessoais delas com o sacador ou com os portadores anteriores, a menos que o portador ao adquirir a letra tenha procedido conscientemente em detrimento do devedor". TÍTULOS DE CRÉDITO Inoponibilidade das Exceções ao terceiro de boa-fé Art. 25 da Lei do Cheque (Lei nº 7.357/85) - “Quem forArt. 25 da Lei do Cheque (Lei nº 7.357/85) - “Quem for demandado por obrigação resultante de cheque não pode opor ao portador exceções fundadas em relações pessoais com o emitente, ou com os portadores anteriores, salvo se o portador o adquiriu conscientemente em detrimento do devedor". TÍTULOS DE CRÉDITO Inoponibilidade das Exceções ao terceiro de boa-fé Art. 916 do Código Civil - “As exceções, fundadas em relação do devedor com osfundadas em relação do devedor com os portadores precedentes, somente poderão ser por ele opostas ao portador, se este, ao adquirir o título, tiver agido de má-fé. " TÍTULOS DE CRÉDITO Inoponibilidade das Exceções ao terceiro de boa-fé EMBARGOS À EXECUÇÃO - AÇÃO DE ANULAÇÃO DE TÍTULOS DE CRÉDITO CONEXA - CHEQUES - ENDOSSO EM BRANCO - LEGALIDADE - LEGTIMIDADE ATIVA DO ENDOSSATÁRIO PARA EXERCÍCIO DA COBRANÇALEGTIMIDADE ATIVA DO ENDOSSATÁRIO PARA EXERCÍCIO DA COBRANÇA - EXCEÇÕES PESSOAIS - INOPONIBILIDADE- EMBARGOS JULGADOS IMPROCEDENTES - ANULATÓRIA EXTINTA - RECURSO DESPROVIDO. É defeso ao emitente do cheque opor ao seu portador exceções fundadas em relações pessoais com o endossante, salvo se demonstrada a má-fé do terceiro. Admitir a existência de litisconsórcio unitário entre sacador e endossatário/portador seria tornar inócua a garantia de inoponibilidade ao endossatário das exceções pessoais do sacado contra o sacador. TÍTULOS DE CRÉDITO Inoponibilidade das Exceções ao terceiro de boa-fé EMBARGOS À EXECUÇÃO - NOTA PROMISSÓRIA - - PORTADOR DO TÍTULO - ENDOSSO - CAUSA DEBENDI - TERCEIRO DE BOA-FÉ - INOPONIBILIDADE DE EXCEÇÕES PESSOAIS. Se houve a transferência de título operada via endosso, e tendo a parte recebido a cártulahouve a transferência de título operada via endosso, e tendo a parte recebido a cártula por esse meio e estando com sua posse, encontra-se imbuído de legitimidade para figurar no pólo ativo da ação de execução. É defeso ao emitente de título opor ao seu portador exceções fundadas em relações pessoais com o endossante, salvo se demonstrada a má-fé do terceiro. Desde que a cártula esteja formalmente perfeita, ou seja, presentes os requisitos da liquidez, certeza e exigibilidade, não há que se inquirir acerca da causa de sua existência. (TJMG - 1.0480.03.040630-4/001(1) TÍTULOS DE CRÉDITO Autonomia do Direito Abstração “Nas obrigações cambiais, a causa que lhes deu origem não constitui meio de defesa. Neste ponto se diferenciam os títulos de crédito abstratos dos causais. Nestes, a suatítulos de crédito abstratos dos causais. Nestes, a sua eficácia é nenhuma se o negócio jurídico subjacente inexistir ou for ilícito. Naqueles, esses mesmos vícios não impedem que a obrigação cartular produza seus efeitos” (RESP n. 162.032/RS, 3 Turma, j. 26.10.1999) JURISPRUDÊNCIA Abstração EMBARGOS À EXECUÇÃO - CHEQUE - PRESCRIÇÃO - NEGÓCIO SUBJACENTE - VINCULAÇÃO - INEXISTÊNCIA - CDC - INAPLICABILIDADE. O artigo 59, caput, da Lei nº 7.357/85, fixa o prazo de prescrição do cheque, em seis meses, contados da expiração do lapso temporal para a apresentação. Referido título de créditoda expiração do lapso temporal para a apresentação. Referido título de crédito é autônomo, abstrato e literal, não possuindo vínculo com o negócio jurídico subjacente. A norma consumerista somente tem aplicação quando o contratante puder ser caracterizado como destinatário final. (TJMG, Processo nº 1.0647.06.069987-1/002(1) ) JURISPRUDÊNCIA Abstração PROCESSUAL CIVIL - APELAÇÃO - AÇÃO MONITÓRIA - CHEQUE PRESCRITO - CABIMENTO - IRRELEVÂNCIA DA RELAÇÃO DE ORIGEM - MANUTENÇÃO DA SENTENÇA- RECURSO NÃO PROVIDO. -Não há que se falar em cerceamento de defesa em função de julgamento antecipado da lide, para comprovação da origem dos títulos. -É dispensável a juntada deantecipado da lide, para comprovação da origem dos títulos. -É dispensável a juntada de nota fiscal para comprovar origem dos cheques emitidos, sendo que tais títulos desvinculam-se da obrigação originária e em função do princípio da autonomia. -O cheque prescrito constitui prova escrita apta a autorizar o ajuizamento de ação monitória de acordo com a Súmula 299 do STJ. -Recurso conhecido e não provido. (TJMG, Processo nº 1.0301.05.018337-7/002(1)) JURISPRUDÊNCIA Abstração Número do processo:1.0701.04.069853-5/001(1) Ementa:AÇÃO ANULATÓRIA DE TÍTULO DE CRÉDITO - PRETENSÃO DE DISCUTIR A ORIGEM DA DÍVIDA - IMPOSSIBILIDADE - PRINCÍPIO DA ABSTRAÇÃO - ALEGAÇÃO DE DESCUMPRIMENTO CONTRATUAL - INOPONIBILIDADE DE EXCEÇÕES AO ADQUIRENTE DE BOA-FÉ - NÃO CARACTERIZAÇÃO DE LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ - AUSÊNCIA DE DOLO. 1. Pelo princípio da autonomia cartular, quem de boa-fé adquirir título de outrem, ainda que transferido por possuidor ilegítimo, terá direito autônomo. Logo, contra ele não poderão ser opostas, as exceções que o emitente tinha contra o credor originário do título. 2. O próprio título é suficiente para que o beneficiário se valha dos direitos nele contidos. 3. Não há que se inquirir da origem do título de crédito com o terceiro adquirente já que, pelo princípio da abstração, quando o título é posto em circulação, o que in casu se verificou, se desvincula da relação que lhe deu origem. TÍTULOS DE CRÉDITO Classificação 1) Quanto à circulação: 1.1 – Títulos ao portador 1.2 – Títulos à ordem 1.3 – TítulosNominativos Título ao Portador: (i) Letra de Câmbio: Art. 1 – A letra contém: (...) 6 – o nome da pessoa a quem ou à ordem de quem deve ser paga Art. 2 – O escrito em que faltar algum dos requisitos indicados no artigo anterior não produzirá efeito como letra (ii) Nota Promissória: Art. 75 – A nota promissória contém: (...) 5 – o nome da pessoa a quem ou àArt. 75 – A nota promissória contém: (...) 5 – o nome da pessoa a quem ou à ordem de quem deve ser paga Art. 76 – O título em que faltar algum dos requisitos indicados no artigo anterior não produzirá efeito como nota promissória (III) Duplicata: Art. 2 da Lei 5.474/68 – (...) §1 – A duplicata conterá: (…) IV – o nome e domicílo do vendedor e do comprador. TÍTULOS DE CRÉDITO Classificação Título ao Portador: CHEQUE: Lei 7.357/85 – art. 8 – Pode-se estipular no cheque que seu pagamento seja feito:seja feito: III – ao portador. parágrafo único – Vale como cheque ao portador o que não contém indicação do beneficiário e o emitido em favor de pessoa nomeada com a cláusula “ou ao portador”, ou expressão equivalente. TÍTULOS DE CRÉDITO Classificação Título ao Portador: CHEQUE: Lei 9.069/95 – art. 69:Lei 9.069/95 – art. 69: Art. 69. A partir de 1º de julho de 1994, fica vedada a emissão, pagamento e compensação de cheque de valor superior a R$ 100,00 (cem REAIS), sem identificação do beneficiário. TÍTULOS DE CRÉDITO Classificação TÍTULO À ORDEM “(...) o título pode conter a indicação da pessoa a“(...) o título pode conter a indicação da pessoa a quem se deve efetuar o pagamento, ou à sua ordem. Paga-se um beneficiário que está indicado no título, ou a quem este ordenar que se faça.”(RIZZARDO, 2009, p. 40) TÍTULOS DE CRÉDITO Classificação TÍTULO À ORDEM Art. 11 da LUG (Decreto Lei n 57.663/66) – Toda letra de câmbio, mesmo que não envolva expressamente a cláusula à ordem, é transmissível viaque não envolva expressamente a cláusula à ordem, é transmissível via endosso. Art. 77 – São aplicáveis às notas promissórias, na parte em que não sejam contrárias à natureza deste título, as disposições relativas às letras e concernentes: endosso (artigos 11 a 20) TÍTULOS DE CRÉDITO Classificação TÍTULO À ORDEM Lei n7.357/85 (Lei do Cheque) – Art. 17 O cheque pagável aLei n7.357/85 (Lei do Cheque) – Art. 17 O cheque pagável a pessoa nomeada, com ou sem cláusula expressa “à ordem”, é transmissível por via do endosso. Lei n 5.474/68 – Art. 2 §1 – A duplicata conterá: (…) VII – a cláusula à ordem TÍTULOS DE CRÉDITO Classificação CLÁUSULA NÃO À ORDEM LUG (Decreto Lei n 57.663/66) - Art. 11. Toda letra de câmbio, mesmo que não envolva expressamente a cláusula à ordem, é transmissível por via de endosso. Quando o sacador tiver inserido na letra as palavras "não à ordem", ou uma expressão equivalente, a letra só é transmissível pela forma e com os efeitos de uma cessão ordinária de créditos. Lei n7.357/85 (Lei do Cheque) – Art . 17 O cheque pagável a pessoa nomeada, com ou sem cláusula expressa ‘’ à ordem’’, é transmissível por via de endosso. § 1º O cheque pagável a pessoa nomeada, com a cláusula ‘’não à ordem’’, ou outra equivalente, só é transmissível pela forma e com os efeitos de cessão TÍTULOS DE CRÉDITO Classificação TÍTULO PURAMENTE NOMINATIVO Art. 921 do Código Civil – É título nominativo o emitido em favor de pessoa cujo nome conste no registro do emitente TÍTULOS DE CRÉDITO Classificação TÍTULO À ORDEM X TÍTULO PURAMENTE NOMINATIVO “A cláusula à ordem, como foi dito, vem sempre ao lado do nome do beneficiário, o que justamente faz com que sejam confundidos os títulosbeneficiário, o que justamente faz com que sejam confundidos os títulos à ordem com os puramente nominativos; mas se diferenciam as duas modalidades pelo fato de, nos títulos puramente nominativos, ser quase sempre necessário constar sua emissão do registro do emitente, enquanto que nos títulos à ordem não há esse registro.” (MARTINS, 2008, p. 16/17) TÍTULOS DE CRÉDITO Classificação 1) Quanto a natureza: 1.1 – Abstrato 1.2 – Causal TÍTULOS DE CRÉDITO NORMAS APLICÁVEIS Letra de Câmbio e Nota Promissória: (i) Decreto 2.044/1908;(i) Decreto 2.044/1908; (ii) Lei Uniforme de Genebra (LUG) – incorporada no direito brasileiro através do Decreto Lei 57.663/1966 – Anexo I (iii) Reservas da LUG – Anexo II TÍTULOS DE CRÉDITO NORMAS APLICÁVEIS As reservas adotadas pelo Brasil Arts. 2,3,5,6,7,9,10,13, 15, 16, 17, 19 e 20 do Anexo II TÍTULOS DE CRÉDITO NORMAS APLICÁVEIS TÍTULOS DE CRÉDITO NORMAS APLICÁVEIS Cheque: (i) Lei 7.357/1985 Duplicata: (i) Lei 5.474/ 1968 TÍTULOS DE CRÉDITO NORMAS APLICÁVEIS Código Civil – Regramento Geral – Aplicável subsidiariamente nos títulos em que há norma especial.nos títulos em que há norma especial. Art. 903. Salvo disposição diversa em lei especial, regem-se os títulos de crédito pelo disposto neste Código. TÍTULOS DE CRÉDITO DECLARAÇÃO CAMBIAL • Declaração necessária ou originária – Saque ou Emissão • Declarações cambiais eventuais ou sucessivas – Aceite, Endosso e Aval LETRA DE CÂMBIO PARTES 1 – Sacador; 2 – Sacado; 3 – Tomador ou beneficiário; LETRA DE CÂMBIO LETRA DE CÂMBIO Sacador Sacado Ordem de Pagamento Tomador Entrega do Título Se aceitar paga o título LETRA DE CÂMBIO LETRA DE CÂMBIO Art. 2º. O escrito em que faltar algum dos requisitos indicados no artigo anterior não produzirá efeito como letra, salvo nos casos determinados nas alíneas seguintes: A letra em que se não indique a época do pagamento entende-se pagável à vista. Na falta de indicação especial, o lugar designado ao lado do nome do sacadoNa falta de indicação especial, o lugar designado ao lado do nome do sacado considera-se como sendo o lugar do pagamento, e, ao mesmo tempo, o lugar do domicilio do sacado. A letra sem indicação do lugar onde foi passada considera-se como tendo-o sido no lugar designado, ao lado do nome do sacador. LETRA DE CÂMBIO LETRA INCOMPLETA ANEXO I Art. 10. Se uma letra incompleta no momento de ser passada tiver sido completada contrariamente aos acordos realizados, não pode a inobservância dessescontrariamente aos acordos realizados, não pode a inobservância desses acordos ser motivo de oposição ao portador, salvo se este tiver adquirido a letra de má-fé ou, adquirindo-a, tenha cometido uma falta grave. ANEXO II Art. 3º. Qualquer das Altas Partes Contratantes reserva-se a faculdade de não inserir o artigo 10 da Lei Uniforme na sua lei nacional. LETRA DE CÂMBIO RESPONSABILIDADE DO SACADOR Art. 9º. O sacador é garante tanto da aceitação como do pagamento de letra. O sacador pode exonerar-se da garantia da aceitação; toda e qualquer cláusula pela qual ele se exonere da garantia do pagamento considera- se como não escrita. Art. 47. Os sacadores, aceitantes, endossantes ou avalistas de uma letra são todos solidariamente responsáveis para com o portador. LETRA DE CÂMBIO TIPOS DE LETRA DE CÂMBIO (Art. 33 da LUG) (i) À vista; (ii) Dia certo; (iii) A certo termo de data; (iv) A certo termo de vista ; LETRA DE CÂMBIO ACEITE – Arts. 21 a 29 (i) Declaração Eventual. Pode ocorrer ou não no título; (ii) Depois que assina, aceitando a letra de câmbio, o sacado(ii) Depois que assina, aceitando a letra de câmbio, o sacado passa a denominar-se aceitante; (iii) Pode assinar procurador com poderes específicos; (iv) Existe aceite somente na Letra de Câmbio e na Duplicata. LETRA DE CÂMBIO VENCIMENTO – Art. 33 a 37 (i) À vista – Art. 34 da LUG; (ii) Dia certo;(ii) Dia certo; (iii) A certo termode data – vencimento em “tantos” dias da emissão; (iv) A certo termo de vista – Art.35 c/c Art. 23 da LUG – vencimento a partir do aceite; LETRA DE CÂMBIO A certo termo de vista Art. 25. (...) Quando se trate de uma letra pagável a certo termo de vista, ou que deva ser apresentada ao aceite dentro de um prazo determinado por estipulação especial, o aceite deve ser datado do dia em que foi dado, salvo se o portador exigir que a data seja a da apresentação. À falta de data, o portador, para conservar os seus direitos de recurso contra os endossantes e contra o sacador, deve fazer constar essa omissão por um protesto, feito em tempo útil. Art. 35. O vencimento de uma letra a certo termo de vista determina se, quer pela data do aceite, quer pela do protesto. Na falta de protesto, o aceite não datado entende-se, no que respeita ao aceitante, como tendo sido dado no último dia do prazo para a apresentação ao aceite. LETRA DE CÂMBIO A certo termo de vista Certo termo de vista 1 ano da emissão para aceite Aceite datado Conta-se o prazo para vencimento Aceite não datado Portador coloca data no aceite Protesto Conta-se o prazo para vencimento LETRA DE CÂMBIO LETRA DE CÂMBIO ACEITE (i) Declaração Eventual. Pode ocorrer ou não no título; (ii) Sem o aceite na letra de câmbio o sacado não assume obrigação alguma no título, já que não o assinou. Portanto, não sendo possível obter o aceite na letratítulo, já que não o assinou. Portanto, não sendo possível obter o aceite na letra de câmbio, a tentativa de recebimento do sacado torna-se infrutífera; (iii) Depois que assina, aceitando a letra de câmbio, o sacado passa a denominar-se aceitante; (iv) Pode assinar procurador com poderes específicos; (v) Existe aceite somente na Letra de Câmbio e na Duplicata. LETRA DE CÂMBIO ACEITE Art. 21. A letra pode ser apresentada, até o vencimento, ao aceite do sacado, no seu domicílio, pelo portador ou até por um simples detentor. Art. 25. O aceite é escrito na própria letra. Exprime-se pela palavra "aceite" ou qualquer outra palavra equivalente; o aceite é assinado pelo sacado. Vale como aceite a simples assinatura do sacado aposta na parte anterior da letra. LETRA DE CÂMBIO FALTA OU RECUSA DO ACEITE Art. 43. O portador de uma letra pode exercer os seus direitos de ação contra os endossantes, sacador e outros coobrigados:endossantes, sacador e outros coobrigados: no vencimento; se o pagamento não foi efetuado; mesmo antes do vencimento: 1º) se houve recusa total ou parcial de aceite. LETRA DE CÂMBIO FALTA OU RECUSA DO ACEITE Art. 44 da LUG - A recusa de aceite ou de pagamento deve ser comprovada por um ato formal (protesto por falta de aceite ou falta de pagamento). O protesto por falta de aceite deve ser feito nos prazos fixados para a apresentação ao aceite. Art. 53. Depois de expirados os prazos fixados: - para se fazer o protesto por falta de aceite ou por falta de pagamento; O portador perdeu os seus direitos de ação contra os endossantes, contra o sacador e contra os outros coobrigados, à exceção do aceitante. LETRA DE CÂMBIO FALTA OU RECUSA DO ACEITE Decreto nº 2.044/1908 - Art. 19. A letra é considerada vencida, quando protestada: I. pela falta ou recusa do aceite; LETRA DE CÂMBIO Falta ou Recusa de Aceite Recusa do Aceite Realiza o protesto Letra vencida Protesto realizado em tempoProtesto fora do prazo Perda do direito Coobrigados LETRA DE CÂMBIO FALTA OU RECUSA DO ACEITE “O protesto por recusa de aceite total ou parcial da letra de câmbio permite ao portador mover a ação cambiária, mesmo antes do vencimento, contra osportador mover a ação cambiária, mesmo antes do vencimento, contra os devedores indiretos (LUG, art. 43, nº 1). Isso porque o legislador genebrino partiu da presunção de que se o sacado não aceita a letra de câmbio, manifesta a intenção de não pagar no vencimento, não havendo razão para que se exija do portador que aguarde o vencimento para acionar os devedores indiretos (sacador, endossantes e respectivos avalistas).” (ROSA JR. 2009, p.388) LETRA DE CÂMBIO FALTA OU RECUSA DO ACEITE LETRA DE CÂMBIO ACEITE PARCIAL Art. 26 da LUG – O aceite é puro eArt. 26 da LUG – O aceite é puro e simples, mas o sacado pode limitá-lo a uma parte da importância sacada. LETRA DE CÂMBIO ENDOSSO Art. 12. O endosso deve ser puro e simples. Qualquer condição a que ele seja subordinado considera-se como não escrita. O endosso parcial é nulo.O endosso parcial é nulo. Art. 13. O endosso deve ser escrito na letra ou numa folha ligada a esta (anexo). Deve ser assinado pelo endossante. Art. 14. O endosso transmite todos os direitos emergentes da letra. Art. 15. O endossante, salvo cláusula em contrário, é garante tanto da aceitação como do pagamento da letra. – * Art. 914 do Código Civil LETRA DE CÂMBIO ENDOSSO Art. 16. O detentor de uma letra é considerado portador legitimo se justifica o seu direito por uma serie ininterrupta de endossos, mesmo se o último for em branco. Os endossos riscados consideram-se, para este efeito, como não escritos. Quando um endosso em branco é seguido de um outro endosso, presume-se que o signatário deste adquiriu a letra pelo endosso em branco. LETRA DE CÂMBIO ENDOSSO Art. 11. O endosso pode ser feito mesmo aArt. 11. O endosso pode ser feito mesmo a favor do sacado, aceitando ou não, do sacador, ou de qualquer outro coobrigado. Estas pessoas podem endossar novamente a letra. LETRA DE CÂMBIO ENDOSSO Espécies de Endosso: 1. Endosso pleno, completo, próprio ou regular; 1.1 Endosso em Branco; 1.2 Endosso em Preto; 2. Endosso Impróprio, incompleto ou irregular; 2.1 Endosso Mandato; 2.2 Endosso Caução. LETRA DE CÂMBIO ENDOSSO EM BRANCO Art. 13. (...) O endosso pode não designar o benefício, ou consistir simplesmente na assinaturabenefício, ou consistir simplesmente na assinatura do endossante (endosso em branco). Neste último caso, o endosso para ser válido deve ser escrito no verso da letra ou na folha anexa. LETRA DE CÂMBIO ENDOSSO EM BRANCO Art. 14. O endosso transmite todos os direitos emergentes da letra. Se o endosso for em branco, o portador pode: 1º) preencher o espaço em branco, quer com o seu nome, quer com o nome de1º) preencher o espaço em branco, quer com o seu nome, quer com o nome de outra pessoa; 2º) endossar de novo a letra em branco ou a favor de outra pessoa; 3º) remeter a letra a um terceiro, sem preencher o espaço em branco e sem a endossar. LETRA DE CÂMBIO ENDOSSO EM BRANCO “Não se deve afirmar que existindo endosso em branco, o título passa a circular com se tivesse sido transformado ao portador. Isso porque, na realidade, o título não passa a ser juridicamente uma cambial ao portador. Trata-se apenas de “uma simples semelhança”, uma vez que, para a legitimação de quem detém o título ao portador, basta a sua posse, enquanto, para legitimação do credor de título em branco, ele terá de justificar o seu direito com base em uma série ininterrupta de endosso, ainda que o último seja em branco.” (ROSA JR., 2009, p. 231) *Art. 16 LUG LETRA DE CÂMBIO ENDOSSO MANDATO Art. 18. Quando o endosso contém a menção "valor a cobrar" (valeur en recouvrement), "para cobrança" (pour encaissement), "por procuração" (par procuration), ou qualquer outra menção que implique um simples mandato, oprocuration), ou qualquer outra menção que implique um simples mandato, o portador pode exercer todos os direitos emergentes da letra, mas só pode endossá-la na qualidade de procurador. Os coobrigados, neste caso, só podem invocar contra o portador as exceções que eramoponíveis ao endossante. O mandato que resulta de um endosso por procuração não se extingue por morte ou sobrevinda incapacidade legal do mandatário. LETRA DE CÂMBIO ENDOSSO CAUÇÃO Art. 19. Quando o endosso contém a menção "valor em garantia", "valor em penhor" ou qualquer outra menção que implique uma caução, o portador pode exercer todos os direitos emergentes da letra,caução, o portador pode exercer todos os direitos emergentes da letra, mas um endosso feito por ele só vale como endosso a título de procuração. Os coobrigados não podem invocar contra o portador as exceções fundadas sobre as relações pessoais deles com o endossante, a menos que o portador, ao receber a letra, tenha procedido conscientemente em detrimento do devedor. LETRA DE CÂMBIO ENDOSSO RESPONSABILIDADE DO ENDOSSANTE RESPONSABILIDADE DO ENDOSSANTE ART. 15 DA LUG LETRA DE CÂMBIO ENDOSSO 1. Endosso sem garantia;1. Endosso sem garantia; 2. Cláusula proibição de novo endosso. LETRA DE CÂMBIO Cláusula proibição de novo endosso Art. 15. (...) O endossante pode proibir umArt. 15. (...) O endossante pode proibir um novo endosso, e, neste caso, não garante o pagamento às pessoas a quem a letra for posteriormente endossada. LETRA DE CÂMBIO ENDOSSO x CESSÃO DE CRÉDITO Art. 11. Quando o sacador tiver inserido na letra as palavras "não à ordem", ou uma expressão equivalente, a letra só é transmissível pela forma e com os efeitos de uma cessão ordinária de créditos. * Cessão de Crédito – Art. 286 a 298 do Código Civil LETRA DE CÂMBIO ENDOSSO PARCIAL É NULO Art. 12 da LUGArt. 12 da LUG LETRA DE CÂMBIO AVAL Art. 30. O pagamento de uma letra pode ser no todo ou em parte garantido por aval. Esta garantia é dada por um terceiro ou mesmo por um signatário da letra. LETRA DE CÂMBIO Atenção Art. 897 – parágrafo único do Código Civil que estabele: “é vedado o aval parcial” ** Tal previsão não se aplica aos títulos de crédito regulados por lei especial. LETRA DE CÂMBIO AVAL Art. 31. O aval é escrito na própria letra ou numa folha anexa. Exprime-se pelas palavras "bom para aval" ou por qualquer fórmula equivalente; e assinado pelo dador do aval. O aval considera-se como resultante da simples assinatura do dador aposta na face anterior da letra, salvo se trata das assinaturas do sacado ou do sacador. O aval deve indicar a pessoa por quem se dá. Na falta de indicação, entender-se-á pelo sacador. LETRA DE CÂMBIO AVAL EM BRANCO X AVAL EM PRETO “O aval em preto ocorre quando o avalista identifica a pessoa avalizada e pode ser lançado no anverso ou no verso do título. O aval em branco caracteriza-se quando o avalista não identifica a pessoa do avalizado, porque o aval pode resultar tãoavalista não identifica a pessoa do avalizado, porque o aval pode resultar tão somente de simples assinatura do avalista lançado na face anterior do título, desde que não seja assinatura do sacado ou do sacador da letra (...) O aval em branco só deve ser dado na face anterior do título, não sendo admitido no dorso para não se confundir com o endosso em branco (LUG, art. 13). Entretanto, se lançado no dorso do título, deve ser considerado como válido porque nos títulos cambiários não há assinatura inútil” (ROSA JR. 2009, p. 289/290) LETRA DE CÂMBIO OBRIGAÇÃO DO AVALISTA Art. 32. O dador de aval é responsável da mesma maneira que a pessoa por ele afiançada. A sua obrigação mantém-se, mesmo no caso de a obrigação que ele garantiu serA sua obrigação mantém-se, mesmo no caso de a obrigação que ele garantiu ser nula por qualquer razão que não seja um vício de forma. Se o dador de aval paga a letra, fica sub-rogado nos direitos emergentes da letra contra a pessoa a favor de quem foi dado o aval e contra os obrigados para com esta em virtude da letra. JURISPRUDÊNCIA Número do processo:2.0000.00.394199-1/000(1) - Ação de anulação de título de crédito. Alegação de prática de agiotagem. Não comprovação. Falsidade da assinatura de um dos obrigados. Assinatura autêntica do avalista. Validade da obrigação contraída por um dos emitentes ou pelo avalista. Princípio da Autonomia das obrigações cambiárias. - Alegando os autores a prática de agiotagem pelo réu, cabe aos mesmos produzirem prova neste sentido, nos termos do artigo 333 do CPC. - A falsidade da assinatura do emitente não torna nula a obrigação do avalista, pois em face do princípio da autonomia das obrigações cambiárias, as obrigações lançadas no título de crédito são autônomas e independentes entre si. JURISPRUDÊNCIA “Pelo princípio da autonomia, tem-se que as diversas obrigações representadas no título de crédito, no caso, nas notas promissórias, são independentes e autônomas entre si. Assim, a declaração de nulidade de uma das obrigações não atinge as demais contraídas no título de crédito, através do lançamento das assinaturas dos obrigados.contraídas no título de crédito, através do lançamento das assinaturas dos obrigados. Logo, mesmo que a obrigação do devedor principal seja nula, a obrigação do avalista não sofre nenhum prejuízo, pois é autônoma e independente. O simples lançamento de assinatura no título de crédito eqüivale a uma obrigação assumida, independentemente da validade das outras.” JURISPRUDÊNCIA “"APELAÇÃO - EMBARGOS DO DEVEDOR - TÍTULOS DE CRÉDITO - NOTA PROMISSÓRIA - AVAL - LEGITIMIDADE PASSIVA - PENHORABILIDADE DE BENS DE SÓCIO - RECURSO ADESIVO - PARTE VENCEDORA - FALTA DE INTERESSE DE AGIR. (...) - Aquele que assina no verso da nota promissória, se não está endossando, está avalizando. Apresentando o título de crédito todos os requisitos legais, torna-se líquido, certo e exigível, e, portanto, eficaz. - O aval é ato substancialmente autônomo e independente da obrigação garantida. O avalista não precisa ser, necessariamente, um terceiro, estranho ao meio cambial: pode avalizar qualquer dos coobrigados, um endossador, o sacador, o próprio aceitante da letra ou emitente da nota promissória. (...)"(TAMG - Apelação: 0366702-7 - Órgão Julgador: Terceira Câmara Cível - Relator: Mauro Soares de Freitas - Data da Julgamento: 21/08/2002 ) LETRA DE CÂMBIO AVAL PESSOA CASADA Art. 1.647. Ressalvado o disposto no art. 1.648, nenhum dos cônjuges pode, sem autorização do outro,nenhum dos cônjuges pode, sem autorização do outro, exceto no regime da separação absoluta: III - prestar fiança ou aval; LETRA DE CÂMBIO AVAL X FIANÇA Fiança (Arts. 818 a 839): (i) instituto regulado pelo direito civil pode garantir qualquer obrigação; (ii) Pode ser formalizada no próprio documento ou em outro separado; (iii) Forma de contrato;(iii) Forma de contrato; (iv) Nula a obrigação principal, nula será a fiança; (v) Comporta benefício de ordem; (vi) Pode argüir exceções pessoais do afiançado. LETRA DE CÂMBIO AVAL X FIANÇA Aval (Arts. 30 a 32 da LUG): (i) instituto próprio do direito cambiário, só pode ser lançado no título de crédito; (ii) Só pode ser lançado no próprio título; (iii) Mera declaração unilateral de vontade;(iii) Mera declaração unilateral de vontade; (iv) Obrigação autônoma, se nula a obrigação principal, subsiste a do avalista, salvo vício de forma; (v) Não comporta benefício de ordem; (vi) Pode argüir exceções pessoais do avalizado. LETRA DE CÂMBIO AVAL SIMULTÂNEO “São considerados avais simultâneos os avais dados ao mesmo avalizado” * Artigo 283 do Código Civil * SÚMULA 189 DO STF LETRA DE CÂMBIO AVAL SUCESSIVO Chamado de “aval de aval” – Quando alguém avaliza um avalista no mesmo título LETRA DE CÂMBIO PAGAMENTO • Arts. 38 a 42 • Reservas – Arts. 5, 6 e 9 LETRA DE CÂMBIO PAGAMENTO Art. 38. O portadorde uma letra pagável em dia fixo ou a certo termo de data ou de vista deve apresentá-la a pagamento no dia em que ela é pagávelou de vista deve apresentá-la a pagamento no dia em que ela é pagável ou num dos 2 (dois) dias úteis seguintes. A apresentação da letra a uma câmara de compensação equivale a apresentação a pagamento. LETRA DE CÂMBIO PAGAMENTO ANEXO II - Art. 5º. Qualquer das Altas Partes Contratantes pode completar o artigo 38 da Lei Uniforme dispondo que, em relação às letras pagáveis no seu território, o portador deverá fazer a apresentação no próprio dia do vencimento; a inobservância desta obrigação só acarreta responsabilidade por perdas e danos. Art. 20 do Decreto 2.044/1908 - A letra deve ser apresentada ao sacado ou ao aceitante para o pagamento, no lugar designado e no dia do vencimento ou, sendo este dia feriado por lei, no primeiro dia útil imediato, sob pena de perder o portador o direito de regresso contra o sacador, endossantes e avalistas. LETRA DE CÂMBIO PAGAMENTO Art. 39. O sacado que paga uma letra pode exigir que ela lhe seja entregue com a respectiva quitação. O portador não pode recusar qualquer pagamento parcial. No caso de pagamento parcial, o sacado pode exigir que desse pagamento se faça menção na letra e que dele lhe seja dada quitação. LETRA DE CÂMBIO PAGAMENTO Modalidades: • Pagamento Extintivo – é aquele feito pelo obrigado principal: pelo aceitante na letra de câmbio, pelo sacador de uma letra de câmbio não aceita ou peloletra de câmbio, pelo sacador de uma letra de câmbio não aceita ou pelo emitente de uma nota promissória. – “ Esse pagamento é considerado extintivo, porque, verificado o mesmo por qualquer das pessoas antes indicadas, o título não mais produz qualquer efeito. Não poderá circular. Definitivamente sua vida termina.” (COSTA, 2006, p. 214) • Pagamento Recuperatório – é aquele efetuado por qualquer obrigado de regresso (sacador do título aceito, endossantes e avalistas). LETRA DE CÂMBIO FALTA OU RECUSA DE PAGAMENTO Art. 43. O portador de uma letra pode exercer os seus direitos de ação contra os endossantes, sacador e outros coobrigados:endossantes, sacador e outros coobrigados: no vencimento; se o pagamento não foi efetuado; mesmo antes do vencimento: 1º) se houve recusa total ou parcial de aceite. LETRA DE CÂMBIO FALTA OU RECUSA DE PAGAMENTO Art. 44 da LUG - A recusa de aceite ou de pagamento deve ser comprovada por um ato formal (protesto por falta de aceite ou falta de pagamento). O protesto por falta de pagamento de uma letra pagável em dia fixo ou a certo termo de data ou de vista deve ser feito num dos 2 (dois) dias úteis seguintes àquele em que a letra é pagável. Se se trata de uma letra pagável à vista, o protesto deve ser feito nas condições indicadas na alínea precedente para o protesto por falta de aceite. O protesto por falta de aceite dispensa a apresentação a pagamento e o protesto por falta de pagamento. LETRA DE CÂMBIO FALTA OU RECUSA DE PAGAMENTO ANEXO II - Art. 9º. Por derrogação da alínea terceira do artigo 44 da Lei Uniforme, qualquer das Altas Partes Contratantes tem a faculdade de determinar que o protesto por falta de pagamento deve ser feito no dia em que a letra é pagável ou num dos 2 (dois) dias úteis seguintes. Decreto 2.044/1908 - Art. 28. A letra que houver de ser protestada por falta de aceite ou de pagamento deve ser entregue ao oficial competente, no primeiro dia útil que se seguir ao da recusa do aceite ou ao do vencimento, e o respectivo protesto, tirado dentro de três dias úteis. LETRA DE CÂMBIO FALTA OU RECUSA DE PAGAMENTO Art. 53. Depois de expirados os prazos fixados:Art. 53. Depois de expirados os prazos fixados: - para se fazer o protesto por falta de aceite ou por falta de pagamento; O portador perdeu os seus direitos de ação contra os endossantes, contra o sacador e contra os outros coobrigados, à exceção do aceitante. LETRA DE CÂMBIO Falta ou Recusa de Pagamento Recusa do Pagamento Realiza o protesto Protesto realizado em tempoProtesto fora do prazo Perda do direito, á exceção do aceitante Garante o direito contra os Coobrigados LETRA DE CÂMBIO PAGAMENTO Art. 42 da LUG - Se a letra não for apresentada a pagamento dentro do prazo fixado no artigo 38,pagamento dentro do prazo fixado no artigo 38, qualquer devedor tem a faculdade de depositar a sua importância junto da autoridade competente à custa do portador e sob a responsabilidade deste. LETRA DE CÂMBIO PROTESTO * Lei 9.492/97 * Decreto 2.944/1908 – Art. 28 a 33* Decreto 2.944/1908 – Art. 28 a 33 Art. 1º Protesto é o ato formal e solene pelo qual se prova a inadimplência e o descumprimento de obrigação originada em títulos e outros documentos de dívida. “Efetuado o protesto cambial, este é prova oficial e insubstituível da apresentação e da falta ou recusa de aceite ou de pagamento” (COSTA, 2006, p. 241) LETRA DE CÂMBIO PROTESTO Tipos de Protesto – Letra de Câmbio 1) Por falta de data de aceite; 2) Por falta ou recusa de aceite; 3) Por falta ou recusa de pagamento. LETRA DE CÂMBIO PROTESTO Art. 44 da LUG - protesto por falta deArt. 44 da LUG - protesto por falta de aceite dispensa a apresentação a pagamento e o protesto por falta de pagamento. LETRA DE CÂMBIO PROTESTO – PROCEDIMENTO – LEI 9.492/97 Art. 12. O protesto será registrado dentro de três dias úteis contados da protocolização do título ou documento de dívida. CAPÍTULO VI Da Intimação Art. 14. Protocolizado o título ou documento de dívida, o Tabelião de Protesto expedirá a intimação ao devedor, no endereço fornecido pelo apresentante do título ou documento, considerando-se cumprida quando comprovada a sua entrega no mesmo endereço. § 1º A remessa da intimação poderá ser feita por portador do próprio tabelião, ou por qualquer outro meio, desde que o recebimento fique assegurado e comprovado através de protocolo, aviso de recepção (AR) ou documento equivalente. LETRA DE CÂMBIO PROTESTO Art. 46. O sacador, um endossante ou um avalista pode, pela cláusula "sem despesas", "sem protesto", ou outra cláusula equivalente, dispensar o portador de fazer um protesto por falta de aceite ou falta de pagamento, para poder exercer os seus direitos de ação. Essa cláusula não dispensa o portador da apresentação da letra dentro do prazo prescrito nem tampouco dos avisos a dar. A prova da inobservância do prazo incumbe àquele que dela se prevaleça contra o portador. Se a cláusula foi escrita pelo sacador produz os seus efeitos em relação a todos os signatários da letra; se for inserida por um endossante ou por avalista, só produz efeito em relação a esse endossante ou avalista. Se, apesar da cláusula escrita pelo sacador, o portador faz o protesto, as respectivas despesas serão de conta dele. Quando a cláusula emanar de um endossante ou de um avalista, as despesas do protesto, se for feito, podem ser cobradas de todos os signatários da letra. LETRA DE CÂMBIO DA AÇÃO POR FALTA DE ACEITE OU PAGAMENTOACEITE OU PAGAMENTO Arts. 43 a 54 da LUG LETRA DE CÂMBIO LIVRO II - DO PROCESSO DE EXECUÇÃO TÍTULO I - DA EXECUÇÃO EM GERAL CAPÍTULO I DAS PARTES Art. 566. Podem promover a execução forçada: I - o credor a quem a lei confere título executivo; Art. 585. São títulos executivos extrajudiciais: I - a letra de câmbio, a nota promissória, a duplicata, a debênture e o cheque; (Redação dada pela Lei nº 8.953, de 13.12.1994) LETRA DE CÂMBIO AÇÃO DIRETA E AÇÃO DE REGRESSO “(...) é preciso conhecer a posição das partes no título de crédito, uma vez que alguns fazem uma promessa direta de pagamento do título e assume suas obrigaçõesdiretamente, como o emitente de uma nota promissória ou o aceitante da letra de câmbio. Também seus respectivos avalistas, pois as obrigações destes equiparam-se às obrigações de seus avalizados. Os demais obrigados,pois as obrigações destes equiparam-se às obrigações de seus avalizados. Os demais obrigados, porque não são os obrigados principais, assumem uma obrigação indireta. A promessa de pagamento que fazem é indireta, como nos casos do sacador, dos endossantes e dos seus respectivos avalistas. Estes, porque suas obrigações se equiparam às de seus avalizados, tornam- se obrigados no mesmo nível daqueles. Portanto, ação direta é aquela que se dirige contra os obrigados principais. Ação de regresso é aquela dirigida contra os garantidores, ou devedores indiretos.” (COSTA, 2006, p. 273/274) LETRA DE CÂMBIO DA AÇÃO POR FALTA DE ACEITE E FALTA DE PAGAMENTO Art. 43. O portador de uma letra pode exercer os seus direitos de ação contra os endossantes, sacador e outros coobrigados: no vencimento; se o pagamento não foi efetuado; mesmo antes do vencimento: 1º) se houve recusa total ou parcial de aceite; LETRA DE CÂMBIO DA AÇÃO POR FALTA DE ACEITE OU PAGAMENTO Art. 47. Os sacadores, aceitantes, endossantes ou avalistas de uma letra são todos solidariamente responsáveis para com o portador. O portador tem o direito de acionar todas estas pessoas individualmente, sem estar adstrito a observar a ordem por que elas se obrigaram. O mesmo direito possui qualquer dos signatários de uma letra quando a tenha pago. A ação intentada contra um dos coobrigados não impede acionar os outros, mesmo os posteriores àquele que foi acionado em primeiro lugar. LETRA DE CÂMBIO DA AÇÃO POR FALTA DE ACEITE OU PAGAMENTO Art. 48. O portador pode reclamar daquele contra quem exerce o seu direito de ação: 1º) o pagamento da letra não aceite não paga, com juros se assim foi estipulado;1º) o pagamento da letra não aceite não paga, com juros se assim foi estipulado; 2º) os juros à taxa de 6% (seis por cento) desde a data do vencimento; 3º) as despesas do protesto, as dos avisos dados e as outras despesas. Se a ação for interposta antes do vencimento da letra, a sua importância será reduzida de um desconto. Esse desconto será calculado de acordo com a taxa oficial de desconto (taxa de Banco) em vigor no lugar do domicílio do portador à data da ação. LETRA DE CÂMBIO DA AÇÃO POR FALTA DE ACEITE OU PAGAMENTO Art. 49. A pessoa que pagou uma letra pode reclamar dos seus garantes:garantes: 1º) a soma integral que pagou; 2º) os juros da dita soma, calculados à taxa de 6% (seis por cento), desde a data em que a pagou; 3º) as despesas que tiver feito. LETRA DE CÂMBIO DA AÇÃO POR FALTA DE ACEITE OU PAGAMENTO Art. 53. Depois de expirados os prazos fixados: - para a apresentação de uma letra à vista ou a certo termo de vista; - para se fazer o protesto por falta de aceite ou por falta de pagamento; - para a apresentação a pagamento no caso da cláusula "sem despesas". O portador perdeu os seus direitos de ação contra os endossantes, contra o sacador e contra os outros coobrigados, à exceção do aceitante. Na falta de apresentação ao aceite no prazo estipulado pelo sacador, o portador perdeu os seus direitos de ação, tanto por falta de pagamento como por falta de aceite, a não ser que dos termos da estipulação se conclua que o sacador apenas teve em vista exonerar-se da garantia do aceite. Se a estipulação de um prazo para a apresentação constar de um endosso, somente aproveita ao respectivo endossante. LETRA DE CÂMBIO DA AÇÃO POR FALTA DE ACEITE OU PAGAMENTO DA PRESCRIÇÃO Art. 70. Todas as ações contra o aceitante relativas a letras prescrevem em 3 (três) anos a contar do seu vencimento.contar do seu vencimento. As ações do portador contra os endossantes e contra o sacador prescrevem num ano, a contar da data do protesto feito em tempo útil, ou da data do vencimento, se trata de letra que contenha cláusula "sem despesas". As ações dos endossantes uns contra os outros e contra o sacador prescrevem em 6 (seis) meses a contar do dia em que o endossante pagou a letra ou em que ele próprio foi acionado. NOTA PROMISSÓRIA Nota Promissória - Art. 75 a 78 TÍTULO II DA NOTA PROMISSÓRIA “A nota promissória é título de crédito abstrato, formal, pelo qual uma pessoa, denominada emitente, faz a outra pessoa, designada beneficiário, uma promessa pura e simples de pagamento de quantia determinada, à vista ou a prazo, em seu favor ou a outrem à sua ordem, nas condições dela constantes.” (ROSA JR., 2009, p. 491) NOTA PROMISSÓRIA Nota Promissória - Art. 75 a 78 Art. 75. A nota promissória contém: 1. denominação "nota promissória" inserta no próprio texto do título e expressa na língua empregada para a redação desse título;empregada para a redação desse título; 2. a promessa pura e simples de pagar uma quantia determinada; 3. a época do pagamento; 4. a indicação do lugar em que se efetuar o pagamento; 5. o nome da pessoa a quem ou à ordem de quem deve ser paga; 6. a indicação da data em que e do lugar onde a nota promissória é passada; 7. a assinatura de quem passa a nota promissória (subscritor). NOTA PROMISSÓRIA Art. 76. O título em que faltar algum dos requisitos indicados no artigo anterior não produzirá efeito como nota promissória, salvo nos casos determinados das alíneas seguintes. A nota promissória em que se não indique a época do pagamento será considerada à vista. Na falta de indicação especial, o lugar onde o título foi passado considera-se como sendo o lugar do pagamento e, ao mesmo tempo, o lugar do domicílio do subscritor da nota promissória. A nota promissória que não contenha indicação do lugar onde foi passada considera-se como tendo-o sido no lugar designado ao lado do nome do subscritor. NOTA PROMISSÓRIA “Nos termos da legislação pertinente (LUG, arts. 75 e 76), a data da emissão da promissória se apresenta como requisito essencial à caracterização do título. O rigor formalrequisito essencial à caracterização do título. O rigor formal é próprio dos títulos de crédito, conduzindo a sua inobservância à carência da ação executiva.” (STJ, RE n 28.920-1, Rel. Min. Sálvio de Figueiredo, 4ª turma) NOTA PROMISSÓRIA Art. 78. O subscritor de uma nota promissória é responsável da mesma forma que o aceitante de uma letra. As notas promissórias pagáveis a certo termo de vista devem ser presentes ao visto dos subscritores nos prazos fixados no artigo 23. Opresentes ao visto dos subscritores nos prazos fixados no artigo 23. O termo de vista conta-se da data do visto dado pelo subscritor. A recusa do subscritor a dar o seu visto é comprovada por um protesto (artigo 25), cuja data serve de início ao termo de vista. NOTA PROMISSÓRIA Disposições Aplicáveis: (i) Art. 4, 5, 6, 7 e 10 (lembrando que o art. 10 sofre efeitos da reserva – Anexo II, Art. 3); (ii) Arts. 11 a 20 – Relativos ao endosso; (iii) Arts. 30 a 32 – Relativos ao aval (lembrando que se o aval for em branco, entende-se que(iii) Arts. 30 a 32 – Relativos ao aval (lembrando que se o aval for em branco, entende-se que o aval foi dado em favor do emitente ou subscritor) (iv) Arts. 33 a 37 – Relativos ao Vencimento; (v) Arts. 38 a 42 – Relativos ao Pagamento; (vi) Arts. 43 a 50 e 53 – Relativos à ação por falta de pagamento (inclusive protesto); (vii) Arts. 70 e 71 – Relativos à prescrição cambial NOTA PROMISSÓRIA Art. 77. (...) São também aplicáveis às notas promissórias as disposições relativas ao aval (artigos 30 a 32); no caso previsto narelativas ao aval (artigos 30 a 32); no caso previsto na última alínea do artigo 31, se o aval não indicar a pessoa por quem é dado,entender-se-á ser pelo subscritor da nota promissória. CHEQUE “(...) cheque é o título cambiário abstrato, formal, resultante de mera declaração unilateral de vontade, pelo qual uma pessoa, designada emitente ou sacador, com base em prévia e disponível provisão de fundos em poder de banco ou instituição financeira e ele assemelhada por lei,em poder de banco ou instituição financeira e ele assemelhada por lei, denominado sacado, dá contra o banco, em decorrência de convenção expressa ou tácita, uma ordem incondicional de pagamento à vista, em seu próprio benefício ou em favor de terceiro, intitulado tomador ou beneficiário, nas condições estabelecidas no título.” (ROSA JR., 2009, p. 516) CHEQUE Legislação aplicável – Lei 7.357 de 1985 Capítulo I - Da Emissão e da Forma do Cheque Art . 1º O cheque contêm: I - a denominação ‘’cheque’’ inscrita no contexto do título e expressa na língua em que este éI - a denominação ‘’cheque’’ inscrita no contexto do título e expressa na língua em que este é redigido; II - a ordem incondicional de pagar quantia determinada; III - o nome do banco ou da instituição financeira que deve pagar (sacado); IV - a indicação do lugar de pagamento; V - a indicação da data e do lugar de emissão; VI - a assinatura do emitente (sacador), ou de seu mandatário com poderes especiais. CHEQUE Sacador(Emitente) Sacado(Banco) Ordem de Pagamento Sacador(Emitente) Sacado(Banco) Beneficiário Entrega do Título CHEQUE Título ao Portador: CHEQUE: Lei 9.069/95 – art. 69:Lei 9.069/95 – art. 69: Art. 69. A partir de 1º de julho de 1994, fica vedada a emissão, pagamento e compensação de cheque de valor superior a R$ 100,00 (cem REAIS), sem identificação do beneficiário. CHEQUE Da Emissão e da Forma do Cheque Art . 15 O emitente garante o pagamento, considerando-se não escrita a declaração pela qual se exima dessa garantia. Art . 16 Se o cheque, incompleto no ato da emissão, for completado com inobservância do convencionado com a emitente, tal fato não pode ser oposto ao portador, a não ser que este tenha adquirido a cheque de má-fé. CHEQUE Da Autonomia das Obrigações e Da Inoponibilidade das Exceções ao Terceiro de Boa Fé Art . 13 As obrigações contraídas no cheque são autônomas e independentes. Parágrafo único - A assinatura de pessoa capaz cria obrigações para o signatário, mesmoParágrafo único - A assinatura de pessoa capaz cria obrigações para o signatário, mesmo que o cheque contenha assinatura de pessoas incapazes de se obrigar por cheque, ou assinaturas falsas, ou assinaturas de pessoas fictícias, ou assinaturas que, por qualquer outra razão, não poderiam obrigar as pessoas que assinaram o cheque, ou em nome das quais ele foi assinado. Art . 25 Quem for demandado por obrigação resultante de cheque não pode opor ao portador exceções fundadas em relações pessoais com o emitente, ou com os portadores anteriores, salvo se o portador o adquiriu conscientemente em detrimento do devedor. CHEQUE DO ACEITE Art . 6º O cheque não admite aceite considerando-se não escrita qualquer declaração com esse sentido. CHEQUE “No cheque não existe a figura do aceite. Mesmo que ocorra a aposição de visto, certificação ou declaração equivalente no cheque, tal procedimento não implica emequivalente no cheque, tal procedimento não implica em aceitação por parte do Banco sacado. Em verdade, o Banco não responde, perante terceiro, portador do cheque, pelo pagamento, como obrigado principal ou de regresso.” (COSTA, 2006, p. 321) CHEQUE Da Transmissão - Endosso Art . 17 O cheque pagável a pessoa nomeada, com ou sem cláusula expressa ‘’ à ordem’’, é transmissível por via de endosso. § 1º O cheque pagável a pessoa nomeada, com a cláusula ‘’não à ordem’’, ou outra equivalente, só é transmissível pela forma e com os efeitos de cessão.transmissível pela forma e com os efeitos de cessão. § 2º O endosso pode ser feito ao emitente, ou a outro obrigado, que podem novamente endossar o cheque. Art . 18 O endosso deve ser puro e simples, reputando-se não-escrita qualquer condição a que seja subordinado. § 1º São nulos o endosso parcial e o do sacado. § 2º Vale como em branco o endosso ao portador. O endosso ao sacado vale apenas como quitação, salvo no caso de o sacado ter vários estabelecimentos e o endosso ser feito em favor de estabelecimento diverso daquele contra o qual o cheque foi emitido. CHEQUE ENDOSSO EM BRANCO Art. 19 – Endosso em Branco – Para ser válido deve ser escrito no verso do cheque ou na folha deescrito no verso do cheque ou na folha de alongamento; Art. 20 – Transferência de todos os direitos resultados do cheque. E sendo em branco o endosso, o portador tem as 3 opções; CHEQUE RESPONSABILIDADE ENDOSSANTE Art.21 - Salvo estipulação em contrário, o endossanteArt.21 - Salvo estipulação em contrário, o endossante garante o pagamento. Parágrafo único - Pode o endossante proibir novo endosso; neste caso, não garante o pagamento a quem seja o cheque posteriormente endossado. CHEQUE ATENÇÃO Art . 22 O detentor de cheque "à ordem’’ é considerado portador legitimado, se provar seuconsiderado portador legitimado, se provar seu direito por uma série ininterrupta de endossos, mesmo que o último seja em branco. Para esse efeito, os endossos cancelados são considerados não-escritos. CHEQUE ATENÇÃO Art . 39 O sacado que paga cheque ‘’à ordem’’ é obrigado a verificar a regularidade da série de endossos, mas não a autenticidade das assinaturas dos endossantes. A mesma obrigação incumbe ao banco apresentante do cheque a câmara de compensação. Parágrafo único. Ressalvada a responsabilidade do apresentante, no caso da parte final deste artigo, o banco sacado responde pelo pagamento do cheque falso, falsificado ou alterado, salvo dolo ou culpa do correntista, do endossante ou do beneficiário, dos quais poderá o sacado, no todo ou em parte, reaver a que pagou. Súmula 28 do STF – “O estabelecimento bancário é responsável pelo pagamento de cheque falso, ressalvado as hipóteses de culpa exclusiva ou concorrente do correntista” CHEQUE Tipos de Endosso (i) Endosso em preto; (ii) Endosso em branco; (iii) Endosso com cláusula “proibição de novo endosso”; (iv) Endosso sem garantia; (v) Endosso mandado – Art. 26; (vi) Endosso caução; CHEQUE CHEQUE CRUZADO Art . 44 O emitente ou o portador podem cruzar o cheque, mediante a aposição de dois traços paralelos no anverso do título. § 1º O cruzamento é geral se entre os dois traços não houver nenhuma indicação ou existir apenas a indicação ‘’banco’’, ou outra equivalente. O cruzamento é especial se entre os dois traços existir aindicação ‘’banco’’, ou outra equivalente. O cruzamento é especial se entre os dois traços existir a indicação do nome do banco. § 2º O cruzamento geral pode ser convertida em especial, mas este não pode converter-se naquele. § 3º A inutilização do cruzamento ou a do nome do banco é reputada como não existente. Art . 45 O cheque com cruzamento geral só pode ser pago pelo sacado a banco ou a cliente do sacado, mediante crédito em conta. O cheque com cruzamento especial só pode ser pago pelo sacado ao banco indicado, ou, se este for o sacado, a cliente seu, mediante crédito em conta. CHEQUE Do Cheque para Ser Creditado em Conta Art . 46 O emitente ou o portador podem proibir que o cheque seja pago em dinheiro mediante a inscrição transversal, no anverso do título, da cláusula ‘’para sermediante a inscrição transversal, no anverso do título, da cláusula ‘’para ser creditado em conta’’, ou outra equivalente. Nesse caso, o sacado só pode proceder a Iançamento contábil (crédito em conta, transferênciaou compensação), que vale como pagamento. O depósito do cheque em conta de seu beneficiário dispensa o respectivo endosso. § 1º A inutilização da cláusula é considerada como não existente. CHEQUE “Desse modo, a cláusula para levar em conta oferece maior segurança que a cláusula do cruzamento, porque no caso de perda, furto, roubo, apropriação indébita etc. de cheque com aquela cláusula, o seu beneficiário não corre o risco de que o cheque seja pago a terceira pessoa, que forjasse o endosso do beneficiário a seu favor. Este risco existe no cheque cruzado porque a cláusula do cruzamento não impede a transferência do cheque a favor de terceiro e o banco sacado, ao pagar o cheque, não está obrigado a verificar a autenticidade das assinaturas dos endossantes, mas tem apenas o dever de examinar se quem apresenta o cheque é seu portador legítimo, ou seja, se justifica o seu direito por uma série ininterrupta de endossos” (ROSA JR., 2009, p.622) CHEQUE “A cláusula para ‘para levar em conta’ é perfeitamente válida, não configurado endosso. O objetivo da cláusula é impedir a transmissão doobjetivo da cláusula é impedir a transmissão do cheque e a sua liquidação em dinheiro. O banco somente pode efetuar o depósito na conta do favorecido do cheque. (TJSP, RT 652/54)” CHEQUE AVAL Art . 29 O pagamento do cheque pode ser garantido, no todo ou em parte, por aval prestado por terceiro, exceto o sacado, ou mesmo por signatário do título. Art . 30 O aval é lançado no cheque ou na folha de alongamento. Exprime-se pelas palavras ‘’por aval’’, ou fórmula equivalente, com a assinatura do avalista. Considera-se como resultante da simples assinaturafórmula equivalente, com a assinatura do avalista. Considera-se como resultante da simples assinatura do avalista, aposta no anverso do cheque, salvo quando se tratar da assinatura do emitente. Parágrafo único - O aval deve indicar o avalizado. Na falta de indicação, considera-se avalizado o emitente. Art . 31 O avalista se obriga da mesma maneira que o avaliado. Subsiste sua obrigação, ainda que nula a por ele garantida, salvo se a nulidade resultar de vício de forma. Parágrafo único - O avalista que paga o cheque adquire todos os direitos dele resultantes contra o avalizado e contra os obrigados para com este em virtude do cheque. CHEQUE Da Apresentação e do Pagamento Art . 32 O cheque é pagável à vista. Considera-se não- estrita qualquer menção em contrário.estrita qualquer menção em contrário. Parágrafo único - O cheque apresentado para pagamento antes do dia indicado como data de emissão é pagável no dia da apresentação. CHEQUE Da Apresentação e do Pagamento Art . 33 O cheque deve ser apresentado para pagamento, a contar do dia da emissão, no prazopagamento, a contar do dia da emissão, no prazo de 30 (trinta) dias, quando emitido no lugar onde houver de ser pago; e de 60 (sessenta) dias, quando emitido em outro lugar do País ou no exterior. CHEQUE PRÉ-DATADO Número do processo:1.0024.06.034615-2/001(1)Númeração Única:0346152- 17.2006.8.13.0024Relator: ANTÔNIO DE PÁDUA Relator do Acórdão: ANTÔNIO DE PÁDUAData do Julgamento: 22/11/2007Data da Publicação: 10/12/2007 Inteiro Teor:Inteiro Teor: EMENTA: AÇÃO DE INDENIZAÇÃO - CHEQUE PÓS-DATADO- APRESENTAÇÃO ANTES DA DATA ESTIPULADA - INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS - DEVOLUÇÃO DE UM OUTRO CHEQUE POR INSUFICIÊNCIA DE FUNDOS - INDENIZAÇÃO DEVIDA - SENTENÇA PARCIALMENTE REFORMADA. A APRESENTAÇÃO prematura de CHEQUE a estabelecimento bancário, viola o princípio da boa-fé e a própria avença, devendo o causador responder pelos danos morais. CHEQUE PRÉ-DATADO Número do processo:1.0024.07.807275-8/001(1) Data do Julgamento: 02/09/2009 EMENTA: INDENIZAÇÃO - DESACORDO COMERCIAL - CHEQUE COM DATA FUTURA- APRESENTAÇÃO ANTECIPADA- SÚMULA 370 DO STJ - DANO MORAL - OCORRÊNCIA. Não obstante o CHEQUE ser ordem de PAGAMENTO à vista, os usos e costumes mercantis demonstram a prática de que é possível acordar data futura para sua APRESENTAÇÃO. Nos termos da súmula 370 do STJ, "Caracteriza-se DANOMORAL aAPRESENTAÇÃO. Nos termos da súmula 370 do STJ, "Caracteriza-se DANOMORAL a APRESENTAÇÃO antecipada do CHEQUE PRÉ-DATADO", concretizando assim o entendimento de que tal ato caracteriza prática de ato ilícito, com conseqüente surgimento de responsabilidade civil, devendo ser reparados os danos materiais e morais causados ao seu emitente. CHEQUE Da Oposição (Sustação) e da Revogação (Contra-ordem) Art . 35 O emitente do cheque pagável no Brasil pode revogá-lo, mercê de contra-ordem dada por aviso epistolar, ou por via judicial ou extrajudicial, com as razões motivadoras do ato. Parágrafo único - A revogação ou contra-ordem só produz efeito depois de expirado o prazo de apresentação e, não sendo promovida, pode o sacado pagar o cheque até que decorra o prazo de prescrição, nos termos do art. 59 desta Lei. Art . 36 Mesmo durante o prazo de apresentação, o emitente e o portador legitimado podem fazer sustar o pagamento, manifestando ao sacado, por escrito, oposição fundada em relevante razão de direito. § 1º A oposição do emitente e a revogação ou contra-ordem se excluem reciprocamente. CHEQUE Art . 39 O sacado que paga cheque ‘’à ordem’’ é obrigado a verificar a regularidade da série de endossos, mas não a autenticidade das assinaturas dos endossantes. A mesma obrigação incumbe ao banco apresentante do cheque a câmara de compensação.cheque a câmara de compensação. Parágrafo único. Ressalvada a responsabilidade do apresentante, no caso da parte final deste artigo, o banco sacado responde pelo pagamento do cheque falso, falsificado ou alterado, salvo dolo ou culpa do correntista, do endossante ou do beneficiário, dos quais poderá o sacado, no todo ou em parte, reaver a que pagou. CHEQUE Da Ação por Falta de Pagamento Art . 47 Pode o portador promover a execução do cheque: I - contra o emitente e seu avalista; II - contra os endossantes e seus avalistas, se o cheque apresentado em tempo hábil e a recusa de pagamento é comprovada pelo protesto ou por declaração do sacado, escrita e datada sobre o cheque, com indicação do dia de apresentação, ou, ainda, por declaração escrita e datada por câmara de compensação. § 1º Qualquer das declarações previstas neste artigo dispensa o protesto e produz os efeitos deste. § 3º O portador que não apresentar o cheque em tempo hábil, ou não comprovar a recusa de pagamento pela forma indicada neste artigo, perde o direito de execução contra o emitente, se este tinha fundos disponíveis durante o prazo de apresentação e os deixou de ter, em razão de fato que não lhe seja imputável. CHEQUE Protesto Art . 48 O protesto ou as declarações do artigo anterior devem fazer-se no lugar de pagamento ou do domicílio dofazer-se no lugar de pagamento ou do domicílio do emitente, antes da expiração do prazo de apresentação. Se esta ocorrer no último dia do prazo, o protesto ou as declarações podem fazer-se no primeiro dia útil seguinte. CHEQUE Protesto Art . 50 O emitente, o endossante e o avalista podem, pela cláusula ‘’sem despesa’’, ‘’sem protesto’’, ou outra equivalente, lançada no título e assinada, dispensar o portador, para promover a execução do título, do protesto ou da declaração equivalente. § 1º A cláusula não dispensa o portador da apresentação do cheque no prazo estabelecido, nem dos avisos. Incumbe a quem alega a inobservância de prazo a prova respectiva. § 2º A cláusula lançada pelo emitente produz efeito em relação a todos os obrigados; a lançada por endossante ou por avalista produz efeito somente em relação ao que lançar. § 3º Se, apesar de cláusula lançada pelo emitente, o portador promove o protesto, as despesas corrempor sua conta. Por elas respondem todos os obrigados, se a cláusula é lançada por endossante ou avalista. CHEQUE Da Ação por Falta de Pagamento Art . 51 Todos os obrigados respondem solidariamente para com o portador do cheque. § 1º - O portador tem o direito de demandar todos os obrigados, individual ou coletivamente, sem estar sujeito a observar a ordem em que se obrigaram. O mesmocoletivamente, sem estar sujeito a observar a ordem em que se obrigaram. O mesmo direito cabe ao obrigado que pagar o cheque. § 2º A ação contra um dos obrigados não impede sejam os outros demandados, mesmo que se tenham obrigado posteriormente àquele. § 3º Regem-se pelas normas das obrigações solidárias as relações entre obrigados do mesmo grau. CHEQUE DA PRESCIÇÃO Art . 59 Prescrevem em 6 (seis) meses, contados da expiração do prazo de apresentação, a ação que o art. 47 desta Lei assegura ao portador. Parágrafo único - A ação de regresso de um obrigado ao pagamento do cheque contra outro prescreve em 6 (seis) meses, contados do dia em que o obrigado pagou o cheque ou do dia em que foi demandado. Art . 61 A ação de enriquecimento contra o emitente ou outros obrigados, que se locupletaram injustamente com o não-pagamento do cheque, prescreve em 2 (dois) anos, contados do dia em que se consumar a prescrição prevista no art. 59 e seu parágrafo desta Lei. DUPLICATA DA FATURA Art . 1º Em todo o contrato de compra e venda mercantil entre partes domiciliadas no território brasileiro, com prazo não inferior a 30 (trinta) dias, contado da data da entrega ou despacho das mercadorias, odias, contado da data da entrega ou despacho das mercadorias, o vendedor extrairá a respectiva fatura para apresentação ao comprador. **** Fatura x Nota Fiscal? **** Nota Fiscal-Fatura? DUPLICATA Duplicata Art . 2º No ato da emissão da fatura, dela poderá ser extraída uma duplicata para circulação como efeito comercial, não sendoduplicata para circulação como efeito comercial, não sendo admitida qualquer outra espécie de título de crédito para documentar o saque do vendedor pela importância faturada ao comprador. § 2º Uma só duplicata não pode corresponder a mais de uma fatura. DUPLICATA Duplicata “A duplicata é um título de crédito causal e à ordem, que pode ser criado no ato da extração da fatura, para circulação com efeito comercial, decorrente da compra e venda mercantil ou da prestação de serviços, não sendo admitida outra espécie de título de crédito para documentar o saque do vendedor ou prestador de serviços pela importância faturada ao comprador ou ao beneficiário.” (COSTA, 2006, p. 377) DUPLICATA Duplicata Art . 2º (...) § 1º A duplicata conterá: I - a denominação "duplicata", a data de sua emissão e o número de ordem; II - o número da fatura;II - o número da fatura; III - a data certa do vencimento ou a declaração de ser a duplicata à vista; IV - o nome e domicílio do vendedor e do comprador; V - a importância a pagar, em algarismos e por extenso; VI - a praça de pagamento; VII - a cláusula à ordem; VIII - a declaração do reconhecimento de sua exatidão e da obrigação de pagá-la, a ser assinada pelo comprador, como aceite, cambial; IX - a assinatura do emitente. DUPLICATA CAPÍTULO II Da Remessa e da Devolução da Duplicata Art . 6º A remessa de duplicata poderá ser feita diretamente pelo vendedor ou por seus representantes, por intermédio de instituições financeiras, procuradores ou, correspondentes que se incumbam de apresentá-la ao comprador na praça ou no lugar de seu estabelecimento, podendo os intermediários devolvê-la, depois de assinada, ou conservá-la em seu poder até o momento do resgate, segundo as instruções de quem lhes cometeu o encargo. § 1º O prazo para remessa da duplicata será de 30 (trinta) dias, contado da data de sua emissão. DUPLICATA CAPÍTULO II Da Remessa e da Devolução da Duplicata ACEITE Art . 7º A duplicata, quando não for à vista, deverá ser devolvida pelo comprador aoArt . 7º A duplicata, quando não for à vista, deverá ser devolvida pelo comprador ao apresentante dentro do prazo de 10 (dez) dias, contado da data de sua apresentação, devidamente assinada ou acompanhada de declaração, por escrito, contendo as razões da falta do aceite. § 1º Havendo expressa concordância da instituição financeira cobradora, o sacado poderá reter a duplicata em seu poder até a data do vencimento, desde que comunique, por escrito, à apresentante o aceite e a retenção. DUPLICATA “Aceitando o título, o sacado concorda com seus dados e requisitos, tornando líquida e certa a obrigação decorrente e transformando-se de sacado em aceitante, havendo para ele a responsabilidade de obrigado principal no título. Tornando-se inadimplente, contra ele pode ser ajuizada ação direta, sem necessidade de qualquer protesto. Se não aceitar, o protesto cambial é necessário para prosperar a execução, juntando-se à inicial a prova de entrega das mercadorias e a certidão do protesto cambial realizado.” (COSTA, 2006, p. 397) DUPLICATA CAPÍTULO II Da Remessa e da Devolução da Duplicata Art . 8º O comprador só poderá deixar de aceitar a duplicata por motivo de: I - avaria ou não recebimento das mercadorias, quando não expedidas ou não entregues por sua conta e risco; II - vícios, defeitos e diferenças na qualidade ou na quantidade das mercadorias, devidamente comprovados; III - divergência nos prazos ou nos preços ajustados. DUPLICATA CAPÍTULO II DO ENDOSSO Art . 25. Aplicam-se à duplicata e à triplicata, no que couber, os dispositivos da legislação sobre emissão, circulação e pagamento das Letras de Câmbio. DUPLICATA CAPÍTULO II DO AVAL Art . 12. O pagamento da duplicata poderá ser assegurado por aval, sendo o avalista equiparado àquele cujo nome indicar; na falta da indicação,avalista equiparado àquele cujo nome indicar; na falta da indicação, àquele abaixo de cuja firma lançar a sua; fora desses casos, ao comprador. Parágrafo único. O aval dado posteriormente ao vencimento do título produzirá os mesmos efeitos que o prestado anteriormente àquela ocorrência. DUPLICATA CAPÍTULO II DO PAGAMENTO Art . 9º É lícito ao comprador resgatar a duplicata antes de aceitá-la ou antes da data do vencimento.vencimento. § 1º A prova do pagamento e o recibo, passado pelo legítimo portador ou por seu representante com poderes especiais, no verso do próprio título ou em documento, em separado, com referência expressa à duplicata. § 2º Constituirá, igualmente, prova de pagamento, total ou parcial, da duplicata, a liquidação de cheque, a favor do estabelecimento endossatário, no qual conste, no verso, que seu valor se destina a amortização ou liquidação da duplicata nele caracterizada. DUPLICATA CAPÍTULO II DO PAGAMENTO Art . 10. No pagamento da duplicata poderão ser deduzidos quaisquer créditos a favor do devedor resultantes de devolução de mercadorias, diferenças de preço, enganos, verificados, pagamentos por conta e outros motivos assemelhados, desde que devidamente autorizados. Art . 11. A duplicata admite reforma ou prorrogação do prazo de vencimento, mediante declaração em separado ou nela escrita, assinada pelo vendedor ou endossatário, ou por representante com poderes especiais. Parágrafo único. A reforma ou prorrogação de que trata este artigo, para manter a coobrigação dos demais intervenientes por endosso ou aval, requer a anuência expressa destes. DUPLICATA CAPÍTULO IV Do Protesto Art. 13. A duplicata é protestável por falta de aceite de devolução ou pagamento. § 1º Por falta de aceite, de devolução ou de pagamento, o protesto será tirado, conforme
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