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Casos concretos CPC II correções (1) (1)

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CASOS CONCRETOS 
Caso concreto aula 1
Mario ajuizou ação indenizatória em face da Loja FREE MAGAZINE com o objetivo de obter
reparação pelos danos decorrentes da aquisição de um condicionador de ar defeituoso. A
demanda foi ajuizada perante a Vara Cível da Capital, pelo procedimento comum, onde o
autor pretender obter indenização no valor de 20.000,00 (vinte mil reais). Após a citação, a
empresa ré propôs a realização de um negócio processual atípico, reduzindo todos os
prazos processuais para 05 dias e modificando a distribuição do ônus da prova, o que foi
prontamente aceito pelo autor. O juiz indeferiu o negócio processual proposto pelas partes
sob o fundamento de que viola o princípio da ampla defesa.
Diante da situação INDAGA-SE: 
a) O juiz agiu de acordo com as regras do CPC acerca do procedimento comum?
Resposta: Não, o juiz não agiu de forma correta pois conforme o art.190, CPC as partes
podem dispor de suas faculdades e ônus através de um negócio jurídico processual. Elas
podem modificar o procedimento inclusive reduzindo prazo para defesa. A contestação é
um ônus, não uma obrigação, portanto se podemos abrir mão da defesa, certamente se
pode reduzir seu prazo.
b) A referida demanda poderia ter sido ajuizada nos Juizados Especiais Cíveis?
Resposta: Sim, a demanda pode ser ajuizada no JEC ,pois o valor da causa é de R$20.000,0
(vinte mil reais) segundo o artigo 3º, I da Lei 9.099/95.
Questões objetivas
1 – letra c – art. 319, VII, CPC
2 – letra c – art. 327, caput, CPC
Caso concreto aula 2 
Pedro ingressou com uma ação indenizatória em face do Estado de Belo Horizonte
pleiteando indenização no valor de R$200.000,00, por ter sido incluído, de forma
fraudulenta, no quadro societário do Frigorífico Boi Bom. A referida fraude foi realizada na
Junta Comercial do referido Estado e causou inúmeros transtornos ao autor. O juiz da 05ª
Vara Fazendária, ao receber a inicial, constatou que existem vários julgados do STJ
contrários aos interesses do autor e julgou improcedente liminarmente o pedido, antes
mesmo de citar o réu. José, advogado de Pedro, diante da decisão procurou dois
especialistas em Direito Processual Civil para obter um parecer sobre o caso. 
O primeiro especialista apresentou parecer favorável a interposição de recurso, pois a
improcedência liminar viola o princípio da inafastabilidade da tutela jurisdicional (art. 5º,
XXXV, da CF/88), inviabilizando o amplo acesso à justiça. 
O segundo especialista apresentou parecer no sentido de que embora haja a garantia
constitucional da inafastabilidade da tutela jurisdicional, admite-se a limitação dessa
garantia em algumas hipóteses definidas em lei sem que haja violação do texto
constitucional.
a) Considerando a divergência entre os especialistas, qual é o parecer mais adequado de
acordo com a jurisprudência e a doutrina?
Resposta: O primeiro especialista está equivocado pelo desconhecimento do artigo 332 do
CPC, que tornou plenamente possível a Improcedência Liminar do Pedido a partir do
momento em que o processo civil brasileiro adotou a teoria dos precedentes obrigatórios,
indicado no artigo 927, CPC. Assim é perfeitamente crível a improcedência liminar nos
casos em que o pedido contrarie precente obrigatório. O segundo especialista está certo,
mas não para o caso concreto, já que só se pode julgar improcedente liminarmente o
pedido nos casos indicados no artigo 332, que hoje é considerado rol taxativo. O fato de
existirem vários julgados do STJ não autoriza o juiz a julgar de forma liminar pois o rol do
artigo 332 é taxativo e não cita simples julgados.
b) Existe diferença entre Improcedência Liminar do Pedido e Indeferimento da Petição
Inicial?
Resposta: Sim, a improcedência liminar do pedido gera extinção do processo com
julgamento do mérito – artigo 487, I, CPC. Não havendo apelação o caso se dá por julgado.
O indeferimento da petição inicial, por sua vez, não gera coisa julgada, sendo sua extinção
sem a resolução sem julgamento do mérito – art 485, I, CPC.
Questões objetivas
1 – letra d – art.332, III, CPC 2 – letra d – art.334, caput, CPC
Caso concreto Aula 3
O Banco BMD ajuizou ação de cobrança em face de Antônio, pelo procedimento comum,
sob o fundamento de que o réu não efetuou o pagamento da quantia de 15.000,00
referentes a um empréstimo realizado. Após a realização infrutífera da audiência de
conciliação, Antônio pretende, através de seu advogado, alegar que: a) não reconhece a
dívida vez que o empréstimo já foi quitado; b) a devolução em dobro do valor pago
indevidamente, vez que o banco cobrou número de parcelas maior do que o acordado e c)
a incompetência territorial do juízo. Diante da situação acima indaga-se: 
a) Quais as modalidades de resposta do réu devem ser utilizadas pelo advogado do réu?
 
Resposta – Cabe ao réu apresentar contestação, pois conforme alegado o problema traz
uma defesa de mérito (que a dívida foi quitada) e uma preliminar (incompetência
territorial), e apresentar reconvenção onde pedirá a devolução em dobro das parcelas
pagas indevidamente. Artigos 337 e 343 do CPC
b) Caso o réu pretenda alegar sua ilegitimidade para a causa, como deve proceder? 
Resposta – Alegar na contestação na forma de preliminar conforme artigo 337, XI do CPC.
c) Quais os significados dos Princípios da Eventualidade e do Ônus da Impugnação
Específica para fins do momento processual dos artigos 335 e seguintes do CPC?
Resposta – O princípio da Eventualidade é a concentração de todas as matérias de defesa
sob pena de preclusão, artigo 336 do CPC. O princípio do Ônus da Impugnação Específica é
a necessidade de que o réu se defenda de todos os fatos alegados pelo autor sob pena
presução de veracidade dos não contestados, conforme artigo 341 do CPC.
Questões objetivas
1 – letra b – artigo 337, XIII do CPC
2 – letra a – artigo contestação e exceção, conforme artigos 337, II e 146 do CPC
Caso concreto Aula 4
Marina realizou uma cirurgia de implante de silicone nos seios na Clínica de Estética Bem
Viver. Após a cirurgia, Marina identificou que um seio ficou visivelmente maior que o outro.
Frustrada com a situação em que foi submetida, a paciente promoveu uma ação
indenizatória em face da referida Clínica pleiteando indenização por danos morais,
estéticos e materiais. Embora tenha sido devidamente citada a Clínica não ofereceu a
contestação, o que foi devidamente certificado pelo Cartório. O juiz decretou a revelia da
ré. Diante dessa circunstância indaga-se: 
a) A revelia acarreta necessariamente a procedência do pedido do autor? 
Resposta – Não, porque a presunção de veracidade dos fatos não contestados é relativa, ou
seja, quando o réu nada fala os fatos se presumem verdadeiros porém devem ser analisado
o caso concreto e as provas trazidas pelo autor. 345, IV do CPC.
b) Caso a ré apresentasse contestação admitindo o fato mas arguindo a prescrição, quais
seriam as consequências processuais? 
Resposta – O juiz deve intimar o autor para que no prazo de 15 dias ele se manifeste e, se
for o caso, decretar a extinção, conforme artigo 487, parágrafo único do CPC.
Questões objetivas
1 – letra c 
2 – letra c – gabarito da Estácio (errado). Trocar contestação na opção por mérito.
Caso concreto Aula 5 
André ajuizou uma ação em face de Paulo para obter a rescisão contratual de determinado
negócio jurídico firmado entre as partes. Na Petição Inicial André afirma que Paulo
descumpriu três cláusulas contratuais distintas, causando danos materiais e morais e por
tais razões, não mais deseja manter o vínculo contratual, requerendo ainda, além de seu
desfazimento, o pagamento de multa contratual previstaem cláusula específica. Junta
apenas documentos comprobatórios e afirma não necessitar de outros meios para
sustentar o alegado. André devidamente citado oferece Contestação, onde reconhece o
fato em que se funda a ação, mas aponta razões e fatos não informados por André para
tentar justificar seu comportamento contratual em não cumprir o previsto em apenas uma
das cláusulas citadas, não se manifestando sobre as demais suscitadas na Petição Inicial.
Requereu ainda depoimento pessoal e de testemunhas que poderão confirmar os fatos por
ele narrados. Após a certificação da tempestividade da defesa apresentada, os autos vão
conclusos ao juiz. A partir do texto acima responda às seguintes questões: 
a) Caso o Juiz considere pertinente a defesa apresentada por Paulo será possível o
julgamento antecipado do mérito? 
Resposta – Não, se o juiz entende como relevante a defesa apresentada pelo réu não é
possível o julgamento antecipado do mérito já que este, conforme artigos 355 e 356 do
CPC, se se tratar de pedido incontroverso, ou seja, fato sobre o qual o réu não se defenda e
que gera presunção de veracidade quanto aos argumentos do autor. 
b) Caso o Juiz entenda que existe fato incontroverso poderá haver julgamento antecipado
parcial do mérito?
Resposta – Sim, conforme artigo 356,I, CPC, permite o julgamento antecipado parcial do
mérito quanto ao fato incontroverso, 
Questões objetivas
1 – letra d – artigo 337, II e §5º c/c artigo 353 do CPC
2 – letra b – artigo 350, CPC
Caso concreto Aula 6 - PROVA
Max adquiriu um notebook, marca Optmus prime , com objetivo para preparar suas aulas
de filosofia. No entanto, o computador, com apenas 03 semanas de uso, deu pane no
sistema o que levou Max ajuizar a demanda em face do fabricante pleiteando a
substituição do note mais indenização pelos transtornos sofridos, vez que não obteve
sucesso nas tentativas de solucionar administrativamente o conflito. O juiz, na fase
instrutória, distribuiu de forma dinâmica o ônus da prova determinando que o autor
produza prova suficiente sobre o alegado na inicial. Diante dessa decisão indaga-se:
a) O juiz agiu em conformidade com as regras sobre a distribuição do ônus da prova?
Resposta: Não, pois o ônus da prova já pertencia, em tese, ao autor. Ele deveria ter
produzido a distribuição dinâmica da prova ao réu (inversão do ônus da prova) segundo o
artigo 373 § 1º do CPC, pois se trata de relação de consumo, onde o consumidor é
hipossuficiente. 
b) Considerando a regra geral do ônus da prova, como ordinariamente deve ser distribuído
o ônus?
Resposta: A regra é a teoria estática, cada parte realizando provas para suas alegações. O
autor deve trazer as provas dos fatos constitutivos e o réu os fatos modificativos ou
extintivos.
c) É possível a utilização de prova produzida em outro processo no caso acima? Quais os
critérios para utilização dessa espécie de prova?
Resposta: É possível a prova emprestada na forma do artigo 372 do CPC, observado o
contraditório.
Questões objetivas
1 – todas erradas 
2 – letra a – artigo 376 CPC 
 
Caso concreto Caso 7
Carla está desesperada e conversa com Dra. Suzana (sua advogada) que a principal
testemunha de seu caso e que deverá comparecer em audiência de instrução futura ( mês
seguinte) foi hospitalizada para passar por procedimento cirúrgico de alto risco em no
máximo 3 (três) dias, conforme atestou o médico em documento próprio. Existe sério risco
de morte, ou mesmo de vida com sequelas cerebrais diversas. O tempo de espera é apenas
para os trâmites técnicos e administrativos para a cirurgia, pois se trata de evento futuro e
certo. Dra. Suzana lamenta o ocorrido com Carla, mas informa que nada pode fazer, pois o
CPC não prevê mais a medida cautelar existente no CPC/73, talvez no máxim o peticionar
nos autos informando do ocorrido e requerendo o adiamento da audiência para aguardar a
melhor recuperação da testemunha enferma, ou mesmo conseguirem uma testemunha
substituta. Releia e interprete o texto acima para responder aos seguintes
questionamentos: 
a) Está correta a informação jurídica prestada pela Dra. Suzana? 
Resposta: Não, ela está errada pois poderia ser solicitada a produção antecipada de provas,
conforme artigo 381, I do CPC.
b) É possível que Atas Notariais possam atestar ou documentar a existência de fatos
jurídicos materiais e servirem de meio probatório em Juízo ? 
Resposta: Sim, conforme disposto no artigo 384 do CPC.
Caso concreto Caso 8
Questão Discursiva A Administradora Joia Rara Ltda está em litígio com a empreiteira Obra
Boa Ltda, contratada para reformar apartamento específico e não consegue se conformar
com a decisão do juiz que indeferiu requerimento formulado por seu advogado para
realização de prova pericial que comprovasse a má prestação dos serviços prestados, além
da não prestação de outros. O juiz indeferiu o pleito, alegando já existir nos autos o
requerimento tempestivo (e deferido) do advogado da Administradora Joia Rara sobre
produção de provas (documental e testemunhal), não havendo agora, em outro momento
processual, possibilidade de novo requerimento para meio probatório distinto. O advogado
da Administradora Joia Rara Ltda discorda da posição do juiz e pretende recorrer da
decisão de qualquer jeito, pois vislumbra violação legal e constitucional no caso. Releia e
interprete o texto acima para responder aos seguintes questionamentos: 
a) Está correta a posição do juiz em relação ao momento requerimento de produção de
provas?
Resposta: O requerimento da prova é feito pelo autor na inicial e pelo réu na contestação.
A definição das provas é feita no saneamento do processo, sob pena de preclusão
comsumativa. A parte perde o direito de produzir a prova.
b) Quais as diferenças entre prova pericial e inspeção judicial? 
Resposta: A prova pericial é feita pelo perito e é análise técnica. A inspeção judicial é feita
(teoricamente) pelo juiz e consiste na aferição do estado de pessoas e coisas.
Questões objetivas
Questão 1 – letra c – art.388, CPC
Questão 2 – letra c 
Questão 3 – letras “a” e “c” 
Caso Concreto Caso 9
Questão Discursiva André e Lívio figuram respectivamente como autor e réu em ação de
cumprimento contratual que tem como objeto a prestação de serviços de manutenção de
aparelhos de ar condicionado. O contrato foi firmado pelas partes e vinha sendo cumprido
normalmente, até que em determinado mês, sem nenhuma razão específica, Lívio deixou
de realizar o serviço. Após realizar duas notificações, André optou pelo Poder Judiciário
para tentar resolver seu problema. O advogado de André distribuiu a petição inicial com a
opção de não realizar audiência de conciliação ou mediação. Após a citação e apresentação
de defesa, o Juiz determina a realização de Audiência de Instrução e Julgamento e intima as
partes envolvidas. Releia e interprete o texto acima para responder aos seguintes
questionamentos: 
a) Considerando que a audiência a ser realizada tem por finalidade instruir e proporcionar
condições técnicas para o julgamento do Juiz, é possível ainda haver espaço para a
conciliação ou mediação? 
Resposta: Sim, conforme previsto no artigo 329 do CPC. É dever do magistrado buscar a
conciliação/mediação na AIJ.
b) O que significa dizer que a audiência de instrução e julgamento é una e indivisível ? 
Resposta: Que os atos processuais que nela ocorre são, em regra, concentrados em uma
única sessão.
Objetivas
1 – letra a – artigo 364 §2º
2 – letra c – instruir o juiz mas pode haver conciliação
Caso 10
Em ação de rescisão contratual, devolução de valores pagos e ainda indenização por danos
morais movida por Júlio em face do MercadoOferta Livre LTDA, a Juíza proferiu sentença
onde julgou integralmente procedente o pedido autoral. Júlio questiona seu advogado a
respeito da sentença, pois ao realizar a leitura em seu acompanhamento processual na
internet, não entendeu o que seriam os termos fundamentação e dispositivo. Júlio também
queria saber quais os efeitos práticos que a sentença teria no caso concreto dele. O
advogado de Júlio respondeu que toda sentença tem como elem entos ou partes
obrigatórias: relatório, fundamentação e dispositivo. Questionou autor, por fim, se o juiz
poderia alterar o conteúdo da sentença proferida, o que foi afirmado pelo advogado. Releia
e interprete o texto acima para responder aos seguintes questionamentos: 
a) Está correta a informação prestada pelo advogado de Júlio ? 
Resposta: Não, pois conforme artigo 38 parágrafo único da lei 9099/95, o relatório é
dispensado nas sentenças proferidas nos JEC.
b) O juiz pode alterar o conteúdo da sentença após a sua publicação? Em quais hipóteses? 
Resposta: Art 494 do CPC. Se for por erro material é possível alterar de oficio. Se não for
por erro material, só em caso de provocação por uma das partes via embargos de
declaração.
c) O caso acima admite reexame necessário? 
Resposta: Não, pois o réu não é fazenda pública. 
Objetivas
1 – letra a 
2 – letra a
Caso 11
Um espanhol foi condenado em segunda e última instância por um tribunal competente de
seu país a pagar a quantia de 50 mil euros por conta de dívidas oriundas de cheques não
honrados pelo sistema bancário ou pelo próprio emitente. O caso transitou em julgado e
quando foi iniciada a execução, descobriu-se que o devedor tinha se mudado para o Brasil,
especificamente para Fortaleza, capital do Ceará. O credor consulta seu advogado a
respeito da possibilidade de cumprimento da sentença no Brasil, onde está claro o
estabelecimento de nova residência e domicilio do espanhol devedor, inclusive com novos
negócios em andamento, conforme relatos e documento obtidos pelas redes sociais. O
advogado espanhol contrata os serviços do escritório onde você está estagiando para
concretizar o direito material de seu cliente. Releia e interprete o texto acima para
responder aos seguintes questionamentos: 
a) Quais os requisitos para a homologação de sentença estrangeira no Brasil? 
Resposta: São os expressamente previstos no artigo 963 do CPC.
b) Quais os órgãos judiciários competentes para a homologação e execução no Brasil ? 
Resposta: Homologação é o STJ, artigo 105, I, i da CRFB. Já a execução a Justiça Federal de
1º grau, artigo 109, X da CRFB/88.
c) É cabível antecipação de tutela no procedimento de homologação de sentença
estrangeira?
Resposta: Sim, excepcionalmente, desde que comprovados fumus boni iuris e periculum in
mora, conforme artigos 330 c/c 962 do CPC.
Objetivas
1 – letra b – existe apenas juízo de delibação 
2 – letra c – artigo 960 §3º do CPC.
Caso 12
Joana ingressou com uma ação de despejo em face de Laila alegando que a ré não efetuou
o pagamento dos aluguéis referente ao imóvel localizado no centro de Minas Gerais. A ré
contestou a demanda alegando que, em verdade, o imóvel estava em comodato razão pela
qual não cabe o pedido de despejo. O juiz, antes de julgar a causa, apreciou a questão
prejudicial concluindo pela inexistência de locação prevalecendo a tese da ré acerca do
comodato. Ao final o juiz julgou improcedente o pedido da autora sob o fundamento de
que inexiste contrato de locação que ampare sua pretensão. Ao saber da decisão Laila
comemora com seu advogado e lhe pergunta se Joana pode promover nova ação de
despejo com novos fundamentos. O advogado afirma que infelizmente a solução da
questão prejudicial na fundamentação não faz coisa julgada, podendo a autora propor
nova ação no futuro, conforme interpretação do art. 504 do CPC. 
Releia e interprete o texto acima para responder aos seguintes questionamentos: 
a) Está correta a orientação do advogado ? 
Resposta: A princípio o advogado está errado porque de acordo com os artigos 503 e 508
do CPC já houve o julgamento do mérito em relação ao despejo, e quaisquer outros fatos
que ocasionassem o despejo deveriam ter sido alegados pelo autor no momento que ele
ajuizou a ação. Houve, portanto, efeito preclusivo sendo a coisa julgada material, e o
trânsito em julgado atingiu o dispositivo e a fundamentação
No entanto, se trata de ação jurídica de trato sucessivo, nada impede que seja impetrado
outro pedido de despejo desde que baseado em circunstância nova, posterior, ocorrida
após o julgamento da ação finda.
b) No caso acima ocorre coisa julgada material e formal? 
Resposta: Coisa julgada somente material pois houve análise de mérito. 
c) A coisa julgada, no presente caso, afetará terceiros que não participaram da relação
processual?
Resposta: Não, a princípio não, segundo o artigo 506 do CPC.
Objetivas
1 – Letra A 
2 – Letra C – artigo 485, V do CPC
Caso 13
Maurício vendeu seu carro para seu grande amigo Gilson pelo valor de R$15.000,00. Na
ocasião Gilson se comprometeu a realizar a comunicação junto ao DETRAN e regularizar a
propriedade do veículo. Passados 02 anos, Maurício é notificado para responder a um
processo de suspensão do direito de dirigir em razão do excesso de multas referentes ao
veículo vendido, que ainda estava em seu nome. Muito chateado com a situação e sem
conseguir localizar seu amigo, Maurício propôs ação de obrigação de fazer em face de
Gilson cujo objeto era a condenação do réu na obrigação de regularizar a propriedade do
carro junto ao DETRAN. Após a instrução da causa, o juiz julgou procedente o pedido para
determinar que o réu regularize a propriedade do veículo, no prazo de 20 dias, sob pena de
multa diária de R$1.000,00. Após o término do prazo, sem o cumprimento da obrigação, o
juiz, a requerimento do autor, aumenta a multa diária para R$2.000,00. O réu apresentou
petição requerendo a reconsideração da decisão, pois, de acordo com o art. 502 do CPC, a
coisa julgada torna imutável a decisão sendo incabível o aumento da multa diária após o
trânsito em julgado. Diante do caso indaga-se: 
a) Esta correta a argumentação do réu?
Resposta: Não, porque a multa diária não é um pedido por si só, mas um meio de coerção
que pode ser alterada a qualquer momento do processo, artigo 139, IV, artigos 536 e 537
do CPC, e dessa forma não se sujeita à coisa julgada.
b) Considerando a doutrina sobre o tema, qual é a distinção entre coisa julgada e
preclusão?
Resposta: A Preclusão é gênero da qual a Coisa Julgada é espécie. A preclusão gera a
impossibilidade de discutir aquela matéria em qualquer decisão judicial, ou seja, a perda
da oportunidade de discutir uma questão, e pode atingir quaisquer decisões judiciais. Já a
coisa julgada atinge sentenças e demais decisões terminativas, gerando sua imutabilidade.
A coisa julgada sempre gera uma preclusão, mas nem toda preclusão advém de uma coisa
julgada.
57 minutos
Objetivas
1 – Erro no enunciado. Deveria estar Fazem Letra D, e não “não fazem”, letras A a C.
2 – Letra B
Caso 14
Temístocles ingressou com ação em face da empresa de Telefonia Fone Fácil S.A
formulando declaratório de inexistência de relação jurídica combinado com condenação
por danos materiais e morais. Segundo o autor, a ré teria realizado inscrição indevida de
seu nome no cadastro de inadimplentes em razão de suposta dívida de contas pretéritas de
titularidade do autor. Após contestação da ré, o juiz, não havendo mais necessidade de
realização de mais provas, resolveu o caso com julgamento antecipado da lide, julgando
procedente o pedido autoral e estipulando a indenização total no valor de R$15.000,00
(quinze mil reais), entendo ser este valor suficientepara reparar os danos materiais e
morais suscitados e provados nos autos. A decisão transitou em julgado e Temístocles inicia
a fase de execução em face da agora executada, Telefonia Fone Fácil S.A. Em diligências
internas na empresa, o advogado da Telefonia Fone Fácil S.A descobre que já havia uma
decisão judicial transitada em julgado em face de Temístocles, envolvendo os mesmos fatos
jurídicos suscitados na ação atual. Indignado, o advogado resolve ingressar com Ação
Rescisória. 
Releia e interprete o texto acima para responder aos seguintes questionamentos: 
a) É possível Ação Rescisória no presente caso ? 
Resposta: Sim, de acordo com o artigo 966, IV, pois o caso demonstra ofensa à coisa
julgada.
b) Qual o órgão competente para conhecer e julgar a Ação Rescisória. 
Resposta: O Tribunal de Justiça, através de uma de suas câmaras cíveis.
c) Quais são as consequências processuais nos casos em que a ação rescisória é proposta
no juízo incompetente?
Resposta: O artigo 968, §5º se intima o autor para que ele emende a inicial no prazo
previsto no artigo 321, CPC de 15 dias, e assim permitir a declinação para o órgão
competente.
Objetivas
1 – Letra D – artigo 967, III
2 – Letra A – artigo 975, caput CPC
Caso 15
Em Ação Rescisória proposta por Godofredo em face de Silas houve requerimento de
concessão de tutela provisória, considerando que Godofredo alega que em razão da
flagrante nulidade do julgamento anterior (violação manifesta de norma jurídica objeto de
súmula de jurisprudência dominante do STF) e da fase em que se encontra a execução, é
possível que seu bem imóvel seja levado à hasta pública, com demasiado perigo de dano
irreparável ou mesmo de dificílima reparação. O relator admite a petição inicial e,
incontinente, defere o requerimento de Godofredo para suspender a execução até a
decisão final da Ação Rescisória. Silas inconformado, afirma que decisão antecipada do
relator seria uma violação constitucional do contraditório e da ampla defesa, pelo que não
se conformará com a decisão. 
Releia e interprete o texto acima para responder aos seguintes questionamentos: 
a) A Ação Rescisória poderia ser admitida no presente caso ? 
Resposta: Sim, porque alega-se a violação de norma jurpidica, com base no artigo 966, V
do CPC.
b) Existe a possibilidade de concessão de tutela provisória em sede de Ação Rescisória. 
Resposta: Sim, de forma excepcional, prevista no artigo 969 do CPC.
Objetivas
1 – Letra C – artigo 966, VII
2 – Letra C

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