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BIOMAS BRASILEIROS CAA INGA Universidade do Vale do Itajaí Arquitetura e Urbanismo 2019/01 Prof. Timóteo Schroeder 7º Período – Matutino Acadêmicas: Gabriela Dietrich Heloísa Zaccani Beltrame Karina Costa e Silva Maria Luiza Niero Cesca Fonte: Atlas Nacional Brasileiro IBGE Área original Região Nordeste • Área: 844.453 km² (11% território brasileiro) • Latitude: -12,0764 • Longitude: -38,9343 • Altitude: Maior parte abaixo de 500m. • O nome Caatinga - tupi-guarani ="mata branca". • Único bioma exclusivamente brasileiro. Atualmente • Segundo o Ministério do Meio Ambiente, o desmatamento já passa de 45% da vegetação nativa – mais de 300 mil km². Estados: Ceará(100%) Rio Grande do Norte(95%) Paraíba(92%) Pernambuco(83%) Piauí(63%), Bahia(54%) Sergipe(49%). Alagoas(48%) Minas Gerais(2%) Maranhão(1%) Localização Mapa de Altimetria Hidrografia • O lençol freático é muito pobre, pois o solo é pouco permeável, dificultando a infiltração da água. • A hidrografia da caatinga tem um grande número de rios, porém a maioria deles são intermitentes ou temporários. • O rio perene (que apresenta água corrente o ano todo) mais conhecido é o rio São Francisco, seguido do Rio Parnaíba. • Os rios da Caatinga nascem geralmente nas encostas das serras. Exemplos: Rio Poti, Rio Jaguaribe, Rio Parnaíba. • Para enfrentar a falta de água nas estações secas, os moradores da caatinga constroem poços, cacimbas e açudes. Rio São Francisco Rio Parnaíba Aspectos Climáticos de Influência • O clima é semi-árido. • Médias anuais entre 25ºC e 30ºC. • Umidade relativa baixa, de aproximadamente 50%. • Ventos fortes, secos e quentes. • Massas de ar continentais equatoriais secas. • Durante poucos meses caem chuvas irregulares e alguns anos são mais chuvosos alternados irregularmente com anos de secas. • Precipitação pluviométrica em média 600mm anual. • Os meses de maio a agosto são os que apresentam menores valores de temperatura, principalmente na porção central do Bioma. • A rigidez climática é conferida principalmente pela irregularidade na distribuição destas chuvas no tempo e no espaço. TIPOLOGIA CLIMÁTICA PRECIPITAÇÃO ANUAL Clima Fonte: https://www.achetudoeregiao.com.br/animais/caatinga.htm http://geoprotagonista.blogspot.com/2014/03/a-acao-do-planalto-da- borborema-no.html https://www.flickr.com/photos/almircandido/5551173469 • Algumas cidades como: Cruzeta , Parelhas, Jardim do Seridó são cidades que podem ficar até 11 meses sem chuva. • Já as cidades de Teresina e as mais próximas a divisa do maranhão e Piauí, têm um maior índice pluviométrico anual. • Na estação seca a temperatura do solo pode chegar a 60ºC. • Um estudo divulgado pela Embrapa mostrou que um terço da Caatinga está desertificada devido à falta de chuvas e as queimadas. Estima-se que anualmente, a desertificação chegue a 2.700 km². • Serras e chapadas mais altas da Caatinga recebem maior quantidade de chuvas, que escoam dando origem aos rios e lagos da região, muitas vezes temporários. Contrastes Climáticos Geomorfologia do Terreno • O solo da Caatinga é definido como raso e possui texturas argilosas e arenosas, dificultando a infiltração da água das chuvas. • As colorações variam entre tons avermelhados e cinzentos. • Fragmentos de rochas são frequentes na superfície, resultando em um solo com aspecto pedregoso. • Os solos são ricos em minerais, porém pobre em matéria orgânica. Quando chove as regiões secas se transformam rapidamente e dão lugar a gramíneas e árvores cobertas por folhas. • A decomposição de matéria orgânica é prejudicada pelo intenso calor e luminosidade. • As áreas de planície estão sujeitas a um período de seca longo e severo. GEOMORFOLOGIA Geomorfologia do Terreno • O relevo da Caatinga apresenta duas formações dominantes: planaltos e grandes depressões. • As maiores depressões da região são a Sanfranciscana, a Cearense e a do Meio Norte. • As nuvens não conseguem ultrapassar o Planalto da Borborema. Isto dificulta a ocorrência de chuvas do lado ocidental, que é marcado pela seca. • Situado nos estados da Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Alagoas, o Planalto da Borborema é uma formação que se destaca, com altitudes variando em média entre 650 e 1000 metros. Em alguns pontos, esta marca é ultrapassada: o pico de Jabre, na Paraíba, chega a 1.197 metros e o pico do Papagaio, em Pernambuco, a 1.260 metros. Serra da Capivara, Piauí Planalto da Borborema Depressão Sanfranciscana, Ceará Serra da Capivara Vegetação • 932 espécies já foram registradas para a região, sendo 380 endêmicas. • Características da vegetação: • Capacidade de realizar fotossíntese mesmo sem a presença de folhas. Isso porque essas espécies possuem caule verde com células constituídas por clorofila • Folhas cobertas de cera para evitar a perda de água • Dossel descontínuo • Espinhos e acúleos • Tricomas urticantes • Porte baixo • Caducifólia • Xerófila • Microfilia • Suculência RISCO DE EXTINÇÃO FroeiraMororó do sertão Baraúna Sub – Regiões do Nordeste Vegetação FORRAÇÕES (abaixo de 2m de altura): ARBUSTIVAS (Variam entre 2m a 5m de altura): ARBÓREAS (Variam entre 8m a 12m de altura): Macambira Malva Jitirana Mandacuru Facheiro Xique-xique Cargueja Cumaru Angico Catingueira Pereiro Jericó Barrigudo Carnaúba Coroa do Frade Jitirana azul Palma Jurubeba Pilosocereus Fauna • As espécies desse bioma somam mais de 4.230. • Os animais da caatinga se adaptaram a região e desenvolveram hábitos noturnos, comportamento migratório e processos fisiológicos, como a estimação, tipo de “hibernação” em ambientes quentes. • Existem poucos estudos sobre os animais silvestres nesta região. • Segundo o Ministério do Meio Ambiente, a Caatinga apresenta: • •178 espécies de mamíferos; • •591 espécies de aves; • •117 espécies de répteis; • •79 espécies de anfíbios; • •241 espécies de peixes; • •221 espécies de abelhas. • Alguns animais apresentam comportamento interessante, a exemplo dos sapos, que podem ficar enterrados e sem comer durante o período das secas (estivação). • Os invertebrados compõem um grupo especial, vasto e pouco conhecido. Eles são a base da cadeia alimentar no bioma, polinizam as plantas e servem de alimento para anfíbios, répteis, aves e pequenos mamíferos. RISCO DE EXTINÇÃO A Caatinga abriga 20 espécies em risco de extinção, das quais duas estão entre as aves ameaçadas do mundo, a ararinha-azul e a arara-azul-de-lear. Além delas o tamanduá-bandeira, o tatu-canastra, onça parda o cachorro do mato, a águia-cinzenta, o lobo-guará, entre outras. Tamanduá-bandeira Ararinha Azul Onça Pardal Tatu CanastraArarinha Azul Lear Cachorro do mato Soldadinho do Araripe Gato Maracajá Guigó Jacu estalo Fauna MAMÍFEROS: AVES: RÉPTEIS: Asa-branca Veado catingueiro Onça-parda Cutia Macaco-prego- amarelo Tatu-bola Jacu verdadeiro Urubu-rei Sagui-de-tufos-brancos Soldadinho do Araripe Bico virado da caatinga Bico chato amarelo Periquito da Caatinga Lagarto Bico Doce Iguana Leopardo Gekko Jibóia Cobra Negra Jararaca Pintada Fauna ANFÍBIOS e ABELHAS: PEIXES: Sapo-cururu BIODIVERSIDADE ANIMAL Perereca-verde-pequena Surubim Curimatã Pacamã Mandaçaí Irapuá Mandurií Corte Configuracional do Bioma Perfil esquemático do planalto da Borborema entre as cidades de Correntes e Venturosa, mostrando a transição de agreste úmido (vegetação de mata atlântica) para sertão semiárido (vegetação de caatinga).Fonte: Elaborado por Marcelo E. Dantas, Jennifer F.C. Renk e Rogério V. Ferreira, 2013. Ameaças - De acordo com o Ministério doMeio Ambiente, resta 53,62% da cobertura vegetal original. A principal causa apontada é o uso da mata para abastecer siderúrgicas de Minas Gerais e Espírito Santo e indústrias de gesso e cerâmica do semiárido. - Cerca de 70% da caatinga já se encontra alterada pelo homem e somente 0,28% de sua área encontra-se protegida em unidades de conservação. O mapa mostra a área da Caatinga em 2016. Os trechos em verde-escuro são de vegetação mais densa. O verde- claro são áreas com cobertura mais rala. (Foto: MapBiomas) Taxa de desmatamento da Caatinga em 2014 APLICAÇÕES NO PAISAGISMO JARDIM DESÉRTICO: - Tem como objetivo reproduzir uma paisagem árida. - É caracterizado principalmente pela presença de plantas xerófitas, que possuem a habilidade de reduzir a perda de água e acumulá-la em tempos de estiagem. - Os solos são arenosos, necessitando de pouca manutenção. - O ideal é colocá-lo em um local com muito sol e pouca chuva, para que as plantas façam seu trabalho natural. - Não existe regas constantes nem podas. - As adubações são leves e o replantio pouco necessário. - Ausência de folhas e sombra. Aplicações no Paisagismo Mexicana agave Utilização de pedras Bola-de-ouro Orelha-de-coelho Solo coberto por areia Mandacuru Xique-xique Rosa-de-pedra Análise de Projeto Paisagístico Praça Euclides da Cunha Local: Recife, PE Data do Projeto: Década de 1930 Data de Execução: Década de 1930 Data de Reforma: 2004 Análise de Projeto Paisagístico ● Jardim de cactáceas na parte central, circundado por um caminho e por árvores de grande porte, isolando o mesmo da grande circulação de veículos no entorno. ● Forma Geométrica de uma eclipse. ● A parte central foi através do tempo descaracterizando-se. Local: Recife, PE Data do Projeto: Década de 1930 Data de Execução: Década de 1930 Data de Reforma: 2004 Análise de Projeto Paisagístico ● Casarões tradicionais. ● Desenho de fácil legibilidade. ● Revitalizada em 15/08/2013 pela prefeitura visando recompor a vegetação da praça respeitando o desenho original fazendo o plantio de s que65 mudas arbóreas e cactáceas remetem o sertão Nordestino. Referências Bibliográficas - https://www.infoescola.com/biomas/caatinga/ - http://siscom.ibama.gov.br/monitora_biomas/PMDBBS%20-%20CAATINGA.html - https://brasilescola.uol.com.br/brasil/caatinga.htm - http://www.klimanaturali.org/2011/04/caatinga-flora-e-fauna.html - https://www.suapesquisa.com/geografia/vegetacao/fauna_flora_caatinga.htm - http://campismo.com.br/variedades/caatinga.htm - http://www.invivo.fiocruz.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?UserActiveTemplate=english&infoid=962&sid=2 -http://www.agencia.cnptia.embrapa.br/gestor/bioma_caatinga/arvore/CONT000g798rt3p02wx5ok0wtedt3n17xgwk.html