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Atlas de anatomia Humana Jones Baroni F. de Menezes Francisca Daniela Lira Mota A Anatomia (dividir em partes) é a ciência que estuda, macro e microscopicamente, a constituição e o desenvolvimento do corpo humano. Divisão do Corpo Humano Divisão das Partes Humanas Composição Cabeça Crânio e Face Pescoço Pescoço Tronco Tórax Abdome e Pelve Membro Superior Ombro(raiz) Braços, Antebraço e Mãos Membro Inferior Quadril(raiz), Coxa, Pernas e Pés Planos Anatômicos Planos que delimitam o corpo Ventral Dorsal Lateral Superior ou cranial Inferior ou podálico Secções (cortes) que delimitam o corpo Sagital Mediana Coronal ou Frontal Transversal ou Horizontal Aparelho Locomotor O Aparelho locomotor é responsável pela realização de todos os movimentos esqueléticos do corpo. Conjunto de sistemas: Sistema esquelético Sistema Muscular Sistema Vascular sanguíneo Sistema nervoso Aproximadamente 206 ossos Sistema Esquelético Sistema Esquelético Esqueleto Axial se divide em: 1. Ossos do Crânio 2. Ossos do Pescoço 3. Ossos do Tronco (Caixa Torácica) Esqueleto Apendicular se divide em: 1. Ossos dos membros Superiores 2. Ossos dos membros Inferiores Ossos do Crânio Ossos das vértebras Fémur Ossos da mão Ossos do Braço Classificação dos ossos Osso Longo: Tem o comprimento maior que a largura e são constituídos por um corpo e duas extremidades. Ex: Fêmur (figura), Úmero, Rádio, Fíbula, etc. Osso Curto: Possuem seus comprimentos praticamente iguais às suas larguras. Ex: Ossos do Carpo (figura) e Tarso. Classificação dos ossos Ossos Pneumático: ossos que contêm cavidades cheias de ar, revestidas por mucosa, presentes em seu interior. Apresenta peso pequeno, relacionado ao seu volume. Ex: Esfenóide (figura), Etmóide, Frontal e Maxilas. Ossos Planos ou Laminares: ossos finos e compostos por duas lâminas paralelas de tecido ósseo compacto. Eles permitem proteção e geram grandes áreas para inserção de músculos. Ex: Frontal, Parietal, Escápula (figura), etc. Classificação dos ossos Ossos Sesamoide: Estão presentes no interior de alguns tendões em que há considerável fricção, tensão e estresse físico, como as palmas das mãos e plantas dos pés. Ex: Patela. Ossos Irregulares: Apresentam formas complexas e não podem ser agrupados em nenhuma das categorias prévias. Eles têm quantidades variáveis de osso esponjoso e de osso compacto. Ex: Vértebras. Estrutura dos ossos Longos Epífise: As extremidades alargadas de um osso longo. Cada epífise consiste de uma fina camada de osso compacto que reveste o osso esponjoso e é recoberta por cartilagem. Diáfise: É a haste longa do osso. Ela é constituída principalmente de tecido ósseo compacto, proporcionando, considerável resistência ao osso longo. Periósteo: Membrana de tecido conjuntivo denso, fibroso, que reveste a superfície externa da diáfise, fixando-se firmemente a toda a superfície externa do osso, exceto à cartilagem articular. Protege o osso e serve como ponto de fixação para os músculos, contém os vasos sanguíneos que nutrem o osso. Sistema Articular Articulações ou junturas são os meios através dos quais os ossos se unem entre si para formar o esqueleto. 1. Articulações Fibrosas: 1.1 Suturas 1.2 Sindesmoses 1.3 Gonfoses 2. Articulações Cartilagíneas: 2.1 Sincondroses 2.2 Sínfises 3. Articulações Sinoviais: 3.1 Ligamentos 3.2 Cápsula articular 3.3 Discos e meniscos Sistema Articular 1. Articulações Fibrosas: As articulações ou junturas fibrosas incluem todas as articulações onde as superfícies dos ossos estão quase em contato direto. Dividem-se em 3 tipos: 1.1 Suturas: Nas suturas as extremidades dos ossos têm Interligações ou sulcos, que os mantêm firmemente unidos. Este tipo de articulação é encontrado somente entre os ossos do crânio. 1 – Sutura Coronal ou Bregmática: entre os ossos frontal e parietais; 2 – Sutura Sagital: entre os dois parietais (linha sagital mediana); 3 – Sutura Lambdoide: entre os parietais e o occipital; 4 – Sutura Escamosa: entre o parietal e o temporal. Sistema Articular 1.2 Sindesmoses: Nestas suturas o tecido interposto é também o conjuntivo fibroso. A Nomenclatura Anatômica só registra dois exemplos: sindesmose tíbio-fibular e sindesmose radio-ulnar. Há maior quantidade de tecido conjuntivo fibroso interposto entre os ossos envolvidos. Sistema Articular 1.3 Gonfoses: Este tipo de articulação fibrosa serve para fixar os dentes em seus alvéolos dentários e praticamente não permite movimentos. Sistema Articular 2. Articulações Cartilagíneas: Os ossos são unidos por cartilagem permitindo que pequenos movimentos sejam possíveis nestas articulações. Dividem-se em dois tipos. 2.1 Sincondroses: Os ossos de uma articulação do tipo sincondrose estão unidos por uma cartilagem hialina. Muitas sincondroses são articulações temporárias, com a cartilagem sendo substituída por osso com o passar do tempo (ex: Ossos longos e ossos do crânio). As articulações entre as dez primeiras costelas e as cartilagens costais são sincondroses permanentes. Sistema Articular 2.2 Sínfises: As sínfises são junturas nas quais as superfícies ósseas, cobertas por uma fina camada de cartilagem hialina, se articulam por intermédio de uma fibrocartilagem espessa. Esses discos permitem que a sínfise absorva impactos. Sistema Articular 3. Articulações Sinoviais: As articulações sinoviais são aquelas por meio das quais realizamos praticamente todos os movimentos do corpo. 3.1 Ligamentos: Os ligamentos são como cordões fibrosos, são constituídos por fibras colágenas dispostas paralelamente ou intimamente entrelaçadas umas as outras. São maleáveis e flexíveis para permitir perfeita liberdade de movimento. Sistema Articular 3.2 Cápsula articular: É uma membrana conjuntiva que envolve as articulações sinoviais. Têm por finalidade manter a união entre os ossos bem como impedir o movimento em planos indesejáveis e limitar a amplitude dos movimentos considerados normais. Sistema Articular 3.3 Discos e meniscos: São estruturas fibro cartilaginosas encontradas em várias articulações sinoviais, entre as superfícies articulares. Tem como função gerar congruência (melhor adaptação) das articulações e amortecer. Sistema Muscular Músculos: São estruturas individualizadas que cruzam uma ou mais articulações e, pela sua contração, são capazes de transmitir-lhes movimento. Representam 40-50% do peso corporal total. Funções dos Músculos: 1.Produção dos movimentos corporais; 2.Estabilização das Posições Corporais; 3.Regulação do Volume dos Órgãos; 4.Movimento de Substâncias dentro do Corpo; 5.Produção de Calor. Classificação dos músculos Origem: Quando se originam de mais de um tendão. Ex. Bíceps, Quadríceps. Inserção: Quando se inserem em mais de um tendão. Ex: Flexor Longo dos Dedos. Sistema Muscular Classificação dos Músculos Quanto a função: Agonistas: São os músculos principais que ativam um movimento específico do corpo, eles se contraem ativamente para produzir um movimento desejado. Ex: Pegar uma chave sobre a mesa, agonistas são os flexores dos dedos. Sistema Muscular Classificação dos Músculos Quanto a função: Antagonistas: Músculos que se opõem à ação dos agonistas, quando o agonista se contrai, o antagonista relaxa progressivamente, produzindo um movimento suave. Sistema Muscular Classificação dos Músculos Quanto a função: Sinergistas: São aqueles que participam estabilizando as articulações para que não ocorram movimentos indesejáveisdurante a ação principal. Sistema Muscular Classificação dos Músculos Quanto a função: Fixadores: Estabilizam a origem do agonista de modo que ele possa agir mais eficientemente. Estabilizam a parte proximal do membro quando move- se a parte distal. Sistema Muscular Tipos de Músculos Músculos Estriados Esqueléticos: Contraem-se por influência da nossa vontade, ou seja, são voluntários. O tecido muscular esquelético é chamado de estriado por conter faixas alternadas claras e escuras (estriações). Músculo Estriado Cardíaco: Representa a arquitetura cardíaca. É um músculo estriado, porém involuntário – Possue AUTO RITMICIDADE. Músculos Lisos: Localizado nos vasos sanguíneos, vias aéreas e maioria dos órgãos da cavidade abdômino- pélvica. Ação involuntária controlada pelo sistema nervoso autônomo. Sistema Muscular Componentes anatômicos dos músculos estriados: Ventre Muscular: É a porção contrátil do músculo, constituída por fibras musculares que se contraem. Constitui o corpo do músculo (porção carnosa). Tendão ou Aponeurose: São elementos de tecido conjuntivo, ricos em fibras colágenas e que serve para fixação do ventre, em ossos, no tecido subcutâneo e em cápsulas articulares. Possuem aspecto morfológico fusiforme (tendão) ou membranáceo (aponeurose). Fáscia Muscular: É uma estrutura formada por tecido conjuntivo. Membrana que envolve grupos musculares. Está presente envolvendo todos os músculos estriados esqueléticos, com exceção dos músculos da expressão facial. Sistema Nervoso O sistema nervoso apresenta três funções básicas: 1.Sente as alterações (estímulos) dentro do corpo humano e no ambiente externo (função sensitiva). 2.Analisa a informação sensitiva, armazena uma parte dela e toma decisões sobre os comportamentos apropriados (função integradora). 3.Responde aos estímulos iniciando a ação em forma de contrações musculares ou secreções glandulares (função motora). Sistema Nervoso O sistema nervoso central está localizado dentro do esqueleto axial (cavidade craniana e canal vertebral); O sistema nervoso periférico está localizado fora deste esqueleto. O encéfalo é a parte do sistema nervoso central situado dentro do crânio e a medula dentro do canal vertebral; Tecido Nervoso: Neurônio: É a unidade estrutural e funcional do sistema nervoso que é especializada para a comunicação rápida. Tem a função básica de receber, processar e enviar informações. Células Glias: Compreende as células que ocupam os espaços entre os neurônios e tem como função sustentação, revestimento ou isolamento e modulação da atividade neural. Sistema Nervoso Medula Espinhal A medula espinhal é uma massa cilindroide de tecido nervoso situada dentro do canal vertebral sem, ocupá-lo completamente. No homem adulto ela mede aproximadamente 45 cm sendo um pouco menor na mulher. Nervos Sensitivos: Formados por fibras aferentes. Levam as informações dos órgãos e tecidos para o SNC. Nervos Motores ou Eferentes: Formados por fibras motoras. Trazem a resposta do SNC. Nervos Mistos: Formados por fibras motoras e fibras aferentes. Sistema Nervoso Existem 31 pares de nervos espinhais e 12 pares cranianos. Sendo: 8 cervicais, 12 torácicos, 5 lombares, 5 sacrais e 1 coccígeo. Encontramos 8 pares de nervos cervicais e apenas 7 vértebras cervicais. Sistema Nervoso Na medula, a substância cinzenta localiza-se por dentro da branca e apresenta a forma de uma borboleta, ou de um H. No centro da substância cinzenta localiza-se o canal central da medula. A substância branca é formada por fibras, a maioria delas mielínicas, que sobem e descem na medula e que podem ser agrupadas de cada lado em três funículos ou cordões. Fibras Nervosas Fibras Mielínicas: São axônios em grande calibre, indicando que há um grande número de voltas de bainha de mielina. Fibras Amielínicas: São axônios de pequeno diâmetro que são envolvidos somente por uma única dobra de mielina. Sistema Nervoso Divisão anatômica do cérebro Lobo frontal: Neste giro se localiza a área motora principal do cérebro (córtex motor). Lobo temporal: Neste lobo se localiza o centro cortical da audição. Lobo parietal: Neste lobo se localiza o centro cortical da compreensão da fala e da escrita. Lobo occipital: Neste lobo está o centro cortical da visão. Sistema Nervoso Meninges Dura-máter: É a meninge mais superficial, espessa e resistente, formada por tecido conjuntivo muito rico em fibras colágenas, contendo nervos e vasos. Aracnóide-máter: É uma membrana muito delgada, justaposta à dura-máter, da qual se separa por um espaço virtual, o espaço subdural, contendo uma pequena quantidade de líquido necessário á lubrificação das superfícies de contato das membranas. Pia-máter: É a mais interna das meninges, aderindo intimamente à superfície do encéfalo cujos relevos e depressões acompanham até o fundo dos sulcos cerebrais. A pia-máter dá resistência aos órgãos nervosos Líquor: O Líquido cefalorraquidiano (LCR), ou Líquor, é um fluido corporal estéril e de aparência clara que ocupa o espaço subaracnóideo no cérebro É uma solução salina muito pura, pobre em proteínas e células, e age como um amortecedor para o córtex cerebral e a medula espinal. Sistema Nervoso Sistema Nervoso Autônomo Simpático: Estimula ações que mobiliza energia, permitindo o organismo responder em momento de estresse. Parassimpático: Estimula, principalmente, as atividades relaxantes. Sistema Nervoso Sistema Nervoso ÓRGÃO OU FUNÇÃO SIMPÁTICO PARASSIMPÁTICO Arteríola em geral Vasoconstrição Vasodilatação Frequência Cardíaca Aumenta Diminui Pressão Sanguínea Aumenta Diminui Metabolismo Basal Aumenta Diminui Atividade Mental Aumenta Diminui Peristaltismo Diminui Aumenta Bexiga Urinária Relaxa a musculatura da parede Contrai a musculatura da parede O SNP Autônomo ou Visceral contém fibras nervosas que conduzem impulsos do sistema nervoso central aos músculos lisos das vísceras e à musculatura do coração. Um nervo motor do SNP autônomo difere de um nervo motor do SNP voluntário pelo fato de conter dois tipos de neurônios, um neurônio pré-ganglionar e outro pós- ganglionar. Sistema Nervoso SN Parassimpático SN Simpático Aferente: recebe as informações da pele ou outros órgãos sensoriais e leva para o SNC. Eferente: traz informações do SNC para os músculos e glândulas. Interneurônios: recebem as informações dos neurônios aferentes e se comunicam entre si com os neurônios motores Sistema Cardiovascular Sistema Cardiovascular Sistema Sanguíneo: Vasos condutores de sangue (artérias e veias) e coração. Sistema Linfático: Vasos condutores de linfa e órgãos linfáticos (linfonodos e tonsilas). A função básica do sistema cardiovascular é a de levar material nutritivo e oxigênio às células. O sistema circulatório é um sistema fechado, sem comunicação com o exterior, constituído por tubos, que são chamados vasos, e por uma bomba (coração) percussora que tem como função impulsionar um líquido circulante de cor vermelha (sangue) por toda a rede vascular. Sistema Cardiovascular Circulação Pulmonar e Sistêmica A Circulação Pulmonar - leva sangue do ventrículo direito do coração para os pulmões e de volta ao átrio esquerdo do coração. Ela transporta o sangue pobre em oxigênio para os pulmões, onde ele libera o dióxido de carbono (CO2) e recebe oxigênio (O2). O sangue oxigenado, então, retorna ao lado esquerdo do coração para ser bombeado para circulação sistêmica. Sistema Cardiovascular Pequena circulação- Também chamada circulação pulmonar, compreende o trajeto do sangue desde o ventrículo direito até o átrio esquerdo. Nessa circulação, osangue passa pelos pulmões, onde é oxigenado. Grande circulação- Também chamada de circulação sistêmica, compreende o trajeto do sangue desde o ventrículo esquerdo até o átrio direito; nessa circulação, o sangue oxigenado fornece gás oxigênio os diversos tecidos do corpo, além de trazer ao coração o sangue não oxigenado dos tecidos. Sistema Cardiovascular CORAÇÃO Órgão muscular oco, que funciona como uma bomba contrátil- propulsora, localizado no mediastino O coração é aproximadamente do tamanho do punho fechado, cerca de 12 cm de comprimento, 9 cm de largura em sua parte mais ampla e 6 cm de espessura. Sua massa é, em média, de 250g, nas mulheres adultas, e 300g, nos homens. O coração possui quatro câmaras: dois átrios e dois ventrículos. Os átrios (as câmaras superiores) recebem sangue; os ventrículos (câmaras inferiores) bombeiam o sangue para fora do coração. Camadas da parede cardíaca: Sistema Cardiovascular FACES DO CORAÇÃO Face Anterior (Esterno costal) - Formada principalmente pelo ventrículo direito Face Diafragmática (Inferior) - Formada principalmente pelo ventrículo esquerdo e parcialmente pelo ventrículo direito; ela está relacionada principalmente com o tendão central do diafragma Face Pulmonar (Esquerda) - Formada principalmente pelo ventrículo esquerdo; ela ocupa a impressão cárdica do pulmão esquerdo. Localização do Coração (Mediastino) Sistema Cardiovascular O batimento cardíaco ocorre com a formação e propagação de potenciais de ação. Tem início no nodo sinoatrial (SA) com a geração espontânea de um potencial de ação, que se propaga para o miocárdio atrial direito e através do feixe Bachmann para o miocárdio atrial esquerdo. Do miocárdio atrial converge para o nodo atrioventricular (AV), conexão elétrica entre os átrios e os ventrículos. Após, o potencial elétrico atinge o feixe de His e o os ramos dos feixes esquerdo e direito que são constituídos por células de Purkinje . Esse sistema His-Purkinje distribui de maneira rápida e uniforme a ativação elétrica para o miocárdio ventricular. Sistema Cardiovascular Vascularização e Inervação Suprimento Sanguíneo: Seio Coronário »Artéria e Veias Coronárias Inervação: Parassimpático »Simpático Sistema Cardiovascular Vasos Sanguíneos Sistema Cardiovascular Vasos Sanguíneos Formam uma rede de tubos que transportam sangue do coração em direção aos tecidos do corpo e de volta ao coração. Os vasos sanguíneos podem ser divididos em sistema arterial e sistema venoso Sistema Arterial: Constitui um conjunto de vasos que partindo do coração, vão se ramificando, cada ramo em menor calibre, até atingirem os capilares. Sistema Venoso: Formam um conjunto de vasos que partindo dos tecidos, vão se formando em ramos de maior calibre até atingirem o coração. Capilares: Constituem a rede de distribuição e recolhimento do sangue nas células. Estes vasos estão em comunicação, por um lado, com ramificações originárias das artérias e, por outro, com as veias de menor dimensão. É nas paredes dos capilares que ocorrem as trocas dos gases, água, oxigênio, dióxido de carbono, vários outros nutrientes e resíduos químicos entre o sangue e tecidos ao seu redor. Sistema Cardiovascular Túnicas Intima: Endotélio+ conjuntivo frouxo Nas artérias se separa da túnica média por uma lâmina elástica interna Lâmina com aberturas- fenestras; Média: Camadas concêntricas de células lisas; Adventícia: Ligada ao tecido conjuntivo. Sistema Cardiovascular Artérias Tubos cilindroides e elásticos (que podem ser de Grande, médio e pequeno calibre): Elásticas (grande), Distribuidoras (médio) Arteríolas (pequeno). Ramos: 1. Terminais (Ex. artéria braquial ao nível do cotovelo bifurca-se em duas outras - artérias radial e ulnar). 2. Colaterais (é quando a artéria emite ramos e o tronco de origem continua a existir). 3. Recorrentes (A artéria recorrente radial surge imediatamente abaixo da articulação do cotovelo). Sistema Cardiovascular Veias Tubos que tem como função conduzir o sangue dos capilares para o coração. Pertencem a grande e a pequena circulação. Cilíndricas (cheias) ou achatadas (vazia), Superficiais (aparente na pele) ou Profundas, Viscerais (vísceras/órgãos) ou Parietais(parede cabeça/tronco). A maioria das veias possuem válvulas unidirecionais chamadas de válvulas venosas para prevenir o refluxo causado pela gravidade. Sistema Cardiovascular Capilares São vasos sanguíneos de diâmetro bastante reduzido, são formados pela ramificação das arteríolas. Suas delicadas paredes são formadas por uma única camada de finas células endoteliais, o que, em conjunto com a baixa velocidade do fluxo sanguíneo local, torna os capilares sanguíneos o ponto ideal para a troca de oxigênio, substâncias nutritivas e resíduos metabólicos entre o sangue e os tecidos irrigados por ele. Sistema Linfático Sistema Linfático O sistema linfático é uma rede complexa de órgãos linfoides, linfonodos, ductos linfáticos, tecidos linfáticos, capilares linfáticos e vasos linfáticos que produzem e transportam o fluido linfático (linfa) dos tecidos para o sistema circulatório, é constituído por uma vasta rede de vasos semelhantes às veias, que se distribuem por todo o corpo e recolhem o líquido tissular que não retornou aos capilares sanguíneos, filtrando-o e reconduzindo-o à circulação sanguínea. Também é um importante componente do sistema imunológico. Funções: 1. Remoção dos fluidos em excesso dos tecidos corporais; 2. Absorção dos ácidos graxos e transporte subsequente da gordura para o sistema circulatório; 3. Produção de células imunes (como linfócitos, monócitos e células produtoras de anticorpos conhecidas como os plasmócitos). Sistema Linfático Linfa É um líquido transparente, esbranquiçado (algumas vezes amarelado ou rosado), alcalino e de sabor salgado, que circula pelos vasos linfáticos. Cerca de 2/3 de toda a linfa derivam do fígado e do intestino. Sua composição é semelhante à do sangue, mas não possui hemácias, apesar de conter glóbulos brancos dos quais 99% são linfócitos. No sangue os linfócitos representam cerca de 50% do total de glóbulos brancos. A linfa é transportada pelos vasos linfáticos e filtrada nos linfonodos (também conhecidos como nódulos linfáticos ou gânglios linfáticos). Após a filtragem, é lançada no sangue, desembocando nas grandes veias torácicas. A circulação linfática é responsável pela absorção de detritos e macromoléculas que as células produzem durante seu metabolismo, ou que não conseguem ser captadas pelo sistema sanguíneo. Sistema Linfático Linfonodos (Nódulos linfáticos) São pequenos órgãos de forma arredondada localizados ao longo do canal do sistema linfático. São os órgãos linfáticos mais numerosos do organismo. Armazenam células brancas (linfócitos) que tem efeito bactericida, Distribuem-se em cadeias ganglionares (ex: cervicais, axilares, inguinais, etc.). Sistema Linfático Órgãos Linfoides O baço é um órgão linfoide, excluído da circulação linfática porém interposto na circulação sanguínea. Possui grande quantidade de macrófagos que, através da fagocitose, destroem micróbios, restos de tecidos, substâncias estranhas, células do sangue em circulação já desgastadas como eritrócitos, leucócitos e plaquetas. Dessa forma, o baço “limpa” o sangue, funcionando como um filtro. O timo consiste de dois lobos laterais mantidos em estreito contato por meio de tecido conjuntivo. Ele situa-se parcialmente no tórax e no pescoço. Considerado um órgão linfático por sua única função conhecida que é de produzir linfócitos. A tonsila palatina encontra-se na parede lateral da parte oral da faringe, entre os dois arcos palatinos. Produzem linfócitos. A tonsila Faríngea (adenoides) É uma saliência produzidapor tecido linfático encontrada na parede posterior da parte nasal da faringe. Sistema Respiratório NARIZ FARINGE LARINGE TRAQUEIA BRÔNQUIOS PULMÕES. Sistema Respiratório A função do sistema respiratório é facultar ao organismo uma troca de gases com o ar atmosférico, assegurando permanente concentração de oxigênio no sangue, necessária para as reações metabólicas, e em contrapartida servindo como via de eliminação de gases residuais, que resultam dessas reações e que são representadas pelo gás carbônico. As vias aeríferas podem ser divididas em: nariz, faringe, laringe, traqueia, brônquios e pulmões. Sistema Respiratório O nariz é uma protuberância situada no centro da face, a escavação que apresenta interiormente é conhecida por cavidade ou fossa nasal. O ar entra no trato respiratório através de duas aberturas chamadas narinas. Em seguida, flui pela cavidade nasal, que está revestida por mucosa respiratória. O septo nasal divide essa cavidade. Os pêlos do interior das narinas filtram grandes partículas de poeira que podem ser inaladas. Além de conter células receptoras para o olfato em sua parte superior. Na parede lateral da cavidade nasal encontramos as conchas nasais (cornetos) que são divididas em superior, média e inferior. O esqueleto ósseo do nariz é formado pelo osso frontal, ossos nasais e maxilas. A cavidade nasal contém várias aberturas de drenagem, pelas quais o muco dos seios paranasais é drenado. Os seios paranasais compreendem os seios maxilares, frontal, etmoidal e o esfenoidal. Sistema Respiratório A Faringe é um tubo que começa nas coanas e estende-se para baixo no pescoço. Ela se situa logo atrás das cavidades nasais e logo adiante da coluna cervical. Sua parede é composta de músculos esqueléticos e revestida de túnica mucosa. Funciona como uma passagem de ar e alimento. É dividida em três regiões anatômicas: nasofaringe, orofaringe e laringofaringe. Sistema Respiratório A laringe é um órgão curto que conecta a faringe com a traqueia. Ela se situa na linha mediana do pescoço, diante da quarta, quinta e sexta vértebras cervicais. A laringe tem três funções: 1. Atua como passagem para o ar durante a respiração; 2. Produz som, ou seja, a voz (por esta razão é chamada de caixa de voz); 3. Impede que o alimento e objetos estranhos entrem nas estruturas respiratórias (como a traqueia). Desempenha função na produção de som, que resulta na fonação. Na sua superfície interna, encontramos uma fenda anteroposterior denominada vestíbulo da laringe, que possui duas pregas: prega vestibular (cordas vocais falsas) e prega vocal (cordas vocais verdadeiras). Sistema Respiratório A traqueia é um tubo de 10 a 12,5cm de comprimento e 2,5cm de diâmetro. Constitui um tubo que faz continuação à laringe, penetra no tórax e termina se bifurcando nos 2 brônquios principais. Ela se situa medianamente e anterior ao esôfago, e apenas na sua terminação, desviasse ligeiramente para a direita. O arcabouço da traqueia é constituído aproximadamente por 20 anéis cartilagíneos incompletos para trás. Isso é importante para permitir as expansões do esôfago situado. Internamente a traqueia é forrada por mucosa, onde abundam glândulas, e o epitélio é ciliado, facilitando a expulsão de mucosidades e corpos estranhos. Inferiormente a traqueia se bifurca, dando origem aos 02 brônquios principais: direito e esquerdo. Sistema Respiratório Os brônquios principais fazem a ligação da traqueia com os pulmões, são considerados um direito e outro esquerdo. A traqueia e os brônquios extrapulmonares são constituídos de anéis incompletos de cartilagem hialina, tecido fibroso, fibras musculares, mucosa e glândulas. Os brônquios principais entram nos pulmões na região chamada HILO. Dividem-se respectivamente em tubos cada vez menores denominados bronquíolos. As paredes dos bronquíolos contêm músculo liso e não possuem cartilagem. Os bronquíolos continuam a se ramificar, e dão origem a minúsculos túbulos denominados ductos alveolares. Estes ductos terminam em estruturas microscópicas, chamados alvéolos. Os alvéolos são minúsculos sáculos de ar que constituem o final das vias respiratórias. Um capilar pulmonar envolve cada alvéolo. A função é trocar oxigênio e dióxido de carbono através da membrana capilar alvéolo-pulmonar Sistema Respiratório Os pulmões são órgãos essenciais na respiração. São duas vísceras situadas uma de cada lado, no interior do tórax e onde se dá o encontro do ar atmosférico com o sangue circulante, ocorrendo então, as trocas gasosas (HEMATOSE). Eles estendem-se do diafragma até um pouco acima das clavículas e estão justapostos às costelas. O pulmão direito é o mais espesso e mais largo que o esquerdo. Ele também é um pouco mais curto pois o diafragma é mais alto no lado direito para acomodar o fígado. O pulmão esquerdo tem uma concavidade que é a incisura cardíaca. Sistema Respiratório O pulmão apresenta três faces: 1. Face Costal (face lateral): é a face relativamente lisa e convexa, voltada para a superfície interna da cavidade torácica. 2. Face Diafragmática (face inferior): é a face côncava que assenta sobre a cúpula diafragmática. 3. Face Mediastínica (face medial): é a face que possui uma região côncava onde se acomoda o coração. Dorsalmente encontra-se a região denominada hilo ou raiz do pulmão. Divisão: Os pulmões apresentam características morfológicas diferentes. O pulmão direito apresenta-se constituído por três lobos divididos por duas fissuras. Uma fissura obliqua que separa lobo inferior dos lobos médio e superior e uma fissura horizontal, que separa o lobo superior do lobo médio. O pulmão esquerdo é dividido em um lobo superior e um lobo inferior por uma fissura oblíqua Sistema Respiratório Pleura É uma membrana serosa de dupla camada que envolve e protege cada pulmão. A camada externa é aderida à parede da cavidade torácica e ao diafragma, e é denominada Pleura Parietal. A camada interna, a Pleura Visceral reveste os próprios pulmões (adere-se intimamente à superfície do pulmão e penetra nas fissuras entre os lobos). Entre as pleuras visceral e parietal encontra-se um pequeno espaço, a cavidade pleural, que contém pequena quantidade de líquido lubrificante, secretado pelas túnicas. Esse líquido reduz o atrito entre as túnicas, permitindo que elas deslizem facilmente uma sobre a outra, durante a respiração. Sistema Digestório Sistema Digestório O canal alimentar e as glândulas anexas constituem o sistema digestório. O canal alimentar é um tubo oco que se estende da cavidade oral ao ânus. As estruturas do tubo digestório incluem: boca, faringe, esôfago, estômago, intestino delgado, intestino grosso, reto e ânus. O comprimento do tubo digestório, medido no cadáver, é de cerca de 9m. Na pessoa viva é menor porque os músculos ao longo das paredes dos órgãos do trato gastrintestinal mantêm o tônus. Os órgãos digestórios acessórios são os dentes, a língua, as glândulas salivares, o fígado, vesícula biliar e o pâncreas. . Sistema Digestório Funções do Sistema Digestório 1-Destina-se ao aproveitamento pelo organismo, de substâncias ditas alimentares, que asseguram a manutenção de seus processos vitais. 2-Transformação mecânica e química das macromoléculas alimentares ingeridas (proteínas, carboidratos etc.) em moléculas de tamanhos e formas adequadas para serem absorvidas pelo intestino. 3-Transporte de alimentos digeridos, água e sais minerais da luz intestinal para os capilares sanguíneos da mucosa do intestino. 4-Eliminação de resíduos alimentares não digeridos e não absorvidos juntamente com restos de células descamadas da parte do trato gastrointestinal e substâncias secretadas. Órgãos Anexos: GLÂNDULAS SALIVARES FÍGADO PÂNCREAS O Fígado é a maior glândula do organismo.A função digestiva do fígado é produzir a bile, uma secreção verde amarelada, para passar para o duodeno. A bile é armazenada na vesícula biliar, que a libera quando gorduras entram no duodeno. Outras funções do fígado são: 1.Metabolismo dos carboidratos, lipídios e proteínas; 2.Processamento de fármacos e hormônios; 3. Excreção da bilirrubina e sais biliares; 4.Armazenagem; 5.Fagocitose; 6. Ativação da vitamina D. A Vesícula Biliar (7–10 cm de comprimento) situa-se na face visceral do fígado. A relação da vesícula biliar com o duodeno é tão íntima que a parte superior do duodeno normalmente é manchada com bile. Tem capacidade para armazenar até 50ml de bile. Sistema Digestório Sistema Digestório A cavidade da boca é onde o alimento é ingerido e preparado para a digestão no estômago e intestino delgado. O alimento é mastigado pelos dentes, e a saliva, proveniente das glândulas salivares, facilita a formação do bolo alimentar. A fase voluntária do processo empurra o bolo da cavidade da boca para a faringe, onde ocorra a fase automática da deglutição. A cavidade da boca consiste em duas partes: o vestíbulo da boca e a cavidade própria da boca. O vestíbulo é o espaço semelhante a uma fenda entre os dentes e a gengiva, os lábios e as bochechas. A cavidade própria da boca é o espaço entre os arcos dentais superior e inferior. O teto da cavidade da boca é formado pelo palato. Quando a boca está fechada e em repouso, a cavidade da boca é completamente ocupada pela língua Sistema Digestório Os dentes são estruturas cônicas, duras, fixadas nos alvéolos da mandíbula e maxila que são usados na mastigação e na assistência à fala. Crianças têm 20 dentes decíduos (primários ou de leite). Adultos normalmente possuem 32 dentes secundários. A língua é o principal órgão do sentido do gosto e um importante órgão da fala, além de auxiliar na mastigação e deglutição dos alimentos. Localiza-se no soalho da boca, dentro da curva do corpo da mandíbula. Papilas Linguais – dão a essa região uma aspereza característica. Os tipos de papilas são: papilas valadas, fungiformes, filiformes e simples. Elas contêm os botões gustatórios responsáveis pelo paladar. Sistema Digestório Faringe A faringe é um tubo que se estende da boca até o esôfago. O órgão é forrado pela mucosa faríngea, um epitélio liso, que facilita a rápida passagem do alimento. Parte Nasal (Nasofaringe) - situa-se posteriormente ao nariz e acima do palato mole e se diferencia da outras duas partes por sua cavidade permanecer sempre aberta. Comunica-se anteriormente com as cavidades nasais através das coanas. Na parede posterior encontra-se a tonsila faríngea (adenóide em crianças). Parte Oral (Orofaringe) - estende-se do palato mole até o osso hioide. Em sua parede lateral encontra-se a tonsila palatina. Parte Laríngea (Laringofaringe) - estende-se do osso hioide à cartilagem cricoide. De cada lado do orifício laríngeo encontra-se um recesso denominado seio piriforme. Sistema Digestório O Esôfago é um tubo fibro-músculo-mucoso que se estende entre a faringe e o estômago. Mede cerca de 25cm de comprimento. A presença de alimento no interior do esôfago estimula a atividade peristáltica, e faz com que o alimento mova-se para o estômago. As contrações são repetidas em ondas que empurram o alimento em direção ao estômago. A passagem do alimento sólido, ou semissólido, da boca para o estômago leva 4-8 segundos; alimentos muito moles e líquidos passam cerca de 1 segundo. O esôfago é formado por três porções: 1. Porção Cervical: porção que está em contato íntimo com a traqueia. 2. Porção Torácica: é a porção mais importante, passa por trás do brônquio esquerdo (mediastino superior, entre a traqueia e a coluna vertebral). 3. Porção Abdominal: repousa sobre o diafragma e pressiona o fígado, formando nele a impressão esofágica. Sistema Digestório Estômago O Estômago está situado no abdome, logo abaixo do diafragma, anteriormente ao pâncreas, superiormente ao duodeno e a esquerda do fígado. O estômago é o segmento mais dilatado do tubo digestório, em virtude dos alimentos permanecerem nele por algum tempo, necessita ser um reservatório entre o esôfago e o intestino delgado. No Estômago para impedir o refluxo do alimento para o esôfago, existe uma válvula a cárdia, situada logo acima da curvatura menor do estômago. É assim denominada por estar próximo ao coração Para impedir que o bolo alimentar passe ao intestino delgado prematuramente, o estômago é dotado de uma poderosa válvula muscular, um esfíncter chamado piloro O estômago apresenta ainda duas partes: a curvatura maior e a curvatura menor. Sistema Digestório Funções Digestivas 1.Digestão do alimento; 2.Secreção do suco gástrico, que inclui enzimas digestórias e ácido hidro clorídrico como substâncias mais importantes; 3. Secreção de hormônio gástrico e fator intrínseco. 4. Regulação do padrão no qual o alimento é parcialmente digerido e entregue ao intestino delgado; 5. Absorção de pequenas quantidades de água e substâncias dissolvidas. Sistema Digestório Intestino Delgado A principal parte da digestão e absorção ocorre no intestino delgado, que se estende do piloro até a junção iliocólica (ileocecal), que se reúne com o intestino grosso. Sua extensão fornece grande área de superfície para a digestão e absorção, sendo ainda muito aumentada pelas pregas circulares, vilosidades e microvilosidades. O intestino delgado tem de cerca de 7 metros de comprimento, podendo variar entre 5 e 8 metros. Consiste em duodeno, jejuno e íleo. Tanto as pregas intestinais (visíveis a olho nu), quanto as vilosidades e as microvilosidades possuem a função de aumentar a superfície de absorção do intestino delgado, juntos, esses processos podem aumentar em até 600 vezes a superfície de absorção das células. Sistema Digestório Duodeno: é a primeira porção do intestino delgado. Recebe este nome por ter seu comprimento aproximadamente igual à largura de doze dedos (25 centímetros). É a única porção do intestino delgado que é fixa. No duodeno desembocam dois importantes ductos: -Ducto colédoco – formado pela junção dos ductos da vesícula biliar e do fígado (bile). -Ducto pancreático - provém do pâncreas (suco ou secreção pancreática). Jejuno: É a parte do intestino delgado que faz continuação ao duodeno. É mais largo (aproximadamente 4 centímetros), sua parede é mais espessa, mais vascular e de cor mais forte que o íleo. Íleo: É o último segmento do intestino delgado que faz continuação ao jejuno. É mais estreito e suas túnicas são mais finas e menos vascularizadas que o jejuno. Distalmente, o íleo desemboca no intestino grosso num orifício que recebe o nome de óstio ileocecal. Sistema Digestório O INTESTINO GROSSO mede cerca de 6,5 centímetros de diâmetro e 1,5 metros de comprimento. Ele se estende do íleo até o ânus e está fixo à parede posterior do abdômen pelo mesocolon. O intestino grosso absorve a água com rapidez, em cerca de 14 horas, o material alimentar toma a consistência típica do bolo fecal. É mais calibroso que o intestino delgado, por isso recebe o nome de intestino grosso. O calibre vai gradativamente afinando conforme vai chegando no canal anal. É dividido em 4 partes principais: ceco, cólon (ascendente, transverso, descendente e sigmóide), reto e ânus. No fundo do ceco, encontramos o Apêndice Vermiforme. Funções do Intestino Grosso 1. Absorção de água e de certos eletrólitos; 2.Síntese de determinadas vitaminas pelas bactérias intestinais; 4.Armazenagem temporária dos resíduos (fezes); 5. Eliminação de resíduos do corpo (defecação). Sistema Urinário O sistema urinário é constituído pelos órgãos uropoéticos, incumbidos de elaborar a urina e armazená-la temporariamente atéa oportunidade de ser eliminada para o exterior. Este aparelho pode ser dividido em órgãos secretores - que produzem a urina - e órgãos excretores - que são encarregados de processar a drenagem da urina para fora do corpo. Os órgãos urinários compreendem: Os rins (2), que produzem a urina; Os ureteres (2) ou ductos, que transportam a urina; A bexiga (1), onde fica retida por algum tempo; A uretra (1), através da qual é expelida do corpo Sistema Urinário Os rins são órgãos pares, localizados logo acima da cintura, entre o peritônio e a parede posterior do abdome. Sua coloração é vermelho-parda. Os rins são recobertos pelo peritônio e circundados por uma massa de gordura e de tecido areolar frouxo. Cada rim tem cerca de 11,25cm de comprimento, 5 a 7,5cm de largura e um pouco mais que 2,5cm de espessura. O esquerdo é um pouco mais comprido e mais estreito do que o direito. O peso do rim do homem adulto varia entre 125 a 170g; na mulher adulta, entre 115 a 155g. O rim direito normalmente situa-se abaixo do rim esquerdo devido ao lobo direito do fígado. Na margem medial côncava de cada rim encontra-se uma fenda vertical – o HILO RENAL – onde a artéria renal entra e a veia e a pelve renal deixam o seio renal. O hilo renal é a entrada para um espaço dentro do rim. O seio renal é ocupado pela pelve renal, cálices, nervos, vasos sanguíneos e linfáticos e uma variável quantidade de gordura. Cada rim apresenta duas faces, duas margens e duas extremidades. FACES (2) - Anterior e Posterior. As duas são lisas, porém a anterior é mais abaulada e a posterior mais plana. MARGENS (2) - Medial (côncava) e Lateral (convexa). POLOS OU EXTREMIDADES (2) - Superior e Inferior. Rim Sistema Urinário Anatomia Interna dos Rins Em um corte frontal através do rim, são reveladas duas regiões distintas: uma área avermelhada de textura lisa, chamada córtex renal e uma área marrom avermelhada profunda, denominada medula renal. A medula consiste em 8-18 estruturas cuneiformes, as pirâmides renais. Juntos, o córtex e as pirâmides renais da medula renal constituem a parte funcional, ou parênquima do rim. No parênquima estão as unidades funcionais dos rins – cerca de 1 milhão de estruturas microscópicas chamadas NEFRÔNIOS. A urina, formada pelos nefrônios, drena para os grandes ductos papilares, que se estendem ao longo das papilas renais das pirâmides. Os ductos drenam para estruturas chamadas cálices renais menor e maior. Cada rim tem 8-18 cálices menores e 2-3 cálices maiores. O cálice renal menor recebe urina dos ductos papilares de uma papila renal e a transporta até um cálice renal maior. Do cálice renal maior, a urina drena para a grande cavidade chamada pelve renal e depois para fora, pelo ureter, até a bexiga urinária. Sistema Urinário Funções dos Rins Sistema Urinário Ureter São dois tubos que transportam a urina dos rins para a bexiga. Órgãos pouco calibrosos, os ureteres têm menos de 6mm de diâmetro e 25 a 30cm de comprimento. Pelve renal é a extremidade superior do ureter, localizada no interior do rim. O ureter percorre por diante da parede posterior do abdome, penetrando em seguida na cavidade pélvica, abrindo-se no óstio do ureter situado no assoalho da bexiga urinária. Em virtude desse seu trajeto, distinguem-se duas partes do ureter: abdominal e pélvica. Os ureteres são capazes de realizar contrações rítmicas denominadas peristaltismo. A urina se move ao longo dos ureteres em resposta à gravidade e ao peristaltismo. Sistema Urinário Uretra A uretra é um tubo que conduz a urina da bexiga para o meio externo, sendo revestida por mucosa que contém grande quantidade de glândulas secretoras de muco. A uretra se abre para o exterior através do óstio externo da uretra. A uretra é diferente entre os dois gêneros. Na mulher, é curta (3,8 cm) e faz parte exclusivamente do sistema urinário. Seu óstio externo localiza-se anteriormente à vagina e entre os lábios menores. Já no homem, a uretra faz parte dos sistemas urinário e reprodutor. Medindo cerca de 20 cm. Quando a uretra masculina deixa a bexiga, ela passa através da próstata e se estende ao longo do comprimento do pênis. Assim, a uretra masculina atua com duas finalidades: conduz a urina e o esperma. Sistema Urinário A bexiga urinária funciona como um reservatório temporário para o armazenamento da urina. Quando vazia, a bexiga está localizada inferiormente ao peritônio e posteriormente à sínfise púbica: quando cheia, ela se eleva para a cavidade abdominal. É um órgão muscular oco, elástico que, nos homens situa-se diretamente anterior ao reto e, nas mulheres está à frente da vagina e abaixo do útero. A saída da bexiga urinária contém o músculo esfíncter chamada esfíncter interno, que se contrai involuntariamente, prevenindo o esvaziamento. Inferiormente ao músculo esfíncter, envolvendo a parte superior da uretra, está o esfíncter externo, que é controlado voluntariamente, permitindo a resistência à necessidade de urinar. A capacidade média da bexiga urinária é de 700 – 800 ml; Sistema Genital Sistema Genital Masculino Sistema Genital Feminino Sistema Genital Masculino Os órgãos do sistema genital masculino são os testículos (gônadas masculinas), um sistema de ductos (ducto deferente, ducto ejaculatório e uretra), as glândulas sexuais acessórias (próstata, glândula bulbouretral e vesículas seminais) e diversas estruturas de suporte, incluindo o escroto e o pênis. Os testículos (gônadas masculinas) produzem esperma e secretam hormônios (testosterona). Sistema Genital Masculino O testículo é um órgão par (direito e esquerdo), situado numa bolsa músculo-cutânea, denominada escroto, a qual está localizada na região anterior do períneo, logo por trás do pênis. Cada testículo tem forma ovoide. A margem posterior é ocupada de cima a baixo por uma formação cilíndrica, mais dilatada para cima, que o epidídimo. Os testículos são envoltos por uma cápsula de natureza conjuntiva, branco-nacarada que se chama túnica albugínea, que envia para o interior do testículo delgado septos conhecidos como séptulos dos testículos, os quais delimitam os lóbulos dos testículos. Nos lóbulos dos testículos encontramos grande quantidade de finos longos e sinuosos ductos, denominados túbulos seminíferos. E nesses túbulos seminíferos contorcidos que se formam os espermatozoides. Sistema Genital Masculino O epidídimo Estende-se na borda posterior do testículo. Ele apresenta uma dilatação superior que ultrapassa o pólo superior do testículo, que é denominada cabeça; um seguimento intermediário que é o corpo e inferiormente, uma porção mais estreitada, que é a cauda do epidídimo. Inferiormente, a cauda do epidídimo, encurva-se em ângulo agudo para trás e para cima, dando seguimento ao ducto deferente. É justamente nessa curva constituída pela cauda do epidídimo e início do ducto deferente que ficam armazenados os espermatozoides até o momento do ato sexual, em que são levados para o exterior. Sistema Genital Masculino O ducto deferente (ou conducto deferente) é um longo e fino tubo par, de paredes espessas, por se apresentar como um cordão uniforme, liso e duro, o que o distingue dos elementos que o cercam. O funículo espermático: estende-se da extremidade superior da borda do testículo ao ânulo inguinal profundo, local em que sues elementos tomam rumos diferentes. O funículo espermático esquerdo é mais longo, o que significa que o testículo esquerdo permanece em nível mais baixo que o direito. Sistema Genital Masculino Ducto Ejaculatório é um fino tubo, par, que penetra pela face posterior da próstata. Estruturalmente o ducto ejaculatório assim como a vesícula seminal, tem a mesma constituição do ducto deferente. As glândulas (ou vesículas)seminais são duas bolsas membranosas lobuladas, colocadas entre o fundo da bexiga e o reto, acima da próstata. Secretam um líquido que contém frutose, prostaglandinas e proteínas de coagulação (vitamina C). A natureza alcalina do líquido ajuda a neutralizar o ambiente ácido da uretra masculina e trato genital feminino, que tornariam inativos e mataria os espermatozoides. O líquido secretado pelas glândulas seminais constitui 60% do volume de sêmen. Sistema Genital Masculino A próstata é mais uma glândula, cuja secreção é acrescentada ao líquido seminal. Sua base está encostada no colo da bexiga e a primeira porção da uretra perfura-a longitudinalmente pelo seu centro, da base ao ápice. Estruturalmente, a próstata é envolta por uma cápsula constituída por tecido conjuntivo e fibras musculares. É também dentro dela que ocorre a transformação do principal hormônio masculino - a testosterona - em diidrotestosterona, que, por sua vez, é responsável pelo controle do crescimento dessa glândula Sistema Genital Masculino Pênis – Órgão Copulador O pênis o órgão erétil e copulador masculino. Ele é representado por uma formação cilindroide que se prende à região mais anterior do períneo, e cuja extremidade livre é arredondada. O tecido que tem a capacidade de se encher e esvaziar de sangue forma três cilindros, dos quais dois são pares (direito e esquerdo) e se situam paralelamente, por cima, e o terceiro é ímpar e mediano, e situa-se longitudinalmente, por baixo dos dois precedentes. Os dois cilindros superiores recebem o nome de corpos cavernosos do pênis e o inferior, de corpo esponjoso do pênis. Sistema Genital Feminino Os órgãos genitais femininos são incumbidos da produção dos óvulos, e depois da fecundação destes pelos espermatozoides, oferecem condições para o desenvolvimento até o nascimento do novo ser. Os órgãos genitais femininos consistem de um grupo de órgãos internos e outro de órgãos externos. Os órgãos internos estão no interior da pelve e consistem dos ovários, tubas uterinas, útero e vagina. Os órgãos compreendem o monte do púbis, os lábios maiores e menores do pudendo, o clitóris, o bulbo do vestíbulo e as glândulas vestibulares maiores. Estas estruturas formam a vulva. Sistema Genital Feminino Os ovários órgãos pares, com aproximadamente 3cm de comprimento, 2cm de largura e 1,5cm de espessura. Ele está situado por trás do ligamento largo do útero e logo abaixo da tuba uterina. O ovário está preso ao útero e à cavidade pélvica por meio de ligamentos, o segmento do cabo que liga à parede pélvica é denominado ligamento suspensor do ovário e a porção do cabo que vai até ao útero é o ligamento do ovário. Na puberdade os ovários começam a secretar os hormônios sexuais, estrógeno e progesterona. As células dos folículos maduros secretam estrógeno, enquanto o corpo lúteo produz grandes quantidades de progesterona e pouco estrógeno. Sistema Genital Feminino Tuba uterina é um tubo par que se implanta de cada lado no respectivo ângulo later superior do útero, e se projeta lateralmente. Divide-se em 04 regiões: parte uterina, istmo, ampola e infundíbulo. A parte uterina constitui o segmento do tubo que se situa na parede do útero. que estabelece sua comunicação com a cavidade uterina. O istmo é a porção menos calibrosa, situada junto ao útero, enquanto a ampola é a dilatação que se segue ao istmo. A ampola é considerada o local onde normalmente se processa a fecundação do óvulo pelo espermatozoide A porção mais distal da tuba é o infundíbulo, que pode ser comparado a um funil cuja boca apresenta um rebordo muito irregular, tomando o aspecto de franjas. Essas franjas têm o nome de fímbrias da tuba e das quais uma se destaca por ser mais longa, denominada fimbria ovárica. A tuba possui duas funções: • Transportar o óvulo do ovário ao útero; • Local onde ocorre a fertilização do óvulo pelo espermatozoide. Sistema Genital Feminino Útero O útero é um órgão oco, em forma de uma pêra invertida, achatado no sentido anteroposterior. A parte inferior constitui o colo (cérvix). No centro da extremidade inferior da porção vaginal do colo do útero, há um orifício denominado óstio do útero. O Miométrio é formado por uma espessa camada de fibras musculares lisas que se distribuem, da periferia para a profundidade. O Endométrio forra toda a cavidade uterina. Ao nível do corpo do útero, a mucosa se apresenta lisa, ao passo que no colo é muito pregueada, cujas pregas lembram as folhas de palma e por isso são chamadas de pregas espalmadas. O endométrio realiza um papel muito importante por ocasião da gravidez. O útero é mantido em sua posição por três ligamentos: ligamento largo do útero, ligamento redondo do útero e ligamento útero-sacral. Sistema Genital Feminino A vagina é um tubo músculo- membranáceo, que superiormente insere-se no contorno da parte média do colo do útero e para baixo atravessa o diafragma urogenital para se abrir no pudendo feminino, cujo orifício chama-se óstio da vagina. É o órgão copulador da mulher. Na mulher virgem, o óstio da vagina é obturado parcialmente por um diafragma mucoso, denominado hímen. Estruturalmente a vagina é constituída por uma túnica fibrosa, que envolve uma túnica muscular e interiormente é revestida por uma túnica mucosa. Toda superfície mucosa é pregueada transversalmente, pregas essas conhecidas por rugas vaginais. Sistema Tegumentar Pele O tegumento ou pele cobre a superfície do corpo protegendo-o das influências ambientais danosas. Como a pele é facilmente acessível, ela é importante nos exames físicos. Sistema Tegumentar Funções da Pele Proteção do corpo contra o meio ambiente, abrasões, perda de líquido, substâncias nocivas e microrganismos invasores. Regulação do calor através das glândulas sudoríparas e vasos sanguíneos. Sensibilidade por meio dos nervos superficiais e suas terminações sensitivas. A pele forma um envoltório para as estruturas do corpo e substâncias vitais (líquidos), formando assim o maior órgão do corpo. A pele é composta de: Epiderme: camada celular superficial Derme: camada de tecido conectivo profunda. Sistema Tegumentar A Epiderme, ou cutícula, não é vascularizada, consiste de epitélio estratificado. Em alguns lugares como na palma da mão e planta dos pés, ela é espessa, dura e de textura córnea. O epitélio estratificado da epiderme compõe-se de várias camadas. Essas camadas são, de superficial para profundo: estrato córneo, estrato lúcido, estrato granuloso, estrato espinhoso e estrato basal. O estrato córneo é remanescente das células que contém uma proteína fibrosa, a queratina. A coloração da pele se deve aos pigmentos nas células da epiderme. Este pigmento é mais distinto nas células da camada basal. O pigmento (melanina) consiste em grânulos muito pequenos, marrom- escuro ou pretos, intimamente agrupados, dentro das células. Sistema Tegumentar A Derme é rija, flexível e elástica. É mais espessa na superfície dorsal do corpo que na ventral e na parte lateral mais que na medial dos membros. A pele consiste em um tecido conjuntivo com quantidade variável de fibras elásticas e numerosos nervos, vasos sanguíneos e linfáticos. O tecido conjuntivo se dispõe em duas camadas: uma profunda ou reticular e a outra superficial ou papilar. A camada reticular consiste de tecido conjuntivo fibroelástico, composto sobretudo de feixes colágenos. Nas camadas mais profundas da camada reticular encontram-se glândulas sudoríparas, sebáceas, folículos do pêlo e pequenos acúmulos de células. Sistema Tegumentar Tecido Subcutâneo Ou Hipoderme A derme está situada sobre a tela subcutânea também chamada Hipoderme. Esta última camada não é considerada como pertencente à pele e por isso é chamada de tecido subcutâneo ou hipoderme. O tecido subcutâneo é composto principalmente por tecidoconjuntivo frouxo e tecido adiposo. Ela desempenha duas funções principais: auxilia a isolar o corpo das variações extremas do meio ambiente e fixa a pele às estruturas subjacentes. Poucas áreas do corpo não possuem esse tecido; nestes locais, a pele está fixada diretamente no osso. A pele das articulações e dos dedos apresenta dobras e é enrugada porque está aderida ao osso. Sistema Tegumentar Unhas: são estruturas achatadas, elásticas, de textura córnea, aplicadas sobre a superfície dorsal das falanges distais. Cada unha está implantada por uma porção chamada raiz em um sulco da pele; a porção exposta é denominada corpo e a extremidade distal, borda livre. A unha é firmemente aderente ao cório e exatamente moldada sobre a superfície; a parte de baixo do corpo e da raiz da unha é chamada matriz da unha porque é esta que a produz. Próximo a raiz da unha o tecido não está firmemente aderido ao tecido conjuntivo, mas apenas em contato com o mesmo. Sistema Tegumentar A raiz do pelo termina no bulbo do pelo e está alojado em um canalículo da epiderme que o envolve, chamado folículo do pêlo. No fundo de cada folículo encontra-se uma pequena eminência cônica vascular ou papila. O folículo piloso consiste em duas túnicas: externa e interna ou epidérmica. O bulbo piloso é moldado sobre a papila e compõe-se de células epiteliais poliédricas que, ao passarem para o interior da raiz do pêlo, se alongam, tornando-se fusiformes. A haste do pêlo consiste, de dentro para fora, de três partes: a medula, o córtex e a cutícula. Sistema Tegumentar Glândulas Sudoríparas (Gl. do suor): são encontradas em quase toda a parte da pele. Consistem de um simples tubo cuja a parte profunda constitui uma bolsa esférica ou oval chamada corpo da glândula. São muito abundantes na palma das mãos e planta dos pés. Glândulas Sebáceas: são órgãos glandulares pequenos e saculiformes alojados na derme, encontradas em muitas partes da pele, mas em abundância no couro cabeludo e na face. Cada glândula consiste de um simples ducto que emerge de um agrupamento ovalado ou em forma de garrafa. Cada alvéolo é composto de uma membrana basal transparente contendo um certo número de células epiteliais. Sistema Endócrino No sistema endócrino, a comunicação e regulação dos sistemas orgânicos, se faz por sinais químicos, através de substâncias chamadas hormônios. O sistema endócrino responde mais lentamente e normalmente causa efeitos mais duradouros. É formado por glândulas endócrinas, que produzem hormônios e estão amplamente distribuídas pelo corpo. São glândulas sem ductos, isto é, elas secretam hormônios diretamente no interior de capilares (sanguíneos). Esse sistema produz seus efeitos por meio da secreção de hormônios, mensageiros químicos que influenciam ou controlam as atividades de outros tecidos ou órgãos. A maioria dos hormônios é transportada pelo sangue. Sistema Endócrino Principais Glândulas Endócrinas 1 – Hipófise 2 – Glândula Tireoide 3 – Glândulas Paratireoides 4 – Glândulas Suprarrenais 5 – Pâncreas 6 – Gônadas (Ovários e Testículos) 7 – Timo 8 – Glândula Pineal Sistema Endócrino A hipófise é uma pequena glândula, com tamanho semelhante de uma ervilha, também conhecida como glândula pituitária. A hipófise está localizada abaixo do hipotálamo, posteriormente ao quiasma óptico. A hipófise está fixada à superfície inferior do hipotálamo, por uma curta haste denominada infundíbulo. Ela possui duas partes: uma anterior, a adeno-hipófise, e outra posterior, a neuro-hipófise. A hipófise secreta oito hormônios e, portanto, afeta quase todas as funções do corpo. Hipófise Sistema Endócrino Adeno-Hipófise A parte anterior da hipófise, a adeno-hipófise. Sintetiza e libera pelo menos oito hormônios importantes: – Somatotropina (STH), envolvida no controle do crescimento do corpo; – Mamotropina (LTH), que estimula o crescimento e a secreção da mama feminina; – Adrenocorticotropina (ACTH), que controla a secreção de alguns hormônios corticais da glândula supra-renal; – Tirotropina (TSH), que estimula a atividade da glândula tireóide; – Hormônio estimulador do folículo (FSH), que estimula o crescimento e a secreção de estrógenos nos folículos ováricos e a espermatogênese nos testículos; – Hormônio das células intersticiais (ICSH), que ativa a secreção de andrógenos através do testículo; – Hormônio Luteinizante (LH), que induz a secreção de progesterona pelo corpo lúteo; – Hormônio estimulador de melanócitos (MSH), que aumenta a pigmenta. Sistema Endócrino Neuro-Hipófise A porção posterior da hipófise é composta por tecido nervoso e, portanto, é chamada de neuro-hipófise. Sintetiza dois hormônios: – Vasopressina (ADH), antidiurético, que controla a absorção de água através do túbulos renais; – Ocitocina, que promove a contração do músculo não estriado do útero e da mama. Sistema Endócrino Glândula Tireoide A glândula tireoide possui tom vermelho- acastanhado, cerca de 25 g e é altamente vascularizada. A tireoide possui dois lobos (direito e esquerdo) que são conectados entre si por uma parte central denominada istmo da glândula tireoide. Cada lobo possui aproximadamente 5 cm de comprimento. A glândula está envolvida por uma cápsula de tecido conjuntivo e contém dois tipos de células: as células foliculares, e as células parafoliculares. As células foliculares secretam e armazenam dois hormônios tireoidianos: – Triiodotironina (T3) – Tetraiodotironina (T4 ou tiroxina) Dos dois hormônios tireóideos, a T3 é provavelmente o estimulador principal do ritmo metabólico da célula, com ação muito poderosa e imediata, enquanto a T4 é poderosa, porém menos rápida. As glândulas parafoliculares, secretam o hormônio: – Calcitonina, que regula o metabolismo de cálcio, principalmente suprindo a reabsorção óssea. Sistema Endócrino As glândulas paratireoides são pequenas estruturas ovoides ou lentiformes, marrom-amareladas, pesando cerca de 30 mg e geralmente se situando entre as margens do lobo posterior da glândula tireoide e sua cápsula. Cada glândula paratireoide possui uma fina cápsula de tecido conjuntivo com septos intraglandulares. As glândulas paratireoides secretam o hormônio paratireoideo (PTH) que está relacionado com o controle do nível e da distribuição de cálcio e fósforo. O PTH atua em três órgãos-alvo: ossos, trato digestório (intestino) e rins. O efeito geral do PTH é o aumento dos níveis plasmáticos de cálcio e a diminuição dos níveis plasmáticos de fosfato. Sistema Endócrino As glândulas supra-renais são pequenos corpos amarelados, achatados. Circundadas por tecido conjuntivo contendo muita gordura perinéfrica, são envolvidos pela fáscia renal, mas separadas dos rins por tecido fibroso. Cada uma mede aproximadamente 50 mm verticalmente, 30 mm transversalmente e 10 mm na dimensão antero-posterior, pesando cerca de 5 g. Uma glândula supra-renal seccionada revela um córtex externo, de cor amarela e formando a massa principal, e uma fina medula vermelho-escuro, formando cerca de 10% da glândula. A medula é completamente envolvida pelo córtex, exceto no seu hilo. Sistema Endócrino A Medula Supra-renal, a parte interna da glândula, é considerada uma extensão da parte simpática do sistema nervoso autônomo. A medula da supra-renal secreta dois hormônios: 1 – Epinefrina (Adrenalina), que possui efeito acentuado sobre o metabolismo de carboidratos. 2–Norepinefrina (Noradrenalina), que produz aceleração do coração vasoconstrição e pressão sanguínea elevada. Esses hormônios são classificados como aminas e por estarem no grupo químico chamado catecol, são denominados catecolaminas. Esses hormônios são produzidos em situações de emergência e estresse, produzindo os seguintes: – Conversão de glicogênio em glicose no fígado; – Elevação do padrão metabólicoda maioria das células; – Dilatação dos brônquios. Sistema Endócrino O Córtex Supra-renal, é uma fina camada externa (periférica), mostra três zonas celulares: as zonas glomerulosa (mais externa), fasciculada (mais larga) e reticulada (mais interna). O córtex secreta os hormônios chamados esteróides. Zona Glomerulosa: Produzem aldosterona (mineralocorticóide), que tem função importante na regulação do volume e da pressão do sangue, e na concentração do equilíbrio eletrolítico do sangue. Zona Fasciculada: Produzem hormônios que mantêm o equilíbrio dos carboidratos, proteínas e gorduras (glicocorticóides). Zona Reticulada: Podem produzir hormônios sexuais (progesterona, estrógenos e andrógenos Sistema Endócrino O pâncreas é um órgão alongado que se situa na parte superior do abdome, estendendo-se do duodeno até o baço. O pâncreas secreta dois hormônios: a insulina e o glucagon. As células que produzem esses hormônios são denominadas ilhotas pancreáticas (Langherans). O pâncreas humano pode conter mais de um milhão de ilhas. Essas ilhotas possuem dois tipos de células: os endocrinócitos alfa, que produzem glucagon e os endocrínicos beta que produzem insulina. Esses dois hormônios ajudam a controlar os níveis de glicose no sangue. Ação da Insulina: diminui os níveis de glicose através de dois mecanismos: 1) aumenta o transporte de glicose do sangue para o interior das células; 2) estimula as células a queimar glicose como combustível. A insulina é o único hormônio que diminui a glicose sanguínea. Ação do Glucagon: esse hormônio aumenta a glicose sanguínea de duas maneiras: 1) estimulando a conversão de glicogênio em glicose no fígado; 2) estimulando a conversão de proteínas em glicose. Sistema Endócrino Os ovários produzem dois hormônios sexuais femininos: o estrógeno e a progesterona. Esses hormônios participam do desenvolvimento e do funcionamento dos órgãos genitais femininos e da expressão das características sexuais femininas. Elas incluem: – Desenvolvimento das mamas; – Distribuição da gordura nos quadris, coxas e mamas; – Distribuição de pelos em áreas específicas do corpo; – Maturação de órgãos genitais; – Fechamento das cartilagens epifisiais dos ossos longos. Sistema Endócrino Testículos: O principal hormônio secretado pelos testículos é a testosterona, um esteroide produzido por suas células intersticiais. O estímulo para secreção da testosterona é o hormônio luteinizante (LH), proveniente da adeno-hipófise. A testosterona auxilia na maturação dos espermatozoides e é responsável pelas características sexuais masculinas, tais como: – Crescimento e desenvolvimento dos órgãos genitais masculinos; – Crescimento musculoesquelético; – Crescimento e distribuição dos pelos; – Aumento da laringe, acompanhado por alterações da voz. Sistema Endócrino Timo O timo possui funções secretoras hormonais e linfáticas (produzindo linfócitos T). Ele varia de tamanho e atividade, dependendo da idade, doença e do estado fisiológico, mas permanece ativo mesmo na idade avançada. Ao nascimento pesa cerca de 10 a 15 g, crescendo até a puberdade, quando ele pesa de 30 a 40 gm, apresenta-se muito maior na criança do que no adulto, sendo que após a puberdade, a glândula evolui, ou se torna menor, sendo substituído por tecido conjuntivo a adiposo. O timo situa-se na parte superior da cavidade torácica, posteriormente ao esterno e das quatro cartilagens costais superiores, inferiormente à glândula tireoide. Tem a função de produzir diversas substâncias (inclusive hormônios) que regulam a produção de linfócitos, a diferenciação e as atividades no timo. Essas substâncias incluem quatro polipeptídeos principais quimicamente bem distribuídos: timulina, timopoetina, timosina alfa I e timosina beta IV. Sistema Endócrino Glândula Pineal O corpo pineal ou epífise do cérebro é um pequeno órgão piriforme, mede aproximadamente 8 mm de comprimento. Sua base está presa por um pedúnculo que se divide em lâminas inferior e superior. O corpo pineal contém cordões e folículos de pinealócitos e células da neuróglia entre as quais se ramificam muitos vasos sanguíneos e nervos. Septos se estendem até o corpo a partir da pia-máter adjacente. O corpo pineal modifica a atividade da adeno-hipófise, neuro-hipófise, pâncreas endócrino, paratireoides, córtex e medula da glândula supra-renal e gônadas. As secreções pineais podem alcançar suas células-alvo via líquido cérebro-espinal ou através da corrente sanguínea. A glândula pineal secreta a melatonina, um hormônio que altera o ciclo reprodutivo, influenciando a secreção de hormônios de liberação do hipotálamo. Acredita-se também que a melatonina esteja relacionada com ciclo sono/vigília, possuindo um efeito tranquilizante. Ela é considerada o “relógio biológico do corpo”, controlando a maioria dos biorritmos. Referências DANGELO, José Gerardo; FATTINI, Carlo Américo. ANATOMIA HUMANA BÁSICA. São Paulo: Atheneo, 2006. 184 p.
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