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CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRT/PR – TÉCNICO JUDICIÁRIO PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 1 Aula 09 Das funções essenciais à Justiça: do Ministério Público; da Advocacia Pública; da Advocacia e da Defensoria Públicas I. FUNÇÕES ESSENCIAIS À JUSTIÇA --------------------------------------------------------------------- 3 II. O MINISTÉRIO PÚBLICO (MP) --------------------------------------------------------------------------- 4 III. CONSELHO NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO (CNMP)------------------------- 24 IV. DA DEFENSORIA PÚBLICA (DP) ----------------------------------------------------------------------- 59 V. DA ADVOCACIA PÚBLICA ---------------------------------------------------------------------------------- 62 VI. DA ADVOCACIA PRIVADA ---------------------------------------------------------------------------------- 67 VII. QUESTÕES DA AULA ------------------------------------------------------------------------------------------- 80 VIII. GABARITO ----------------------------------------------------------------------------------------------------------- 101 IX. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA -------------------------------------------------------------------------- 102 Olá futuros Técnicos Judiciários do TRT/PR! Prontos para o SEU salário de R$ 4.052,96? Estamos chegando ao nosso último encontro! Espero que o curso tenha alcançado as expectativas de todos, e fico aguardando notícias com os resultados positivos, que certamente estão por vir! Por favor, preencham o questionário de avaliação do curso. Somente assim, com as suas opiniões e sugestões, poderemos melhorar cada vez mais! Na aula de hoje, estudaremos mais um assunto FUNDAMENTAL para a sua prova, afinal, o órgão no qual você irá trabalhar atua lado a lado com essas instituições: as Funções Essenciais à Justiça Assim como o Poder Judiciário, esse é um assunto bastante delicado para as aulas online, uma vez que a maioria das questões de prova cobra a literalidade da CF, sem muitas interpretações ou jurisprudência. Assim, você verá que os esquemas de hoje serão um pouco menos resumidos, com menos palavras-chave e mais transcrições do texto constitucional. Optei por fazer assim para que você já vá se acostumando com a letra da CF. CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRT/PR – TÉCNICO JUDICIÁRIO PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 2 Como sempre, faremos muitos exercícios das mais variadas bancas para que você treine muito e tenha uma visão de todos os ângulos da matéria: serão 59 questões comentadas! Começaremos com a parte teórica e os exercícios virão na medida em que a matéria for explicada. Ao responder as questões, leia todos os comentários, pois foram feitas várias observações além da mera resolução da questão. Na aula de hoje, teremos APENAS 28 páginas de conteúdo (teoria). O restante das páginas é dividido entre exercícios comentados, MUITOS esquemas e uma lista com as questões da aula. Dessa forma, apesar de o número de páginas ser elevado, a leitura do material é bastante rápida e agradável! Você notará que alguns esquemas e respostas foram exaustivamente repetidos nos comentários das questões. Isso não é por acaso! Sugiro que você os revise várias vezes, para internalizar o conhecimento. Caso tenham alguma dúvida, mandem-na para o fórum ou para o email robertoconstitucional@gmail.com. Estarei sempre à disposição de vocês! Vamos então à nossa última aula! CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRT/PR – TÉCNICO JUDICIÁRIO PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 3 I. FUNÇÕES ESSENCIAIS À JUSTIÇA Meu caro Técnico Judiciário do TRT/PR, nós vimos na aula referente ao Poder Judiciário que este somente age se for provocado, não agindo de ofício (princípio da demanda). Assim, para garantir a imparcialidade deste poder e para garantir uma efetiva prestação jurisdicional, é preciso que pessoas e órgãos atuem lado a lado com o Judiciário. Essas pessoas e órgãos que atuam junto ao Poder Judiciário (e que não fazem parte desse poder) são chamados de Funções Essenciais à Justiça. As Funções Essenciais à Justiça são compostas pelo Ministério Público, Defensoria pública, Advocacia Pública e Advocacia Privada. Vamos começar com a função mais importante para as provas de concursos: o Ministério Público. Esquematizando: x Funções Essenciais à Justiça - Não são órgãos do Judiciário / Não integram o Judiciário. - São pessoas ou órgãos que atuam perante o Judiciário - São instrumentos indispensáveis à imparcialidade do Judiciário, uma vez que este somente age por provocação - Composição - Ministério Público - Defensoria Pública - Advocacia Pública - Advocacia Privada CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRT/PR – TÉCNICO JUDICIÁRIO PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 4 II. O MINISTÉRIO PÚBLICO (MP) 1. OBSERVAÇÕES GERAIS Segundo a própria Constituição, o Ministério Público é uma instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis. O Ministério Público, também chamado de parquet, é o fiscal da lei e da federação. Ele é um órgão autônomo e independente e está fora da estrutura dos três poderes. Dessa forma, o MP não é um 4º poder. Apesar de ser ligado ao orçamento do Executivo, não faz parte desse e não se subordina a nenhum dos três poderes. Ingresso na carreira O ingresso na carreira do Ministério Público far-se-á mediante concurso público de provas e títulos, assegurada a participação da Ordem dos Advogados do Brasil em sua realização, exigindo-se do bacharel em direito, no mínimo, três anos de atividade jurídica e observando-se, nas nomeações, a ordem de classificação. Capacidade postulatória A capacidade postulatória é a aptidão para agir em juízo, ou seja, a capacidade de se “conversar com o Juiz” dentro do processo. Um conceito mais formal é este: “é a capacidade de fazer valer e defender as próprias pretensões ou as de outrem em juízo ou, em outras palavras, a qualidade ou atributo necessário para poder pleitear ao juiz. Essa qualidade está consubstanciada na condição de ser membro da instituição ou ser inscrito na OAB”. As partes do processo (autor e réu) não possuem a capacidade postulatória, assim, precisam de um advogado para agir dentro do processo. Saiba então que o Ministério Público possui capacidade postulatória. Ele pode entrar com ações tanto na esfera civil quanto na esfera penal. Na esfera civil, o MP pode entrar com a Ação Civil Pública (ACP) para proteger o patrimônio público e social, o meio ambiente e outros interesses difusos e CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRT/PR – TÉCNICO JUDICIÁRIO PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 5 coletivos, também chamados de direitos transindividuais ou metaindividuais ou ainda direitos coletivos lato sensu. Eles são assim chamados porque são direitos que transcendem o indivíduo, se aplicando à coletividade. Já na esfera penal, o MP pode entrar com a ação penal pública. A regra é que a titularidade da ação penal é do Ministério Público (MP). Assim, o MP é o “dono” da ação penal e ela é PÚBLICA. No entanto, em caso de inércia do parquet em entrar com a ação penal ou em dar andamento à mesma, caberá a ação penal privada subsidiária da pública. Entretanto, a referida ação não retira o caráter privativo da ação penal (que é do Ministério Público). Exemplo 1: o crime de homicídio é um crime de ação penal pública. Caso seja instaurada uma ação penal por este crime, ela sempre será pública e o MP sempre seráo titular da ação. Dessa forma, ainda que a família da vítima acompanhe os atos processuais, ajude o Ministério Público e a polícia ou até mesmo não queira que a ação seja instaurada, o “dono da ação” sempre será o parquet (MP), sendo ele quem decide sobre a instauração da ação e quem pratica os atos processuais. No entanto, caso o Ministério Público seja desidioso na propositura ou na condução da ação, aí sim caberá a ação penal privada subsidiária da pública. Exemplo 2: a calúnia é um crime de ação penal privada. Para que alguém seja processado por este crime, o ofendido deve entrar com a ação penal contra o agressor, não podendo o MP instaurar a ação sozinho. Para a sua prova de Direito Constitucional, não é necessário saber quais crimes são de ação penal pública ou privada, bastando as informações colocadas aqui. Esquematizando: CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRT/PR – TÉCNICO JUDICIÁRIO PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 6 - É instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis - Também chamado de parquet - Fiscal da lei/federação - É órgão autônomo e independente - Está fora da estrutura dos 3 poderes - Não se subordina a nenhum dos outros poderes - Não é um 4º poder. Ele é ligado ao orçamento do Executivo, mas não faz parte desse poder - Ingresso na carreira - Mediante concurso público de provas e títulos - Participação da OAB - No mínimo, três anos de atividade jurídica - Observando-se, nas nomeações, a ordem de classificação. - MP possui - Civil: ACP para proteger - patrimônio público e social, meio ambiente capacidade - outros interesses difusos e coletivos postulatória - direitos transindividuais / metaindividuais / coletivos lato sensu): transcendem o indivíduo - Penal: - Pública - Acusador - Ele é o titular exclusivo da ação penal pública - Inércia: cabe ação penal privada subsidiária da pública - Privada: Fiscal da lei O b se rv aç õe s G er ai s so b re o M P CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRT/PR – TÉCNICO JUDICIÁRIO PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 7 2. COMPOSIÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO O Ministério Público se divide em dois ramos: o Ministério Público da União (MPU) e o Ministério Público Estadual (MPE). O MPU, por sua vez, se subdivide em quatro vertentes: MP Federal, MP Militar, MP do Trabalho e MP do Distrito Federal e Territórios (MPDFT). Observe que o MPDFT pertence ao MPU, sendo um órgão da União e não do DF. O chefe do Ministério Público da União é o Procurador-Geral da República (PGR) e é ele quem nomeia os Procuradores-Gerais do Trabalho e Militar. Observe que não foi falado o Ministério Público Eleitoral, uma vez que ele não dispõe de estrutura própria e será integrado por membros do MP federal e membros do MP estadual. Existe ainda um Ministério Público que atua junto aos Tribunais de Contas (MPjTC). Saiba que esse MPjTC não faz parte do Ministério Público, integrando a estrutura do próprio Tribunal de Contas. Esquematizando: x Composição 1 - MPU - Ministério Público Federal (MPF) do MP - Ministério Público do Trabalho - Ministério Público Militar - Ministério Público do Distrito Federal e Territórios 2 - MP Estadual o OBS - O Procurador-Geral da República é o chefe do MPU - PGR nomeia os Procuradores-Gerais do Trabalho e Militar - Observe que não aparece o Ministério Público Eleitoral. Ele não dispõe de estrutura própria e será integrado por membros do MP federal e membros do MP estadual. - MPjTC: - Ministério Público que funciona junto aos Tribunais de Contas. - NÃO faz parte do MP - Integra a estrutura do próprio Tribunal de Contas. CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRT/PR – TÉCNICO JUDICIÁRIO PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 8 3. GARANTIAS DOS MEMBROS DO MP Meus queridos Técnicos Judiciários do TRT/PR, vocês se lembram que, os membros do Poder Judiciário possuíam uma série de garantias e de vedações? Para os membros do Ministério Público funciona de forma bastante parecida: eles também possuem várias garantias e vedações para que seja assegurada a sua imparcialidade. Essas garantias não são benefícios desarrazoados, mas sim instrumentos para que seja garantida a autonomia e a correta função de fiscalização das leis e da federação. A primeira garantia é a vitaliciedade, que é adquirida após dois anos de exercício. Uma vez adquirida a vitaliciedade, o membro do MP somente perderá o cargo por sentença JUDICIAL transitada em julgado. Observe que o membro do MP não pode perder o cargo por decisão do CNJ ou do CNMP. A segunda garantia é a inamovibilidade, que garante que, via de regra, os membros do Ministério Público somente possam ser removidos a pedido e nunca ex oficio. Entretanto, existem duas exceções a essa regra: 1- Remoção por interesse público, por deliberação da maioria absoluta do órgão colegiado competente do MP, assegurada ampla defesa. 2- Sanção administrativa, aplicada pelo Conselho Nacional do Ministério Público, assegurada ampla defesa. A terceira garantia é a irredutibilidade de subsídios, e serve para evitar pressões externas e garantir a imparcialidade. Assim como a garantia dos magistrados, é assegurada a irredutibilidade nominal e não real. Dessa forma, essa garantia não protege o salário do membro do MP contra a inflação, por exemplo. Esquematizando: CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRT/PR – TÉCNICO JUDICIÁRIO PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 9 - Vitaliciedade - Adquirida após dois anos de exercício - Após a vitaliciedade, só perde o cargo por sentença judicial transitada em julgado - Inamovibilidade - Regra: somente podem ser removidos a pedido e nunca ex oficio - Exceções - Por interesse público - MA do órgão colegiado competente do MP - Assegurada ampla defesa - Sanção administrativa - Determinação do CNMP, - Assegurada ampla defesa - Irredutibilidade de subsídios - Para evitar pressões externas e garantir a imparcialidade - Irredutibilidade nominal. - Não é assegurada a irredutibilidade real - Não protege o salário contra a inflação G ar an ti as d os M em b ro s d o M P CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRT/PR – TÉCNICO JUDICIÁRIO PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 10 4. VEDAÇÕES DOS MEMBROS DO MP Uma vez estudadas as garantias dos membros do MP, confira agora as vedações: a) receber, a qualquer título e sob qualquer pretexto, honorários, percentagens ou custas processuais; b) exercer a advocacia; c) participar de sociedade comercial, na forma da lei; d) exercer, ainda que em disponibilidade, qualquer outra função pública, salvo uma de magistério; e) exercer atividade político-partidária; Vale lembrar que, assim como a vedação dos magistrados, essa vedação é absoluta. Dessa forma, os membros do MP somente podem se filiar a partido político se forem exonerados ou aposentados. f) receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas físicas, entidades públicas ou privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei. g) Exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de decorridos três anos do afastamento do cargo por aposentadoria ou exoneração. Esquematizando: - Receber, a qualquer título e sob qualquer pretexto, honorários, percentagens ou custas processuais - Exercer a advocacia - Participar de sociedade comercial, na forma dalei - Exercer, ainda que em disponibilidade, qualquer outra função pública, salvo uma de magistério - Exercer atividade político-partidária - Vedação absoluta, assim como a dos membros do Jud. - Não podem se filiar a partido político salvo se exonerados ou aposentados - Receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas físicas, entidades públicas ou privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei - Exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de decorridos três anos do afastamento do cargo por aposentadoria ou exoneração. V ed aç õe s d os M em b ro s d o M P CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRT/PR – TÉCNICO JUDICIÁRIO PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 11 5. PRINCÍPIOS INSTITUCIONAIS DO MP A Constituição de 1988, em seu art. 127, §1º, elenca alguns princípios do Ministério Público enquanto instituição: a unidade, a indivisibilidade e a independência funcional. A Carta Magna ainda traz em seu texto outros princípios que serão estudados de forma conjunta: o princípio do promotor natural e da autonomia funcional e administrativa. Segundo o princípio da UNIDADE, o Ministério Público (MP) é uno e constitui um único órgão, com todos os seus membros administrativamente chefiados por um único Procurador-Geral: o Procurador-Geral da República (PGR), chefe do MPU e o Procurador-Geral de Justiça (PGJ), chefe do MPE (existe um PGJ para cada estado da federação). Observe que essa unidade deve ser entendida internamente, no âmbito de cada um dos ramos do MP. Não se fala em unidade, por exemplo, entre o MP Federal e o MP do Trabalho. O segundo princípio é o da INDIVISIBILIDADE, segundo o qual, a atuação do MP é do respectivo órgão, e não de seus membros individualmente. Assim, os membros do MP não estão vinculados ao processo em que estão atuando e podem ser substituídos, na forma da lei. Da mesma forma que o princípio da unidade, este princípio tem aplicação restrita ao âmbito de cada um dos ramos do MP. O terceiro princípio, o da INDEPENDÊNCIA FUNCIONAL, nos diz que os membros do Ministério Público não se subordinam a ninguém: a nenhum dos três Poderes e nem mesmo ao respectivo Procurador-Geral. Dessa feita, cada membro do MP se subordina apenas à CF, às leis e a sua própria consciência. “Mas Roberto, você me disse que o PGR e o PGJ são os chefes dos respectivos Ministérios Públicos e agora me diz que os membros do MP não se subordinam a ninguém. Dá pra explicar melhor?” Claro! Ocorre que a subordinação entre os membros do MP e seus respectivos Procuradores-Gerais é meramente administrativa e não funcional. Assim, um membro do parquet terá sempre independência para agir livremente nos processos em que atuar, não tendo que obedecer a ordens de ninguém, nem mesmo do Procurador-Geral. CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRT/PR – TÉCNICO JUDICIÁRIO PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 12 O próximo princípio estudado é o do PROMOTOR NATURAL. Segundo ele, as funções do MP somente poderão ser desempenhadas pelos seus membros, investidos no exercício do cargo e com estreita observância das regras constitucionais. Explicando melhor: você se lembra do princípio do juiz natural? Vamos revisá-lo, observando um trecho da aula sobre direitos fundamentais: Assim, a Constituição protege o cidadão porque assegura que todos saibam qual será a autoridade julgadora (o foro competente) antes mesmo de se entrar com uma ação no Poder Judiciário. Por exemplo: imagine que José cometa um crime que choque toda a população nacional e que cause grave comoção de toda a nação. Imagine também que se queira criar um Tribunal somente para julgar esse tipo de crime. O princípio do Juiz Natural assegura que José não poderá ser julgado por esse novo Tribunal, uma vez que sua condenação seria quase certa, pois todos estão comovidos e a autoridade julgadora não seria imparcial. Assim, essa garantia constitucional assegura que as regras de julgamento e processo não sejam mudadas durante o jogo. No exemplo, José será julgado por um Juiz Criminal de primeira instância (se for o caso) e não por um Tribunal criado somente para julgá-lo. Da mesma forma como não se pode haver um juízo ou tribunal de exceção, também não pode haver o "promotor de exceção", ou seja, não poderão os membros do MP ser casuisticamente designados para atuarem em processos específicos, em desrespeito aos procedimentos previamente fixados na legislação de regência. Esses dois princípios: o do juiz natural e o do promotor natural protegem o indivíduo contra “mudanças nas regras durante o jogo”. Por fim, ressalta-se que o princípio do promotor natural não está expresso na Constituição. Ele é um princípio implícito que decorre do princípio do juiz natural, da independência funcional e da inamovibilidade dos membros do MP. Por último, estudaremos a autonomia administrativa e financeira do Ministério Público. A AUTONOMIA ADMINISTRATIVA é o poder que o MP possui de criar e extinguir seus cargos e serviços auxiliares, bem como de instituir a sua própria política remuneratória e os planos de carreira. CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRT/PR – TÉCNICO JUDICIÁRIO PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 13 Lembre-se que quem organiza e mantém o MP estadual é o próprio estado e quem organiza e mantém o MPDFT é a União. Dessa forma, as leis de organização dos MPs dos estados serão apresentadas nas assembleias legislativas estaduais enquanto a lei de organização do MPDFT será apresentada no Congresso Nacional. A AUTONOMIA FINANCEIRA, por sua vez, é o poder que o Ministério Público possui de elaborar a sua própria proposta orçamentária, observando, é claro, os limites da Lei de Diretrizes Orçamentárias. O orçamento, em rápidas palavras, é um planejamento de gastos. Dessa forma, a regra é simples: só se pode gastar o que foi planejado, OU SEJA, só se pode gastar o que está no orçamento, OU SEJA, só se pode efetuar despesas se houver prévia dotação orçamentária. O orçamento é materializado através da Lei Orçamentária Anual (LOA) que, por sua vez, deve obedecer ao que está disposto na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). “E como é feita a lei orçamentária?” Simples: cada poder elabora sua própria proposta (dentro dos limites da LDO) e a envia ao Poder Executivo, que consolida todas as propostas orçamentárias em um Projeto de Lei e o envia ao Poder Legislativo. Dessa feita, o MP não envia a proposta orçamentária diretamente ao Legislativo, sendo que seu orçamento está dentro do orçamento do Executivo. Observe que é apenas o orçamento do MP que está dentro do Executivo e que de modo algum o MP está subordinado a este ou a qualquer outro poder! Além disso, quando o MP elabora sua proposta orçamentária, algumas regras devem ser seguidas: i. Caso o MP não encaminhe a proposta orçamentária (ao Executivo) dentro do prazo estabelecido na LDO, o Executivo considerará, para fins de consolidação, os valores da LOA vigente. Funciona assim: no atual exercício financeiro, elabora-se a Lei Orçamentária Anual do próximo exercício. Ex.: em 2009, elabora-se a LOA de 2010. Em 2010, elabora-se a LOA de 2011, e assim por diante. CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRT/PR – TÉCNICO JUDICIÁRIO PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 14 Explicando a regra i.: por exemplo, caso o MP, no ano de 2010, não envie a proposta orçamentária para o ano de 2011, o Executivo deve considerar como proposta para o ano de 2011 os valores da LOA de 2010 (a LOA vigente). Além disso, o Executivo fará os ajustes necessários para adequação desses valoresà LDO. ii. Se o MP encaminhar proposta orçamentária em desacordo com os limites da LDO, o Executivo fará os ajustes necessários. iii. É vedado ao MP realizar despesas ou assumir obrigações que extrapolem os limites da LDO, exceto se previamente autorizadas, mediante créditos suplementares ou especiais. Você se lembra da regra? Somente se pode gastar se o dispêndio estava previsto no orçamento. Dessa forma, a Constituição veda expressamente que o MP (ou qualquer outro poder) realize despesas ou assuma obrigações que extrapolem os limites da LDO, salvo se previamente autorizadas, mediante a abertura de créditos suplementares ou especiais. Assim, não basta que o Projeto de Lei de créditos suplementares ou especiais esteja em tramitação no Congresso Nacional, havendo a necessidade de que o mesmo já tenha sido aprovado. Por fim, deve-se frisar que os recursos correspondentes às dotações orçamentárias, compreendidos os créditos suplementares e especiais, destinados ao Ministério Público, serão entregues até o dia 20 de cada mês, em duodécimos, na forma de lei complementar. Esquematizando: CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRT/PR – TÉCNICO JUDICIÁRIO PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 15 - Unidade - O Ministério Público (MP) é uno - Constitui um único órgão, com todos os seus membros administrativamente chefiados por um único Procurador-Geral - Deve ser entendido como aplicável internamente, no âmbito de cada um dos ramos do MP - Não se fala em unidade, por ex., entre o MP Federal e o MP do Trabalho - Indivisibilidade - A atuação do MP é do respectivo órgão, e não de seus membros - Os membros do MP não estão vinculados ao processo em que estão atuando e podem ser substituídos, na forma da lei - Tem aplicação restrita ao âmbito de cada um dos ramos do MP - Independência funcional - Não se subordinam a ninguém: a nenhum dos três Poderes, nem ao respectivo Procurador-Geral - Subordinam-se, tão somente, à CF, e às leis - Subordinação entre os membros do MP e o Procurador-Geral é meramente administrativa e não funcional - Promotor natural - Funções do MP somente poderão ser desempenhadas pelos seus membros, investidos no exercício do cargo com estreita observância das regras constitucionais - Não pode haver o "promotor de exceção" - Não poderão os membros do MP ser casuisticamente designados para atuarem em processos específicos, em desrespeito aos procedimentos previamente fixados na legislação de regência - Autonomia - Adm - Criação e extinção de seus cargos e serviços auxiliares - Política remuneratória e os planos de carreira - Lembrando - Quem organiza - MP dos estados é o próprio estado e mantém o - MPDFT é a União - Lei de organização - Estadual: apresentadas nas Assembleias legislativas estaduais - do DFT: apresentado no Congresso Nacional - Financeira - Elabora a própria proposta orçamentária - limites da LDO - O MP não envia a proposta orçamentária diretamente ao Legislativo - O orçamento do MP está dentro do orçamento do Executivo i. Caso o MP não encaminhe a proposta orçamentária dentro do prazo estabelecido na LDO, o Executivo considerará, para fins de consolidação, os valores da LOA vigente ii. Se MP encaminhar proposta orçamentária em desacordo com os limites da LDO, o Executivo fará os ajustes necessários iii. É vedado ao MP realizar despesas ou assumir obrigações que extrapolem os limites da LDO, exceto se previamente autorizadas, mediante créditos suplementares ou especiais P ri n cí p io s CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRT/PR – TÉCNICO JUDICIÁRIO PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 16 6. CHEFIAS DO MINISTÉRIO PÚBLICO Procurador-Geral da República Meu querido aluno e futuro Técnico Judiciário do TRT/PR, como já visto, existe um MP da União e um MP de cada estado da federação. Estudaremos agora as disposições mais importantes para a sua prova quanto aos chefes de cada MP. O MPU tem como chefe o Procurador-Geral da República (PGR). Ele é nomeado pelo Presidente da República, dentre os integrantes da carreira maiores de 35 anos. Observe que o Presidente da República é livre para escolher o PGR, não havendo lista tríplice. Assim como os principais agentes políticos nomeados pelo Presidente da República, o nome do PGR deve ser aprovado pela maioria absoluta do Senado Federal. O mandato do PGR é de dois anos, sendo que ele poderá ser sucessivamente reconduzido, não havendo limite do número de reconduções. No entanto, a cada recondução, o nome deve ser aprovado novamente pela maioria absoluta do Senado Federal. Observe que, como estudaremos adiante, os Procuradores-Gerais de Justiça somente podem ser reconduzidos uma única vez. A destituição do Procurador-Geral da República antes do término de seu mandato, por iniciativa do Presidente da República, deve ser autorizada pela maioria absoluta do Senado Federal em votação secreta (art. 52, XI). Além disso, o PGR é ouvido em TODAS as ações no STF, sendo que somente ele pode atuar perante o Supremo, não estando nenhum outro membro do MP autorizado a fazê-lo. Procurador-Geral de Justiça O Procurador-Geral de Justiça (PGJ), chefe do MP Estadual, é nomeado pelo Governador do Estado dentre integrantes da carreira, a partir de lista tríplice elaborada pelo próprio MP (no PGR não tem essa lista!). Além disso, o mandato do PGJ é de dois anos, permitida uma única recondução. Adicionalmente, a destituição do PGJ por iniciativa do Governador deve ser aprovada pela maioria absoluta da Assembleia Legislativa do respectivo estado. CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRT/PR – TÉCNICO JUDICIÁRIO PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 17 Observe que existem três importantes diferenças em relação à nomeação do PGR: 1) O Legislativo não participa da escolha do PGJ, somente de sua destituição. Já o PGR deve ser aprovado pela maioria absoluta do Senado Federal. 2) A escolha do PGJ é feita a partir de lista tríplice, enquanto não há essa previsão para a nomeação do PGR; 3) O PGJ somente pode ser reconduzido uma única vez, enquanto não há limite para o número de reconduções do PGR. Nunca é demais recordar: como o MPDFT é organizado e mantido pela União, o PGJ do DF é nomeado pelo Presidente da República e não pelo governador do DF, além disso, sua destituição deve ser aprovada pela maioria absoluta do Senado Federal e não da Câmara Legislativa do DF. Ademais, aplicam-se ao PGJ do DF as mesmas regras dos estados: a escolha é feita a partir de lista tríplice elaborada pelo MPDFT, para um mandato de 2 anos, permitida uma única recondução. Esquematizando: CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRT/PR – TÉCNICO JUDICIÁRIO PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 18 - Procurador-Geral da República (PGR): Chefe do MPU - Nomeação - Pelo Presidente da República - Dentre integrantes da carreira - Maiores de 35 anos - Não tem lista tríplice - Após a aprovação da MA do Senado Federal - MP da União - Mandato - 2 anos (MPU) - Poderá ser sucessivamente reconduzido - Não há limite do número de reconduções do PGR - A cada recondução, o nome deve ser aprovado novamente pela MA do SF: 1) Manifestação de interesse do PR 2) Aprovação do Senado Federal, por MA - Obs.: Demais PGs (estaduais): uma única recondução - Destituição 1) Representação do Presidente da República 2) Deliberação da MA do Senado Federal (voto secreto) - O PGR é ouvido em TODAS as ações no STF: somente ele pode atuar perante o STF, nenhum outro membro do MP pode fazer isso - Procurador-Geral de Justiça (PGJ) - Chefe do MP Estadual- Nomeação - Pelo Governador - A partir de lista tríplice elaborada pelo próprio MP - Dentre integrantes da carreira - O Leg. não participa da escolha, somente da destituição - MP dos Estados - Mandato - 2 anos - Permitida uma única recondução - Destituição - Iniciativa do Governador - Deliberação da MA da Assembleia Legislativa - MPDFT - PGJ do DF é nomeado pelo Presidente da República - MPDFT é parte do MPU - A partir de lista tríplice elaborada pelo MPDFT - Mandato de 2 anos - Permitida uma única recondução - Art. 21, XII - a CF determina expressamente que o MPDFT será organizado e mantido pela União - Destituição pelo Senado Federal C h ef ia d o M P CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRT/PR – TÉCNICO JUDICIÁRIO PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 19 7. INICIATIVA DE LEI DE ORGANIZAÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO Meus amigos, futuros Técnicos Judiciários do TRT/PR e ganhadores de um salário de R$ 4.052,96, vocês se lembram do princípio da autonomia administrativa estudado agora a pouco? Pois bem, uma questão bastante recorrente em provas de concurso é acerca da iniciativa de lei de organização do Ministério Público, ou seja, quem pode propor ao legislativo as leis que organizam o MP? Vamos tratar a matéria de forma bem esquematizada: x MPU • Normas gerais: é organizado por Lei Complementar de iniciativa concorrente entre o Presidente da República e o PGR (art. 61, § 1º, II, “d” + art. 128, § 5º). • Normas específicas: Lei de criação e extinção de cargos e serviços auxiliares do Ministério Público, a política remuneratória e os planos de carreira: iniciativa é privativa do PGR (CF, art. 127, § 2º). x MPE • Normas gerais: Lei federal de normas gerais para a organização do MP dos Estados: iniciativa é privativa do Presidente da República (CF, art. 61, § 1º, II, “d”). • Normas específicas: Lei Complementar estadual de organização do MP do Estado: iniciativa concorrente entre o Governador e o PGJ (art. 61, § 1º, II, “d” + 128, § 5º). • Lei sobre a organização do MPDFT: concorrente entre o Presidente da República e o PGR. (O MPDFT integra o MPU e é organizado e mantido pela União). x MPjTC: Lei de organização do MP especial que atua junto à Corte de Contas: iniciativa privativa do Tribunal de Contas. Organização do MP MP Normas Gerais Normas Específicas União PR + PGR (61, § 1º, II, d + 128 § 5º) PGR (127, § 2º) DFT PR + PGR (61, § 1º, II, d + 128 § 5º) PGR (127, § 2º) Estados PR (61, § 1º, II, d) Gov + PGJ (61, § 1º, II, d + 128 § 5º + ADI 852) MPjTC TC TC CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRT/PR – TÉCNICO JUDICIÁRIO PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 20 8. FUNÇÕES DO MINISTÉRIO PÚBLICO A Constituição Federal traz algumas disposições acerca das funções do Ministério Público. Tais papéis somente podem ser exercidos por um membro do MP, integrante da carreira, e que resida na comarca, salvo autorização do chefe da instituição. Conforme o artigo 129, são funções institucionais do Ministério Público: I) Promover, privativamente, a ação penal pública, na forma da lei. O MP é o titular exclusivo dessa ação. Além disso, não é necessário que haja investigação policial anterior à propositura da ação penal pública, ou seja, o MP pode propor a referida ação mesmo sem ter havido investigação policial, desde que tenha as provas de autoria e materialidade. Outra observação importante é que, caso haja inércia ou desídia do Ministério Público, o particular pode propor a ação penal privada subsidiária da pública (art. 5º, LIX). II) Zelar pelo efetivo respeito dos poderes públicos e dos serviços de relevância pública aos direitos assegurados na Constituição, promovendo as medidas necessárias a sua garantia II) Promover o inquérito civil e a ação civil pública (ACP), para a proteção do patrimônio público e social, do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos. Importante ressaltar que a promoção da ACP não é privativa do MP: inclui diversos outros legitimados (a Defensoria Pública, os entes federados e suas entidades da administração indireta, a associação constituída há pelo menos um ano desde que tenha entre suas finalidades as matérias protegidas pela ação civil pública). IV) Promover a ação de inconstitucionalidade ou representação para fins de intervenção da União e dos Estados, nos casos previstos na CF. V) Defender judicialmente os direitos e interesses das populações indígenas. CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRT/PR – TÉCNICO JUDICIÁRIO PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 21 Segundo o art. 232 da Constituição, o MP deve intervir em todos os atos dos processos do quais os índios sejam parte. VI) Expedir notificações nos procedimentos administrativos de sua competência, requisitando informações e documentos para instruí-los, na forma da lei complementar respectiva. VII) Exercer o controle externo da atividade policial, na forma da LC. VIII) Requisitar diligências investigatórias e a instauração de inquérito policial, indicados os fundamentos jurídicos de suas manifestações processuais. IX) Exercer outras funções que lhe forem conferidas, desde que compatíveis com sua finalidade, sendo-lhe vedada a representação judicial e a consultoria jurídica de entidades públicas. Conforme este último dispositivo, as competências do MP não são exaustivas, podendo ser criadas novas competências, desde que compatíveis com a finalidade do MP. Além disso, é vedado ao MP representar judicialmente ou servir de órgão de consulta de entidades públicas. Esse dispositivo assegura que o Ministério Público sempre atue como fiscal da lei e da federação, não podendo servir de simples consultor jurídico ou advogado de entidades públicas. Por fim, assim como no Judiciário, a distribuição dos processos ao MP será imediata. CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRT/PR – TÉCNICO JUDICIÁRIO PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 22 9. JULGAMENTO DOS MEMBROS DO MP Os membros do Ministério Público possuem foro privilegiado, isso significa que eles não serão julgados pelos mesmos órgãos julgadores das pessoas comuns. Atenção: o foro privilegiado somente é utilizado para ações de natureza PENAL! Os membros do MPU são julgados da seguinte forma: a) O Procurador-Geral da República é julgado pelo STF nos crimes comuns e pelo Senado Federal nos crimes de responsabilidade. b) Já os membros do MPU que oficiam perante os Tribunais, ou seja, os membros do “MP de 2ª instância”, são julgados pelo STJ. c) Os membros do MP que atuam perante os juízos de primeiro grau, ou seja, os membros que atuam na 1ª instância, são processados e julgados pelos TRFs nos crimes comuns e de responsabilidade, ressalvada a competência da justiça eleitoral. Os membros do Ministério Público Estadual são julgados da seguinte forma: a) Os membros do MPE que atuam perante os tribunais, ou seja, na segunda instância, são julgados pelo STJ tanto nos crimes comuns quanto nos de responsabilidade. b) Já os membros do MPE que atuam perante os juízos de 1º grau, ou seja, na 1ª instância, são julgados pelo respectivo Tribunal de Justiça Estadual. Por fim, os membros do Conselho Nacional do Ministério Público são julgados da seguinte forma: a) Por crimes de responsabilidade: serão julgados pelo Senado Federal. b) Por crimes comuns: não possuem foro privilegiado. Assim, cada membro do CNMP responde perante o foro competente. Esquematizando: CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRT/PR – TÉCNICO JUDICIÁRIO PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br23 a) Membros do MPU - PGR - Crimes comuns: STF (incluído o MPDFT) - Crimes de responsabilidade: Senado Federal - Membros que atuam perante Tribunais: STJ - Membros que atuam perante juízos de 1º grau: TRF - Crimes comuns e de responsabilidade - Ressalvadas a competência da Justiça Eleitoral b) Membros do - Se atuarem perante - TJ: STJ (Crimes comuns e de resp.) MP estadual - Juiz de 1ª instância: TJ c) Membros do CNMP - Crimes Comuns - Não possui foro privilegiado - Cada membro responde perante o foro competente de origem - Crimes de responsabilidade: Senado Federal 10. O MINISTÉRIO PÚBLICO JUNTO AOS TRIBUNAIS DE CONTAS (MPjTC) Além do Ministério Público da União e do Ministério Público Estadual, existe o Ministério Público que atua junto aos tribunais de contas, tanto do Tribunal de Contas da União (TCU), quanto dos Tribunais de Contas Estaduais (TCEs). Todavia, os MPjTC não integram o MPU e nem o MPE. Eles fazem parte da respectiva Corte de Contas. Assim, sua organização é veiculada por meio de lei ordinária de iniciativa privativa da respectiva Corte de Contas e os membros do MP comum não podem atuar como MPjTC. Ademais, são aplicados aos membros do MPjTC os mesmos direitos, vedações e forma de investidura previstos para os demais membros do MP comum. Esquematizando: - Integram a respectiva Corte de Contas - Não integram o MPU e nem o MPE - Existe MPjTCU e MPjTCE - Os MPjTCE não podem integrar os MPE - Os membros do MP comum não podem atuar como MPjTC - São aplicados os mesmos direitos, vedações e forma de investidura previstos para os demais membros do MP - Sua organização é veiculada por meio de lei ordinária - A iniciativa de lei de sua organização é privativa da respectiva Corte de Contas Ju lg am en to d os m em b ro s d o M P M in is té ri o P ú b li co j un to a os T ri b u n ai s d e C on ta s (M P jT C ) CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRT/PR – TÉCNICO JUDICIÁRIO PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 24 III. CONSELHO NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO (CNMP) 1. FUNÇÕES DO CNMP Meus caros Técnicos Judiciários do TRT/PR, o Conselho Nacional do Ministério Público é um órgão trazido pela Emenda Constitucional 45/2004 e possui a função de controlar a atuação administrativa e financeira do MP e de fiscalizar o cumprimento dos deveres funcionais de seus membros. 2. COMPOSIÇÃO DO CNMP O CNMP é composto de 14 membros nomeados pelo Presidente da República, depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta do Senado Federal, para um mandato de dois anos, admitida uma única recondução. São eles: - PGR (presidente do CNMP); - 4 membros do MPU, assegurada a representação de cada uma de suas carreiras; - 3 membros do MP dos Estados; - 2 juízes, indicados um pelo STF e outro pelo STJ; - 2 advogados, indicados pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil. O Presidente da OAB deve oficiar junto ao CNMP, dessa forma, não pode ser indicado a membro deste Conselho. - 2 cidadãos de notável saber jurídico e reputação ilibada, indicados um pela Câmara dos Deputados e outro pelo Senado Federal. CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRT/PR – TÉCNICO JUDICIÁRIO PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 25 3. COMPETÊNCIAS DO CNMP São competências do Conselho Nacional do Ministério Público: I zelar pela autonomia funcional e administrativa do Ministério Público, podendo expedir atos regulamentares, no âmbito de sua competência, ou recomendar providências; II zelar pela observância do art. 37 e apreciar, de ofício ou mediante provocação, a legalidade dos atos administrativos praticados por membros ou órgãos do Ministério Público da União e dos Estados, podendo desconstituí-los, revê-los ou fixar prazo para que se adotem as providências necessárias ao exato cumprimento da lei, sem prejuízo da competência dos Tribunais de Contas; III receber e conhecer das reclamações contra membros ou órgãos do Ministério Público da União ou dos Estados, inclusive contra seus serviços auxiliares, sem prejuízo da competência disciplinar e correicional da instituição, podendo avocar processos disciplinares em curso, determinar a remoção, a disponibilidade ou a aposentadoria com subsídios ou proventos proporcionais ao tempo de serviço e aplicar outras sanções administrativas, assegurada ampla defesa; Além disso, leis da União e dos Estados criarão ouvidorias do MP, para receber reclamações e denúncias de qualquer interessado contra membros ou órgãos do MP, inclusive contra seus serviços auxiliares, representando diretamente ao CNMP. IV rever, de ofício ou mediante provocação, os processos disciplinares de membros do Ministério Público da União ou dos Estados julgados há menos de um ano; Observe que o CNMP somente pode rever os processos DISCIPLINARES, nunca podendo interferir na atuação institucional dos membros do Ministério Público. V elaborar relatório anual, propondo as providências que julgar necessárias sobre a situação do Ministério Público no País e as atividades do Conselho, o qual deve integrar a mensagem prevista no art. 84, XI. CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRT/PR – TÉCNICO JUDICIÁRIO PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 26 4. AÇÕES CONTRA O CNMP A Constituição Federal estabelece que as ações contra o CNJ e contra o CNMP serão julgadas pelo STF. No entanto, essa regra é aplicada somente às manifestações do colegiado e não de seus membros individualmente. Assim, compete ao STF julgar as ações contra o CNJ ou o CNMP. No entanto, existe uma observação importante acerca desse dispositivo. Olhando o art. 102, I, r da CF, temos a impressão que o STF é competente para julgar Ação Civil Pública contra atos do CNJ. No entanto, o STF já decidiu que, nesse caso, o sujeito passivo é a UNIÃO e não o CNJ, pois este é um ÓRGÃO do Poder Judiciário (ACO 1680/AL e Pet 3986 AgR/TO). Ainda segundo o STF: “Por óbvio, essa não é a interpretação quando se cuide de mandado de segurança, mandado de injunção e habeas data contra atos do CNJ. Nessas hipóteses, o pólo passivo é ocupado diretamente por aquele Conselho ou pelo seu presidente, como autoridade impetrada, ainda que a União figure como parte. Isso diante da chamada personalidade judiciária que é conferida aos órgãos das pessoas político-administrativas para defesa de seus atos e prerrogativas nessas ações constitucionais mandamentais.” 5. CORREGEDOR NACIONAL O Corregedor Nacional é escolhido dentre os membros do MP que integram o CNMP e escolhido pelo próprio Conselho em eleição secreta. Além disso, o mandato é único, sendo vedada a recondução. As funções do corregedor Nacional são as seguintes: I receber reclamações e denúncias, de qualquer interessado, relativas aos membros do Ministério Público e dos seus serviços auxiliares; II exercer funções executivas do Conselho, de inspeção e correição geral; III requisitar e designar membros do Ministério Público, delegando- lhes atribuições, e requisitar servidores de órgãos do Ministério Público. CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRT/PR – TÉCNICO JUDICIÁRIO PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 27 Quadro-resumo Observe o quadro-resumo a seguir, com as principais informações dos principais cargos do MP: Esquematizando: Cargo Nomeação Mandato Recondução Aprovação/Destituição PGR Presidente da República 2 anos Sem limite Senado Federal PGJ Governador 2 anos Uma única recondução Assembleia Legislativa (somente destituição) PGJ do DF Presidente da República 2 anosUma única recondução Senado Federal Membro do CNMP Presidente da República 2 anos Uma única recondução Não se aplica Corregedor Nacional Escolhido dentre os membros do CNMP em votação secreta 2 anos Vedada Não se aplica CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRT/PR – TÉCNICO JUDICIÁRIO PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 28 a) Funções - Controlar a atuação administrativa e financeira do MP - Fiscalizar o cumprimento dos deveres funcionais de seus membros, por meio do desempenho das atribuições que lhe foram constitucionalmente outorgadas b) Composição - Nomeados pelo PR, depois de aprovada a escolha pela MA do SF - Mandato: 2 anos, admitida uma única recondução - 14 membros - PGR (presidente do CNMP) - 4 membros do MPU, assegurada a representação de cada uma de suas carreiras - 3 membros do MP dos Estados - 2 juízes, indicados um pelo STF e outro pelo STJ - 2 advogados, indicados pelo Conselho Federal da OAB - O Presidente da OAB deve oficiar junto ao CNMP, dessa forma, não pode ser indicado a membro deste conselho - 2 cidadãos de notável saber jurídico e reputação ilibada, indicados um pela CD e outro pelo SF I zelar pela autonomia funcional e administrativa do MP, podendo expedir atos regulamentares, no âmbito de sua competência, ou recomendar providências; II zelar pela observância do art. 37 e apreciar a legalidade dos atos adm praticados por membros ou órgãos do MPU e MPE, podendo desconstituí-los, revê-los ou fixar prazo para que se cumpra a lei, sem prejuízo da competência dos TCs III receber e conhecer das reclamações contra membros ou órgãos do MPU ou MPE, inclusive contra seus serviços auxiliares, sem prejuízo da competência disciplinar e correicional da instituição, podendo avocar processos disciplinares em curso, determinar a remoção, a disponibilidade ou a aposentadoria com subsídios ou proventos proporcionais ao tempo de serviço e aplicar outras sanções administrativas, assegurada ampla defesa; - Leis da União e dos Estados criarão ouvidorias do MP, para receber reclamações e denúncias de qualquer interessado contra membros ou órgãos do MP, inclusive contra seus serviços auxiliares, representando diretamente ao CNMP. IV rever os processos disciplinares de membros do MPU ou MPE julgados há menos de um ano; V elaborar relatório anual, propondo as providências que julgar necessárias sobre a situação do MP no País e as atividades do Conselho, que deve integrar a mensagem prevista no art. 84, XI. d) Ações contra o CNMP - Julgadas pelo STF - Somente das manifestações do colegiado e não de seus membros individualmente d) Corregedor Nacional - Eleição secreta - Escolhido dentre os membros do MP que integram o CNMP - Vedada recondução - Funções I receber reclamações e denúncias relativas aos membros do MP e dos seus serviços auxiliares; II exercer funções executivas, de inspeção e correição; III requisitar e designar membros do MP, delegando-lhes atribuições, e requisitar servidores de órgãos do MP C on se lh o N ac io n al d o M in is té ri o P ú b li co ( C N M P ) c) C om p et ên ci as CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRT/PR – TÉCNICO JUDICIÁRIO PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 29 EXERCÍCIOS 1. (FCC - 2012 - MPE-PE - Analista) De acordo com a Constituição da República Federativa do Brasil, NÃO se inclui dentre as funções institucionais do Ministério Público: a) promover ação popular para a proteção do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos. b) defender judicialmente os direitos e interesses da população indígena. c) promover, privativamente, ação penal pública, na forma da lei. d) requisitar diligências investigatórias e instauração de inquérito policial, indicados os fundamentos jurídicos de suas manifestações processuais. e) promover ação de inconstitucionalidade ou representação para fins de intervenção da União e dos Estados, nos casos previstos na Constituição. Não cabe ao Ministério Público promover a ação popular. Seus titulares são exclusivamente os cidadãos. Não confunda ação popular com ação civil pública, que possui, entre outros legitimados, o MP. Todas as demais alternativas representam funções institucionais do Ministério Público, trazidas pelo art. 129. Gabarito: A. 2. (FCC - 2012 - MPE-AP – Analista) Considere: I. Três membros do Ministério Público dos Estados, indicados pelos respectivos Ministérios Públicos. II. Três juízes, indicados dois pelo Supremo Tribunal Federal e um pelo Superior Tribunal de Justiça. III. Dois advogados, indicados pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil. IV. Dois cidadãos de notável saber jurídico e reputação ilibada, indicados um pela Câmara dos Deputados e outro pelo Senado Federal. O Conselho Nacional do Ministério Público será composto, dentre outros, pelos membros indicados APENAS em CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRT/PR – TÉCNICO JUDICIÁRIO PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 30 a) I, III e IV. b) I, II e III. c) II, III e IV. d) II e III. e) I e IV. O CNMP é composto de 14 membros nomeados pelo Presidente da República, depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta do Senado Federal, para um mandato de dois anos, admitida uma única recondução. São eles: - PGR (presidente do CNMP); - 4 membros do MPU, assegurada a representação de cada uma de suas carreiras; - 3 membros do MP dos Estados; - 2 juízes, indicados um pelo STF e outro pelo STJ; - 2 advogados, indicados pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil. O Presidente da OAB deve oficiar junto ao CNMP, dessa forma, não pode ser indicado a membro deste Conselho. - 2 cidadãos de notável saber jurídico e reputação ilibada, indicados um pela Câmara dos Deputados e outro pelo Senado Federal. Gabarito: A. 3. (FCC - 2012 - MPE-AP – Analista) Considerando que Rubens é governador do Estado do Amapá, Mario é Presidente da República e Caio é Presidente do Supremo Tribunal Federal, segundo a Constituição Federal brasileira, o Ministério Público do Estado do Amapá formará lista tríplice dentre integrantes da carreira, na forma da lei respectiva, para escolha de seu Procurador-Geral de Justiça, que será nomeado por a) Caio, para mandato de quatro anos, vedada a recondução. b) Rubens, para mandato de dois anos, vedada a recondução. CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRT/PR – TÉCNICO JUDICIÁRIO PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 31 c) Mario, para mandato de quatro anos, vedada a recondução. d) Rubens, para mandato de dois anos, permitida uma recondução. e) Caio, para mandato de dois anos, permitida uma recondução. Isso está no art. 128, §3º. O Procurador-Geral de Justiça nos Estados será nomeado pelo respectivo Governador, que o escolherá de uma lista tríplice elaborada pelo Ministério Público (essa lista só conterá membros da carreira). O chefe do MP estadual, assim como o chefe do MPU, exerce mandato de dois anos. A diferença está na recondução: nos Estados, só é permitida uma recondução, enquanto no MPU a recondução é permitida sem restrições. Gabarito: D. 4. (FCC - 2012 - TRF - 5ª REGIÃO – Analista) A respeito da disciplina constitucional do Ministério Público da União, como órgão que exerce função essencial à Justiça, considere: I. O Ministério Público da União compreende o Ministério Público Federal, o Ministério Público do Trabalho, o Ministério Público Militar e o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios. II. O Ministério Públicoda União tem por chefe o Procurador-Geral da República, nomeado pelo Presidente da República dentre integrantes da carreira, maiores de trinta e cinco anos, após a aprovação de seu nome pela maioria absoluta dos membros do Congresso Nacional, para mandato de dois anos, permitida a recondução. III. Lei complementar da União, cuja iniciativa é facultada ao Procurador-Geral da República, estabelecerá a organização, as atribuições e o estatuto do Ministério Público da União, observadas, relativamente a seus membros, as garantias e vedações estabelecidas na Constituição da República. Está correto o que consta APENAS em a) I. b) II. c) I e II. CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRT/PR – TÉCNICO JUDICIÁRIO PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 32 d) I e III. e) II e III. Item I – CERTO. Esgotou a composição do MPU. Vamos de esquema? x Composição 1 - MPU - Ministério Público Federal (MPF) do MP - Ministério Público do Trabalho - Ministério Público Militar - Ministério Público do Distrito Federal e Territórios 2 - MP Estadual Item II – ERRADO. Aqui a FCC foi maldosa e alterou um detalhe (importantíssimo). O Procurador-Geral da República deve ser aprovado pela maioria absoluta do Senado Federal, e não do Congresso Nacional. Item III – CERTO. Essa lei complementar pode ser de iniciativa do Procurador-Geral da República ou do Presidente da República! Observe a correta utilização do termo “facultada”! Gabarito: D. 5. (FCC - 2012 - TRT - 6ª Região (PE) - Analista) Nas hipóteses de grave violação de direitos humanos, o Procurador-Geral da República, com a finalidade de assegurar o cumprimento de obrigações decorrentes de tratados internacionais de direitos humanos dos quais o Brasil seja parte, poderá a) suscitar, perante o Superior Tribunal de Justiça, em qualquer fase do inquérito ou processo, incidente de deslocamento de competência para a Justiça Federal. b) requerer, perante o Supremo Tribunal Federal, em qualquer fase do inquérito ou processo, que este avoque o julgamento da matéria para sua competência. c) solicitar, perante o Tribunal Superior do Trabalho, após a contestação do réu, que este avoque o julgamento da matéria para sua competência quando a violação decorrer de relação de trabalho. d) suscitar, perante a Justiça Federal, após a contestação do réu, incidente de deslocamento de competência para o Superior Tribunal de Justiça. CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRT/PR – TÉCNICO JUDICIÁRIO PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 33 e) requerer, perante o Tribunal Superior do Trabalho, em qualquer fase do inquérito ou processo, incidente de deslocamento de competência para a Justiça do Trabalho quando a violação decorrer de relação de trabalho. Essa questão cobra um assunto que é um decoreba bem específico, mas tem sido tão cobrado pela FCC nos últimos tempos que já virou um clássico. No caso em tela, o Procurador-Geral da República pode provocar o deslocamento de um processo que corre na esfera estadual para a esfera federal. Para que isto ocorra, ele deve suscitar (atenção ao verbo) perante o Superior Tribunal de Justiça tal deslocamento. Veja o art. 109, §5º. Gabarito: A. 6. (FCC – 2012 – TST – Técnico) Ao discorrer sobre os princípios constitucionais que devem informar a atuação do Ministério Público, Pedro Lenza afirma que o acusado “tem o direito e a garantia constitucional de somente ser processado por um órgão independente do Estado, vedando-se, por consequência, a designação arbitrária, inclusive, de promotores ad hoc ou por encomenda” (Direito Constitucional (VTXHPDWL]DGR�í�6DUDLYD�í������í�S������� Trata-se do princípio (A) da indivisibilidade do Ministério Público. (B) da unidade do Ministério Público. (C) do promotor natural. (D) da inamovibilidade do membro do Ministério Públi- co. (E) da independência funcional do membro do Ministério Público. Assim como existe o princípio do juiz natural, também existe o princípio do promotor natural. Ele serve para garantir que as regras não sejam mudadas durante o jogo, evitando-se o “promotor de exceção”. Esse princípio garante que já saibamos, antes mesmo de cometido o crime (por exemplo), qual será o promotor que atuará na causa (Não sabemos se é exatamente fulano ou ciclano, Mas já sabemos que será um promotor criminal que atua na área X, por exemplo). Gabarito: C. CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRT/PR – TÉCNICO JUDICIÁRIO PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 34 7. (FCC - 2012 - TRE-SP - Técnico Judiciário) Por meio do Ato Normativo no 721, de 16 de dezembro de 2011, o Procurador-Geral de Justiça do Ministério Público do Estado de São Paulo estabeleceu o Plano Geral de Atuação da instituição para o ano de 2012. Elegendo a segurança escolar como tema prioritário, o Plano indica, dentre outras ações e diretrizes, a realização de "visitas e reuniões setoriais em estabelecimentos de ensino, com o fim de possibilitar diagnóstico com vistas à identificação daqueles em que a situação de violência seja especialmente relevante e de qual a modalidade criminosa que mais aflige a população escolar respectiva, para possibilitar atuação preventiva e a pacificação do ambiente escolar". As ações e diretrizes acima referidas decorrem de previsão da Constituição da República, segundo a qual ao Ministério Público compete a) defender a ordem jurídica, o regime democrático e os interesses sociais e individuais indisponíveis, promovendo as medidas necessárias à garantia dos direitos assegurados na Constituição. b) promover, privativamente, a ação penal pública, na forma da lei. c) promover o inquérito civil e a ação civil pública, para a proteção do patrimônio público e social, do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos. d) exercer o controle externo da atividade policial, na forma estabelecida em lei complementar. e) requisitar diligências investigatórias e a instauração de inquérito policial, indicados os fundamentos jurídicos de suas manifestações processuais. Atenção! Todas as alternativas apontam corretamente para funções institucionais do Ministério Público, dispostas no art. 129 da Constituição. Devemos escolher a alternativa que mais se encaixa com o disposto no enunciado. Assim, não temos maiores dificuldades em escolher a alternativa “A”. Gabarito: A. 8. (FCC - 2012 - TRE-PR - Analista Judiciário) A Constituição da República estabelece igualmente para membros do Poder Judiciário e do Ministério Público que CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRT/PR – TÉCNICO JUDICIÁRIO PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 35 a) os integrantes das carreiras deverão residir na comarca da respectiva lotação, salvo autorização do Tribunal. b) a vitaliciedade será adquirida após dois anos de exercício da função, dependendo a perda do cargo, inclusive nesse período, de sentença judicial transitada em julgado. c) o exercício da advocacia no juízo ou Tribunal do qual se afastaram é vedado antes de decorridos três anos do afastamento do cargo por aposentadoria ou exoneração. d) o exercício de atividade político-partidária é proibido, salvo exceções previstas em lei. e) o ato de remoção por interesse público será fundado em decisão do órgão colegiado competente, pelo voto de dois terços de seus membros, assegurada ampla defesa. Item A – ERRADO. Está correto para os membros do Judiciário, mas para os membros do Ministério Público, quem autoriza é o chefe da Instituição, conforme §2º do art. 129. Item B – ERRADO. Tanto para os membros do Judiciário quanto do Ministério Público, a vitaliciedade somente é adquirida apósdois anos de exercício, não podendo perder o cargo (após a vitaliciedade) senão por sentença judicial transitada em julgado. Nos dois primeiros anos de exercício (antes da vitaliciedade), poderá o juiz perder o cargo por deliberação do tribunal ao qual está vinculado, conforme o art. 95, I. Item C – CERTO. O art. 95, parágrafo único, V, que proíbe o exercício da advocacia no tribunal de origem por três anos após o afastamento, se aplica aos membros do MP, conforme o art. 128, §6º. Item D – ERRADO. Essa vedação é absoluta (não admite exceção), conforme art. 95, parágrafo único da CF88 e 128, § 5º, II “e”. Item E – ERRADO. O equívoco está no quórum. No art. 93, VIII, lemos: “o ato de remoção, disponibilidade e aposentadoria do magistrado, por interesse público, fundar-se-á em decisão por voto da maioria absoluta do respectivo tribunal ou do Conselho Nacional de Justiça, assegurada ampla defesa”. Já para o Ministério Público, o quórum também é da maioria absoluta, segundo o art. 128, § 5º, I, “b”. CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRT/PR – TÉCNICO JUDICIÁRIO PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 36 Gabarito: C. 9. (FCC - 2012 - TJ-PE - Analista Judiciário) Peixoto, membro do Ministério Público Estadual, está passando por enorme dificuldade financeira, e precisa auferir maior rendimento para custear as suas despesas básicas, pois o seu subsídio não está sendo suficiente. Nesse caso, para complementar sua renda, Peixoto poderá a) participar de sociedade comercial, na forma da lei. b) receber, a qualquer título e sob qualquer pretexto, honorários, percentagens ou custas processuais nas causas que funcionar. c) exercer a advocacia, desde que não advogue contra o Estado. d) exercer uma função de magistério. e) exercer atividade político-partidária em qualquer situação. Coitado do Sr. Peixoto! Os membros do MP realmente ganham muito mal, não é? Rs! Vamos ajudá-lo a complementar sua renda sem ferir a Constituição Federal? As vedações aos membros do Ministério Público estão no art. 128, §5º, II. Analisemos as alternativas, indicando em qual alínea do parágrafo se encontra vedada a atividade proposta para o Sr. Peixoto: Item A – ERRADO. Vedada pela alínea “c”. Item B – ERRADO. Vedada pela alínea “a”. Item C – ERRADO. Vedado pela alínea “b”. Item D – CERTO. Liberado! Ele pode exercer uma função pública de magistério (dar aula) sem ferir a Constituição (alínea “d”). Item E – ERRADO. Vedada pela alínea “e”. Gabarito: D. 10. (FCC - 2011 - TRE-PE - Técnico Judiciário) O Ministério Público da União tem por chefe o a) Procurador-Geral da República, cuja destituição é de iniciativa do Presidente da República. CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRT/PR – TÉCNICO JUDICIÁRIO PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 37 b) Advogado-Geral da União, nomeado pela Câmara dos Deputados. c) Procurador-Geral da República, nomeado pelo Senado Federal. d) Ministro da Justiça, nomeado pelo Presidente da República. e) Ministro da Justiça, cuja destituição é de iniciativa do Senado Federal. Tranquila essa hein, pessoal? A resposta está nos parágrafos 1º e 2º do art. 128. O chefe do Ministério Público é o Procurador-Geral da República, e sua destituição, por iniciativa do Presidente da República, deverá ser precedida de autorização da maioria absoluta do Senado Federal. Gabarito: A. 11. (FCC - 2011 - TCM-BA - Procurador Especial de Contas) Tanto o Conselho Nacional de Justiça quanto o Conselho Nacional do Ministério Público a) possuem, entre seus membros, dois cidadãos de notável saber jurídico e reputação ilibada, indicados um pela Câmara dos Deputados e outro pelo Senado Federal. b) são órgãos do Poder Judiciário. c) escolhem, em votação secreta, um entre seus membros para exercer a função de Corregedor. d) têm competência para rever, de ofício ou mediante provocação, processos disciplinares de membros dos órgãos sujeitos à sua atuação, julgados há menos de dois anos. e) podem fixar prazo para que os órgãos sujeitos à sua atuação adotem as providências necessárias ao exato cumprimento da lei, afastada, nessa hipótese, a competência dos Tribunais de Contas para a matéria. Item A – CERTO. Vamos rever a composição dos dois órgãos? Composição do CNMP: - PGR (presidente do CNMP); - 4 membros do MPU, assegurada a representação de cada uma de suas carreiras; - 3 membros do MP dos Estados; CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRT/PR – TÉCNICO JUDICIÁRIO PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 38 - 2 juízes, indicados um pelo STF e outro pelo STJ; - 2 advogados, indicados pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil. O Presidente da OAB deve oficiar junto ao CNMP, dessa forma, não pode ser indicado a membro deste Conselho. - 2 cidadãos de notável saber jurídico e reputação ilibada, indicados um pela Câmara dos Deputados e outro pelo Senado Federal. Composição do CNJ: CNJ Componente Órgão responsável pela indicação Presidente do STF STF1desembargador de TJ 1 juiz estadual 1 Ministro do STJ STJ1 juiz de TRF 1 juiz federal 1 Ministro do TST TST1 juiz de TRT 1 juiz do trabalho 1 membro do MPU PGR 1 membro do MPE 2 advogados Conselho Federal da OAB 2 cidadãos, de notável saber jurídico e reputação ilibada Um pela Câmara e outro pelo Senado Item B – ERRADO. O CNMP não é órgão do Poder Judiciário. Item C – O corregedor do CNJ será o ministro do STJ, conforme art. 103-B, §5º. No CNMP, o corregedor será eleito dentre os membros do Ministério Público que o integram (art. 130-A, §3º). Item D – ERRADO. Estaria perfeito se afirmasse que ambos os conselhos têm competência para rever, de ofício ou mediante provocação, processos disciplinares de membros dos órgãos sujeitos à sua atuação, julgados há menos de UM ano. Item E – ERRADO. A Constituição garante a inafastabilidade da competência dos Tribunais de Contas para esta matéria. Veja os arts. 103-B, §4º, II e 130-A, §2º, II. Gabarito: A. CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRT/PR – TÉCNICO JUDICIÁRIO PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 39 12. (FCC - 2011 - TCM-BA - Procurador Especial de Contas) Nos termos da Constituição da República, aos membros do Ministério Público junto aos Tribunais de Contas é vedado a) receber, a qualquer título e sob qualquer pretexto, honorários, percentagens ou custas processuais, ressalvadas as exceções previstas em lei. b) receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas físicas, entidades públicas ou privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei. c) exercer, ainda que em disponibilidade, qualquer outra função pública. d) exercer atividade político-partidária, salvo exceções previstas na lei. e) exercer a advocacia, ressalvadas as exceções previstas em lei. As vedações impostas aos membros do Ministério Público junto aos Tribunais de Contas são as mesmas dos membros do Ministério Público. Vamos ver quais são? - Receber, a qualquer título e sob qualquer pretexto, honorários, percentagens ou custas processuais - Exercer a advocacia - Participar de sociedade comercial, na forma da lei - Exercer, ainda que em disponibilidade, qualquer outra função pública, salvo uma de magistério - Exercer atividade político-partidária - Vedação absoluta, assim como a dos membros do Jud. - Não podem se filiar a partido político salvo se exonerados ou aposentados - Receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas físicas, entidades públicas ou privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei - Exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou,antes de decorridos três anos do afastamento do cargo por aposentadoria ou exoneração. Item A – ERRADO. Não há exceção a esta vedação. Item B – CERTO. A lei pode prever casos onde os membros do Ministério Público junto aos Tribunais de Contas poderão receber tais auxílios ou contribuições. Item C – ERRADO. Ele poderá exercer uma função pública de magistério. V ed aç õe s d os M em b ro s d o M P CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRT/PR – TÉCNICO JUDICIÁRIO PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 40 Item D – ERRADO. Não há exceção para esta vedação. Item E – ERRADO. Não há exceção para esta vedação. Gabarito: B. 13. (FCC - 2011 - TRT - 23ª REGIÃO (MT) - Técnico Judiciário) A destituição do Procurador-Geral da República, por iniciativa do Presidente da República, deverá ser precedida de autorização a) da maioria absoluta da Câmara dos Deputados. b) da maioria absoluta do Senado Federal. c) do Supremo Tribunal Federal. d) do Superior Tribunal de Justiça. e) do Conselho Nacional do Ministério Público. Essa estava de graça hein pessoal! Literalidade do art. 128, §2º. Gabarito: B. 14. (FCC - 2011 - TRE-TO - Técnico Judiciário - Área Administrativa) O Ministério Público da União tem por chefe o Procurador-Geral da República, nomeado, dentre integrantes da carreira, maiores de trinta e cinco anos, pelo a) Congresso Nacional após a aprovação de seu nome pelo Presidente da República, para mandato de dois anos, vedada a recondução. b) Presidente da República após a aprovação de seu nome pela maioria absoluta dos membros do Congresso Nacional, para mandato de dois anos, vedada a recondução. c) Presidente da República após a aprovação de seu nome pela maioria absoluta dos membros do Senado Federal, para mandato de dois anos, permitida a recondução. d) Senado Federal após a aprovação de seu nome pelo Presidente da República, para mandato de dois anos, permitida a recondução. e) Congresso Nacional após a aprovação de seu nome pela Câmara dos Deputados, para mandato de dois anos, vedada a recondução. CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRT/PR – TÉCNICO JUDICIÁRIO PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 41 Quem nomeia o PGR é o Presidente da República, após a aprovação da maioria absoluta do Senado Federal. É mais um caso onde o Senado vai “sabatinar” uma autoridade antes da sua nomeação pelo Presidente da República. Veja no art. 128, §1º. Gabarito: C. 15. (FCC - 2011 - TRT - 24ª REGIÃO (MS) - Técnico Judiciário) O Conselho Nacional do Ministério Público compõe-se de a) oito membros, nomeados pelo Presidente do Supremo Tribunal Federal. b) trinta e três membros, nomeados pelo Procurador Geral da República. c) quinze membros, nomeados pelo Procurador Geral da República. d) oito membros, nomeados pelo Presidente do Superior Tribunal de Justiça. e) quatorze membros, nomeados pelo Presidente da República. Essa nós mataríamos só sabendo o número de membros: são quatorze, de acordo com o art. 130-A. Só não vale confundir com o CNJ, que tem 15 membros! Gabarito: E. 16. (FCC - 2010 - SEFIN-RO - Auditor Fiscal de Tributos Estaduais) O Ministério Público da União tem por chefe o Procurador- Geral da República, nomeado pelo Presidente da República dentre integrantes da carreira, maiores de trinta e cinco anos, após a aprovação de seu nome pela maioria absoluta dos membros do a) Congresso Nacional, para mandato de dois anos, vedada a recondução. b) Congresso Nacional, para mandato de um ano, permitida a recondução c) Congresso Nacional, para mandato de dois anos, permitida a recondução. d) Senado Federal, para mandato de dois anos, vedada a recondução. e) Senado Federal, para mandato de dois anos, permitida a recondução. O Procurador-Geral da República deve ser aprovado pela maioria absoluta do Senado Federal. Note que a Constituição Federal autorizou CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRT/PR – TÉCNICO JUDICIÁRIO PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 42 a recondução sem limites dessa autoridade ao cargo de PGR. Lembre- se de que, a cada recondução, o nome deve ser aprovado novamente pela maioria absoluta do Senado Federal. Por outro lado, os Procuradores-Gerais de Justiça somente podem ser reconduzidos uma única vez. Gabarito: E. 17. (FCC - 2010 - MPE-SE - Analista - Direito) Tendo em vista o Ministério Público, analise: I. O Conselho Nacional do Ministério Público compõe-se de 11 (onze) membros, nomeados pelo Presidente da República, depois de aprovada a escolha pela maioria simples da Câmara dos Deputados, para um mandato de 2 (dois) anos, vedada a recondução. II. A destituição do Procurador-Geral da República, por iniciativa do Presidente da República, deverá ser precedida de autorização da maioria absoluta do Senado Federal. III. São funções institucionais, entre outras, promover a ação de inconstitucionalidade ou representação para fins de intervenção da União e dos Estados nos casos previstos na Constituição Federal. IV. As funções só podem ser exercidas pelos integrantes da carreira, salvo nos casos de impedimento ou suspeição, sendo obrigatória a residência da respectiva comarca. Nesses casos, está correto o que consta APENAS em a) III e IV. b) I e II. c) II e III. d) I, II e III. e) I, II e IV. Item I – ERRADO. Vários erros! O CNMP é composto de 14 membros nomeados pelo Presidente da República, depois de aprovada a escolha CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRT/PR – TÉCNICO JUDICIÁRIO PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 43 pela maioria absoluta do Senado Federal, para um mandato de dois anos, admitida uma única recondução. Item II – CERTO. Literalidade do art. 128, §2º. Item III – CERTO. O Ministério Público, na figura de seu chefe, tem legitimidade para propor ação direta de inconstitucionalidade e representações interventivas. Veja no art. 129, IV. Item IV – ERRADO. As funções do MP somente podem ser exercidas por integrantes da carreira, sem exceções. Caso haja suspeição ou impedimento de membro do MP, em seu lugar, deve atuar outro membro do MP. Além disso, os membros do MP devem residir na comarca em que atuam, salvo autorização do chefe da instituição. Confira o art. 129, § 2º: “As funções do Ministério Público só podem ser exercidas por integrantes da carreira, que deverão residir na comarca da respectiva lotação, salvo autorização do chefe da instituição.” Gabarito: C. 18. (FCC - 2010 - MPE-RS - Agente Administrativo) Nos termos da Constituição Federal, além de outros membros, integrarão o Conselho Nacional do Ministério Público a) dois juízes, indicados pelos Tribunais de Justiça Regionais Federais. b) três membros do Ministério Público da União, além de dois do Ministério Público do Trabalho. c) três advogados, indicados pelos Conselhos Estaduais da Ordem dos Advogados do Brasil. d) três membros do Ministério Público dos Estados. e) três cidadãos com mais de 30 anos de idade, indicados um pela Câmara dos Deputados e dois pelo Senado Federal. A composição completa do CNMP é a seguinte: - PGR (presidente do CNMP); CURSO ON-LINE – DIREITO CONSTITUCIONAL – TRT/PR – TÉCNICO JUDICIÁRIO PROFESSOR: ROBERTO TRONCOSO Prof. Roberto Troncoso www.pontodosconcursos.com.br 44 - 4 membros do MPU, assegurada a representação de cada uma de suas carreiras; - 3 membros do MP dos Estados; - 2 juízes, indicados um pelo STF e outro pelo STJ; - 2 advogados, indicados pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil. O Presidente da OAB deve oficiar junto ao CNMP, dessa forma, não pode ser indicado a membro
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