Buscar

Resumo Formação Econômica Brasileira

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

Contato do Curso pelo 0800 727 0540, ou pelo link “Tutoria” no AVA, ou pelo endereço eletro nico 
tutoriacipol@uninter.com (CiPol) / tutoriari@uninter.com (R. 
3 
 
Tema: Período colonial 
A palavra serta o, que hoje, em conversas do dia a dia, nos remete a imagem de um lugar 
semia rido, no perí odo colonial, detinha significado: era a forma utilizada pelos portugueses 
para identificar a parte da floresta que estava longe do litoral. Ja o termo drogas era destinado 
para classificar produtos aroma ticos e frutos nativos do Brasil – como o cacau e o guarana . 
Portanto, podemos considerar que as drogas do serta o eram, por analogia, as especiarias do 
novo mundo, produtos exo ticos de novas terras que tinham valor comercial no mercado 
europeu. Bandeirantes era a denominaça o dada aos homens que se aventuravam pelo serta o 
brasileiro, a partir do se culo XVI, na busca por metais preciosos e por í ndios. Em sua maioria, 
eram mamelucos, ou seja, filhos de portugueses com í ndias. Sendo assim, mesclavam ha bitos 
dessas duas culturas. Dominavam a arte da comunicaça o com ambos os povos, andavam 
descalços, mas protegiam o tronco com peças de couro e algoda o e faziam uso tanto de arco e 
flecha como da espingarda, denominado arcabuz. Fonte: BRAGA, Bernardo Piccoli Medeiros e 
SILVA, Joa o Ernani Uma reflexão introdutória sobre o Brasil e sua formação econômica. Curitiba: 
Intersaberes, 2016, capí tulo 1, adaptado. 
 
--- 
 
Ja existia, durante o se culo XVII, a atividade pecua ria no Brasil, principalmente na regia o 
nordeste. As regio es que se destacavam nessa atividade eram as a reas que estavam em torno da 
Bacia do Sa o Francisco e na Bacia do Parnaí ba, devido a importa ncia da a gua doce para esse 
setor produtivo. Podemos dividir o perí odo colonial em tre s ciclos econo micos distintos, que 
podem ser ordenados da seguinte maneira: ciclo de extraça o do pau-brasil, começando em 
1501, ciclo de produça o açucareira, começando em 1530, e o ciclo de extraça o do ouro, 
começando em 1697. Fonte: BRAGA, Bernardo Piccoli Medeiros e SILVA, Joa o Ernani Uma 
reflexão introdutória sobre o Brasil e sua formação econômica. Curitiba: Intersaberes, 2016, 
capí tulo 1, adaptado. 
 
--- 
 
A extraça o do pau-brasil ocorreu, inicialmente, com o uso da ma o de obra indí gena, a qual era 
obtida, principalmente, por meio de transaço es de escambo. Em troca do corte das a rvores, os 
amerí ndios eram pagos com produtos europeus, como tecidos, machados, anzo is, etc. Essa 
transaça o econo mica e um ponto controverso no processo da interpretaça o de nossa histo ria. 
os portugueses encontraram em nosso territo rio um ativo biolo gico em que enxergavam certo 
valor econo mico. Esse ativo era algo com que ja haviam tido contato na A sia, o pau-Brasil, uma 
a rvore cujo potencial comercial estava na possibilidade de se extrair dela uma tintura vermelha 
para uso em tecidos e, sendo assim, com considera vel demanda no mercado europeu. Um fato 
interessante sobre esse momento econo mico e que foi a abundante presença desse ativo 
biolo gico que batizou a nossa pa tria como Brasil. Fonte: BRAGA, Bernardo Piccoli Medeiros e 
SILVA, Joa o Ernani Uma reflexão introdutória sobre o Brasil e sua formação econômica. Curitiba: 
Intersaberes, 2016, capí tulo 1, adaptado. 
 
--- 
 
 
Contato do Curso pelo 0800 727 0540, ou pelo link “Tutoria” no AVA, ou pelo endereço eletro nico 
tutoriacipol@uninter.com (CiPol) / tutoriari@uninter.com (R. 
4 
 
 
A implementaça o da produça o de açu car deu iní cio ao segundo ciclo econo mico, quando 
chegaram ao Brasil algumas centenas de famí lias de portugueses, trazendo animais/gado, 
plantas, e, logicamente, as primeiras peças de engenho de açu car. Esse fato desencadeou, a 
partir de 1548, a criaça o da primeira instituiça o administrativa da colo nia. Os portugueses 
tentaram criar no Brasil uma estrutura econo mica mediante a escravatura dos amerí ndios. No 
entanto, essa escolha se mostrou muito custosa; primeiramente devido a s constantes fugas dos 
escravos das fazendas, afinal, os povos indí genas conheciam a regia o melhor que os portugueses 
e fugir significava voltar para casa – algo bem diferente da situaça o dos negros africanos em 
solo brasileiro; o segundo ponto era a elevada taxa de mortalidade de amerí ndios em raza o das 
doenças vindas da Europa. Os habitantes nativos do Brasil na o tinham anticorpos para os males 
do Velho Mundo – como sarampo e catapora –, que faziam um estrago enorme na estrutura 
econo mica dos engenhos, pois eliminavam, em escala, a ma o de obra. Fonte: BRAGA, Bernardo 
Piccoli Medeiros e SILVA, Joa o Ernani Uma reflexão introdutória sobre o Brasil e sua formação 
econômica. Curitiba: Intersaberes, 2016, capí tulo 1, adaptado. 
 
--- 
 
Durante a histo ria da humanidade, diversas formas de colonizaça o foram desenvolvidas e cada 
uma, por sua vez, impactava de forma diferente o processo de desenvolvimento das terras 
colonizadas. Entre os fatores que determinavam o tipo de colonizaça o a ser praticado estava a 
taxa de mortalidade dos desbravadores, isto e , daqueles que primeiro se aventuravam nas novas 
terras – por exemplo, oficiais, jesuí tas, etc. (...) Quanto menor o valor dessa mo rbida estatí stica, 
maior era a chance de ocorrer uma colonizaça o de povoamento produtivo, o que significava 
investimentos para desenvolver a colo nia nos moldes de uma "Nova Europa". Quanto maior o 
valor da taxa de mortalidade dos desbravadores, menor era o incentivo para a vinda de famí lias 
para construir um futuro nas novas terras. Ou seja, maior era a tende ncia de uma colonizaça o 
por extraça o, que e aquela que busca esgotar os recursos existentes em favor da metro pole. A 
colonizaça o no Brasil ocorreu pelo exercí cio de uma atividade econo mica de monocultura, 
sustentada mais pela extensa o das a reas de cultivo do que pelo desenvolvimento de tecnologias 
para elevar a produtividade da terra. Portanto, tratava-se de uma economia direcionada para a 
simples extraça o de riquezas do solo, regada com o suor do trabalho escravo. Por sinal, o escravo 
na o era tratado nessa equaça o como um recurso humano, mas, sim, como um ativo conta bil, que 
estava presente nos balancetes dos engenhos. Fonte: BRAGA, Bernardo Piccoli Medeiros e SILVA, 
Joa o Ernani Uma reflexão introdutória sobre o Brasil e sua formação econômica. Curitiba: 
Intersaberes, 2016, capí tulo 1, adaptado. 
 
--- 
 
Quanto a sociedade que se formou em torno da “febre do ouro”, ela se mostrou bem mais 
complexa do que a da estrutura latifundia ria açucareira. Nesse perí odo, podemos observar 
maior mobilidade social, bem como mais diversidade coexistindo em um menor espaço 
geogra fico. Nesse cena rio, era possí vel encontrar brancos ricos, brancos pobres, negros 
escravos, negros livres, negros livres pobres e negros livres ricos – alguns ate com seus pro prios 
escravos negros. Com relaça o a s transaço es inter-regionais no ciclo do ouro, estas foram 
 
 
Contato do Curso pelo 0800 727 0540, ou pelo link “Tutoria” no AVA, ou pelo endereço eletro nico 
tutoriacipol@uninter.com (CiPol) / tutoriari@uninter.com (R. 
5 
 
fomentadas basicamente por dois aspectos: como o ouro descoberto foi do tipo aluvia o e sua 
extraça o podia ser feita por um processo simples, que demandava poucos recursos. Sendo 
assim, as regio es de mineraça o tiveram uma explosa o demogra fica, em virtude da “corrida do 
ouro” empreendida por todo tipo imagina vel de aventureiro. Isso aumentou, 
consideravelmente, a demanda por produtos nessas a reas de mineraça o por serem densamente 
povoadas. Ale m disso, e raro as regio es de mineraça o despenderem esforços e fatores 
produtivos para algo ale m da busca do ouro e no Brasil na o foi diferente. Por isso, durante o 
auge do ciclo aurí fero, e possí vel observar
que se teve a formaça o de uma depende ncia das 
regio es mineiras para com produtos oriundos de outras regio es da colo nia, por exemplo, 
alimentos do Sul, algoda o do Nordeste e carne do Centro-Oeste. Fonte: BRAGA, Bernardo Piccoli 
Medeiros e SILVA, Joa o Ernani Uma reflexão introdutória sobre o Brasil e sua formação 
econômica. Curitiba: Intersaberes, 2016, capí tulo 1, adaptado. 
 
Tema: Economia do império 
A chegada da corte de Dom Joa o, o prí ncipe regente, ao Brasil, em 1808, por certo, pode ser vista 
como um ponto de inflexa o na estrutura institucional da colo nia, uma vez que, obviamente, a 
presença de ta o ilustre comitiva fomentou direta e indiretamente importantes alteraço es 
socioecono micas. Assim, entre outras realizaço es elenca veis sobre os quase 13 anos de 
permane ncia da famí lia real no Brasil, temos: abertura dos portos a s naço es amigas; criaça o do 
Banco do Brasil (para servir de pilar ao desenvolvimento do Brasil); estabelecimento de 
privile gios comerciais a Inglaterra; elevaça o do Brasil a categoria de Reino Unido a Portugal; 
fomento da cultura cafeeira. Fonte: BRAGA, Bernardo Piccoli Medeiros e SILVA, Joa o Ernani Uma 
reflexão introdutória sobre o Brasil e sua formação econômica. Curitiba: Intersaberes, 2016, 
capí tulo 1, adaptado. 
 
--- 
 
No iní cio do se culo XIX, o ambiente polí tico na Europa na o estava nada bom. Napolea o 
Bonaparte obrigou os paí ses do continente europeu a participarem do bloqueio comercial que 
impusera a Inglaterra, em sua tentativa de se tornar imperador absoluto do territo rio europeu. 
Dentre esses paí ses, por ter, como vimos, uma relaça o comercial forte com a Inglaterra, Portugal 
protelou a apresentaça o de sua posiça o de apoio a s ordens napoleo nicas. Com relaça o a 
abertura dos portos, temos aqui a ruptura do Pacto Colonial. Enquanto vigente, esse tratado 
determinava que todas as exportaço es e importaço es brasileiras deveriam ser realizadas 
exclusivamente com Portugal. Portanto, a abertura dos portos brasileiros a s naço es amigas 
representou, em teoria, nesse momento, a inserça o direta do Brasil no mercado internacional 
(na pra tica, com a Inglaterra). Nessa mesma linha, temos o porque da importa ncia da criaça o 
do Banco do Brasil: essa instituiça o seria, nesse contexto, o sustenta culo necessa rio para a 
organizaça o de um cena rio econo mico e financeiro, que fomentasse o processo de 
industrializaça o. Fonte: BRAGA, Bernardo Piccoli Medeiros e SILVA, Joa o Ernani Uma reflexão 
introdutória sobre o Brasil e sua formação econômica. Curitiba: Intersaberes, 2016, capí tulo 1, 
adaptado. 
 
--- 
 
 
Contato do Curso pelo 0800 727 0540, ou pelo link “Tutoria” no AVA, ou pelo endereço eletro nico 
tutoriacipol@uninter.com (CiPol) / tutoriari@uninter.com (R. 
6 
 
 
Nossos primeiros trezentos anos de histo ria, conhecidos como perí odo de depende ncia para 
com Portugal, encerraram-se com a declaraça o da independe ncia do Brasil, cujo marco foi 
definido como o dia 7 de setembro de 1822. Quando o enta o prí ncipe regente, Dom Pedro I, 
tornou-se o imperador. O Brasil que recebia para governar tinha, em cerca de meio se culo, 
aumentado tre s vezes seu nu mero de habitantes e alcançando um contingente de 4,7 milho es 
de pessoas aproximadamente. Dom Pedro I assumiu um governo que tinha uma situaça o 
polí tica tensa e com uma visí vel crise econo mica, entre outros motivos, em decorre ncia de 
dificuldades referentes: ao fim do ciclo do açu car (iniciadas no se culo XVII com a perda do 
monopo lio); a reduça o do volume de ouro extraí do (esgotamento das aluvio es e lavras); a 
care ncia fiscal na importaça o (em virtude de privile gios dados a Inglaterra por Dom Joa o); a s 
vantagens incipientes no cafe (estas so seriam significantes no Segundo Reinado). Fonte: 
BRAGA, Bernardo Piccoli Medeiros e SILVA, Joa o Ernani Uma reflexão introdutória sobre o Brasil 
e sua formação econômica. Curitiba: Intersaberes, 2016, capí tulo 1, adaptado. 
 
--- 
 
A base da bebida que tomamos de manha e formada por duas espe cies de cafe : ara bica e 
conillon. A primeira e de um cafe mais suave e muito apreciado pelo seu sabor caracterí stico, 
sendo por isso mais demandado comercialmente. O maior problema dessa espe cie e que ela e 
mais sensí vel a s intempe ries no cultivo. Ja o conillon e uma espe cie mais resistente para o 
cultivo, pore m, por ser mais amarga, na o e ta o apreciada para o consumo puro. Por isso, 
atualmente, essa segunda espe cie e mais utilizada para os cafe s solu veis e para fazer blends 
(misturas) com o cafe da espe cie ara bica. Por fim, conve m explicar que os cafe s, quanto ao seu 
valor comercial, sa o classificados segundo inu meros outros itens e quanto mais alta sua 
qualidade (sabor, nu mero de impurezas etc.), maior e o seu preço. No aspecto econo mico, o 
reinado de Dom Pedro II foi beneficiado com o te rmino dos privile gios fiscais dos produtos 
ingleses e com a ascensa o do cafe brasileiro no mercado internacional. Esse perí odo foi o auge 
do impe rio e tambe m o da cultura cafeeira. Essa cultura fora fomentada por Dom Joa o VI, que 
mandou virem sementes de cafe da A frica e as entregou aos proprieta rios de terras pro ximos a 
corte. Por isso, foi na regia o fluminense que, ate o fim da de cada 1840, exerceu-se, de forma 
mais intensiva, a atividade cafeeira. Entretanto, ja no iní cio do Segundo Reinado, a releva ncia de 
seu cultivo se expandiu para outras regio es no Espí rito Santo, em Minas Gerais e em Sa o Paulo. 
Contudo, foi a regia o do Vale do Paraí ba que mais se destacou, por ter sido ali o local em que a 
cultura do cafe encontrou as melhores condiço es para seu desenvolvimento, como aspectos 
clima ticos favora veis, qualidade adequada de solo (leia-se aqui terra roxa) e recursos 
financeiros e de ma o de obra, em volume suficiente para o iní cio de sua plantaça o. Fonte: 
BRAGA, Bernardo Piccoli Medeiros e SILVA, Joa o Ernani Uma reflexão introdutória sobre o Brasil 
e sua formação econômica. Curitiba: Intersaberes, 2016, capí tulo 1, adaptado. 
 
--- 
 
Um dos eventos que sa o importantes para entendermos o que motivou a proclamaça o da 
Repu blica se deu quando expirou o acordo fiscal com a Inglaterra: parece que os ingleses 
resolveram "comprar o culos novos" pois, a partir daquele momento, passaram a "ver" que a Lei 
 
 
Contato do Curso pelo 0800 727 0540, ou pelo link “Tutoria” no AVA, ou pelo endereço eletro nico 
tutoriacipol@uninter.com (CiPol) / tutoriari@uninter.com (R. 
7 
 
de Feijo na o era aplicada no Brasil. Na primeira metade do se culo XIX os Ingleses começaram 
uma operaça o para interceptar os navios que vinham ao Brasil com escravos, criando um 
problema de oferta de ma o de obra para as a reas agrí colas. Dada a importa ncia comercial da 
Inglaterra para a exportaça o brasileira de cafe , o resultado do bloqueio ingle s foi a proclamaça o, 
no dia 4 de setembro de 1850, da Lei de Euse bio de Queiro s, que de fato punha fim ao tra fico 
externo de escravos no Brasil, ou seja, agora a lei era para ingle s e brasileiro verem! Fonte: 
BRAGA, Bernardo Piccoli Medeiros e SILVA, Joa o Ernani Uma reflexão introdutória sobre o Brasil 
e sua formação econômica. Curitiba: Intersaberes, 2016, capí tulo 1, adaptado. 
 
Tema: Cafeicultura, federalismo e liberalismo 
Da matriz norte-americana, os republicanos brasileiros buscaram a base para o nome do paí s, 
estrutura constitucional e bandeira nacional. Com relaça o a matriz constitucional, a base 
utilizada ficou inalterada ate 1930 (quando tivemos o golpe de 1930); ja o nome Estados Unidos 
do Brasil somente foi mudado para Repu blica Federativa do Brasil em 1967. O Brasil, por sua 
vez, seguindo a cartilha neocla ssica, portanto liberalista, apostou no come rcio sem barreiras, 
algo, por sinal,
naquela e poca, bem favora vel aos interesses dos produtores de cafe , pois 
facilitava suas vendas internacionais, embora questiona vel para o fomento da manufatura 
brasileira. Fonte: BRAGA, Bernardo Piccoli Medeiros e SILVA, Joa o Ernani Uma reflexão 
introdutória sobre o Brasil e sua formação econômica. Curitiba: Intersaberes, 2016, capí tulo 1, 
adaptado. 
 
--- 
 
Sobre o conve nio de Taubate , de 1906: Esse u ltimo evento significava que os governos estaduais 
de Minas Gerais, Rio de Janeiro e Sa o Paulo comprariam o excedente da produça o cafeeira, 
mediante empre stimos externos, para, assim, reduzir a oferta do produto no mercado 
internacional, elevando o preço do produto. Esse acordo foi apelidado pela mí dia da e poca de 
socializaça o do prejuí zo. O Brasil, na e poca da crise de 1906, produziu cerca de 21 milho es de 
sacas, de um total mundial de 25 milho es; ou seja, nosso cafe representava 82% de toda a 
produça o mundial. Por isso, a supersafra brasileira, com quase o dobro da me dia dos tre s 
u ltimos anos, derrubaria os preços internacionais. Fonte: BRAGA, Bernardo Piccoli Medeiros e 
SILVA, Joa o Ernani Uma reflexão introdutória sobre o Brasil e sua formação econômica. Curitiba: 
Intersaberes, 2016, capí tulo 2, adaptado. 
 
--- 
 
Para voce ter uma ideia do tamanho do impacto, com base em dados presentes no Instituto de 
Pesquisa Econo mica Aplicada (Ipea), e possí vel chegarmos a ca lculos que demonstram que o 
cafe , durante o governo de Rodrigues Alves, tinha uma participaça o me dia de cerca de 52% no 
valor moneta rio das exportaço es; a borracha, na segunda posiça o, na o chegava a ter 25% de 
participaça o no mesmo perí odo. A quantidade per capita de consumo de cafe nos EUA, um dos 
nossos maiores clientes naquela e poca, praticamente se manteve inalterada nos perí odos antes, 
durante e depois da crise financeira de 1929. Esse dado e interessante, pois, nesse intervalo de 
tempo, o preço do cafe havia caí do e subido, e a renda me dia dos norte-americanos tinha 
 
 
Contato do Curso pelo 0800 727 0540, ou pelo link “Tutoria” no AVA, ou pelo endereço eletro nico 
tutoriacipol@uninter.com (CiPol) / tutoriari@uninter.com (R. 
8 
 
aumentado e diminuí do; Contudo, as pessoas na o beberam mais ou menos cafe so porque ele 
ficou mais barato ou mais caro e, tampouco, porque elas estavam mais ricas ou mais pobres. 
Portanto, tudo indicava que realmente o cafe era, no iní cio do se culo XX, um produto com 
demanda inela stica ao preço. Fonte: BRAGA, Bernardo Piccoli Medeiros e SILVA, Joa o Ernani 
Uma reflexão introdutória sobre o Brasil e sua formação econômica. Curitiba: Intersaberes, 2016, 
capí tulo 2, adaptado. 
 
--- 
 
Os pontos ba sicos do problema que cabia equacionar eram os seguintes: a. Que mais convinha 
colher o cafe ou deixa -lo apodrecer nos arbustos, abandonando parte das plantaço es, como uma 
fa brica cujas portas se fecham durante a crise? b. Caso se decidisse colher o cafe , que destino 
deveria dar-se a ele? Forçar o mercado mundial, rete -lo em estoques ou destruí -lo? c. Caso se 
decidisse estocar ou destruir o produto, como financiar essa operaça o? Isto e , sobre quem 
recairia a carga, caso fosse colhido o cafe ? Caso toda a perda recaí sse no produtor e esse 
abandonasse a cultura, tal escolha refletiria tanto na ma o de obra assalariada como nas contas 
nacionais, impactando direta e indiretamente o cena rio socioecono mico brasileiro. Aqui esta o 
cerne da defesa do cafe . Essa linha de proteça o ao cafe teve uma conseque ncia: ela estimulou o 
fazendeiro a continuar plantando. Guiado pela lo gica do interesse individualista, ele percebeu 
que, se continuasse a expandir sua plantaça o, iria minimizar seus custos fixos e, em virtude da 
polí tica de proteça o praticada, teria, em caso de perdas, a socializaça o delas. Agora, se agisse ao 
contra rio – isto e , se reduzisse o plantio – o produtor ampliaria o impacto de seus custos fixos 
no resultado da fazenda e, por sua vez, arcaria com toda a perda ou com sua maior parte, uma 
vez que na o existiria um valor excedente a ser comprado pelo governo. Fonte: BRAGA, Bernardo 
Piccoli Medeiros e SILVA, Joa o Ernani Uma reflexão introdutória sobre o Brasil e sua formação 
econômica. Curitiba: Intersaberes, 2016, capí tulo 2, adaptado. 
 
Tema: Industrialização e Era Vargas 
A guerra trouxe para o Brasil um surto de crescimento industrial, dada a limitaça o das 
importaço es sofrida nesse perí odo. Devemos esclarecer, pore m, que esse evento de crescimento 
na o foi fomentado pelo governo. Tratava-se de uma aça o da iniciativa privada, entre outros, pelo 
capital de cafeicultores paulistas, que quiseram aproveitar a oportunidade da demanda interna, 
na o suprida por produtos estrangeiros. Por causa desse incipiente processo de industrializaça o 
nas cidades, aumentou a concentraça o da populaça o nos centros urbanos, dada a busca das 
pessoas por oportunidades, (brasileiros que migraram do campo e imigrantes que fugiam das 
a reas de guerra na Europa). Com o aumento do contingente opera rio, surgiram tambe m os 
movimentos por melhores sala rios e condiço es de trabalho. Assim, o Brasil conheceu uma nova 
realidade, a das greves sindicais. Fonte: BRAGA, Bernardo Piccoli Medeiros e SILVA, Joa o Ernani 
Uma reflexão introdutória sobre o Brasil e sua formação econômica. Curitiba: Intersaberes, 2016, 
capí tulo 2, adaptado. 
 
--- 
 
 
 
Contato do Curso pelo 0800 727 0540, ou pelo link “Tutoria” no AVA, ou pelo endereço eletro nico 
tutoriacipol@uninter.com (CiPol) / tutoriari@uninter.com (R. 
9 
 
A Era Vargas e constituí da de tre s momentos, nos quais Getu lio Vargas exerceu o comando do 
Brasil: governo proviso rio; governo constitucional; e Estado Novo. Os membros da Revoluça o 
de 1930 na o mediram esforços para tentar apresentar os feitos da Proclamaça o da Repu blica, 
de 1889, como o fruto de um movimento que excluiu a participaça o do povo brasileiro, ou seja, 
uma aça o puramente militar, com raí zes fincadas no estrangeirismo. No entanto, a questa o e : 
por que eles fizeram isso? Ora, simplesmente porque os revoltosos de 1930 queriam que as 
pessoas vissem neles o sí mbolo da verdadeira representaça o da luta de um Brasil para os 
brasileiros. Para provar que tudo seria novo, o governo de Getu lio Vargas, ja em seu iní cio, 
dissolveu o Congresso Nacional, a Assembleia Legislativa e as Ca maras Municipais, pois, 
segundo ele, essas instituiço es representavam os interesses da velha estrutura - portanto, elas 
eram o motivo de ser da pro pria revolta. Assim, livre das burocracias conduzidas pela 
oligarquia, o novo governo tentou sanear os impactos de crises internas e externas que afligiam 
o paí s (leia-se superproduça o do cafe e embates com as classes opera rias urbanas). Com relaça o 
a crise do cafe , Getu lio tomou duas medidas. Uma foi aumentar os tributos para as a reas 
cultivadas e para exportaça o, de modo a desestimular o aumento da produça o. Outra medida 
foi comprar, a preço de custo, o excedente da produça o cafeeira e queima -lo. Ou seja, para a 
questa o do cafe , buscou-se, por um lado, sustentar o preço internacional e equilibrar a situaça o 
financeira dos cafeicultores e, por outro, po r fim ao regime de estocagem de excedentes (dado 
o cara ter especulativo que essa iniciativa gerava) e desestimular novos ciclos de supersafras. 
Fonte: BRAGA, Bernardo Piccoli Medeiros e SILVA, Joa o Ernani Uma reflexão introdutória sobre 
o Brasil e sua formação econômica. Curitiba: Intersaberes, 2016, capí tulo 3, adaptado. 
 
--- 
 
O Estado Novo foi o terceiro governo de Vargas, apo s o governo proviso rio e o governo 
constitucional. Os militares divulgaram na mí dia (nesse caso, o ra dio) que eles tinham 
descoberto que o Brasil seria alvo de um ataque comunista, denominado Piano
Cohen, o qual 
envolvia assassinatos, sequestros, entre outras barba ries, as quais, logicamente, eram invença o 
da equipe de Vargas para conquistar o apoio das massas. Graças a tentativa frustrada do golpe 
comunista de Prestes, um ano antes, o Plano Cohen foi aceito sem grandes problemas pelo povo. 
Sendo assim, em nome da segurança nacional, Vargas anulou a eleiça o de 1937, dissolveu o 
Poder Legislativo e, no dia 10 de novembro de 1937, anunciou que tinha iní cio o perí odo do 
Estado Novo, isto e , o do governo ditatorial de Vargas, que vigorou de 1937 a 1945. Durante esse 
momento da Era Vargas, destacaram-se certas caracterí sticas, como: intervencionismo estatal; 
paternalismo/nacionalismo; forte fomento a industrializaça o; e censura/repressa o. Fonte: 
BRAGA, Bernardo Piccoli Medeiros e SILVA, Joa o Ernani Uma reflexão introdutória sobre o Brasil 
e sua formação econômica. Curitiba: Intersaberes, 2016, capí tulo 3, adaptado. Fonte: BRAGA, 
Bernardo Piccoli Medeiros e SILVA, Joa o Ernani Uma reflexão introdutória sobre o Brasil e sua 
formação econômica. Curitiba: Intersaberes, 2016, capí tulo 3, adaptado. 
 
--- 
 
Podemos destacar como alguns exemplos de lí deres populistas o militar Juan Pero n, na 
Argentina (entre 1946 e 1955); e, no Brasil, o velho caudilho Getu lio Vargas (entre 1951 e 1954) 
e o drama tico Ja nio Quadros (em 1961). Aqui usamos dois termos fortes para os nossos 
 
 
Contato do Curso pelo 0800 727 0540, ou pelo link “Tutoria” no AVA, ou pelo endereço eletro nico 
tutoriacipol@uninter.com (CiPol) / tutoriari@uninter.com (R. 
10 
 
representantes brasileiros do populismo - caudilho e drama tico - dada a imagem que esses 
lí deres buscaram construir para eles pro prios. Bem, quanto aos eventos importantes que 
marcaram o perí odo populista brasileiro, conve m ressaltarmos sete itens: Sentimento de 
nacionalismo da populaça o. Alta da inflaça o. Balança comercial desfavora vel. Aproximaça o dos 
militares brasileiros com os EUA. Expansa o industrial brasileira. Construça o de Brasí lia. 
Levante de reivindicaço es sindicais, em todo o paí s, ao final desse perí odo. Fonte: BRAGA, 
Bernardo Piccoli Medeiros e SILVA, Joa o Ernani Uma reflexão introdutória sobre o Brasil e sua 
formação econômica. Curitiba: Intersaberes, 2016, capí tulo 3, adaptado. Fonte: BRAGA, 
Bernardo Piccoli Medeiros e SILVA, Joa o Ernani Uma reflexão introdutória sobre o Brasil e sua 
formação econômica. Curitiba: Intersaberes, 2016, capí tulo 3, adaptado. 
 
--- 
 
Getu lio Vargas retornou ao governo em 1951, dessa vez pelo voto direto. Contudo, sua vito ria 
na o foi ta o expressiva: o polí tico gau cho obteve cerca de 48% dos votos va lidos. Mesmo assim, 
sua posse, pela Constituiça o da e poca, era legal, mesmo na o tendo alcançado mais de 50% dos 
votos. Com relaça o ao seu retorno, talvez o elemento mais interessante esteja no fato de seu 
novo governo ter sido expressivamente nacionalista e populista. De cara ter nacionalista, o 
estadista propo s controlar os lucros enviados ao exterior pelas multinacionais, criou a 
Petrobras - e, com ela, o monopo lio estatal do petro leo, dentro do conceito "o petro leo e nosso" 
- e fomentou a estrutura de base para o desenvolvimento do paí s, criando, entre outras 
instituiço es, a Eletrobras e o Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDE). Ja pela o tica do 
populismo, seu governo trouxe o seguro agrí cola e, entre outros itens, a proposta de aumentar 
o sala rio mí nimo em 100% – sendo esse u ltimo projeto obra de seu Ministro do Trabalho, Joa o 
Goulart. Fonte: BRAGA, Bernardo Piccoli Medeiros e SILVA, Joa o Ernani Uma reflexão 
introdutória sobre o Brasil e sua formação econômica. Curitiba: Intersaberes, 2016, capí tulo 3, 
adaptado. 
 
--- 
 
Tema: Regime militar e nacionalismo econômico 
O ano de 1964 foi o iní cio do regime militar uma - forma de governo que deveria ter durado, 
segundo acordos polí ticos firmados, cerca de dois anos, mas que se prolongou por cerca de duas 
de cadas. O golpe militar ocorreu em um perí odo de Guerra Fria; seus atores acreditavam que a 
ordem era necessa ria para o bem da naça o e como o Brasil parecia, para eles, estar em completa 
desordem, enta o a ordem precisava ser reestabelecida a qualquer custo. Quanto ao cena rio 
econo mico, a polí tica do governo de Castello Branco representou, logicamente, uma ruptura em 
relaça o a linha de conduça o de Jango, como demonstram as medidas que foram tomadas pela 
nova gesta o: Eliminaça o de barreiras ao envio de lucro para o estrangeiro pelas multinacionais. 
Aproximaça o do Brasil com os EUA, por meio de polí ticas convergentes aos interesses norte-
americanos. Intervença o incisiva do Estado nas manifestaço es de classes. Interrupça o de pautas 
sobre questo es de reformas agra rias. Apresentaça o de uma agenda de propostas ortodoxas de 
conduça o econo mica para reduça o do gasto pu blico e elevaça o da carga tributa ria como formas 
de combater a inflaça o e o de ficit da ma quina pu blica. Fonte: BRAGA, Bernardo Piccoli Medeiros 
 
 
Contato do Curso pelo 0800 727 0540, ou pelo link “Tutoria” no AVA, ou pelo endereço eletro nico 
tutoriacipol@uninter.com (CiPol) / tutoriari@uninter.com (R. 
11 
 
e SILVA, Joa o Ernani Uma reflexão introdutória sobre o Brasil e sua formação econômica. Curitiba: 
Intersaberes, 2016, capí tulo 3, adaptado. 
 
--- 
 
O novo presidente foi Arthur da Costa e Silva, militar eleito pelo Congresso Nacional por meio 
da força da repressa o militar sustentada pelos Ais. O novo governo recebeu o Brasil em cena rio 
econo mico mais equilibrado, graças a s medidas econo micas contracionistas do governo de 
Castello Branco. Em seus discursos, o novo presidente fez a promessa de melhorar ainda mais 
a economia e devolver a democracia para o paí s; no entanto, nessa altura do campeonato, o povo 
na o estava assim ta o certo sobre essas palavras. Manifestaço es eclodiram em defesa da 
democracia. Fizeram-se notar, nesse perí odo, greves de opera rios, passeatas estudantis, entre 
outros movimentos populares igualmente relevantes. Costa e Silva reagiu de forma incisiva 
contra essas manifestaço es, aplicando, por exemplo, medidas para: proibir manifestaço es; 
prender lí deres sociais e polí ticos de correntes de oposiça o e ampliar a censura. Sendo assim, 
em dezembro de 1968, o presidente da Repu blica passava a ter, por meio do AI-5, o poder para, 
entre outras aço es: fechar o Congresso Nacional; cassar mandatos de polí ticos; suspender 
direitos dos cidada os; demitir servidor pu blico. Fonte: BRAGA, Bernardo Piccoli Medeiros e 
SILVA, Joa o Ernani Uma reflexão introdutória sobre o Brasil e sua formação econômica. Curitiba: 
Intersaberes, 2016, capí tulo 3, adaptado. 
 
--- 
 
O governo de Me dici se destacou por dois aspectos principais. Primeiro, durante esse governo 
ocorreu o perí odo chamado milagre econo mico e, segundo, foi nessa gesta o que houve o maior 
ní vel de viole ncia do regime. No cena rio econo mico, e possí vel citar a criaça o do Instituto 
Nacional de Colonizaça o e Reforma Agra ria (Incra). Tambe m foi durante o governo de Me dici 
que certas iniciativas importantes ganharam força, como: expansa o do cre dito; controle da 
inflaça o (em ní veis baixos para os padro es da e poca, algo em torno de 18% ao ano) e 
crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), em dois dí gitos de percentuais ao ano, (chegamos 
a 14% em 1973). Fonte: BRAGA, Bernardo Piccoli Medeiros e SILVA, Joa o Ernani Uma reflexão 
introdutória sobre o Brasil e sua formação econômica. Curitiba: Intersaberes, 2016, capí tulo 3, 
adaptado. 
 
--- 
 
E possí vel observar que, bem antes do regime militar, o Brasil teve uma queda no PIB, revertida 
em 1956 com a polí tica desenvolvimentista de JK. Entretanto, a partir de 1958, o paí s enfrentou 
um novo perí odo de
queda que apenas piorou a partir de 1961 - devido a s instabilidades 
polí ticas que narramos anteriormente. Assim, antes do golpe de 1964, o movimento em relaça o 
ao PIB era de queda e, apo s o golpe, ocorreu uma inflexa o com tende ncia de alta, que foi atingida 
em 1973 com uma variaça o positiva de 14%. Todavia, por causa do choque do petro leo e do 
encarecimento dos juros internacionais, o Brasil voltou a ter um movimento de queda que se 
acentuou no governo do Presidente Figueiredo, quando a variaça o do PIB chegou a -4,3%, em 
1981. A partir de enta o, a economia se recuperou e o regime militar saiu de cena entregando 
 
 
Contato do Curso pelo 0800 727 0540, ou pelo link “Tutoria” no AVA, ou pelo endereço eletro nico 
tutoriacipol@uninter.com (CiPol) / tutoriari@uninter.com (R. 
12 
 
aos civis um paí s com um PIB positivo de 7,8% ao ano. No entanto, o Brasil entrou novamente 
em movimento de queda durante a Nova Repu blica, retornando, em 1990, ao valor negativo de 
-4,3%. Portanto, examinando mais atentamente os valores centrais do perí odo militar, nota-se 
que o milagre econo mico foi, realmente, um momento econo mico muito favora vel - 
principalmente no governo de Me dici. No entanto, por mais que a renda agregada do paí s tenha 
aumentado muito durante seu governo, sua concentraça o, infelizmente, tambe m aumentou – 
devido a, entre outros fatores, o arrocho salarial imposto durante um regime ditatorial. Sendo 
assim, ao mesmo tempo que cresceu a riqueza do paí s ate 1973, o contingente da populaça o na 
linha da pobreza aumentou nesse mesmo perí odo. Fonte: BRAGA, Bernardo Piccoli Medeiros e 
SILVA, Joa o Ernani Uma reflexão introdutória sobre o Brasil e sua formação econômica. Curitiba: 
Intersaberes, 2016, capí tulo 3, adaptado. 
 
--- 
 
O crescimento do paí s ate a metade da de cada de 1970 estava sustentado fortemente em capital 
estrangeiro - para se ter uma ideia, em apenas quatro anos (entre 1969 e 1973), o 
endividamento externo cresceu quatro vezes. Quando veio a crise do petro leo, em 1973, esse 
cena rio econo mico resultou em uma inflaça o que disparou, chegando a patamares de 
aproximadamente 35% de variaça o anual. Ademais, o uso da viole ncia e da repressa o - como 
banimentos, torturas e mortes contra os adversa rios do regime - eram eventos comuns em seu 
governo. Logicamente, em um cena rio desse, o custo para se manter no governo começou a se 
tornar deveras oneroso aos militares; o risco da indignaça o da sociedade era algo preocupante 
e evidente. O fim do milagre econo mico e a contrariedade do povo com as aço es da linha dura 
levou o regime a conceber novos rumos com o General Ernesto Geisel. Quanto a s realizaço es de 
Geisel, nos aspectos econo mico-estruturais, suas aço es foram em direça o das seguintes metas: 
Sustentaça o do crescimento econo mico. Sustentaça o dos ní veis de emprego. Construça o da 
Itaipu - a qual se estendeu de 1975 a 1984. Incentivo a busca/uso de novas fontes de energia 
(e.g., a lcool). Retomada das relaço es diploma ticas com a China. Aproximaça o com os paí ses do 
chamado terceiro mundo. Reduça o da influe ncia dos EUA. Fonte: BRAGA, Bernardo Piccoli 
Medeiros e SILVA, Joa o Ernani Uma reflexão introdutória sobre o Brasil e sua formação 
econômica. Curitiba: Intersaberes, 2016, capí tulo 3, adaptado. 
 
Tema: Desenvolvimento e crescimento econômico no Brasil 
A cie ncia econo mica, sob o ponto de vista social, tem como intuito maior o estudo das condiço es 
sob as quais uma naça o consegue melhorar a qualidade de vida de seus cidada os. A principal 
obra de Adam Smith, pai da cie ncia econo mica moderna, trata desse tema. A riqueza das naço es 
(1776) foi elaborada com o objetivo de tentar explicar por que algumas naço es sa o ricas e 
pro speras enquanto outras sa o pobres. O crescimento econo mico diz respeito ao aumento da 
renda nacional. Um paí s cresce, economicamente, quando o seu Produto Interno Bruto (PIB) se 
eleva. Esse í ndice, por sua vez, e o somato rio dos bens e serviços finais produzidos em uma 
economia, durante determinado perí odo de tempo e com base em unidades moneta rias (moeda 
corrente). Dessa forma, o crescimento econo mico e representado por variaço es no PIB. 
Portanto, o crescimento econo mico e um processo quantitativo, que se refere ao total de riqueza 
produzido em um paí s. Fonte: BRAGA, Bernardo Piccoli Medeiros e SILVA, Joa o Ernani Uma 
 
 
Contato do Curso pelo 0800 727 0540, ou pelo link “Tutoria” no AVA, ou pelo endereço eletro nico 
tutoriacipol@uninter.com (CiPol) / tutoriari@uninter.com (R. 
13 
 
reflexão introdutória sobre o Brasil e sua formação econômica. Curitiba: Intersaberes, 2016, 
capí tulo 4, adaptado. 
 
--- 
 
O conceito de desenvolvimento econo mico e algo mais amplo do que crescimento econo mico. O 
desenvolvimento de uma naça o envolve a melhoria da qualidade de vida de seus cidada os. Como 
quase tudo em economia, o desenvolvimento na o e um conceito fechado, uma vez que muitos 
autores divergem sobre quais fatores representam a qualidade de vida. Podemos afirmar que o 
conceito de desenvolvimento econo mico de uma populaça o envolve diversos aspectos, entre 
eles: boa capacidade econo mica por parte dos indiví duos; boas condiço es de sau de; educaça o 
de qualidade; preservaça o do meio ambiente; mobilidade urbana; segurança pu blica; liberdade. 
Fonte: BRAGA, Bernardo Piccoli Medeiros e SILVA, Joa o Ernani Uma reflexão introdutória sobre 
o Brasil e sua formação econômica. Curitiba: Intersaberes, 2016, capí tulo 4, adaptado. 
 
--- 
 
O capitalismo tardio, tambe m denominado industrializaça o retardata ria, e uma teoria proposta 
pelo economista Joa o Manuel Cardoso de Mello. De acordo com essa perspectiva, o nascimento 
do processo de industrializaça o brasileiro seria buscado dentro da economia colonial 
exportadora. Predominava, desse modo, a hipo tese de que as atividades capitalistas internas 
cresceram subordinadas a dina mica agroexportadora, principalmente do setor cafeeiro. Os 
excedentes criados no setor exportador criaram a demanda por produtos industrializados, que, 
em um primeiro momento, eram importados e, subsequentemente, fornecidos pela indu stria 
nacional. Outro elemento que tambe m conecta o setor cafeeiro ao nascimento da indu stria e a 
enorme massa de trabalhadores de cafezais que estavam disponí veis para trabalhar nos novos 
polos industriais. O que deve ficar claro e que essa teoria na o defendia que o surgimento da 
indu stria brasileira teria ocorrido em detrimento do setor cafeeiro, e sim graças aos lucros do 
cafe que permitiram a classe rica cafeeira a migraça o para uma nova classe industrial. 
Entretanto, Joa o Manuel Cardoso de Mello ressalva que esse processo so permitiu a expansa o 
da produça o de bens de consumo final e que somente com a participaça o do Estado e do capital 
estrangeiro foi possí vel passar de uma fase de industrializaça o restringida para uma 
industrializaça o pesada. Fonte: BRAGA, Bernardo Piccoli Medeiros e SILVA, Joa o Ernani Uma 
reflexão introdutória sobre o Brasil e sua formação econômica. Curitiba: Intersaberes, 2016, 
capí tulo 4, adaptado. 
 
--- 
 
Era 1942 e Getu lio Vargas, presidente da Repu blica, solicitou ao Conselho Nacional de Polí ticas 
Industriais e Comerciais (CNPIC) - o rga o subordinado ao Ministe rio do Trabalho - um relato rio 
a respeito de possí veis polí ticas industriais e comerciais para o Brasil. Roberto Simonsen 
integrava esse conselho e foi designado relator desse expediente. Apo s a elaboraça o, esse 
estudo foi encaminhado a , enta o, Comissa o de Planejamento (subordinada ao Conselho de 
Segurança Nacional CSN), cujo relator era Euge nio Gudin. Daí em diante, os dois economistas 
travaram diversas batalhas intelectuais por meio de documentos que visavam defender suas
Contato do Curso pelo 0800 727 0540, ou pelo link “Tutoria” no AVA, ou pelo endereço eletro nico 
tutoriacipol@uninter.com (CiPol) / tutoriari@uninter.com (R. 
14 
 
respectivas posiço es no que se refere as suas diferentes viso es de polí tica econo mica. Roberto 
Simonsen (1889-1948) e Euge nio Gudin (1886-1986) foram dois importantes economistas 
brasileiros. Em comum, os dois tinham a formaça o em Engenharia e o interesse pela economia. 
Simonsen foi um defensor do desenvolvimentismo, enquanto Gudin pregava o liberalismo 
econo mico. Fonte: BRAGA, Bernardo Piccoli Medeiros e SILVA, Joa o Ernani Uma reflexão 
introdutória sobre o Brasil e sua formação econômica. Curitiba: Intersaberes, 2016, capí tulo 4, 
adaptado. 
 
--- 
 
Gudin acreditava que tanto liberais como desenvolvimentistas objetivavam o desenvolvimento 
do paí s, mas que entre suas filosofias havia diferenças radicais e irreconcilia veis. Ainda segundo 
o economista, a filosofia liberal teria como ideal o mercado em livre concorre ncia e, nessa 
perspectiva, a utilizaça o e a alocaça o dos fatores de produça o (capital, ma o de obra e instalaço es 
produtivas) seriam determinadas pelo funcionamento da ininterrupta democracia econo mica, 
ou seja, a demanda efetiva de mercadorias e serviços. Em sí ntese, Gudin defendia a busca do 
desenvolvimento por meio do aumento da produtividade. Para isso, o governo deveria defender 
o livre mercado, as polí ticas de liberalizaça o comercial, a orientaça o e alocaça o adequada da 
poupança nacional, a educaça o te cnica e a formaça o de um setor privado dina mico e 
competitivo. Fonte: BRAGA, Bernardo Piccoli Medeiros e SILVA, Joa o Ernani Uma reflexão 
introdutória sobre o Brasil e sua formação econômica. Curitiba: Intersaberes, 2016, capí tulo 4, 
adaptado. 
 
--- 
 
Simonsen argumentava que era justamente a ause ncia de intervença o do Estado que 
perpetuaria a situaça o de subdesenvolvimento do paí s. Para ele, a formaça o de uma indu stria 
so lida e competitiva so ocorreria se o Estado fosse protagonista nesse processo, por meio de 
polí ticas que protegessem e fortalecessem o setor privado nacional. Roberto Simonsen propo s 
a utilizaça o de te cnicas de planejamento governamental, aplicadas a economia brasileira, com 
finalidade de quadruplicar a renda nacional. O planejamento proposto pelo engenheiro 
compreendia uma ampliaça o do ní vel de investimentos pu blicos em industrializaça o e uma 
polí tica comercial protecionista. Para ele, a livre atuaça o das forças de mercado na o levaria o 
paí s ao caminho do desenvolvimento. Fonte: BRAGA, Bernardo Piccoli Medeiros e SILVA, Joa o 
Ernani Uma reflexão introdutória sobre o Brasil e sua formação econômica. Curitiba: 
Intersaberes, 2016, capí tulo 4, adaptado. 
 
Tema: Planejamento governamental no Brasil 
 
E possí vel afirmar que o planejamento e o inverso do improviso. Ja o planejamento 
governamental, soma ao conceito as peculiaridades da administraça o pu blica, que pressupo e o 
cumprimento de uma se rie de leis, procedimentos e fluxos de atividades, tornando o 
planejamento mais complexo e burocra tico. Do ponto de vista conceitual, O planejamento 
consiste em ordenar, preparar e traçar planos de aço es que visam, no seu conjunto, aumentar a 
 
 
Contato do Curso pelo 0800 727 0540, ou pelo link “Tutoria” no AVA, ou pelo endereço eletro nico 
tutoriacipol@uninter.com (CiPol) / tutoriari@uninter.com (R. 
15 
 
probabilidade de sucesso no cumprimento de um objetivo especí fico e predeterminado. Trata-
se de uma atividade dina mica, que envolve o conhecimento dos recursos disponí veis (materiais 
e humanos), do tempo disponí vel, dos diversos condicionantes polí ticos e econo micos e das 
demais informaço es relevantes, com o intuito de coordenar as aço es, de modo que o objetivo 
seja atingido da melhor forma possí vel. Fonte: BRAGA, Bernardo Piccoli Medeiros e SILVA, Joa o 
Ernani Uma reflexão introdutória sobre o Brasil e sua formação econômica. Curitiba: 
Intersaberes, 2016, capí tulo 4, adaptado. 
 
--- 
 
Era 1942 e os Estados Unidos almejavam o apoio brasileiro a s Forças Aliadas na Segunda Guerra 
Mundial. Dentre uma se rie de iniciativas concretas, em troca do apoio brasileiro, os americanos 
enviaram a Missa o Cooke. Essa missa o consistiu no envio, ao Brasil, de te cnicos e especialistas 
que deveriam elaborar relato rios e pareceres que visavam diagnosticar as causas do baixo ní vel 
de progresso da economia brasileira e apontar possí veis caminhos de melhoria. Muitos 
economistas consideram a Missa o Cooke como a primeira tentativa de diagno stico global da 
economia brasileira. O Brasil acumulou uma se rie de experie ncias de planejamento 
governamental. O auge do planejamento ocorreu na de cada de 1970, quando essa atividade 
esteve indiscutivelmente associada, de alguma maneira, ao pensamento desenvolvimentista de 
transformaça o da economia brasileira, por meio do processo de industrializaça o que seria 
viabilizada pelo planejamento econo mico. Em seguida, a de cada de 1980 foi marcada pela crise 
da dí vida latino-americana e por problemas inflaciona rios cro nicos, que sugeriam o completo 
colapso do planejamento. Para muitos autores, a conjuntura dos anos de 1980 decretou o fim 
do planejamento governamental cla ssico no Brasil. Contudo, podemos afirmar que, de alguma 
forma, o planejamento voltou ao ambiente institucional brasileiro no final da de cada de 1990, 
com os Planos Plurianuais (PPAs), previstos na Constituiça o Federal de 1988 e regulamentados 
apenas em 1998; No final da de cada de 2000, surgiu o Programa de Aceleraça o do Crescimento 
(PAC), que tambe m e uma experie ncia de planejamento econo mica. Fonte: BRAGA, Bernardo 
Piccoli Medeiros e SILVA, Joa o Ernani Uma reflexão introdutória sobre o Brasil e sua formação 
econômica. Curitiba: Intersaberes, 2016, capí tulo 4, adaptado. 
 
--- 
 
Em 1954, o Presidente Getu lio Vargas cometeu suicí dio e Cafe Filho assumiu o poder naquele 
que viria a ser um governo de transiça o. No final de 1955, Juscelino Kubitschek (JK) foi eleito 
pelo voto direto e assumiu a Preside ncia em 31 de janeiro de 1956, posiça o que ocuparia ate o 
iní cio do ano de 1961. Com base no slogan "cinquenta anos em cinco", JK assumiu uma postura 
explicitamente desenvolvimentista e passou a ter como objetivo levar o paí s de um passado 
agra rio para um futuro industrial e urbano. As aço es de seu governo tiveram como base um 
ambicioso programa de investimentos em a reas estrate gicas, sintetizadas no seu Plano de 
Metas, sendo cinco as a reas priorita rias: energia; transportes; alimentaça o; indu strias de base; 
e educaça o. Fonte: BRAGA, Bernardo Piccoli Medeiros e SILVA, Joa o Ernani Uma reflexão 
introdutória sobre o Brasil e sua formação econômica. Curitiba: Intersaberes, 2016, capí tulo 4, 
adaptado. 
 
 
 
Contato do Curso pelo 0800 727 0540, ou pelo link “Tutoria” no AVA, ou pelo endereço eletro nico 
tutoriacipol@uninter.com (CiPol) / tutoriari@uninter.com (R. 
16 
 
--- 
 
Os resultados do Plano de Metas foram bastante satisfato rios. Grande parte dos projetos atingiu 
um elevado ní vel de execuça o, enquanto outros, ate mesmo, superaram os objetivos iniciais 
traçados. A construça o de rodovias, a produça o de automo veis e o aumento da capacidade 
instalada de produça o de energia ele trica foram os principais destaques no que se refere ao 
ní vel de execuça o. Entre 1957 e 1961, o governo JK alcançou as seguintes marcas: A meta de 
construça o de rodovias - segundo o Plano de Metas - era de 13 mil quilo metros. Foram 
concluí dos, nesse perí odo, 17 mil quilo metros (138%). A meta de fabricaça o de carros e 
caminho es era de 170 mil unidades, e conseguiu-se produzir 133 mil (78%). A capacidade 
instalada de produça o de energia ele trica, no mesmo perí odo, deveria,
segundo o plano, 
aumentar em 2 milho es de kW e aumentou 1,650 milha o de kW (82%). Grande parte do sucesso 
do planejamento em questa o deve-se a incentivos aduaneiros, incentivos cambiais e de 
ambiente de nego cios para o capital estrangeiro. Vale destacar a instalaça o de montadoras 
multinacionais em territo rio brasileiro, que impulsionaram o crescimento do consumo de bens 
dura veis, especialmente carros e caminho es. Fonte: BRAGA, Bernardo Piccoli Medeiros e SILVA, 
Joa o Ernani Uma reflexão introdutória sobre o Brasil e sua formação econômica. Curitiba: 
Intersaberes, 2016, capí tulo 4, adaptado. 
 
--- 
 
Em 31 de janeiro de 1961, Ja nio Quadros tomou posse como o 22° presidente do Brasil. Sem 
muitas alternativas, Ja nio elegeu a estabilizaça o econo mica como prioridade do iní cio do seu 
governo. O objetivo era reduzir a inflaça o, sanear as contas da administraça o pu blica e melhorar 
a situaça o do balanço de pagamentos no primeiro ano de governo para que, em seguida, o paí s 
pudesse crescer de forma sustenta vel. A despeito dos fatores positivos, devemos notar algumas 
marcas negativas deixadas pela gesta o JK. Entre as principais, podemos destacar: inflaça o 
elevada; de ficit pu blico significativo (o governo tinha gastos maiores do que receitas); 
problemas nas contas externas (o Brasil mandava mais dinheiro para o exterior do que recebia). 
Fonte: BRAGA, Bernardo Piccoli Medeiros e SILVA, Joa o Ernani Uma reflexão introdutória sobre 
o Brasil e sua formação econômica. Curitiba: Intersaberes, 2016, capí tulo 4, adaptado. 
 
 
Tema: Inflação 
A partir do segundo choque do petro leo (1979) e, principalmente, da deflagraça o da crise da 
dí vida latino-americana, no iní cio dos anos de 1980, a preocupaça o dos economistas brasileiros 
voltou-se para questo es conjunturais de curto prazo. Nesse contexto, a inflaça o passou a ser o 
assunto econo mico de maior releva ncia a partir de meados da de cada de 1980 e permaneceu 
como tal ate o Plano Real (1994). Primeiramente, cabe fazer algumas consideraço es para 
esclarecer uma confusa o frequente de conceitos: taxa de inflaça o e feno meno da inflaça o na o 
sa o a mesma coisa. A primeira representa uma mediça o do grau de variaça o do ní vel geral de 
preços. O segundo consiste em um aumento geral e persistente do ní vel de preços em 
determinada economia. Fonte: BRAGA, Bernardo Piccoli Medeiros e SILVA, Joa o Ernani Uma 
 
 
Contato do Curso pelo 0800 727 0540, ou pelo link “Tutoria” no AVA, ou pelo endereço eletro nico 
tutoriacipol@uninter.com (CiPol) / tutoriari@uninter.com (R. 
17 
 
reflexão introdutória sobre o Brasil e sua formação econômica. Curitiba: Intersaberes, 2016, 
capí tulo 5, adaptado. 
 
--- 
 
Um í ndice de preços positivo na o e condiça o suficiente para a caracterizaça o de um processo 
inflaciona rio. Nesse caso, alguns preços podem estar em alta, enquanto outros esta o esta veis. 
Tampouco uma significativa elevaça o do ní vel de preços em determinado me s significa a 
deflagraça o do feno meno da inflaça o - o processo inflaciona rio supo e um aumento geral (na 
maioria dos produtos e serviços) e persistente (por um perí odo considera vel) do ní vel de 
preços. O que determina a eclosa o de um processo inflaciona rio? Antes de qualquer coisa, 
devemos esclarecer que a resposta a essa pergunta e uma das mais controversas questo es de 
discussa o entre economistas. Na o existe uma definiça o precisa que se possa pontuar como 
verdadeira e inequí voca. Entretanto, ao analisarmos a histo ria, e possí vel depreender, de alguns 
episo dios, situaço es que seriam desencadeadoras do processo inflaciona rio. Podemos afirmar 
que a inflaça o e um feno meno macroecono mico grave, que tem fatores causadores, aceleradores 
e mantenedores. Entre os aspectos que costumam estar relacionados a s causas desse processo, 
esta o os descompassos entre oferta e demanda e aço es e omisso es por parte dos governos. 
Fonte: BRAGA, Bernardo Piccoli Medeiros e SILVA, Joa o Ernani Uma reflexão introdutória sobre 
o Brasil e sua formação econômica. Curitiba: Intersaberes, 2016, capí tulo 5, adaptado. 
 
--- 
 
A inflaça o de oferta tambe m pode estar relacionada a existe ncia de pra ticas de manipulaça o de 
mercados, como e o caso do cartel. Em 1973, os preços internacionais do petro leo dispararam 
naquela que ficou conhecida como a primeira crise internacional do petro leo. Os maiores 
produtores mundiais de petro leo forçaram uma elevaça o do preço do produto e, em apenas tre s 
meses, o preço do barril passou de USD 2,90 para USD 11,65. A inflaça o relacionada a oferta e 
tambe m conhecida como inflaça o de custos e esta ligada, principalmente, a alteraça o no custo 
de produça o. Quando os custos das empresas sobem, elas tendem a elevar os preços. Esse 
repasse aos preços finais, em condiço es normais, esta relacionado a s condiço es de mercado que 
determinam se os consumidores aceitara o absorver o incremento nos preços ou se eles ira o 
parar de consumir o produto reajustado. Fonte: BRAGA, Bernardo Piccoli Medeiros e SILVA, Joa o 
Ernani Uma reflexão introdutória sobre o Brasil e sua formação econômica. Curitiba: 
Intersaberes, 2016, capí tulo 5, adaptado. 
 
--- 
 
Por fim, ha situaço es inflaciona rias decorrentes de fatores relacionados ao governo. A despeito 
da existe ncia de presso es inflaciona rias oriundas, de alguma forma, do comportamento da 
demanda ou do comportamento da oferta por si so , o desencadeamento da maior parte dos 
processos inflaciona rios tem relaça o com as deciso es dos governos. Dito de outra forma, 
algumas aço es ou omisso es dos governos provocam aumentos generalizados e persistentes no 
ní vel de preços. Entre as principais maneiras por meio das quais os governos contribuem para 
a elevaça o do ní vel de preços, esta o: Elevaça o de impostos: um aumento dos impostos reflete 
 
 
Contato do Curso pelo 0800 727 0540, ou pelo link “Tutoria” no AVA, ou pelo endereço eletro nico 
tutoriacipol@uninter.com (CiPol) / tutoriari@uninter.com (R. 
18 
 
parcial ou integralmente nos preços dos bens e serviços intermedia rios ou finais. Emissa o de 
moeda: se o governo, por meio do Banco Central, emite moeda para financiar seus gastos, essa 
iniciativa gera um excesso de moeda em circulaça o, resultando na desvalorizaça o do dinheiro 
(que perde o poder de compra). Gastos pu blicos elevados: um governo que gasta muito 
demanda uma grande quantidade de bens e serviços, o que estimula a demanda global da 
economia. Se a oferta disponí vel de bens e serviços no mercado na o for suficiente para atender 
a demanda global da economia, o ajuste se da via elevaça o dos preços. Fonte: BRAGA, Bernardo 
Piccoli Medeiros e SILVA, Joa o Ernani Uma reflexão introdutória sobre o Brasil e sua formação 
econômica. Curitiba: Intersaberes, 2016, capí tulo 5, adaptado.

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Continue navegando