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Prova de psicologia jurídica - 1o. semestre

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1. Psicologia e Direito, apesar de terem um mesmo objeto de interesse, divergem quanto aos métodos de aproximação e compreensão do comportamento humano (Rovinski, 2007).
Avalie as seguintes afirmativas quanto às diferenças de paradigmas entre estas duas disciplinas.
I. O Direito necessita trabalhar com o conceito de livre arbítrio, enquanto a Psicologia estuda os determinismos da conduta.
II. Juristas necessitam trabalhar com graus de certeza sobre a previsibilidade de conduta que a Psicologia não consegue oferecer.
III. O pluralismo das teorias psicológicas favorece a integração com o Direito, pois possibilita diferentes opções de interpretação da conduta.
IV. Psicologia e Direito diferem em relação a seus propósitos, cabendo ao Direito a proteção da ordem pública.
Está(ão) correta(s):
A) todas as afirmações.
B) apenas as afirmações I, II e III.
C) apenas as afirmações I, II e IV.
D) apenas as afirmações I e II.
E) nenhuma das afirmações.
2. No Código de Ética dos Psicólogos encontramos o seguinte impedimento:
“Art.2 Ao psicólogo é vedado:
k) Ser perito, avaliador ou parecerista em situações nas quais seus vínculos pessoais ou profissionais, atuais ou anteriores, possam afetar a qualidade do trabalho a ser realizado ou a fidelidade aos resultados da avaliação.”
Isto significa que o psicólogo não pode:
A) ser perito de uma pessoa pública, sobre a qual já leu nos jornais.
B) ser perito de seu paciente que já encerrou o atendimento e com o qual não tem mais contato. 
C) ser perito judicial ainda que não tenha vínculo empregatício. 
D) usar na perícia instrumentos aprovados pelo CFP, nos quais teve participação no processo de validação e normatização. 
E) negar-se a realizar a perícia depois que foi nomeado
3. A Lei Maria da Penha (Lei nº 11.340) reflete em sua proposta uma opção político-criminal de gênero, com medidas de caráter extrapenal. Compete à equipe de atendimento multidisciplinar prevista para os Juizados
de Violência Doméstica e Familiar:
I. Fornecer subsídios por escrito (Laudos) ao juiz, Ministério Público e Defensoria Pública.
II. Participar de audiências.
III. Orientar e encaminhar a ofendida, o agressor e os familiares.
IV. Sugerir profissionais especializados para avaliação mais aprofundada.
V. Dar especial atenção às crianças e adolescentes.
Estão corretas:
A) todas as afirmações.
B) apenas as afirmações I e II.
C) apenas as afirmações I, II e III.
D) apenas as afirmações I, II, III e V.
E) apenas as afirmações III, IV e V.
4. O Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei nº 8.069/90), em seu capítulo IV, trata sobre as Medidas Socio-Educativas. Qual das medidas abaixo não corresponde àquelas previstas em lei?
A) Advertência.
B) Obrigação de reparar o dano.
C) Prestação de serviço à comunidade.
D) Liberdade assistida.
E) Internação em estabelecimento prisional.
5. Minayo e Souza (1997), ao discutirem as diferentes teorias sobre a violência, propõem que toda a abordagem a este fenômeno deve ocorrer dentro de um campo interdisciplinar e de ação coletiva. A posição das autoras pode justificar-se pela seguinte argumentação:
A) a violência é natural e inevitável, portanto atinge as mais variadas áreas da comunidade.
B) a violência é exercida, sobretudo, enquanto processo social, portanto não é objeto específico da área da saúde, ainda que esteja intrinsecamente ligado a ela.
C) a pobreza pode explicar, por si só, a violência social, exigindo intervenções de vários tipos de profissionais como psicólogos e assistentes sociais.
D) a violência seria conseqüência dos efeitos disruptivos dos acelerados processos de mudanças sociais, exigindo acompanhamento aos movimentos sociais.
E) os índices de criminalidade podem ser explicados pela falta de autoridade do Estado, que deveria exercer uma ação funcional em relação ao bem-estar social
6. Michel Foucault, em seu livro “Vigiar e Punir”, faz uma importante reflexão sobre o encarceramento e os mecanismos de disciplina das sociedades. Assinale a afirmação que não representa o pensamento de Foucault.
A) A prisão é o dispositivo do poder disciplinar mais perfeito de um modelo panóptico. Objetiva o exercício do poder de punir, suprimindo o tempo de liberdade do detento. Mais ainda, é organizada para produzir submissão dos detentos através de coação do apenado.
B) O delinquente é uma fabricação do sistema carcerário, sendo a prisão o final previsível da passagem por instituições que a sociedade acreditava impedir a delinquência, como os abrigos e medidas sócio-educativas.
C) A autorização que um sujeito dá a outro para exercer sobre ele o poder de punir é sustentada pela ideologia do contrato social, onde ser um membro da sociedade implica aceitar suas normas e punições.
D) Para Foucault, o encarceramento é uma tática política de dominação. O poder se une ao saber científico para desenvolver as modernas tecnologias de punição e para manter o seu poder.
E) Para Foucault, embora o evidente fracasso das prisões como meio de impedir a ocorrência de infrações seja reconhecido há mais de 150 anos,
seu sucesso em dissociar ilegalidade de delinquência é tão grande que as prisões continuam a existir. Isso porque dissociar ilegalidade de delinqüência é fundamental para a manutenção do poder.
7. A Justiça Terapêutica, quando denomina procedimentos judiciais junto a usuários de drogas similares aos “Drugs Courts” americanos, tem sido questionada quanto a sua inconstitucionalidade. A participação do psicólogo judicial em procedimentos dessa natureza infringe o Código de Ética do Psicólogo. No entanto, é possível intervenções do psicólogo judiciário com cidadãos acusados de uso de substâncias químicas ilícitas, sem ferir o Código de Ética.
Levando-se em conta que o art. 28 da Lei nº 11.343/2006, a chamada Lei Anti-Drogas preconizaque:
“Art. 28. Quem adquirir, guardar, tiver em depósito, transportar ou trouxer consigo, para consumo pessoal, drogas sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar será submetido às seguintes penas:
I. advertência sobre os efeitos das drogas.
II. prestação de serviços à comunidade.
III. medida educativa de comparecimento a programa
ou curso educativo”.
Quais das afirmativas abaixo apontam intervenções possíveis do psicólogo judiciário junto aos acusados de usar substâncias ilícitas?
I. Favorecer a compreensão da Lei nº 11.343/06, refletindo sobre seus direitos e deveres de cidadãos.
II. Propiciar um espaço de reflexão que favoreça a compreensão da importância da interrupção do uso de substâncias químicas ilícitas.
III. Avaliar, com usuário de drogas, quais aspectos de sua vida que lhe trazem sofrimento e sugerir instituições que possibilitem a melhoria desses aspectos.
Não infringem o Código de Ética do Psicólogo:
A) todas as afirmações.
B) apenas duas das afirmações, incluindo a I.
C) apenas duas das afirmações, incluindo a II.
D) apenas uma das afirmações.
E) nenhuma das afirmações.
8. Sobre o processo familiar em casos de abuso sexual, é incorreto afirmar que:
A) o abuso sexual da criança pode ter a função de impedir que conflitos entre os genitores eclodam e a que a família se desintegre. Nessas famílias, o abuso sexual da criança tem a função de aplacar a agressividade do pai e diluir o conflito conjugal. O abuso sexual da criança também tem o papel de manter o genitor dependente da família, uma vez que sua esposa sabe do segredo e é conivente com ele.
B) na história das mães que não protegem seus filhos do abuso sexual familiar existe, frequentemente, situações de abuso físico, emocional ou sexual. Percebe-se imensa dependência emocional do marido ou companheiro e muitas não apresentam recursos internos para viverem sós.
C) as mães protetoras vivem a grande pressão de se sentirem obrigadas a separar-se do marido abusador como consequência inevitável da revelaçãodo abuso. O desejo de proteger a criança e o anseio por manter o marido que abusou é um dilema que exige atenção do psicólogo jurídico.
D) Para a distinção do abuso intrafamiliar e extrafamiliar, é importante que o psicólogo atente para a reação dos pais da criança. No abuso intrafamiliar, há uma imensa preocupação dos pais para com os detalhes da denúncia e não fazem perguntas aos profissionais quanto à consequência física e emocional do abuso para a criança. No abuso extrafamiliar, os pais questionam os profissionais quanto aos riscos e implicações do abuso para a criança e demonstram profunda preocupação com a criança.
E) em casos brandos de abuso sexual extrafamiliar da criança, de curta duração, deve-se evitar que a criança seja obrigada a falar da experiência. O fato de ter sido de curta duração torna o abuso um fato isolado na vida da criança, sendo ideal permitir-lhe que não fale do assunto, caso assim o deseje.
9. Sobre a credibilidade do testemunho de crianças, Sônia Rovinski diz que:
I. No Brasil, assim como na Espanha, a avaliação da credibilidade do testemunho de crianças é feita analisando a presença ou ausência dos sintomas característicos nas vítimas de violência.
II. É importante envolver não só a família da criança testemunha, mas também seus familiares e o acusado na avaliação da credibilidade do
testemunho de crianças.
III. A credibilidade avaliada no testemunho de crianças diz respeito às características da criança que testemunha, seu grau de imaginação, sua capacidade de fantasiar e de distinguir a verdade da mentira.
Está correto o que se afirma em:
A) I, apenas.
B) I e II, apenas.
C) II, apenas.
D) II e III, apenas.
E) III, apenas
10. Tem chamado atenção no Brasil o alarde em relação às drogas ilícitas, bem como as campanhas envolvendo grandes somas de dinheiro público para tratamento, no caso de algumas delas. Entretanto, ao avanço da utilização das drogas lícitas não se tem atribuído a mesma importância. 
Atualmente o Brasil é o segundo maior consumidor mundial do metilfenidato, a Ritalina, droga ministrada a crianças e adolescentes com dificuldades na escolarização, sejam de comportamento, sejam de aprendizagem. 
Essas informações são extraídas de publicação do Conselho Federal de Psicologia, que pretende trazer para discussão na sociedade uma reflexão sobre:
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��MACROBUTTON HTMLDirect � a) a medicalização da vida e da educação;
��MACROBUTTON HTMLDirect � b) a psicopatologia da vida cotidiana;
��MACROBUTTON HTMLDirect � c) a judicialização do TDAH;
��MACROBUTTON HTMLDirect � d) a descriminalização das drogas;
��MACROBUTTON HTMLDirect � e) o acesso universal e igualitário à assistência farmacêutica
11. “Os conhecimentos que construímos estão embebidos no contexto temporal, cultural, espacial em que são criados e, assim, considera-se que as formações da subjetividade não podem ser compreendidas desligadas da formação social na qual se constituem." (MANCEBO, D. Indivíduo e Psicologia. In JACÓ- VILELA, A. (org.) Psicologia Social: abordagens sócio-históricas e desafios contemporâneos. Rio de Janeiro: Eduerj, 1999).
Na perspectiva histórica, a Psicologia Jurídica constituiu-se como:
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��MACROBUTTON HTMLDirect � a) um saber centrado principalmente na práxis do psicodiagnóstico;
��MACROBUTTON HTMLDirect � b) um conhecimento crítico acerca da realidade sociopolítica e econômica;
��MACROBUTTON HTMLDirect �  c) um instrumento de introspecção e descoberta da singularidade;
��MACROBUTTON HTMLDirect � d) um campo experimental acerca do funcionamento institucional e educacional ;
��MACROBUTTON HTMLDirect � e) uma área de investigação dos processos oníricos e inconscientes do psiquismo humano.
12. Carlos e Renata estiveram casados por 5 anos, durante os quais Renata buscou ajuda psicoterápica em função de ser constantemente agredida fisicamente pelo marido. Em meio à separação conjugal, na disputa pela guarda da única filha do casal, Renata contratou a sua psicoterapeuta, Marília, como assistente técnica no processo litigioso pela guarda da menina. 
Segundo a Resolução nº 008/2010, do CFP, Marília:
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��MACROBUTTON HTMLDirect � a) não poderá atuar como assistente técnica nesse processo, por ser psicoterapeuta de Renata;
��MACROBUTTON HTMLDirect � b) poderá atuar como assistente técnica nesse processo, desde que preserve o sigilo sobre o processo terapêutico;
��MACROBUTTON HTMLDirect �  c) poderá atuar somente como perita nesse processo, desde que na avaliação de ambos os envolvidos;
��MACROBUTTON HTMLDirect � d) não poderá atuar como assistente técnica nesse processo, pois não conta com o consentimento de Carlos;
��MACROBUTTON HTMLDirect � e) poderá atuar indistintamente como assistente técnica ou perita nesse processo.
13. A identificação da ocorrência de violência sexual contra a criança é assunto controverso, sobretudo, quando ocorre no contexto de separação conjugal litigiosa. Dada a sua complexidade, é correto afirmar que:
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��MACROBUTTON HTMLDirect � a) o uso de bonecas anatomicamente corretas é comprovadamente o melhor método de investigação da violência sexual nas entrevistas de revelação;
��MACROBUTTON HTMLDirect � b) nem todas as denúncias de abuso sexual no contexto da separação são falsas, tampouco nem toda denúncia falsa tem como intenção prejudicar o acusado;
��MACROBUTTON HTMLDirect �  c) não deve haver contato do acusado com o filho até que terminem as investigações sobre a existência ou não do abuso;
��MACROBUTTON HTMLDirect � d) a recusa da criança em se encontrar com o acusado deve-se a uma situação abusiva quando em sua companhia, não necessariamente sexual;
��MACROBUTTON HTMLDirect � e) em se descobrindo tratar-se de denúncia falsa, a mãe alienadora deve perder a guarda em favor do alienado.
14. Na conhecida Nota sobre a criança (1969), Lacan afirma que o sintoma da criança é capaz de “responder ao que existe de sintomático na estrutura familiar” e, portanto, se define “como representante da verdade”. Ele aponta, assim, para duas formas de articulação do sintoma infantil: a primeira, que corresponde à articulação significante orientada pela metáfora paterna; e a segunda, que decorre da subjetividade da mãe e deixa a criança exposta a todas as capturas fantásticas. Assim, pode-se dizer que o sintoma infantil:
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��MACROBUTTON HTMLDirect � a) na primeira articulação, corresponde ao lugar condensador de gozo; na segunda, permite à criança o acesso à significação fálica;
��MACROBUTTON HTMLDirect � b) na primeira articulação, está ligado à neurose e à perversão; na segunda, à psicose infantil;
��MACROBUTTON HTMLDirect �  c) na primeira articulação, realiza a presença do objeto mais gozar; na segunda, deixa uma abertura maior às intervenções do analista;
��MACROBUTTON HTMLDirect � d) na primeira articulação, representa a verdade do casal familiar; na segunda, realiza a presença da criança como objeto;
��MACROBUTTON HTMLDirect � e) na primeira articulação, corresponde ao terceiro momento do édipo; na segunda, ao primeiro momento.
15. João ressente-se de que Maria lhe faltou com os deveres conjugais ao abandonar o lar. Por isso, considera-se merecedor da guarda do filho, com idade de seis anos, achando importante que a criança seja escutada em juízo para manifestar sua vontade ao juiz. Por sua vez, Maria reclama que João cria dificuldades às visitas, pleiteando, assim, a guarda compartilhada. Dessa maneira, a seu ver, o ideal seria o filho revezar as semanas, ora na casa dela, ora na casa paterna. Ela acrescenta ainda que, por ser mãe, naturalmente tem mais direitos do que o pai sobre a criança. 
Sabemos que ao psicólogo cabe não apenas avaliar, mas também mediar, encaminhar, orientar e prestar esclarecimentos. Mediante a situação acima, o esclarecimento correto seria que:
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��MACROBUTTON HTMLDirect � a) o critério de falta conjugal deve ser levadoem conta tanto quanto o de interesse da criança;
��MACROBUTTON HTMLDirect � b) a guarda compartilhada pressupõe necessariamente a convivência física alternada, sendo permitido dividi-la de outra forma;
��MACROBUTTON HTMLDirect �  c) a vontade do filho, se fosse adolescente, prevaleceria sobre a decisão judicial; mas, sendo criança, deve ser levado em conta o melhor interesse;
��MACROBUTTON HTMLDirect � d) o juiz leva em conta, caso defina a guarda unilateral, o afeto, a saúde, a segurança e a educação proporcionados pelo genitor mais apto;
��MACROBUTTON HTMLDirect � e) de acordo com o Código Civil, a mãe fica com as filhas menores e com os filhos até os seis anos de idade.
16. Para que a psicanálise e o direito penal possam dialogar, sob a ótica da criminologia crítica, em face do mal estar contemporâneo que se traduz na reprodução de inúmeras formas de violência, pode-se afirmar que:
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��MACROBUTTON HTMLDirect � a) o psicanalista deveria fazer a perícia com objetivo de identificar as perversões e os transtornos de personalidade;
��MACROBUTTON HTMLDirect � b) a psicanálise deveria fundamentar os vereditos em favor da aplicação das medidas de segurança;
��MACROBUTTON HTMLDirect �  c) ambos deveriam fazer frente à prática seletiva e estigmatizante do modelo jurídico de resolução de conflitos;
��MACROBUTTON HTMLDirect � d) as penas deveriam ser individualizadas de acordo com a personalidade e periculosidade do apenado;
��MACROBUTTON HTMLDirect � e) ambos deveriam restaurar conjuntamente a autoridade simbólica do pai através da figura do juiz penal.
17. No século XIX, o estudo científico dos comportamentos tidos como perversos já ocupava o centro das perícias judiciárias. O instinto sexual passou a ser localizado na raiz das doenças mentais e do comportamento em geral, assumindo, assim, relevância central na patologia psiquiátrica e se transformando em objeto de interesse da medicina. Nesse contexto, para a psiquiatria da época, é correto afirmar que:
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��MACROBUTTON HTMLDirect � a) a anomalia adulta seria tributária da ausência de controle adquirido no desenvolvimento infantil;
��MACROBUTTON HTMLDirect � b) o jovem onanista não se desenvolveria futuramente num louco criminoso;
��MACROBUTTON HTMLDirect �  c) as irregularidades intrafamiliares estariam dissociadas das irregularidades extrafamiliares;
��MACROBUTTON HTMLDirect � d) ela ficaria restrita à gestão da loucura, cedendo lugar a outras ciências para a gestão da ordem social;
��MACROBUTTON HTMLDirect � e) o ato criminoso era concebido como a manifestação repentina e excessiva em relação ao conjunto da personalidade.
18. Uma das inovações reconhecidas pelo ECA (Lei nº 8069/1990) em relação às leis menoristas anteriores corresponde ao capítulo sobre a proteção judicial dos Interesses Individuais, Difusos e Coletivos, em que são regidas as ações de responsabilidade por ofensa aos direitos assegurados à criança e ao adolescente, referentes ao não oferecimento ou oferta irregular de:
 a) atividades de lazer, cultura e esporte em comunidades carentes e rurais;
 b) ensino religioso em pré-escolas e estabelecimentos de ensino obrigatório;
 c) serviço de assistência social ao adolescente e aos familiares em situação irregular;
 d) programa de combate às drogas e de internação do adolescente usuário;
 e) ensino noturno regular, adequado às condições do educando
19. Em interessante análise sobre o consumo no momento atual, Jurandir Freire Costa considera: “a questão do comprismo não é saber se os objetos distorcem ou não a vida emocional, mas como participam na gestão, manutenção e reprodução de nossos ideais de eu.” (COSTA, Jurandir Freire. Declínio do comprador, ascensão do consumidor. In COSTA, Jurandir Freire. O vestígio e a aura. Rio de Janeiro: Garamond, 2004). 
Nesse contexto, para o autor, a apropriação emocional dos objetos vem sendo condicionada por três eventos socioculturais:
 a) a mudança na natureza do trabalho, as novas percepções das imagens do corpo e o enfraquecimento moral da autoridade;
 b) a transnacionalização do capital, a radical reconfiguração dos ideais do eu e o declínio abissal da figura paterna;
 c) a multiplicação dos comportamentos compulsivos, a derrocada da autoridade paterna e o aumento da delinquência;
 d) o aumento do uso de drogas lícitas e ilícitas, o retraimento da consciência moral e o enfraquecimento da representação paterna;
 e) a fragilização dos Estados Nacionais, a globalização econômica e a exacerbação do individualismo e do narcisismo hedonista.
20. O psicanalista inglês D. W. Winnicott abordou a questão da tendência antissocial em conferências como “A delinquência como sinal de esperança” (1967) e em artigos reunidos na obra “Privação e Delinquência”. De acordo com o psicanalista:
 a) a delinquência é o corolário natural da pobreza, das moradias inadequadas, dos lares desfeitos e das falhas na provisão social;
 b) a tendência antissocial é decorrente da privação sofrida pelo recém-nascido na fase de dependência relativa;
 c) a etiologia da tendência antissocial compreende um período inicial de desenvolvimento pessoal satisfatório e uma falha posterior do ambiente facilitador;
 d) a tendência antissocial está intrinsecamente vinculada à deprivação ocorrida na fase mais precoce do desenvolvimento emocional;
 e) a tendência antissocial é um defeito da personalidade causado pela distorção no processo de maturação em um ambiente facilitador deficiente.
21. “Dois adolescentes de Fernandópolis, SP, um de 15, outro de 16 anos, foram condenados pela justiça da cidade, por bullying contra um menino de 10 anos. Eles vão cumprir medida socioeducativa em regime semiaberto por tempo indeterminado”. 
O bullying acarreta grande sofrimento emocional para as crianças e adolescentes vítimas, que podem a partir daí desenvolver problemas comportamentais e psíquicos, dentre os quais os mais comumente identificados são:
 a) transtorno de personalidade antissocial e onicofagia;
 b) depressão e quadros psicossomáticos;
 c) hebefrenia e transtornos de ansiedade;
 d) fobia social e transtorno opositor desafiador;
 e) bipolaridade e transtornos alimentares.
22. Considerando a importância das técnicas psicológicas de inquirição de testemunhas para o bom desempenho das funções jurisdicionais, assinale a opção correta.
 a) São dois os aspectos a serem considerados nos relatos testemunhais: a percepção do acontecimento e a forma como seu armazenamento ocorre na memória.
 b) Em condições de normalidade, a audição da testemunha tem papel preponderante em relação à visão, no que se refere à apreensão dos fatos presenciados.
 c) O estado emocional do observador e o tipo de acontecimento pouco influenciam a qualidade de assimilação do fato ocorrido.
 d) A análise dos comportamentos não verbais não deve influenciar a avaliação dos relatos testemunhais.
 e) Aspectos concernentes à individualidade e experiências pessoais podem interferir no relato testemunhal do fato.
23. Em um processo de interdição, o psicólogo pode ser solicitado para emitir laudo psicológico do interditando a fim de assistir na decisão judicial de incapacidade civil. Podem ser considerados incapazes:
 a) gastadores compulsivos.
 b) dependentes químicos.
 c) pessoas com doença ou deficiência mental.
 d) todas as alternativas estão corretas.
24. Em decisão inédita no ano de 2012, o Tribunal de Justiça de São Paulo deferiu pedido para acrescentar na certidão de nascimento de jovem de 19 anos o nome da madrasta, sem retirar o nome da mãe biológica, que morreu três dias após o parto. Quando o filho tinha dois anos, o pai se casou com outra mulher, postulante da ação em conjunto com o enteado. O jovem sempre viveu harmoniosamente com o pai, com a madrasta, a quem sempre chamou de mãe, e com a família de sua mãe biológica. O filho que sempre conviveu com as três famílias tem agora um pai, duasmães e seis avós registrais (Folha de São Paulo, 2012). 
Sobre essa situação, é correto afirmar que:
 a) a multiparentalidade é uma forma de reconhecer no campo jurídico o que ocorre no mundo dos fatos, afirmando a existência do direito à convivência familiar decorrente da paternidade biológica em conjunto com a paternidade socioafetiva;
 b) a adoção unilateral possibilitou que a madrasta legitimasse a relação de maternidade, afeto e cuidados construída na convivência com seu enteado;
 c) a pluriparentalidade ou socioparentalidade é um instrumento jurídico que afirma a prioridade da paternidade socioafetiva sobre a paternidade biológica nas famílias recompostas;
 d) o falecimento da mãe verdadeira do jovem e o novo casamento do pai permitiram a entrada da madrasta como mãe substituta no registro civil do adolescente, já que na prática seria impossível a coexistência de duas referências maternas;
 e) a filiação deve ser biologicamente fundada e determinada pela consanguinidade, motivo pelo qual não se pode excluir a genitora do registro de nascimento.
25. No ordenamento jurídico brasileiro, as pessoas com transtornos mentais que cometem crimes são consideradas inimputáveis e são submetidas à medida de segurança de internação compulsória. A partir da publicação da Lei nº 10.216 de 2001, assim como das resoluções da III Conferência Nacional de Saúde Mental, mudanças na assistência ao louco infrator vêm sendo defendidas, entre as quais pode-se apontar:
 a) a realização de perícia psiquiátrica que ateste a cessação de periculosidade como critério para a desinstitucionalização dos pacientes;
 b) a construção de novos hospitais de custódia e a ampliação das unidades existentes para o atendimento à clientela apenada com transtorno mental;
 c) a regulamentação da internação compulsória com o estabelecimento da necessidade de indicação da internação pelo juiz de execuções penais;
 d) a promoção da separação nos manicômios judiciários entre os loucos infratores e os pacientes internados por crimes praticados sob o efeito de drogas ilícitas;
 e) o atendimento e a inclusão das pessoas acometidas de transtornos mentais submetidas à medida de segurança preferencialmente na rede extra-hospitalar.
Observação: essa é a novida se que a lei trouxe. Vejam esse texto.
Além disso, o artigo 9o dessa lei fala que o responsável por mandar internar é o juiz competente e não da vara das execuções, como está na alternativa c (Art. 9o A internação compulsória é determinada, de acordo com a legislação vigente, pelo juiz competente, que levará em conta as condições de segurança do estabelecimento, quanto à salvaguarda do paciente, dos demais internados e funcionários).
“O processo demonstrou ser um dispositivo fundamental para a indução e efetivação da política de redução de leitos psiquiátricos e melhoria da qualidade da assistência hospitalar em psiquiatria. Em muitos estados e municípios, o PNASH/Psiquiatria exerceu a função de desencadeador da reorganização da rede de saúde mental, diante da situação de fechamento de leitos psiquiátricos e da conseqüente expansão da rede extra-hospitalar. Em permanente aprimoramento, o PNASH/Psiquiatria ainda exerce um impacto importante no avanço da Reforma Psiquiátrica em municípios e estados com grande tradição hospitalar.” http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/Relatorio15_anos_Caracas.pdf

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