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SAE Modulo III

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Curso de Curso de 
Sistematização da Assistência 
de Enfermagem 
Sistematização da Assistência 
de Enfermagem 
 
 
 
 
 
 
 
MÓDULO III MÓDULO III 
 
 
 
 
 
Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para 
este Programa de Educação Continuada, é proibida qualquer forma de comercialização do 
mesmo. Os créditos do conteúdo aqui contido são dados aos seus respectivos autores 
descritos na Bibliografia Consultada. 
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descritos na Bibliografia Consultada. 
 
 
 
 
 
 
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MÓDULO III 
 
 
ESTRUTURA DO HISTÓRICO DE ENFERMAGEM 
 
Documentação de enfermagem 
 
A documentação de enfermagem, atualmente, requer um conteúdo 
organizado e compreensível registrando mais dados em menos tempo e em menor 
espaço, com a finalidade de elucidar aspectos clínicos e administrativos da 
prestação da assistência de enfermagem. Portando, o Enfermeiro deverá enfatizar 
claramente o estado do paciente e o que aconteceu com ele. Um registro malfeito 
dará margem a interpretações distorcidas podendo sugerir uma assistência de 
enfermagem sem qualidade e provocar uma série de outros questionamentos, 
principalmente quando legalmente investigados. 
A legislação não determina os padrões para a documentação de 
enfermagem, mas julga de acordo com um padrão preestabelecido determinado pelo 
departamento de enfermagem, conforme a complexidade da assistência e filosofia 
da instituição. 
A Enfermeira durante a coleta de dados do cliente/ paciente, família ou um 
grupo utiliza como recursos a entrevista, a observação, dados do exame físico e 
resultados de exames complementares. 
Há dois tipos de investigação: 
1. A entrevista, realizada na admissão para verificar o estado de saúde atual 
e condições físicas; 
2. A avaliação, que são investigações contínuas realizadas em cada turno, 
para cada cliente, podendo ser direcionadas de acordo com determinações feitas 
pela enfermeira, cliente ou família. 
 
 
 
 
 
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Coleta de dados – histórico 
 
É o roteiro sistematizado composto por Entrevista e Exame físico para o 
levantamento de dados significativos para o Enfermeiro, que tornam possíveis a 
identificação dos problemas, subsidiando desta forma, o(s) diagnóstico(s) de 
enfermagem. 
Para o levantamento dos dados essenciais e desenvolvimento do trabalho 
do profissional Enfermeiro, faz-se necessário ter conhecimento do referencial teórico 
dos dados físicos, emocionais, sociais e espirituais considerando o ser humano na 
sua integralidade, utilizando ainda os conhecimentos de psicologia, antropologia, 
sociologia e demais ciências que venham a colaborar para uma assistência de 
qualidade. 
Usar técnicas de comunicação, saber avaliar dados disponíveis, além de 
incorporar princípios e valores para que haja um clima de equilíbrio entre a crescente 
evolução técnico-científica no tratamento dos diversos problemas de enfermagem e 
os valores éticos indispensáveis à prática profissional, torna-se primordial ao 
Enfermeiro. 
O enfermeiro deverá conhecer e explorar na entrevista, os denominados 
focos de atenção, que são condições em que o cliente/ paciente que necessitam de 
cuidados de enfermagem pode apresentar, e em sendo detectados e explorados 
pelo Enfermeiro, proporcionarão os dados necessários ao planejamento da 
assistência de enfermagem. São eles: 
1. Percepção/ Cognição: atenção, orientação; 
2. Sensação/ Percepção: cognição e comunicação; 
3. Oxigenação: padrão respiratório, troca gasosa, permeabilidades das vias 
aéreas; 
4. Hidratação: líquidos vasculares e intersticiais; 
5. Nutrição: ingestão, digestão, absorção, metabolismo; 
 
 
 
 
 
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6. Eliminação: renal, gastrintestinal, pele e pulmões; 
7. Atividade/ Repouso: sono/ repouso, exercício/ atividade, equilíbrio de 
energia e respostas cardiopulmonares; 
8. Sexualidade e Reprodução: identidade sexual, função sexual e 
reprodução; 
9. Segurança e proteção: infecção, lesão física, violência, riscos ambientais, 
processos defensivos; 
10. Termorregulação: temperatura; 
11. Circulação/ Função Cardíaca: débito cardíaco, perfusão cardíaca e 
periférica, perfusão renal, gastrintestinal, pulmonar e cerebral; 
12. Conforto: físico, ambiental e social; 
13. Integridade tegumentar: pele, mucosas e tecidos subcutâneos; 
14. Crescimento e Desenvolvimento: crescimento e desenvolvimento; 
15. Comunicação: verbal e não verbal; 
16. Enfrentamento/ tolerância ao estresse: resposta pós-trauma, resposta de 
enfrentamento e estresse neurocomportamental; 
17. Auto Percepção: auto conceito, auto-estima e imagem corporal; 
18. Campo de Energia; 
19. Promoção da Saúde: consciência da saúde e controle da saúde; 
20. Princípios de vida: valores, crenças e congruência entre valores e 
crenças/ ações; 
21. Papéis Sociais: papel de cuidador, relações familiares e desempenho de 
papel; 
22. Comunidade: processo comunitário e composição da comunidade; 
23. Natureza: ambiente físico e biológico; 
 
 
 
 
 
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24. Ambiente artificial: infra-estrutura, desenvolvimento territorial, sistema de 
abastecimento, prestação de serviços, normas e atitudes e regime político. 
Todas as informações colhidas deverão ser documentadas em impresso 
próprio que poderá ser preenchido pelo Enfermeiro, paciente ou responsável. A 
escolha vai depender da situação no momento da coleta de dados. Por exemplo: a 
enfermeira poderá delegar ao próprio cliente/ paciente, para que haja um maior 
comprometimento e entrosamentos entre ele e o profissional; delegar ao 
responsável pelo paciente quando na impossibilidade de colher dados do paciente 
ou ainda, quando o profissional enfermeiro priorizar um atendimento de urgência à 
coleta de dados. 
Este momento do processo de Sistematização da Assistência de 
Enfermagem constitui-se em importante instrumental para o Enfermeiro já 
estabelecer o enfoque e a abordagem da Assistência de Enfermagem a ser 
planejada, iniciando o processo de negociação de metas e resultados a serem 
alcançados, com o paciente/cliente/família. 
 
 
ENTREVISTA 
 
É um processo intencional elaborado para permitir que o enfermeiro e o 
paciente forneçam e recebam informações. 
A Entrevista tem como objetivo permitir que o Enfermeiro adquira 
informações específicas, necessárias para o diagnóstico e planejamento da 
assistência, através do diálogo que vai facilitar a relação Enfermeiro/ cliente/ família, 
auxiliando na determinação de áreas para investigação específica. Para tanto, é 
necessário aprimorar habilidades de comunicação e interação. 
 
 
 
 
 
 
 
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Tipos de dados colhidos durante uma entrevista 
 
Subjetivos- são descritos pelo cliente diante dos acontecimentos. São 
percepções, sentimentos, idéias do cliente sobre seu estado pessoal da saúde. 
Objetivos - são observáveis e mensuráveis através da visão, olfato, audição 
e tato. 
Histórico - informações acerca de eventos ocorridos antes do presente. 
Exemplo: hospitalização anterior. 
Atuais - acontecimentos que ocorrem no presente. Exemplo: vômitos e dor 
no pós-operatório. 
Na entrevista são chamadas de fonte de dados Primárias, quando o cliente 
partilha percepções, sensações pessoais sobre a saúde e a doença, validando as 
informações individuais colhidas que determinam as intervenções e tratamentos. 
Porém, devemos considerar as informações adicionais às Secundárias, para 
esclarecer dados fornecidos pelo cliente. As fontes secundárias podem ser a família, 
alguém importante do relacionamento do paciente ou membro da equipe de saúde. 
A Entrevista pode ser segmentada em Introdução, Corpo e Fechamento, 
para maior entendimento e aplicação de estratégias garantindo resultados positivos 
para o profissional e para o cliente. 
Na Introdução, onde a Enfermeira e o cliente começam a desenvolver uma 
relação terapêutica, a comunicação deverá ocorrer em um clima de respeito, tendo 
como foco de atenção o cliente, reportando-se ao familiar/ acompanhante somente 
quando necessário. A individualização do cliente se inicia quando nos reportamos a 
ele pelo nome provocando uma relação de confiabilidade e positiva. 
A segunda parte da Entrevista o Corpo, a enfermeira localiza o diálogo sobre 
áreas específicas, que começa com a queixa principal do cliente e abrange outras 
áreas, tais como histórico médico anterior, dados familiares, religiosos e culturais. 
 
 
 
 
 
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Na fase final da entrevista o Fechamento, a Enfermeira prepara o cliente 
para o encerramento da entrevista. O cliente poderá querer discutir tópicos 
adicionais, porém o bom senso deverá prevalecer: escutá-lo ou sugerir uma nova 
entrevista? No fechamento devem-se resumir os dados mais significativos coletados 
durante a entrevista. 
 
Técnicas de entrevista 
 
Técnicas verbais são: perguntas abertas, fechadas, dirigidas, reflexões e 
colocações suplementares. 
Técnicas não Verbais são: expressão apropriada, sobrecenho franzido e 
falta de contato visual (tato, tom, silêncio, audição ativa), levando em consideração 
os Fatores Ambientais tais como o espaço, iluminação, privacidade, posicionamento, 
conforto e barulhos. 
As Técnicas Verbais mais utilizadas são as perguntas, o reflexo e as 
declarações suplementares. As perguntas permitem que o Enfermeiro obtenha 
informações, esclareça percepções e reações do cliente e confirme outros dados 
objetivos e subjetivos. As perguntas podem ser Abertas, Fechadas ou Tendenciosas. 
Perguntas Abertas são as que, por natureza, indicam as percepções que 
um cliente tem de um acontecimento ou a descrição de preocupações e 
sentimentos. Geralmente, tais perguntas exigem mais que uma resposta com uma 
ou duas palavras. 
Exemplos: 
“O que houve que o fez vir ao setor de emergência?” 
“Como você se sentiu, quando o médico contou-lhe sobre a alteração da sua 
pressão sangüínea?” 
“Que remédio você toma regularmente?” 
“O que você normalmente faz quando sente dor?” 
 
 
 
 
 
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Importante: 
Perguntas que iniciam por “o que”, “como” ou “qual” tendem a resultar na 
resposta mais detalhada do cliente. Perguntas iniciadas por “por que?”, tendem a 
colocar o cliente numa posição defensiva. 
Exemplos: 
“Por que você fez aquilo?” 
“Por que não se consultou mais cedo um médico?” 
Analisando a técnica de entrevista com Perguntas Abertas, podemos 
verificar que oferecem estímulos ao cliente para expressar preocupações 
importantes tornando-se estimulantes, para o cliente, uma resposta mais fidedigna e 
menos assustadora. Por outro lado, temos as desvantagens de propiciar ao cliente 
um tempo além do necessário levando-o a respostas longas e prolixas desviando-se 
do assunto focalizado detendo-se em tópicos irrelevantes. 
 
Perguntas Fechadas são as que exigem respostas curtas, com uma ou 
duas palavras. São usadas, com maior freqüência, para a obtenção de dados 
específicos. 
Exemplos: 
“Você tomou hoje seu remédio para a pressão?” 
“Quanto tempo permaneceu a dor?” 
“Quando foi seu mais recente período menstrual?” 
“Quantas vezes você teve diarréia ontem?” 
As Perguntas Fechadas evitam as respostas longas, permitindo ao 
enfermeiro focalizar a entrevista em um foco de atenção, ajudando a esclarecer às 
perguntas aberto-fechada. Porém desencorajam a verbalização e limitam o tipo e a 
quantidade de dados obtidos. Tendem a fazer o cliente ficar na defensiva. 
 
 
 
 
 
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Perguntas Dirigidas são as que tendem a provocar uma resposta ou 
reação específica do cliente. Podem ser abertas ou fechadas. As mais 
freqüentemente utilizadas são perguntas orientadas ou pressionadas. Perguntas 
orientadas indicam que há preferência por determinada resposta. Os clientes tendem 
a responder a essas perguntas com respostas que eles sentem serem as desejadas. 
Exemplos: 
“Você não usa drogas, usa?” 
“Não existe um passado de doença mental em sua família, existe?” 
“Você está se sentindo melhor hoje, não?” 
Perguntas dirigidas são utilizadas para avaliar a reação do cliente a um 
tópico especificamente. A enfermeira, normalmente, está tentando avaliar a resposta 
não-verbal do cliente, mais do que o conteúdo da verdadeira resposta à pergunta. 
Uso do Reflexo – a percepção que a Enfermeira tem da resposta do cliente 
é repetida ou reordenada. A repetição estimula o cliente a continuar a discussão de 
uma área especial do conteúdo. A enfermeira repete palavras chave que foram 
utilizadas pelo cliente, em suas afirmações, auxiliando o cliente a explorar o assunto 
de modo mais completo. 
Exemplo: 
Enfermeira: “Como você se sentiu, quando o médico contou-lhe sobre sua 
pressão alta?” 
Cliente: “Fiquei realmente com medo.” 
Enfermeira: “Você realmente teve medo?” (repetição da palavra chave) 
Cliente: “Sim, pensei que poderia ter um derrame cerebral e morrer ou ficar 
inválido.” 
Uma vez que o re-ordenamento de palavras dá ao cliente a interpretação 
que a Enfermeira fez da informação debatida, tal artifício permite que ambos 
amplifiquem, esclareçam ou corrijam a percepção da Enfermeira. 
 
 
 
 
 
 
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Exemplo: 
Cliente: “Descobri este nódulo em meu peito na semana passada, ao tomar 
banho. Minha mãe também teve isso, antes de morrer com câncer.” 
Enfermeira: “Você receia ter câncer?” 
Cliente: “Sim. Sou muito jovem para morrer, meus filhos precisam de mim.” 
Nesse caso as percepções da Enfermeira foram confirmadas pelo cliente. 
 
Exemplo: 
Cliente: “Jamais tivera esta tontura ou náusea, antes de médico iniciar com 
esse novo remédio para a pressão” 
Enfermeira: Você acha que esse remédio constitui a causa dos problemas 
que você apresenta agora? 
Cliente: “Não, não verdadeiramente, embora ache que possa ser parte do 
problema.” 
O cliente, aqui, esclareceu a interpretação dada pela Enfermeira par sua 
afirmaçãoinicial. 
Após declarações reflexas, os clientes podem buscar conselhos ou conforto, 
ou pedir à Enfermeira que confirme seus sentimentos. O cliente poderá responder 
com “o que você acha”; “está bem, não está; ou “o que você faria”. Tais reações 
podem ser também uma tentativa do cliente obter mais informações. A Enfermeira 
deve evitar conselhos, conforto artificial ou emissão de opinião, uma vez que isso 
tende a mudar a responsabilidade pela tomada de decisão, do cliente para a 
Enfermeira. 
 
Exemplo: 
Cliente: o médico contou-me que posso fazer histerectomia depois de 
amanhã ou ir para casa e voltar daqui a seis semanas. O que você faria Enfermeira? 
 
 
 
 
 
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Enfermeira: Você não tem certeza se deve submeter-se à cirurgia agora ou 
mais tarde? Vamos considerar os prós e os contra de cada ação. 
Este método permite à Enfermeira, reorganizar as preocupações do 
paciente, esclarecer a decisão que precisava ser tomada pelo cliente e opções de 
modo objetivo, antes de tomar uma decisão. 
 
DIRETRIZES PARA REALIZAÇÃO DO HISTÓRICO DE ENFERMAGEM 
 
• Realizar o Histórico logo na admissão, para dar seqüência às demais 
etapas do processo de enfermagem; 
• Iniciar a abordagem apresentando-se e citando a sua função dentro da 
instituição; 
• Solicitar a colaboração do paciente esclarecendo o seu propósito; 
• Utilizar vocabulário adequado à compreensão do paciente; 
• Utilizar um ambiente privativo para esse fim, ou biombos, em caso de 
enfermaria ou pronto socorro; 
• Dar explicações sobre os procedimentos realizados partindo sempre do 
que o paciente já sabe e deseja saber; 
• Registrar os achados de maneira clara, objetiva e precisa, utilizando 
essas informações como parâmetros de comparação para avaliações subseqüentes. 
 
DIFICULDADES NA REALIZAÇÃO DO HISTÓRICO DE ENFERMAGEM 
 
• Falta de empatia, confiança e reciprocidade, isto é dificuldade na 
relação Enfermeiro- Paciente; 
 
 
 
 
 
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• Falha na abordagem de alguns itens da entrevista e do exame físico, 
como por exemplo: a sexualidade e os aspectos psicossociais; 
• Interrupções e interferências; 
• Falta de privacidade; 
• Dificuldade de comunicação; 
• Pressa do enfermeiro; 
• Dificuldade do enfermeiro quanto à interpretação. 
O Enfermeiro, no momento da Entrevista e do Histórico, deve agir com 
extrema atenção, dedicação aos objetivos a serem alcançados, buscando 
inspiração, incorporando a abordagem científica e técnica do conhecimento para 
obter os elementos necessários à Sistematização da Assistência de Enfermagem, 
mostrando-se competente na obtenção dos dados e informações necessárias ao 
processo de intervenção. 
 
EXEMPLO DE HISTÓRICO DE ENFERMAGEM 
 
Hospital e Maternidade Santo Expedito 
Departamento de Enfermagem 
Educação Continuada 
 
Histórico de enfermagem 
Registro Geral: Leito: 
Nome: Ângelo Roberto Barbosa 
Idade: 17 anos. Sexo: masculino. Profissão: estudante. 
Estado civil: solteiro. Naturalidade: Presidente Prudente. Estado: SP. 
Escolaridade: segundo grau completo. 
 
 
 
 
 
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Endereço: Rua Hypólito, 150. Bairro: Lapa. 
Complemento: - CEP: 01812666. 
Telefone: (21) 55432789. Pessoa significativa: Maria Luiza Barbosa. 
Dados significativos: 
Diagnóstico médico: Adenocarcinoma Pulmonar. 
Cirurgias anteriores: nenhuma. 
Medicações em uso: sem medicação. 
Antecedentes Pessoais: 
(N) Diabetes; 
(N) Cardiopatias; 
(N) Doenças Infecto-Contagiosas; 
(N) Outras doenças; 
(N) Tabagismo; 
(N) Elitismo; 
(N) Drogas; 
(N) Alergia; 
Antecedentes Familiares – Não 
 
Histórico da moléstia atual 
 
Paciente informa que há 05 meses foi para os Estados Unidos, através de 
um intercâmbio cultural, para uma permanência de 06 meses. Refere que no 
momento do seu embarque encontrava-se muito estressado. Após três meses no 
país começou a perder peso e apresentar sudorese noturna importante, com perda 
de apetite e cansaço a pequenos esforços e ou caminhadas curtas, porém não deu 
importância aos sintomas. Há um mês apresentou um estado gripal, com dor 
 
 
 
 
 
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torácica e dispnéia. Ao procurar atendimento médico, foi submetido ao exame de RX 
de tórax onde foi observada uma imagem de nódulo no pulmão direito, lobo superior. 
Recebeu orientações para retornar ao Brasil e procurar um atendimento 
especializado. Deu entrada no hospital, proveniente dos USA, com relatório médico 
daquele país informando a suspeita diagnóstica de Adenocarcinoma pulmonar a D 
em lobo superior. 
 
Outras informações 
 
Realiza exames periódicos de Ressonância magnética e laboratoriais para 
controle. 
 
 
HISTÓRICO COM ÊNFASE NOS PROBLEMAS DE SAÚDE PÚBLICA 
 
Unidade Básica de Saúde Florence Nightingale 
Departamento de Enfermagem 
Educação Continuada 
 
Histórico de enfermagem 
1. Identificação: 
Nome: Luis Carlos Soares Prontuário: Nº 1999 
Data de nascimento: 57 anos Sexo: masculino 
Profissão: mecânico (x) ativo ( ) aposentado ( ) aposentado invalidez 
Estado civil: casado Naturalidade: Bauru Estado: SP 
Escolaridade: ( ) analfabeto ( ) semi analfabeto 
 
 
 
 
 
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(x) 1º grau completo ( ) 2º grau completo ( ) 3º grau completo 
Endereço: Rua Itu, 150 Bairro: Boa Vista 
Complemento: - CEP: 01812666 
Telefone: (11) 55432789. Pessoa significativa: Sonia Maria de Jesus 
 
2. Histórico Social 
Residência: 04 cômodos 
Material: (x) alvenaria ( ) taipa ( ) madeira ( ) outros 
Nº de pessoas da família: 07 
Nº de dependentes: 05 
Nº de pessoas que trabalham: 03 
Renda Familiar em salários mínimos: ( ) 0-1 ( ) 1-3 (x) 3-5 ( ) 5-10 ( ) acima 
de 10 
Grau de parentesco entre os residentes e relacionamento familiar: 
 
3. Saneamento Básico 
Água: (x) filtrada ( ) fervida ( ) clorada ( ) sem tratamento 
Lixo: (x) coletado ( ) queimado ( ) enterrado ( ) céu aberto 
Fezes: (x) esgoto ( ) fossa ( ) céu aberto 
Energia elétrica: (x) sim ( ) não 
4. Hábitos de Vida 
Horas de sono / dia: 08 horas 
Tabagista: (x) sim ( ) não Nº de cigarros / dia: 20 unidades 
Toma bebida alcoólica? (x) sim ( ) não 
Deseja diminuir ou parar? (x) sim ( ) não 
 
 
 
 
 
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Bebe pela manhã? (x) sim ( ) não 
Qual a quantidade de bebida consumida por semana? Em média 3 litros. 
Qual a bebida de sua preferência? Aguardente. 
Atividade física: tipo: Não faz 
Nº de vezes por semana: - 
Tempo: - 
Nº de refeições por dia: 03 
Onde faz as refeições? Em casa 
Freqüência de consumo: Frutas 1 vez por semana Verduras 3 a 4 vezes por 
semana. 
Predominância de alimentos das refeições: arroz, feijão, farinha, macarrão. 
 
5. Histórico da Doença 
Há antecedentes familiares? 
(n) diabetes mellitus. 
(s) doenças cardiovasculares. 
(s) doenças cerebrovasculares. 
(n) Dislipidemia.(n) Osteoporose. 
(n) Artrite/ Artrose. 
(s) Hiperuricemia. 
(n) Depressão. 
(n) outras. 
Sofreu intervenção cirúrgica? (x) não ( ) sim Qual (is)? 
 
 
 
 
 
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Foi internado? (x) sim ( ) não Quantas vezes: 01 Motivo(s) intoxicação 
alimentar. 
 
Sintomas e queixas atuais: Senhor Luis Carlos informa que vem sentindo a 
cerca de 3 meses dores de cabeça de forte intensidade, que melhora com 
analgésicos que não soube dizer o nome, cansaço ao subir pequenos lances de 
escadas e caminhadas mais longas. Refere que ao fazer esforços de média 
intensidade sente dificuldades para respirar. Sente-se muito pesado após ter 
aumentado o seu peso em mais ou menos 10 quilos e vem observando que seu 
abdômen está muito aumentado. Refere ainda que tem sentido abdômen 
empachado após as refeições e dores nos tornozelos principalmente quando estão 
muito inchados. Procurou o ambulatório da empresa comunicando que já passou por 
consultas médicas anteriores no posto de saúde do bairro e que tem consciência da 
alteração de sua pressão arterial e da necessidade de tratamento, que não estava 
sendo feito, pois não considerava a suas queixas grave. 
 
6. Terapêutica medicamentosa atual 
Medicamentos: não usa 
Dosagem: - 
Efeitos colaterais: - 
Insulinoterapia: ( ) sim (x) não 
Nº de doses diária - 
Uso adequado de rodízio: ( ) sim ( ) não 
Administração (hora e quantidade): 
Efeitos colaterais e freqüência: 
 
 
 
 
 
 
 
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7. Terapêuticas anteriores e alternativas 
Usa medicamento conforme prescrito? ( ) sim (x) não 
Se não, qual o motivo? Tem receio de tomar o remédio junto com a bebida 
alcoólica. 
Medicamentos utilizados anteriormente e motivo da interrupção: 
Não sabe dizer o nome do medicamento usado para a pressão alta, mas que 
aos poucos foi deixando de tomar após sentir melhoras e pela constante ingestão de 
bebida alcoólica. 
Terapêuticas alternativas (chás, ervas, homeopatia, pomadas, acupuntura, 
outros): Não usa. 
 
8. Últimos exames e consultas 
Exames: Mês e ano Alterado 
ECG ( ) sim ( ) não 
Papanicolau ( ) sim ( ) não 
PSA ( ) sim ( ) não 
Glicemia ( ) sim ( ) não 
Triglicérides ( ) sim (x) não 
Colesterol ( ) sim (x) não 
Ácido úrico ( ) sim (x) não 
HbA1C ( ) sim ( ) não 
 
9. Consultas Mês e ano 
Médica 01/2002 
Odontológica 
 
 
 
 
 
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Ginecológica 
Oftalmoscópica 
Vacinação Mês e ano 
Antitetânica (reforço) 03/2002 
As demais vacinas refere ter tomado, mas não tem documento que 
comprove e desconhece as que já recebeu. 
 
 
 
----------------------FIM DO MÓDULO III-----------------------

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