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Geografia Cultural. Tema 4: Território, territorialidade e Identidade. • Entre as categorias estruturantes da Geo- grafia encontra-se o território. Sendo tam- bém discutido em outras áreas do conheci- mento conhecimento: Antropologia, História, Biologia e Artes. • Ratzel foi um dos pre- cursores da aborda- gem desse conceito. O território • Ratzel foi um dos precursores da aborda-gem do território, colocando-o como a apropriação e dominação do espaço. • Desta forma, o territó- rio era visto como um espaço definido e deli- mitado por e a partir de relações de poder, possuindo dimensão política. O território como categoria geográfica território é aberto a empresas transnacio- nais. Muitos autores definem essa nova configuração como pós-modernismo territorial. • Com a globalização muitos aspectos, principalmente na parte econômica transcendem a territorialidade de um país. • Hoje os Estados se organizam de forma a permitir uma nova configuração na qual seu Santos, 1994 apud Nordi, 2015: “É o uso do território, e não o território em si mesmo, que faz dele objeto de análise social” (p. 15). Cabe salientar que essa análise se dá a partir do contexto histórico, em seu viés político e abordagem econômica, sem considerar as relações sociais. A evolução do conceito de território. de análise social. o território são formas, mas o território usado são objetos e ações, sinônimo de espaço humano, de espaço habitado. 3. Como deve ocorrer a análise do território na ótica de Milton Santos? A partir do contexto histórico, em seu viés político e abordagem econômica, desconsiderando as relações sociais: o uso do território o faz objeto • Território como instru- mento do poder polí- tico: (Político-adminis- trativo). • Território como espaço de identidade cultural: (simbólico-cultural). Para Haesbaert apud Nordi (2015): • Há a distinção de “duas dimensões de do- mínio do território: o político, mais concreto e o cultural de caráter simbólico que devem ser compreendidos conjugadamente.” A Perspectiva integradora de território para Haesbaert apud Nordi (2015): • Domínio politicamente estruturado; • Apropriação simbólica, identitária a certa classe social. • O território envolve: • Diferentes graus de correspondência e in- tensidade; • Dimensão simbólica; • Dimensão concreta. • As complexas relações sociais, de trabalho e de representações simbólicas oriundas da diversidade produzem o território. • Os estudos e análises dos teóricos da Geografia Cultural sobre território apontam as noções de pertencimento, apropriação e a relação espaço-identidade com caráter relacional. gação destes proces- sos sociais e naturais. • A sobreposição de diferentes territoria- lidades, dotam o território de comple- xidade. • Briskiecicz e Saquet (2009) apud Nordi (2015) apontam quatro componentes do território: as relações de poder, a comunicação, as redes de circulação e as identidades. Não há território sem a conju- res institucionalizados. • O culto aos heróis dos monumentos aos mor- tos e a sacralização dos territórios são apontados como for- mas de enraizamento. • Claval (2007) apud Nordi (2015) fala sobre a dimensão simbólica cultural presente no processo de produção do território, vincu- lado à instituição da sociedade com suas estruturas hierárquicas e relações de pode- Continuando Tema 4: Território, territorialidade e Identidade. Zeni Rosendahl apud Nordi (2015) discute a territorialidade nos sistemas religiosos ao falar sobre as religiões universalizantes como o cristianismo, o budismo, o islamismo e outras que romperam seus laços com o lugar específico de origem e dissemi-naram sua mensagem pelo mundo. A evolução do conceito de território. político, força e poder de apropriação na for- mação de territórios. • Aponta a tempora- lidade dos territórios no estudo microgeo- gráfico da religião. • Rosendahl apud Nordi (2015) fala dos processos de territorialização a partir das suas estruturas hierárquicas e suas institucionalizações no sentido de controlar territórios demonstrando assim seu papel a subjetividade nas re- lações de apropriação do espaço e a restri- ção do conceito de território a espaços contínuos com delimi- tações de fronteiras. • Werther Holzer (1997) apud Nordi (2015) nos traz a discussão do conceito de território e territorialidade pela perspectiva da fenomenologia. • Holzer indica alguns pontos limitantes como • A trama formada pelos intinerários entre luga- res constituem territó- rios. Isso amplia a noção de territoriali- dade como processo contínuo e dialético. • Holzer vai levantar o exemplo dos Innus que mesmo sem governo e sem políticas territoriais possuem relação de identidade com o espaço e a criação do território devido aos laços afetivos com a terra nalizado” e “desterri- torialização” foi porta- dora da sua renova- ção. • Isso ocorre nas esfe- ras econômica, política e cultural. • Nordi (2015) aborda a crise conceitual de território decorrente do contexto da glo- balização, cuja polêmica em torno dos dis- cursos pós-modernistas que introduziram expressões tais como “território transnacio- limitada do conceito de território, visto co-mo “espaço sobre o qual se exerce um domínio político e, como tal, um controle de acesso” Território e territorialização • Haesbaert (1995) apud Nordi (2015): discute a concepção de territorialidade. Segundo ele, esta forma de conceber a desterritorialização se deve à abordagem reprodução espacial: “a produção do espaço envolve sempre, e concomitantemente, a desterritorialização e reterritorialização.” • Haesbaert (1995) apud Nordi (2015): chama a atenção para a importância da dinâmica no processo de territorialização tendo em conta sua multidimensionalidade que permitirá o jogo dialético na produção e dades promovendo a solidariedade e a apro- ximação com o Outro no sentido da igualda- de e novos padrões de relacionamento com a natureza. • Haesbaert (1995) apud Nordi (2015): sugere o combate a desterritorialização se faça através do respeito às fronteiras e às diferenças culturais de modo a incentivar o constante diálogo entre as diferentes identi- Agora é sua Vez Tema 4: Território, territorialidade e Identidade. e a partir de relações de poder, possuindo dimensão política, ex- pressando a conju- gação entre um povo e uma terra, sendo ligado à soberania. Pensando na Geografia Cultural, responda as seguintes perguntas: 1. Como o conceito de território é tradicionalmente visto? • Como um espaço definido e delimitado por território é aberto a empresas transnacio- nais. Muitos autores definem essa nova configuração como pós-modernismo territorial. 2. O que muda quanto ao território com a globalização? • Com a globalização muitos aspectos, principalmente na parte econômica, transcendem a territorialidade de um país, o de análise social. o território são formas, mas o território usado são objetos e ações, sinônimo de espaço humano, de espaço habitado. 3. Como deve ocorrer a análise do território na ótica de Milton Santos? A partir do contexto histórico, em seu viés político e abordagem econômica, desconsiderando as relações sociais: o uso do território o faz objeto sões de domínio: política, mais concreta e a dimensão cultural de carátersimbólico. Devendo ambas serem compreendidas de forma conjugada. 4. O que define território e quais são as suas dimensões de domínio? • Para Haesbaert os processos políticos e culturais são os principais definidores de cada território, o qual possui duas dimen- • As complexas relações sociais, de trabalho e de representações simbólicas oriundas da diversidade produzem o território. 5. O que os estudos dos geógrafos culturais apontam sobre o território? • apontam as noções de pertencimento, apropriação e a relação espaço-identidade com caráter relacional. nalizado” e “desterri- torialização”, o que balança a importante noção de soberania. • Isso ocorre nas esfe- ras econômica, política e cultural. 6. Em que consiste a crise conceitual de território decorrente do contexto da globalização? • os discursos pós-modernistas introduziram expressões tais como “território transnacio- constante diálogo em- tre as diferentes iden- tidades, promovendo a solidariedade e a apro- ximação com o Outro no sentido da igual-dade. 7. Qual a proposta de Haesbaert em relação ao combate a desterritorialização? • Que se faça através do respeito às frontei-ras e às diferenças culturais incentivando o • Ele irá sugerir também a construção de novas relações, ou novos padrões de relacionamento com a natureza visando a inspiração para uma nova relação simbólica e identitária com o mundo. Continuação da resposta da questão 7 Finalizando Tema 4: Território, territorialidade e Identidade. • O território é uma categoria geográfica e um conceito discutido em outras Ciências, tais como a Biologia, as Artes e a História. • Na Geografia, Ratzel foi um dos precursores da abordagem desse conceito, colocando o território como a apro- priação e dominação do espaço. Considerações Finais • As transnacionais e o pós-modernismo terri- torial. • Milton Santos e o uso do território, e não o território em si mes- mo, como objeto de análise social. • O território como espaço humano, espaço habitado. Considerações Finais • As noções de pertencimento, apropriação e a relação espaço-identidade com caráter re- lacional do território na abordagem cultural. • As complexas relações sociais, de trabalho e de representações simbólicas oriundas da diversidade produzem o território. Considerações Finais • A sobreposição de diferentes territorialidades, dotam o território de complexidade. • As religiões universalizantes, e a disseminação de sua mensagem pelo mundo, materializando a territorialidade nos sistemas religiosos. Ex.: Budismo Cristianismo e Islamismo. Considerações Finais • A dimensão simbólica cultural está presente no processo de produção do território. • A Geografia Cultural prioriza a dimensão simbólica e subjetiva do território que é visto como produto da apropriação feita por meio do imaginário e da identidade social sobre o espaço. Considerações Finais • A subjetividade nas relações de apropria- ção do espaço e a restrição do conceito de território a espaços contínuos com delimita- ções de fronteiras. • A produção do espaço e o território transna- cionalizado, a “des- territorialização” e a reterritorialização. Considerações Finais • Haesbaert: “a produção do espaço envolve sempre, e concomitantemente, a desterrito- rialização e reterritorialização.” • As sociedades humanas não possuem uma mesma concepção de território. • O exemplo dos Innus que tem relação de identidade com o es- paço devido aos laços afetivos com a terra. Considerações Finais • O território transnacionalizado e a “dester- ritorialização”. • Haesbaert: “a produção do espaço envolve sempre, e concomitan- temente, a desterrito- rialização e reterritori- alização” e o combate à desterritorialização de forma solidária. Considerações Finais Referências CLAVAL, Paul. A Geografia Cultural. Tradução PIMENTA, Luiz Fugazzola, PIMENTA, Margareth de C.A. UFSC, Florianópolis-SC, 2007. DOURADO, J. A. Lima; MESQUITA, H. A. de. Re-Visitando a Questão do Território. Espaço em Revista. Vol. 14. N. 1. 2012. Disponível em: <http://www.revistas.ufg.br/index.php/espac o/article/view/19412/11276#.VGE0G2dZvw9 > . Acesso em: 01 nov. 2014. CORRÊA, Roberto Lobato; ROSENDAHL, Zeny (Orgs.). Território, territorialidade e Identidade. 5ª. Edição. Rio de Janeiro: Editora Bertrand Brasil, 2011. NORDI, Iara Castellani. Geografia Cultural: Espaço, Cultura e Religião. Caderno de Atividades. Valinhos: Anhanguera Educacional, 2015. Referências TERRA, Ana Carolina Lobo. Território e territorialidade: a dinâmica espacial das dioceses fluminenses e capixabas. Espaço e Cultura. Departamento de Geografia-UERJ. n. 28, p. 93-105. Jul.- dez. 2008. Disponível em <http://www.e- publicacoes.uerj.br/index.php/espacoecultura /article/view/8089/5874> acesso em 01 nov. 2014. DUMITH, Raquel de C. Território, Territorialidade e Identidade dos Pescadores Artesanais. GEOgraphia, Vol. 13, N. 25. 2011. Disponível em: <http://www.uff.br/geographia/ojs/index.php/geographia/article/view/405/315> Acesso em 01 nov. 2014. HAESBAERT, Rogério. Desterritorialização Entre as Redes e os Aglomerados de Exclusão. In Geografia: Conceitos e Temas. CASTRO, I. E; CORRÊA, R.L.; GOMES, P. C. C. (Orgs.) BELTRAND: Rio de Janeiro, RJ. 1995.
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