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atos administrativos

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Ato Administrativo
DIREITO ADMINISTRATIVO
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ATO ADMINISTRATIVO
CONCEITO
• Declaração unilateral;
• Estado ou representante;
• Inferior a Lei;
• Criar, extinguir, declarar;
• Interesse público;
• Exercício de função administrativa;
• Controle judicial.
Em resumo, o ato administrativo é uma manifestação de vontade do Estado. 
Existem várias formas de fazê-lo: por meio de decretos, resoluções, portarias, 
regimentos, avisos, memorandos, atos de punição, entre vários outros. 
O Estado tem os seus agentes para manifestar a sua vontade. Assim, essas 
manifestações que declaram, criam ou extinguem direitos, que constituem o par-
ticular em uma obrigação ou aplicam uma sanção são chamados de atos admi-
nistrativos.
Como regra geral, o Estado praticará o ato pela forma escrita. Além disso, 
esses atos têm uma série de regras e requisitos para que sejam considerados 
válidos. O ato também possui atributos como a presunção de legitimidade, impe-
ratividade, coercibilidade, autoexecutoriedade, dentre outros.
DECLARAÇÃO UNILATERAL DE VONTADE
• Diferencia-se dos contratos, pois nestes a relação é bilateral;
• O Estado, por meio de seus agentes, declara a sua vontade em direção ao 
particular;
• A manifestação do Estado não depende de autorização do particular.
ESTADO OU REPRESENTANTE
• Concessionário e permissionário.
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Ato Administrativo
DIREITO ADMINISTRATIVO
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INFERIOR A LEI
• O ato é inferior a lei;
• Está abaixo da Constituição Federal e das leis;
• Não pode entrar em contradição à lei, sob pena de ilegalidade.
CRIAR, EXTINGUIR, DECLARAR
Exemplos:
• Ato que cria um direito: autorização;
• Ato que extingue um direito: revogação;
• Ato que declara um direito: licença.
Atenção!
A licença é um ato que declara um direito preexistente, por exemplo: dirigir, 
construir ou exercer uma profissão. Quando o particular preenche as condições 
legais, nasce para ele o direito que dependeria do reconhecimento do Estado.
 
INTERESSE PÚBLICO
• Ato para satisfazer o interesse pessoal é considerado ilegal.
EXERCÍCIO DE FUNÇÃO ADMINISTRATIVA
• Sendo na função administrativa, qualquer um dos Poderes poderá mani-
festar atos;
• O Poder Executivo, dentro da função administrativa, também pratica atos 
de direito privado, quando atua como particular;
• Empresa pública e a sociedade de economia mista são pessoas do direito 
privado e que irão atuar em concorrência com o particular na atividade 
comercial, portanto seus atos são, via de regra, privados.
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Ato Administrativo
DIREITO ADMINISTRATIVO
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Atenção!
Não cabe mandado de segurança contra ato de gestão empresarial de empresa 
pública ou sociedade de economia mista.
O ato político ou de governo não se confunde com o ato administrativo.
Exemplo: sanção ou veto de uma lei; decreto que concede extradição a um 
estrangeiro.
O Poder Executivo também pratica atos materiais e de execução. 
Exemplo: um professor, na escola pública, ministrando a sua aula, um médico 
em um hospital público fazendo uma cirurgia ou um gari varrendo a rua.
����Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a 
aula preparada e ministrada pelo professor Gustavo Scatolino. 
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Atos Administrativos II
DIREITO ADMINISTRATIVO
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ATOS ADMINISTRATIVOS II
CONCEITO (CONTINUAÇÃO)
Controle judicial
• Ato discricionário e ato vinculado;
• Ambos estão sujeitos a controle de legalidade pelo Poder Judiciário;
• O ato discricionário possui o chamado “mérito administrativo” (conveniên-
cia e oportunidade);
• No caso do ato vinculado, a autoridade não tem liberdade e deverá fazer 
aquilo que a lei determina;
• O mérito administrativo é feito pela administração;
• O ato discricionário pode ser controlado judicialmente, mas por um controle 
judicial de legalidade e não de conveniência e oportunidade; 
• Exemplo: concurso público.
Atenção!
Questões de prova que afirmam que o ato discricionário é imune ao controle 
judicial são falsas. Também são falsas as questões que afirmam que o juiz poderá 
controlar o ato discricionário até mesmo para substituir a decisão de mérito. 
Já questões que afirmam que o ato discricionário pode ter a sua legalidade 
controlada pelo Judiciário ou que o ato discricionário, se for desarrazoado, é 
um ato ilegal e, assim, pode ser anulado judicialmente, estão corretas.
Fato administrativo
• Existem duas posições, entre os autores, sobre o fato administrativo;
• Alguns autores entendem que fato administrativo é o mesmo que ato mate-
rial ou ato de execução;
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Atos Administrativos II
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• Outros autores entendem que o fato administrativo é sinônimo de algum 
acontecimento que produz efeitos no mundo jurídico-administrativo; 
O pulo do gato
Em prova, a banca poderá dizer que o fato administrativo é uma declaração 
unilateral de vontade do Estado que visa criar, declarar ou extinguir direitos. 
Essa afirmativa está errada, pois está dando para o fato o conceito de ato 
administrativo, que não devem ser confundidos.
• Os acontecimentos podem decorrer de eventos naturais ou da execução 
de atos administrativos;
• Os autores associam que o que causa efeitos no mundo administrativo são 
os atos materiais.
• Fato administrativo: acontecimento que produz efeito no mundo jurídico-
-administrativo.
• Fato da administração: acontecimento que não produz efeitos.
Silêncio administrativo
Atenção!
Na Administração, o silêncio não é considerado como forma de manifestação 
de vontade.
• É considerado fato administrativo;
O pulo do gato
De maneira excepcional, o silêncio pode ser um ato administrativo quando 
assim a lei fizer a previsão.
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• Exemplo: segundo a Lei do Banco Central, quando uma instituição finan-
ceira fizer a troca do presidente ou do diretor da empresa, é necessáriaa 
comunicação ao BC e este deverá, em até 60 dias, aprovar ou rejeitar o 
novo diretor. Porém, conforme essa lei, se o BC – após esse prazo – não 
se manifestar, significa que houve uma aprovação tácita do nome do novo 
diretor, ou seja, nesse caso o silêncio se torna a manifestação de vontade, 
mas por estar previsto expressamente em lei.
Para a prova:
• O silêncio é um ato administrativo: falso.
• O silêncio será um ato administrativo quando a lei fizer a previsão: verda-
deiro.
Requisitos ou elementos do ato administrativo
COmpetência;
FInalidade;
FOrma;
MOtivo;
OBjeto.
Atenção!
Não existe uma lei que trate da matéria de atos, porém os autores entendem que 
na Lei de Ação Popular (Lei n. 4.717/1965) existem os requisitos ou elementos 
de um ato administrativo, pois ela aponta os vícios desse ato. Assim, tem-se 
que são elementos ou requisitos de validade de um ato administrativo: sujeito 
competente, finalidade pública, forma correta, motivo e objeto. Alguns autores 
poderão mudar um pouco essas nomenclaturas.
�����Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a 
aula preparada e ministrada pelo professor Gustavo Scatolino. 
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Atos Administrativos III
DIREITO ADMINISTRATIVO
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ATOSADMINISTRATIVOS III
Requisitos ou elementos do ato administrativo
 COmpetência → quem?
 FInalidade → para quê?
 FOrma → como?
 MOtivo → por quê?
 OBjeto → o quê?
1. COMPETÊNCIA OU SUJEITO
• É o poder que a lei atribui ao agente público para praticar os seus atos;
• Competência é diferente de capacidade;
• Quando se fala que um sujeito é competente, pressupõe-se que este 
também seja capaz;
Atenção!
Capacidade não é um elemento do ato, mas sim um pressuposto para que o 
agente público seja sujeito competente.
• Não existe presunção de competência no Direito Administrativo;
• Segundo a Lei n. 9.784/1999, quando não houver uma autoridade compe-
tente para praticar o ato, entende-se como competente a menor autoridade 
hierárquica dentro do órgão;
1.1. Características da competência
1.1.1. Irrenunciável: o agente não pode abrir mão de suas obrigações. 
1.1.2. Imprescritível: não se perde pelo decurso do tempo.
1.1.3. Inderrogável: não se transfere pela simples vontade das partes.
1.1.4. Improrrogável: não se prorroga.
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Atenção!
Não há prorrogação de competência no Direito Administrativo.
1.2. Vícios na competência
1.2.1. Excesso de poder: quando a autoridade vai além das suas atribuições 
legais.
• O excesso de poder é uma das formas de abuso de poder.
1.2.2. Funcionário / função / agente de fato: ocorre quando a autoridade está 
irregularmente no exercício da função.
Atenção!
A teoria da aparência mantém a validade do ato para terceiros de boa-fé.
1.2.3. Usurpação de função: ocorre quando alguém se apropria indevida-
mente de uma função pública, praticando atos que são próprios dessa função. 
• Os atos são considerados inexistentes para o Direito Administrativo.
OOs..:� a competência é passível de convalidação.
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Atos Administrativos IV
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ATOS ADMINISTRATIVOS IV
Requisitos ou elementos do ato administrativo
 COmpetência → quem?
 FInalidade → para quê?
 FOrma → como?
 MOtivo → por quê?
 OBjeto → o quê?
2. FINALIDADE
• É o objetivo de interesse público que é buscado com a prática do ato;
• É chamada pelos autores de fim mediato: o fim maior de todo ato;
• A finalidade é aquela que a lei indica;
• Não pode ser usada a remoção da Lei n. 8.112/1990 como forma de puni-
ção.
Atenção!
Uma das punições do magistrado é a remoção, o que é diferente do que é 
previsto para o servidor regido pela Lei n. 8.112/1990.
3. FORMA
• É a exteriorização da vontade que, via de regra, será pela forma escrita;
• Quando não for possível a forma escrita, podem-se utilizar outras formas 
de expressão, por exemplo: gestos, sons, placas, meio verbal, mecânico 
ou eletrônico;
• Formalidades ou forma em sentido amplo: são requisitos previstos em lei, 
indispensáveis para a correta prática do ato administrativo;
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Atenção!
A formalidade está dentro da forma como elemento de validade do ato 
administrativo. A falta de motivação, quando a lei exige, é vício de forma.
4. MOTIVO
• É a situação, de fato ou de direito, que autoriza a prática do ato adminis-
trativo;
• Exemplo de fato: multa de trânsito por excesso de velocidade;
• Exemplo de direito: idade prevista em lei para aposentadoria compulsória; 
• Não se deve confundir motivo com motivação → motivação é a justifica-
tiva do ato;
• Móvel do ato administrativo: é a intenção.
Atenção!
O autor Celso Antônio Moreira de Melo discursa a respeito da diferenciação 
entre motivo e móvel administrativo. De acordo com o autor, o móvel do ato 
administrativo é a intenção que estava na cabeça do agente quando ele decidiu 
praticá-lo.
5. OBJETO 
• É aquilo que o ato produz;
• São os seus efeitos práticos ou jurídicos;
• É o chamado fim imediato do ato administrativo.
Atenção!
Não se confunde fim mediato com fim imediato.
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ATOS ADMINISTRATIVOS V
Requisitos ou elementos do ato administrativo
 COmpetência → quem?
 FInalidade → para quê?
 FOrma → como?
 MOtivo → por quê?
 OBjeto → o quê?
Atenção!
Em prova de concurso, poderá ser questionado qual é o tipo de vício presente 
em um ato (competência, finalidade, forma, motivo ou objeto). Exemplo: 
um agente de fiscalização da Secretaria de Meio Ambiente de um estado, 
determinou a demolição de uma obra que estava dentro de uma área de 
preservação ambiental.
• Competência: qual é a autoridade pública que terá a competência para 
determinar essa demolição? O próprio agente da Secretaria;
• Finalidade: para que a obra será demolida? Para preservar o meio 
ambiente;
• Forma: como o agente pratica esse ato? De forma escrita;
• Motivo: por que essa obra será demolida? Construção em área de preser-
vação ambiental;
• Objeto: quais os efeitos que o ato pode produzir? A própria demolição, a 
destruição da obra irregular.
Não se deve confundir a finalidade com o motivo.
Exemplo 01: desapropriação para fins de reforma agrária em razão de que a 
terra é improdutiva:
• Competência: do Presidente da República;
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• Finalidade: fazer a reforma agrária;
• Forma: escrita (decreto);
• Motivo: por que o proprietário não produziu;
• Objeto: a própria desapropriação.
Exemplo 02: desapropriação de uma área em que o proprietário foi surpre-
endido realizando o plantio de maconha:
• Competência: do Presidente da República;
• Finalidade: para punir;
• Forma: escrita (decreto);
• Motivo: o proprietário plantou algo ilícito em sua propriedade;
• Objeto: extingue-se o direito de propriedade e transfere-se a propriedade 
para o Estado (punição).
Conclusões:
• Em ambos os decretos a competência é a mesma (do Presidente da Repú-
blica);
• A finalidade é diferente, sendo o primeiro para justa distribuição de terras 
(reforma agrária) e o segundo para punir o proprietário pelo uso indevido 
da terra;
• A forma é a mesma, um decreto que possui diversas formalidades;
• O motivo é diferente. No primeiro, o proprietário não utilizou a propriedade 
(não plantou quando deveria plantar); e no segundo, o proprietário fez o 
uso indevido da terra, plantando algo que é considerado proibido;
• O objeto é o mesmo, extingue-se o direito de propriedade da terra, que é 
repassada para o Estado.
Competência
Finalidade
Forma
Vinculado a lei
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Atos Administrativos V
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Motivo
Objeto
• Exemplo de ato vinculado: aposentadoria compulsória de um servidor aos 
75 anos de idade;
• Exemplo de ato discricionário: prorrogação ou não da validade de um con-
curso público.
Atenção!
Existe doutrina que entende que o elemento forma pode ser discricionário 
quando a lei fizer previsão.
ATRIBUTOS / PRERROGATIVAS
Hely Lopes Meirelles
• Presunção de legitimidade:
• O ato está de acordo com a lei (legalidade);• Os fatos são verdadeiros (veracidade) → imediata operatividade;
Atenção!
Todos os atos “nascem” com a presunção de legitimidade, por exemplo: uma 
multa de trânsito aplicada por um radar (pardal) que registrou a velocidade 
incorreta do veículo.
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Vinculados ou discricionários
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Atos Administrativos VI
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ATOS ADMINISTRATIVOS VI
ATRIBUTOS / PRERROGATIVAS
Hely Lopes Meirelles
• Presunção de legitimidade:
 – O ato está de acordo com a lei (legalidade);
 – Os fatos são verdadeiros (veracidade) → imediata operatividade;
 – Relativa (juris tantum) → inverte o ônus da prova para o particular.
Atenção!
A presunção de legitimidade não é uma presunção absoluta, e sim relativa de 
legitimidade, ou seja, pode ser questionada.
• Imperatividade:
 – Imposição do ato ao particular sem a necessidade de sua concordância 
prévia; 
 – Exceção: atos negociais e atos enunciativos.
Atenção!
Ato negocial é aquele em que o Estado defere o que o particular veio a solicitar, 
por exemplo: licença para dirigir ou uma solicitação para colocar mesas em 
uma calçada. Um exemplo de ato enunciativo, por exemplo, é uma certidão. 
Não é necessária a imperatividade nesse caso, pois trata-se apenas de uma 
declaração e não impõe sanção ou obrigação.
• Autoexecutoriedade:
 – Execução direta do ato pela própria Administração Pública sem a neces-
sidade de ordem judicial prévia; 
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Atos Administrativos VI
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 – Exceções: cobrança de multas e tributos; desapropriação; servidão admi-
nistrativa.
Atenção!
O Estado não possui meios para realizar a cobrança direta de multas não 
pagas de forma espontânea por um determinado particular. Dessa forma, o ato 
de aplicar multas é considerado autoexecutório, já a cobrança não, pois, nos 
casos em que o particular não realize o pagamento a cobrança, será feita por 
meio judicial.
Outra situação é a da desapropriação. Quando o Estado deseja desapropriar 
um imóvel, mas o particular não concorda, é necessário que o Estado proponha 
uma ação judicial de desapropriação. Dessa forma, o Judiciário irá arbitrar 
qual será o valor da justa indenização, uma vez que o particular não veio a 
concordar com o valor oferecido pelo Estado.
A servidão administrativa ocorre quando o Estado deseja utilizar a propriedade 
de um particular para a realização de alguma atividade que é do interesse 
público. Nesses casos, se o particular não concordar, o Estado deverá entrar 
com uma ação judicial em que o juiz irá determinar que seja feita a servidão 
administrativa.
OOss.:� A doutrina vem entendendo que os atos serão autoexecutórios quando a 
lei fizer a previsão ou em situações emergenciais.
Celso Antônio Bandeira de Mello
• Presunção de legitimidade;
• Imperatividade;
• Exigibilidade:
 – Meios indiretos de coerção;
 – Induzem ao cumprimento → exemplo: retenção de documentos.
Utilizou o mesmo conceito 
que Hely Lopes Meirelles
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Atos Administrativos VI
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• Executoriedade:
 – Execução direta do ato pela própria Administração Pública com os seus 
meios diretos de coerção;
 – Obrigam diretamente o particular.
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Atos Administrativos VII
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ATOS ADMINISTRATIVOS VII
ATRIBUTOS / PRERROGATIVAS
Maria Sylvia Zanella di Pietro
• Presunção de legitimidade;
• Imperatividade;
• Autoexecutoriedade;
• Tipicidade: é a necessidade do ato administrativo atender apenas ao seu 
fim legal, sendo uma proteção para o administrado.
Atenção!
Em concurso, é possível que sejam cobradas as três teses estudadas. Uma 
das mais cobradas é a teoria do autor Hely Lopes Meirelles, mas é importante 
saber quais são as presunções abordadas por cada um.
CLASSIFICAÇÃO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS
1. Quanto à elaboração:
• Perfeito: é o ato que completou todas as fases necessárias para a sua 
elaboração;
Exemplo: a nomeação de um ministro do STJ quando a vaga é proveniente 
da OAB.
• Imperfeito: é o ato que ainda não completou o seu ciclo (todas as fases de 
sua elaboração);
• Pendente: pressupõe um ato perfeito (completou todo o seu ciclo), porém, 
ainda não produz seus efeitos;
• Consumado/exaurido: é um ato que já produziu todos os seus efeitos.
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Atos Administrativos VII
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Perfeição
Ciclo
Validade
Lei
Eficácia
Efeitos
Atenção!
O ato imperfeito é a única combinação que não é possível conforme o esquema 
acima. O ato imperfeito é um ato inexistente, ou seja, não é possível analisar a 
sua validade ou produzir efeitos.
Obs.:� a publicação, quando a lei exige, é uma questão de eficácia.
Exemplo: um servidor só é considerado aposentado após a publicação da por-
taria com a sua aposentadoria.
2. Quanto à Formação / Número de Vontades
• Ato simples: é aquele que dependerá, para a sua formação, da manifesta-
ção de vontade de um único agente/órgão;
Exemplo: a aplicação de multas.
 – Pode ser de órgão singular ou órgão colegiado.
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Atos Administrativos VIII
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ATOS ADMINISTRATIVOS VIII
2. Quanto à Formação / Número de Vontades
• Ato simples: é aquele que dependerá, para a sua formação, da manifes-
tação de vontade de um único agente/órgão;
Exemplo: a aplicação de multas.
 – Pode ser de órgão singular ou órgão colegiado.
• Ato composto: é aquele formado com a manifestação de vontade de um 
órgão, porém, dependerá da manifestação de vontade de um segundo 
órgão para que o primeiro ato (principal) venha a produzir os seus efeitos. 
O ato do segundo órgão irá, apenas, confirmar a vontade do primeiro órgão;
 – Dois atos: um deles é o principal; e o segundo, acessório;
 – Exemplo: segundo Maria Sylvia Zanella di Pietro → nomeação do PGR: 
indicação do Presidente da República e a aprovação do Senado Federal.
• Ato complexo: é aquele que está formado com a manifestação de vontade 
de mais de um órgão ou agente;
 – No ato complexo, várias vontades têm o conteúdo de vontade principal 
do mesmo nível, que se juntam para formar apenas um ato no final. 
• Exemplo: portaria interministerial.
• José dos Santos Carvalho Filho exemplifica ato complexo com a investi-
dura do Ministro do STF;
O pulo do gato
Em prova, marque sempre a questão de acordo com o exemplo do autor que 
está sendo cobrado. Nos casos em que a banca cobrar outro ato que não seja 
a nomeação do PGR ou Ministro do STF (exemplos acima), oriente-se pelo 
conceito.
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Atos Administrativos VIII
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Exemplos
• Ato simples: uma pessoa será nomeada como membro da Advocacia 
Geral da União → será feita uma portaria pelo Advogado Geral da União;
• Ato complexo: a nomeaçãodos candidatos que passaram no concurso da 
Procuradoria Geral da Fazenda Nacional → é feita por um ato que possui 
dois agentes: uma portaria feita pelo Advogado-Geral da União e outra feita 
pelo Ministro da Fazenda;
• Ato composto: concurso de promoção dentro da Advocacia Geral da União 
→ o Conselho Superior da Advocacia Geral da União faz a promoção dos 
candidatos, porém, posteriormente, será feita uma portaria do Advogado-
-Geral da União, que irá ratificar a promoção feita.
OOs.:� o STF entende que o registro aposentadoria no TCU é considerado ato 
complexo, pois há a vontade de dois órgãos: o que o servidor atua e 
também do TCU, que fará o registro. O ato só estará formado quando as 
duas vontades vierem a se encontrar.
→	Ato	simples: uma autoridade apenas;
→	Ato	complexo: mais de um órgão se junta para realizar um ato no final;
→	Ato	composto: existem um ato principal e um ato acessório que irão con-
firmar o ato principal.
3. Quanto aos Destinatários
• Individual: é aquele que possui destinatário determinado (vários sujeitos); 
• Exemplo: a nomeação de um ou mais indivíduos aprovados em concurso 
público.
• Geral: é aquele que não possui destinatário determinado.
• Exemplo: a determinação do CONTRAN sobre o limite máximo de álcool 
presente no sangue no caso de motorista flagrado dirigindo embriagado.
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4. Quanto às Prerrogativas
• Império: é aquele que o Estado pratica em razão da sua supremacia;
 – Atos de direito público.
• Gestão: é aquele que o Estado pratica sem usar da sua posição de supre-
macia frente ao particular;
 – Atos de direito privado.
• Expediente: são atos sem conteúdo decisório.
5. Quanto ao Alcance
• Interno: é aquele que produz efeitos predominantemente dentro da Admi-
nistração Pública;
• Externo: é aquele que produz efeitos predominantemente fora da Adminis-
tração Pública.
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Atos Administrativos IX
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ATOS ADMINISTRATIVOS IX
6. Quanto aos Efeitos
• Declaratório: declara um direito preexistente;
• Exemplo: licença.
• Constitutivo: cria um direito, modifica uma situação anterior ou extingue 
um direito existente.
• Exemplo: criação de direito → autorização; extinção de direito → revoga-
ção.
7. Quanto à Validade dos Atos 
• Válido: é aquele que está de acordo com a lei;
• Nulo: é aquele que possui vício insanável (finalidade, motivo ou objeto);
• Anulável: é aquele que possui vício sanável (competência ou forma);
• Inexistente: é aquele que não produz efeitos no mundo jurídico.
• Exemplo: caso de usurpação de função.
EXTINÇÃO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS
1. Extinção natural: o ato já produziu todos os seus efeitos jurídicos;
2. Extinção objetiva: desaparecimento do objeto (coisa) sobre o qual o ato 
recai;
3. Extinção subjetiva: desaparecimento do sujeito beneficiário do ato admi-
nistrativo;
4. Caducidade: quando uma nova lei não permite mais a situação anterior;
Atenção!
Na caducidade, uma nova lei extingue a lei anterior e também os atos que 
eram praticados por ela.
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5. Cassação: ocorre quando o particular descumpre as condições que deve-
riam permanecer;
Atenção!
A autora Maria Sylvia Zanella di Pietro exemplifica a cassação com o caso do 
hotel que foi transformado em “casa de fazer saliências” (motel). Nesse caso, 
é realizada a cassação da licença desse hotel.
6. Contraposição: decorre de um novo ato que possui efeitos opostos ao ato 
administrativo anterior.
• Exemplo: o ato de nomeação e exoneração de um servidor.
Atenção!
Atente-se às informações que serão preenchidas na tabela abaixo, pois há 
grandes chances de elas serem cobradas em prova.
7.
REVOGAÇÃO ANULAÇÃO/INVALIDAÇÃO
Ato Legal Ilegal
Análise Conveniência e oportunidade
(mérito administrativo)
Legalidade
Quem
Administração Pública
Obs.: O Poder Judiciário pode fazer 
revogação de seus próprios atos admi-
nistrativos.
Adm. Pública / Poder Judiciário
Efeitos Ex NUNC → (prospectivo) ← Ex TUNC
Prazo -------------------- 5 anos, salvo má-fé Art. 54, Lei n. 9.784/1999
Obs.:� Atos que não admitem revogação.
�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a 
aula preparada e ministrada pelo professor Gustavo Scatolino.
Ofício Provocação
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Ato Administrativo – Revogação e Anulação
DIREITO ADMINISTRATIVO
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ATO ADMINISTRATIVO – REVOGAÇÃO E ANULAÇÃO
• Revoga-se ato legal, e anula-se ato ilegal.
• No caso da revogação, faz-se uma análise de conveniência e oportunidade 
de manutenção do ato administrativo, que se refere à análise de mérito 
administrativo.
• No caso da anulação, faz-se análise da legalidade.
• Somente a Administração Pública pode fazer revogação. A anulação, por 
sua vez, pode ser feita pela Administração Pública e pelo Poder Judiciário. 
Nesse caso, a Administração pode anular um ato de ofício ou mediante 
provocação do interessado, enquanto o Judiciário só pode anular mediante 
provocação.
Atenção!
O Poder Judiciário só pode fazer revogação de seus próprios atos administrativos. 
Caso contrário, ele não pode fazê-la.
Revogação Anulação/Invalidação
Ato LEGAL ILEGAL
Análise Conveniência e oportunidade (Mérito Administrativo) Legalidade
Quem
Adm. Pública
Obs.: O Poder Judiciário pode 
fazer revogação de seus pró-
prios atos administrativos
Adm. Pública / Poder Judiciário
Efeitos Ex NUNC → (prospectivo) ← Ex TUNC
Prazo -------------------- 5 anos, salvo má-fé Art. 54, Lei n. 9.784/1999
OOss.:� Atos que não admitem revogação.
Ofício
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Ato Administrativo – Revogação e Anulação
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Se uma questão de prova trouxer a alegação de que a revogação pode ser 
feita pela Administração Pública ou pelo Poder Judiciário, ela estará incorreta. 
No entanto, se ela enunciar que a revogação pode ser feita pela Administração 
Pública ou pelo Poder Judiciário em sua função administrativa, ela estará 
correta, uma vez que esse poder pode revogar seus próprios atos.
Estaria igualmente correta a questão cujo enunciado dispusesse que o Poder 
Judiciário nunca revoga em sua função típica, pois, nessa função, esse poder 
faz somente anulação ou invalidação. Dessa forma, ele só pode revogar atos 
em sua função atípica, que é a função administrativa.
• A revogação tem efeito ex nunc, ou seja, efeito prospectivo (para o futuro). 
Já a anulação tem efeito ex tunc, isto é, efeito retroativo (para o passado). 
Portanto, a revogação de ato administrativo diz respeito a ato legal e válido 
que, entretanto, não estava conveniente a sua manutenção.
Por exemplo: O Presidente delega ao Ministro de Estado a sua atribuição de 
aplicar demissão a servidores de cada Ministério, estando os Ministros no exer-
cício da delegação durante certo prazo. Após esse tempo, porém, o Presidente 
faz a revogação da delegação. Nesse caso, as demissões aplicadas no período 
anterior permanecem, mas a atribuição não caberá mais ao Ministro de Estado 
dali para frente.
• Na anulação, apaga-se tudo o que ocorreu no passado. Por exemplo: 
houve a aplicação de multa em decorrênciade erro de registro do pardal, 
configurando-se ato viciado por falta de motivo. Após recurso do motorista 
e reconhecimento da ilegalidade por parte do Detran, anula-se a multa, 
apagando-se o que ela produziu no início (aplicação de sanção à pessoa, 
inclusão de pontos em sua carteira etc.), retornando a situação anterior.
Atenção!
MNEMÔNICOS
Tunc (a letra “t” lembra “trás”, efeito retroativo). Tunc lembra “testa” (batendo na 
testa, a pessoa vai para trás).
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Nunc (a letra “n” lembra “não”, não retroage. Nunc lembra “nuca” (batendo na 
nuca, a pessoa vai para a frente).
Não há prazo para revogação de ato administrativo, uma vez que é questão de 
conveniência e oportunidade.
• Para fazer anulação, há um prazo de 5 anos, salvo comprovada má-fé do 
interessado, conforme o art. 54 da Lei n. 9.784/1999. Caso a anulação não 
ocorra nesse prazo, ocorre decadência. 
Se a pessoa estava de má-fé, não há que se falar em prazo. 
ATOS QUE NÃO ADMITEM REVOGAÇÃO
• Atos vinculados: como a revogação é juízo de mérito, o ato vinculado não 
a admite, pois não tem espaço para fazer juízo de conveniência e oportuni-
dade. Exemplo: licença. 
• Atos exauridos ou consumados: atos que já produziram todos os seus 
efeitos.
• Atos que geram direitos adquiridos: não é possível a revogação, pois 
direito adquirido faz parte da pessoa, podendo ela exercê-lo. Conforme a 
Constituição, nem mesmo a lei, que é superior a ato, pode retroagir para 
prejudicar o direito adquirido. Entretanto, o ato pode ser revogado se o 
direito adquirido for mantido. 
• Atos ilegais: um ato ilegal jamais pode ser revogado, pois é objeto de anu-
lação, e não de revogação.
• Atos enunciativos ou meros atos administrativos (certidão, atestado, 
parecer): são atos sem conteúdo decisório. Eles não podem ser revoga-
dos, pois não é possível fazer juízo de conveniência e oportunidade quanto 
ao seu conteúdo.
• Atos integrativos de procedimento administrativo após sua preclusão: 
preclusão se refere à perda de oportunidade de se praticar ato dentro de 
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um procedimento. A licitação, por exemplo, não é um ato, mas um proce-
dimento administrativo, o que corresponde a uma sucessão de atos enca-
deados entre si (há o edital, a habilitação, o julgamento, a homologação e 
a fase final de adjudicação). Quando a pessoa faz a adjudicação, ela não 
pode fazê-la e revogar o edital. Nesse caso, ela tem a opção de revogar 
toda a licitação ou de não revogar o ato isolado após sua preclusão. 
• Durante a fase de edital, por exemplo, pode-se revogá-lo isoladamente, 
mas após o início da fase de habilitação, a fase de edital preclui e não é 
mais possível a sua revogação.
Atenção!
O STF admitiu a revogação da licença para construir enquanto a obra não for 
iniciada.
Os atos que não admitem revogação são recorrentes em provas de concurso.
CONVALIDAÇÃO
Convalidação ou sanatória significa a correção de um vício do ato com efeitos 
retroativos. 
Na convalidação, um ato praticado, que produz efeitos, é convalidado, corri-
gindo-se o vício que nasceu na formação desse ato administrativo.
Portanto, diante de ato ilegal que nasceu com vício e produz efeitos, pode-se 
tomar duas atitudes: fazer a anulação, apagando-se os efeitos que o ato produ-
ziu; ou a convalidação, que é a correção do vício, para aproveitar os efeitos pro-
duzidos pelo ato anteriormente.
Dessa forma, a convalidação tem efeito ex tunc, ou seja, efeito retroativo.
O artigo 55 da Lei n. 9.784/1999 estabelece algumas condições para que 
possa ser feita a convalidação. São elas:
• Não causar prejuízo a terceiro
• Não causar lesão ao interesse público
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• Apresentar vício sanável do ato administrativo: vício de competência (salvo 
competência exclusiva ou em razão da matéria) ou vício de forma (salvo 
se houver alguma formalidade indispensável para a validade do ato admi-
nistrativo).
Vícios de finalidade, de motivo e de objeto geram ato nulo e não admitem a 
convalidação.
��Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a 
aula preparada e ministrada pelo professor Gustavo Scatolino. 
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Ato Administrativo – Espécies de Atos
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ATO ADMINISTRATIVO – ESPÉCIES DE ATOS
ESPÉCIES DE ATOS
Eli Lopes Meireles divide os atos em cinco categorias: atos normativos, atos 
ordinatórios, atos negociais, atos enunciativos e atos punitivos. 
Essa divisão é a mais aceita atualmente em provas de concurso.
Ato Normativo
O ato normativo é aquele que visa o detalhamento de uma lei, buscando 
completá-la em seus detalhes. As espécies de ato normativo são: decreto, reso-
lução, regimentos, instrução normativa e todo o ato que tiver a função de fazer 
complementação de uma lei. 
Espécies de Atos
Normativos: Decreto, Resolução, Regimentos, Inst. Normativa... (Portaria)
Ordinatórios: Portarias, Avisos, Memorando, Circulares, Ordem de Serviço...
Parecer; Certidão (Fato Registrado); Atestado (Fato Conhecimento)
Multa, Interdição, Apreensão, Demolição, Cassação...
Licença: Vinculado e definitivo; Declaratório
Autorização: Discricionário e Precário, Constitutivo (int. Próprio, não licit.)
Permissão USO: Discricionário e Precário, Constitutivo (int. Público, licit.)
Negociais:
Enunciativos:*
*
Punitivos:
* Não imperatividade
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O decreto, por exemplo, é o ato do chefe do Poder Executivo para regula-
mentar uma lei. 
As resoluções são utilizadas por vários órgãos com competência normativa.
Os regimentos internos de tribunais e órgãos públicos são exemplos de atos 
normativos.
A Instrução normativa feita pelo Ministro de Estado detalha ainda mais a apli-
cação de lei dentro de seu Ministério.
Ato Ordinatório
Os atos ordinatórios visam disciplinar o funcionamento da administração 
internamente e a conduta de seus servidores. Por exemplo: portarias, avisos, 
memorandos, circulares, ordem de serviço etc.
Atenção!
A portaria pode ter conteúdo de ato normativo. Na classificação de Eli, ela 
não aparece como ato normativo. No entanto, diversos autores afirmam que a 
portaria tem função normativa. 
Várias portarias dentro dos Ministérios detalham o conteúdo de uma lei.
Portanto, se uma questão dispor que a portaria é um ato normativo, ela estará 
correta.
OOss:� A portaria tem diversas funções.
Ato Negocial
Ato negocial é aquele que defere uma pretensão solicitada pelo administrado. 
Os principais atos negociais são:
• Licença – ato vinculado, declaratório e definitivo, pois não cabe revogação 
a critério da Administração Pública.
A licença-maternidade e a licença-paternidade, por exemplo, são atos vincu-
lados, uma vez que, com o nascimento da criança, defere-se a licença.
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A licença é um ato declaratório, pois não cria direito para particular, apenas 
reconhece que ele preencheu as condições e declara um direito preexistente.
As licenças para particular são atos vinculados.OOss:� A licença capacitação e a licença para tratar de assuntos particulares são 
atos discricionários, pois fica a critério da autoridade competente facultar 
ou não ao servidor a participação em curso de capacitação ou o afasta-
mento do trabalho.
• Autorização – ato discricionário, precário e constitutivo. Esse ato é discri-
cionário, pois a administração terá espaço para fazer juízo de conveniência 
e de oportunidade. Além disso, é precário, por caber revogação a critério 
da autoridade competente sem direito à indenização. Ademais, é um ato 
constitutivo, pois cria direito para particular.
• Permissão de uso de Oem púOlico – ato discricionário e precário. Ele é 
precário, pois sua revogação pode ocorrer a qualquer momento, sem gerar 
direito à indenização (salvo se for permissão fixada com prazo, que é uma 
exceção), e discricionário, pois cabe análise quanto à conveniência e à 
oportunidade ao se conceder a permissão de uso.
A permissão tem duas finalidades: permissão para usar bem público e per-
missão para prestação de serviço público.
A permissão para prestar serviço público é formalizada mediante contrato 
administrativo. Portanto, o Estado pode delegar a execução de um serviço 
público para particular por meio de contrato de permissão.
A única permissão como ato administrativo é a permissão para usar bem 
público.
A doutrina determina que, quando o particular deseja utilizar um bem público 
para satisfazer interesse próprio, concede-se autorização. Essa autorização 
pode ser gratuita ou remunerada e não exige procedimento de licitação. Entre-
tanto, quando se deseja utilizar um bem público para atender interesse público e 
se exige licitação para escolher o permissionário, concede-se permissão de uso.
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Atenção!
Todo ato que cria, extingue e modifica direito é classificado como ato constitutivo. 
Ato que somente declara direito preexistente é chamado de ato declaratório.
Ato Enunciativo
Os atos enunciativos são atos em que a administração profere opinião ou 
declara fatos e acontecimentos na administração.
Exemplo: parecer, certidão (em que a administração declara fato registrado), 
atestado (declara fato de que se tenha conhecimento e que não necessaria-
mente esteja registrado).
Atos Punitivos
Os atos punitivos são aqueles que visam punir. Por exemplo: multa, interdi-
ção, apreensão, demolição, cassação etc.
IMPERATIVIDADE
Imperatividade é a imposição do ato ao particular.
Das espécies de atos, não terão imperatividade os atos negociais e os atos 
enunciativos.
O Estado não impõe obrigação e sanção, tampouco cria restrição a um direito 
dele. 
No ato negocial, o particular solicita e a Administração concede o que foi 
pedido, se forem preenchidas as condições. Da mesma forma, não ocorre impo-
sição no ato enunciativo.
���Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a 
aula preparada e ministrada pelo professor Gustavo Scatolino. 
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