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Filosofia do Direito - Aula 17 - 11.05.2011

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11/05/2011 – Filosofia do Direito – Aula 17 – Prof. Luciana Musse – Quarta-feira
FUNCIONALISMO POLÍTICO
Slide 38 – Nós ainda estamos no campo do funcionalismo político O que podemos chamar de JUDICIALIZAÇÃO e o que podemos chamar de ATIVISMO? Ativismo implica mais uma atuação INDIVIDUAL. Já a judicialização é um fenômento INSTITUCIONAL. No Brasil, o fenômeno da judicialização começou a ser estudado na década de 90. E, nessa década, começou a ser estudado com Werneck Vianna (veja o texto do fichamento). Por isso o texto do Werneck é considerado um texto clássico no tema.
 	A JUDICIALIZAÇÃO vai consistir em uma invasão do direito no campo social e político. Vai consistir num fenômeno que se caracteriza em uma centralidade no juiz e no judiciário. A judicialização significa que o judiciário coloca o executivo e legislativo em um plano secundário (menor) e o judiciário é que passa a ser o resolvedor de problemas (o “muro das lamentações”). Ou seja, compete ao juiz e ao judiciário decidir praticamente todas as questões da vida em sociedade.
	 Outra questão que caracteriza a judicialização é que ela implica uma tomada de posição que entende que o judiciário, se provocado adequadamente, pode ser um instrumento de formação de políticas públicas. Por exemplo, os movimentos sociais vão demandando do judiciário, a ponto de se provocar a formação de políticas públicas. Um exemplo, é o movimento de geração de direitos para os homossexuais.
 	Muitas vezes é o próprio legislativo que força o judiciário a agir assim (por meio das Adins, por exemplo). Mas, os movimentos sociais têm um papel fundamental nisso.
 	Qual a diferença entre JURIDICIZAÇÃO e JUDICIALIZAÇÃO? A JURIDICIZAÇÃO é mais ampla que a JUDICIALIZAÇÃO. 
JUDICIALIZAÇÃO 
Foco da discussão está centrado na atuação do poder judiciário e dos juízes.
Busca da DECISÃO JUDICIAL (LIDE, CONTENDA)
JURIDICIZAÇÃO 
Foco da discussão está centrado existência de instrumentos e mecanismos e instituições jurídicos que possibilitam a resolução dos conflitos/problemas sociais.
A busca pela resolução é por meio de DIÁLOGO, CONSENSO (meios EXTRAJUDICIAIS de resolução de conflitos).
 	Na judicialização entende-se que a resposta está no JUDICIÁRIO. Já na juridicialização entende-se que a resposta está no DIREITO e nas INSTITUIÇÕES JURÍDICAS.
Slide 39 – Vejamos as principais características do que chamamos de judicialização. Veja o slide. Veja que, num país de tradição de civil Law, e não comom Law, o legislativo é que deveria ter maior poder na solução de conflitos sociais. O judiciário deveria ter uma ação positivista, de mero interpretador de normas. Com a judicialização, isto está mudando. Ouça: 36m50s – 38m
Slide 40 – Quais seriam as múltiplas causas da judicialização mencionada no slide anterior? Veja neste slide. A democratização do país contribui para essa maior atuação do judiciário e para a invasão do direito no campo político e social. Outra questão foi a constitucionalização abrangente. Veja que nossa constituição foi chamada de cidadã. Cidadão porque ela dá uma centralidade aos direitos dos cidadãos como indivíduos e como grupos. Então, temos uma constituição que abriga praticamente todos os aspectos e questões de nossas vidas. Então, veja que os juízes não estão “se metendo em tudo” apenas por uma questão pessoal, mas sim porque existe um aparato constitucional que EXIGE que eles se metam em tudo na vida social. Hoje, pela Constituição, exige-se que o judiciário se meta em todos os aspectos da vida social. Outra questão é o nosso controle de constitucionalidade. Além de muita coisa estar na constituição, o judiciário tem que se manifestar sobre as normas infraconstitucionais que ofendem, teoricamente, a constituição. Ou seja, o judiciário se manifesta sobre tudo. Então, veja que é um desenho institucional que está levando a isso.
Slide 42 – A judicialização tem dois aspectos. Aspecto positivo – se não acho apoio no executivo e do legislativo, vou ao judiciário. O judiciário é o “muro das lamentações”. E este último não tem escolha, pois ele TEM que decidir. Aspecto negativo – é que o judiciário exibe as dificuldades enfrentadas pelo poder legislativo – e isso não se passa apenas no Brasil.
 	Na página 78 do texto do Werneck (final da página), leia: “Por outro lado, é inegável...”. Veja que no início da aula dissemos que a judicialização leva ao judiciário questões centrais para a sociedade. Observe que nesse parágrafo ele coloca em cheque essa afirmação.
Slide 43 – Veja, então, que o ativismo é uma atitude do INTÉRPRETE. Não é institucional. O ativismo decorre de um modo de interpretar. Não é institucional.
Slide 44 – São tipos de condutas que denotam uma postura ativista. 
Slide 45 – São críticas à judicialização. Há risco para a legitimidade democrática porque quebra o sistema de freios e contrapesos (afinal, o judiciário invade a esfera de atuação dos outros dois poderes). A professora NÃO vê problema na politização da justiça. Para ela o problema é que ela se torne exclusivamente política. Sobre a capacidade do judiciário, já criamos a defensoria, aumentamos o MP, criamos os juizados especiais, e, ainda assim, os conflitos não têm diminuito, só aumentado. Ou seja, tudo indica que, no Brasil, estamos caminhando forte para judicialização. Tudo as pessoas levam ao judiciário. Não tentam resolver seus conflitos de forma privada. Isso até dá a conotação de uma certa busca de parternalismo do Estado.
Com isso encerramos o funcionalismo político e, na próxima aula, começamos o FUNCIONALISMO ECONÔMICO. – Para amanhã, leia o texto 7.

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