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Unidade I CIÊNCIAS ECONÔMICAS INTERDISCIPLINAR Prof. Claudio Ditticio Propósitos da disciplina Visão prática analítica, com a integração de diversos conhecimentos da análise de conjuntura de setores selecionados e do pensamento e forma como a política pública pode ser adotada, favorecendo ou dificultando setores. Assuntos integrantes da unidade I: da disciplina Agronegócio e agroenergia. A questão dos transportes no Brasil: entraves logísticos. Relações de trabalho, emprego e regulação no Brasil. Economia da saúde no Brasil. Agronegócio e agroenergia Destaque na economia brasileira e mundial. Aqui no Brasil, poderíamos salientar: participação do setor nas exportações, contribuindo para o alcance e, muitas vezes, superação de metas de superávits comerciais; manutenção de um grande número de empregos diretos e indiretos no campo e nas zonas urbanas. A importância do agronegócio no Brasil O Brasil é o país com maiores perspectivas de desenvolvimento do Agronegócio. Visão menos abrangente considera que isso reflete a realidade permanente da economia brasileira, sempre voltada, desde o descobrimento, às atividades primárias estabelecidas com o Pacto Colonial. A importância do agronegócio no Brasil De fato, o país viveu diversos ciclos de commodities que caracterizaram a economia até ao menos 1930 ou, como muitos consideram, até a segunda década dos anos 50 do século X. Todavia, o agronegócio atual é seguramente muito mais amplo, como provam as extensas cadeias de produção e comercialização, não envolvendo apenas atividades agrícolas e pecuárias. Área, produtividade e pesquisa tecnológica Crescimento brasileiro – expansão da área de exploração – desenvolvimento tecnológico. País é internacionalmente reconhecido – resultados das atividades da Embrapa (Empresa Brasileira de Agropecuária) e de outros institutos voltados aos estudos para o agronegócio. O novo agronegócio brasileiro Fonte: livro-texto. Antes, dentro e após a porteira Fonte: livro-texto. Cadeia do agronegócio Fonte: livro-texto. Setores e agentes envolvidos com o agronegócio . Fonte: livro-texto. Instituições que apoiam as atividades do Agronegócio Brasil: Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA); Fundação Getúlio Vargas (FGV); Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE); Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA); Companhia Nacional de Abastecimento (Conab); Embrapa (inovação tecnológica – geração de novos conhecimentos em agricultura e pecuária). Instituições que apoiam as atividades do Agronegócio Internacional Food and Agriculture Organization of the United Nations (FAO). Organization for Economic Co-Operation and Development (OECD). Organização das Nações Unidas (ONU). United States Department of Agriculture (USDA). Abrangência dos mercados de produtos agropecuários Especificações do produto (perecibilidade, valor agregado, relação entre preço, volume e peso etc.); Condições naturais (clima e solo), que concentram a produção em certas regiões; Tecnologia de distribuição (logística, certificação, controle etc.); Restrições legais e sanitárias; Acordos comerciais entre países e blocos econômicos; Características organizacionais e estratégias dos agentes econômicos. Problemas que afetam a produção e a comercialização nos países emergentes Condições sociais e econômicas – estruturas de mercados – processos de intervenção do governo nas atividades econômicas; Elevada taxa de crescimento populacional; Migração de pessoas e trabalhadores do campo para a cidade; Alta concentração de renda, de riqueza e do poder político; Altos custos de produção e de distribuição de bens e serviços; Infraestrutura inadequada de transportes; Problemas que afetam a produção e a comercialização nos países emergentes Baixo nível de especialização na fase de produção de bens – agriculturas de menor porte; Aproveitamento ineficiente das condições climáticas e de solo da região – perdas de produção – maiores custos de transações – produtor inserido em uma estrutura monopsonista – diminuição da rentabilidade. Financiamentos e controles de riscos para os diferentes setores (PGPM, AGF e EGF) Fonte: livro-texto. A Organização Mundial do Comércio (OMC) e o combate ao protecionismo Muitos países (desenvolvidos) praticam fortes intervenções nos mercados importadores: tarifas, cotas, embargos, proibições, barreiras fitossanitárias etc. Críticas em países exportadores de alimentos e fibras, como é o caso do Brasil. Agricultura e pecuária representam parcela relativamente modesta das exportações desses países – e ainda menor do que o PIB. A Organização Mundial do Comércio (OMC) e o combate ao protecionismo Lobbies agrícolas – argumentos: garantir abastecimento de alimentos pela produção interna (segurança nacional). Outra explicação: desconcentração do setor – evita-se a conotação impopular de defesa dos grandes interesses econômicos. Dualismo estrutural do agronegócio Fonte: livro-texto. Agroenergia – Mapa http://www.agricultura.gov.br/desenvolvimento-sustentavel/agroenergia Brasil é referência na produção de agroenergia. Alternativas econômicas e ecologicamente viáveis: etanol e agrodiesel. Geração de energia com produtos agrícolas: segunda fonte de energia primária do país. Plano Nacional de Agroenergia: estratégias e ações – propostas de pesquisa, desenvolvimento, inovação e transferência de tecnologia –garantir sustentabilidade e competitividade para as cadeias produtivas. O Código Florestal Obrigatoriedade de proteger e usar, de forma sustentável, as florestas – uso produtivo da terra e a preservação da água, do solo e da vegetação. Incentivo à pesquisa científica e tecnológica – inovação para o uso sustentável do solo e da água – recuperação e preservação das florestas e demais formas de vegetação nativa. Uso das faixas marginais de qualquer curso d’água natural, perene e intermitente. Interatividade Aponte os fatores que caracterizam as atividades de agronegócio e agroenergia nos países emergentes. I. Pouca participação no comércio internacional. II. Alta concentração de renda, riqueza e do poder político. III. Infraestrutura precária dos modais de transportes. IV. Maior número de fazendas e estâncias voltadas ao atendimento às exportações. a) Estão corretos os itens I e IV. b) Estão corretos os itens II e IV. c) Está correto o item III. d) Está correto o item I. e) Estão corretos os itens II e III. A questão dos transportes no Brasil: entraves logísticos Escoamento da produção de bens entre diferentes regiões. Condições impactam decisivamente as decisões dos agentes econômicos e também os preços dos bens que são transacionados. Setores de transporte (rodovias, ferrovias, portos e aeroportos), energia, saneamento e telecomunicações. Conceitos fundamentais O transporte no Brasil, em sua grande maioria, é feito pelo modal rodoviário – tido por vários estudiosos como o mais caro e poluidor. Desvantagem competitiva dos produtos brasileiros contra os internacionais. Carências e problemas com os investimentos em nossa infraestrutura de transportes. Conceitos fundamentais PINHEIRO & FRICHTAK (2014: pg. 8) atribuem à burocracia estatal e às constatações de corrupção e desvios de recursos financeiros as razões dos parcos resultados. Dada sua pequena (para não dizer quase nula) capacidade de investimento, o setorpúblico tentou contar com a participação do setor privado através de concessões. O que atrai os investimentos em infraestrutura? Fortalecimento das Agências Reguladoras. Retomada de concessões e privatizações. Expectativas de bons retornos em projetos. Expansão do mercado de capitais. Atração de novos players, sejam nacionais ou internacionais. Capitalização de empresas públicas com apetite para os investimentos. Poucos investimentos no Brasil 2015: investimento em infraestrutura (transportes, energia elétrica, telecomunicações e saneamento – somou R$ 108,6 bi (1,84% do PIB) – queda nominal de 17% em relação aos R$ 130,9 bi (2,3% do PIB) aplicados no ano anterior. Consideram os técnicos, porém, que necessitamos investir em torno de 3% do PIB. Poucos investimentos no Brasil Fonte: livro-texto. Poucos investimentos no Brasil É preciso reforço nas fases de definição e de planejamento de concessões – quem elabora o projeto deve ficar afastado da concessão. Diminuição da participação do BNDES nos novos projetos. Alta taxa de juros: desestímulo à tomada de capital. O setor do Agronegócio é um dos mais ansiosos na busca de alternativas para a sustentação e ampliação de suas operações internas e, principalmente, de exportações. Os problemas trazidos por uma precária infraestrutura travam as oportunidades de crescimento, ainda maior nos números do setor, notadamente quanto às exportações. Poucos investimentos no Brasil A tonelada de soja, partindo de Sorriso, em Mato Grosso do Sul, chega ao porto de Santos com custo de logística de US$ 99. O custo dessa tonelada, transferida de Illinois, no centro-oeste dos Estados Unidos da América, chega ao porto de New Orleans, ao Sul, com um custo de US$ 51. Nosso transporte é por rodovia; naquele país há a utilização mais intensa da hidrovia. Investimentos em energia Setor que continua atraindo investimentos é o de geração e transmissão de energia eólica. Apresenta projetos menos complexos e com receita pouco afetada pelo desempenho da economia como um todo. Relação entre investimentos em infraestrutura e crescimento econômico Fórum Econômico Mundial (2015) classificou a infraestrutura de transportes brasileira na 77ª posição entre 140 nações que foram avaliadas. A CNT (Confederação Nacional dos Transportes, 2014): R$ 987 bi demanda por investimentos no setor. Grande potencial de retorno no longo prazo – exploração pelo setor privado dessas oportunidades de investimentos. Risco regulatório no Brasil Negociações ou renegociações entre governos e concessionários de serviços. Esse risco regulatório pode e deve ser mensurado de modo a não desestimular as aplicações em projetos de longo prazo, como são os direcionados para obras de infraestrutura. Diferentes tipos de riscos de regulação Gerados pela própria existência de regulação – revisões tarifárias podem determinar maiores riscos para as empresas. Regimes regulatórios fundamentados fortemente em incentivos, como tetos tarifários são mais arriscados para as firmas do que os de garantia de retorno. Risco institucional – além de aspectos específicos da empresa ou do mercado. Intervenções políticas ou regulatórias. Financiamento do investimento privado em infraestrutura Participação do governo nos financiamentos de infraestrutura tem sido muito alta – quase 80% do total – BNDES, CEF (Caixa Econômica Federal), oferecimento de garantias do Tesouro Nacional em operações com o Banco Mundial (BIRD) e o BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento). Tal participação gera um enorme stress sobre as contas públicas. Financiamento do investimento privado em infraestrutura Preocupação para definição de novos e modernos instrumentos de captação de recursos financeiros nos mercados, como as debêntures incentivadas. Tais papéis oferecem boa segurança e rentabilidade ao aplicador – escassez relativa de ativos de infraestrutura – capacidade de geração de caixa. Riscos aos portadores dessas debêntures na fase de implementação do projeto – restrições cada vez mais complexas quanto a licenciamento ambiental, desapropriação fundiária e baixa liquidez no mercado secundário de capitais. Infraestrutura e sustentabilidade ambiental Ganhos sociais e financeiros x custos externos ambientais. Projetos sempre em oposição aos objetivos de sustentabilidade ambiental. O Brasil é reconhecido por seu desempenho ambiental no uso de energias renováveis, como hidroeletricidade e etanol, criação de unidades de conservação e redução do desmatamento na Amazônia. É, de fato, entre os BRICS o país de melhor desempenho nesses quesitos. Preocupações com outros modais de transportes Cabotagem. Aeroportuário. Ferrovias. Hidrovias. Fonte: livro-texto. Interatividade Muito se atribui como Custo Brasil aos entraves logísticos, entre os quais, pode(m) ser considerado(s): I. Há intensa utilização das ferrovias, mas elas apresentam menor velocidade que outros modais. II. O transporte de cargas vale-se da grande oferta de rios e vias navegáveis, existentes no Centro-Oeste. III. Os rios brasileiros, caudalosos, apresentam as restrições das quedas e cachoeiras para uso como meio de transporte. IV. São insuficientes os investimentos em rodovias, que são, na atualidade, o grande canal de escoamento de nossos produtos. Interatividade Está correto o que se afirma em: a) apenas I. b) III e IV. c) apenas IV. d) I e II. e) II e III. Relações de trabalho, emprego e regulação no Brasil O elemento principal dos processos de produção é o trabalhador. Relacionamento entre o trabalho (emprego fornecido pela mão de obra, um dos fatores de produção) e o capital. Hierarquia fundamental da legislação Fonte: livro-texto. Evolução das relações de trabalho Revolução Industrial: Inglaterra, meados do século XVIII e que se expandiu para o mundo a partir do século seguinte. Primeira lei trabalhista: Moral and Health Act (Inglaterra): duração máxima da jornada de trabalho infantil 12 horas; proibição de trabalho em período noturno. Fonte: livro-texto. Evolução das relações de trabalho Tratado de Versalhes: criação da Organização Internacional de Trabalho (OIT) – formação de um direito do trabalho mundial. Brasil: trabalho livre e assalariado, impulsionado com a abolição da escravidão em 1888 e posterior vinda dos imigrantes europeus. Ministério do Trabalho surge em 1930, com Getúlio Vargas. Evolução das relações de trabalho Constituição de 1934: primeira a tratar de Direito do Trabalho no Brasil – liberdade sindical, salário mínimo, jornada de oito horas, repouso semanal, férias anuais remuneradas, proteção do trabalho feminino e infantil e isonomia salarial. O termo “Justiça do Trabalho” também apareceu pela primeira vez na Constituição de 1934. Reunião das normas trabalhistas em um único código: Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), 01/05/1943. Em 1948 é criada a OMS (Organização Mundial de Saúde), preocupada, entre outros, com a saúde e a segurança no trabalho. Evolução das relações de trabalho Revolução de 1964: instituição do FGTS – ampliava o poder de demissão das empresas. Práticas autoritárias e repressivas de gestão e a proibição das greves. Evolução das relações de trabalho Adaptação competitiva ao mercado global: processos generalizados de reestruturação produtiva dentro das empresas; fechamento de fábricas – enxugamento de plantas – redução de hierarquias; concentração da produção nas áreas ou produtosde maior retorno, terceirização, modernização tecnológica; redefinição organizacional dos processos, resultando em grande número de demissões. Participação dos organismos internacionais Normas produzidas pela OIT – Convenções e Recomendações. Contribuíram efetivamente para a aprovação de leis e regulamentos nos ordenamentos jurídicos do Brasil e de diversos países. Oito convenções fundamentais da OIT Trabalho forçado. Liberdade sindical e a proteção do direito sindical. Direito de sindicalização e de negociação coletiva. Igualdade de remuneração. Abolição do trabalho forçado. Discriminação (emprego e profissão). Idade mínima para admissão a emprego. Proibição das piores formas de trabalho infantil e a ação imediata para a sua eliminação. Produtividade e reforma trabalhista Estudos comparam a produtividade atual do trabalhador brasileiro, neste início do século XXI, com a que se verificava no início dos anos 1950, quando o Brasil estava praticando/ iniciando seu processo de industrialização. Produtividade e reforma trabalhista Fonte: livro-texto. Migração de trabalhadores O Brasil é signatário da IOM (International Organization for Migration), fundada em 1951. A IOM reconhece a inter-relação entre migração e desenvolvimento econômico, social e cultural – e o direito de liberdade de locomoção. A IOM estima que 105 milhões de pessoas estão trabalhando em um país diferente do seu local de nascimento. Segundo suas estatísticas, a mobilidade de trabalhadores tem sido uma característica chave da globalização e da economia global. Os custos trabalhistas como fator importante do custo Brasil Fonte: livro-texto. Globalização, tecnologia e alterações nas relações de trabalho Atividades econômicas passaram progressivamente a se desenvolver de forma quase independente dos recursos disponíveis em um território nacional: favorecimento da mobilidade dos fatores produtivos. É consenso que o progresso técnico melhora os padrões de subsistência das sociedades à medida que aumenta o padrão gerado por trabalhador. Medições do emprego (desemprego) Para os neoclássicos, só se admitia a existência de dois tipos de desemprego: Friccional ou natural: período de tempo em que um ou mais indivíduos se desempregam de um trabalho para procurar outro ou quando o trabalhador está em um período de transição de um para outro trabalho – mobilidade da mão-de-obra; Voluntário: ocorre quando o trabalhador não deseja trabalhar aos preços (salários) vigentes no mercado. Medições do emprego (desemprego) O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) conceitua pessoas desocupadas como a parcela da PEA (População Economicamente Ativa) que engloba indivíduos sem trabalho no período analisado, mas que estavam disponíveis para assumir um trabalho e que tomaram alguma providência efetiva para conseguir trabalho. Informalidade no mercado de trabalho Globalização e políticas com foco primordial na estabilização econômica têm sido os fatores, segundo alguns estudiosos, para que se verifiquem na atualidade as condições de informalidade no mercado de trabalho. Assimetrias no mercado de trabalho Fonte: livro-texto. Considerações finais Fatores externos (sociais ou político-econômicos) têm afetado a forma como entendemos e executamos o trabalho. A importância da melhora das condições e da produtividade do trabalho é crucial para a superação de pobreza e subdesenvolvimento. É também fundamental quando se aborda o crescimento individual e as próprias condições de equilíbrio e condições emocionais do indivíduo. Interatividade A propósito da conexão entre produtividade e reforma trabalhista, pode(m) ser considerado(s) correto(s) que: I. A maior ou menor produtividade do trabalho é menos importante do que as questões de infraestrutura. II. O país somente contou com alta produtividade do trabalho na época anterior à chegada dos imigrantes, no final do século XIX. III. A globalização, apesar de ter aumentado de intensidade, não afetou as condições de trabalho. IV.Muitos autores consideram que é condição indispensável para o crescimento do país a rápida implementação de uma reforma trabalhista. Interatividade a) Estão corretos os itens II e III. b) Estão corretos os itens I e IV. c) Está correto o item II. d) Está correto o item IV. e) Estão corretos os itens I e II. A Economia da Saúde no Brasil Por que estudar a Economia da Saúde? A população com saúde é mais produtiva e pode contribuir para o crescimento e desenvolvimento econômico da nação. Conceitos fundamentais Economia da saúde: ramo de conhecimento referente à análise, formulação e implementação dos procedimentos e das políticas de saúde. Análise e desenvolvimento de metodologias de financiamento do sistema, mecanismos de alocação de recursos, apuração de custos, avaliação tecnológica etc. Visa atingir aumento de eficiência no uso dos recursos públicos e a adequada distribuição dos benefícios de saúde pela sociedade. Interesses da economia da saúde Fonte: livro-texto. Altos custos do sistema de saúde Mudanças demográficas. Urbanização. Envelhecimento da população. Proporção entre ricos e pobres na população. Aumento da expectativa de vida. Introdução e disseminação de novas tecnologias. Custos dos fornecedores de recursos para a saúde. Aumento do número e da remuneração de médicos. Aumento do número de pacientes. Gastos com saúde Fonte: livro-texto. Gastos com saúde no Brasil . Fonte: livro-texto. Gastos com saúde no Brasil Gastos com saúde alcançaram 8% do PIB em 2013. O consumo final de bens e serviços de saúde totalizou, em 2013, R$ 424 bilhões. Fonte: livro-texto. Características do mercado de saúde Comportamento bem distinto em relação aos outros mercados. A demanda por esses serviços é irregular e imprevisível, com grande probabilidade de perda ou redução na capacidade dos indivíduos de auferir renda (a doença gera custos médicos e não médicos). Nesse mercado inexiste a livre entrada de ofertantes (barreiras como a exigência de obtenção de licenças e os custos são elevados): situação de monopólio e perda de bem-estar. Histórico da saúde pública no Brasil Em 1988, nova ordem jurídica, assentada na Constituição, define o Brasil como um Estado Democrático de Direito e proclama a saúde um direito de todos e dever do estado. Surge o SUS (Sistema Único de Saúde), colocando, em teoria, o Brasil entre os mais desenvolvidos nessas políticas sociais. O SUS – Sistema Único de Saúde Muitos debitam as falhas do sistema a subfinanciamentos; outros à má gestão dos recursos, ambos relevantes. O financiamento e a gestão do SUS são de responsabilidade das três esferas de governo: União, estados e municípios. Dada a extensão e a complexidade da federação brasileira, as ações do Ministério da Saúde devem ser desenvolvidas de forma a atingir as diferentes regiões do país. Transição demográfica Três premissas fundamentais Início: queda do índice de mortalidade por conquistas sociais muito associadas ao progresso técnico. Depois: melhoria dos sistemas de saneamento (áreas urbanas). Novas descobertas: controle e combate a doenças transmissíveis. A redução precoce das taxas de mortalidade comparativamente às de natalidade costuma promover ritmos acelerados de crescimento populacional. Transição demográfica Fonte: livro-texto. O gap populacional No começo do envelhecimento háaumento relativo da população em idade ativa: reflexo dos níveis de natalidade elevados do passado. Este período é o do chamado de gap populacional: maior número de agentes econômicos na ativa do que os que são inativos. Com a aproximação dos baixos níveis de natalidade e mortalidade há uma estagnação das taxas de crescimento, diminuindo o peso da população em idade ativa. O gap populacional É fundamental que na elaboração de políticas públicas para as áreas sociais – especialmente para a área da Saúde – seja levado em consideração o processo de transição demográfica no país, com suas diferenças regionais. O gap populacional Fonte: livro-texto. Transição nutricional CAMPINO (2011: pg. 389) conclui que a transição nutricional está associada à dieta urbana e ocidental, caracterizada por: alta proporção de calorias (açucares, óleos e gorduras); grande quantidade de produtos de origem animal; alto consumo de carboidratos refinados, alimentos industrializados e gordura saturada; baixo consumo de fibras. Transição epidemiológica Clássico ou Ocidental: progressiva redução na mortalidade e fecundidade e o predomínio de doenças degenerativas (EUA e Europa Ocidental). Acelerado: rápida e acentuada queda de mortalidade e fecundidade e inversão nas causas de óbito (Japão – 2ª metade do século XX). Tardio ou Contemporâneo: queda de mortalidade, mais lenta e recente que a observada nos países desenvolvidos e não sequenciada pela queda na fecundidade na mesma proporção (países subdesenvolvidos). Interatividade Quando se estuda a economia da saúde, fala-se das três transições: demográfica, nutricional e epidemiológica. Aponte a(s) assertiva(s) correta(s). I. A transição nutricional revela as mudanças de alimentação das camadas da população brasileira. II. A transição epidemiológica é explicada pelo baixo crescimento populacional do Brasil no século XXI. III. Observa-se constância dos esquemas nutricionais do país desde os anos 1930. IV.Devem ocorrer mudanças de foco nos cuidados e dispêndios relacionados com diferentes tipos de doenças. Interatividade Está correto o que se afirma em: a) apenas I. b) apenas III. c) I e IV. d) II e III. e) apenas IV. ATÉ A PRÓXIMA!
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