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RESUMO ADMINISTRATIVO II

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RESUMO ADMINISTRATIVO
DESAPROPRIAÇÃO INDIRETA
 Desapropriação indireta é o fato administrativo pelo qual o Estado se apropria do bem particular, sem observância dos requisitos da declaração e da indenização prévia. Costuma ser equiparada ao esbulho podendo ser obstada por meio de ação possessória.
Requisitos da desapropriação indireta: 
Apossamento do bem pelo estado sem prévia observância do devido processo legal
Afetação do bem (destinação do bem a uma finalidade publica)
Irreversibilidade da situação fática.
Se o bem foi afetado a uma finalidade publica: resta ao proprietário ação de desapropriação indireta, ajuizada pelo particular.
Cabe transformar uma das ações em desapropriação indireta caso o bem seja afetado no curso da ação.
Há primeiro a perda da posse e depois a indenização
Prazo prescricional de 20 anos.
DESAPROPRIAÇÃO DE PROPRIEDADE PRIVADA
Todas as modalidades de intervenção na propriedade privada  restringem o direito à propriedade, exceto a desapropriação, que suprime mencionado direito.
A desapropriação priva o proprietário do seu direito à propriedade, transferindo esse direito para o Poder Público, mediante indenização. Três motivos podem fundamentar a desapropriação:
a) a necessidade pública;
b) a utilidade pública; ou
c) o interesse social.
• A necessidade pública tem seu fundamento em situações extremas, de emergência, como calamidades, por exemplo.
• A utilidade pública tem seu fundamento em situações de conveniência e oportunidade para a Administração Pública, situações não emergenciais.
• O interesse social tem por fundamento a redução das desigualdades sociais e regionais. Por meio dele, o Estado desprestigia o mau uso da propriedade, suprimindo esse direito do respectivo titular, para destiná-lo a pessoas comprovadamente carentes.
Como se vê, para que se viabilize a desapropriação, há que se indenizar o proprietário. Essa indenização deve ser prévia, justa e em dinheiro, ao menos de regra. Isto porque o citado inciso XXIV é claro: “ressalvados os casos previstos nesta Constituição”.
Vejamos, então, quais casos são ressalvados pela Constituição Federal de 1988. O primeiro deles está previsto no artigo 182, §4º, III:
Art. 182. A política de desenvolvimento urbano, executada pelo Poder Público municipal, conforme diretrizes gerais fixadas em lei tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e garantir o bem-estar de seus habitantes.
§ 4º - É facultado ao Poder Público municipal, mediante lei específica para área incluída no plano diretor, exigir, nos termos da lei federal, do proprietário do solo urbano não edificado, subutilizado ou não utilizado, que promova seu adequado aproveitamento, sob pena, sucessivamente, de:
I - parcelamento ou edificação compulsórios;
II - imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana progressivo no tempo; 
III - desapropriação com pagamento mediante títulos da dívida pública de emissão previamente aprovada pelo Senado Federal, com prazo de resgate de até dez anos, em parcelas anuais, iguais e sucessivas, assegurados o valor real da indenização e os juros legais.
A regra para desapropriação de imóveis urbanos, como se vê, é a mesma no art. 5º, inciso XXIV, qual seja, prévia e justa indenização em dinheiro. No entanto, caso a propriedade urbana seja não edificada, subutilizada ou não utilizada, isto é, caso ela descumpra sua função social, o respectivo proprietário poderá, em último caso, sofrer a desapropriação do bem imóvel. Nesse caso, a indenização não será feita em dinheiro, mas em títulos da dívida pública, com prazo de resgate de até 10 anos, em parcelas iguais, anuais e sucessivas.
Outra hipótese de desapropriação que foge à regra estampada no art. 5º, XXIV da Constituição Federal está no seu art. 184. 
Art. 184. Compete à União desapropriar por interesse social, para fins de reforma agrária, o imóvel rural que não esteja cumprindo sua função social, mediante prévia e justa indenização em títulos da dívida agrária, com cláusula de preservação do valor real, resgatáveis no prazo de até vinte anos, a partir do segundo ano de sua emissão, e cuja utilização será definida em lei.
§ 1º - As benfeitorias úteis e necessárias serão indenizadas em dinheiro.
§ 2º - O decreto que declarar o imóvel como de interesse social, para fins de reforma agrária, autoriza a União a propor a ação de desapropriação.
§ 3º - Cabe à lei complementar estabelecer procedimento contraditório especial, de rito sumário, para o processo judicial de desapropriação.
§ 4º - O orçamento fixará anualmente o volume total de títulos da dívida agrária, assim como o montante de recursos para atender ao programa de reforma agrária no exercício.
§ 5º - São isentas de impostos federais, estaduais e municipais as operações de transferência de imóveis desapropriados para fins de reforma agrária.
Portanto, quando o imóvel rural é que descumpre sua função social, ele pode ser desapropriado para fins de reforma agrária. Nesse caso, a indenização também não será feita em dinheiro, mas em títulos da dívida agrária, resgatáveis no prazo de até 20 anos, a partir do 2º ano da sua emissão.
Nesse contexto, exceção seja feita, nos termos do parágrafo primeiro do citado artigo 184, às benfeitorias úteis e necessárias. Estas, e apenas estas, deverão ser indenizadas em dinheiro.
Ainda sobre a desapropriação para fins de reforma agrária, é importante conhecer o teor do art. 185 da Constituição Federal. 
Art. 185. São insuscetíveis de desapropriação para fins de reforma agrária:
I - a pequena e média propriedade rural, assim definida em lei, desde que seu proprietário não possua outra;
II - a propriedade produtiva.
Parágrafo único. A lei garantirá tratamento especial à propriedade produtiva e fixará normas para o cumprimento dos requisitos relativos à sua função social.
Por fim, outra hipótese de indenização que constitui ressalva à regra do art. 5º, XXIV da Constituição Federal está em seu artigo 243. Vejamos:
Art. 243. As glebas de qualquer região do País onde forem localizadas culturas ilegais de plantas psicotrópicas serão imediatamente expropriadas e especificamente destinadas ao assentamento de colonos, para o cultivo de produtos alimentícios e medicamentosos, sem qualquer indenização ao proprietário e sem prejuízo de outras sanções previstas em lei.
Parágrafo único. Todo e qualquer bem de valor econômico apreendido em decorrência do tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins será confiscado e reverterá em benefício de instituições e pessoal especializados no tratamento e recuperação de viciados e no aparelhamento e custeio de atividades de fiscalização, controle, prevenção e repressão do crime de tráfico dessas substâncias.
Nesses casos, como se vê, nenhuma indenização será devida, dado o caráter punitivo da medida, que não está presente nas demais hipóteses autorizadoras da desapropriação.
REQUISIÇÃO ADMINISTRATIVA
Requisição é o instrumento de intervenção estatal mediante o qual, em situação de perigo público iminente, o Estado utiliza bens móveis, imóveis ou serviços particulares com indenização ulterior, se houver dano.
A requisição administrativa pode ser civil ou militar. A requisição militar objetiva o resguardo da segurança interna e a manutenção da soberania nacional, diante de conflito armado, à saúde e aos bens da coletividade, diante de inundação, incêndio, sonegação de gêneros de primeira necessidade, epidemias, catástrofes etc.
CONCURSO PÚBLICO
O concurso público se dará por meio de provas ou de provas e títulos.
Há a possibilidade de concurso interno, se não houver mudança do cargo e só se elevar na carreira.
O requisito de psicotécnico só pode ser feito por lei, conforme súmula 686 do STF.
SÚMULA 686 DO STF: Só por lei se pode sujeitar a exame psicotécnico a habilitação de candidato a cargo público.
A exigência de determinado sexo e de limite de idade só se for compatível com as atribuições do cargo (sumula 683 STF)e só se fixado o limite em lei.
Súmula 266 do STJ: O diploma deve ser exigido por ocasião da posse.
Portadores de deficiência: Reservados um percentual dos cargos e empregos oferecidos, a lei fixará o percentual mínimo e máximo.
EXCEÇÕES AO CONCURSO: 
Contratação temporária(processo seletivo mais simplificado)
Cargo em comissão e funções públicas
Agentes comunitários de saúde e agentes de combate às endemias: processo seletivo publico.
Estabilizados, art. 19 A,DCT: Art. 19. Os servidores públicos civis da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, da administração direta, autárquica e das fundações públicas, em exercício na data da promulgação da Constituição, há pelo menos cinco anos continuados, e que não tenham sido admitidos na forma regulada no art. 37, da Constituição, são considerados estáveis no serviço público.
NÃO OBSERVÂNCIA DO CONCURSO: Haverá uma nulidade do ato e punição da autoridade responsável, a contratação não gerará efeitos trabalhistas, salvo, saldo de salário(extremamente controvertido).
Validade do concurso: 02 anos, prorrogável por uma única vez por igual período. Não poderá ter prorrogação após o prazo expirado.
Durante o prazo do concurso: Não há direito a nomeação e sim expectativa de direito. Só haverá direito subjetivo se a ordem classificatória não for respeitada. 
OBS: Os classificados dentro do número de vagas TÊM DIREITO DE NOMEAÇÃO, CONFORME ENTENDIMENTO DO STF.
SERVIDOR PÚBLICO
AGENTE PÚBLICO: Todos os que estão inseridos na administração publica ou que estão fora da administração pública exercendo função pública.
Independe de vínculo jurídico.
Vinculo pode ser temporário ou permanente
Pode ser com ou sem remuneração.
Quadro de agente públicos:
Agentes políticos
Vontade superior do estado, pois são cargos estruturais da organização política do país: membros de poder.
Regime jurídico previsto em lei ou CF: Estatutário
Possível modificação do regime sem a anuência.
Chefes do executivo, vices, ministros de estado, secretários estaduais e municipais e membros do legislativo: eleitos ou nomeados.
Membros do MP e Judiciário: Ingressam por concurso, podendo ser agentes públicos ou servidores públicos titulares de cargos.
Servidores Estatais: 
Representa o conjunto de agentes que atuam na administração direta e indireta, excluindo-se os agentes públicos.
Atuam na administração direta e indireta, sejam pessoas jurídicas de direito publico ou privado.
Subdividem-se em:
Servidores Públicos:
Atuam nas pessoas da administração direta e nas pessoas da administração indireta de direito público.
Podem ser: Civis, militares(PM e corpo de bombeiros) e militares das forças armadas.
Também divididos em: 
Estatutário: por estatuto
Empregados: CLT
Temporários: art. 37, IX - a lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público;
REGIME JURÍDICO DOS SERVIDORES
Regime jurídico ÚNICO: todos da administração direta e indireta de direito publico deveriam uniformizar o regime: União, estatutário, estados estatutário e nos municípios celetista.
REGIME JURÍDICO: ESTATUTÁRIO E CELETISTA
Celetista ou contratual: Os direitos e obrigações constituídos por ocasião da avença são IMUTÁVEIS unilateralmente e passam a gerar direito adquirido, só podendo ser modificada com o consentimento de ambos.
Estatutário: Não há direito adquirido, podendo o Estado alterar unilateralmente, só havendo direito adquirido ao que já foi incorporado (só podem ser dispensados por PAD, sentença transitada em julgado e etc...)
ESTABILIDADE DOS SERVIDORES PÚBLICOS
No Direito Administrativo indica a garantia de permanência no serviço público assegurada aos servidores nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público, após três anos de efetivo exercício.
Está disciplinada no art. 41 da Constituição, com a redação dada pela Emenda 19/98.
O servidor público estável apenas perderá o cargo:
em virtude de sentença judicial transitada em julgado;
Mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada a ampla defesa
Por procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma da lei complementar, assegurada ampla defesa.
Há também a possibilidade de perda do cargo estabelecida no art. 169, § 4º, da Constituição, ou seja, caso a despesa com o pessoal exceda os limites estabelecidos em lei complementar. Trata-se de menção à lei de responsabilidade fiscal, sendo a hipótese disciplinada também na Lei nº 9.801/99.
Decorrem da estabilidade os direitos à reintegração, à disponibilidade e ao aproveitamento.
ESTABILIDADE DE AGENTES PÚBLICOS
A estabilidade prevista no serviço público tem por finalidade garantir, ao servidor público, que sua dispensa não seja sem motivo ou por qualquer situação que não se enquadre nas hipóteses previstas na Constituição Federal.
Diferente do que se pensa no dia a dia, a estabilidade não tem por fim manter o servidor público a qualquer custo no serviço público, mas sim garantir segurança aos servidores no desempenho de suas funções.
Logo, a estabilidade não beneficia os agentes, mas a própria administração no exercício das suas atribuições. Imaginem se um agente de trânsito irá aplicar uma multa ao filho do prefeito da cidade se, não sendo estável, estiver sujeito à perda do cargo por decisão do prefeito?
Todavia, nem todos os agentes públicos possuem estabilidade no serviço público. A Constituição prevê em seu art. 41, caput, que só o servidor público ocupante de cargo efetivo adquirirá a estabilidade, não incluindo os ocupantes de emprego público, celetistas, apesar de concursados, ou cargos em comissão. É de três anos de exercício o período para que o servidor adquira a estabilidade. Para isso, passará por uma avaliação especial de desempenho feita por uma comissão especial.
AGENTES PUBLICOS DE FATO E PUTATIVO
AGENTES PÚBLICOS DE FATO
Cada agente público executa uma função pública, na qual foi regularmente investido pelo Estado. Estes agentes são agentes de direito.
Existem, entretanto, agentes que desempenham funções, em caráter temporário ou permanente, sem que estejam regularmente investidos. São os agentes de fato.
O agente de fato desempenha função pública para atender a interesse público, tal como o agente de direito. Esta função é desempenhada pelo agente de fato em nome do Poder Público, em decorrência de uma situação excepcional ou por erro.
Não se deve confundir essa figura com a do usurpador. O usurpador é a pessoa que, sem nenhum título, nem investidura, e sem aparentar qualquer legitimidade, apodera-se de uma função pública pela fraude ou violência, para atingir a satisfação de interesses privados. O que distingue o agente de fato do usurpador é que, o primeiro cumpre a sua função com a aparência de legitimidade, enquanto o segundo carece totalmente dessa presunção.
Os agentes públicos de fato podem ser distinguidos em duas categorias: os agentes necessários e os agentes putativos.
Os agentes necessários são aqueles indivíduos que, em estado de necessidade pública, praticam atos e desempenham atividades, agindo como o faria o agente regularmente provido.
Os atos realizados por estes agentes são confirmados pelo Estado em razão da excepcionalidade da situação ocorrida e do interesse público; convalidando-se a competência do ato, e suprindo-se os demais requisitos legais.
O outro grupo é o dos agentes putativos. Esses agentes são os que desempenham funções públicas na presunção de que as estão exercendo com legitimidade, embora tenham sido investidos com violação do procedimento legalmente exigido. Um exemplo de agente putativo seria o de servidor que pratica inúmeros atos de administração tendo sido investido sem aprovação em concurso público.
Quanto aos agentes putativos, os seus atos praticados internamente, perante a Administração, padecem de vício de competência e, assim, não obrigam enquanto não forem objeto de sanatória. Porém, externamente, os seus atos têm os efeitosválidos, para evitar que terceiros de boa-fé sejam prejudicados pela falta de uma investidura legítima. A presumida boa-fé dos administrados é relativa, cedendo ante a prova de conluio ou pré-conhecimento por parte do terceiro, eventualmente beneficiado pela irregularidade da investidura do agente.

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