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Manual de Comércio Exterior 
 
 
INTRODUÇÃO 
A competência para tributar de cada ente público encontra-se claramente definida na 
Constituição Federal de 1988. Assim, foi vedado à União instituir isenção de tributos de 
competência dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios. Através da celebração de 
convênios no âmbito do CONFAZ, nos termos de Lei Complementar, os Estados e o Distrito 
Federal instituirão benefícios fiscais no limite de sua competência. 
A Constituição Federal ao atribuir esses limites quis preservar os princípios que norteiam a 
unidade federativa. Portanto, a legislação deve ser instituída e implementada, de forma a 
não prejudicar os interesses econômicos e políticos do país . 
Dentro desse contexto, a legislação do ICMS, principalmente por se tratar de imposto que 
incide sobre consumo, tendo como fato gerador a circulação de mercadorias e a prestação 
de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, deve guardar 
consonância com a legislação federal, evitando assim, conflito de leis, e por conseguinte, 
desagregação política e econômica. 
A política econômica, no que se refere ao comércio exterior, tem como seu maior 
instrumento o Imposto de Importação, “o qual é uti l izado para gravar o concorrente 
estrangeiro (função protecionista), ou para colocar o bem importado em condições de 
igualdade com o similar nacional (função equalizadora), ou ainda, para incentivar 
determinadas importações de bens ou produtos carentes no mercado interno (matérias 
primas, etc.), ou ainda para desenvolver e até inibir certos setores econômicos”. (Roosevelt 
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Baldomir Sosa - Comentários à Lei Aduaneira - Vol. II.). 
Os instrumentos util izados para implementar tal política vão desde o controle tarifário até a 
isenção ou suspensão dos tributos. Mas, para que estes tenham um maior alcance, mister se 
faz, que recebam tratamento coerente no que tange aos impostos internos ICMS e IPI. 
No momento atual, onde o fenômeno da globalização econômica e tecnológica entre os 
países registra uma aceleração, é imprescindível que os Estados e Distrito Federal respeitem 
como princípios básicos a política econômica e fiscal adotada pelo governo federal, 
fortalecendo assim a República como unidade federativa, sob pena do Brasil não ter 
competitividade frente aos demais países. 
Dentro dessa visão, procuramos estabelecer rotinas e procedimentos a serem adotados pelos 
prepostos fiscais na fiscalização das operações de importação e exportação, observando a 
legislação aduaneira, objetivando assim uniformizar a interpretação e a execução das 
normas tributárias do ICMS relativas a comércio exterior. 
Como veremos adiante, este manual procurou abranger todas as operações que envolvem o 
comércio exterior, de forma detalhada e objetiva, voltada para a aplicação no tempo e no 
espaço. 
Manual de Comércio Exterior 
 
 
PRIMEIRA PARTE - ASPECTOS DA LEGISLAÇÃO FEDERAL 
I - CONCEITOS ADUANEIROS 
1. Território Aduaneiro (art. 1º a 3º do RA - Regulamento Aduaneiro) 
O território aduaneiro compreende todo o território nacional, e abrange: 
a) zona primária, que compreende portos, aeroportos e pontos de fronteira declarados pela 
autoridade competente como alfandegados, a fim de que neles possam ser exercidos o 
controle aduaneiro; 
b) zona secundária, que compreende o restante do território aduaneiro não declarados 
como zona primária. 
2. Recinto alfandegado (art. 6º do RA) 
É o local onde se realizam os serviços aduaneiros, podendo ser: 
a) de zona primária, os pátios, armazéns, terminais e outros locais destinados à 
movimentação e ao depósito de mercadorias importadas ou destinadas à exportação, 
que devam movimentar-se ou permanecer sob controle aduaneiro, assim como as áreas 
reservadas à verificação de bagagens destinadas ao exterior ou dele procedentes, bem 
como as dependências de lojas francas (free shops); 
b) de zona secundária, os entrepostos, depósitos, terminais ou outras unidades destinadas 
ao armazenamento de mercadorias nas condições do inciso anterior, bem como as 
dependências destinadas ao depósito de remessas postais internacionais sujeitas a 
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controle aduaneiro. 
A realização de serviços aduaneiros na zona secundária tem por finalidade a 
descentralização do local do desembaraço, descongestionando a zona primária. 
3. Terminais Alfandegados (art. 15 a 27 do RA) 
Terminais alfandegados são locais definidos pela legislação aduaneira como pontos 
alfandegados onde podem ser executados os serviços aduaneiros, compreendendo: 
Estações Aduaneiras (terrestres) e Terminais Retroportuários (marítimos). 
3.1.Estações Aduaneiras (art. 16 e 17 do RA) 
Estação Aduaneira é o terminal alfandegado de uso público onde se executam serviços 
aduaneiros, podendo ser: 
de fronteira, quando situada em zona primária de ponto alfandegado de fronteira, ou em 
área a ela vinculada; 
interior, quando situada em zona secundária. 
3.2. Terminais Retroportuários Alfandegados (art. 23 a 27 do RA) 
Terminais retroportuários alfandegados são instalações retroportuárias onde se executam 
serviços de controle aduaneiro. 
Na importação, somente podem ser realizadas operações com mercadorias embarcadas em 
container, reboque ou semi-reboque. 
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II - OUTROS CONCEITOS 
1. Exportação Direta 
Quando o próprio fabricante ou produtor fatura seu produto diretamente ao comprador ou 
importador no exterior. 
2. Exportação Indireta 
Quando ocorre a venda no mercado interno com fim específico de exportação, através de 
um interveniente. Como regra geral, o interveniente pode ter como objeto social 
“exclusivamente a exportação”, ou sua atividade pode ser mista (compra e venda no 
mercado interno, exportação e importação). 
São intervenientes: 
• empresa comercial exclusivamente exportadora; 
• empresa comercial de atividade mista; 
• cooperativa ou consórcio de fabricantes ou exportadores (para efeitos fiscais, 
considerada como atividade mista). 
3. Venda equiparada a uma exportação - Trading Company 
As trading companies são as empresas comerciais exportadoras de que trata o Decreto-Lei 
Federal 1.248/72. De acordo com o Regulamento Aduaneiro, são estas empresas as 
beneficiárias do Regime de Entreposto Aduaneiro na Exportação, na modalidade de 
regime extraordinário. 
A operação de venda de mercadoria a uma trading company é equiparada a uma 
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exportação. 
4. Contrato de Câmbio 
É o documento que formaliza a operação de câmbio. O conteúdo do contrato de câmbio 
(que obedece a um padrão determinado pelo Banco Central) firma as características e as 
condições sob as quais se realiza a operação de compra e venda de moeda estrangeira. 
III - DESPACHO ADUANEIRO DE IMPORTAÇÃO (art. 411 a 437 do RA) 
Despacho aduaneiro de importação é o procedimento fiscal mediante o qual se processa o 
desembaraço aduaneiro de mercadoria procedente do exterior, seja ela importada a título 
definitivo ou não. 
O despacho aduaneiro se inicia na data do registro da Declaração de Importação, e se 
conclui com o desembaraço aduaneiro. 
1. Declaração de Importação - DI (art. 418 a 421 do RA) 
Documento base do despacho de importação. É preenchida pelo importador e apresentada 
à repartição sob cujo controle estiver a mercadoria, na zona primária ou na zona 
secundária. 
Será exigida Declaração de Importação: 
• sempre que os bens a despachar estejam compreendidos no regime de importação 
comum; 
• no despacho de automóveis, embarcações, aeronaves e outros veículos automotores, 
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ainda quando compreendidos no conceito de bagagem. 
• Não se exigirá DI nos seguintes casos: 
• mercadorias importadas pelos ministérios militares, declaradasde natureza sigilosa; 
• mala diplomática; 
• material de reposição e conserto para uso de embarcações ou aeronaves estrangeiras, 
que aportem em portos ou aeroportos nacionais, destinados a elas diretamente; 
• amostra insusceptível de comércio, até o valor estabelecido em norma federal, e 
importada sem cobertura cambial; 
• bagagem, exceto veículo automotor; 
• admissão temporária de rótulos, etiquetas, partes e peças para satélite Landsat; 
• modelos industriais, ou amostras comerciais para produção de bens exportados até o 
valor fixado em norma federal. 
A DI é composta dos seguintes anexos: 
a) Anexo I - contém informações sobre: valor aduaneiro da operação, especificação dos 
volumes, manifesto de carga, desembaraço aduaneiro e recebimento da mercadoria; 
b) Anexo II - contém informações individualizadas das mercadorias por NBM (atual NCM), 
e ainda o regime de tributação aplicado. Este anexo será composto por tantas adições 
quantas forem as diferentes mercadorias classificadas pela NBM (atual NCM); 
c) Anexo III - dele constam esclarecimentos sobre o valor aduaneiro, que é a base de 
cálculo para o imposto de importação, além de outras características da negociação, 
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como por exemplo a vinculação entre comprador e vendedor, casos de empresas 
coligadas, a existência de ajustes, etc. 
2. Declaração Complementar de Importação - DCI (art.421 do RA) 
Documento util izado para a retificação de informações prestadas na Declaração de 
Importação, ou a inclusão de outras. 
A DCI servirá também, para a indicação dos tributos, multas e acréscimos legais a serem 
pagos, por exigência da autoridade fiscal ou por iniciativa do contribuinte, mesmo após o 
desembaraço da mercadoria. 
3. Documentos que instruem o Despacho de Importação 
a) Guia de Importação (art. 432 e 433 do RA) 
Documento expedido pela SECEX - Secretaria do Comércio Exterior e agências bancárias 
habilitadas a prestar serviços de comércio exterior, tem por finalidade controlar as operações 
de importação. 
Como regra geral, deve ser emitida previamente ao embarque da mercadoria no exterior, 
salvo os casos expressamente previstos no Regulamento Aduaneiro. 
b) Fatura Comercial - “Commercial Inv oice” (art. 425 do RA) 
Documento emitido pelo exportador contendo informações identificadoras do exportador e 
do importador, especificação da mercadoria, frete, preço, etc. 
Há casos de não exigência da fatura comercial (importação a título gratuito, por exemplo). 
c) Conhecimento de Carga ou de Transporte (art.422 e 423 do RA) 
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É o documento que prova a posse e/ou a propriedade da mercadoria. 
A cada conhecimento de carga deverá corresponder um único despacho, salvo exceções 
estabelecidas pela Secretaria da Receita Federal. 
A depender do meio de transporte, o conhecimento tem característica e denominação 
diferentes, a saber: B/L (Bil l of Lading), para transporte marítimo e AWB (Air-Way Bill), para 
transporte aéreo. 
d) Certificado de Origem (art. 434 do RA) 
É um documento que atesta a origem de determinado produto, sendo requisito 
indispensável no caso de mercadorias que gozem de tratamento tributário favorecido em 
razão de sua origem, como as negociadas no âmbito do MERCOSUL, por seus países 
membros. 
Os certificados de origem deverão constar tanto na documentação que acompanha a 
importação de produto com tratamento tributário favorecido, como na exportação de 
produtos, em cujos países destinatários haja tratamento fiscal favorecido. 
IV - DESPACHO ADUANEIRO DE EXPORTAÇÃO 
Despacho aduaneiro de exportação é o procedimento fiscal mediante o qual se processa o 
desembaraço aduaneiro de mercadorias destinadas ao exterior, sejam elas exportadas a 
título definitivo ou não. Sujeita-se, ainda, a despacho de exportação, a mercadoria que 
importada a título não definitivo, deva ser objeto de reexportação. 
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1. Registros no SISCOMEX (Sistema Integrado de Comércio Exterior) 
O SISCOMEX - sistema integrado à rede SERPRO (Serviço Nacional de Processamento de 
Dados) é um instrumento administrativo que integra as atividades de registro, 
acompanhamento e controle das operações de comércio exterior, através de um fluxo único 
computadorizado de informações, tendo sido implantado a partir de 01/93, operando 
inicialmente as exportações. Nas importações o sistema começou a operar em caráter 
incipiente no ano de 1995. 
As principais funções do SISCOMEX são o Registro de Exportação (RE), o Despacho 
Aduaneiro e o Controle do Câmbio. 
Para operar o SISCOMEX, os exportadores poderão util izar-se de terminais próprios ou de 
terceiros (bancos, corretoras, despachantes). 
A operação do SISCOMEX compreende os seguintes registros: 
a) RE (Registro de Exportação) 
Conjunto de informações de natureza comercial, financeira, cambial e fiscal que caracteriza 
a operação de exportação de uma mercadoria e definem o seu enquadramento. É exigido 
para todas as exportações, exceto para aquelas relacionadas no Anexo “A” da Portaria SCE 
02/92 e suas alterações posteriores. 
A depender do produto ou da modalidade de pagamento da operação de venda, o 
exportador deverá proceder ainda ao Registro de Venda (RV) e/ou ao Registro de 
Operações de Crédito (RC). (v. portaria SCE 02/92). 
b) SD (Solicitação de Despacho) 
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A Solicitação de Despacho corresponde ao início do processo de despacho aduaneiro, 
quando o exportador indica os Registros de Exportação (RE) objeto de despacho e os dados 
sobre as notas fiscais correspondentes. 
c) CE (Comprov ante de Exportação) 
É o documento oficial emitido pelo Sistema na repartição aduaneira da Receita Federal, 
ao final de uma operação de exportação e se destina ao exportador. 
O comprovante de exportação relaciona todos os registros de exportação objetos de um 
mesmo despacho, informando suas principais características. 
2. Procedimentos 
O Despacho de Exportação terá por base declaração formalizada pelo exportador ou seu 
representante legal, que será apresentada à unidade da Secretaria da Receita Federal - 
SRF, com jurisdição sobre: 
a) estabelecimento do exportador, ou o recinto alfandegado onde se encontrar a 
mercadoria; 
b) porto, aeroporto ou ponto de fronteira alfandegado, por onde a mercadoria deixará o 
País. 
A declaração será feita através de terminal de computador conectado ao SISCOMEX, em 
qualquer ponto do território nacional, e consistirá na indicação: 
a) dos registros de exportação objeto do despacho; 
b) dos números, séries e datas de emissão das Notas Fiscais correspondentes; 
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c) da via de transporte uti l izada; 
d) do local alfandegado, quando for o caso; 
e) do peso bruto total e da quantidade total de volumes das mercadorias a despachar. 
O despacho somente poderá ter início, após o registro da exportação no SISCOMEX e 
dentro do prazo de validade deste registro. Durante o prazo de validade do RE, o 
exportador ou seu representante poderá efetuar alterações nos seus dados até que seja 
iniciado o despacho. Após o início do despacho (que ocorrerá quando a declaração 
formalizada pelo exportador receber a numeração específica), não será admitida qualquer 
alteração nos dados de registro de exportação. 
Poderá ser realizado o despacho no estabelecimento do exportador, cumpridas as seguintes 
exigências: 
a) existência de terminal de computador l igado ao SISCOMEX no local indicado para 
despacho da mercadoria; 
b) solicitação do exportador feita com antecedência mínima de cinco dias da data 
pretendida para realização do despacho; 
c) pedido deferido pelo chefe da repartição com jurisdição no local onde será realizado o 
despacho. 
Nesse caso (despacho aduaneiro realizado no estabelecimento do exportador ou em recinto 
alfandegadode zona secundária), a mercadoria seguirá até a repartição que jurisdiciona o 
local de embarque ou de transposição de fronteira, em regime de trânsito aduaneiro sob 
procedimento especial (sob controle do fisco federal), sendo acompanhada por extrato 
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emitido pelo SISCOMEX , visado pela autoridade competente que processa o despacho. 
Documentos que instruem o despacho de exportação: 
a) 1.ª via da Nota Fiscal; 
b) conhecimento e manifesto de carga; 
c) os indicados na legislação federal específica. 
V - REGIMES ESPECIAIS 
1. TRÂNSITO ADUANEIRO (art. 252 a 289 do RA) 
O regime especial de trânsito aduaneiro é o que permite o transporte de mercadoria, sob 
controle aduaneiro, de um ponto a outro do território aduaneiro, com suspensão de tributos. 
O regime subsiste do local de origem ao local de destino, e desde o momento do 
desembaraço para trânsito aduaneiro pela repartição de origem, até o momento em que a 
repartição do destino certifica a chegada da mercadoria. 
O trânsito aduaneiro abrange as operações de importação e exportação, bem como os casos 
de passagem pelo território aduaneiro, definidos como tal pela legislação aduaneira. 
No processo de despacho para trânsito aduaneiro, a fiscalização federal adota os seguintes 
procedimentos: 
a) conferência para trânsito, que será realizada em presença do beneficiário do regime e 
do transportador; 
b) aplicação de cautelas fiscais, visando impedir a violação dos volumes, recipientes e, se 
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for o caso, do veículo transportador. São cautelas fiscais aplicáveis isolada ou 
cumulativamente: 
• lacração: a aplicação, em ponto determinado do volume, recipiente ou veículo, de 
selo ou qualquer dispositivo que impeça o acesso ao conteúdo ou ao interior, sem 
violação que deixe indícios visíveis e indisfarçáveis; 
• sinetagem: gravação, no dispositivo de lacração, por meio de instrumento dotado 
de estampo apropriado, de símbolo, número, código ou marca identificativa da 
repartição ou do funcionário que efetuou a lacração; 
• cintagem: a aplicação de cintas ou amarras que impeçam a abertura dos volumes; 
• marcação: a aplicação de etiquetas, rótulos ou outras marcas que identifiquem 
claramente os volumes, recipientes ou mercadorias, de modo a facil itar o controle do 
fisco; 
• acompanhamento fiscal - somente será determinado em casos excepcionais. 
c) emissão e registro da DTA (Declaração de Trânsito Aduaneiro). A legislação aduaneira 
permite que a conferência fiscal possa ocorrer em locais de zona secundária, tais como: 
• recintos alfandegados; 
• domicílio do importador; 
• excepcionalmente, em outros locais. 
Para tanto, se faz necessária autorização para remoção na Declaração de Importação, ou 
documento equivalente pela autoridade fiscal aduaneira. Nesses casos, havendo a 
circulação da mercadoria, o fisco estadual ainda não poderá exigir o ICMS, pois o fato 
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gerador ainda não ocorreu. 
Ainda sobre o regime de trânsito aduaneiro, vale ressaltar o que estabelece o artigo 265 do 
RA, em seu Parágrafo Único: 
“O trânsito por via rodoviária será feito preferencialmente pelas vias principais, onde houver 
melhores condições de segurança e policiamento, uti l izando-se, sempre que possível, o 
percurso mais direto”. 
2. ADMISSÃO TEMPORÁRIA (art. 290 a 313 do RA) 
O regime especial de admissão temporária é o que permite a importação de bens que 
devam permanecer no País durante prazo fixado, com suspensão de tributos, na forma e 
condições descritas na legislação aduaneira. 
As condições básicas para aplicação do regime são: 
a) constituição das obrigações fiscais em termo de responsabilidade; 
b) uti l ização dos bens dentro do prazo fixado e exclusivamente para os fins previstos; 
c) identificação dos bens de acordo com a norma aduaneira. 
Esse regime é concedido por um ano prorrogável por igual período, podendo em situações 
especiais ser permitida nova prorrogação, respeitado o limite de cinco anos. 
3. DRAWBACK (art. 314 a 333 do RA) 
Regime aduaneiro especial, que possibil ita a importação de mercadorias com benefícios 
fiscais, mediante compromisso de exportação de produtos, em cuja composição é aplicado 
um percentual pré-determinado das mercadorias importadas. 
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O instituto do “drawback” foi criado pela lei federal nº 2.145 de 29.12.53, tendo como 
finalidade oferecer incentivo à exportação através de concessão de benefícios fiscais nas 
importações de mercadorias. 
O benefício do “drawback” se aplica às importações de mercadorias, matérias-primas, 
insulso, partes e componentes que submeter-se-ão ao processo de beneficamente, 
industrialização, embalagem e acondicionamento de mercadorias já exportadas ou a 
exportar. 
Existem as seguintes modalidades de “drawback”. 
• com suspensão de impostos; 
• com isenção de impostos; 
• com restituição de impostos; 
4. ENTREPOSTO ADUANEIRO (art.335 a 355 do RA) 
O regime de entreposto aduaneiro é o que permite, na importação e na exportação, o 
depósito de mercadorias, em local determinado, com suspensão do pagamento de tributos 
e sob controle fiscal. Esse regime tem como base operacional uma unidade de 
entrepostamento de uso público ou de uso privativo, onde as mercadorias ficarão 
depositadas. 
Poderão ser permissionárias de entreposto de uso público: as empresas de armazéns gerais, 
as empresas comerciais exportadoras de que trata o Decreto-Lei no 1248, de 29 de 
novembro de 1972 (“trading companies”) e as empresas nacionais prestadoras de serviço de 
transporte internacional de carga. 
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A exploração de entreposto de uso privativo será permitida apenas na exportação e 
exclusivamente por “trading companies”. 
Poderá ser alfandegado como unidade de entreposto aduaneiro, a título temporário, o local 
destinado a receber mercadoria estrangeira para exposição, feira ou outro evento do 
gênero. 
O Entreposto Aduaneiro pode ocorrer na importação e na exportação, contemplando nesta 
o regime comum e o regime extraordinário. Ocorre este regime, quando a mercadoria é 
depositada por conta e ordem de “trading company”. 
Como regra geral, o prazo de permanência no regime é de um ano, salvo prorrogações 
autorizadas, exceto nos casos de regime extraordinário. 
5. ENTREPOSTO INDUSTRIAL (art. 356 a 368 do RA) 
É o regime que permite a suspensão de impostos, na entrada no País, de matéria-prima e 
produtos intermediários (insumos), cuja finalidade é a de comporem produtos que, ali 
fabricados, sejam destinados à exportação ou, eventualmente, ao mercado interno. Essa 
venda no mercado interno sujeita-se apenas ao pagamento dos impostos incidentes sobre a 
quantidade e espécie dos componentes estrangeiros contidos no produto. 
6. EXPORTAÇÃO TEMPORÁRIA (art. 369 a 388 do RA) 
Considera-se exportação temporária a saída do País de mercadoria nacional ou 
nacionalizada, condicionada à reimportação em prazo determinado, no mesmo estado ou 
após submetida a processo de conserto, reparo ou restauração. 
A legislação aduaneira define os bens aos quais se aplicam o regime de exportação 
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temporária. 
VI - REGIMES ATÍPICOS 
1. ZONA FRANCA DE MANAUS - ZFM (art. 389 a 395 do RA) 
A ZFM é uma área de livre comércio de importação e de exportação e de incentivos fiscais 
especiais, estabelecida com a finalidade de criar no interior da Amazônia um centro 
industrial, comercial e agropecuário dotado de condições econômicas que permitam seu 
desenvolvimento, em face dos fatores locais e da grande distância a que se encontram os 
centros consumidores de seus produtos. 
Excluem-se dos benefícios fiscais concedidos em legislação específica para a ZFM, nos 
termos da legislação aduaneira: 
• armas e munições; 
• perfumes;• fumo; 
• bebidas alcoólicas; 
• automóveis de passageiros. 
2. LOJAS FRANCAS - “FREE-SHOP” (art. 396 e 397 do RA) 
Estabelecimentos comerciais localizados na zona primária de porto ou aeroporto 
autorizados a funcionarem nos termos e condições fixados pelo Ministro da Fazenda, 
destinados à venda de mercadoria nacional ou estrangeira a passageiros de viagens 
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internacionais, para pagamento em cheque de viagem ou moeda estrangeira conversível. 
3. DEPÓSITO ESPECIAL ALFANDEGADO (art. 398 a 401 do RA) 
Poderá ser autorizado o funcionamento de depósito especial alfandegado de uso exclusivo 
do importador, para a estocagem de partes, peças e materiais de reposição para veículos e 
equipamentos estrangeiros, em uso no País e empregados na prestação de serviços, nos 
casos definidos pelo Ministro da Fazenda. 
4. DEPÓSITO AFIANÇADO (art. 402 a 406 do RA) 
Depósito afiançado é o local alfandegado destinado, mediante liberação da autoridade 
aduaneira, à guarda de materiais de manutenção e preparo de embarcações e aeronaves 
util izadas no transporte comercial internacional, de empresas autorizadas a operar nesse 
serviço. 
Poderá também, ser autorizado depósito afiançado de empresa de transporte rodoviário 
estrangeira. 
Os depósitos das empresas de navegação marítima ou aérea deverão localizar-se na zona 
primária, podendo, os das empresas de transporte rodoviário, localizar-se na zona 
secundária. 
5. DEPÓSITO FRANCO (art. 407 a 409 do RA) 
Depósito franco é o recinto alfandegado, instalado em porto brasileiro, para atender ao 
fluxo comercial de países limítrofes com terceiros países, a exemplo do que ocorre no Porto 
de Paranaguá, que atende ao Paraguai, e no Porto de Santos, que atende à Bolívia. 
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Só é admitida a instalação de depósito franco, quando autorizada em acordo ou convênio 
internacional firmado pelo Brasil. 
VII - BENEFÍCIO FISCAL 
BEFIEX - Programa de Benefícios Fiscais à Exportação, criado pelo Decreto-Lei Federal 
2.433/88, que isenta/reduz o I.I. (Imposto sobre Importações) de máquinas, equipamentos, 
aparelhos, instrumentos e materiais, e seus respectivos acessórios, sobressalentes e 
ferramentas, destinados a integrar o ativo imobilizado de empresa industrial. O Programa 
contempla ainda, outros benefícios que, no entanto, não são objetos de isenções do ICMS. 
O Programa estabelece que as empresas titulares dos benefícios deverão se comprometer, 
através de termo firmado, a apresentar saldo global positivo de divisas, ano a ano. 
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SEGUNDA PARTE - AUDITORIA EM ESTABELECIMENTOS 
I - CONCEITUAÇÃO DAS FUNÇÕES PARTICIPANTES 
No caso da auditoria em empresas importadoras e/ou exportadoras, a conceituação das 
funções participantes no processo não é diferente das funções nas demais auditorias fiscais. 
De um lado o Auditor Fiscal, preposto autorizado pela Administração Fazendária para 
examinar as operações realizadas por contribuintes do ICMS, objetivando a apuração 
correta do imposto. De outro lado o auditado, pessoa jurídica ou física que realize operação 
com mercadoria destinada ou oriunda do exterior. 
II - IMPORTÂNCIA DA AUDITORIA 
A auditoria fiscal realizada não só em estabelecimentos como no trânsito de mercadoria, 
tem uma função importantíssima para uma correta aplicação da legislação tributária no 
tempo e no espaço. 
Embora tenha um efeito corretivo com relação ao passado, contudo influencia de forma 
preventiva evitando o cometimento de erros no futuro. 
O ideal seria que a auditoria existisse sempre em caráter preventivo e nunca punitivo. 
Contudo, a ação fiscal está amparada numa legislação que rege os procedimentos 
administrativos fiscais, onde o preposto fiscal desempenha uma atividade totalmente 
vinculada não só ao RPAF, como ao RICMS. 
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Isso não invalida o escopo básico da auditoria, que é a verificação da correta aplicação da 
lei. Portanto, quanto mais breve ela ocorrer, mais cedo o contribuinte corrigirá 
procedimentos adotados de forma errônea. 
Nas questões puramente interpretativas, o contribuinte tem a oportunidade de rever 
posicionamentos, face aos resultados da auditoria, mantido obviamente o seu direito de 
discutir até a última instância. 
Essa é a real função participante da auditoria no processo de interação entre fisco e 
contribuinte. 
III - PRÉ-AUDITORIA 
Quando programada a fiscalização de empresas que realizem operações de importação 
e/ou exportação deve o Auditor Fiscal proceder da seguinte forma: 
1. requerer da DIFIS/GECEX listagem do Sistema LINCE FISCO (para as importações até 
12/96) e/ou do SISCOMEX (para importações a partir de 97 e para exportações a partir 
de 93), onde constem os dados individualizados das operações realizadas pelo 
estabelecimento; 
Nota: Redação dada pela revisão no 1, estabelece prazos para util ização dos sistemas. 
2. intimar o contribuinte a apresentar os livros e documentos fiscais e contábeis, bem como 
os documentos de arrecadação (DAE-Documento de Arrecadação Estadual ou 
GNR/GNRE-Guia Nacional de Recolhimento de Tributos Estaduais- a partir de 03/03/98) 
ou de exoneração do ICMS (DEICMS), para conferência dos lançamentos e exame do 
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cumprimento da legislação tributária; 
Nota: Redação dada pela revisão no 1, acrescentando-se definição da sigla DAE e GNRE- 
nova denominação de GNR. 
3. em se tratando de indústria, visitar a área de produção para se inteirar da cadeia 
produtiva objetivando uma análise da util ização ou manutenção de créditos fiscais; 
4. quando se tratar de importações e/ou exportações amparadas por benefícios fiscais 
analisar as condições previstas no RICMS e se estas foram satisfeitas na sua literalidade. 
(Ex.: Drawback, Befiex etc.), retroagindo quando necessário; 
5. documentos a solicitar: 
a) empresas importadoras: 
• Registro de Apuração do ICMS - RAICMS; 
• Registro de Entrada de Mercadorias - REM; 
• Notas Fiscais de entrada; 
• Guias de Importação - GI e aditivos (até 12/96); 
• Licenciamento de Importação - LI e aditivos (a partir de 01/97); 
• Declarações de Importação - DI e Declarações Complementares de Importação - DCI 
(até 12/96) e Extrato de Declaração de importação a partir de 01/97); 
• Documentos de arrecadação ou de exoneração do ICMS na entrada de mercadoria 
estrangeira, conforme o caso; 
• Contratos de câmbio e alterações; 
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• Comprovantes das despesas aduaneiras; 
• Atos concessórios de drawback e seus aditivos, se houver realizado operações desta 
natureza, e ainda, Relatórios de Comprovação de Drawback; 
• Notas Fiscais de saída, Guias de Exportação - GE, relativas às operações de exportação 
drawback (até 12/96); 
• Notas fiscais de saída e documentos emitidos pelo SISCOMEX relativos às operações de 
exportação vinculadas ao drawback. 
Nota: Redação dada pela revisão no 1 ao item a, acrescentando-se novos documentos, 
prazos de vigência, convênios. 
b) empresas exportadoras: 
• Livro RAICMS (normal e especial); 
• Livro Registro de Saída de Mercadorias; 
• Notas Fiscais relativas às exportações diretas, indiretas ou equiparadas; 
• Guias de Exportação ou Declarações de Exportação e seus aditivos, devidamente 
averbados, para as operações até 12/92; 
• Registros de Exportação (RE), Solicitações de Despacho (SD) e Comprovantes de 
Embarque (CE), para as operações a partir de 01/93; 
• Contratos de Câmbio e suas alterações; 
• Conhecimentos de Transporte Internacional; 
• Faturas Comerciais (Invoice); 
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• Comprovantes de despesas aduaneiras; 
• Registro na SECEX; 
• Regime Especial do remetente e do destinatário quando situado neste Estado, para 
cumprimento das obrigações tributáriasrelativas à exportação, fornecido pela Secretaria 
de Fazenda, quando se tratar de exportação indireta de operações realizadas a partir da 
LC 87/96 (Conv. ICMS 113/96 e alterações posteriores, Prot. ICMS 23/96 e Port. 
575/96); 
Nota: Redação dada pela revisão no 1. Sua redação anterior era : 
• Regime Especial para cumprimento das obrigações tributárias relativas à exportação, do 
remetente e do destinatário, fornecido pela Secretaria de Fazenda do Estado 
correspondente, quando a exportação for indireta e estas operações forem realizadas 
até 16/09/96, antes da LC 87/96( Conv. ICMS 88 e 91/89 e alterações posteriores e Prot. 
ICMS 27 e 28/89); 
• Memorando do interveniente exportador, em se tratando de exportação indireta 
interestadual (Conv. 113/96, Prot. ICMS 27 e 28/89, 23/96). 
Nota: Redação dada pela revisão no 1 ao item b, acrescentando-se novos documentos, 
prazos de vigência, convênios., novas operações antes e após publicação da LC 87/96.. 
Cumpridos os passos iniciais, e de posse da documentação fiscal e contábil acima 
discriminada, deve o auditor fiscal proceder conforme roteiro específico para importação e 
exportação adiante referidos. 
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IV - ROTEIRO DE FISCALIZAÇÃO EM ESTABELECIMENTOS IMPORTADORES 
1. MERCADORIAS OU BENS IMPORTADOS SOB REGIME COMUM (NACIONALIZADOS 
PARA CONSUMO NO MERCADO) 
1. Verificar: 
a) se todas as operações de importação listadas pela GECEX - item 1 (Pré Auditoria) foram 
devidamente registradas, e se houve a emissão das correspondentes notas fiscais; 
b) se a nota fiscal de entrada contém no seu corpo o número e a data da DI; 
c) se os dados referentes ao importador e ao consignatário da LI, correspondem àqueles 
constantes na DI e na NFE (a partir de 01/97); 
Nota: Redação dada pela revisão no 1, devido à substituição da GI pela LI. 
Sua redação anterior era: 
c) se os dados referentes ao importador (quadro 06) e ao consignatário (quadro 08), da 
Guia de Importação, correspondem àqueles constantes na DI e na NFE; 
d) se os dados relativos ao importador, aos tributos federais, à nomenclatura do produto e 
às quantidades efetivamente desembaraçadas, constantes na Declaração de 
Importação, correspondem aos registrados na nota fiscal de entrada; 
e) se o valor em moeda estrangeira, constante nos contratos de câmbio, corresponde aos 
respectivos valores registrados na LI (a partir de 01/97) e na DI, ressaltando que um 
contrato de câmbio poderá corresponder a mais de uma importação; 
Nota: Redação dada pela revisão no 1, devido à substituição da GI pela LI. 
Manual de Comércio Exterior 
 
 
Sua redação anterior era: 
e) se o valor em moeda estrangeira, constante nos contratos de câmbio, corresponde aos 
respectivos valores registrados nas Guia de Importação e Declarações de Importação, 
ressaltando que um contrato de câmbio poderá corresponder a mais de uma 
importação; 
f) se a Nomenclatura Brasileira de Mercadoria - NBM (atual NCM) da mercadoria ou bem 
importado confere com a especificação do produto, a quantidade desembaraçada, e se 
esta entrou fisicamente no estabelecimento, realizando, caso necessário, levantamento 
de estoque. 
2. Conferir os lançamentos das notas fiscais acima referidas, no livro REM, verificando a 
correta uti l ização do crédito fiscal. 
3. Analisar se as Declarações Complementares, aditivos à LI ( a partir de 01/97) e aos 
contratos de câmbio têm repercussão no ICMS. 
Nota: Redação dada pela revisão no 1, devido à substituição da GI pela LI. 
Sua redação anterior era: 
3. Analisar se as Declarações Complementares, aditivos à GI e aos contratos de câmbio 
têm repercussão no ICMS. 
4. Analisar, frente à legislação do ICMS, se a mercadoria ou bem importado encontra-se 
amparado por algum benefício fiscal, observando que a isenção do ICMS deve 
obedecer l iteralmente ao RICMS. Não sendo satisfeitas as condições exigidas pela 
legislação estadual, o benefício fiscal não produzirá efeitos, sendo devido o imposto, 
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desde a data da ocorrência do fato gerador. 
5. Apurado que a mercadoria ou bem importado encontra-se sujeito ao ICMS, verificar se o 
imposto foi recolhido corretamente, atentando para eventuais reduções da base de 
cálculo. Calcular o imposto devido, considerando que, conforme o artigo específico do 
RICMS, a base de cálculo no recebimento de mercadoria ou bem pelo importador é o 
valor constante do documento de importação, convertido em moeda corrente nacional 
pela mesma taxa de câmbio util izada no cálculo do imposto sobre a importação (dólar 
fiscal), acrescido do valor do Imposto sobre a Importação, do Imposto sobre Operações 
de Câmbio, do Imposto sobre Produtos Industrializados e de despesas aduaneiras 
relativas a adicional ao frete para renovação da marinha mercante, adicional de tarifa 
portuária, armazenagem, capatazia, estiva, arqueação e multa por infração ( a partir de 
01/97). 
Nota: Redação dada pela revisão no 1. Até 31/10/96 a conversão em moeda corrente 
nacional era pela taxa de fechamento de câmbio publicada pelo Banco Central do Brasil 
do dia anterior ao desembaraço na repartição aduaneira, com base no dólar americano. 
6. Conferir os dados que compõem a base de cálculo, observando: 
a) valor em moeda nacional é obtido através da conversão do valor CIF (VMLD - valor da 
mercadoria no local de destino) em dólar constante na DI (dólar fiscal), uti l izando a 
mesma taxa cambial que serviu de base para o cálculo do imposto de importação. 
Nota: Redação dada pela revisão no 1. A DI passou a ser emitida por meio eletrônico a partir 
de 01/97. 
Sua redação anterior era : 
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a) valor em moeda nacional é obtido através da conversão do valor CIF em dólar 
constante do quadro 4, campo 05 do anexo I da DI, uti l izando a taxa cambial do dólar 
americano do dia anterior ao fato gerador. (V. quadro 10, campo 35 a 39 do anexo I ou, 
na ausência de seu preenchimento, quadro 09, campo 31 a 34 do mesmo anexo da DI); 
1, 2, 3,4 
b) Imposto de Importação - valor constante na DI; 
Nota: Redação dada pela revisão no 1. A DI passou a ser emitida por meio eletrônico a partir 
de 01/97. 
 
1 Até 10/10/91, a taxa cambial a ser considerada é a do dia do desembaraço aduaneiro. A 
partir da Port. 1419/91 (vigência 11/10/91), é a taxa cambial do dia anterior ao 
desembaraço. 
 
2 A partir de 10/11/93, alteração no 51 do RICMS-BA, se o contribuinte recolher o imposto 
antes do desembaraço da mercadoria, e desde que util ize para efeito de conversão a taxa 
cambial do dia anterior ao pagamento, ficará dispensado de complementar o ICMS, mesmo 
que ocorra variação cambial até a data do desembaraço. 
 
3 Na ocorrência de DCI, verificar eventuais alterações do valor CIF, do IPI ou do II. 
 
4 A partir de 01/11/96, deverá ser observado o disposto na LC 87/96. 
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Sua redação anterior era : 
b) ao Imposto de Importação - extraído do quadro 16, campo 45 da DI, devendo efetuar a 
soma, no caso de existência de várias adições (V. quadro 08, campo 33 do Anexo II da 
DI);3 
c) Imposto Sobre Produtos Industrializados - valor constante na DI; 
Nota: Redação dada pela revisão no 1. A DI passou a ser emitida por meio eletrônico a partir 
de 01/97. 
Sua redação anterior era: 
c) Imposto sobre Produtos Industrializados - extraído do quadro 16, campo 46 da DI, 
observando adições se houver. (V. quadro 09, campo 40 do Anexo II da DI);3 
d) I.O.C - Imposto sobre Operações de Câmbio; 
Nota: Redação dada pela revisão no 1. 
Sua redação anterior era: 
d) I.O.C - atualmente a cobrança incide somente nas importações de serviços; 
e) Despesas aduaneiras - analisar a contabil idade de forma a verificar se todas as despesas 
aduaneiras escrituradas(normalmente como custo de aquisição ou, esporadicamente, 
como despesas gerais), foram apresentadas à fiscalização, conforme a seguir: 
• Adicional ao Frete para Renovação da Marinha Mercante - AFRMM - é um adicional 
cobrado sobre a parcela do frete internacional; 
• Armazenagem - valor pago a armazéns alfandegados pela guarda da mercadoria; 
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• Capatazia - valor pago pelo serviço de movimentação da mercadoria no porto; 
• Adicional de Tarifa Portuária - ATP - adicional cobrado sobre as tarifas portuárias; 
• Arqueação - medição efetuada da carga; 
• Estiva - serviço de movimentação das mercadorias a bordo; 
• Multa por infração - penalidade aplicada pela Receita Federal por descumprimento 
da legislação. 
7. Verificar se a alíquota aplicada foi a prevista para as operações internas, levando-se em 
conta a condição de produto supérfluo ou integrante da cesta básica. É irrelevante o 
local onde a mercadoria foi desembaraçada. 
8. Verificar se o pagamento do imposto foi efetuado, na forma abaixo, a favor do Estado 
da Bahia (conforme dispõe a Constituição Federal - art. 155, inc.. IX, alínea "a", LC 
87/96, art. 11, inciso I, alínea “d” e as normas legais pertinentes ao ICMS), através de 
GNR/GNRE ou DAE, e se este foi recolhido na data do fato gerador, salvo a existência 
de Mandado de Segurança. 
Nota: Redação dada pela revisão no 1, acrescentando-se LC 87/96 e GNRE - nova 
denominação de GNR. 
a) DAE ou certificado de crédito - quando importador e destinatário das mercadorias e/ou 
bens forem estabelecidos no Estado da Bahia e o desembaraço aduaneiro ocorrer em 
áreas alfandegadas situadas neste Estado; 
b) GNR (Guia Nacional de recolhimento)/GNRE (Guia Nacional de Recolhimento de 
Tributos Estaduais - a partir de 03/03/98) - quando o importador e destinatário das 
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mercadorias e/ou bens forem estabelecidos no Estado da Bahia e o desembaraço 
aduaneiro ocorrer em áreas alfandegadas situadas fora deste Estado, e ainda quando o 
importador estiver situado fora do estado e a mercadoria destinar-se ao Estado da 
Bahia; 
Nota: Redação dada pela revisão no 1 , acrescentando-se GNRE - nova denominação da 
GNR. 
c) DEICMS (Declaração de Exoneração do ICMS) / GUIA PARA LIBERAÇÃO DE 
MERCADORIAS ESTRANGEIRAS SEM COMPROVAÇÃO DO RECOLHIMENTO DO 
ICMS - uti l izada na entrada de mercadoria estrangeira não sujeita ao ICMS, com 
isenção ou suspensão, nos casos previstos na legislação, visada pela SEFAZ da unidade 
federada onde se processou o desembaraço aduaneiro, submetendo-se às normas 
tributárias do Estado importador, destinatário da mercadoria. 
Constatada inobservância às normas acima, proceder à lavratura do Auto de Infração na 
forma da legislação, preenchendo o papel de trabalho “Auditoria nas Importações” ou outro 
equivalente. 
2. MERCADORIAS IMPORTADAS SOB O REGIME DE DRAWBACK 
Além dos documentos citados no item 5 da “Pré-Auditoria”, solicitar da contabil idade de 
custo os relatórios de produção e consumo, para apuração dos índices técnicos de produção. 
Analise os documentos, observando: 
1. Ato Concessório: 
• a existência de alterações através de aditivos; 
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• prazo de validade do regime; 
• as especificações do insumo a importar e do produto a ser exportado; 
• índice da relação insumo/produto, apurado pela divisão das quantidades de insumos a 
importar pelas quantidades de produtos a exportar, contidos no ato concessório e seus 
aditivos. 
2. Declaração de Importação (DI) - além do já evidenciado, observar nas informações 
complementares da DI (a partir de 01/97) a que Ato Concessório a mesma corresponde, 
atentando para que o produto nela mencionado seja o mesmo em quantidade e 
especificação do Ato Concessório. Para cada Ato Concessório podem corresponder 
várias DI. 
Nota: Redação dada pela revisão no 1. A DI passou a ser emitida por meio eletrônico 
(01/97). 
Sua redação anterior era: 
2. Declaração de Importação (DI) - além do já evidenciado, observar no verso da folha de 
rosto da DI, quadro 24, a que Ato Concessório a mesma corresponde, atentando para 
que o produto nela mencionado seja o mesmo em quantidade e especificação do Ato 
Concessório. Para cada Ato Concessório podem corresponder várias DI. 
3. Exame de Estoque - constate a exatidão do estoque das mercadorias importadas, 
através de um levantamento físico-documental objetivando detectar se houve util ização 
de insumo em aplicação diversa do benefício fiscal, considerando a existência de 
produtos em elaboração e acabados. Qualquer diferença implicará na 
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descaracterização do Drawback no todo ou em parte. 
4. Índice Técnico Real de Produção - Este índice é o coeficiente da relação 
Insumo/Produto. Para apurá-lo, é necessário conhecer o processo produtivo "in loco", a 
fim de constatar a real uti l ização do insumo, as perdas e o produto resultante. Com base 
nos relatórios de consumo e produção da contabil idade de custos, apura-se esse índice, 
dividindo-se as quantidades consumidas dos insumos importados pelas quantidades 
produzidas com o mesmo. 
5. Compare esse índice com o do Ato Concessório. Se o índice do Ato Concessório for 
maior do que o índice técnico real de produção, significa que a quantidade importada 
foi superior à necessária para util ização no produto exportado. Nesse caso, apure a 
quantidade a nacionalizar, uti l izando o papel de trabalho “índices técnicos - drawback 
(suspensão)” e o papel de trabalho “Auditoria das Importações”, rateando-se as despesas 
para acrescentar à base de cálculo. 
6. Relatório de Comprovação de Drawback - Documento composto de: 
• Anexo I - contem informações sobre qual a uti l ização das mercadorias importadas sob 
amparo do ato concessório e, se houver saldo, qual a sua destinação; 
• Anexo II - relação das importações relativas ao Ato Concessório contendo o número das 
Declarações de Importação, as quantidades efetivamente importadas, a especificação 
do produto, o número da nota fiscal de entrada e a data de desembaraço aduaneiro; 
• Anexo III - relação das exportações realizadas referentes ao Ato Concessório, contendo o 
número dos documentos de exportação ou das notas fiscais de saídas emitidas para o 
exterior, e ainda, a especificação do produto exportado. 
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7. Documentos de Exportação - Analise os documentos de exportação averbados, Extrato 
de Embarque (EE) e as Notas Fiscais de saídas relacionadas nos relatórios de 
comprovação, observando: 
a) se a exportação foi realizada diretamente pelo importador, ou indiretamente nos casos 
previstos na legislação. Caso contrário, descaracterize o benefício fiscal da importação 
cobrando o ICMS, retroagindo à data da ocorrência do fato gerador; 
b) verifique se as especificações e quantidade das mercadorias importadas e exportadas 
são as mesmas contidas no Ato Concessório e seus aditivos. Se o prazo estiver vencido e 
as exportações não se efetivaram, ou, se efetivaram a menor que a quantidade 
comprometida, no correspondente Ato Concessório, verifique se o ICMS da importação, 
relativo ao insumo importado não util izado nos produtos exportados foi recolhido. 
Constatada inobservância às normas acima, proceder à lavratura do Auto de Infração na 
forma da legislação, preenchendo o papel de trabalho “Auditoria nas Importações” ou outro 
equivalente. 
3. BENS IMPORTADOS NO PAÍS COM PRAZO CERTO DE RETORNO 
1. Quando ocorrer entrada de mercadorias ou bens do exterior, sob regime de admissão 
temporária, solicite do importador, se vencido o prazo de permanência no país, fato este 
consignado na DI ou documento equivalente, documento de exportação ou de 
prorrogação de permanência do mesmo no país, se for o caso. 
2. Não apresentados os documentosacima, procurar a Receita Federal diretamente, ou 
através da GECEX, para averiguar se houve nacionalização para consumo, hipótese em 
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que deverá ser exigido o recolhimento do ICMS, lavrando-se o competente auto de 
infração se não comprovado o pagamento. 
V - ROTEIRO DE FISCALIZAÇÃO EM ESTABELECIMENTOS EXPORTADORES 
1. EXPORTAÇÃO DE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS, SEMI-ELABORADOS E 
PRIMÁRIOS 
Verifique pela análise das notas fiscais emitidas e dos documentos de exportação, se as 
operações foram realizadas de forma direta ou indireta e qual o produto que foi exportado. 
Identificada a forma, proceda aos exames fiscais conforme a situação. 
1.1.SITUAÇÃO I - EXPORTAÇÃO DIRETA 
1. Confronte as notas fiscais com os documentos de exportação (RE, SD, CE, CC, 
Conhecimento de Transporte Internacional) para certificar-se de que a exportação 
ocorreu diretamente do fabricante ou de suas fi l iais para o exterior, e se as mercadorias 
foram efetivamente embarcadas. 
2. Confira se a nomenclatura fiscal - NBM (atual NCM), constante no documento de 
exportação, está de acordo com a especificação do produto. 
3. Comprovada a regularidade dos procedimentos da empresa, não incidirá o ICMS na 
operação. 
4. Examine os créditos fiscais relativos aos insumos, mercadorias e serviços, observando 
que estes serão objeto de manutenção no livro RAICMS - especial. 
5. Observe se o livro RAICMS especial foi devidamente escriturado, verificando se o valor 
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do crédito do ICMS mantido corresponde à aplicação do coeficiente técnico de 
produção sobre os insumos util izados no processo industrial do produto exportado. 
6. Confronte os lançamentos efetuados nos livros RAICMS normal e especial, observando 
se houve liberação de crédito acumulado e se este foi escriturado regularmente. 
7. Constatando irregularidades nos procedimentos, lavrar o Auto de Infração, ressalvadas 
as 
Situações II e III, adiante descritas. 
1.2.SITUAÇÃO II - EXPORTAÇÃO INDIRETA 
1. Relacione, por destinatário, as notas fiscais emitidas para o mercado interno com o fim 
específico de exportação. A emissão destas notas fiscais deverá obedecer às normas 
aplicadas às operações internas. 
2. Confira, junto à Secretaria da Fazenda, a efetiva concessão de Regime Especial ao 
remetente e ao destinatário situados neste Estado, observando: 
3. se as operações de saída foram realizadas para as pessoas jurídicas abaixo, com fim 
específico de exportação: 
• Empresa Comercial Exportadora, inclusive trading company (DL Federal 1248/72); 
• Armazém Alfandegado ou Entreposto Aduaneiro; 
• Outro estabelecimento da mesma empresa. 
4. Levantadas as saídas para os destinatários acima, confronte-as com os documentos de 
exportação (SD, CE), fornecidos pelos respectivos destinatários aos remetentes, 
observando se foram respeitados os prazos e as disposições previstas nos convênios 
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ICMS 113/96 e protocolo ICMS 23/96 e portaria 575/96. 
5. Confira se a nomenclatura fiscal - NBM (atual NCM), constante no documento de 
exportação, está de acordo com a especificação do produto. 
6. Comprovada a regularidade dos procedimentos da empresa, não incidirá o ICMS na 
operação. 
7. Examine os créditos fiscais relativos aos insumos, mercadorias e serviços, observando 
que estes serão objeto de manutenção no livro RAICMS - especial. 
8. Observe se o livro RAICMS especial foi devidamente escriturado, verificando se o valor 
do crédito do ICMS mantido corresponde a aplicação do coeficiente técnico de 
produção sobre os insumos util izados no processo industrial do produto exportado. 
9. Confronte os lançamentos efetuados nos livros RAICMS normal e especial, observando 
se houve liberação de crédito acumulado e se este foi escriturado regularmente. 
Constatando irregularidades nos procedimentos acima, lavrar o Auto de Infração contra o 
remetente ou o destinatário deste Estado, optando por aquele que ofereça maior garantia 
ao Estado (Conv. 88/89, 127/89 e 73/94). 
Nota: Redação dada pela revisão no 1. A partir de 16/09/96, com a publicação da Lei 
Complementar 87/96, o ICMS não incide mais nas operações de exportação de qualquer 
produto ou mercadoria. 
Sua redação anterior, aplicável antes da vigência da LC 87/96, era: 
ROTEIRO DE FISCALIZAÇÃO EM ESTABELECIMENTOS EXPORTADORES 
A partir de 16/09/96, com a publicação da Lei Complementar 87/96 o ICMS não incide 
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mais nas operações de exportação de qualquer produto ou mercadoria. 
EXPORTAÇÃO DE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS (Excluídos os Semi-elaborados) 
Verifique pela análise das notas fiscais emitidas e dos documentos de exportação, se as 
operações foram realizadas de forma direta ou indireta e qual o produto que foi exportado. 
Identificada a forma, proceda aos exames fiscais conforme a situação. 
SITUAÇÃO I - EXPORTAÇÃO DIRETA DE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS 
1. Confronte as notas fiscais com os documentos de exportação (RE, SD, CE, CC, 
Conhecimento de Transporte Internacional) para certificar-se de que a exportação 
ocorreu diretamente do fabricante ou de suas fi l iais para o exterior, e se as mercadorias 
foram efetivamente embarcadas. 
2. Confira se a nomenclatura fiscal - NBM (atual NCM), constante no documento de 
exportação, está de acordo com a especificação do produto. 
3. Verifique se a NBM (atual NCM) consta da TEC/TIPI no campo de incidência (excluídos 
os semi-elaborados - constantes do Anexo 07 do RICMS), e ainda se consta no Anexo 08 
do RICMS. A partir de 04/91, respeitar a Lei Complementar 65/91 ignorando o referido 
anexo. 
4. Comprovada a regularidade dos procedimentos da empresa, não incidirá o ICMS na 
operação. 
5. Examine os créditos fiscais relativos aos insumos, observando que: 
a) serão mantidos, aqueles relativos às entradas de mercadorias para util ização como 
matéria-prima, material secundário e material de embalagem, bem como o 
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fornecimento de energia elétrica e aos serviços prestados por terceiros na fabricação de 
produtos industrializados, se a exportação for realizada diretamente pelo fabricante ou 
por suas fi l iais, e ainda, se o produto constar do Anexo 08 do RICMS. A partir da Lei 
Complementar 65/91 de 15/04/91, não precisa constar nesse anexo para fazer jus à 
manutenção dos créditos fiscais; 
b) serão estornados, na hipótese do produto não constar no Anexo 08 até a publicação da 
LC 65/91 (04/91). 
6. Observe se o livro RAICMS especial foi devidamente escriturado, verificando se o valor 
do crédito do ICMS mantido corresponde à aplicação do coeficiente técnico de 
produção sobre os insumos util izados no processo industrial do produto exportado. 
7. Confronte os lançamentos efetuados nos livros RAICMS normal e especial, observando 
se houve liberação de crédito acumulado e se este foi escriturado regularmente. 
Constatando irregularidades nos procedimentos, lavrar o Auto de Infração, ressalvadas as 
Situações II e III, adiante descritas. 
SITUAÇÃO II - EXPORTAÇÃO INDIRETA DE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS 
1. Relacione, por destinatário, as notas fiscais emitidas para o mercado interno com o fim 
específico de exportação. A emissão destas notas fiscais deverá obedecer às normas 
aplicadas às operações internas. 
2. Verifique se a NBM (atual NCM) consta da TEC/TIPI no campo de incidência (excluídos 
os semi-elaborados constantes do Anexo 7 do RICMS/BA), e ainda, se consta no Anexo 
08 do RICMS. A partir de 04/91, respeitar a Lei Complementar 65/91, ignorando o 
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referido anexo. 
3. Confira junto à(s) Secretaria(s) da Fazenda a que estiver(em) subordinado(s) o(s) 
contribuinte(s), a efetiva concessão de Regime Especial ao remetente e ao destinatário,observando: 
a) se as operações de saída foram realizadas dentro do Estado e diretamente pelo 
fabricante ou por suas fi l iais, para as pessoas jurídicas abaixo, com fim específico de 
exportação: 
• Empresa Comercial que opere exclusivamente no comércio exterior; 
• Empresa Comercial Exportadora - trading company (DL Federal 1248/72); 
• Empresas Exportadoras; 
• Armazém Alfandegado ou Entreposto Aduaneiro; 
• Outro estabelecimento da mesma empresa; 
• Consórcio de Exportadores; 
• Consórcio de Fabricantes formado para fins de exportação; 
b) se as operações foram interestaduais, por força de Protocolo, as saídas com a finalidade 
de exportação, alcançadas pelo benefício fiscal, restringir-se-ão aos seguintes 
destinatários: 
• Empresa Comercial que opere exclusivamente no comércio exterior; 
• Empresa Comercial Exportadora - trading company (DL Federal 1248/72). 
4. Levantadas as saídas para os destinatários acima, confronte-as com os documentos de 
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exportação (SD, CE), fornecidos pelos respectivos destinatários aos remetentes, 
observando se foram respeitados os prazos e as disposições previstas nos convênios 
88/89, 127/89, 73/94 e Protocolo 28/89. 
5. Confira se a nomenclatura fiscal - NBM (atual NCM), constante no documento de 
exportação, está de acordo com a especificação do produto. 
6. Comprovada a regularidade dos procedimentos da empresa, não incidirá o ICMS na 
operação. 
7. Examine os créditos fiscais, observando que: 
a) só serão mantidos, aqueles relativos às entradas de mercadorias para util ização como 
matéria-prima, material secundário e material de embalagem, bem como o 
fornecimento de energia elétrica, e aos serviços prestados por terceiros na fabricação de 
produtos industrializados, se a exportação for realizada diretamente pelo fabricante ou 
por suas fi l iais, e ainda, se o produto constar do Anexo 08 do RICMS. A partir da Lei 
Complementar 65/91 de 15/04/91, não precisa constar nesse anexo para fazer jus à 
manutenção dos créditos fiscais; 
b) serão estornados na hipótese de o produto não constar no Anexo 08, até a publicação 
da LC 65/91 (04/91). 
8. Observe se o livro RAICMS especial foi devidamente escriturado, verificando se o valor 
do crédito do ICMS mantido corresponde a aplicação do coeficiente técnico de 
produção sobre os insumos util izados no processo industrial do produto exportado. 
9. Confronte os lançamentos efetuados nos livros RAICMS normal e especial, observando 
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se houve liberação de crédito acumulado e se este foi escriturado regularmente. 
Constatando irregularidades nos procedimentos acima, lavrar o Auto de Infração contra o 
remetente ou o destinatário deste Estado, optando por aquele que ofereça maior garantia 
ao Estado (Conv. 88/89, 127/89 e 73/94). 
1.3.SITUAÇÃO III - EXPORTAÇÃO DE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS ADQUIRIDOS DE 
TERCEIROS (EXCLUÍDOS OS SEMI-ELABORADOS) 
Esta é uma situação atípica que ocorre quando a mercadoria é adquirida para 
comercialização no mercado interno e exportada posteriormente. O exame fiscal deve ser 
realiza da seguinte forma : 
1. Confronte as notas fiscais emitidas com os documentos de exportação (RE, SD, CE, CC, 
Conhecimento de Transporte Internacional), para certificar-se de que os documentos 
foram emitidos pelo próprio exportador e que as mercadorias foram efetivamente 
embarcadas. 
2. Aplique ainda, quanto ao exame fiscal, os itens 2 e 3 da Situação I acima descrita. 
3. Verifique se foram estornados os créditos fiscais, uma vez que estes só podem ser 
mantidos quando a exportação for efetuada pelo próprio fabricante ou por suas fi l iais. 
4. Observe que não se aplicam os benefícios fiscais previstos para uma exportação indireta 
às exportações de produtos industrializados adquiridos de terceiros. 
Constatando irregularidades nos procedimentos acima, lavrar o Auto de Infração. 
2. EXPORTAÇÃO DE PRODUTOS SEMI-ELABORADOS (Anexo 07 - RICMS) 
Verifique pela análise das notas fiscais emitidas e dos documentos de exportação se as 
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operações foram realizadas de forma direta ou indireta e qual produto que foi exportado. 
Identificada a forma, proceder aos exames fiscais conforme a situação. 
A partir de 16/09/96, conforme dispõe a LC 87/96, o ICMS não incide sobre operações que 
destinem ao exterior, produtos industrializados semi-elaborados. 
2.1.SITUAÇÃO I - EXPORTAÇÃO DIRETA DE PRODUTOS SEMI-ELABORADOS 
1. Confronte as notas fiscais com os documentos de exportação (RE, SD, CE, CC, 
Conhecimento de Transporte Internacional) para certificar-se de que a exportação 
ocorreu diretamente do fabricante ou de suas fi l iais para o exterior e se as mercadorias 
foram efetivamente embarcadas. 
2. Confira se a nomenclatura fiscal - NBM (atual NCM), constante no documento de 
exportação, está de acordo com a especificação do produto. 
3. Identificada a NBM (atual NCM), verifique se consta no anexo 07 do RICMS e qual o 
nível de tributação a ser aplicado. 
4. Comprovada a regularidade dos procedimentos da empresa, o imposto deverá ser 
calculado da seguinte forma: 
a) base de cálculo - o valor da operação, nele incluído o valor dos tributos incidentes, das 
contribuições e das demais importâncias cobradas do adquirente ou a ele debitadas, e 
realizadas até o embarque, inclusive; 
• quando o valor tributável estiver estipulado em moeda estrangeira, far-se-á, na data da 
emissão do documento fiscal, a sua conversão em moeda nacional ao câmbio do dia do 
embarque da mercadoria, adotando-se a mesma taxa de câmbio praticada pelo Banco 
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Central1. (taxa de compra); 
• quando o embarque ocorrer em data posterior à do lançamento de que cuida o 
parágrafo anterior, far-se-á a conversão pela taxa cambial do dia do embarque, 
procedendo-se à complementação ou ao estorno da diferença, conforme o caso, a 
menos que o pagamento tenha sido feito nos termos da situação descrita a seguir. 
(Vigência a partir de 01/07/96); 
• quando houver fechamento antecipado do contrato de câmbio, poderá o contribuinte 
optar pelo pagamento do ICMS antes do embarque da mercadoria, caso em que 
util izará a taxa cambial vigente no dia do efetivo pagamento do tributo, respeitadas as 
normas pactuais celebradas com outras unidades federativas, ficando dispensado o 
imposto sobre a variação cambial daquela data, até a da ocorrência do fato gerador; 
• a moeda a ser uti l izada para fins de conversão cambial será o dólar americano; 
b) a base de cálculo encontrada será reduzida, de acordo com: 
• percentual fixado no anexo 07 do RICMS, ou; 
• outras reduções específicas constantes no RICMS e fixadas por convênios em 
substituição à redução prevista no Anexo 07; 
c) a alíquota a ser aplicada é de 13%. 
5. crédito fiscal deverá ser mantido na sua totalidade. 
 
1 Até 30/06/96, para efeito desta conversão, a taxa de câmbio a ser aplicada é a praticada 
pela instituição financeira onde houver sido contratado o câmbio; 
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6. Observe se o livro RAICMS especial foi devidamente escriturado, verificando se o valor 
do crédito do ICMS mantido, corresponde à aplicação do coeficiente técnico de 
produção sobre o insumo util izado no processo industrial do produto exportado. 
7. Confronte os lançamentos efetuados nos livros RAICMS normal e especial, observando 
se houve liberação de crédito acumulado e se este foi escriturado regularmente. 
8. prazo do recolhimento do ICMS é o mesmo util izado nas operações normais, 
ressalvados os prazos específicos. Quando houver fechamento antecipado de câmbio, 
poderá o contribuinte optar pelo pagamento do ICMS antes do embarque da 
mercadoria, caso em que util izará a taxa cambial vigente no dia doefetivo pagamento 
do tributo, respeitadas as normas pactuais celebradas com outras unidades federativas. 
Constatando irregularidades nos procedimentos, lavrar o Auto de Infração, ressalvada a 
Situação II, a seguir descrita: 
2.2.SITUAÇÃO II - EXPORTAÇÃO INDIRETA DE PRODUTOS SEMI-ELABORADOS (ANEXO 
07 RICMS) 
1. Relacione por destinatário, as notas fiscais emitidas para o mercado interno com o fim 
específico de exportação. A emissão dessas notas fiscais deverá obedecer às normas 
aplicadas às operações internas. 
2. Identificada a NBM (atual NCM), verifique se consta no anexo 07 do RICMS e qual o 
nível de tributação a ser aplicado. 
3. Confira junto à(s) Secretaria(s) da Fazenda a que estiver(em) subordinado(s) o(s) 
contribuinte(s), a efetiva concessão de Regime Especial ao remetente e ao destinatário, 
observando: 
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a) se as operações de saídas foram realizadas dentro do Estado e diretamente pelo 
fabricante ou por suas fi l iais, para as pessoas jurídicas abaixo, com fim específico de 
exportação: 
• Empresa Comercial que opere exclusivamente no comércio exterior; 
• Empresa Comercial Exportadora - trading company (DL Federal 1248/72); 
• Empresas Exportadoras; 
• Armazém Alfandegado ou Entreposto Aduaneiro; 
• Outro estabelecimento da mesma empresa; 
• Consórcio de Exportadores; 
• Consórcio de Fabricantes formado para fins de exportação; 
b) se as operações foram interestaduais, por força de Protocolo, as saídas com a finalidade 
de exportação alcançadas pelo benefício fiscal restringir-se-ão aos seguintes 
destinatários: 
• Empresa Comercial que opere exclusivamente no comércio exterior; 
• Empresa Comercial Exportadora - Trading Company (DL Federal 1248/72). 
4. Levantadas as saídas para os destinatários acima, confronte-as com os documentos de 
exportação (SD, CE), fornecidos pelos respectivos destinatários aos remetentes, 
observando se foram respeitados os prazos e as disposições previstas nos convênios 
91/89, 126/89, 73/94 e Protocolo 27/89. 
5. Confira se a nomenclatura fiscal - NBM (atual NCM), constante no documento de 
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exportação, está de acordo com a especificação do produto. 
6. Comprovada a regularidade dos procedimentos da empresa, o imposto deverá ser 
calculado da seguinte forma: 
a) base de cálculo - o valor da operação, nele incluído o valor dos tributos incidentes, das 
contribuições e das demais importâncias cobradas do adquirente ou a ele debitadas, e 
realizadas até o embarque, inclusive; 
b) a base de cálculo será reduzida de acordo com: 
• percentual fixado no Anexo 07 do RICMS, ou; 
• outras reduções específicas e constantes no RICMS fixadas por convênio, em 
substituição àquelas do Anexo 07; 
c) após a redução da base de cálculo, ajustá-la mediante os percentuais abaixo, de forma 
que a carga tributária corresponda a uma exportação: 
• 76,47%, quando a alíquota for de 17%; 
• 52%, quando a alíquota for de 25%; 
• 108,33%, quando a alíquota for de 12%; 
• 185,17%, quando a alíquota for de 7%; 
d) a alíquota aplicável é a uti l izada nas operações no território nacional. 
7. crédito fiscal deverá ser mantido na sua totalidade. 
8. Observe se o livro RAICMS especial foi devidamente escriturado, verificando se o valor 
do crédito do ICMS mantido, corresponde à aplicação do coeficiente técnico de 
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produção sobre o insumo util izado no processo industrial do produto exportado. 
9. Confronte os lançamentos efetuados nos livros RAICMS normal e especial observando 
se houve liberação de crédito acumulado e se este foi escriturado regularmente. 
10. ICMS será recolhido no prazo normal aplicável às operações internas. 
Constatando irregularidade nos procedimentos, lavrar o Auto de Infração contra o remetente 
ou o destinatário deste Estado, optando por aquele que ofereça maior garantia ao Estado 
(Conv. 91/89, 126/89, 73/94). 
2.3.SITUAÇÃO III - EXPORTAÇÃO DE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS SEMI-
ELABORADOS ADQUIRIDOS DE TERCEIROS 
Esta é uma situação atípica, que ocorre quando a mercadoria é adquirida para 
comercialização no mercado interno e exportada posteriormente. No exame fiscal deve ser 
observado o seguinte: 
1. Confronte as notas fiscais emitidas com os documentos de exportação (RE, SD, CE, CC, 
Conhecimento de Transporte Internacional), para certificar-se de que os documentos 
foram emitidos pelo próprio exportador e que as mercadorias foram efetivamente 
embarcadas. 
2. Aplique a essas saídas para o exterior, no que tange ao exame fiscal, os itens 2, 3, 4, 5 
e 8 da Situação I acima. 
3. Admite-se a venda no mercado interno com fim específico de exportação, aplicando-se 
nesse caso, a Situação II acima, na sua totalidade. 
Constatando irregularidade nos procedimentos, lavrar Auto de Infração. 
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3. EXPORTAÇÃO DE PRODUTOS PRIMÁRIOS 
Verifique pela análise das notas fiscais emitidas e dos documentos de exportação, se as 
operações foram realizadas de forma direta ou indireta e qual o produto que foi exportado. 
Identificada a forma, proceder aos exames fiscais conforme a situação. 
A partir de 16/09/96, conforme dispõe a Lei Complementar 87/96, o ICMS não incide sobre 
operações que destinem ao exterior produtos primários. 
3.1.SITUAÇÃO I - EXPORTAÇÃO DIRETA 
1. Confronte as notas fiscais com os documentos de exportação (RE, SD, CE, CC, 
Conhecimento de Transporte Internacional) para certificar-se de que a exportação 
ocorreu diretamente do produtor para o exterior, e se as mercadorias foram efetivamente 
embarcadas. 
2. Confira se a nomenclatura fiscal - NBM (atual NCM), constante no documento de 
exportação, está de acordo com a especificação do produto. 
3. Ressalvados os casos de isenção previsto no RICMS o imposto incidirá integralmente . 
4. Comprovada a regularidade dos procedimentos da empresa, o imposto deverá ser 
calculado da seguinte forma: 
a) base de cálculo - o valor da operação, nele incluído o valor dos tributos incidentes, das 
contribuições e das demais importâncias cobradas do adquirente ou a ele debitadas, e 
realizadas até o embarque, inclusive: 
• quando o valor tributável estiver estipulado em moeda estrangeira, far-se-á, na data da 
emissão do documento fiscal, a sua conversão em moeda nacional ao câmbio do dia do 
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embarque da mercadoria, adotando-se a mesma taxa de câmbio praticada pelo Banco 
Central1; 
• quando o embarque ocorrer em data posterior à do lançamento de que cuida o 
parágrafo anterior, far-se-á a conversão pela taxa cambial do dia do embarque, 
procedendo-se à complementação ou ao estorno da diferença, conforme o caso, a 
menos que o pagamento tenha sido feito nos termos da situação descrita a seguir 
(vigência a partir de 01/07/96); 
• quando houver fechamento antecipado do contrato de câmbio, poderá o contribuinte 
optar pelo pagamento do ICMS antes do embarque da mercadoria, caso em que 
util izará a taxa cambial vigente no dia do efetivo pagamento do tributo, respeitadas as 
normas pactuais celebradas com outras unidades federativas, ficando dispensado o 
imposto sobre a variação cambial, daquela data até a da ocorrência do fato gerador; 
• a moeda a ser uti l izada para fins de conversão cambial será o dólar americano. 
b) a alíquota a ser aplicada é de 13%. 
5. prazo do recolhimento do ICMS é o mesmo util izado nas operações normais, 
ressalvados os prazos específicos. 
Constatando irregularidades nos procedimentos, lavrar o Auto de Infração, ressalvada a 
Situação II, a seguir descrita. 
 
1 Até 30/06/96, para efeito desta conversão, a taxa de câmbio a ser aplicada é a praticada 
pela instituição financeira onde houver sido contratado o câmbio; 
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3.2.SITUAÇÃO II - EXPORTAÇÃO INDIRETA 
1. Relacione, por destinatário, as notas fiscais emitidas para o mercado interno com o fim 
específico de exportação. A emissão destas notas fiscais deverá obedecer às normas 
aplicadas às operações internas. 
2. Confira se a nomenclatura fiscal - NBM (atual NCM), constante no documento de 
exportação, está de acordo com a especificação do produto. 
3. Confira junto à(s) Secretaria(s) da Fazenda a que estiver(em) subordinado(s) os 
contribuinte(s), a efetiva concessão de Regime Especial ao remetente e ao destinatário, 
observando: 
a) verifique se houve exportação indireta dos produtos hortifrutigrangeiros, l istados 
expressamente no capítulo da Isenção (RICMS). A legislação só admite exportação 
indireta para as seguintes pessoas jurídicas situadas dentro do Estado: 
• Empresa comercial que opere exclusivamente no comércio exterior; 
• Armazéns Alfandegados ou Entrepostos Aduaneiros; 
b) se as operações com o fim específico de exportação forem realizadas para destinatários 
situados fora do Estado, observe que a legislação restringiu o benefício para a 
mercadoria maçã e estendeu para as pessoas jurídicas abaixo: 
• Empresa Comercial Exportadora, inclusive "Trading Company"; 
• Outro estabelecimento da mesma empresa; 
• Consórcio de Exportadores; 
• Armazém Alfandegado ou Entreposto Aduaneiro. 
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Além disso, deverá ser verificada a celebração de protocolo entre Bahia e as unidades 
federadas envolvidas. 
4. Levantadas as saídas para os destinatários acima, confronte-as com os documentos de 
exportação (SD, CE), fornecidos pelos respectivos destinatários aos remetentes 
observando se foram respeitados os prazos e as disposições previstas em convênio. 
5. No caso do item 3.b) anterior, confira se o Regime Especial concedido aos destinatários 
citados, exceto Armazém Alfandegado ou Entreposto Aduaneiro, foram efetivamente da 
SEFAZ deste Estado, observando os prazos previstos para a exportação (Conv. 05/92). 
6. A Nota Fiscal uti l izada obedecerá as normas de saídas para o mercado interno. 
Constatando irregularidades nos procedimentos, lavrar o Auto de Infração. 
4. VENDAS PARA CONSUMO A BORDO 
As saídas de produtos industrializados, inclusive os semi-elaborados de origem nacional, 
destinadas a uso ou consumo de embarcações e aeronaves de bandeira estrangeira 
aportadas no país, são equiparadas a uma exportação, devendo o auditor fiscal proceder da 
seguinte forma: 
1. solicite as notas fiscais de saída de mercadorias destinadas a consumo a bordo de navio 
ou aeronave de bandeira estrangeira; 
2. solicite os documentos de exportação; 
3. solicite os contratos de câmbio emitidos; 
4. confronte os dados dos documentos acima, observando se o adquirente é sediado no 
exterior; 
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5. identifique o tipo de produto exportado (se industrializado ou semi-elaborado), e se 
estes são de origem nacional e destinados a uso ou consumo de embarcações ou 
aeronaves de bandeira estrangeira, verificando se foram efetivamente embarcados; 
6. aplique no que tange ao regime de tributação e à manutenção dos créditos fiscais, as 
normas vigentes para uma exportação direta de produtos industrializados inclusive os 
semi-elaborados, descritos no Roteiro de Fiscalização em Estabelecimentos 
Exportadores. 
As operações de saída de combustíveis e lubrificantes para o abastecimento de 
embarcações e aeronaves nacionais com destino ao exterior não são equiparadas a uma 
exportação, contudo, gozam do benefício fiscal da isenção. Aplica-se neste caso a regra 
geral do estorno de crédito fiscal. 
VI - ROTEIRO DE FISCALIZAÇÃO EM ESTABELECIMENTOS COM VENDAS PARA ZONA 
FRANCA DE MANAUS. 
As operações de saídas de produtos industrializados e semi-elaborados de origem nacional, 
com destino à Zona Franca de Manaus (Z.F.M.), nos termos da legislação, gozam do 
benefício fiscal da isenção e da tributação reduzida, respectivamente, desde que se 
destinem à comercialização ou industrialização, e que o estabelecimento destinatário 
tenha domicílio na Z.F.M. 
Proceda à ação fiscal observando os tópicos a seguir: 
1. solicite as notas fiscais de saída identificando aquelas destinadas à Zona Franca de 
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Manaus ou às áreas de livre comércio, observando as exceções previstas no RICMS; 
2. verifique se os produtos destinados à Zona Franca de Manaus ou às Áreas de Livre 
Comércio nominadas na legislação, são industrializados ou semi-elaborados: 
a) os industrializados gozam do benefício da isenção, exceto armas, munições, perfumes, 
fumos, bebidas alcoólicas, automóveis de passageiros e açúcar de cana. 
Prevalecerá esta isenção nas saídas dos referidos produtos por intermédio de 
estabelecimentos que operarem exclusivamente no comércio exterior, bem como de 
armazéns alfandegados e entrepostos aduaneiros, desde que situados na Bahia, sendo que 
tornar-se-á exigível o imposto nos casos em que as mercadorias não forem entregues no 
destino mencionado, quando ocorrer a perda das mercadorias ou quando estas forem 
reintroduzidas no mercado interno, salvo em caso de retorno ao estabelecimento de origem, 
sujeitando-se o recolhimento, mesmo espontâneo, aos acréscimos legais, para cujo cálculo 
tomar-se-á por base a data prevista para o recolhimento correspondente ao mês em que 
tiver sido realizada a operação; 
b) aos semi-elaborados são aplicadas as reduções de base de cálculo previstas no anexo 
07 do RICMS; 
3. verificar se foi abatido do preço da mercadoria o valor correspondente ao ICMS que 
seria devido se não houvesse o benefício fiscal; 
4. exigir a apresentação do regime especial concedido pela SEFAZ, a partir do Dec. 
5.444/96; 
5. exigir o estorno do crédito fiscal relativo aos insumos util izados no processo industrial, a 
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partir da vigência do dec. 5444/961 ; 
6. exigir o estorno do crédito fiscal proporcional à redução da base de cálculo, quando se 
tratar de produto semi-elaborado, constante do anexo 07; 
7. solicitar da GECEX que seja apurado junto à SUFRAMA o efetivo internamento das 
mercadorias, observando ainda se foram cumpridas as disposições do capítulo do 
RICMS referente à ZFM. 
VII - ROTEIRO DE FISCALIZAÇÃO EM ESTABELECIMENTOS COM VENDAS PARA LOJAS 
FRANCAS 
As operações com produtos industrializados realizadas para lojas francas instaladas nas 
zonas primárias dos aeroportos de categoria internacional, gozam do benefício fiscal da 
isenção. proceda à ação fiscal observando os tópicos abaixo: 
1. solicite as Notas Fiscais de saídas e faça um levantamento das vendas que ocorreram 
com isenção do ICMS para comercialização nos free-shops; 
2. verifique se consta visto do fisco federal em via adicional da Nota Fiscal de Remessa 
como prova da entrega da mercadoria ao destinatário, ou então exija outra prova 
inequívoca da entrega. A partir do dec. 5.444/96 esta exigência passou a ser expressa; 
 
1 até a entrada em vigor do Decreto Estadual 5.444 de 30/05/96 era permitida a 
manutenção dos créditos relativos às matérias primas, materiais secundários e materiais de 
embalagem util izadas na produção de bens industrializados, constantes do então anexo 8. 
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3. verifique se as vendas foram efetuadas pelo fabricante, para comercialização nas lojas 
francas. Neste caso, serão mantidos os créditos fiscais relativos aos insumos, conforme 
disposto no RICMS; 
4. exija a comprovação de que as mercadorias foram efetivamente entregues aos 
destinatários, mediante visto do fisco federal em via adicional de nota fiscal ou outra 
prova qualquer inequívoca; 
5. apure o estorno do crédito fiscal se confirmada que as operações de vendas foram 
relativas

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