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Gênero Textual

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Prévia do material em texto

Gêneros são... 
 textos materializados que encontramos em 
nossa vida diária e que apresentam 
características sócio-comunicativas, ou seja, 
cumprem funções em situações 
comunicativas. (Marcuschi) 
 
 Ex: conversa, receita caseira, bilhete, 
entrevista, reportagem, aula expositiva, 
poema, resumo... 
 
Os gêneros textuais são 
• maleáveis, dinâmicos e plásticos; 
 
• surgem a partir das necessidades e 
atividades sócio-culturais e das 
relações com as inovações tecnológicas 
 
 
Os gêneros textuais são 
ilimitados: 
 telefonemas, sermão, piada, carta pessoal, 
carta comercial, declaração, romance, conto, 
entrevista, bula de remédio, guia, índices, 
gráficos, artigos de opinião, artigo científico, 
anúncios, classificados, horóscopo, resenha, 
resumo, reunião de condomínio, lista de 
compras, outdoor, inquérito policial, edital de 
concurso, menu de restaurante, manchete, 
telegramas, telemensagens, teleconferência, 
reportagens ao vivo, cartas eletrônicas, 
manuais eletrônicos, bate-papos virtuais... 
 
Os gêneros textuais apresentam 
características sócio-
comunicativas definidas por: 
 conteúdos 
 propriedades funcionais 
 estilo 
 composição. 
Os gêneros são modelos 
comunicativos. 
 Uma carta pessoal não deixa de ser tal 
só porque o autor deixou de assinar no 
final. 
 
 Um texto publicitário não deixa de ser 
publicitário porque está escrito em 
forma de poema. 
Os gêneros têm, muitas vezes, 
formas híbridas 
 Intertextualidade inter-gêneros 
 mesclagem de funções e formas de gêneros 
diversos num determinado gênero (gênero 
em função do outro) 
 
 heterogeneidade tipológica 
 existência de várias seqüências de tipos de 
textos num gênero (um gênero com a 
presença de vários tipos de textos) 
 
Gênero não deve ser confundido 
com modo de organização textual 
 
 Quando se nomeia um texto como 
descritivo, narrativo ou 
argumentativo não está se 
nomeando um gênero, mas o 
predomínio de um tipo de 
seqüência de base. 
 
Modos de organização textual: 
 1. Narração 
 Caracteriza-se por ter a seqüência narrativa como 
dominante; 
 A seqüência temporal é um elemento central na 
organização textual; 
 Relata fatos reais ou fictícios num espaço concreto 
e num tempo definido (O quê? Quem? Quando? 
Onde? Por que? Como?); 
 Os fatos narrados transformam-se de um estado 
para outro; 
 Tem uma estrutura que se constitui de: situação 
inicial, complicações, ações , resolução, situação 
final, avaliação ou moral. 
 
 
 
 “Os passageiros aterrissaram em Nova York no 
meio da noite...” 
 
 Pode-se apresentar na 1ª pessoa ou em 3ª pessoa; 
 São muitos os gêneros em que a seqüência 
narrativa é dominante: romance, conto, 
depoimento policial, sinopse de filme, canção; 
 Às vezes se apresenta em algum texto 
argumentativo (artigos de opinião) ou explicativo 
(artigos informativos). 
 
 
2. Descrição 
 
 Tipo em que predomina a seqüência nomeação 
(e/ou) localização (e/ou) qualificação de um 
objeto; 
 Caracterização (aspectualização) de uma pessoa, 
um objeto ou uma situação qualquer, inscritos 
num certo momento estático do tempo; 
 Não tem uma seqüência rígida de enunciados; 
 Pode expressar juízos de valor. 
 
 
“ sobre a mesa havia milhares de 
vidros... 
 
 
 É muito freqüente vir subordinada a seqüências 
narrativas ou argumentativas, mas pode aparecer 
em crônicas, resenhas, poemas; 
 Estrutura simples, verbo estático no presente ou 
imperfeito, um complemento e uma indicação de 
circunstância ou de lugar; 
 A ordem não é linear nem horizontal, pois não 
existe um enunciado que possa ser considerado 
cronologicamente anterior ao outro; 
 Exige capacidade de observação e domínio lexical 
do autor; 
 
ARGUMENTAÇÃO 
 
 É temático e não-figurativo; 
 Tem vários propósitos (provocar adesão, reforçar 
uma posição, explicar uma tese, refutar); 
 O ponto de vista do autor se manifesta (explícita 
ou implicitamente); 
 No caso da dissertação, o autor manifesta 
explicitamente sua opinião e julgamento, usando 
para isso conceitos abstratos; 
 É um discurso mais científico e filosófico. 
 
 
 
“Faz-se necessário que a comunidade do esporte 
adote de uma vez por todas uma posição implacável 
contra o vandalismo nos estádios...” 
 
 Os enunciados guardam entre si relações de 
natureza lógica, relações de implicações 
(causa e efeito, um fato e sua condição, uma 
premissa e uma conclusão); 
 Tese-argumentação-conclusão (seqüência 
simples). 
 
 
DIFERENÇA ENTRE GÊNERO E 
TIPO TEXTUAL 
GÊNEROS TEXTUAIS 
 realizações linguísticas 
definidas por situações 
comunicativas 
 textos empíricos 
 Ilimitado 
 Ex. cardápio, 
propaganda, poema, 
carta 
 
TIPOS TEXTUAIS 
 constructos teóricos 
definidos por 
propriedades lingüísticas 
 Seqüências de 
enunciados 
 limitado 
 Ex: narração, descrição, 
argumentação, injunção, 
expositivo 
 
 
 
 Um texto é em geral tipologicamente 
variado (heterogêneo) 
 
 
 Os gêneros são uma espécie de 
armadura comunicativa geral 
preenchida por seqüências 
tipológicas de base que podem ser 
bastante heterogêneas, mas 
relacionadas entre si. 
 
 
GÊNERO TEXTUAL/ 
INSTRUMENTO DE CIDADANIA 
 “O domínio de um gênero textual implica no 
domínio de realizar lingüisticamente 
objetivos específicos em situações sociais 
particulares” (Marcuschi). 
 
 “A apropriação dos gêneros textuais é um 
mecanismo fundamental de socialização, de 
inserção prática nas atividades 
comunicativas humanas” (Bronckart). 
 
GÊNEROS TEXTUAIS E ENSINO 
 O trabalho sistematizado com gêneros 
textuais na escola é uma ótima oportunidade 
para se lidar com a língua nos seus mais 
diversos usos autênticos no dia-a-dia. 
 O ensino deve oferecer aos alunos a 
oportunidade de se apropriar de gêneros 
usados em várias situações e não restritos à 
escola e a um segmento social. 
 
 
 
TEXTUALIDADE E COESÃO 
Um texto não é uma unidade construída por uma 
soma de sentenças, mas pelo encadeamento semântico 
delas, criando uma trama semântica a que damos o nome 
de textualidade. 
O encadeamento semântico que produz a textualidade 
se chama coesão. 
Ingedore Koch conceitua a coesão como: 
 O fenômeno que diz respeito ao modo como os 
elementos lingüísticos presentes na superfície textual se 
encontram interligados, por meio de recursos também 
lingüísticos, formando seqüências veiculadoras de sentido. 
 
A maior parte das pessoas constrói razoavelmente a 
textualidade na língua oral, mas, quando se trata de escrever 
um texto, as únicas palavras para coesão são mesmo e 
referido, produzindo sentenças do tipo: 
 
(1) Pegue três maçãs. Coloque as mesmas sobre a mesa. 
 
(2) João Paulo II esteve, ontem, em Varsóvia. Na referida 
cidade, o mesmo disse que a Igreja continua a favor do 
celibato. 
TEXTUALIDADE 
MECANISMOS DE COESÃO 
TEXTUAL 
A língua portuguesa dispõe de amplos recursos para 
construir a textualidade.Trata-se dos mecanismos de 
coesão textual. 
 
São quatro os principais mecanismos de coesão: 
 Referência 
 Elipse 
 Coesão Lexical 
 Substituição 
 
COESÃO POR REFERÊNCIA 
As palavras responsáveis por esse tipo de coesão são 
os pronomes, que podem ser pessoais (ele, ela, o, a, lhe 
etc), possessivos (meu, teu etc), demonstrativos (este, 
esse, aquele etc), os advérbios de lugar e também os 
artigos definidos. Se o referente precede o item coesivo, 
tem-se a anáfora; se vem após, tem-sea catáfora. 
Exemplos: 
1- Paulo e José são excelentes advogados. Eles se 
formaram na Academia do Largo de São Francisco. 
(referência anafórica) 
2- Realizara todos os seus sonhos, menos este: o de 
entrar para a Academia. (referência catafórica) 
COESÃO POR ELIPSE 
 
João Paulo II esteve, ontem, em Varsóvia. Lá, disse 
que a Igreja continua a favor do celibato 
 
Nesta seqüência, João Paulo II é retomado na segunda 
sentença por ausência, ou seja, para interpretar o sujeito 
referente ao verbo disse, tem-se que voltar à sentença 
anterior e descobrir que quem disse foi João Paulo II. 
 
 
 
 
 
 
 
 
COESÃO LEXICAL 
Esse tipo de coesão consiste em utilizar palavras ou 
expressões sinônimas dos termos que deverão ser 
retomados em sentenças subseqüentes. 
As palavras mais utilizadas neste processo de coesão 
são os chamados sinônimos superordenados ou 
hiperônimos, ou seja, palavras que correspondem ao 
gênero do termo a ser retomado. 
Exemplos de sinônimos superordenados: 
mesa.........................móvel 
faca.......................... talher 
computador............equipamento 
 
COESÃO LEXICAL 
 
Observe a seguinte sentença: 
 João Paulo II esteve, ontem, em Varsóvia. Na capital 
da Polônia, o Papa disse que a Igreja continua a favor 
do celibato. 
No exemplo acima usou-se apalavra papa para 
retomar João Paulo II, e a expressão capital da 
Polônia para retomar Varsóvia, sinônimos 
superordenados ou hiperônimos. 
O mesmo procedimento é adotado no seguinte 
exemplo: 
(5) Acabamos de receber trinta termômetros clínicos. 
Esses instrumentos serão encaminhados à pediatria. 
A Metonímia como coesão 
lexical 
Uma outra maneira de expressar a coesão lexical é a 
utilização da metonímia (parte pelo todo). 
Examinemos a seguinte seqüência: 
 A marcha tinha o objetivo de pedir a renúncia do 
ministro. O Planalto, no entanto, não cedeu às pressões 
dos manifestantes. 
Nesse exemplo, o Planalto, o palácio do governo, 
ou seja, uma parte desse governo, retoma FHC, que 
representa o governo brasileiro. 
SUBSTITUIÇÃO 
 
Um outro processo de coesão bastante utilizado é o da 
substituição. Consiste em abreviar sentenças 
inteiras,utilizando predicados prontos como fazer isso 
em seqüências como a seguir: 
 O presidente pretende anunciar as novas medidas 
econômicas, mas não deverá fazer isso nesta semana. 
Em vez de uma seqüência como mas não deverá 
anunciá-las nesta semana, utilizou-se o processo de 
substituição. 
Conectivos 
 Como qualquer pronome, os relativos são usados em uma oração 
para se evitar a repetição de termos anteriormente referidos; mas 
servem também como elementos conectivos, como elementos de 
coesão, entre os termos da oração ou entre as orações. 
 Comprei um livro que me foi muito útil para realizar a prova. 
 Na frase, o pronome que substitui livro, anteriormente referido, 
interligando as orações. Sem o uso do pronome, teríamos o 
seguinte texto: 
Comprei um livro. O livro me foi muito útil para realizar a prova. 
Cont. Conectivos 
 
É possível o uso de formas variáveis do pronome que: o qual, a 
qual, os quais e as quais. Devem, no entanto, ser utilizadas com 
critério para se evitar o pedantismo, o texto que se quer "difícil" e 
"intelectualizado". O mais correto é usá-las para impedir 
ocorrência de ambigüidade, como no exemplo abaixo: 
Conheci o pai da Joana, que me pareceu muito inteligente. 
Quem é inteligente: o pai ou Joana? Neste caso, a variação do 
pronome que exclui a ambigüidade. 
Conheci o pai da Joana, o qual me pareceu muito inteligente. 
Conheci o pai da Joana, a qual me pareceu muito inteligente. 
Cont. Conectivos 
Além do pronome que, vejamos outros dois relativos, cuja utilização pode 
criar algum embaraço no momento de se redigirem textos. 
 
Onde: tal pronome deve ser usado apenas para indicar lugar. 
Podemos, eventualmente, substituir tal pronome por um outro: em que 
(no qual, na qual, nos quais, nas quais). 
 
Prática muito comum, no entanto, é usar o pronome onde como uma 
espécie de curinga, criando-se o fenômeno do "ondismo", ou seja, o 
pronome passa a ser usado em diversas relações oracionais. 
 
O século XXI iniciou-se com uma nova guerra, onde acho que isso 
é errado. 
Cont. Conectivos 
 
Neste caso, não cabe o pronome onde, exatamente por não haver uma 
referência a lugar, por isto, neste caso, o correto é escrever: 
 
O século XXI iniciou-se com uma nova guerra, no entanto acho que 
isso é errado. 
 
Há a possibilidade de se acrescentar a preposição a no pronome onde, 
ficando aonde. Isso apenas quando um verbo indicar movimento, 
como os verbos ir e chegar. 
 
Você pretende chegar aonde? 
Nós iremos aonde? 
Cont. Conectivos 
 
Cujo: trata-se de um pronome relativo variável. Além da forma 
masculina singular, cujo, há ainda a plural, cujos, e as formas 
femininas singular e plural, cuja e cujas, respectivamente. Exatamente 
por isso, por essa variabilidade, é que não se deve colocar artigo 
depois desse pronome, como, por exemplo, cujo ou cuja a. 
Tal pronome estabelece uma relação de posse. 
É muito comum, no entanto, cometermos o seguinte erro: 
 
Este é o senhor que a filha dele esteve aqui ontem. 
Esse é um típico caso em que se deveria usar o pronome cujo. Assim, 
o modo correto de se construir a frase é o seguinte: 
Este é o senhor cuja filha esteve aqui ontem. 
Cont. Conectivos 
 
Em algumas situações, um verbo exige a presença de uma preposição 
(de, por, com, para). Nestes casos, ela deve preceder o pronome 
relativo: 
Este é o livro de que mais preciso no momento. 
 
Observe que o verbo precisar exige a preposição de. O mesmo 
acontece no exemplo abaixo: 
 
O governo apresentou explicações, com as quais nem todos os 
repórteres concordaram. 
 
Problemas de coesão textual 
1. Ambigüidade referencial. 
Ex.: Levaram a mesa do gabinete em que/ 
onde eu trabalhava. 
Ex.: Sendo indisciplinado, o chefe advertiu 
o funcionário. 
Ex.: A osteoporose é uma doença que 
fragiliza os ossos, quebrando-se com 
facilidade. 
 
Cont. Problemas de coesão 
2. Uso incorreto ou ausência de pontuação. 
Ex.: Com o início do horário de verão na 
próxima segunda-feira os bancos passarão 
a funcionar das 9 às 15 horas. 
 
3. Posição sintática do(s) termo(s). 
Ex.: Paulo veio só à audiência. 
Ex.: A mostra também incluiu automóveis do 
século passado de luxo.

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