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INDICADORES ECONÔMICOS E SOCIAIS
Unidade II
5 O PERFIL SOCIAL DO DESEMPREGO
Será abordado o perfil social do desemprego no Brasil. Como visto anteriormente, o país passou 
por uma ampla transformação econômica, com elevado crescimento econômico, forte apoio do 
financiamento e das empresas do Estado, em momentos específicos, o que levou a uma mudança social 
bastante significativa. Porém, é importante destacar que o mercado de trabalho no Brasil nunca foi 
muito estruturado. Baltar (2014) chama a atenção para o restrito papel exercido pelo poder público 
no tocante à estruturação do mercado de trabalho, de maneira a destacar que o poder público não se 
empenhou, de forma suficiente, historicamente a:
• organizar a entrada e a saída das pessoas no mercado de trabalho;
• evitar a elevada rotatividade nos empregos;
• aumentar o poder de compra das remunerações dos trabalhadores, de acordo com o avanço da 
produtividade, decorrente do desenvolvimento econômico;
• facilitar o fortalecimento da organização sindical dos trabalhadores e a contratação coletiva do 
trabalho, colaborando a superar a resistência patronal à organização de seus empregados.
Os efeitos disso são diversos, podendo‑se salientar que a alta rotatividade dificultou o desenvolvimento 
profissional e as ocupações não garantiam o eixo para uma melhor estruturação da sociedade. Apesar 
do intenso desenvolvimento econômico, do elevado crescimento do emprego e do aumento da 
produtividade, a massa salarial não aumentou proporcionalmente a esses ganhos do valor agregado; 
o que prevaleceu foi a baixa participação dos salários na renda. Ao impossibilitar uma ampliação mais 
generalizada do poder de compra dos salários, o resultado foi uma distribuição da renda muito desigual 
e concentrada numa estreita cúpula da população. A desproporção da renda do trabalho frente a outras 
formas de apropriação da renda relacionadas com a propriedade aumentou. A própria distribuição de 
renda muito desigual e concentrada afetou a forma de absorção da população ativa, destacando‑se o 
elevado peso das ocupações em prestação de serviços pessoais e familiares para a cúpula da população 
com poder de compra necessário para pagar por esses serviços. Essas atividades acabam sendo atendidas 
por trabalhadores por conta própria, o que torna o trabalho desorganizado, uma vez que são ocupações 
muito instáveis do ponto de vista do vínculo empregatício.
O lento crescimento do PIB, desde 1980, e os efeitos sobre o mercado 
de trabalho da abertura da economia na década de 1990 agravaram 
sobremaneira a situação das pessoas em termos de condição de atividade e 
tipo de ocupação, aumentando a taxa de desemprego aberto que era menos 
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Unidade II
de 5% e passou a mais de 10% da População Economicamente Ativa (PEA), 
ao mesmo tempo que diminuiu fortemente o peso dos empregos formais 
na ocupação das pessoas que atualmente não passa de 46,5% da PEA 
(PNAD‑2012) (BALTAR, 2014, p. 96).
Figura 36 – O desemprego volta às ruas
Para avançar nesta análise, iremos recorrer aos dados do IBGE, especificamente à Pnad, para tratar 
dos efeitos deletérios sobre o mercado de trabalho, nos anos 1990, após a crise econômica dos anos 
1980, a abertura econômica dos anos 1990, conforme analisado por Quadros (2009). É preciso atentar‑se 
para a repentina elevação da taxa de desemprego aberto que passou de 5%, na década de 1980, para 
mais de 10% da população economicamente ativa (PEA), ao mesmo tempo que reduziu largamente o 
peso dos empregos formais na ocupação das pessoas.
 Saiba mais
Há duas principais formas de acompanhar os indicadores de desemprego:
Pelo IBGE, que faz uma pesquisa mensal conhecida como 
Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad 
Contínua) e pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos 
Socioeconômicos (Dieese), que realiza mensalmente a Pesquisa de 
Emprego e Desemprego (PED).
Para maiores detalhes, visite as seguintes páginas:
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Pesquisa 
nacional por amostra de domicílios contínua ‑ PNAD Contínua, [s.d.]c. 
Disponível em: <https://www.ibge.gov.br/estatisticas‑novoportal/sociais/
trabalho/9173‑pesquisa‑nacional‑por‑amostra‑de‑domicilios‑continua‑ 
trimestral.html?=&t=o‑que‑e>. Acesso em: 1º set. 2018.
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INDICADORES ECONÔMICOS E SOCIAIS
DEPARTAMENTO INTERSINDICAL DE ESTATÍSTICA E ESTUDOS 
SÓCIOECONÔMICOS. Sistema de Pesquisa e Desemprego, [s.d.]. Disponível em: 
<https://www.dieese.org.br/analiseped/ped.html>. Acesso em: 1º set. 2018.
Metodologicamente, de maneira a capturar mais detalhes, o pesquisador Waldir Quadros, 
utilizando‑se dos critérios do IBGE, define que ocupados são aqueles que declaram estar ocupados 
na semana da pesquisa. Porém, para capturar a parcela mais significativa do desemprego oculto pelo 
desalento, optou‑se por ampliar para dois meses o tempo de procura por ocupação que, atualmente, no 
desemprego aberto oficial se limita ao mês em que é realizada a PNAD. Dessa maneira, a tabela a seguir 
mostra a proporção de desocupados por extrato de renda.
Tabela 17 – Brasil: % de desocupados na PEA
Anos Alta classe média
Média classe 
média
Baixa classe 
média
Massa 
trabalhadora Miseráveis Total
1981 4,1 5.3 5.6 5,3 5.1 5.9
1982 3.7 4.9 5.0 5.0 4.7 5.3
1983 3.6 4.9 5.9 5.7 5.9 6.2
1984 2.8 4.6 4.8 4.8 5.2 5.2
1985 2.5 3.6 4.2 4.1 3.8 4.2
1986 2.5 3.1 3.4 3.4 3.4 3.5
1987 2.6 3.6 4.5 4.3 4.8 4.6
1988 2.9 3.8 4.8 4.9 5.5 5.2
1989 2.6 3.7 3.9 4.4 5.0 4.5
1990 2.8 3.8 4.7 4.6 4.8 5.0
1992 4.0 6.2 6.8 6.9 7.8 7.6
1993 4.6 5.8 7.1 7.6 8.7 8.1
1995 4.1 6.1 7.0 7.7 9.1 8.0
1996 4.5 6.8 8.0 8.7 10.3 9.0
1997 5.7 7.4 9.0 9.4 10.8 10.0
1998 5.8 9,1 10,3 10.5 11.6 11.1
1999 6.6 9.3 10.9 11.1 13.6 11.9
2001 5.8 7.9 9.8 11.0 14.7 11.6
2002 6.6 8.2 9.8 11.3 15.0 11.7
2003 6.0 8.4 9.9 11.6 16.1 12.2
2004 5.1 7.1 9.2 10.8 15.4 11.1
2005 5.9 8.2 9.8 12.6 15.9 11.7
2006 5.5 7.4 9.1 12.3 17.0 10.9
2007 5.1 7,1 9,0 11.8 15.9 10.3
Fonte: Quadros (2009, p. 4).
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Observando os dados de desemprego, é possível verificar que a taxa aumentou significativamente 
nos anos 1990, chegando ao auge em meados dos anos 2000. Durante toda a década de 1990, foram os 
miseráveis que mais sofreram com o aumento do desemprego, tendo a taxa de desemprego aumentado 
em 206% e a classe que menos sentiu o efeito, apesar do elevado percentual de crescimento de 
desemprego de 107%, foi a alta classe média. Exceto para os miseráveis, os demais terão as taxas de 
desemprego amenizadas a partir de 2003.
Para uma análise regional, Quadros (2009) separa em duas grandes regiões:
• Região A: engloba regiões com rendimentos mais elevados: o Distrito Federal e os estados do 
sudeste e sul. Subdivide‑se em: região metropolitana (inclui as regiões metropolitanas do Distrito 
Federal, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Curitiba e Porto Alegre) e demais localidades 
(abrange o “interior” dos estados que possuem regiões metropolitanas e o total dos estados que 
não as possuem, a saber, Espírito Santo e Santa Catarina).
• Região B: engloba regiões com níveis intermediários de rendimentos, os estados do norte e centro 
oeste, além das três metrópoles do nordeste. Subdivide‑se em: regiões metropolitanas (incluindo 
as regiões metropolitanas do nortee nordeste: Belém, Fortaleza, Recife e Salvador) e demais 
localidades (incluindo as áreas não rurais dos estados de Rondônia, Acre, Amazonas, Roraima e 
Amapá, e também o “interior” não rural do Pará, bem como o total da população dos estados de 
Tocantins, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás).
• Região C: engloba regiões com níveis inferiores de rendimentos, incluindo, sem subdivisões, o 
“interior” dos estados do Ceará, Pernambuco e Bahia, além do total dos estados de Maranhão, 
Piauí, Rio Grande do Norte, Paraíba, Alagoas e Sergipe. Isto é, abrange os estados do nordeste, 
exceto suas regiões metropolitanas.
Tabela 18 – Taxas regionais de desemprego (% PEA)
Regiões 2002 2003 2004 2005 2006 2007
A ‑ Metrópoles 14,6 15,2 14,0 13,9 13,0 11,9
A ‑ Demais localidades 10,2 10,6 9,1 9,9 9,1 8,9
B ‑ Metrópoles 18,6 19,0 18,4 18,5 17,7 16,6
B ‑ Demais localidades 10,7 11,3 9,4 11,1 9,8 10,0
C 9,1 9,4 9,4 9,9 9,7 8,9
Total Brasil 11,7 12,2 11,1 11,7 10,9 10,3
 
Fonte: Quadros (2009, p. 7).
Tanto as metrópoles da região A como B tiveram maiores reduções nas taxas de desemprego. 
Apesar disso, a região metropolitana da região B continua sendo a região com maior taxa de 
desemprego. Essa região considera os níveis intermediários de rendimentos, ou seja, os estados do 
norte e centro‑oeste e mais três metrópoles do nordeste.
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Observando a composição social dos desempregados, conforme demonstrado na tabela a seguir, 
a partir de 2004, piorou gradualmente, de maneira decrescente, a situação da massa trabalhadora, 
da baixa classe média, da média classe média e da alta classe média e melhorou para os miseráveis e 
indigentes. Em termos de ocupação, a partir de 2004, melhorou significativamente para a baixa classe 
média e a massa trabalhadora e piorou para os miseráveis.
Tabela 19 – Composição social dos desocupados e ocupados no Brasil
Estratos sociais 2002 2003 2004 2005 2006 2007
Proporcão de desocupados (%)
Alta classe média 4,4 3,7 3,2 3,9 4,3 4,6
Média classe média 8,4 7,4 7,2 8,5 8,8 9,9
Baixa classe média 26,7 26,5 26,3 29,9 31,0 33,5
Massa trabalhadora 27,7 27,4 30,2 36,9 35,5 33,2
Miseráveis 22,4 24,2 23,8 12,1 12,5 10,6
Indigentes 10,3 10,7 9,3 8,7 7,8 8,3
Total 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0
Proporção de ocupados (%)
Alta classe média 8,4 8,1 7,5 8,3 9,3 9,8
Média classe média 12,6 11,2 11,8 12,7 13,7 15,1
Baixa classe média 32,8 33,9 32,7 36,4 38,1 39,5
Massa trabalhadora 29,1 29,1 31,5 34,1 31,4 29,0
Miseráveis 17,1 17,7 16,5 8,5 7,6 6,6
Indigentes ‑ ‑ ‑ ‑ ‑ ‑
Total 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0
Fonte: Quadros (2009, p. 10).
Outro recorte analítico possível, a partir dos dados da Pnad, é pelo perfil socioeconômico. A primeira 
abordagem é separar por faixa etária. A partir de dados da Pnad de 2007, a tabela na sequência nos 
mostra que apenas três faixas etárias respondem por 61% dos desempregados, a saber: 15 – 19 anos 
(24%), 20 – 24 anos (22%) e 25 – 29 anos (15%). Caso somarmos a faixa de 30 – 34 anos, este percentual 
sobe para 71%. Logo, há uma concentração do desemprego entre jovens e adultos jovens, o que é 
prejudicial para a estruturação do mercado de trabalho.
Tabela 20 – Faixa etária dos desocupados – Brasil – 2007
Faixas etárias n° de pessoas (mil) %
10‑14 anos 274 2,8
15‑19 anos 2.327 23,5
20‑24 anos 2.184 22,1
25‑29 anos 1.499 15,2
30‑34 anos 1.006 10,2
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Unidade II
35‑39 anos 802 8,1
40‑44 anos 627 6,4
45‑49 anos 491 5,0
50‑54 anos 317 3,2
55‑59 anos 191 1,9
60‑64 anos 97 1,0
65 ou +anos 64 0,6
Total 9.880 100,0
Fonte: Quadros (2009, p. 14).
Detalhando mais os dados, é possível analisar de acordo com a abertura por gênero e cor, a 
partir das faixas etárias. Observando as três faixas mais numerosas, de 15 a 34 anos, verifica‑se 
que entre os jovens desocupados de 15 a 19 anos existe uma evidente hierarquia fortemente 
determinada pela cor, em que predominam as jovens negras (com 28,5%) seguidas pelos negros 
(26,5%), brancas (24,5%) e brancos (20,4%). Já na faixa de 20 a 24 anos ganha destaque a questão 
de gênero, avançando a participação das mulheres negras (32%) e brancas (26,6%), que assumem 
a segunda pior posição. Os homens negros ficam com a terceira (23,9%) e os brancos são os 
relativamente menos afetados (17,5%).
Tabela 21 – Faixa etária, cor e gênero dos desocupados (em %) – Brasil – 2007
Faixas etárias Homem branco Mulher branca Homem negro Mulher negra Total
10‑14 anos 19,8 14,0 41,9 24,3 100,0
15‑19 anos 20,4 24,5 26,5 28,5 100,0
20‑24 anos 17,5 26,6 23,9 32,0 100,0
25‑29 anos 15,7 28,4 19,9 36,0 100,0
30‑34 anos 14,1 29,9 19,4 36,6 100,0
35‑39 anos 13,9 32,4 18,3 35,5 100,0
40‑44 anos 16,6 27,8 20,5 35,0 100,0
45‑49 anos 20,5 30,5 20,3 28,8 100,0
50‑54 anos 24,9 24,7 27,0 23,4 100,0
55‑59 anos 32,2 20,4 27,0 20,3 100,0
60‑64 anos 33,4 14,3 30,9 21,4 100,0
65 ou +anos 37,6 14,9 34,4 13,1 100,0
TOTAL 18,2 26,8 23,4 31,6 100,0
Fonte: Quadros (2009, p. 15).
Chama bastante atenção quando analisamos o grau de escolaridade dos desempregados. As tabelas 
a seguir tratam dessa relação com desemprego e depois analisamos por faixa etária.
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INDICADORES ECONÔMICOS E SOCIAIS
Tabela 22 – Escolaridade do total de desocupados – Brasil – 2007
Escolaridade dos segmentos Homem branco Mulher branca Homem negro Mulher negra Total
1° grau 48,6 39,1 54,3 43,5 45,8
2° grau 41,2 49,2 39,6 48,7 45,3
3° grau 10,2 11,7 6,1 7,8 8,9
Total 100,0 100,0 100.0 100,0 100,0
Fonte: Quadros (2009, p. 17).
Tabela 23 – Escolaridade da faixa de 15 a 19 anos – Brasil – 2007
Escolaridade dos segmentos Homem branco Mulher branca Homem negro Mulher negra Total
1° grau 34,8 19,0 43,7 29,3 31,7
2° grau 58,8 70,7 52,2 65,4 61,8
3° grau 6,4 10,3 4,1 5,4 6,5
Total 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0
Fonte: Quadros (2009, p. 17).
Tabela 24 – Escolaridade da faixa de 20 a 24 anos – Brasil – 2007
Escolaridade dos segmentos Homem branco Mulher branca Homem negro Mulher negra Total
1° grau 32,0 25,3 35,3 26,3 29,2
2° grau 45,7 56,7 54,3 63,0 56,2
3° grau 22,3 18,0 10,4 10,7 14,6
Total 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0
Fonte: Quadros (2009, p. 17).
Tabela 25 – Escolaridade da faixa de 25 a 29 anos – Brasil – 2007
Escolaridade dos segmentos Homem branco Mulher branca Homem negro Mulher negra Total
1° grau 41,0 43,2 48,5 38,3 42,1
2° grau 44,4 44,5 43,3 51,1 46,6
3° grau 14,5 12,3 8,2 10,6 11,2
Total 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0
Fonte: Quadros (2009, p. 17).
De acordo com Quadros (2009, p. 16),
Inicialmente não discriminando por gênero e cor, ou seja, considerando 
apenas a coluna de total de cada tabela, verifica‑se que as três faixas etárias 
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Unidade II
apresentam uma menor proporção de desocupados com o 1º grau que o 
total de desocupados, que é de 45,8%. Por sua vez, a faixa de 25 a 29 anos se 
destaca negativamente com uma taxa de 42,1%. Em contrapartida, nas três 
faixas é maior a proporção de desocupados com o 2º grau, sobressaindo‑se 
os jovens de 15 a 19 anos com 61,8%. Entre estes, as mulheres apresentam 
taxas ainda maiores: 70,7% das brancas e 65,4% das negras. Por fim, a faixa 
de 20 a 24 anos chama atenção por sua maior proporção de desocupados 
com 3º grau (14,6%), com os brancos sobressaindo‑se:22,3% dos homens e 
18% das mulheres.
Analisando atentamente, uma conclusão viável é que os desocupados acompanharam o movimento 
de mobilidade social ascendente dos estratos sociais inferiores, concentrando‑se majoritariamente 
na baixa classe média (remediada) e na massa trabalhadora (pobre). Assim, esses dois estratos sociais 
que cresceram significativamente no período de expansão econômica (2004‑2008), ao mesmo tempo, 
encontram‑se bastante vulneráveis no novo cenário mais desfavorável, de maneira que podem sofrer 
sério processo de mobilidade descendente também. Mais à frente, quando formos tratar dos cenários 
mais recentes e da tendência, este tema será retomado.
6 O TRABALHO NA BASE DA PIRÂMIDE SOCIAL BRASILEIRA: A NOVA 
CLASSE MÉDIA?
Neste momento, a questão que se coloca é se o Brasil superou sua condição de país pobre, 
subdesenvolvido, desigual. A transformação social vivida após os anos 2000 necessita de análises mais 
profundas para a real verificação do surgimento de uma nova classe média.
Sobre esse tema, a leitura será calcada na análise minuciosa do economista e pesquisador Márcio 
Pochmann. Em Nova classe média? O trabalho na base da pirâmide social brasileira (2012) e O mito da 
grande classe média: capitalismo e estrutura social (2014), apesar das transformações recentes na estrutura 
social brasileira, não haveria ascendido uma nova classe média, pois o fato de uma massa de trabalhadores 
terem ascendido socialmente, ainda os feitos não são suficientes para torná‑los classe média. No debate 
da sociologia e da ciência política, para se tornar classe média é preciso não apenas o acesso ao mercado 
de consumo, mas escolaridade, empregos qualificados, acesso à cultura e esses elementos ainda não foram 
conquistas pela chamada nova classe média. Vejamos como essa ascensão se deu.
A informalidade sempre foi parte da caracterização do mercado de trabalho brasileiro. Porém, estava 
presente onde o mercado de trabalho não estava organizado pelas empresas privadas (grandes e médias) 
e pelo setor público. Portanto, era composto por uma parcela da população que buscava trabalho para 
obter renda a partir de ocupações por conta própria ou até sem remuneração nos pequenos negócios 
autônomos. É preciso observar que, mesmo que as ocupações informais tendessem a almejar o mesmo 
nível de proteção social e trabalhista dos empregados formalizados, o que prevaleceu foi a desproteção 
e a marginalização dessa parcela da população (POCHMANN, 2012).
Ainda de acordo com Pochmann (2012), a situação de informalidade não foi contida, entre outros 
elementos, uma vez que não houve transformações estruturais mais profundas como reformas clássicas 
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INDICADORES ECONÔMICOS E SOCIAIS
do capitalismo contemporâneo: agrária, tributária e social. O grau de informalidade, nos anos 2000, 
reduziu significativamente, dado o quadro histórico, porém o abandono do projeto de desenvolvimento 
nacional, principalmente a partir dos anos 1980, levou a uma situação de baixo crescimento econômico 
com pouca dinamização setorial, o que resultou numa incapacidade de expandir emprego no mesmo 
patamar do crescimento da população economicamente ativa.
De modo concomitante ao crescimento do desemprego aberto e das 
ocupações precárias, houve também a ampliação da concentração de 
renda e riqueza, o que terminou favorecendo, mais uma vez, a expansão 
do trabalho barato de prestação de serviços a famílias. Não somente as 
ocupações tradicionais identificadas pelo tradicional trabalho doméstico 
voltaram a aumentar, como também ganharam importância atividades mais 
sofisticadas, como as de piloto de lanhas, aviões ou helicópteros particulares, 
de assistência pessoal especializada (personal trainer, pesonal stylist, 
embelezamento, entre outros) e de serviços de administração da própria 
riqueza (consultorias financeiras e planejamento tributário, por exemplo) 
(POCHMANN, 2012, p. 25)
Aqueles empregos vinculados ao trabalho para famílias de renda elevada tenderam, muitas vezes, 
a incorporar também valores e/ou ideologia dessas famílias. Assim, a ascensão da população mais 
empobrecida não veio acompanhada pela visão crítica da sociedade, mas, pelo contrário, houve a 
reprodução do pensar da elite, das classes mais elevadas de renda. Dessa maneira, essa é uma das 
hipóteses de porque essa parcela pauperizada não necessariamente reivindica ampliação da proteção 
social e trabalhista.
Para analisar a dinâmica dos diferentes padrões de trabalho ao longo das décadas, vejamos a evolução 
do nível ocupacional e do rendimento recebido pelo conjunto dos trabalhadores na figura a seguir.
Anos 1970
‑10.000.000
Sem remuneração
3 a 5 s. m.
Até 1,5 s. m.
Mais de 5 s. m.
1,5 a 3 s. m.
Total
‑5.000.000
5.000.000
0
10.000.000
15.000.000
20.000.000
25.000.000
Anos 1980 Anos 1990 Anos 2000
Figura 37 – Brasil: evolução do saldo das ocupações segundo faixa de remuneração
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Unidade II
Nos anos 1970 e 1980, uma parte significativa de empregos criados foi para a constituição da 
mão de obra e, na década de 1970, dos 17,2 milhões de empregos líquidos (empregos criados menos 
os destruídos), 34,2% foram de remuneração mensal de até 1,5 salário mínimo e 16,6% acima de 5 
salários mínimos mensais. Já na década seguinte, dos 18,1 milhões de empregos criados, 25,3% eram de 
remuneração até1,5 s.m. mensal e 32,9% de 5 ou mais s.m. mensais.
Nos anos 1990, observando o gráfico, é possível verificar que esse padrão se alterou. Dos 11 milhões 
de novos postos de trabalho, 53,5% não previam remuneração, 8,6% eram de postos cuja remuneração 
era de 5 ou mais s.m. e foram destruídas 2,7% de empregos de até 1,5 s.m. mensal.
Já na primeira década de 2000, o perfil dos empregos criados mudou radicalmente, conforme é 
possível perceber na figura a seguir. Depois de uma queda no total de empregos líquidos gerados, 
nos anos 1990, os anos 2000 ficaram caracterizados pela retomada de geração de empregos e, na 
primeira década, criou 21 milhões de postos de trabalho, sendo desses 94,9% com remuneração 
até 1,5 salário mínimo mensal e 29,1% com remuneração entre 1,5 e 3 salários mínimos mensal. 
Houve redução líquida de 5,1% de postos sem remuneração e 20,4% de postos de trabalho com 
rendimento acima de 5 salário mínimo mensal. Essas mudanças representaram um avanço das 
ocupações na base da pirâmide social brasileira.
Além do fato da ampliação de criação de vagas, de 11 milhões de postos de trabalho para 21 milhões 
de postos de trabalho entre os anos 1990 e 2000, um grande volume de empregos criados ficaram 
concentrados na base da pirâmide social, o que contribuiu para a redução da desigualdade entre as 
diferentes remunerações do trabalho.
Segundo o autor,
A ampliação da massa de remuneração do trabalho, especialmente por 
conta da forte geração de ocupações com remuneração levemente acima 
do salário mínimo, potencializa e sustenta a dinâmica da economia em 
novas bases sociais ne modo praticamente sem paralelo durante os últimos 
quarenta anos no Brasil. Na década de 2000, por exemplo, os empregos 
com remuneração de até 1,5 salário mínimo foram os que mais cresceram 
(6,2% em média ao ano), o que equivaleu ao ritmo 2,4 vezes maior que 
o conjunto de todos os postos de trabalho (2,6%). As ocupações sem 
remuneração (‑0,9%) e aquelas com rendimento de cinco ou mais salários 
mínimos mensais (‑3,3%) sofreram redução líquida no mesmo período 
(POCHMANN, 2012, p. 31).
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Anos 1970
‑4,0
Sem remuneração
3 a 5 s. m.
Até 1,5 s. m.
Mais de 5 s. m.
1,5 a 3 s. m.
Total
‑2,0
2,0
0
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6,0
8,0
10,0
12,0
14,0
Anos 1980 Anos 1990 Anos 2000
Figura 38 – Brasil: variação média anual das ocupações segundo a faixa de remuneração (em %)
Ainda de acordo com a pesquisa de Pochmann (2012), no caso dos trabalhadores de salário de base 
de até 1,5 salário mínimo mensal, houve uma concentração nas seguintes atividades, nos anos 2000:
• serviços: 6,1 milhões de novos postos de trabalho, o equivalente a 31% da ocupação total;
• comércio: 2,1 milhões de novos postos de trabalho;
• construção civil: 2 milhões;
• escriturários: 1,6 milhão;
• indústria têxtil e de vestuário: 1,3 milhão;
• atendimento público: 1,3 milhão.
Somente essas seis ocupações corresponderam a 14,4 milhões de novos empregos criados, o que 
equivaleu a 72,4% de todas as ocupações com remuneração de até 1,5 salário mínimo mensal.
Para a compreensão detalhada desse fenômeno, é preciso decifrar mais características. Passamos 
agora a analisar a questão por sexo, isto é, houve diferenciação de gênero nos empregos gerados nos 
salários de base?
A figura a seguir apresenta uma evolução sobre essa decomposição por sexo.
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Anos 1980
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Anos 1990
Masculino Feminino
Anos 2000
Figura 39 – Brasil: composição das ocupações geradas para trabalhadores de salário de base segundo o sexo
Dos anos 1980 aos anos 1990, houve um aumento significativo na proporção entre homens e 
mulheres nos trabalhos de salário de base, sendo que a contratação de mulheres aumentou de menos de 
50% para mais 60% nos trabalhos de salário de base. Isso significa que, nesse segmento de rendimento, 
houve incorporação de mais mulheres ao longo dos anos, porém, nos anos 2000, essa proporção caiu 
para pouco menos de 60%.
‑1.500.000
Até 13 
anos
14 a 24 
anos
Anos 1980 Anos 1990 Anos 2000
25 a 34 
anos
35 a 44 
anos
45 a 54 
anos
55 a 64 
anos
65 anos 
ou mais
‑1.000.000
‑500.000
0
500.000
1.000.000
1.500.000
2.000.000
2.500.000
3.000.000
3.500.000
4.000.000
4.500.000
Figura 40 – Brasil: saldo líquido de ocupações geradas para trabalhadores de salário de base segundo a faixa etária
Quando se analisa essa distribuição por idade, nos anos 2000, nota‑se que a maior parte 
das ocupações para essa faixa de rendimento ficou concentrado na faixa dos 25 aos 34 anos de 
idade, seguido pelas faixas 45 a 54 anos e 35 a 44 anos, respectivamente. Comparativamente 
aos anos 1980 e 1990, houve um aumento significativo da presença dos trabalhadores entre 45 
e 54 anos no mercado de trabalho para os rendimentos de salário de base. Enquanto, nos anos 
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1980, havia uma concentração juvenil (até 34 anos), essa característica se alterou nas décadas 
seguintes. Nos anos 1990, havia uma concentração de trabalhadores de remuneração baixa na 
faixa dos 35 a 44 anos.
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30
20
10
0
Anos 1990 Anos 2000
Branco Não branco
Figura 41 – Brasil: composição das ocupações geradas para trabalhadores de salário de base mensais segundo a cor/raça (em %)
No tocante à faixa de escolaridade, a figura a seguir apresenta dados dos anos 1980, 1990 e 2000. Ao 
longo das décadas, houve uma redução líquida de postos de trabalho para aqueles que declararam nunca 
terem estudado, uma redução significativa para os que haviam estudado o ensino fundamental e um 
aumento considerável para os que obtiveram o ensino médio. De acordo com o autor da pesquisa, perto 
de 85% do total de vagas abertas destinaram‑se a trabalhadores de salário de base com escolaridade 
equivalente ao ensino médio.
‑5.000,000
‑3.000,000
‑1.000,000
1.000,000
3.000,000
5.000,000
7.000,000
9.000,000
11.000,000
Anos 1980 Anos 1990 Anos 2000
Nunca estudou
Ensino superior
Ensino fundamental
Mestrado ou doutrorado
Ensino médio
Figura 42 – Brasil: saldo líquido de ocupações geradas para 
trabalhadores de salário de base segundo a faixa de escolaridade
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Com relação ao vínculo, nos anos 1990, houve uma redução de mais de 260 mil postos de trabalho 
de salário de base e os chamados conta própria foram os que mais cresceram no Brasil. Nos anos 
2000, houve uma expansão do trabalho assalariado com carteira de trabalho: “para cada grupo de dez 
ocupações abertas para trabalhadores de salário de base, sete foram de empregos formais, e a cada vaga 
aberta de emprego assalariado informal, três outras eram criadas para o trabalho com carteira assinada” 
(POCHMANN, 2012, p. 38).
Essa ampliação da formalização do mercado de trabalho é importante, pois garante proteção social 
aos trabalhadores, principalmente, previdência social. Isso se deve, porque a previdência social cobre 
apenas os trabalhadores formalizados do mercado de trabalho ou aqueles que pagam autonomamente. 
Além disso, é importante lembrar que o trabalho formal também garante outros direitos trabalhistas, 
como férias remuneradas, descanso semanal, entre outros. A política de valorização de salário mínimo 
injetou R$ 1 trilhão nos rendimentos de trabalhadores de salário de base somente no período 2003 a 
2010. Esse aspecto é crucial, pois geração de emprego é também renda adicional na economia de um 
país e, portanto, crescimento econômico.
7 O BRASIL REAL: A DESIGUALDADE PARA ALÉM DOS INDICADORES
Na busca da melhor compreensão das sociedades, economistas, estatísticos, cientistas sociais, dentre 
outras profissões, sejam acadêmicos ou pesquisadores de instituições públicas ou privadas que pensam 
o desenvolvimento, criaram uma série de indicadores.
Anteriormente, foram levantados inúmeros indicadores, calculados em grande medida pelo Instituto 
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que auxiliam na caracterização socioeconômica do país.
Em termos globais, a utilização de indicadores sociais para a análise da realidade de um País é um 
avanço em relação ao uso exclusivo de indicadores econômicos como o Produto Interno Bruto (PIB). 
Se o PIB de determinado país mede quanto uma nação produziu em determinado ano, índices como 
o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e o índice de Gini procuram chamar atenção para temas 
como saúde, educação e distribuição de renda.
No entanto, os próprios indicadores sociais possuem limitações e, muitas vezes, os dados que 
fornecem ficam distantes das complexas realidades e contradições dos países.
Ao analisarmos a economia brasileira, os indicadores como o PIB, IDH, índice de Gini e até mesmo 
os indicadores calculados pelo IBGE mostram apenas parte da realidade socioeconômica. O objetivo é 
justamente chamar atenção para fatores estruturais da sociedade brasileira que dão luz para a maior 
compreensão do por que o País figura entre as nações mais desiguais do planeta.
Dados da World Inequality Lab (2018) mostram que o Brasil, na análise do 1% mais rico, no ano de 
2015, era o país que detinha a maior concentração de renda do mundo. A pesquisa foi liderada pelo 
economista francês Thomas Piketty e mostra que 27,8% da renda produzida pelo país no ano de 2015 
estavam concentrados nas mãos de 1% da população.
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INDICADORES ECONÔMICOS E SOCIAISA situação se contrasta quando olhamos para o PIB brasileiro de 2015. Apesar de, naquele ano, ter 
havido uma forte queda do produto econômico (‑3,8%), a economia brasileira figurava como a nona 
maior economia do mundo, ficando à frente, nesse quesito, de muitas nações desenvolvidas.
As diferenças entre as “posições” do Brasil no campo econômico e social nos levam a questionar e 
buscar explicações para tais constatações.
Analisaremos a posição do Brasil nas óticas do Índice de Desenvolvimento Humano e do índice 
de Gini, procurando chamar atenção para pontos estruturais da sociedade brasileira que auxiliam na 
manutenção e/ou aprofundamento das desigualdades.
Também veremos a análise da concentração de terras no País, ressaltando a raiz histórica da estrutura 
fundiária desigual no Brasil e sua manutenção na atualidade. É destacada a relação entre a estrutura 
fundiária e a utilização da terra no Brasil para fins econômicos.
Outro ponto estrutural para a explicação da especificidade da desigualdade brasileira é a forma 
como foi realizada a industrialização do País, ressaltando que alguns processos do período da 
industrialização, como a concentração do setor produtivo na região sudeste e, por consequência, 
uma forte migração de moradores do norte e nordeste sem o devido acompanhamento do governo, 
ocasionaram distorções na distribuição de renda e problemas de acesso aos serviços essenciais, como 
saúde, educação e moradia.
O terceiro elemento analisado para explicar a desigualdade social são os gastos realizados pelos 
governos em função das áreas de destinação. Nessa parte fica claro que setores que têm como função 
a oferta de serviços e bens com função social recebem pouca atenção no orçamento público. Enquanto 
alguns itens, como o pagamento de juros e amortizações da dívida pública, são responsáveis por parcela 
significativa do orçamento público.
E, por fim, destacamos a forma como é feita a tributação no Brasil, a incidência dos impostos e seus 
efeitos para o aprofundamento da desigualdade social.
Procuramos salientar a complexidade da realidade socioeconômica brasileira, chamando a atenção 
para elementos que auxiliam na explicação das desigualdades sociais, para além da análise única e 
exclusiva de indicadores.
7.1 O Índice de Desenvolvimento Humano – IDH
O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) foi criado pela Organização das Nações Unidas, 
como uma forma de demonstrar o grau de desenvolvimento dos países. A publicação dos índices é 
realizada pelos Relatórios de Desenvolvimento Humano (RDH) do Programa das Nações Unidas para o 
Desenvolvimento (PNUD).
O cálculo do IDH agrega variáveis de renda, saúde e de educação. A ideia de desenvolvimento contida 
no índice está relacionada a questões de saúde, educação e renda.
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O campo da saúde está ligado à longevidade. Nessa perspectiva, o desenvolvimento tem a função 
de evitar mortes prematuras, garantindo um ambiente saudável para que as pessoas atinjam elevados 
padrões de saúde física e mental. Na variável educação, a ideia é que o acesso ao conhecimento é um 
fator imprescindível para exercer liberdades individuais e autonomia para tomadas de decisões. A renda, 
por sua vez, é o instrumento para o acesso às necessidades básicas de sobrevivência dos indivíduos, tais 
como água, alimentação e moradia. A ausência de renda pode limitar o acesso às essencialidades da vida 
(ATLAS DO DESENVOLVIMENTO HUMANO NO BRASIL, 2013):
• Variável de renda: renda per capita. O quanto a economia de um determinado país produziu em 
relação à sua população. Esse indicador se ajusta de forma a demonstrar a paridade poder de 
compra (PPP) entre os países.
• Variável de saúde: expectativa de vida. A média de anos que as pessoas vivem nos países (esperança 
de vida ao nascer).
• Variação educação: nesse indicador são utilizadas duas informações para o cálculo. A primeira é a 
taxa de alfabetização de adultos e a segunda é um somatório de pessoas matriculadas no ensino 
fundamental, médio e superior dividido pelo número de pessoas total na faixa etária entre 6 e 22 
anos de idade.
Após inúmeras transformações estatísticas, as variáveis trazem um resultado numérico que varia 
entre 0 e 1. O IDH é uma média simples entre a soma dessas três variáveis. Quanto mais próximo de 
1, mais desenvolvido é o país e quanto mais próximo de zero menos desenvolvido é o país (PAULANI; 
BRAGA, 2007). Se o país apresentar IDH maior ou igual a 0,8, os países são classificados com alto 
desenvolvimento humano; entre 0,5 e 0,8 os países apresentam médio desenvolvimento humano; e IDH 
menor ou igual a 0,5 são países com baixo desenvolvimento humano.
O Brasil, de acordo com o IDH, é um país que possui um médio desenvolvimento econômico com um 
número de 0,754 (ano de 2015). O país fica atrás de alguns vizinhos latino‑americanos – Cuba, Uruguai 
e Argentina, que possuem IDH 0,775; 0,795; 0,827, respectivamente (figura a seguir).
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0,9
0,949 0,926 0,920 0,884
0,847 0,827 0,795 0,775 0,762 0,754 0,74 0,727 0,693 0,666
0,624
0,493
0,448
0,353
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Figura 43 – Índice de Desenvolvimento Humano, 2015 – países selecionados
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INDICADORES ECONÔMICOS E SOCIAIS
É importante ressaltar que o IDH brasileiro apresentou uma melhora ao longo do tempo (em 1975, 
o índice foi de 0,639; em 1980 foi de 0,672; em 1985 foi de 0,687; e em 1990 foi de 0,708). Esses 
números colocam o país, de acordo com as constatações do IDH, como um país próximo de um alto 
desenvolvimento humano.
 Observação
A primeira vez que o índice foi apresentado ocorreu no ano de 1990, no 
primeiro RDH do PNUD. O índice foi idealizado pelo economista paquistanês 
Mahbub ul Haq, com a colaboração de Amartya Sen.
7.2 O índice de Gini
O índice de Gini, já tratado anteriormente, é uma das abordagens mais comuns para a análise da 
distribuição de renda das nações. Aqui, iremos apresentar informações do índice de Gini do Brasil e de 
outros países selecionados que constam no relatório da PNUD de 2016.
No referido relatório foi realizado um cálculo médio do índice de Gini para todos os países entre os 
anos de 2010‑2015. De acordo com a metodologia utilizada pelo relatório, um valor de zero expressa 
uma igualdade absoluta de renda e um valor de 100 uma desigualdade absoluta. Ou seja, quanto mais 
próximo de 0 melhor será a distribuição de renda do país e quanto mais próximo de 100 pior será a 
distribuição de renda.
 Saiba mais
Os Relatórios de Desenvolvimento Humano (RDH) estão disponíveis na 
página do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e 
podem ser acessados através do link:
ONU. Relatórios de desenvolvimento humano globais, [s.d.]. 
Disponível em: <http://www.br.undp.org/content/brazil/pt/home/idh0/
relatorios‑de‑desenvolvimento‑humano/rdhs‑globais.html>. Acesso 
em: 1º set. 2018.
Os dados apresentados no relatório mostram que o Brasil apresenta um número mais alto se 
comparado a alguns de seus vizinhos latino‑americanos. Sua taxa de 51,5 fica mais próxima de 
realidades de países como Haiti (60,8) e África do Sul (63,4) do que com países desenvolvidos, 
como Noruega (25,9), Alemanha (30,1) e Espanha (35,9) (figura a seguir).
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48,2 50,5 51,5 51,7
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60,8 63,4
100,0
Figura 44 – Índice de Gini, média 2010‑2015, países selecionados
A má distribuição de renda no Brasil, demonstrada por meio do índice de Gini, é contrastada quando 
olhamos para o resultado da produção econômica no período entre 2010‑2015 do país. A economia 
brasileira figurou de 2010 a 2014 entre as sete maiores economias do mundo e, em 2015, era a nona 
maior economia do planeta. Toda essa riqueza produzida não foi distribuída, o que fica constado pela 
informação do índice de Gini.
Na tabela a seguir é possível constatar que no ano de 2010 a economia brasileira era a sétima maior 
economia do mundo, à frente da Itália e da Índia, posição esta que se repetiu no ano de 2011.
Tabela 26 – Maiores economias do mundo: PIB a preços correntes, 
em bilhões de US$, 2012‑2022
País 2012 2013 2014 2015
Estados Unidos 16.155,25 16.691,50 17.393,10 18.036,65 
China 8.570,35 9.635,03 10.534,53 11.226,19 
Japão 6.203,21 5.155,72 4.848,73 4.382,42 
Alemanha 3.545,95 3.753,69 3.885,44 3.365,29 
Reino Unido 2.655,46 2.721,49 3.002,39 2.863,30 
França 2.682,90 2.809,39 2.843,67 2.420,16 
Índia 1.828,12 1.857,24 2.033,65 2.088,16 
Itália 2.073,97 2.131,16 2.155,15 1.825,82 
Brasil 2.464,05 2.471,72 2.456,05 1.801,48 
Adaptado de: Brasil (2017).
A magnitude da produção econômica brasileira é gigantesca. Mesmo em 2015 apresentando uma 
queda, passando de 2,4 trilhões para 1,8 trilhão, esses valores ainda mantém o Brasil entre as 10 maiores 
economias do mundo, mais especificamente na nona posição.
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INDICADORES ECONÔMICOS E SOCIAIS
7.3 Desigualdade para além dos indicadores
7.3.1 A concentração de terras no Brasil
A estrutura fundiária no Brasil é um dos principais fatores que influenciam na formação de uma 
sociedade desigual no país. De acordo com dados do Sistema de Cadastro Rural, nos últimos dez anos, a 
participação da grande propriedade no total da área rural do País apresentou crescimento. Em 2003, as 
grandes propriedades ocupavam 51,3%, em 2010, 55,8% e em 2014 ocupavam 59,5% do total da área 
rural do País. Em contrapartida, as médias e pequenas propriedades e os minifúndios perderam espaço 
no total da área rural (tabela a seguir).
Tabela 27 – Brasil: evolução da concentração de terra no Brasil (2003/2010/2014)
Classificação imóveis
2003 2010 2014
Número de 
imóveis
Área 
ocupada (%)
Número de 
imóveis
Área 
ocupada (%)
Número de 
imóveis
Área ocupada 
(%)
Minifúndio 2.736.052 9,3% 3.318.077 8,2% 3.761.005 7,8%
Pequena propriedade 1.142.937 17,7% 1.338.300 15,5% 1.462.861 14,7%
Média propriedade 297.220 21,1% 380.584 19,9% 402.809 17,9%
Grande propriedade 112.463 51,3% 130.515 55,8% 135.294 59,5%
 1) Improdutiva 58.331 31,9% 69.233 40,0% 65.047 27,1%
 2) Produtiva 54.132 19,4% 61.282 15,8% 65.840 14,9%
Total 4.290.482 100% 5.181.645 100% 5.761.969 100%
* Há 4.407 grandes propriedades que não foram classificadas em relação a sua produtividade
Adaptada de: Sistema... ([s.d.]).
Mais grave ainda são as representações das grandes propriedades de terras improdutivas. Em 2003, 
31,9% do total da área rural do País eram compostas por grandes propriedades improdutivas, em 2010 
essa taxa aumentou para 40%, quase metade da área rural era de grandes propriedades improdutivas. 
Em 2014, ano em que mais de 4.400 grandes propriedades rurais não foram classificadas em relação a 
sua produtividade, as grandes propriedades improdutivas representaram 27,1%, o que nos leva a pensar 
que essa taxa esteja subestimada, pois não houve nenhuma alteração estrutural de divisão de terras 
nem em suas produtividades no período.
Essa estrutura pode ser explicada pelas formas de acesso à terra que perduraram no País por muitos 
anos desde a chegada dos portugueses em território brasileiro.
A primeira forma de acesso foi através do Sistema Sesmarias. Nesse sistema, a Coroa 
Portuguesa concedia grandes porções de terras a donatários portugueses, que teriam a 
obrigação de pagar tributos e proteger a terra à Coroa. Somente os “amigos” do rei alcançavam 
terras no Brasil. Entre 1500 e 1850 essa foi a única forma de acesso a terras no País, período 
que perdurou por mais de três séculos. No ano de 1850, já no Brasil Império, foi promulgada a 
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Lei de Terras. A partir daquele momento só poderia ter acesso a terras quem pudesse pagar por 
uma. Levando em conta a estrutura social brasileira do período, em que a mão de obra escrava 
predominava, a maioria não teria condições de arcar com a compra de um pedaço de terra, 
com as taxas de cartório do terreno, com os tributos e nem com investimento para a produção. 
Ou seja, a Lei de Terras auxiliou na concentração de terras.
Ao longo do século XX, a regulação em relação ao acesso a terras no País apresentou avanços, 
como o Estatuto da Terra, em 1964, a Constituição de 1988 e a Lei 8.629/93 (Lei da Reforma Agrária). 
No entanto, efetivamente não foi realizado o que de fato essas leis preconizavam.
Figura 45 – Plantação de soja: área de plantação de soja próxima ao município de Brasnorte, noroeste de Mato Grosso
Historicamente e na atualidade, a grande propriedade serve e serviu como instrumento para o 
cultivo de produtos primários voltados para a exportação. Ainda no século XVI, a cana‑de‑açúcar foi o 
principal produto cultivado no País. Com base no latifúndio agrário, o Brasil figurava entre os maiores 
ofertantes do produto para o mercado externo.
As plantações de café utilizaram‑se de grandes propriedades para seu cultivo. O cultivo do 
produto se tornou a principal fonte de renda da economia brasileira, desde o século XIX até meados 
do século XX.
Dando um salto para a atualidade, a produção de soja e o cultivo de gado, os quais se utilizam 
da grande propriedade, possuem grande importância para as exportações e para o agregado da 
produção econômica.
O complexo do agronegócio, mesmo envolvendo não só as atividades agropecuárias, mas também 
industriais, comerciais e de serviços, possui como eixo central as atividades primárias. A ilustração a 
seguir auxilia no melhor entendimento do complexo do agronegócio.
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INDICADORES ECONÔMICOS E SOCIAIS
Atividade pré-porteira
Indústria e comércio que fornecem insumos para a 
produção rural
Produtos: fertilizantes, defensivos químicos, 
máquinas e equipamentos.
Atividade pós-porteira
Atividades de serviços, comércio e indústria 
realizadas para preparação dos produtos finais.
Principais atividades: transportes, indústria de 
embalagens, venda dos produtos.
Atividades dentro da porteira
Atividades agropecuárias propriamente ditas.
Principais produtos: soja, gado, café, milho, 
frango.
Figura 46 – Organograma do complexo do agronegócio
A importância econômica do complexo do agronegócio pode ser observada em sua participação no 
Produto Interno Bruto ao longo dos anos (figura a seguir).
2007
20,12
15,00
16,00
17,00
18,00
19,00
20,00
21,00
2010
19,17
2013
16,98
200820,23
2011
18,62
2014
16,88
2009
19,06
2012
17,19
2015
18,17
2016
20,00
Figura 47 – Participação do Agronegócio no PIB (%)
Entre 2007 e 2016, o agronegócio contribuiu com uma média de 18,64% para o crescimento 
econômico. Em 2016, a taxa alcançou 20%. Se, por um lado, são utilizados dados econômicos para 
“legitimar” essa forma de desenvolvimento, a existência da estrutura fundiária concentrada pode 
atrapalhar o desenvolvimento socioeconômico do País, na medida em que a maioria das pessoas que 
não possui acesso a um pedaço de terra terá que buscar emprego e outros meios para sua subsistência 
em outras localidades, por exemplo, nos centros urbanos.
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Caso essas pessoas alcançassem um pedaço de terra, ocupando terrenos que são improdutivos ou 
que nada produzem, os possíveis impactos positivos poderiam ser muitos:
• Econômicos: aumento da produção de produtos agrícolas. Com isso, famílias poderiam tirar o 
autossustento através da produção de alimentos e comercializariam o excedente, aumentando 
a renda das famílias nas regiões. Isso poderia ser um estímulo para o desenvolvimento de 
serviços e comércios locais.
• Sociais: diminuição da concentração de terras. Isso poderia trazer um impacto na diminuição das 
desigualdades sociais. As possibilidades de vida no meio rural poderiam aumentar, diminuindo 
o número de pessoas migrando do campo para as cidades. Esse processo traria efeitos positivos 
não só para a área rural, mas também para as áreas urbanas. Os serviços de saúde, educação, 
transporte e os problemas de moradias nas cidades poderiam ser minimizados com mais pessoas 
acessando terras no campo.
 Saiba mais
Outra fonte importante sobre o assunto é o site do Movimento dos 
Trabalhadores Sem Terra (MST). Lá você poderá encontrar artigos, dados e 
notícias sobre a questão da terra no Brasil.
<http://www.mst.org.br/>.
A reforma agrária
A política para mais pessoas acessarem terras no Brasil é a reforma agrária. Essa política 
consiste na reorganização e distribuição de terras de maneira mais justa. Um dos principais 
instrumentos para isso é a desapropriação de terras improdutivas ou que os proprietários 
não estejam cumprindo com suas obrigações tributárias perante a área. Muitos países 
considerados desenvolvidos já realizaram uma: EUA, Espanha, França e Alemanha. É 
importante ressaltar que o Brasil possui uma legislação progressista no tema. Durante o 
século XX foram estabelecidas normas e leis de caráter democrático na questão agrária. 
Em destaque podemos citar o que consta na Constituição de 1988, que toda terra precisa 
cumprir sua função social, ou seja, não pode ficar “parada” somente como instrumento de 
especulação e/ou ser improdutiva.
 
7.3.2 A industrialização brasileira e seus impactos sociais
O processo de industrialização brasileiro carregou as raízes de um capitalismo atrasado 
e subdesenvolvido.
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INDICADORES ECONÔMICOS E SOCIAIS
É certo que o salto industrial dado pelo País entre 1930 e 1980 trouxe impactos positivos em termos 
econômicos, mas foi acompanhado, em paralelo, com processos que distanciavam ainda mais as posições 
entre as classes sociais. Ainda, vale ressaltar, que em boa parte do período de industrialização o País 
conviveu em contextos políticos que pouco se alinhavam com os preceitos de uma democracia liberal.
O processo de industrialização atingiu momentos de destaque com o Plano de Metas de Juscelino 
Kubistchek, no período do Milagre Econômico nos governos de Costa e Silva e Médici e durante o II 
Plano Nacional de Desenvolvimento (II PND) no governo Geisel. Durante esses governos foram iniciados 
e estruturados os setores de bens de consumo duráveis (eletrodomésticos e automóveis), de bens de 
capital (máquinas e equipamentos) e a indústria de base (química). A indústria de transformação galgou 
espaços no diz respeito à sua participação no PIB (figura a seguir).
40,00
35,00
30,00
25,00
20,00
15,00
10,00
5,00
0,00
19
50
19
54
19
58
19
62
19
66
19
70
19
74
19
52
19
56
19
60
19
64
19
68
19
72
19
76
19
78
19
51
19
55
19
59
19
63
19
67
19
71
19
75
19
53
19
57
19
61
19
65
19
69
19
73
19
77
19
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Figura 48 – Participação da indústria de transformação no PIB, 1950‑1980
A indústria de transformação passou de uma participação de 19,29% em 1950 e foi se consolidando 
como importante setor para o crescimento econômico, chegando a representar 33,15% em 1979. A 
economia brasileira entre 1950 e 1980 apresentou crescimento médio de 7,41%. Entre 1968 e 1978 a 
média de crescimento foi de 9,13%, com destaque para os anos de 1972, 1973 e 1976 que apresentaram 
crescimento econômico de 11,94%, 13,97%, 10,26%, respectivamente.
Autoritarismo
O Brasil viveu seu auge de crescimento econômico nos anos finais da década de 1960 
e início dos anos 1970. Se por um lado a economia passara pelo seu melhor momento, no 
cenário político o período se caracterizou pela falta de liberdade de expressão e a utilização da 
violência e até tortura para quem se opusesse ao governo. A ditadura militar no Brasil durou de 
1964 até 1985. É importante relembrar esse momento histórico, pois o fator político daquele 
período contribuiu para que a desigualdade social aumentasse. Os sindicatos de trabalhadores 
sofreram interferência do governo e alguns foram fechados à força pelo governo. Isso 
enfraqueceu a organização e a luta de trabalhadores por melhores salários. Ainda, mesmo que 
alguma entidade sindical conseguisse negociar, teria que conviver com índices de inflação 
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subestimados propositalmente pelo governo, o que ficou comprovado anos mais tarde. Esses 
fatores contribuíram para que os salários perdessem poder de compra no período.
 
O desenvolvimento econômico brasileiro alcançado durante a industrialização colocou o País em um 
patamar de competição no mercado internacional com grandes potências econômicas, no entanto, esse 
mesmo processo de industrialização ocasionou diversos desequilíbrios na esfera social.
Figura 49 – Indústria
A industrialização brasileira forçou a migração de milhões de pessoas das regiões norte e nordeste 
para as regiões sul e, principalmente, a sudeste. Grande parte dos investimentos dos governos foi 
concentrada nos grandes centros urbanos do sudeste e no setor industrial.
O aumento dos desequilíbrios regionais corresponde a uma tendência 
natural de concentração da atividade econômica em torno da região 
polarizada do sistema, agravada por uma política econômica de incentivos 
à industrialização que na prática correspondia à transferência de renda 
das regiões menos desenvolvidas para as mais desenvolvidas (TAVARES, 
1975, p. 106).
A área rural do País se modernizou, mas não foi inclusiva, pelo contrário, a inserção de máquinas no 
setor e a manutenção da estrutura fundiária desigual foram fatores que expulsaram milhões de famílias 
das áreas rurais.
A população urbana apresentou um aumento significativo durante o processo de industrialização, 
o que podemos constatar no gráfico a seguir. A população se tornou majoritariamente urbana durante 
os anos da década de 1960. Em 1980, a população urbana já era mais que o dobro da população rural. 
Enquanto havia mais de 80 milhões vivendo nas áreas urbanas, a população na área rural não chegava 
a 40 milhões.
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INDICADORES ECONÔMICOS E SOCIAIS
10.000.000
0
1950 1960 1970 1980
20.000.000
30.000.000
40.000.000
50.000.000
60.000.000
70.000.000
80.000.000
90.000.000
População urbana
População rural
Figura 50 – População urbana x população rural no Brasil – 1950, 1960, 1970 e 1980
O ligeiro crescimento da população rural entre as décadas de 1950‑1960 e 1960‑1970 é fruto das 
altas taxas de fecundidade daqueles períodos. Em linhas gerais, a população rural era atraída pelas 
oportunidades nos centros urbanos e expulsa das regiões rurais por estas não oferecerem alguma forma 
de possibilidade de vida no campo.
No entanto, grande parte das pessoas vindas do campo não foi absorvida pelo setor industrial, o que 
culminou na marginalização de parte da população que morava nas cidades.
Ainda, a produção de bens de consumo duráveis, por exemplo, exigia maior inserção de capital em 
detrimento da força de trabalho. Esse processo fez com que aumentasse o exército industrial de reserva, 
o que aumentou o poder de barganha para o lado das indústrias que impunham baixos salários aos que 
conseguissem se inserir no mercado de trabalho.
Adicionado a isso, a falta de planejamento urbano por parte do governo, no que diz respeito à 
industrialização e ao processo migratório, trouxe problemas relacionados à oferta de serviços urbanos 
e de moradia.
O déficit habitacional no Brasil teve forte crescimento junto ao processo de industrialização. 
Esse problema se manifestou com mais veemência nas grandes cidades. As ocupações irregulares e a 
construção de casas sem padronização mínima e sem cuidados básicos, começaram a ser prática comum 
nas cidades que concentravam parques industriais.
A formação da periferia urbana antecede o advento da nova fase de 
industrialização no país, porém com esta, seu crescimento, sua reprodução 
se farão em escalas e velocidades nunca antes constatadas (MARICATO, 
1979, p. 83).
A demanda por serviços de transportes, saúde e educação aumentou com o crescimento da população 
nas grandes cidades, e não houve o acompanhamento da expansão proporcional desses serviços por 
parte do governo.
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7.3.3 Orçamento público
Francisco de Oliveira (1993) chama a atenção para a importância do fator “orçamento público” para 
a maneira como uma nação se desenvolve e quais interesses são os prioritários. De acordo com o autor 
as disputas entre trabalhadores e empresários não findariam nos chãos das fábricas, ou seja, não se 
reduziriam, por exemplo, de quanto seriam os salários pagos pelos empresários aos trabalhadores.
Na ótica de Oliveira (1993), a alocação de recursos no orçamento público seria uma forma de disputa 
de interesses. Em suas palavras, a luta de classes estaria também na esfera do orçamento público do 
Estado. Os valores que são gastos em determinadas áreas do governo podem delinear a forma como é 
organizada a estrutura social do País.
Os dados de execução orçamentária do Senado Federal, o que de fato foi gasto pelo governo no ano 
de 2017, mostram uma fatia significativa dos gastos públicos com compromissos financeiros. Tais gastos 
não resultam em uma melhor condição social para a maioria da população. Diferentemente com o que 
aconteceria se fossem direcionadas grandes parcelas do orçamento com os gastos em áreas sociais.
Na figura a seguir podemos observar que os gastos com os “juros e encargos da dívida” 
representaram 8,18% dos gastos realizados pelo governo no ano de 2017. Os gastos com “amortização/
refinanciamento da dívida”, por sua vez, representaram uma significativa fatia de 31,53%. Juntos, 
somaram 39,71% dos gastos públicos no ano de 2017.
12,22%
8,18%
2,55% 44,79%
0,74%
Pessoal e encargos sociais
Juros e encargos da dívida
Outras despesas correntes
Investimentos
Inversões financeiras
Amortização/refinanciamento da dívida
31,53%
Figura 51 – Execução Orçamentária por Grupo Natureza de Despesa – GND, 2017
* O grupo “outras despesas correntes” inclui todos os gastos com a manutenção de todos os órgãos do governo.
A observação das execuções realizadas pelo governo por funções, nos permite perceber as áreas que 
são mais prejudicadas no diz respeito à participação do total gasto realizado pelo governo.
Entre 2002 e 2017, áreas como cultura, urbanismo, habitação, saneamento, ciência e tecnologia, 
organização agrária, transporte e lazer, em nenhum ano, os aportes para essas áreas alcançaram a taxa 
de 1% do total dos gastos governamentais (tabela a seguir).
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INDICADORES ECONÔMICOS E SOCIAIS
A tabela na sequência nos mostra também que áreas como saúde e educação representam uma 
parcela pequena no total dos gastos executados pelos governos. Essas duas áreas caminharam a passos 
curtos nas prioridades dos governos. Em 2017, as áreas de saúde e educação, representaram na totalidade 
dos gastos executados pelo governo 4,14% e 4,10%, respectivamente.
Tabela 28 – Execução orçamentária por função
Função (Cod/Desc) 2017 2015 2013 2011 2006 2003 2002
01 ‑ LEGISLATIVA 0,28% 0,30% 0,34% 0,36% 0,39% 0,35% 0,36%
02 ‑ JUDICIÁRIA 1,34% 1,28% 1,35% 1,34% 1,19% 0,93% 1,19%
03 ‑ ESSENCIAL À JUSTIÇA 0,28% 0,26% 0,24% 0,34% 0,25% 0,16% 0,15%
04 ‑ ADMINISTRAÇÃO 1,02% 0,91% 1,09% 1,10% 0,85% 0,80% 1,03%
05 ‑ DEFESA NACIONAL 2,54% 1,47% 1,74% 1,77% 1,37% 1,27% 1,76%
06 ‑ SEGURANÇA PÚBLICA 0,37% 0,34% 0,40% 0,41% 0,29% 0,25% 0,27%
07 ‑ RELAÇÕES EXTERIORES 0,12% 0,14% 0,12% 0,12% 0,12% 0,13% 0,20%
08 ‑ ASSISTÊNCIA SOCIAL 3,35% 3,05% 3,41% 2,85% 1,86% 0,92% 0,93%
09 ‑ PREVIDÊNCIA SOCIAL 25,66% 22,69% 24,11% 21,98% 18,57% 16,87% 18,65%
10 ‑ SAÚDE 4,14% 4,14% 4,29% 4,05% 3,16% 2,97% 3,53%
11 ‑ TRABALHO 2,79% 2,88% 3,58% 2,29% 1,42% 1,12% 1,27%
12 ‑ EDUCAÇÃO 4,10% 3,91% 3,70% 2,99% 1,49% 1,52% 1,88%
13 ‑ CULTURA 0,04% 0,04% 0,05% 0,04% 0,03% 0,02% 0,03%
14 ‑ DIREITOS DA CIDADANIA 0,06% 0,03% 0,04% 0,06% 0,06% 0,04% 0,05%
15 ‑ URBANISMO 0,07% 0,05% 0,06% 0,08% 0,06% 0,01% 0,01%
16 ‑ HABITAÇÃO 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,01% 0,00% 0,00%
17 ‑ SANEAMENTO 0,03% 0,01% 0,04% 0,02% 0,00% 0,00% 0,00%
18 ‑ GESTÃO AMBIENTAL 0,12% 0,13% 0,19% 0,15% 0,10% 0,08% 0,14%
19 ‑ CIÊNCIA E TECNOLOGIA 0,25% 0,27% 0,38% 0,31% 0,25% 0,20% 0,21%
20 ‑ AGRICULTURA 0,62% 0,80% 0,55% 0,61% 0,73% 0,73% 0,75%
21 ‑ ORGANIZAÇÃO AGRÁRIA 0,07% 0,07% 0,15% 0,14% 0,26% 0,11% 0,18%
22 ‑ INDÚSTRIA 0,09% 0,09% 0,11% 0,10% 0,17% 0,05% 0,06%
23 ‑ COMÉRCIO E SERVIÇOS 0,08% 0,05% 0,07% 0,08% 0,16% 0,21% 0,25%
24 ‑ COMUNICAÇÕES 0,05% 0,05% 0,06% 0,04% 0,04% 0,07% 0,08%
25 ‑ ENERGIA 0,07% 0,07% 0,04% 0,03% 0,03% 0,23% 1,01%
26 ‑ TRANSPORTE 0,44% 0,43% 0,59% 0,68% 0,31% 0,22% 0,50%
27 ‑ DESPORTO E LAZER 0,01% 0,03% 0,02% 0,02% 0,02% 0,01% 0,01%
28 ‑ ENCARGOS ESPECIAIS 52,00% 56,52% 53,28% 58,04% 66,78% 70,72% 65,49%
Adaptada de: Brasil ([s.d.])
Apesar de a Previdência Social representar parcela significativa do orçamento público, em 2017, 
25,66% dos gastos foram para a área, a conta da previdência está inserida na conta da Seguridade 
Social, que possui impostos exclusivos para seu financiamento.
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Essa discussão sobre orçamento público nos leva ao último ponto estrutural que trataremos para 
explicar a desigualdade social no Brasil: a arrecadação por meio dos impostos.
Figura 52 – Protesto em frente ao Ministério do Planejamento
7.3.4 Tributação no BrasilUma das importantes funções do governo em determinada sociedade é sua função distributiva. 
O resultado distributivo da renda, fruto da organização e da produção de uma economia, pode, em 
determinado momento, não sair como o desejado pela sociedade (GIAMBIAGI; ALÉM, 2011). Dessa forma 
é função do governo o atendimento do que a sociedade acha justo, realizando uma distribuição de 
renda mais equânime.
Para isso, um dos principais instrumentos é a realização de uma redistribuição 
direta da renda com a cobrança de impostos. De modo didático, através 
do esquema de transferências, pode ser realizada uma tributação com 
alíquotas maiores às pessoas pertencentes às camadas de renda mais alta 
(GIAMBIAGI; ALÉM, 2011).
Entretanto, em determinadas economias, os impostos podem não auxiliar para uma melhor 
distribuição de renda e, pior, a forma da tributação pode ser mais um elemento para o aprofundamento 
das desigualdades sociais.
No Brasil, a maior parte da incidência dos impostos é direcionada aos bens e serviços de consumo. 
Relativamente, as classes menos abastadas é que consomem mais, pois gastam grande parte de suas 
remunerações – até mesmo toda sua renda ou além dela – no consumo de bens e serviços. As classes 
mais abastadas gastam uma pequena parte no consumo e conseguem poupar a maior parte de sua 
renda. Tal renda poupada é passível de tributação, mas, em um país como o Brasil, a incidência de 
impostos para rendimentos financeiros é inferior à taxação ao consumo, o que contribui para uma 
maior desigualdade social.
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Essa realidade pode ser observada nos números apresentados na tabela a seguir. Nos anos de 2015 
e 2016, quase metade da arrecadação por impostos no Brasil foi através da incidência tributária nos 
bens e serviços, 49,37% em 2015 e 47,39% em 2016. O segundo item em que mais se arrecada no Brasil 
são os descontos em folha de salários. Em 2015 e 2016, os impostos advindos das folhas de pagamento 
representaram 26,11% e 26,31%, respectivamente.
Tabela 29 ‑ Carga tributária e variações por base de incidência (2016 x 2015)
Incidência
Arrecadação
2015 2016
Valor (R$ 
milhões)
% da 
arrecadação
% do 
pib
Valor (R$ 
milhões)
% da 
arrecadação
% do 
pib
Renda 352.368,74 18,30% 5,88% 404.817,40 19,97% 6,47%
Folha de salários 502.676,82 26,11% 8,38% 533.235,87 26,31% 8,52%
Propriedade 85.572,80 4,44% 1,43% 94.602,37 4,67% 1,51%
Bens e serviços 950.610,78 49,37% 15,85% 960.556,63 47,39% 15,35%
Transações financeiras 34.686,30 1,80% 0,58% 33.644,91 1,66% 0,54%
Outros ‑464,30 ‑0,02% ‑0,01% 157,30 0,01% 0,00%
Total 1.925.451,14 100% 32,11% 2.027.014,48 100% 32,38%
Adaptado de: Brasil (2017).
É importante notar como impostos sobre a propriedade e transações financeiras têm pouca 
participação no total arrecadado. Os impostos sobre a propriedade representaram 4,44% em 2015 e 
4,67% em 2016. E sobre as transações financeiras alcançaram as pequenas parcelas de 1,80% em 2015 
e 1,65% em 2016 do total arrecadado.
Figura 53 – Produtos de supermercado e faixa sobre impostos. No Dia da Liberdade de Impostos mercadorias são expostas em um 
posto de gasolina para conscientizar o cidadão sobre a carga tributária embutida nos produtos
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Unidade II
 Lembrete
No Brasil, a maior parte da incidência dos impostos é direcionada aos 
bens e serviços de consumo.
Vale destacar também a importância da arrecadação tributária para o produto da economia. 
Em 2015, representou 32,11% e em 2016, 32,38% do total produzido. Só a arrecadação de bens e 
serviços já possui uma importância significativa para o PIB. Em 2015 representaram 15,85% e em 
2016, 15,35% do total produzido na economia.
Finalmente, é importante salientar que o fator consumo é importante não só por induzir a economia 
à produção, mas também a arrecadação realizada pelo governo em cima dos produtos de bens e serviços.
Dívida fiscal de proprietários rurais
Em relatório realizado pela Oxfam em 2016, é apontado o problema do não pagamento 
de impostos por parte dos proprietários rurais como um dos empecilhos para um justo uso 
da terra rural no País. Mais do que isso, o relatório mostra os valores das dívidas ativas de 
proprietários rurais, que chegou, em 2015, à marca de mais de R$ 900 bilhões. Esse dinheiro 
poderia estar sendo utilizado para o financiamento de inúmeros programas sociais e áreas 
que recebem pouca atenção dos governos, como a saúde, educação e habitação.
Esse fato denota uma injustiça fiscal, pois as classes médias e pobres não têm como 
“escolher” se irão pagar ou não impostos, uma vez que a maior parte dos impostos está 
inserida nos bens e serviços que consomem.
 
 Saiba mais
Para mais detalhes sobre a concentração de terras no Brasil e as 
dívidas tributárias dos proprietários rurais, ver o relatório da Oxfam (2015), 
disponível em:
OXFAM BRASIL. Terrenos da desigualdade: terra, agricultura e 
desigualdades no Brasil rural. Nov. 2016. Disponível em: <https://www.oxfam.
org.br/sites/default/files/arquivos/relatorio‑terrenos_desigualdade‑brasil.
pdf>. Acesso em: 1º set. 2018.
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INDICADORES ECONÔMICOS E SOCIAIS
8 ECONOMIA E SOCIEDADE BRASILEIRAS E SUAS TENDÊNCIAS
A economia e a sociedade brasileira tiveram significativas mudanças a partir do início do Plano Real, 
em 1994. No período anterior, que envolve a década de 1980 e início dos anos de 1990, a economia 
sofria com uma elevada inflação crônica, com características de hiperinflação. Além disso, o baixo 
crescimento, a demanda reprimida, o elevado desemprego e as dificuldades fiscais e cambiais também 
foram aspectos recorrentes do período anterior a 1994.
Com a reforma monetária implementada em 1994, finalmente a inflação foi reduzida e controlada. 
Porém, a manutenção de um câmbio muito valorizado e de elevada taxa básica de juros resultaram tanto 
na crise cambial vivenciada em 1998, quanto no baixo crescimento e aumento das importações. A partir 
de 1999 houve uma alteração na política econômica com a implementação do tripé macroeconômico, 
com o objetivo de manter a estabilidade do balanço de pagamentos, das contas públicas e da inflação.
O governo Lula, por sua vez, em um contexto internacional mais favorável, conseguiu avançar em programas 
sociais, reduzir a pobreza e a desigualdade, aumentar o consumo de massa e fomentar o crescimento econômico, 
mantendo o tripé macroeconômico e alcançando as metas de superávit primário e de inflação. Mesmo diante 
da crise econômica mundial de 2008, as medidas contracíclicas adotadas pelo governo reverteram o impacto 
negativo e conduziram a economia para uma elevada taxa de crescimento em 2010 com geração de empregos.
No governo Dilma, no entanto, ainda em um contexto internacional ruim por conta dos reflexos 
da crise econômica de 2008 e o surgimento de nova crise, agora em território europeu, as medidas 
econômicas contracíclicas adotadas não evitaram uma piora dos indicadores econômicos. Após a 
reeleição da presidenta, em 2014, foram adotadas políticas fiscais e monetárias restritivas e houve uma 
piora da crise política e econômica. Assim, o PIB retraiu 3,5% em 2015 e 3,5% em 2016, registrando 
uma das mais fortes crises econômicas da história do País. Nesse contexto, a presidenta Dilma sofreu um 
impeachment de forma questionável, assumindo o seu vice Michel Temer.
Michel Temer adotou um novo programa econômico, aprofundando as políticas monetárias e fiscais 
restritivas já em andamento.Além disso, em seu governo, foram realizadas as reformas fiscal e trabalhista 
e novas rodadas de vendas de empresas estatais. Essas medidas não surtiram efeitos positivos, e a 
economia brasileira não reagiu, uma vez que os níveis de atividade e do desemprego apresentaram 
piora. Ainda, as condições de vida da população se deterioraram.
A partir de uma breve contextualização da economia a partir do Plano Real, objetiva‑se apresentar 
as tendências econômicas e sociais com bases nas medidas adotadas pelo governo Temer.
8.1 Contextualização econômica histórica: do Plano Real ao governo 
Dilma Rousseff
8.1.1 Do Plano Real ao segundo governo FHC (1994‑2002)
O Plano Real teve seu início em 1993 no governo do Itamar Franco. Esse plano foi elaborado 
após o insucesso dos planos de estabilização de combate à inflação que foram adotados ao longo 
da segunda metade da década de 1980 e do início da década de 1990. O principal objetivo do Plano 
Real era reduzir e controlar a elevada inflação vigente no período. Além disso, ressalta‑se que no 
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início dos anos 1990 houve uma maior abertura da economia brasileira ao exterior, renegociação 
da dívida externa e privatizações.
 Observação
Destacam‑se os seguintes planos de estabilização que foram adotados 
na década de 1980 e início da década de 1990: Cruzado (1986), Bresser 
(1987), Verão (1989), Collor I (1990), Collor II (1991) e Real (1994). Para 
saber mais sobre esses planos, ver Gremaud, Vasconcellos e Toneto Jr. (2012).
Figura 54 – Fernando Henrique Cardoso em uma palestra em 2015
A economia brasileira possuía uma situação externa mais confortável, sendo essa considerada um 
dos principais aspectos que favoreceu a implantação do Plano Real. Esse contexto consistia em uma 
renegociação da dívida externa, abertura financeira, possibilidade de financiamento externo, reingresso 
de recursos externos e situação do balanço de pagamentos mais favorável, com acúmulo de reservas.
Como a inflação foi diagnosticada com um significativo componente inercial, o Plano Real foi 
adotado de forma gradual por meio da chamada “substituição natural” da moeda. Além disso, o déficit 
público também foi considerado um dos fatores que impactavam a inflação e que deveria ser revertido.
O Plano Real foi dividido em três fases. A primeira fase foi o ajuste fiscal prévio, que consistia, 
principalmente, em corte de despesas, aumento de impostos e diminuição das transferências. A segunda 
fase foi a indexação da economia à Unidade Real de Valor (URV), que era corrigida diariamente por uma 
composição dos principais índices de inflação e que tinha paridade com o dólar. A função principal da 
URV era de unidade de conta com o objetivo de conversão de preços e salários da economia para não 
serem prejudicados da elevada inflação da moeda vigente. Já a terceira fase foi a reforma monetária, 
com a implementação do Real (R$ 1,00 = 1 URV = US$ 1,00 = CR$ 2.750,00) no dia 1º de julho de 1994. 
Com a implementação da terceira fase, o Plano Real conseguiu reduzir significativamente a inflação e 
controlá‑la pelos anos seguintes.
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 Lembrete
Criado pelo então ministro Fernando Henrique Cardoso, o principal 
objetivo do Plano Real era reduzir e controlar a elevada inflação vigente 
no período.
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70,0
82,4
47,4
2,4 0,2 3,0
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2
Figura 55 – Evolução do IPCA de dez. 1984 até dez. 2002 (Var. % ao mês)
Para o controle dos preços internos, ainda no final do governo Itamar foi mantida a chamada 
âncora cambial, com a taxa de câmbio muito valorizada, chegando à R$ 0,84/US$ em novembro 
de 1994. Esse processo se, por um lado, trouxe resultados positivos para a diminuição nos preços, 
uma vez que o aumento do número de produtos importados na economia pressionava a baixa dos 
preços dos produtos nacionais, por outro trouxe resultados negativos em termos produtivos, pois 
muitas empresas não estavam preparadas para a concorrência dos produtos importados. Já no 
primeiro governo Fernando Henrique Cardoso (FHC) destaca‑se a chamada âncora monetária, com a 
manutenção de uma taxa de juros muito elevada, especialmente para atrair recursos externos.
A estabilização da inflação proporcionou uma recomposição dos mecanismos de crédito e 
uma maior capacidade de os agentes econômicos elaborarem prognósticos. No entanto, apesar 
de uma demanda que estava reprimida, as perspectivas de que, com a estabilização da inflação 
ocorreria uma forte retomada do crescimento econômico, não se concretizaram. A taxa de 
crescimento econômico médio de 1995 a 1998 foi de 2,5%.
A políticas monetária e cambial referidas anteriormente resultaram em uma piora das contas 
externas, com déficits comerciais e em transações correntes, uma vez que as importações aumentaram 
de forma significativa no período e os valores das exportações declinaram, levando a uma forte queda 
das reservas internacionais. Ademais, o contexto da economia mundial estava instável, com a crise 
do México em 1995 e, posteriormente, as crises asiática e russa. A combinação desses fatores tornou 
insustentável a manutenção da taxa de câmbio valorizada, principalmente após a crise cambial brasileira 
de 1998, quando o governo FHC recorreu ao FMI para a captação de US$ 42 bilhões.
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5,1
7,5
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1,9
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0,5 1,0
‑3,5‑3,5
‑0,1
Figura 56 – Evolução do PIB de1994 até 2017 (em %)
No início do segundo governo FHC, em 1999, foi implementada uma nova base da política macroeconômica, 
o chamado tripé. Os pilares do tripé são: 1) Sistema de metas de inflação: política monetária focada em atingir 
meta de inflação definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN); 2) Superávit primário: arrecadação 
superior às despesas, não incluindo gastos com juros da dívida pública; e 3) Câmbio flutuante. A partir da 
adoção do câmbio flutuante, houve uma desvalorização do câmbio, mesmo com uma política monetária 
muito restritiva, com a taxa básica de juros (Selic) chegando a 45% a.a.
 Saiba mais
Para mais detalhes sobre processos históricos da economia brasileira e 
opiniões sobre o Plano Real, assista ao filme:
O BRASIL deu certo. E agora? Dir. Louise Sottomaior. Brasil: Cultura 
Maior, 2013. 70 minutos.
A adoção do Plano Real e a política econômica dos dois governos FHC tiveram um sucesso na queda 
e controle da inflação. No entanto, a manutenção de um câmbio muito valorizado combinado com uma 
política monetária e fiscal restritiva tiveram como resultado um baixo crescimento econômico, aumento 
do desemprego, que chegou a 13% no início de 2002, baixos investimentos, aumento das importações, 
especialmente de bens manufaturados, em detrimento da produção doméstica e aumento do endividamento. 
Ademais, além da restrição externa, refletida na balança de transações correntes,e da crise cambial de 
1998/1999, em 2001 houve uma crise energética no País, fruto de falta de investimentos no setor.
Conceitos econômicos importantes
Inflação: aumento no nível geral de preços em uma economia.
Resultado primário: saldo entre a arrecadação fiscal e os gastos do governo, exceto 
despesas com juros.
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Taxa Selic: taxa básica de juros da economia brasileira que é utilizada como o principal 
instrumento de política monetária.
Transações correntes: saldo da balança comercial + balança de serviços + balança 
de rendas.
Taxa desemprego: quantidade de pessoas procurando emprego em relação à população 
economicamente ativa em um determinado período de tempo.
 
8.1.2 Governo Lula (2003 a 2010)
As eleições do ano de 2002 geraram um ambiente de instabilidade que foi conhecido como “crise 
eleitoral”. Isso ocorreu devido, inicialmente, à perspectiva de que o candidato Luiz Inácio Lula da Silva, 
do Partido dos Trabalhadores (PT), sairia vitorioso da disputa com o candidato José Serra (PSDB), partido 
da situação, e, depois, na concretização dessa vitória.
Historicamente, o PT se posicionava como um partido de esquerda e contrário a diversas medidas 
que foram adotadas, principalmente ao longo da década de 1990, gerando dúvidas sobre como seria a 
condução do governo e da política econômica.
Figura 57 – Lula discursando
O câmbio foi uma das variáveis econômicas que foi impactada pela crise eleitoral. A taxa de câmbio 
em relação ao dólar passou de R$ 2,30 em março de 2002 para R$ 3,90 em setembro de 2002. Após esse 
pico, houve uma tendência de queda até o primeiro semestre de 2008.
Como forma de combater a falta de credibilidade, Lula emitiu a chamada “Carta ao Povo Brasileiro”, 
transmitindo o compromisso com a defesa dos contratos e de manutenção das bases da política 
econômica. Além disso, nomeou Antonio Palocci como Ministro da Fazenda e Henrique Meirelles, vindo 
do mercado financeiro, como presidente do Banco Central.
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No que se refere às políticas econômicas, no primeiro mandato de Lula houve a manutenção do tripé 
macroeconômico, uma revisão das metas de inflação e de superávit primário, e a taxa de juros muito 
elevada. Ademais, houve a implementação do programa de transferência de renda Bolsa Família com 
intuito de reduzir a extrema pobreza no País.
As famílias, ao receberem o benefício do Bolsa Família, necessariamente 
acessam outros serviços fundamentais para o pleno desenvolvimento 
humano. A vinculação do programa a outros direitos sociais como o 
acompanhamento da saúde, que inclui pré‑natal, o acompanhamento da 
situação nutritiva de todos os entes da família; a matrícula e frequência 
de 85% na escola para os integrantes da família em idade escolar e a 
participação de programas de educação alimentar promovidos pelo governo, 
mudaram significativamente a condição básica de vida e saúde de uma 
parcela da sociedade brasileira que vivia privada de direitos básicos. O PBF 
é um dos mais importantes programas do Partido dos Trabalhadores. Seu 
impacto foi muito positivo na vida das famílias beneficiadas. É considerado 
um dos principais programas de combate à pobreza no mundo, inclusive, 
com reconhecimento de organizações internacionais, como a Organização 
das Nações Unidas (ONU) (DEPIERI, 2016, p. 77).
O cenário econômico externo se apresentava positivo, especialmente no que se refere à alta dos 
preços das commodities, impactando positivamente na economia brasileira. Ressalta‑se que o governo 
conseguiu atingir as metas definidas, com diminuição do endividamento, acúmulo de reservas, melhora 
nas transações correntes e no desempenho econômico.
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Figura 58 – Evolução da taxa de câmbio (R$/US$) de julho/94 a julho de 2018
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A partir do início do segundo mandato de Lula, em 2007, a política econômica adotada 
tinha como objetivo fomentar o crescimento econômico. No entanto, em 2008 estoura a crise 
financeira internacional do subprime que afetou fortemente a economia mundial, inclusive a 
economia brasileira. Com o intuito de conter os impactos negativos, a equipe econômica do 
governo adotou diversas medidas contracíclicas, com foco na manutenção dos investimentos 
públicos e das estatais, desonerações tributárias, corte na taxa Selic, manutenção do nível de 
crédito, via os bancos públicos (BNDES, Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil). Enquanto 
as principais economias do mundo apresentaram forte recuo e aumento do desemprego, o Brasil 
rapidamente retomou o crescimento, atingindo em 2010 um aumento do PIB de 7,5% e uma 
queda do desemprego, chegando a 5%.
Além de um relevante crescimento econômico com estabilização do nível de preços e equilíbrio 
fiscal, o governo Lula teve sucesso diante da crise internacional e foi reconhecido como o governo que 
criou empregos e diminuiu a pobreza. Portanto, além de resultados positivos em termos econômicos, 
registrou importantes avanços sociais e regionais.
14,0 12,9
10,5 10,9
9,6
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15
Figura 59 – Taxa de desemprego de 2002 a 2015
8.1.3 Governo Dilma (2011 a 2016)
No último ano do mandato Lula (2010), sua aprovação estava muito elevada. Assim, nas eleições 
presidenciais, o PT conseguiu eleger Dilma Rousseff para presidência. A presidenta manteve o ministro 
da Fazenda do segundo governo Lula, o economista Guido Mantega, e adotou uma agenda econômica 
considerada desenvolvimentista, visando, principalmente, impulsionar o setor produtivo, a indústria 
e os investimentos.
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Unidade II
Figura 60 – Cerimônia de posse de Dilma no Palácio do Planalto em 2015
Como principais medidas econômicas adotadas no primeiro mandato, destacam‑se:
• Redução dos juros: o Comitê de Política Monetária (Copom) cortou a taxa básica de juros (Selic) 
de 12,50% para 7,25% entre 2011 e 2013, chegando ao menor nível até então. Além da queda da 
taxa Selic, o governo pressionou os bancos privados a reduzirem os spreads, no qual utilizou os 
bancos públicos para competirem no mercado de crédito
• Financiamentos do BNDES: elevado montante de recursos emprestados por meio de linhas de 
crédito subsidiadas com o objetivo de fomentar atividades produtivas e investimentos.
• Desonerações tributárias: diversos setores da economia foram desonerados, com destaque 
para folhas de pagamentos, IPI e PIS/Cofins.
• Reforma do setor elétrico: em setembro de 2012 foi editada uma medida provisória para 
baratear em 20% opreço da energia elétrica com intuito de reduzir custos da indústria 
e dos consumidores.
• Desvalorização cambial: tinha como objetivo aumentar a competitividade da produção doméstica. 
Assim, de fevereiro de 2012 a agosto de 2013, a taxa de câmbio (R$/US$) passou de 1,7 para 2,4.
• Proteção ao produto nacional: aumento de alíquotas de impostos para produtos importados 
e/ou que não tivessem uma quantidade mínima de conteúdo local. Além disso, as compras 
governamentais também favoreciam a produção nacional.
Apesar das medidas econômicas que visavam impulsionar a economia, iniciou‑se uma tendência de 
piora dos indicadores de nível de atividade, do mercado de trabalho, aumento da inflação e piora nas 
contas públicas. Adicionalmente, o contexto internacional estava ruim, com destaque para a piora da 
crise da Europa a partir de 2011.
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Com o aumento do descontentamento dos principais setores empresarias e do mercado financeiro, 
formou‑se uma grande pressão, especialmente nos veículos da grande mídia, contra o ministro da 
Fazenda, a presidenta e as políticas econômicas adotadas. Além disso, em junho de 2013, houve uma 
enorme manifestação da população, especialmente contra a corrupção e diversos serviços públicos.
Nesse quadro, há uma reversão da política monetária, com um forte aperto monetário com o objetivo 
de combate a aceleração inflacionária. Após a taxa Selic ter alcançado seu menor nível entre o final de 
2012 e início de 2013, quando chegou a 7,25% a.a., ocorreram aumentos até atingir 14,25% a.a. em 
julho de 2015. Apenas a partir de outubro de 2016, teve início os cortes na Selic até chegar, em março 
de 2018, em 6,5% a.a.
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Figura 61 – Taxa Selic de março de 1999 até julho 2018
Adaptado de: BCB
O crescimento do PIB reduziu, passando de 3% em 2013 para 0,5% em 2014. Com a diminuição 
do crescimento econômico combinado com as desonerações fiscais, houve uma piora das contas 
públicas. Além disso, o avanço da operação Lava Jato não só aumentou o descontentamento da 
população sobre a classe política no que se refere à corrupção, mas também impactou o desempenho 
da economia. Foi nesse contexto que ocorreram as eleições presidenciais de 2014, na qual houve uma 
disputa acirrada entre a presidenta Dilma e o candidato do PSDB Aécio Neves.
Após a vitória de Dilma para seu segundo mandato, o governo alterou sua política fiscal, visando 
adotar o chamado ajuste fiscal. Assim, não só a política monetária era contracionista, mas também a 
política fiscal, o que acentuou a crise política e a crise econômica no País. Em 2015, a inflação atingiu 
10,7% e o PIB retraiu 3,5%.
Com a piora da crise econômica e política, a presidenta Dilma sofreu um impeachment em 2016, 
assumindo seu vice, Michel Temer. Temer alterou a equipe econômica e aprofundou as medidas restritivas 
que vinham sendo colocadas em prática no governo Dilma.
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Figura 62 – Sessão de votação do impeachment da presidenta Dilma Rousseff na Câmara dos Deputados
8.2 Tendências econômicas e sociais
O impeachment da presidenta Dilma pode ser analisado no âmbito da disputa de interesses entre 
as diferentes classes sociais no Brasil. De acordo com Armando Boito Jr. (2016), as duas características 
interligadas que foram definidoras da crise política no Brasil foram: “a ofensiva política restauradora da 
direita neoliberal [...] e a decisão do governo neodesenvolvimentista de Dilma Rousseff de adotar uma 
política de recuo passivo diante de tal ofensiva”.
A chamada direita neoliberal, em grande parte voltada para os interesses do capital internacional 
(multinacionais e mercado financeiro), tinha como objetivo a retomada do poder e implementação de 
políticas econômicas de seu interesse. Aliado a esse setor da sociedade, a classe média, associações 
empresariais, como a Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), a Força Sindical (central 
sindical) e a grande mídia, também foram apoiadores do impeachment.
É importante ressaltar que o movimento pró‑impeachment teve o seu início logo após a vitória 
da presidenta Dilma nas eleições de 2014, não só pela coligação dos partidos de oposição que foram 
derrotados nas urnas, mas também por grande parcela da classe média e média alta que foram incitadas 
a irem às ruas por um forte movimento pela internet e nas grandes mídias que se baseava nas denúncias 
no âmbito da operação Lava Jato e nas decisões do judiciário.
Por outro lado, diante da ofensiva neoliberal da direita, a classe popular e os movimentos sociais 
acabaram tendo que fazer oposição ao governo Dilma, devido à adoção de uma agenda econômica 
neoliberal que focava em cortes de gastos e de benefícios sociais. Portanto, o governo Dilma, diante dessa 
situação, tinha baixo apoio político e social nos setores da sociedade que a elegeram. O impeachment 
mantém‑se como um processo muito questionável, desde a sua aceitação pelo então presidente da 
Câmara dos Deputados Eduardo Cunha até pelos argumentos presentes na denúncia. As passeatas 
pró‑impeachment, por sua vez, tinham como principal demanda o fim das corrupções no governo, e isso 
era associado à figura da presidenta e de seu partido político. No entanto, é importante destacar, que em 
nenhum momento a presidente Dilma foi condenada por corrupção e crime de responsabilidade fiscal.
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Outro autor que analisa a crise política do governo Dilma Rousseff é Andre Singer em seu texto 
intitulado Cutucando Onças com Varas Curtas, de 2015. Em resumo, o autor elenca alguns fatores 
que explicam o descontentamento e a oposição de setores econômicos que representavam grandes 
interesses ao governo Dilma, dentre eles estão:
• Política de diminuição da taxa de juros. A burguesia empresarial produtiva está muito voltada a 
ganhos no mercado financeiro, diminuindo sua parcela de rentabilidade no âmbito da produção e 
da economia real, ocasionando em aumento das importações e elevação das aplicações financeiras 
especulativas. Além disso, o autor destaca que inúmeras empresas produtivas estão sob o controle 
de bancos e instituições financeiras.
• Aumento da luta de classes. Uma maior intervenção estatal levou a um aumento do emprego 
e, assim, do poder de negociação da classe trabalhadora e dos sindicatos por aumentos salariais 
acima da inflação.
• Atuação do governo para baixar os spreads bancários e as tarifas de energia. A existência 
de uma ideologia neoliberal rentista, contrários à intervenção estatal, em diversos setores 
sociais, inclusive nos meios de comunicação, criticavam constantemente políticas de caráter 
intervencionista da presidenta.
• Desgaste político. Dilma abriu muitas frentes de conflitos com diferentes setores, como, por 
exemplo, para evitar privatizações em projetos de infraestrutura e logística, reordenação do setor 
de energia elétrica e na redução do spread, confrontando o setor bancário.
Diante desse contexto de crise política e econômica, Dilma sofreu impeachment e MichelTemer, 
então vice‑presidente, assume o cargo de presidente da República.
Figura 63 – Michel Temer em evento na Fiesp
Desde o início de seu governo, Temer sofreu com questões de legitimidade. As pesquisas de satisfação 
em relação ao governo mostravam a impopularidade do presidente. “Em junho de 2016, logo no início 
de sua gestão, o índice que consideravam o governo ruim/péssimo era de quase 40%, e esse índice só 
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foi subindo, chegando aos 55% em março de 2017 (Pesquisa CNI‑Ibope), até alcançar 61% em maio de 
2017 (Datafolha)” (DEPIERI, 2017, p. 12).
Esse cenário de incertezas políticas, que ainda se configura em 2018, é um empecilho para o próprio 
crescimento econômico. Ainda não há elementos que comprovem a relação da incerteza política do 
país com queda de investimentos na economia, porém um dos principais economistas, John Maynard 
Keynes, em sua Teoria Geral do Juro do Emprego e da Moeda (1936), já apontava para a importância 
da não existência de um grande contexto de incertezas para os investimentos fluírem de maneira mais 
natural possível.
Um processo político frágil como foi o impeachment de Dilma Rousseff pode trazer desconfiança 
até mesmo para os que apoiaram a queda da presidenta, ocasionando um amplo cenário de 
incertezas na sociedade.
A despeito das incertezas políticas, o governo Temer conseguiu a aprovação de duas agendas 
estruturais com o apoio dos congressistas. A primeira delas foi no âmbito fiscal, com a aprovação da 
Emenda Constitucional 95 no final de 2016. Essa medida congelou os gastos públicos por vinte anos. 
Isso significa dizer que todas as áreas de atuação do governo só serão reajustadas com base na inflação 
do período. Essa medida dificultará ainda mais a oferta de bens e serviços essenciais, como saúde, 
educação, cultura e habitação, áreas estas que necessitariam receber maiores investimentos, pois se 
encontram em posições fragilizadas em relação ao orçamento público.
A outra medida estrutural do governo Temer foi a Reforma Trabalhista, aprovada no segundo 
semestre de 2017. Essa reforma liberaliza o mercado de trabalho brasileiro com medidas que 
fragilizam os empregados em favor dos empresários, retirando da legislação alguns direitos 
trabalhistas. Dentre as alterações, uma das importantes medidas diz respeito ao campo das 
negociações entre trabalhadores e empresários. A partir da Reforma, o negociado se sobressairá 
ao legislado. Essa é uma medida que enfraquece o lado do trabalho, uma vez que são poucas 
as organizações de trabalhadores que conseguem permanecer fortalecidas e negociar para 
conseguir ganhos salariais e benefícios. A maioria dos setores não é organizada; para essa 
parcela, a antiga lei trabalhista os protegia e preconizava alguns limites mínimos e, mesmo que 
não houvesse negociação, deveria ser cumprido o que constava na legislação. Outra novidade da 
nova lei trabalhista é a ampliação dos tipos contratações. Com as novas regras, as terceirizações, 
trabalhos intermitentes e por tempo parcial foram ratificadas.
Para os defensores da Reforma Trabalhista, essa medida iria impactar positivamente na 
criação de postos de trabalho, uma vez que seriam facilitadas as formas de contratações. No 
entanto, as perspectivas econômicas podem ser ruins para os próprios empregadores, e a Reforma 
Trabalhista ser um tiro no pé. Os empregos intermitentes e sem vínculos empregatícios podem 
impactar negativamente no consumo dos empregados. A incerteza da não permanência em seus 
empregos pode frear iniciativas de consumos de longo prazo, na compra de automóveis ou casas 
próprias, por exemplo.
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Outro importante tema, de interesse nacional, que foi alvo de alterações do governo Temer foi o 
pré‑sal. O governo alterou as regras de exploração das camadas do pré‑sal, permitindo uma maior 
participação das multinacionais na exploração do petróleo brasileiro. Adicionalmente, iniciou um 
plano de desinvestimento na Petrobras e alterou a política de preços dos combustíveis, atrelando 
à variação cambial e à cotação internacional do petróleo. Essa medida fez com que houvesse uma 
relevante instabilidade e aumentos no preço dos combustíveis domésticos, o que resultou na greve dos 
caminhoneiros no final de maio de 2018, gerando uma forte crise de abastecimento em todo o País e 
impactando as atividades produtivas.
Outra medida importante foi a alteração da taxa de juros praticada pelo BNDES, da TJLP (taxa de 
juros de longo prazo) para a TLP (taxa de longo prazo). Na prática, essa alteração eleva as taxas de juros 
praticadas nas operações de empréstimos do banco, o que, muito provavelmente, irá desincentivar 
a realização de investimentos. Além disso, o BNDES reduziu significativamente seus empréstimos, 
passando de R$ 188 bilhões em 2014 para R$ 71 bilhões em 2017.
No mercado de trabalho, o desemprego registrou um grande aumento, principalmente a partir 
de 2016. De acordo com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD), 
divulgada pela IBGE, no final de 2014, a taxa de desemprego, que era de 6,5% no final de 2014, subiu 
para 13,1% no primeiro trimestre de 2018.
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2016
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2017
Figura 64 – Taxa de desocupação trimestral (em %), do 4º trimestre de 2014 até o 1º trimestre de 2018
Porém, há uma significativa diferença das taxas de desemprego nos diferentes estados do País. 
Ainda com base na PNAD Contínua, no primeiro trimestre de 2018, enquanto Santa Catarina tinha 
uma taxa 6,5%, no Amapá atingiu 21,5%. Já a taxa de desemprego na Bahia chegou a 17,9%, Rio de 
Janeiro 15% e São Paulo 14%.
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Figura 65 – Taxa de desocupação trimestral (em %) por Unidades da Federação, 1º trimestre de 2018
A piora dos indicadores do mercado de trabalho é reflexo da intensificação da crise econômica 
e das medidas econômicas restritivas. O PIB de 2017 cresceu somente 1% depois de dois recuos 
de 3,5% em 2015 e 2016. Como resultado, alguns números da realidade social do país vêm 
apresentando piora significativa, especialmente com relação ao aumento de pessoas vivendo em 
situação de extrema pobreza.
Figura 66 – Moradores de rua em São Paulo, em 2016
A combinação das reformas adotadas pelo governo Temer tende a aprofundar a desigualdade social, 
precarizar ainda mais o mercado de trabalho e reduzir e piorar a qualidade dos serviços públicos ofertados. 
Torna‑se imprescindível um maior debate sobre as reformas implementadas para que as mudanças 
sejam voltadas para uma distribuição mais equânime da renda e da diminuição das desigualdades, e não 
em seu aprofundamento.
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INDICADORES ECONÔMICOS E SOCIAISResumo
O crescimento econômico recente até 2007 não alterou radicalmente 
a estrutura social dos desempregados, portanto não reduziu de modo 
considerável a massa e a proporção de desocupados.
Os desocupados seguiram o movimento de mobilidade social 
ascendente dos estratos sociais inferiores, situando‑se majoritariamente 
na baixa classe média (remediada) e na massa trabalhadora (pobre). 
No período de expansão econômica forte, entre 2004 e 2008, esses 
estratos sociais cresceram significativamente.
Observando o perfil dos desocupados em 2007, nota‑se que eles 
continuam fortemente concentrados nas faixas etárias mais jovens, com 
uma proporção de jovens negras superior àquela das mulheres negras 
no conjunto dos desocupados, em que igualmente são majoritárias. 
Nos segmentos mais jovens de desocupados predominam aqueles com 
2º grau de escolaridade, com taxas expressivas de 3º grau nas faixas 
etárias pertinentes.
A informalidade sempre foi parte da caracterização do mercado de 
trabalho brasileiro. A partir de 2003, houve uma significativa melhora no 
quadro de informalidade. Na década de 2000, houve a criação líquida de 21 
milhões de novos postos de trabalho.
A maior parte dos novos postos criados nos anos 2000 foi de rendimento 
de até 1,5 salário mínimo mensal, concentrado nas seguintes atividades 
econômicas: serviços, comércio, construção civil, indústria têxtil e de 
vestuário, principalmente.
Dos anos 1980 aos anos 1990, houve um aumento significativo na 
proporção entre homens e mulheres nos trabalhos de salário de base, sendo 
que a contratação de mulheres aumentou de menos de 50% para mais 
60% nos trabalhos de salário de base.
Na distribuição da ocupação por idade, nos anos 2000, nota‑se que a 
maior parte das ocupações para essa faixa de rendimento ficou concentrado 
na faixa dos 25 aos 34 anos de idade, seguido pelas faixas 45 a 54 anos e 
35 a 44 anos, respectivamente. Comparativamente aos anos 1980 e 1990, 
houve um aumento significativo da presença dos trabalhadores entre 45 e 
54 anos no mercado de trabalho para os rendimentos de salário de base.
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Unidade II
O economista e pesquisador Márcio Pochamnn critica a suposição de 
que esse aumento das ocupações nos salários de base havia permitido a 
ascensão social de uma parcela da população mais empobrecida à classe 
média. O ponto central da argumentação é que ainda é preciso muito 
mais que acesso ao mercado de bens para se tornar classe média, como 
na maioria dos países. Dessa maneira, é preciso muito mais do Estado e da 
economia para tornar essa população uma real classe média.
Alguns indicadores sociais, como o IDH e o Índice de Gini, 
expressam somente parte dos problemas socioeconômicos das nações. 
As análises de fatores de cunho histórico e político são essenciais 
para a melhor compreensão das complexidades que são as realidades 
sociais dos países.
A análise comparativa dos resultados que os indicadores socioeconômicos 
nos mostram entre os números do Brasil e de outras nações nos passa 
ideias importantes, como, por exemplo, a constatação, pelo IDH, de que o 
Brasil figura entre os países que possuem um médio desenvolvimento nos 
quesitos renda per capita, qualidade de vida e educação.
Entretanto, ao aprofundar a análise para outros temas, foram abertas 
novas perspectivas para a explicação da desigualdade social. Procuramos 
elencar temas estruturais da nossa sociedade como a concentração de 
terras, o processo de industrialização do Brasil, a incidência de impostos e 
as destinações dos gastos do governo por área.
Dois deles se debruçam mais em elementos históricos, são eles: 
a concentração de terras e a industrialização brasileira. Esta última 
foi uma análise exclusivamente histórica, que mostrou o reflexo 
na atualidade de um período no qual o País mais se desenvolveu 
economicamente, mas produzindo problemas sociais. No elemento 
“concentração de terras” foi mostrada a raiz histórica desse fenômeno, 
desde a chegada dos portugueses, mas também foi destacado que 
essa situação se mantém na atualidade e se reproduz.
Os fatores “incidência de impostos” e “execução orçamentária” foram 
analisados por meio de dados do Senado Federal e da Receita Federal/
Ministério da Fazenda. A análise da execução orçamentária mostra as 
prioridades dos governos em relação ao direcionamento dos gastos para 
as diferentes áreas. Essa análise ajuda a explicar a dificuldade da expansão 
dos serviços públicos, como os de saúde e educação e de programas de 
assistência e moradia. Serviços e programas que beneficiariam as camadas 
mais baixas da população.
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INDICADORES ECONÔMICOS E SOCIAIS
O exame realizado sobre a incidência de impostos no Brasil auxilia na 
desmistificação de que parcela da população arca com a carga tributária. 
Esse custo é bancado pelas camadas mais pobres no Brasil. Os dados 
apresentados mostram que os impostos sobre o consumo de bens e serviços, 
além de possuírem importância no total arrecadado, são importantes para 
o próprio crescimento do PIB.
Após quase uma década de tentativas para acabar com a inflação 
no Brasil, em 1994, sob o governo Itamar Franco, seu então ministro 
da Fazenda, Fernando Henrique Cardoso lança o Plano Real. A partir 
daquele momento, a economia e a sociedade brasileira passariam por 
grandes transformações. O combate à inflação, naquela oportunidade, 
foi bem‑sucedido, com a redução e controle do nível de preços. Porém, 
um dos instrumentos utilizados foi a manutenção de um câmbio 
muito valorizado e da elevada taxa básica de juros, o que impactou 
negativamente em termos produtivos e em uma deflagração de uma 
crise cambial em 1998. Após essa crise, o governo FHC adota alterações 
na política econômica, utilizando o tripé macroeconômico: câmbio 
flutuante, superávit fiscal e metas de inflação.
O governo Lula conviveu em um contexto econômico internacional 
mais favorável e, mesmo adotando as mesmas rígidas medidas estruturais 
de política econômica, conseguiu avançar em programas sociais e levar a 
economia brasileira, em alguns anos, a taxas de crescimento significativas 
com estabilidade inflacionária. Além disso, mesmo diante da crise econômica 
mundial de 2008, o Brasil, por meio de medidas econômicas contracíclicas, 
apresentou um bom desempenho, chegando a crescer 7,5% em 2010.
Uma das marcas do governo Lula foi o Programa Bolsa Família, o qual 
foi responsável por tirar milhões de famílias da miséria e foi reconhecido 
mundialmente como uma política de transferência de renda bem‑sucedida.
O governo Dilma, por sua vez, conviveu com um pior contexto 
econômico internacional. A crise econômica havia atingido a Europa em 
2010 e seus efeitos, a partir de 2011, atingiram outros continentes. Apesar 
de diversas medidas econômicas contracíclicas adotadas, houve uma 
tendência de piora dos indicadores econômicos. Em seu segundo mandato, 
após a reeleição em 2014, a crise econômica e política se acentuaram e a 
insatisfação de diversos setores e classes sociais aumentaram, resultando 
em um processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff em 2016.
Michel Temer, então vice‑presidente, assumiu o governo. Ele adotou 
um novo programa econômico, aprofundando as políticas monetárias e 
fiscais restritivas e implementou algumas reformas. Destacam‑se a Emenda 
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Constitucional nº 95, que colocou um teto de gastos, a Reforma Trabalhista 
e as alterações no setor de petróleo e gás.
Após o impeachment deDilma, o PIB registrou queda de 3,5% em 
2016. As reformas promovidas pelo governo Temer não surtiram efeitos, 
e a economia brasileira cresceu apenas 1% em 2017 depois de dois anos 
seguidos de recessão (2015 e 2016). Já o mercado de trabalho apresentou 
uma relevante piora, em que a taxa de desemprego superou 13%, mas ficou 
ainda maior em alguns estados, como, por exemplo, no Amapá, cuja taxa 
está perto de 22%. Como consequência desse quadro, há o aumento da 
pobreza nas diversas regiões do País.
Caso as reformas e medidas econômicas adotadas pelo governo Temer 
não sejam revistas e/ou modificadas, há uma tendência de aprofundamento 
da desigualdade social, precarização do mercado de trabalho e redução e 
piora da qualidade dos serviços públicos ofertados.
 Exercícios
Questão 1. (FMP‑RS/TCE‑RS 2011). O desemprego pode apresentar diversos tipos em uma economia 
capitalista. Sobre as definições apresentadas a seguir, assinale a alternativa INCORRETA.
a) O desemprego friccional surge devido a incessante movimentação de pessoas entre as regiões e 
diversos empregos e por diferentes estágios do ciclo da vida. Este surge devido a que tanto os 
trabalhadores como as firmas necessitarem de tempo para realizar um matching (casamento das 
vagas com indivíduo) e processar as informações.
b) O desemprego cíclico surge quando a demanda por mão de obra é baixa. Ocorre durante as 
recessões, quando os empregos caem como resultado do desequilíbrio entre a oferta e a demanda 
agregada no longo prazo.
c) O desemprego voluntário, também chamado de desemprego de espera, reflete o fato de que 
algumas pessoas que estão na força de trabalho não desejam trabalhar ao nível de salário vigente 
no mercado.
d) O desemprego involuntário ocorre quando os indivíduos estão dispostos e são capazes de trabalhar, 
pelas taxas salariais vigentes, mas não conseguem encontrar emprego.
e) O desemprego estrutural é causado pelo rápido desenvolvimento tecnológico, que tende a marginalizar 
a parcela da mão de obra que não tem habilidades para acompanhar as mudanças tecnológicas.
Resposta correta: alternativa B.
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INDICADORES ECONÔMICOS E SOCIAIS
Análise das alternativas
A) Alternativa correta.
Justificativa: o desemprego friccional ocorre pela simples movimentação de pessoas que estão em 
busca de outras oportunidades. A qualquer momento surgem novas oportunidades de trabalho e outras 
que acabam, o que faz com que haja um fluxo de entradas e saídas de trabalhadores no mercado 
de trabalho. Assim, o tempo que o indivíduo demora a procurar esses novos postos de trabalho e a 
respectiva transição de emprego faz com que haja sempre trabalhadores no desemprego.
B) Alternativa incorreta.
Justificativa: o desemprego cíclico ocorre no curto prazo, quando a economia produz abaixo do 
nível de pleno emprego, dadas as condições de funcionamento da própria economia por conta do ciclo 
econômico, sendo que aumenta em períodos de recessão e diminui em períodos de expansão.
C) Alternativa correta.
Justificativa: o desemprego voluntário significa a recusa ou a incapacidade de determinado 
trabalhador em aceitar uma remuneração equivalente à sua produtividade marginal.
D) Alternativa correta.
Justificativa: o desemprego involuntário ocorre no caso de uma ligeira elevação dos preços dos bens 
de consumo de assalariados relativamente aos salários nominais, assim, tanto a oferta agregada de mão 
de obra disponível a trabalhar pelo salário nominal corrente quanto a procura agregada da mesma ao 
dito salário são maiores que o volume de emprego existente.
E) Alternativa correta.
Justificativa: o desemprego estrutural pode resultar da inadequação entre as exigências do mercado de 
trabalho e as aptidões dos trabalhadores, nomeadamente a nível geográfico ou no âmbito das tecnologias.
Questão 2. (COPS‑UEL 2010, adaptado). Analise a charge a seguir:
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Unidade II
Com base na charge e nos conhecimentos sobre a chamada “nova classe média” brasileira que 
emergiu especialmente entre 2008 e 2014, é correto afirmar:
I. O crescimento da “nova classe média” brasileira foi favorecido pela extensão do crédito a amplos 
setores da população, além da implementação de programas sociais por parte do governo federal.
II. Dentre os países emergentes, o Brasil constituiu‑se como caso particular de crescimento da classe 
média, tendência ausente em outras nações em desenvolvimento.
III. O crescimento da “nova classe média” brasileira manteve características tradicionais do país, 
como é o caso da desigualdade social, que continuou aumentando no transcurso da primeira década 
dos anos 2000.
IV. A expansão da “nova classe média” no país foi acompanhada pela elevação dos índices de 
escolaridade e pela maior presença de empregos com carteira assinada, reduzindo, assim, a informalidade.
Assinale a alternativa CORRETA.
a) Somente as afirmativas I e IV são corretas.
b) Somente as afirmativas II e III são corretas.
c) Somente as afirmativas III e IV são corretas.
d) Somente as afirmativas I, II e III são corretas.
e) Somente as afirmativas I, II e IV são corretas.
Resposta desta questão na plataforma.
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FIGURAS E ILUSTRAÇÕES
Figura 1
FEIJÓ, C. Contabilidade social: o novo sistema de contas nacionais do Brasil. 3. ed. Rio de Janeiro: 
Campus/Elsevier, 2008, p. 10.
Figura 3
Grupo UNIP‑Objetivo.
Figura 4
POLUICAO_2.JPG. Disponível em: <http://imagens.ebc.com.br/o7sC‑3rMy6mIOIFf3Px6rB_
IFds=/1100x370/smart/http://www.ebc.com.br/sites/_portalebc2014/files/atoms_image/poluicao_2.
jpg>. Acesso em: 29 ago. 2018.
Figura 5
HUSSON, M. Finança, hiper‑concorrência e reprodução do capital. In: A finança capitalista. Paris: PUF, 
2006. p. 2.
Figura 6
CHESNAIS, F. O capital portador de juros: acumulação, internacionalização, efeitos econômicos e 
políticos. In: A finança mundializada: raízes sociais e políticas, configuração, consequências. São Paulo: 
Boitempo, 2005, p. 59.
Figura 7
20072011_DINHEIROBANCOUSP006.JPG. Disponível em: <http://imagens.ebc.com.br/n2SheW_
wrIeRPOHTfr5NrMe‑weQ=/1100x370/smart/http://www.ebc.com.br/sites/_portalebc2014/files/atoms_
image/20072011_dinheirobancousp006.jpg>. Acesso em: 29 ago. 2018.
Figura 8
CRANFORD, C. J.; VOSKO, L. F.; ZUKEWICH, N. Precarious employment in the canadian labour market: a 
statistical portrait. In: Forum on Precarious Employment Just Labour, Canadá, v. 3, 2003, p. 5. 
Figura 9
SABOIA, J. Um novo índice para o mercado de trabalho urbano no Brasil. Revista de Economia 
Contemporânea, Rio de Janeiro, v. 4, n.1, p. 131, jan./jun. 2000.
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Figura 10
FREIRE, J. A. Dinâmica do mercado de trabalho metropolitano no Brasil pós anos 90: que mudou, 
mudou! Mas mudou o suficiente? In: XI Encontro Nacional de Economia Política. Vitória: SBEP, 
2006, p. 24.
Figura 11
FREIRE, J. A. Dinâmica do mercado de trabalho metropolitano no Brasil pós anos 90: que mudou, 
mudou! Mas mudou o suficiente? In: XI Encontro Nacional de Economia Política. Vitória: SBEP, 
2006, p. 24.
Figura 12
DE TONI, M. Para onde vai o mercado de trabalho? A tendência à precarização das relações de 
trabalho: um estudo da região metropolitana de Porto Alegre. Tese de doutoramento. Programa de 
pós‑graduação do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Federal do Rio Grande do 
Sul. PortoAlegre, 2004, p. 208.
Figura 13
DE TONI, M. Para onde vai o mercado de trabalho? A tendência à precarização das relações de 
trabalho: um estudo da região metropolitana de Porto Alegre. Tese de doutoramento. Programa de 
pós‑graduação do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Federal do Rio Grande do 
Sul. Porto Alegre, 2004, p. 219.
Figura 14
05072012CARTEIRADETRABALHO018.JPG. Disponível em: <http://imagens.ebc.com.br/V4v256C905Fk8f
JD6W7SUmno8L8=/1100x370/smart/http://www.ebc.com.br/sites/_portalebc2014/files/atoms_image/0
5072012carteiradetrabalho018.jpg>. Disponível em: 29 ago. 2018.
Figura 15
SEP. Convênio SEADE – DIESSE. Pesquisa de Emprego e Desemprego – PED. São Paulo: Secretaria de 
Economia e Planejamento, 2009, p. 86 . Adaptada.
Figura 16
MOTHER‑388663.JPG. Disponível em: <http://imagens.ebc.com.br/c3o‑Wb93Gtu4xofnVw0NU0ZzeA
8=/1100x370/smart/http://www.ebc.com.br/sites/_portalebc2014/files/atoms_image/mother‑388663.
jpg>. Acesso em: 29 ago. 2018.
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Figura 17
POCHMANN, M. Estrutura social no Brasil: mudanças recentes. Serviço Social & Sociedade, São Paulo, 
n. 104, p. 639, out./dez. 2010.
Figura 18
POCHMANN, M. Estrutura social no Brasil: mudanças recentes. Serviço Social & Sociedade, São Paulo, 
n. 104, p. 639, out./dez. 2010.
Figura 19
POCHMANN, M. Estrutura social no Brasil: mudanças recentes. Serviço Social & Sociedade, São Paulo, 
n. 104, p. 642, out./dez. 2010, p. 642.
Figura 20
IPEADATA. Disponível em: <http://www.ipeadata.gov.br/Default.aspx>. Acesso em: 1 set. 2018. 
Adaptada.
Figura 21
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Síntese de indicadores sociais: uma análise das 
condições de vida da população brasileira. Rio de Janeiro: IBGE, 2017. Coordenação de População e 
Indicadores Sociais. p. 59. 
Figura 22
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Síntese de indicadores sociais: uma análise das 
condições de vida da população brasileira. Rio de Janeiro: IBGE, 2017. Coordenação de População e 
Indicadores Sociais. p. 59.
Figura 23
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Síntese de indicadores sociais: uma análise das 
condições de vida da população brasileira. Rio de Janeiro: IBGE, 2017. Coordenação de População e 
Indicadores Sociais. p. 61.
Figura 24
RD81NOT03IMG03.JPG. Disponível em: http://www.ipea.gov.br/desafios/images/stories/ed81/
imagens/reportagens/rd81not03img03.jpg>. Acesso em: 29 ago. 2018. 
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Figura 25
CAMARANO, A. A.; KANSO, S.; FERNANDES, D. A população brasileira e seus movimentos ao longo do 
século XX. In: CAMARANO, A. A. (Org.). Novo regime demográfico: uma nova relação entre população e 
desenvolvimento? Rio de janeiro: IPEA, 2014, p. 84.
Figura 26
CAMARANO, A. A.; KANSO, S.; FERNANDES, D. A população brasileira e seus movimentos ao longo do 
século XX. In: CAMARANO, A. A. (Org.). Novo regime demográfico: uma nova relação entre população e 
desenvolvimento? Rio de janeiro: IPEA, 2014, p. 102.
Figura 27
CAMARANO, A. A.; KANSO, S.; FERNANDES, D. A população brasileira e seus movimentos ao longo do 
século XX. In: CAMARANO, A. A. (Org.). Novo regime demográfico: uma nova relação entre população e 
desenvolvimento? Rio de janeiro: IPEA, 2014, p. 104.
Figura 28
KANSO, S. Compressão da mortalidade no Brasil. In: CAMARANO, A. A. (Org.). Novo regime demográfico: 
uma nova relação entre população e desenvolvimento? Rio de janeiro: IPEA, 2014, p. 157.
Figura 29 
KANSO, S. Compressão da mortalidade no Brasil. In: CAMARANO, A. A. (Org.). Novo regime demográfico: 
uma nova relação entre população e desenvolvimento? Rio de janeiro: IPEA, 2014, p. 158.
Figura 30
CERQUEIRA, D.; MOURA, R. L. de. Demografia e homicídios no Brasil. In: CAMARANO, A. A. (Org.). Novo 
regime demográfico: uma nova relação entre população e desenvolvimento? Rio de janeiro: Ipea, 
2014, p. 360. 
Figura 31
SILHUETA‑DE‑CORPOS_ALERTAM‑PARA‑ASSASSINATOS_RJ_9563‑1024X681.JPG. Disponível em: 
<http://imagens.ebc.com.br/DcyR_bFCGUOWEYzBPYlmw8DkXf4=/1100x370/smart/http://www.ebc.
com.br/sites/_portalebc2014/files/atoms_image/silhueta‑de‑corpos_alertam‑para‑assassinatos_
rj_9563‑1024x681.jpg>. Acesso em: 29 ago. 2018.
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Figura 32
CAMARANO, A. A.; KANSO, S.; FERNANDES, D. A população brasileira e seus movimentos ao longo do 
século XX. In: CAMARANO, A. A. (Org.). Novo regime demográfico: uma nova relação entre população e 
desenvolvimento? Rio de janeiro: IPEA, 2014, p. 91.
Figura 33
CAMARANO, A. A.; KANSO, S.; FERNANDES, D. A população brasileira e seus movimentos ao longo do 
século XX. In: CAMARANO, A. A. (Org.). Novo regime demográfico: uma nova relação entre população e 
desenvolvimento? Rio de janeiro: IPEA, 2014, p. 93.
Figura 34
IPEADATA. Disponível em: <http://www.ipeadata.gov.br/Default.aspx>. Acesso em: 1 set. 2018. 
Adaptada.
Figura 35
BRASIL. Ministério da Fazenda. Secretaria de Políticas de Previdência Social. Informe de Previdência 
Social. Brasília, v. 28, n. 12, dezembro de 2016. p. 49.
Figura 36
GENTE_NAS_RUAS.JPG. Disponível em: http://agenciabrasil.ebc.com.br/sites/default/files/atoms/image/
gente_nas_ruas.jpg>. Acesso em: 29 ago. 2018.
Figura 37
POCHMANN, M. Nova classe média?: o trabalho na base da pirâmide social brasileira. São Paulo: 
Boitempo, 2012, p. 49.
Figura 38
POCHMANN, M. Nova classe média?: o trabalho na base da pirâmide social brasileira. São Paulo: 
Boitempo, 2012, p. 51.
Figura 39
POCHMANN, M. Nova classe média?: o trabalho na base da pirâmide social brasileira. São Paulo: 
Boitempo, 2012, p. 52.
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Figura 40
POCHMANN, M. Nova classe média?: o trabalho na base da pirâmide social brasileira. São Paulo: 
Boitempo, 2012, p. 52.
Figura 41
POCHMANN, M. Nova classe média?: o trabalho na base da pirâmide social brasileira. São Paulo: 
Boitempo, 2012, p. 53.
Figura 42
POCHMANN, M. Nova classe média?: o trabalho na base da pirâmide social brasileira. São Paulo: 
Boitempo, 2012, p. 53.
Figura 43
ONU. Human Development Report 2016. New York, 2016, p. 198‑199. Disponível em: <http://www.
br.undp.org/content/dam/brazil/docs/RelatoriosDesenvolvimento/undp‑br‑2016‑human‑development‑
report‑2017.pdf>. Acesso em: 29 ago. 2018.
Figura 44
ONU. Human Development Report 2016. New York, 2016, p. 198‑199. Disponível em: <http://www.
br.undp.org/content/dam/brazil/docs/RelatoriosDesenvolvimento/undp‑br‑2016‑human‑development‑
report‑2017.pdf>. Acesso em: 29 ago. 2018.
Figura 45
1020871‑MT_23032016DSC_9285‑.JPG?ITOK=BU0DOKUM. Disponível em: http://imagens.ebc.com.br/
NXup9sZEZPrk9NZlBQqkYqf5ywU=/1140x760/smart/http://agenciabrasil.ebc.com.br/sites/default/files/
atoms/image/1020871‑mt_23032016dsc_9285‑.jpg?itok=Bu0DOKuM>. Acesso em: 29 ago. 2018.
Figura 46
RAMOS, M. O que é agronegócio. Agronegócios online, 22 fev. 2016. Disponível em: <https://www.
agron.com.br/publicacoes/mundo‑agron/curiosidades/2016/02/22/047456/o‑que‑e‑agronegocio.
html>. Acesso em: 29 ago. 2018.
Figura 47
CEPEA/ESALQ. PIB do agronegócio brasileiro, [s.d.]. Disponível em: <https://www.cepea.esalq.usp.br/br/
pib‑do‑agronegocio‑brasileiro.aspx>. Acesso em: 1º set. 2018. Adaptada.
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Figura 48
IPEADATA. Disponívelem: <http://www.ipeadata.gov.br/Default.aspx>. Acesso em: 1º set. 2018. Adaptada.
Figura 49
1028037‑28‑06‑201628062016‑O002.JPG?ITOK=V9G7UWFJ. Disponível em: http://imagens.ebc.com.
br/_Pl‑hR2hAod72hrhkVcBSnkw78Q=/1140x760/smart/http://agenciabrasil.ebc.com.br/sites/default/files/
atoms/image/1028037‑28‑06‑201628062016‑o002.jpg?itok=v9g7UwFj>. Acesso em: 29 ago. 2018.
Figura 50
IPEADATA. Disponível em: <http://www.ipeadata.gov.br/Default.aspx>. Acesso em: 1º set. 2018. Adaptada.
Figura 51
BRASIL. Senado Federal. Disponível em: <http://www8d.senado.gov.br/BOE/BI/logon/start.do?ivsLogon 
Token=WWW8D.senado.gov.br%3A6400%409303588JYQrleQQ75tnBmdlFTo6R2h9303586JtblKZzQb9
V7XiO4VA4bVOT>. Acesso em: 1º set. 2018. Adaptada. 
Figura 52
973326‑27082015‑EF_226.JPG?ITOK=MC2VGKAV. Disponível em: <http://imagens.ebc.com.br/d1U0
RI3Q5tU21miYbmXhou9SMeU=/1140x760/smart/http://agenciabrasil.ebc.com.br/sites/default/files/
atoms/image/973326‑27082015‑ef_226.jpg?itok=mC2vgkAv>. Acesso em: 29 ago. 2018. 
Figura 53
1023328‑DF_020616_DSC8530.JPG?ITOK=KKMBQBIZ. Disponível em: <http://imagens.ebc.com.br/RV
gFO3JXPO8F6BR3F6OQMWd4Ui4=/1140x760/smart/http://agenciabrasil.ebc.com.br/sites/default/files/
atoms/image/1023328‑df_020616_dsc8530.jpg?itok=kkMbqbIz>. Acesso em: 29 ago. 2018. 
Figura 54
960732‑_WDO8517A.JPG?ITOK=M8LTSVLZ. Disponível em: <http://imagens.ebc.com.br/N6NwScp
uySjFfr961tFVg6a3Syk=/1140x760/smart/http://agenciabrasil.ebc.com.br/sites/default/files/atoms/
image/960732‑_wdo8517a.jpg?itok=M8ltSvLz>. Acesso em: 29 ago. 2018.
Figura 55
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Índice Nacional de Preços ao Consumidor, amplo 
‑ julho 2018, 8 ago. 2018. Disponível em: <https://sidra.ibge.gov.br/home/ipca/brasil>. Acesso em: 1º 
set. 2018. Adaptada.
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Figura 56
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Contas Nacionais Trimestrais: referência 2010 
‑ 2º trimestre 2018, 31 ago. 2018. Disponível em: <https://sidra.ibge.gov.br/home/ipca/brasil>. Acesso 
em: 1º set. 2018. Adaptada.
Figura 57
1013163‑16042016LULADSC_7529‑.JPG?ITOK=‑H9TAUR5. Disponível em: <http://imagens.ebc.com.br/
JxMwh3KxqlG1sIsEZgRHN8roEco=/1140x760/smart/http://agenciabrasil.ebc.com.br/sites/default/files/
atoms/image/1013163‑16042016luladsc_7529‑.jpg?itok=‑H9TAUR5>. Acesso em: 29 ago. 2018.
Figura 58
BANCO CENTRAL DO BRASIL. Evolução da taxa de câmbio (R$/US$) de julho/94 a julho de 2018, [s.d.]. 
Disponível em: <https://www3.bcb.gov.br/sgspub/localizarseries/localizarSeries.do?method=prepararTel
aLocalizarSeries>. Acesso em: 1º set. 2018. Adaptada.
Figura 59
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Pesquisa Mensal de Emprego – PME, [s.d.]. 
Disponível em: <https://www.ibge.gov.br/estatisticas‑novoportal/sociais/trabalho/9180‑pesquisa‑
mensal‑de‑emprego.html?=&t=o‑que‑e>. Acesso em: 1º set. 2018. Adaptada.
Figura 60
942132‑POSSE_DSC2890.JPG?ITOK=H9MDKHSO. Disponível em: <http://imagens.ebc.com.br/Nd_47q
7ydPQ4k2IFnXkrPZDEFNo=/1140x760/smart/http://agenciabrasil.ebc.com.br/sites/default/files/atoms/
image/942132‑posse_dsc2890.jpg?itok=h9mdKhSO>. Acesso em: 29 ago. 2018.
Figura 61
BANCO CENTRAL DO BRASIL. Taxa Selic de março de 1999 até julho 2018, [s.d.]. Disponível em: 
<https://www3.bcb.gov.br/sgspub/localizarseries/localizarSeries.do?method=prepararTelaLocalizarSeri
es>. Acesso em: 1º set. 2018. Adaptada.
Figura 62
1013925‑1013580‑10112016‑IMG_3705.JPG?ITOK=GEMREZWW. Disponível em: <http://imagens.
ebc.com.br/59nk56A_fYH2NV1YCGRq8xaZlig=/1140x760/smart/http://agenciabrasil.ebc.com.br/sites/
default/files/atoms/image/1013925‑1013580‑10112016‑img_3705.jpg?itok=GemReZwW>. Acesso em: 
29 ago. 2018.
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Figura 63
RVRSA_ABR_3007182420.JPG?ITOK=BXJ_MIOI. Disponível em: <http://imagens.ebc.com.br/koq5sTlRqK
zeXN7HzBYQQd2uXsQ=/1140x760/smart/http://agenciabrasil.ebc.com.br/sites/default/files/thumbnails/
image/rvrsa_abr_3007182420.jpg?itok=Bxj_MIoI>. Acesso em: 29 ago. 2018.
Figura 64
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. PNAD Contínua Trimestral, [s.d.]. Disponível 
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amostra‑de‑domicilios‑continua‑mensal.html?=&t=o‑que‑e>. Acesso em: 1º set. 2018. Adaptada.
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MISSISSIPI em chamas. Dir. Alan Parker. EUA: Fox Film, 1989. 128 minutos.
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Unidade I – Questão 1: RIO GRANDE DO SUL (Estado). Prova objetiva de conhecimentos específicos, 
2011. Questão 30. Disponível em: <http://www.concursosfmp.com.br/banco‑de‑provas/prova/93/>. 
Acesso em: 21 set. 2018.
Unidade II – Questão 2: LONDRINA (Prefeitura). Prova técnico legislativo, 2010. Questão 
17. Disponível em: <https://www.qconcursos.com/arquivos/prova/arquivo_prova/49946/
cops‑uel‑2010‑camara‑de‑londrina‑pr‑tecnico‑legislativo‑prova.pdf>. Acesso em: 21 set. 2018.
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Informações:
www.sepi.unip.br ou 0800 010 9000

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