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Trabalho - 'O Romantismo e a gênese do Romance Moderno'

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Universidade Federal do Rio de Janeiro 
Faculdade de Letras 
Aluna: Luana Clara Rizo de Paula Pinto
Professor: Rafael Santana
DRE: 110100316
O texto 'O Romantismo e a Gênese do Romance moderno: o romance histórico', de Tereza Cristina Cerdeira, começa partindo pro pressuposto que é globalmente possível falar do Romantismo de um termo genérico, sem no entanto por isso gerar divergências. Um dos critérios aduzidos abstratamente pelos estudiosos do Romantismo é a linha de estudo que acentua a vertente organicista e dinâmica de todo um conjunto de características que se distinguem do pensamento clássico, que seria estático e mecanicista. Vê-se então que o Romancismo tem uma perspectiva dinâmica das características concretas referidas.
A perspectiva organicista e dinâmica quer se agrupam em torno da ideia de progresso ou da ideia de dialética, por ideias de leis de correspondência, formalizam em função da ação humana e social, que se trata de captar como evolução. A perspectiva organicista parece poder recobrir toda uma série de características que pouco teriam em comum. A perspectiva do Progresso é um conceito operatório bastante mais frutuoso do que do que a do Produto. A este recorreremos como necessidade justificativa sobre o Romantismo. São esses, também, os elementos contínuos que se encontram expressos de modo mais desenvolvido no movimento Romântico Português.
É importante ressaltar que em Portugal, os ideais Românticos e sua estética Literária foram atrasados. Garret e Herculano, dois autores famosos e ilustres, possuem características Românticas quase institucionalizadas. Basta lembrar que as grandes obras românticas Portuguesas são datadas nos meados do século. Um exemplo dessa afirmação é Almeida Garret publica 'As viagens na minha terra' em 1846 e a 'Harpa do Crente' de Alexandre Herculano é datada de 1837 e Deve-se ao Romantismo o estabelecimento de uma forma Literária quase em termos de instituição. 
A forma narrativa aparecia aos Românticos como neutra, apresentando capacidades técnicas que permitiam uma formulação relativamente sistematizada dos grandes princípios românticos, que eram a defesa da liberdade e igualdade, a afirmação da capacidade evolutiva do indivíduo, universo coerente de uma consciência única e variada e o entendimento da nação como ser dinâmico, dotado de uma energia vital e transformadora, capaz de se afirmar. O Romance Histórico é passadista, olhando retroativamente para uma época que não é a contemporânea, importa não esquecer que esse passado estabelece com o presente uma relação dinâmica com o presente, ou seja, contemporaneidade e historicismo não são paradoxos. 
O romance histórico é ainda um lugar didático onde a aprendizagem é fator determinante, aparecendo como campo privilegiado para a execução de uma narrativa de pressupostos ideológicos e estéticos de que o Romantismo nasce e se desenvolve. O individualismo e a dualidade entre o herói e o mundo, a tensão narrativa em torno de um sujeito solitário. O herói marcado por traços distintivos que acentuam sua divergência e suas contradições interiores em relação ao mundo social.
Sobre o tema proposto, vimos que o Processo e a dinâmica em que importa mais o que o produto sobre o qual age. Também foi explorado o romance tardio da Literatura Portuguesa e as vertentes e diferenças do historicismo e Intimismo dos romances, além do romance ser um lugar de aprendizado. Todas as vertentes exploradas por Cerdeira são importantíssimas para o desenvolvimento e entendimento da Literatura Romântica Portuguesa e seus desdobramentos históricos e sociais.

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