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O CONTÊINER COMO MÉTODO CONSTRUTIVO ALTERNATIVO, ECONÔMICO E SUSTENTÁVEL Ana Martha Carneiro Pires de Oliveira1 ; Raquel Nazário da Rosa Prado2 ; Wong Wei Wei3 Andrea Parisi Kern4 ;Feliciane Andrade Brehm5 ; Atilio Efrain Bica Grondona6 Resumo As construções modernas estão passando por transformações tecnológicas significativas. Este artigo pretende analisar se as construções feitas com contêineres são uma opção econômica para as construções modernas. As construções sustentáveis, do tipo contêiner, possuem alta durabilidade quando comparadas as obras tradicionais. Este trabalho apresenta as diferenças, qualidades econômicas e sustentáveis, na comparação entre uma construção convencional e do uso dos Contêineres para a construção civil de moradias, concluindo que as Casas que utilizam Contêineres como matéria-prima são de fato mais econômicas e consequentemente mais sustentáveis Foi realizada uma pesquisa bibliográfica sobre o tema para ver o estado da arte, bem como foi utilizado um Estudo de Caso a partir de uma casa popular modelo. Esta casa popular modelo teve o orçamento de sua execução calculado com base nas planilhas orçamentárias do SINAPI, de 6 estados de diferentes regiões do país, e sob duas condições: a primeira sendo uma construção convencional de alvenaria, e a segunda à construção com utilização de Contêiner. As planilhas abordaram cada fase da obra e ao final foi calculado o custo global de cada método construtivo, que comprovou que a Casa de Contêiner possui o custo de execução menor que uma casa convencional. Palavras-chave: Contêiner, Economia, Construção Civil. 1 Mestranda do Programa de Engenharia Civil da Unisinos, anamarthacarneirogarcia@gmail.com 2 Mestranda do Programa de Engenharia Civil da Unisinos - kel_rnr@hotmail.com 3 Mestranda do Programa de Engenharia Civil da Unisinos - weiwong1091@gmail.com 4 Doutora em Engenharia Civil. - apkern@unisinos.br 5 Doutora em Engenharia de Minas, Metalúrgica e de Materiais. - felicianeb@unisinos.br 6 Doutor em em Sensoriamento Remoto pela UFRGS - CONTAINER AS AN ALTERNATIVE, ECONOMIC AND SUSTAINABLE CONSTRUCTION METHOD Abstract Modern constructions are undergoing significant technological transformations. This article intends to analyze if constructions made with containers are an economical option for modern constructions. The sustainable, container-like constructions have high durability when compared to traditional constructions. This paper presents the differences, economic and sustainable qualities, in the comparison between a conventional construction and the use of Containers for the construction of housing, concluding that the houses that use Containers as raw material are in fact more economical and consequently more sustainable. For this study was carried out a bibliographic research on the topic to see the state of the art, as well was used a Case Study from a popular house model. This popular model house had its execution budget calculated based on the SINAPI budget worksheets of 6 states from different regions of the country, and under two conditions: the first being a conventional masonry construction, and the second building with the use of Container. The worksheets approached each phase of the work and at the end the global cost of each construction method was calculated, which proved that the Container House has the lower execution cost than a conventional house. Key-words: Container, Economy, Construction Introdução Construir um imóvel é um processo complexo que envolve diferentes etapas, vários insumos, e necessita de conhecimentos específicos para a sua realização. Os custos com a construção vão desde a mão de obra, os impostos e taxas existentes, a aquisição dos materiais para a construção, e a compra dos elementos de acabamento como louças e metais sanitários. Todos esses fatores devem fazer parte do planejamento de uma obra e para tal é necessário efetuar de maneira aprofundada o orçamento de execução da obra, que recai, no final, no custo total da obra (DIAS, 2011). No Brasil, a elaboração do orçamento de materiais e serviços de engenharia seguem os critérios estabelecidos pelo Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil (SINAPI), que é a fonte oficial de referência de preços de insumos e de custos de composição de serviços (SINAPI, 2019) O cálculo do custo total de uma obra é baseado no produto da área construída pelo valor do custo por metro quadrado. Também é necessário o conhecimento de onde será realizada a construção (endereço) pois, no Brasil, o custo por metro quadro, o custo das composições dos serviços, bem como os preços dos insumos são diferentes em cada estado e seus valores oficiais são liberados mensalmente pelos sindicatos de construção civil (SINDUSCON-BA, 2019). Portanto, para conhecer o custo em cada etapa da obra é utilizado o percentual de custo, definido pela NBR12721/2006 (ABNT, 2006) sobre o custo total, que define percentuais para cada etapa de uma construção padrão de alvenaria. A norma estabelece os critérios para avaliação de custos unitários com o objetivo de oferecer aos sindicatos estaduais da construção parâmetros para os seus cálculos, e os valores a serem despendidos em cada etapa de uma construção, permitindo assim emitirem a projeção do custo unitário básico (CUB). Toda vez que surge um novo método construtivo, não previsto na norma, surge também o questionamento sobre os custos envolvidos e a economia que a nova metodologia pode gerar para a indústria da construção civil. Algumas metodologias construtivas visam além da economia acelerar algumas etapas da construção de um imóvel (SALGADO, 1996). Um material inovador e que também contribui com a preservação ambiental, e que vem sendo aplicado nos últimos anos é a reutilização de Contêineres para a construção civil. As primeiras edificações feitas com Contêineres surgiram na década de 60, e eram usados por militares como abrigos temporários em exercícios de manobras e incursões de combate (SMITH & PAINTING, 2006). Entretanto o início da utilização dos Contêineres para habitação suscita discussão até o dia de hoje. Para Saywers (2008), foram fazendeiros estadunidenses os pioneiros no uso de Contêineres como moradia, modificando assim as caixas preconcebidas para organizar o transporte. Os Contêineres são caixas dimensionadas para resistirem inúmeras solicitações mecânicas que ocorrem de diferentes formas. Eles precisam suportar a compressão que é gerada pelo empilhamento, os impactos de carga/descarga e transporte, além das intempéries marítimas. “Eles são projetados para suportar até 25 toneladas de carga e podem ser empilhados em número de até 8 unidades” (BONAFE, 2019). Um Contêiner pode ser utilizado para transportes por não mais que vinte anos, para depois ser aposentado e substituído por um novo. Por conta dessa previsão de substituição criou-se a percepção da necessidade de seu reaproveitamento, e a isso fundiu-se a busca pela utilização de materiais sustentáveis, com menor custo efetivo na construção civil. A partir dos anos 1990 difundiu-se mais rapidamente a ideia de construções com Contêineres (OCCHI, ALMEIDA, & ROMANINI, 2015), como consequência do aumento da importância das questões relacionadas à economia, eficiência e preservação do meio ambiente. Também na construção civil, logo após a 2ª Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento Humano, realizada em 1992, na cidade do Rio de Janeiro, quando foi redigida a Agenda 21,que buscava a redução de resíduos e poluentes, a diminuição da extração de matéria-prima e o consumo racional de água e energia (OCCHI & ALMEIDA, 2016). Desta maneira a arquitetura e a engenharia iniciaram pesquisas na busca de reduzir impactos ambientais por meio da reutilização de materiais descartados. Sendo assim o Contêiner, que é composto de metais, e que é utilizado para transporte de cargas por não mais que 20 anos, foi visto como uma alternativa eficiente e possível para a construção civil (MILANEZE, MACHADO, SILVA, BITTENCOURT, & BIELSHOWSKY, 2012). Em vista disso, neste trabalho será realizado um estudo de caso a partir de um comparativo orçamentário de um modelo de casa popular, baseado nas planilhas do SINAPI e do CUB dos estados de Rio Grande do SUL (RS), São Paulo (SP), Mato Grosso (MT), Distrito Federal (DF), Amazonas (AM) e Bahia (BA), com o objetivo demonstrar que existe uma matéria-prima abundante nos Contêineres descartados após seu tempo de vida útil para o transporte de cargas que pode ser utilizado pela indústria da construção civil na categoria de imóveis residenciais de baixo custo, tais como casas de veraneio, projetos/programas de moradias populares e acomodações temporárias de diferentes necessidades. 2. REFERENCIAL TEÓRICO 2.1 Custo Básico de Execução O projeto e execução de uma obra envolvem etapas que exigem esforço e capacitação para a sua conclusão. Construir um imóvel é um processo que envolve diferentes conhecimentos e que sempre significou desprendimento de tempo e recursos financeiros por parte dos proprietários de imóveis. Estes gastos envolvem o valor da mão de obra, os impostos e taxas municipais e estaduais, a aquisição dos diferentes materiais de construção e a compra dos materiais de acabamento como louças e materiais sanitários (DIAS, 2011). O cálculo do custo total de uma obra existe com base no preço por metro quadrado especificado pelo CUB, que é divulgado pelos sindicatos estaduais da construção civil. Este valor é considerado a partir do que se convencionou ser o padrão normal de acabamento, fornecido no formato de uma tabela, auxilia na confecção do orçamento de uma obra (SINDUSCON-BA, 2019). O SINAPI é indicado como fonte oficial de referência de preços de insumos e custos de composição de serviços. O SINAPI foi desenvolvido pela Caixa em parceria com o IBGE e conta com o apoio da Fundação para o Desenvolvimento Tecnológico da Engenharia – FDTE da Poli-USP. (SINAPI,2019). Segundo os valores divulgados pelo SINDUSCON–BA (2019), os custos com o material em uma construção equivalem a 37,1% do custo total, a mão de obra equivale a 51,19%, enquanto a despesa administrativa corresponde a 11,62% e os equipamentos utilizados na obra custam cerca de 0,02%. Para este exemplo, a mão de obra corresponde a aproximadamente a metade do valor total da construção, indicando o custo significativo que a mesma representa para o empreendimento. Tabela 1: Percentual de custos a cada etapa da obra Etapa da Obra Percentual de Custo Fundação e piso grosso 0,1 Estruturas de paredes 20% Esquadria(portas e janelas) 8% Instalações Elétricas e Hidráulicas 8% Telhado 16% Acabamento 33% Outros serviços 5% Total 100% Fonte – elaborada pela autora com base nos dados do SINDUSCON (2019) Quando é feita a soma do percentual da estrutura das paredes com o do telhado percebe-se um comprometimento de 36% do orçamento total da obra com estas duas etapas. Baseado nesse percentual de gastos que surge a ideia, ou necessidade, da utilização dos Contêineres que pode gerar uma economia significativa e também acelerar outras etapas da construção de um imóvel. Por ser um material inovador, e que também contribui com a preservação ambiental, sua reutilização se apresenta como uma alternativa econômica e sustentável na construção civil (SOTELO, 2012). Uma das principais vantagens do uso deste material como matéria prima na construção civil é a redução dos custos da obra. Segundo Sotello (2012) é possível que haja uma redução de até 30% no custo final da construção em Contêiner se comparada ao uso de alvenaria convencional. Não existe uma regulamentação específica sobre o uso do Contêiner na construção civil no Brasil, por isso ele pode ser aplicado de diversas formas e tudo isso influência no seu preço. A primeira condição que afeta o preço de um Contêiner é a sua procedência, eles ficam navegando pelos oceanos durante 15 a 20 anos, transportando cargas e depois desse período são encaminhados para a reciclagem (MUSSNICH, 2015). São justamente esses Contêineres aposentados na reciclagem que são utilizados para a construção de lojas, casas, lanchonetes, etc. A procedência do Contêiner significa de onde ele é comprado e principalmente o que carregou durante a sua “vida”. 2.2 Tempo de Trabalho Segundo Resende (2013) para muitos proprietários de imóveis em construção os atrasos significam perda de receitas, e também significam aumento de custos com compensações ao empreiteiro. O empreiteiro, por sua vez, contrata serviços de terceiros para algumas etapas da construção, e estes serviços terceirizados dependem do bom andamento da obra para que seus serviços especializados sejam feitos nos prazos acertados e quando ocorrem os atrasos, os empreiteiros podem ter que pagar indenizações ou horas extras aos profissionais contratados. O impacto causado pelos atrasos que incorrem no aumento de duração de um projeto nem sempre tem relação direta com a sua execução. Conforme Resende (2013), há projetos que só podem ser executados em momentos específicos, como por exemplo, determinadas estações do ano. Mas mesmo assim, um atraso pode contribuir para que a obra só possa ser concluída muito tempo depois do planejado, originando prejuízos elevados. Os atrasos são um problema real e devem ser considerados seriamente pois prejudicam todos os envolvidos em um projeto. Os atrasos podem causar problemas ao não respeitar o cumprimento dos prazos previstos, gerando impacto negativo no controle dos custos, uma vez que provocam a extensão dos trabalhos; ou a sua aceleração por meio da utilização de recursos extras, que também podem afetar a qualidade final da obra (RESENDE, 2013). As estruturas em Contêiner não estão pautadas, ainda, pelo valor do CUB. O fato é que depois de comprados os Contêineres é que começam efetivamente os gastos com a obra a ser executada. O fator que mais influencia o preço de uma obra com a estrutura de Contêiner é o tipo de acabamento que o cliente deseja. Deve-se tomar muito cuidado com o quanto se tem para investir e saber escolher os acabamentos para não correr o risco de ultrapassar o orçamento ou até mesmo deixar a obra inacabada (ANDRÉ, 2010). Não é obrigatória que a estrutura de Contêiner seja assentada sobre uma fundação, mas é preciso estar sobre uma base bem feita e isso depende muito do local em que esse Contêiner será colocado. O custo para a preparação do terreno, os equipamentos que serão necessários para a terraplanagem, e a mão de obra necessária também são variáveis de região para região (MADEIRA, 2013). 2.3 Projetos Um projeto, além de ser um instrumento de decisão sobre as características da construção, influi nos resultados econômicos dos empreendimentos e na eficiência de seus processos (RESENDE, 2013). A falta ou adiamento de decisões técnicas, especialmente nas primeiras etapas de um projeto de um empreendimento de construção civil, tanto nos aspectos das características da obra, quanto às definições do sistema da cadeia produtiva, potencializa um aumento de erros e de retrabalho para todosos agentes envolvidos e se transforma em uma fonte significativa de desperdício, com reflexos negativos na qualidade final do empreendimento (RESENDE, 2013). O Contêiner é uma caixa metálica selada, com apenas um acesso e quando utilizado como estrutura para a construção de uma casa precisará de mais aberturas para atender aos projetos e especificações de uma moradia, tais como janelas e portas. Para que os recortes sejam feitos de maneira adequada os locais de corte devem ser calculados e planejados com precisão (GUANDALINI, 2007). Durante o processo de corte é necessário tomar alguns cuidados, pois o ferro e o aço têm uma proteção natural contra ferrugem, mas quando cortados essa proteção pode ser comprometida, o ferro fica exposto e, portanto, alguns produtos devem ser aplicados para a sua proteção como massa plástica de acabamento que impede a entrada de água ou que aconteça algum tipo de infiltração nas emendas onde foram colocadas as aberturas (MADEIRA, 2013). 2.4 Fundação Conforme Brito (1987) as fundações, quando bem projetadas são responsáveis por 3% a 10% do custo total do edifício. Porém, se forem mal projetadas, ou mal executadas, podem atingir entre 15% a 30% a mais no custo da fundação mais apropriada para o empreendimento. Para efetuar o cálculo da fundação de uma casa, é necessário determinar o volume que será preenchido por concreto. Depois é feito o cálculo da quantidade de Cimento, Areia, Brita, Ferro/Aço e Aditivos Impermeabilizantes. Segundo a NBR 6122/1996 (ABNT, 1996), casas convencionais são construídas sobre fundações superficiais (ou rasas, ou diretas). Por meio da fundação é que as cargas da estrutura são transmitidas ao terreno, distribuída sob a base da fundação, e na qual a profundidade de assentamento em relação ao terreno é inferior a duas vezes a menor dimensão da fundação. Incluem-se neste tipo de fundação as sapatas, os blocos, os radiers, as sapatas associadas, as vigas de fundação e as sapatas corridas. O radier e a sapata corrida são os principais tipos de fundações utilizadas em construções residenciais de até dois pavimentos. Para Pacheco (2010) o total de materiais utilizados em uma fundação do tipo radier o torna aproximadamente 28% mais caro comparado com a fundação do tipo sapata corrida, no entanto, os percentuais referentes à mão de obra, ficam em torno de 35% a mais para a opção sapata corrida sobre a opção radier. Desse modo, considerando a agilidade na execução, observa-se que os serviços listados para a opção radier são inferiores à opção sapata corrida, uma vez que nesta última opção, além da estrutura da fundação, torna-se necessário a confecção de viga de cintamento e laje de impermeabilização ao passo que na opção radier, as lajes podem ser feitas em canteiro e transportadas para a local da obra segundo a NBR6122/1996 (ABNT, 1996).Geralmente são aplicadas como alvenaria estrutural para sistemas de estruturas leves, com um menor tempo de execução para a construção, sendo desnecessário o uso de formas de madeira comum e toda parte de escavação de brocas de concreto, o que diminui significativamente os custos durante todo o processo construtivo. Há também como alternativa da fundação para Contêiner o pilar de concreto, que serve para sustentar um Contêiner e deve ser de até 400 milímetros de diâmetro, a broca não precisa ser muito profunda, por que a estrutura de Contêiner não é tão pesada quanto a estrutura de uma casa convencional (MUSSNICH, 2015). Geralmente é escavada uma fundação de mais ou menos 3 metros de profundidade, depois inserido dentro dessa escavação um pilar, que é capaz de suportar até 10 toneladas cada, considerando que um Contêiner seco e inteiro pesa em torno de 4 toneladas cada pilar de 400 mm será capaz de suportar até quatro Contêineres. Uma vez que para cada projeto é realizado o cálculo das cargas totais, com o número de Contêineres que serão utilizados, sabendo qual será o peso final de toda a estrutura que ficará sobre os pilares, é a partir desse cálculo que é projetado o posicionamento e a quantidade de pilares que serão necessários (DIAS, 2002). Vale ressaltar para cada projeto há um tipo de pilar a ser utilizado. A análise do solo também é muito importante, pois é o tipo de solo que determina a profundidade da escavação da fundação, sempre respeitando o cálculo estrutural. 3. METODOLOGIA O presente trabalho procede da comparação de dois orçamentos para unidades residenciais idênticas, porém com diferentes métodos construtivos. Cada unidade teve o levantamento dos custos para cada etapa de construção com base nas planilhas do SINAPI, março/2019. A partir dos valores globais totalizados foi determinado qual dos métodos é de fato o mais econômico. Para ter certeza de que realmente existe uma diferença entre as populações e que a diferença encontrada é explicada apenas pela variação amostral e que o intervalo de confiança determina a precisão de uma estimativa, há uma ferramenta que ajuda a aceitar ou não que existe uma diferença entre grupos. Essa ferramenta é o Teste de Hipóteses (BARROS NETO, 2010). Para o desenvolvimento desse trabalho utilizou-se o teste de hipóteses t-Student, para amostras independentes, com variâncias populacionais diferentes para as amostras, a fim de testar se a diferença entre as médias das duas populações (casa de alvenaria X casa de contêiner) são estatisticamente iguais. Para isso, determinou-se duas hipóteses, são elas: Hipótese Nula H0: µalvenaria ≤ µcontêiner Hipótese Alternativa HT: µalvenaria > µcontêiner Os graus de liberdade são a quantidade de informação que seus dados fornecem que você pode "gastar" para estimar os valores de parâmetros populacionais desconhecidos, e calcular a variabilidade dessas estimativas. Esse valor é determinado pelo número de observações em sua amostra e o número de parâmetros em seu modelo Em função das amostras apresentarem variâncias populacionais diferentes determinou-se como grau de liberdade o menor resultado encontrado através do cálculo do número de amostras menos um. Em geral é costume usar um nível de significância entre 1% a 5%, assim para o desenvolvimento desse teste foi adotado o valor de 5% de significância. Foi utilizado o Software Estatístico “Past” que é uma ferramenta para o auxílio de cálculo estatístico pois ele permite relacionar todos os dados lançados em vários modelos de cálculo estatístico, inclusive o Teste de Hipóteses t de Student. 4. RESULTADOS E DISCUSSÃO 4.1 – O Teste de Hipótese O Teste de Hipóteses ajuda o pesquisador a não ser tendencioso, ou subjetivo, no momento de analisar a diferença entre médias. O teste t funciona da seguinte forma: Primeiro define-se duas hipóteses, a Hipótese Nula (H0) e a Hipótese Alternativa (HT). A Hipótese Nula (H0) representa a ausência de diferença entre as médias das amostras. A Hipótese Alternativa (HT) representa a presença de uma diferença estatisticamente significativa entre as médias das amostras. Em resumo: • Hipótese Nula (H0): Não há diferença entre as médias (µ1 = µ2). • Hipótese Alternativa (HT): Há diferença entre as médias (µ1 ≠ µ2). Para escolher qual vai ser o limite entre aceitar ou rejeitar a hipótese nula deve-se definir o nível de significância (α). Em geral, é costume usar um nível de significância entre 1% a 5% (FONSECA, 2002). A utilização do Contêiner suprime algumas etapas de uma obra de construção civil ou acelera outras etapas por já ser uma estrutura autoportante e por já possuir, tanto, o piso como o teto e as paredes externas já estarem montadas no seu assentamento,havendo uma redução de tempo gasto com estes itens. Por existirem muitos portos na costa brasileira e por haver em todos eles empresas que administram e gerenciam o transporte de Contêiner, encontrar um Contêiner em boas condições de reciclagem e por um preço acessível é relativamente fácil, o que diminui substancialmente seu custo para aquisição. Por já ser uma estrutura transportável por rodovias também é econômico para ser transportado para o local da instalação da residência (MUSSNICH, 2015). 4.3 Comparação entre orçamentos Figura 1 – Planta Baixa .Fonte – Elaborada pela autora (2019) Para efeito de exemplificação este trabalho utilizará uma planta baixa modelo para os dois tipos de metodologias construtivas. As etapas e custos envolvidos na construção de residências utilizando os dois métodos construtivos serão comparados entre si. O primeiro o método é o tradicional em alvenaria e o segundo é com a utilização do Contêiner para construção civil. Para tal, a planta baixa engloba (Figura 1) as dimensões de um Contêiner tipo HC de 40 pés com dimensões de 12,19 metros por 2,44 metros, e representa uma residência unifamiliar com dois quartos, um banheiro e uma sala integrada à cozinha. A área total da casa é de 29,74 metros quadrados, e pode ser utilizada como moradia de veraneio ou casa popular. Os custos envolvidos na construção deste tipo de moradia serão detalhados a seguir e organizados com gráficos para melhor compreensão. Um primeiro custo que é igual para a execução da obra, tanto com o sistema tradicional de alvenaria quanto com Contêiner, envolve a aquisição do terreno, e a sua terraplanagem. Sendo assim neste modelo comparativo hipotético será omitido o cálculo com os custos de aquisição do terreno e sua terraplanagem e considerado que para os dois sistemas estes custos são iguais. 4.3.1. Infraestrutura/Fundação No processo de execução da fundação para uma casa do tipo Contêiner, conforme Madeira (2013), deve-se considerar o tamanho e o porte da construção. Pois as estruturas já vêm de fábrica com arestas que funcionam muito bem como pontos de apoio. Por exemplo, podem ser feitas sapatas de 80cm x 80cm x 60cm em cada uma das suas arestas, reforçadas por uma broca de 25cm de diâmetro e 4 metros de profundidade. Para Robinson e Swindells (2012), parte da estrutura e da fundação do Contêiner é resolvida de forma simples, uma vez que a estrutura funciona como um modulo. É necessário evitar que o Contêiner tenha contato direto com o solo, para evitar que a umidade penetre na estrutura e cause corrosão e danifique a estrutura. Para esta etapa vamos entender que a Planta Baixa sugerida necessita de 8 brocas para assentamento da fundação para o sistema tradicional e que também servirão de apoio para a estrutura do Contêiner. A viga baldrame será utilizada apenas na casa de alvenaria, pois como já foi explicado o Contêiner não necessita de maior apoio do que o fornecido pelos pilares das brocas. Gráfico 1: Custos para execução de Fundação Fonte: Elaborada pela autora (2019) 4.3.2. Superestrutura/Pilares e Lajes Para esta etapa a construção com Contêiner não utiliza nenhum insumo por sua estrutura autoportante já possui todos os componentes de paredes, pilares, e cobertura de laje, sendo assim os custos envolvidos são apenas para a construção com alvenaria que necessita de R$ 1.390,21 de investimento. 4.3.3. Alvenaria/ Paredes Nesta etapa o Contêiner, novamente, é beneficiado por sua estrutura já pré- montada, e não envolve a necessidade de levantar paredes. Entretanto, no caso da construção com Contêiner deve ser considerado que haverá na parte interna a colocação de uma estrutura de Light Stell Framing e também Drywall, que influenciam no preço desta etapa. Os valores são mais caros para a modalidade de Contêiner com custo de R$ 10.270,02 contra R$ 8.977,85 para a construção em alvenaria. Entretanto é importante lembrar que a execução do Drywall já inclui todos os acabamentos posteriores enquanto que a alvenaria ainda necessita de dispêndio nos revestimentos e pintura. 4.3.4. Revestimento/Teto e Parede Nesta etapa, devemos considerar, no caso do Contêiner a opção de deixar a parede externa revestida pela chapa de aço ondulada original e revestir apenas o interior com paredes de DryWall que já foram contabilizadas no item anterior, uma vez que seu preço já está calculado com entrega finalizada e com acabamento de pintura e revestimento cerâmico no caso de áreas molhadas como Cozinha e Banheiro o custo recai no revestimento da construção em alvenaria com valor de R$ 4.860,16 para o modelo em questão. 4.3.5. Pisos/ Cobertura/ Telhado Nesta etapa o piso da casa é preparado para receber o acabamento com piso cerâmico, contando com o nivelamento do contrapiso e instalação da cerâmica. No caso da Casa de Contêiner há a opção de manter o piso de madeira naval original, que só deve receber um polimento e envernização com sinteco, que é um serviço especializado e com durabilidade. A cobertura de uma casa é uma das últimas etapas da sua construção e no caso do exemplo proposto, o proprietário deseja manter o aspecto original da casa de Contêiner e por isso escolheu não construir um telhado, uma vez que a estrutura do Contêiner já é isolada e impermeável originalmente. No caso do proprietário desejar acrescentar um telhado esse custo deve ser adicionado ao projeto de orçamento. E será equivalente ao realizado para o telhado da construção de alvenaria, que terá um telhado de uma água com inclinação de 30%, que é o recomendado para este tipo de moradia e com custo total de R$ 1.217,09. 4.3.6. Pintura A pintura de uma casa é a fase final de acabamento, e após esta etapa a residência já está acabada e pronta para receber móveis e moradores. Desta maneira em uma casa tradicional de alvenaria a pintura envolve as partes internas e externas do imóvel. Na casa de Contêiner a parte externa é o revestimento de chapa metálica que já vem acabada desde a empresa fornecedora e, portanto, não necessita de nenhum acabamento; como as partes internas foram executadas em DryWall com acabamento também não precisam de pintura. Sendo assim, no exemplo para este trabalho a casa de Contêiner não receberá a pintura de acabamento porque esse serviço já foi executado em outras etapas. A casa de alvenaria teve orçamento de R$ 3.946,43 para a pintura interna e externa. 4.7.7. Orçamento Total para a construção Conforme os cálculos de orçamento para a construção de uma residência popular modelo os custos da obra foram executados segundo as tabelas de cada etapa da construção, e demonstraram que a opção pela Casa de Contêiner é mais econômica e resulta em uma economia global de 34%, conforme preconiza a literatura de embasamento teórico (OCCHI ET AL., 2015 ;SOTELO, 2012). Os valores de cada etapa foram lançados no Software Estatístico “Past” que, uma vez tratados, resultaram nos índices de variância conforme a tabela para calcular o Teste de Hipótese t de Student. Figura 2 : Obtida pelo Software Estatístico “Past”. Para realizar os cálculos do Teste de hipótese devem-se considerar as seguintes definições: Fonte: Software Estatístico “Past” (2019) A partir do teste t, aplicado no software “Past”, observou-se que t:18,93 > tc:2,23, portanto há evidência suficiente, com significância de 5% que o custo da construção de casas populares de contêiner é menor do que o custo da construção de casas populares de alvenaria. 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS Quando comparados osdois métodos construtivos, percebe-se que o reaproveitamento do Contêiner se mostra uma alternativa econômica e sustentável. As principais etapas, e as responsáveis pelo maior gasto em uma obra convencional de alvenaria, são os materiais e mão de obra. Na construção do tipo Contêiner estas etapas têm um tempo reduzido quando comparadas com a construção convencional. Os gastos iniciais, como estrutura de fundação e estrutura de paredes e teto, no Contêiner são minimizados pelo fato do Contêiner já vir preparado para o canteiro de obras. O fator tempo também é reduzido, pois as ações a serem realizadas no canteiro são poucas, não havendo a necessidade de manter a força de trabalho alocada por um tempo significativamente longo. Na construção de uma casa de Contêiner são necessários realizar as obras de fundação, utilizando areia, cimento e brita em relativa pouca quantidade. Depois de assentados os Contêineres, modificados para moradia, é necessário seu fechamento, o que já está planejado anteriormente, e poucos acabamentos, pois muito de sua estrutura interna também pode ser realizada em local anterior ao seu assentamento. Os diferentes modelos de Contêiner disponíveis atualmente, Standard Contêiner 20’, Standard Contêiner 40’ e o High Cube (HC) Contêiner 40’, possibilitam ao construtor uma gama de desenhos e é necessário considerar que sua estrutura pode ser cortada e remodelada para atender qualquer projeto. Apesar do seu formato padronizado a sua flexibilidade não limita o uso do Contêiner na construção civil. Talvez o maior desafio com a utilização dos Contêineres na construção civil não seja o econômico, uma vez que foi provado que sua opção enquanto método construtivo é de fato atraente. O desafio é a resistência dos inúmeros agentes no processo de construção no país em relação a um método construtivo inovador e pouco conhecido. Depois de Aplicado o Teste de Hipóteses de médias t de Student, observou-se a diferença de resultados e com isso a confirmação de que o custo de construção de casas populares de contêiner é menor do que o custo da construção de casas populares de alvenaria em média de 30%. Sendo assim conclui-se que casas populares de contêiner são estatisticamente mais baratas que casas populares de alvenaria. Quando comparados ambos os métodos de construção salientam-se os ganhos que a utilização de Contêiner agrega na sua forma construtiva. Desta maneira é cabível afirmar que com a utilização dos Contêineres surge uma nova alternativa econômica e sustentável de método construtivo na construção civil. Embora este trabalho tenha sido teórico e se utilizou de uma metodologia estatística para comprovar sua hipótese, espera-se estimular a realização de outros trabalhos sobre o tema que venham ajudar a comprovar as hipóteses aqui apresentadas. REFERÊNCIAS BARROS NETO, B. (2010). Como fazer experimentos: pesquisa e desenvolvimento na ciência e na industria. Porto Alegre: Bookman. BRAULIO, S. N. (2005). PROPOSTA DE UMA METODOLOGIA PARA AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS URBANOS BASEADO EM MÉTODOS ESTATÍSTICOS MULTIVARIADOS. Universidade federal do Paraná. ABNT. (1996). NBR 6122: Projeto e execução de fundações. ABNT-Associação Brasileira de Normas Técnicas, 1–18. ABNT. (2006). NBR 12721 Avaliação de custos de construção para incorporação imobiliária e outras disposições para condomínios edilícios. 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