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Livro Eletrônico Aula 00 Inovação p/ BRB (Escriturário) - Pós-Edital Carlos Xavier 1 78 Apresentação do curso e conteúdo inicial. Sumário 1. Apresentação do curso ................................................................................................ 2 1. Palavras iniciais. .......................................................................................................... 5 1. Processo decisório. ..................................................................................................... 6 1.1. Estilos decisórios ................................................................................................................... 13 1.2. O Método de Análise e Solução de Problemas (MASP) ........................................................ 17 1.3. Os elementos de uma decisão ............................................................................................... 19 1.4. Armadilhas do processo decisório ......................................................................................... 21 1.5. Tipos de decisão .................................................................................................................... 22 1.6. Principais técnicas para a tomada de decisões. ................................................................... 27 2. Principais ferramentas de apoio nas etapas do processo decisório............................ 29 2.1. Diagrama de causa-efeito (Ishikawa). .................................................................................. 30 2.2. 5W2H ..................................................................................................................................... 32 2.3. Diagrama de Pareto .............................................................................................................. 32 2.4. Brainstorming e brainwriting. ............................................................................................... 34 2.5. Análise de vantagens e desvantagens .................................................................................. 35 2.6. Tabela de decisões e árvore de decisões ............................................................................... 35 2.7. Análise do campo de forças .................................................................................................. 36 2.8. Modelo Multicriterial ............................................................................................................ 37 3. Outras ferramentas/técnicas de apoio no processo decisório. .................................. 39 4. Processos heurísticos ................................................................................................ 40 5. Questões comentadas. .............................................................................................. 42 6. Lista de Questões. ..................................................................................................... 63 7. Gabarito. ................................................................................................................... 76 8. Bibliografia Principal. ................................................................................................ 77 Carlos Xavier Aula 00 Inovação p/ BRB (Escriturário) - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 2 78 1. APRESENTAÇÃO DO CURSO Oi! Vamos começar a estudar o conteúdo de à“inovaçãoà? para o concurso do BRB! O concurso já está com Edital na praça, publicado pelo IADES. Tenho que adiantar, desde já, que o IADES não tem muitas questões anteriores sobre os tópicos que vamos abordar: há alguns deles que nunca nem sequer foram cobrados em concursos! Teremos que estudar com o que der, aproveitando ao máximo questões de outras bancas. Além disso, como muitos tópicos não costumam ser cobrados pelo IADES, precisamos considerar o conteúdo de maneira mais ampla, para que você não tenha uma surpresa ruim na hora da prova. Para quem ainda não me conhece, me apresento: Meu nome é Carlos Xavier, sou concursado do Senado Federal e possuo graduação, pós graduação e mestrado em administração, e serei seu professor nesse curso. Minha relação com os concursos públicos já tem alguns anos: hoje sou servidor concursado do Senado Federal, ocupando o cargo de Analista Legislativo - Administração. Antes disso, fui servidor efetivo (concursado) da carreira de Pesquisador do IPEA (aprovado em 13º lugar). Já passei também em outros concursos, tais como: Administrador-Infraero (3º lugar), Professor de Administração da Universidade Federal de Pernambuco (2º lugar), Professor de Administração do SENAI-DF (2º lugar) e Administrador CEASA-DF 2012 (1º Lugar)... Tenho experiência de ensino tanto em cursinhos preparatórios quanto em cursos de graduação e pós-graduação nas diversas áreas da Administração. Em outras palavras, tenho uma boa bagagem de concursos para lhe ajudar com sua preparação. Uma dúvida comum é sobre a forma do curso. Esclareço, desde já, que o curso é feito com base em livros eletrônicos no formato .PDFà?�ĚŝǀŝĚŝĚŽ�Ğŵ�à“ĂƵůĂƐà?�ƋƵĞ�ĨƵŶĐŝŽŶĂŵ�ĐŽŵŽ�à“ĐĂƉşƚƵůŽƐà?à?��Ɛ� aulas contém o conteúdo cobrado no último Edital, mas com teorias e questões atualizadas comentadas, para que você possa se preparar da melhor forma. Além disso, o curso trará também videoaulas e áudios dos assuntos abordados nos livros eletrônicos. Atenção: não haverá videoaula nas aulas 02 e 03. A minha recomendação de estudos é a seguinte: use os livros eletrônicos em .PDF como base para os seus estudos! Eu acredito firmemente que este é o melhor meio de estudos para aprovação em concursos de alto nível: é preciso sentar e ler muito! Além disso, use as videoaulas para revisar ou avançar com os assuntos quando estiver cansado(a) da leitura. E os áudios? Você grava e leva para ouvir no carro ou no celular quando estiver no transporte público... é sempre tempo de estudar! =) Carlos Xavier Aula 00 Inovação p/ BRB (Escriturário) - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 3 78 Alguns podem estar se perguntando se podem estudar somente com base nas videoaulas... claro que sim! Não é o que eu acho o ideal, mas é uma possibilidade que muitos escolhem, e conseguem sucesso com ela! Seguindo em frente... É importante que vocês saibam que esse curso serve tanto para quem já estudou a matéria antes, quanto para a pessoa que está vendo o assunto pela primeira vez. O conteúdo será abordado de forma a dar destaque para o que é mais importante na teoria, sempre com foco na sua prova! Quem já sabe o assunto revisa tudo, e quem ainda não sabe vai aprender! Proponho o seguinte cronograma para nossas aulas: AULA CONTEÚDO DATA Aula 00 Processo decisório (Geração de ideias e o processo criativo.) 09/05/2019 Aula 01 Mudança organizacional 14/05/2019 Aula 02 Inovação e empreendedorismo (Empreendedorismo. Autoconhecimento e percepção de oportunidades. O processo de inovação. Inovação x Invenção. Tipos de inovação. Ecossistemas complexos de informação) (sem videoaulas) 26/05/2019 Aula 03 Lei nº 10.973/2004. (sem videoaulas) 28/07/2019 Atenção: não haverá videoaula nas aulas 02 e 03! Alguém pode estar se perguntando: - Carlos, eu vou precisar comprar alguma bibliografia complementar? - R.: não precisa! No curso eu vou abordar exatamente o que você precisa para a prova, sem ficar "viajando" demais no assunto! Saiba ainda que, se fosse comprar todos os livros Carlos Xavier Aula 00 Inovação p/ BRB (Escriturário) - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 4 78 necessários para estudar para oassunto cobrado na nossa disciplina (e cujos assuntos serão abordados em nossas aulas), você provavelmente gastaria alguns milhares de reais em livros, e teria que estudar um material MUITO MAIS EXTENSO e SEM FOCO PARA CONCURSOS! Se você busca maximizar seus esforços (e seu dinheiro!), o curso vale muito a pena, viu! Então, estão prontos para iniciarmos o conteúdo? Boa aula! Prof. Carlos Xavier www.facebook.com/professorcarlosxavier www.youtube.com/profcarlosxavier Instagram: @Professorcarlosxavier Antes de iniciarmos o nosso curso, vamos a alguns AVISOS IMPORTANTES: 1) Com o objetivo de otimizar os seus estudos, você encontrará, em nossa plataforma (Área do aluno), alguns recursos que irão auxiliar bastante a sua aprendizagem, tais como à“Resumosà?, à“Slidesà?�e à“Mapas Mentaisà?�dos conteúdos mais importantes desse curso. Essas ferramentas de aprendizagem irão te auxiliar a perceber aqueles tópicos da matéria que você precisa dominar, que você não pode ir para a prova sem ler. 2) Em nossa Plataforma, procure pela Trilha Estratégica e Monitoria da sua respectiva área/concurso alvo. A Trilha Estratégica é elaborada pela nossa equipe do Coaching. Ela irá te indicar qual é exatamente o melhor caminho a ser seguido em seus estudos e vai te ajudar a responder as seguintes perguntas: - Qual a melhor ordem para estudar as aulas? Quais são os assuntos mais importantes? - Qual a melhor ordem de estudo das diferentes matérias? Por onde eu começo? - à“Estou sem tempo e o concurso está próximo!à?�WŽƐƐŽ�ĞƐƚƵĚĂƌ�ĂƉĞŶĂƐ�ĂůŐƵŵĂƐ�ƉĂƌƚĞƐ� do curso? O que priorizar? - O que fazer a cada sessão de estudo? Quais assuntos revisar e quando devo revisá-los? - A quais questões deve ser dada prioridade? Quais simulados devo resolver? - Quais são os trechos mais importantes da legislação? 3) Procure, nas instruções iniciais da à“DŽŶŝƚŽƌŝĂà?à?�ƉĞůŽ�Link da nossa à“Comunidade de Alunosà?�no Telegram da sua área / concurso alvo. Essa comunidade é exclusiva para os nossos assinantes e será utilizada para orientá-los melhor sobre a utilização da nossa Trilha Estratégica. As melhores dúviĚĂƐ�ĂƉƌĞƐĞŶƚĂĚĂƐ�ŶĂƐ�ƚƌĂŶƐŵŝƐƐƁĞƐ�ĚĂ� à“Monitoriaà?� também serão respondidas na nossa Comunidade de Alunos do Telegram. (*) O Telegram foi escolhido por ser a única plataforma que preserva a intimidade dos assinantes e que, além disso, tem recursos tecnológicos compatíveis com os objetivos da nossa Comunidade de Alunos. Carlos Xavier Aula 00 Inovação p/ BRB (Escriturário) - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 5 78 1. PALAVRAS INICIAIS. Oi! A aula de hoje terá como alvo central o processo decisório, sendo tema fundamental para o estudo da geração de ideias e criatividade (que aprofundaremos nas próximas aulas). Na aula de hoje estudaremos como as decisões são tomadas nas organizações, quais os principais tipos de decisão e as principais ferramentas associadas. Quando acabar a aula, veja o resumo do essencial sobre processo decisório em: https://www.youtube.com/watch?v=MEOLpP8O6-4 Boa aula! Prof. Carlos Xavier www.youtube.com/profcarlosxavier Instagram: @Professorcarlosxavier Observação importante: Este curso é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98, que altera, atualiza e consolida a legislação sobre direitos autorais e dá outras providências. Grupos de rateio e pirataria são clandestinos, violam a lei e prejudicam os professores que elaboram os cursos. Valorize o trabalho de nossa equipe adquirindo os cursos honestamente através do site Estratégia Concursos. Carlos Xavier Aula 00 Inovação p/ BRB (Escriturário) - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 6 78 1. PROCESSO DECISÓRIO. Cada um de nós tem que tomar diversas decisões todo dia, desde a hora que acordamos até a hora que vamos dormir. Logo pela manhã, decidimos o que vamos vestir, o que vamos comer no café da manhã e como iremos até o nosso local de trabalho ou estudo. Ao longo do dia diversas decisões se apresentam: para qual cliente ligar primeiro, o que fazer para otimizar o uso do tempo, como melhorar o desempenho, e até mesmo o que colocar no prato no self-service da hora do almoço!! Como se vê, as decisões estão por todo lado em nosso dia a dia. Olhe o seu caso: para estudar para o concurso, você precisa se dedicar a diferentes disciplinas e, por isso, precisa decidir sobre quanto tempo dedicar a cada uma, a forma de estudo, etc. Pode-se dizer que processo decisório é o que acontece quando se está diante de um problema ou oportunidade e se busca agir sobre a situação com base na escolha entre diferentes alternativas ou cursos de ação. Nas organizações não é diferente: os gestores tomam decisões que afetam a própria organização no quotidiano. Tais decisões geralmente estão associadas à resolução de problemas ou ao aproveitamento de oportunidades pelos gestores. Se, por um lado, o processo decisório organizacional busca resolver problemas e aproveitar oportunidades quando aparecem, ele busca também tentar se antecipar, criando soluções padronizadas para os problemas e oportunidades mais simples que costumam aparecer. Assim, quando os problemas acontecerem ou as oportunidades se apresentarem (ao menos aqueles mais simples, do dia a dia, mais padronizáveis...), os funcionários já estarão preparados para enfrentá- los da maneira mais apropriada para a organização em questão. Toda vez que tomamos uma decisão, estamos escolhendo entre alternativas. Se não há escolha a ser feita, é possível dizer que não há decisão. Assim, é comum se ouvir que um problema que não pode ser resolvido já está resolvido, afinal de contas, se não há decisão a ser tomada que possa impactar sobre sua resolução, ele não é um problema, mas sim um dado da situação. O mesmo vale para supostas oportunidades, que na verdade não podem ser consideradas oportunidades se não houver possibilidade de aproveitá-las! Carlos Xavier Aula 00 Inovação p/ BRB (Escriturário) - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 7 78 Importante saber ainda que a escolha por uma alternativa é feita por meio de comparação de custos e benefícios entre as possibilidades disponíveis, sendo importante conhecer o conceito de custo de oportunidade para realizar as comparações. Custos de oportunidade representam aquilo que se perde por não se escolher uma alternativa diferente. Por exemplo, se você tem uma sala comercial e resolve explorá-la montando uma loja, é preciso considerar o custo de oportunidade relacionado a fazer outra coisa com ela, como alugar para alguém que esteja interessado. É comum verificar nos pequenos negócios que se a loja fosse fechada e o ponto alugado, poderia gerar mais lucro para o proprietário do que o lucro que a loja gera! Esse é o custo de oportunidade de uma alternativa que foi deixada de lado! Voltando a aspectos mais teóricos do conteúdo... Existem três modelos básicos para a tomada de decisão: 1. O modelo intuitivo: é um modelo no qual a tomada de decisão é feita por meio de um processo inconsciente (fora do pensamento consciente), apoiando-se em uma visão holística sobre o assunto, com base em experiências vividas. As decisões são tomadas rapidamente e possuem um componente afetivo. 2. O modelo racional: trata-se da decisão tomada de modo a maximizar o valor do resultado. �ƐƐĂƐ� ĚĞĐŝƐƁĞƐ� ƐĞƌŝĂŵ� ƉƌĂƚŝĐĂŵĞŶƚĞ� à“ŵĂƚĞŵĄƚŝĐĂƐà?à?� ƉŽŝƐ� ĐŽŶƐŝĚĞƌĂƌŝĂŵ� ƚŽĚĂƐ� ĂƐ� informações possíveis sobre um assunto antes da tomada de decisão e envolveriam um raciocínio perfeito (racionalidade plena). O tomador de decisões teria todas as informações necessárias (informações perfeitas),conheceria todas as possibilidades (cursos de ação), seria racional e teria em mente objetivos claros. Sob o modelo racional, as decisões seriam tomadas em seis etapas (Robbins, 2010): a. Definir o problema; b. Identificar os critérios para a decisão; c. Atribuir pesos específicos a cada um desses critérios; d. Desenvolver alternativas; e. Avaliar as alternativas; f. Escolher a melhor alternativa. Este não é o único modelo com etapas para o processo decisório à? outros autores frequentemente listam outras etapas... Na prática, o que se observa é que as organizações buscam dar a maior racionalidade que conseguem nos seus processos decisórios para que as ações estejam voltadas para o atingimento de seus objetivos. Apesar disso, a racionalidade plena é um modelo pouco adequado à realidade, dado que as informações não são perfeitas, o ser humano não possui racionalidade plena e os objetivos nem sempre são claros. 3. O modelo da racionalidade limitada: trata-se do modelo de tomada de decisão associado ĂŽ� à“ŚŽŵĞŵ� ĂĚŵŝŶŝƐƚƌĂƚŝǀŽà?, iniciado por Herbert Simon e aprofundado no Modelo Carnegie, por isso pode ser mencionado com esses nomes. Carlos Xavier Aula 00 Inovação p/ BRB (Escriturário) - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 8 78 Aqui, há o reconhecimento de que não é possível identificar todas as informações, assim como proceder com sua assimilação, compreensão e análise para busca de um resultado melhor de todos. A organização não age como um único ente de racionalidade ótima, mas sim como uma coalizão de forças de decisores que pressiona para diferentes caminhos, fazendo com que as decisões sejam tomadas por normas preestabelecidas (decisões programadas) ou a partir de situações não padronizadas (decisões não-programadas). à?� ,Ą� ƚĂŵďĠŵ�ŽƵƚƌŽƐ� ǀĄƌŝŽƐ�ŵŽĚĞůŽƐ� ƚĞſƌŝĐŽƐà?� �ĞƐƚĂƋƵĞ� ƉĂƌĂ� Ž�ŵŽĚĞůŽ� à“ůĂƚĂ� ĚŽ� ůŝdžŽà?� à?garbage can), cuja ideia central é que em vez de haver racionalidade para criação de alternativas para os problemas, a prática seria diferente: teóricos, estudiosos e outros ficariam criando várias soluções ideais que passariam a constituir um repertório de soluções. Os problemas viriam depois e, por ŝƐƐŽà?� ĂƐ� ƐŽůƵĕƁĞƐ� à“ƉƌŽĐƵƌĂƌŝĂŵ� ƉƌŽďůĞŵĂƐà?� ƉĂƌĂ� Ƶŵ� ĞŶĐĂŝdžĞà?� ƐĞŐƵŝŶĚŽ� ƵŵĂ� ůſŐŝĐĂ� ŝŶǀĞƌƐĂ� ĂŽ� processo racional comum. (TRE-GO/Analista Judiciário à? Área Administrativa) O modelo racional de tomada de decisão exige que o gestor se apoie em informações consideradas perfeitas e que tome, com base nelas, decisões de forma totalmente imparcial. Comentário: É exatamente esta a essência do modelo racional: informações perfeitas, decisões racionais e objetivos claros. É o que está dito na questão, em outras palavras! GABARITO: CERTO (STJ/AJAA) No modelo de racionalidade limitada, propõe-se que a racionalidade é sempre relativa ao sujeito que decide, não existindo uma única racionalidade tida como superior. Comentário: Em outras palavras: não existe uma única racionalidade máxima, o que existe é cada indivíduo tentando ser racional dentro de suas limitações. Está certo! Essa é a essência, simplificada, da racionalidade limitada. GABARITO: Certo. Seguindo em frente... Quando falei do modelo racional, mencionei a visão de Robbins sobre como a decisão é tomada. Trata-se de apenas uma possibilidade. De forma mais ampla, Chiavenato (2011, p. 325) afirma que o processo decisório envolve sete etapas: Carlos Xavier Aula 00 Inovação p/ BRB (Escriturário) - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 9 78 1. Percepção da situação que envolve algum problema. 2. Análise e definição do problema. 3. Definição dos objetivos. 4. Procura de alternativas de solução ou de cursos de ação. 5. Escolha (seleção) da alternativa mais adequada ao alcance dos objetivos. 6. Avaliação e comparação das alternativas. 7. Implementação da alternativa escolhida. Estranho que o autor tenha colocado a avaliação das alternativas (6) depois da escolha (5), mas é assim que é o estudo da administração. Conheça também o que esse mesmo autor afirmou em termos de etapas do processo decisório em outro livro (Chiavenato, 2007, p.170): 1. Definição e diagnóstico do problema. 2. Procura de solução alternativas mais promissoras. 3. Análise e comparação dessas alternativas de solução. 4. Seleção e escolha da melhor alternativa como um plano de ação. Como eu já disse, o objetivo é que você entenda de forma mais geral, pois a banca costuma cobrar o assunto de diferentes formas. Vejam como o mesmo autor afirmou em outro livro (Chiavenato, 2007) que todo processo decisório pode ser descrito em quatro fases essenciais, tomando como referência Newmann e Warren (1988): 1. Definição e diagnóstico do problema. Esta fase envolve a obtenção dos dados e dos fatos a respeito do problema, suas relações com o contexto mais amplo, suas causas, definições e seu diagnóstico. 2. Procura de soluções alternativas mais promissoras. Esta fase envolve a busca de cursos alternativos de ação possíveis e que se mostrem mais promissores para a solução do problema, a satisfação da necessidade ou o alcance do objetivo. 3. Análise e comparação dessas alternativas de solução. É a fase na qual as várias alternativas de cursos de ação são analisadas, ponderadas e comparadas, no sentido de verificar os cursos (de tempo, de esforços, de recursos, etc.) e os benefícios que possam trazer, além de consequências futuras e prováveis quanto à sua adoção. 4. Seleção e escolha da melhor alternativa como um plano de ação. A escolha de uma alternativa de curso de ação implica o abandono dos demais cursos alternativos. Há sempre um processo de seleção e de escolhas entre variáveis alternativas apresentadas. A racionalidade está implícita nesta atividade de escolha. Eu menciono todos esses modelos porque já vi todos eles em provas! Também podem cair na sua! =) Carlos Xavier Aula 00 Inovação p/ BRB (Escriturário) - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 10 78 Perceba que, no fundo, as várias perspectivas se assemelham. É difícil saber o que o seu concurso vai cobrar, pois pode cobrar qualquer uma dessas visões, por isso preste atenção nos detalhes na hora de responder uma eventual questão. Para que você tenha uma preparação ainda melhor, trouxe um resumo organizado sobre vários outros modelos de processo decisório, que você poderá conhecer na sequência. Conheça um belo resumo organizado por Bruno (2005, p. 4) sobre vários modelos de processo de decisão comumente aceitos, com sua quantidade de fases, autor e elementos: Autor e ano Fases Fases/critérios Drucker, Peter (1967) 6 I ? classificar o problema; II ? definir o problema; III ? especificar a resposta ao problema; IV ? decidir o que é certo; V ? incorporar à decisão a ação; VI ? testar a validade e a eficácia da decisão. Mintzberg et al. (1976) 3 I ? identificação; II ? desenvolvimento; e III ? seleção. Simon, Herbert (1982) 4 I ? inteligência; II ? projeto; III ? escolha; IV ? revisão. Janis, Irving (1989) 4 I - desafio/oportunidade; II ? uso de recursos informacionais; III ? análise e reformulação; IV ? avaliação e seleção. Hammnond; Keeney e Raiffa (1999) 8 I ? desenvolver o problema certo; II ? especificar seus objetivos; III ? criar alternativas imaginativas; IV ? entender as consequências; V ? lutar por todas as suas trocas; VI ? esclarecer suas incertezas; VII ? pensar muito sobre sua tolerância ao risco; VIII ? considerar decisões interligadas. Russo e Schoemaker (2002) 4 I - quadros; II ? reunião de inteligências; III ? obtenção de conclusões; IV ? aprendizagem pela experiência.Bazerman (2004) 6 I ? defina o problema; II ? identifique os critérios; III ? pondere os critérios; IV ? gere alternativas; V ? classifique cada alternativa segundo cada critério; VI ? identifique a solução ótima. Argyris, Chris (2004) 5 I ? formular a escolha; II ? fazer brainstorm das opções possíveis; III ? especificar condições necessárias para validar cada opção; IV ? priorizar as condições que criam a maior barreira para escolha; V ? projetar testes válidos para as condições-chave de barreira. Fonte: adaptado de Bruno (2005, p.4) Carlos Xavier Aula 00 Inovação p/ BRB (Escriturário) - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 11 78 Aprenda uma coisa, de uma vez por todas, sobre a nossa matéria: os autores divergem completamente uns dos outros e até o mesmo autor é capaz de divergir de si próprio em ocasiões distintas (e a mais recente não revoga a anterior, não estamos estudando legislação)! Tudo isso pode ser cobrado em prova! - Aí você se pergunta: tenho que decorar tudo? - R.: não! Isso é impossível! Pior que isso: nem todos os modelos estão aqui. Há milhares de autores dizendo coisas distintas. O que você tem que fazer é entender a visão geral e saber que existem outras. É importante à“ďĂƚĞƌ�Ž�ŽůŚŽà?�Ğŵ�ĂůŐƵŵĂƐ�ŽƵƚƌĂƐ�à?ĐŽŵŽ�ĂƐ�ƋƵĞ�ĞƵ�ƚƌŽƵdžĞ�ĂƋƵŝà?�ƉĂƌĂ�ĐŽŶŚĞĐĞƌ�Ğ lembrar, se for ŶĞĐĞƐƐĄƌŝŽà?�ĚĞ�à“ũĄ�ƚĞƌ�ǀŝƐƚŽà?�ŶĂ�ŚŽƌĂ�ĚĂ�ƉƌŽǀĂà?� Particularmente, com base em minha experiência em vários concursos, gosto de pensar no processo decisório com base nas seguintes etapas em regra geral (o que serve para o seu concurso também): Identificação do problema/oportunidade; Diagnóstico; Geração de alternativas; Escolha de uma alternativa; Avaliação da decisão. (ManausPrev/Técnico Previdenciário - Área Administrativa) O processo de tomada de decisões, seja no âmbito organizacional ou pessoal, normalmente é complexo e produz efeitos. A sequência que garante a eficácia e a racionalidade do processo decisório é a)o diagnóstico; a identificação do problema ou oportunidade; escolha da alternativa; implantação e avaliação da decisão. b)o diagnóstico; identificação do problema ou oportunidade; escolha da alternativa; avaliação da decisão e geração de alternativas. c)a identificação do problema ou oportunidade; geração de alternativas; escolha da alternativa; implantação e avaliação da decisão. Carlos Xavier Aula 00 Inovação p/ BRB (Escriturário) - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 12 78 d)a identificação do problema; geração de alternativas; diagnóstico; avaliação da decisão e escolha da alternativa. e)a identificação do problema ou oportunidade; diagnóstico; geração de alternativas; escolha da alternativa e avaliação da decisão. Comentário: A banca queria saber sobre o processo tradicional de tomada de decisão. Ela forçou a barra dizendo que ele "garante eficácia", mas isso não dificulta a resposta que está colocada da maneira exata que é proposta na teoria, conforme alternativa E. GABARITO: E. Seguindo em frente... Na racionalidade limitada considera-se que não há uma única decisão que seja a melhor de todas, mas sim um conjunto de decisões diferentes que satisfazem diferentes critérios. Por isso, este modelo estabelece que as pessoas buscam decisões satisfatórias, e não ótimas. Em resumo: a capacidade da racionalidade humana é limitada! Para entender melhor o modelo da racionalidade limitada, imagine que você vai sair hoje de noite com amigos e eles lhe pediram para escolher uma pizzaria para o jantar. Rapidamente você estabelecerá alguns critérios (proximidade, sabor, preço, etc.) para tomar a decisão. Se você começar a considerar muitos aspectos isolados para cada uma das opções (p. ex. estacionamento, proximidade, sabor, preço, aparência, segurança, iluminação, cardápio, atendimento, quantidade de garçons, cor do ambiente, cheiro da cozinha, poluição do forno a lenha, etc.), chega um ponto em que terá de lidar com informações demais, que vão além de sua capacidade de processamento mental. Surgirá então o fenômeno da sobrecarga de informação: é tanta informação que está sendo considerada, que sua capacidade de decisão começa a cair! É que a sua racionalidade, e a de todos os seres humanos, é limitada! Veja no gráfico: Carlos Xavier Aula 00 Inovação p/ BRB (Escriturário) - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 13 78 1.1. ESTILOS DECISÓRIOS Outro ponto importante para o estudo é conhecer os diferentes estilos decisórios. Há muita teoria neste ponto, por isso vou focar no modelo apresentado por Driver et al. (1990 apud COSTA, 2008; e MACHADO et AL., 2014), para quem duas características diferenciam os estilos decisórios: x Quanto ao uso da informação: o Maximizadores: esses decisores analisam com cuidado e detalhes as informações, buscando a maior quantidade possível de informações e tendo disposição para gastar recursos financeiros e tempo para chegar a uma boa solução. o Satisfacientes: são tomadores de decisão que filtram as informações mais relevantes para se chegar a uma ou duas possíveis soluções. x Quanto ao foco em alternativas para decisão: o Unifoco: é o decisor que, considerando as informações disponíveis, planeja um único curso de ação para enfrentar o problema ou aproveitar a oportunidade. o Multifoco: é aquele que considera diferentes alternativas como possibilidades de solução. O que se observa é que, combinando-se todas as características, têm-se a possibilidade de diferentes estilos decisórios, conforme apresentado por Costa (2008): Fonte: Driver et al (1990, apud COSTA, 2008). Carlos Xavier Aula 00 Inovação p/ BRB (Escriturário) - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 14 78 Se a sua prova mencionar a existência de 4 estilos, retirando o sistêmico, pode considerar certo! Isso acontece porque este último estilo foi adicionado posteriormente pelo mesmo autor ao modelo. Esses estilos podem ser amplamente definidos, mas formam um continuum onde um decisor pode estar mais próximo de um estilo em uma situação e mais próximo de outro em outra situação. Numa ponta têm-se o estilo decisivo e na outra o sistêmico, com os estilos flexível, hierárquico e integrativo como intermediários (COSTA, 2008): x Estilo decisivo: utiliza pouca informação para tomar suas decisões, que são tomadas com base em pouco planejamento, conversa e ação diretas, pouco respeito à hierarquia, reuniões curtas com agendas claras e tomadas de decisão específicas para cada reunião. A preferência de decisores deste estilo é pelo trabalho em organizações com tarefas bastante estruturadas. No estilo decisivo, trabalha-se um problema de cada vez, com autocracia e centralização das decisões. Delega-se, por sua vez, a execução de ativiĚĂĚĞƐ�à“ŵĂŝƐ�ďĄƐŝĐĂƐà?� para as decisões. Ele é orientado para resultados e busca não interferir nas tarefas delegadas. x Estilo flexível: o decisor utiliza pouca informação para decidir, mas busca diferentes alternativas para solução dos problemas/oportunidades, optando pela mais apropriada. Normalmente é uma pessoa adaptativa, flexível, criativa e voltada para a intuição ao invés do planejamento racional. Os objetivos são vários e geralmente refletem o pensamento da maioria. O decisor deste estilo prefere a aceitação em relação à resistência, preferindo o trabalho em organizações pouco estruturadas e pouco regradas. Suas decisões normalmente consideram as discussões realizadas no grupo no qual atua. x Estilo hierárquico: este decisor planeja com foco no longo prazo, fazendo análises complexas dos dados,máximo uso de informações e buscando a melhor solução (que é única). Trata-se de pessoa detalhista, que tenta antecipar os acontecimentos, sendo controladora, centralizadora, preocupada com métodos utilizados e resultados esperados. Sua comunicação é prejudicada pelo elevado grau de detalhamento das ideias e pela complexidade das mesmas. Este estilo pode inibir a criatividade, já que tem como ideal a burocracia. x Estilo integrativo: neste caso há uma grande quantidade de informações e o uso de grande número de alternativas, buscando produzir várias interpretações simultâneas sobre as situações enfrentadas e valorizando exploração e criatividade. Ao tomar suas decisões, tenta compatibilizar os interesses de todos à? pessoas e organização -, mantendo as decisões abertas a modificações, o que faz com que suas decisões demorem a ser tomadas. Este estilo decisório prefere organizações com pouca rigidez. Os relatórios produzidos são longos Carlos Xavier Aula 00 Inovação p/ BRB (Escriturário) - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 15 78 e elaborados, envolvendo bastante discussão, e admitindo impressões (feelings), fatos e opiniões como fonte de informação. x Estilo sistêmico: é o mais complexo de todos, combinando qualidades do integrativo e do hierárquico à? Ž�ƋƵĞ�Ž� ĨĂnj�ĚŝĨşĐŝů�ĚĞ�ƐĞƌ�ĐŽŵƉƌĞĞŶĚŝĚŽà?� à“��Ƶŵ�ŵĂdžŝŵŝnjĂĚŽƌ�Ğ�ŵƵůƚŝĨŽĐŽ�ŽƵ� ƵŶŝĨŽĐŽà?à?� ŶĆŽ� ĚĞůĞŐĂŶĚŽ� Ğ� ďƵƐĐĂŶĚŽ� ĞdžĞƌĐĞƌ� ŝŶĨůƵġŶĐŝĂ� Ğ� ĐŽŶƚƌŽůĞ� ĚĞ� ŝŶĨŽƌŵĂĕƁĞƐà?� �ůĞ� enfatiza prioridades e detalhamento de estratégias para tratar problemas. Planeja para o curto prazo de maneira objetiva e mensurável, mas sabe que o conjunto é voltado para objetivos grandes de longo prazo. Busca todos os recursos disponíveis para compreender a situação e valoriza a informação, por isso estimula sua coleta regular e cuidadosa, além da busca de informações informais. Outro ponto importante a ser conhecido são os estilos de tomada de decisão dos administradores com base em sua tolerância à ambiguidade e em seu modo de pensar ser mais intuitivo ou mais racional, conforme a seguir: É mais uma classificação que pode aparecer na prova... vejamos um pouco mais sobre cada um dos estilos: x Analítico: lida com a ambiguidade e procura mais informações e alternativas para solução dos problemas ou aproveitamento das oportunidades, mas geralmente é cauteloso e adaptável. x ConceitualàP� ĐŽŶƐŝĚĞƌĂ� Ž� à“ƋƵĂĚƌŽ�ŵĂŝŽƌà?à?�ŽƵ� ƐĞũĂà?�Ž� ĐĞŶĄƌŝŽ� ĐŽŵŽ�Ƶŵ� ƚŽĚŽ�Ğ�ŶĆŽ�ĂƉĞŶĂƐ� alguns aspectos tomados de maneira isolada, analisando várias alternativas antes de decidir. x Diretivo: possui preferência pelo modo de pensar racional, com foco nas regras e procedimento, tendo dificuldades de tolerar a ambiguidade. Carlos Xavier Aula 00 Inovação p/ BRB (Escriturário) - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 16 78 x Comportamental: intuitivo, mas com baixa tolerância à ambiguidade, trabalha bem em grupos e geralmente está aberto a sugestões. (IBGE/Agente Censitário Municipal e Supervisor) Um supervisor de equipe de vendas toma suas decisões com foco no curto prazo e nos resultados a serem atingidos. Ele baseia suas decisões nas regras e procedimentos da empresa e raramente considera as opiniões dos subordinados em suas decisões. O estilo de tomada de decisão do supervisor é conhecido como: a) analítico; b) diretivo; c) comportamental; d) intuitivo; e) conceitual. Comentário: A questão está tratando dos seguintes estilos decisórios: à? Analítico: lida com a ambiguidade e procuram mais informações e alternativas para solução dos problemas ou aproveitamento das oportunidades, mas geralmente cauteloso e adaptável. à? �ŽŶĐĞŝƚƵĂůàP�ĐŽŶƐŝĚĞƌĂ�Ž�à“ƋƵĂĚƌŽ�ŵĂŝŽƌà?à?�ŽƵ�ƐĞũĂà?�Ž�ĐĞŶĄƌŝŽ�ĐŽŵŽ�Ƶŵ�ƚŽĚŽ�Ğ�ŶĆŽ�ĂƉĞŶĂƐ� alguns aspectos tomados de maneira isolada, analisando várias alternativas antes de decidir. à? Diretivo: possui preferência pelo modo de pensar racional, com foco nas regras e procedimento, tendo dificuldades de tolerar a ambiguidade. à? Comportamental: intuitivo, mas com baixa tolerância à ambiguidade, trabalha bem em grupos e geralmente estão abertos a sugestões. Assim, a resposta está claramente na letra B. GABARITO: B. (CODEBA/Técnico Portuário à? Apoio Administrativo) O processo de tomada de decisão em uma organização pode adotar diversos estilos que variam em orientação à? pessoas ou tarefas à? e complexidade cognitiva à? alta ou baixa. Essas diferenças são, em geral, ligadas às características dos líderes, responsáveis por conduzir esse processo. Assinale a opção que apresenta os estilos de tomada de decisão orientados para pessoas, independentemente da sua complexidade cognitiva. a) Comportamental e conceitual. b) Diretivo e analítico. c) Analítico e conceitual. d) Diretivo e comportamental. e) Comportamental e analítico. Carlos Xavier Aula 00 Inovação p/ BRB (Escriturário) - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 17 78 Comentário: �� ďĂŶĐĂ� ĨĂůŽƵ� Ğŵ� à“ŽƌŝĞŶƚĂĕĆŽ� ƉĂƌĂ� ƉĞƐƐŽĂƐà?� ƐĞ� ƌĞĨĞƌŝŶĚŽ� ĂŽ� ŵŽĚŽ� ĚĞ� ƉĞŶƐĂƌ� ŝŶƚƵŝƚŝǀŽà?� Vejamos: Assim, sabendo disso, percebemos que o gabarito está na letra A. GABARITO: A. (TCE-SC/Auditor Fiscal de Controle Externo à?Administração) Normalmente, o tomador de decisões que adota o estilo integrativo utiliza poucas informações no processo decisório. Por esse motivo, ele pretere a criatividade e prioriza a avaliação dessas informações de maneira crítica, detalhada e centralizada. Comentário: O estilo integrativo de tomada de decisão é aquele no qual o decisor utiliza muita informação e possui foco em múltiplas alternativas. Além disso, ele prefere (e não PRETERE, como afirmado na questão!) a criatividade, não sendo centralizador. GABARITO: Errado. 1.2. O MÉTODO DE ANÁLISE E SOLUÇÃO DE PROBLEMAS (MASP) É importante estudarmos o MASP, já que é possível associar esse conhecimento ao processo decisório. Carlos Xavier Aula 00 Inovação p/ BRB (Escriturário) - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 18 78 Trata-se de um método de solução de problemas introduzido no Japão na era da qualidade total pela JUSE (Japanese Union of Scientists and Engineers). O nome original desse método é QCStory, ŵĂƐ�ŶŽ��ƌĂƐŝů�Ž�ŵĞƐŵŽ�ĨŽŝ�ŝŶƚƌŽĚƵnjŝĚŽ�ĐŽŵ�Ž�ŶŽŵĞ�à“D� W^à?à? Trata-se de uma metodologia derivada da aplicação do ciclo PDCA da melhoria contínua da qualidade para resolver os problemas encontrados rapidamente, com base nos dados disponíveis e com o menor custo, sendo reconhecido por sua racionalidade ao lidar com a lógica e os dados disponíveis. O MASP se baseia nas seguintes etapas: 1. Identificação do problema: definir claramente o problema e reconhecer sua importância. 2. Observação: investigar as características específicas do problema, com uma visão ampla e sob diferentes pontos de vista. 3. Análise: descobrir as causas fundamentais. 4. Plano de ação: conceber um plano para bloquear as causas fundamentais. 5. Ação: bloquear as causas fundamentais. 6. Verificação: verificar se o bloqueio foi efetivo. 7. Padronização: prevenir contra o reaparecimento do problema. 8. Conclusão: recapitular todo o processo de solução do problema para trabalho futuro. É importante lembrar que o MASP cria uma aplicação prática com base no Ciclo PDCA (Planejamento, Execução, Verificação, Ação corretiva), por isso suas etapas podem ser associadas ao referido Ciclo. Fonte: Campos, 2004, p.67, apud Oribe, 2008) Carlos Xavier Aula 00 Inovação p/ BRB (Escriturário) - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 19 78 Você pode observar esta relação também da seguinte forma: Como vocêdeve ter notado, trata-se apenas de uma forma visualmente diferente de representar as etapas do MASP, ligando-as ao ciclo PDCA, mas o conteúdo é o mesmo que está apresentado na tabela! 1.3. OS ELEMENTOS DE UMA DECISÃO - OK, já vimos que há diferentes modelos básicos para a tomada de decisão, mas quais os elementos de uma decisão, para fins de concurso público? R .: Você deve considerar que todas as decisões possuem os seguintes elementos: 1. O estado da natureza: são as condições de tomada de decisão, que podem ser de certeza, incerteza, risco ou turbulência. 2. A situação: são os aspectos ambientais que envolvem a decisão e influenciam o processo. 3. O tomador de decisões: é o sujeito que faz a escolha entre alternativas, ou seja, que toma a decisão. Quando a decisão é tomada por um grupo, considera-se que o tomador de decisões é o grupo. Carlos Xavier Aula 00 Inovação p/ BRB (Escriturário) - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 20 78 4. Os objetivos: representam o que se pretende alcançar com a decisão a ser tomada; 5. As preferências, ou sistemas de valores: são os critérios utilizados pelo tomador de decisão para realizar a escolha entre alternativas. 6. Estratégia: representa o curso de ação para se chegar ao objetivo, o caminho para se chegar lá. 7. O resultado/consequências: são os efeitos decorrentes de um curso de ação escolhido. Devo reforçar, mais uma vez, que a banca pode resolver usar nomes ou modelos diferentes aqui. Às vezes, por exemplo, se mistura a situação e o estado da natureza em um só elemento... O importante é que você tenha esses pontos que tratamos bem memorizados, pois assim você responde corretamente qualquer questão sobre o assunto! Quanto ao estado da natureza (condições de tomada de decisões), temos as seguintes possibilidades: x Condições de certeza: é a condição de tomada de decisão na qual o tomador de decisões possui 100% de certeza sobre os resultados das várias alternativas levadas em consideração. x Condições de incerteza: é a condição de tomada de decisão na qual o tomador de decisões tem pouco ou nenhum conhecimento sobre as informações que poderiam fazê-lo atribuir probabilidades sobre o presente ou o futuro. Assim, as consequências das decisões são imprevisíveis. x Condições de risco: é a condição de tomada de decisão na qual o tomador de decisão possui informações suficientes para atribuir probabilidades aos resultados de cada uma das decisões. Apesar disso, a qualidade da informação e sua interpretação podem levar diferentes tomadores de decisão a atribuir diferentes probabilidades. x Condições de turbulência (ou ambiguidade): além das condições mencionadas acima (mais comuns na literatura), deve-se mencionar ainda esta última, que seria a condição que ocorre quando há grandes mudanças no ambiente ou quando falta clareza quanto ao futuro desejado - pois há grande turbulência. É importante que você conheça quatro conceitos ligados ao tomador de decisão que influenciam o seu processo decisório, segundo Cyert e March: 1. Quase resolução de conflitos/problemas: cada setor possui interesses distintos, podendo entrar em conflito na tomada de decisão. Por isso a organização aceita pontos de vistas específicos de cada um dos setores (as chamas "racionalidades locais") para resolver os problemas. Em algumas questões-chave, é importante que haja arbitragem dos conflitos, que geralmente são resolvidas por meio de excesso de recursos (folgas) que a organização deve dispor para resolver conflitos entre áreas e pessoas (é o chamado "slack organizacional"), em caso de necessidade ou desperdício; Carlos Xavier Aula 00 Inovação p/ BRB (Escriturário) - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 21 78 2. Tendência a evitar incertezas: a prioridade costuma ser dada à resolução de objetivos de curto prazo, por isso o decisor deve estabelecer rotinas e padrões de decisão para as tarefas rotineiras, não deixando espaço para ficar tentando "reinventar a roda". A atenção deve ser concentrada na resolução de problemas novos. 3. Busca sequencial de solução de problemas: busca-se por soluções para problemas específicos, sendo que as soluções mais simples são as primeiras a serem implantadas para os problemas enfrentados. Soluções mais complexas só serão adotadas se as mais simples não funcionarem antes. A lógica por trás disso é a da incapacidade do ser humano obter e lidar com as informações para apontar a melhor solução. Cada um terá sua própria racionalidade (lógica do ator), já que não há neutralidade, imparcialidade ou objetividade da decisão. 4. Aprendizagem organizacional: o grupo apresenta um comportamento adaptativo, aprendendo através da experiência, da observação e da comparação. Assim, com o tempo, os objetivos, caminhos e critérios para a tomada de decisão vão mudando. (STJ/AJAA) Entre as características do processo de tomada de decisão, a tendência a evitar incertezas refere-se à busca por soluções com base em problemas específicos, por meio de uma sequência de resolução de problemas em que se adotem primeiramente as soluções simples e, apenas se não forem alcançados os objetivos desejados, adotem-se as soluções mais complexas. Comentário: Está errado porque a tendência a evitar incertezas é outra coisa: é a tendência de adotar rotinas e padrões para as decisões em geral e centrar forças nos problemas "novos" - não tem nada a ver com o que foi apresentado pela questão. GABARITO: Errado. 1.4. ARMADILHAS DO PROCESSO DECISÓRIO Outro importante ponto importante a ser considerado sobre o processo decisório são as armadilhas típicas nas quais o tomador de decisão pode cair, fazendo com que sua decisão tenha menos qualidade do que poderia. As mais importantes armadilhas do processo decisório para sua prova incluem: Carlos Xavier Aula 00 Inovação p/ BRB (Escriturário) - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 22 78 x Armadilha de âncora, ou ancoragem: trata-se de uma armadilha comum que consiste em ĚĂƌ�ŵĂŝŽƌ� ƉĞƐŽ� Ă� ŝŶĨŽƌŵĂĕƁĞƐ� ĂŶƚĞƌŝŽƌĞƐà?� ƋƵĞ� à“ĂŶĐŽƌĂŵà?�ŝŶĚĞǀŝĚĂŵĞŶƚĞ� Ž� ƉĞŶƐĂŵĞŶƚŽà?� �ŽŵŽ� ĞdžĞŵƉůŽà?� ŝŶĐŽƌƌĞŵ� ŶĞůĂ� ŽƐ� ŐĞƐƚŽƌĞƐ� ƋƵĞ� ƐĞ� ĨŝdžĂŵ� Ğŵ� ƋƵĞƐƚƁĞƐ� ĐŽŵŽ� à“ƚĞŶĚġŶĐŝĂƐ� ĂƚƵĂŝƐà?à?�à“ŚŝƐƚſƌŝĐŽ�ĂŶƚĞƌŝŽƌà?à?�à“ƚƌĂĚŝĕĆŽà?à?�ĞƚĐà? x Armadilha de Status quo: há certa acomodação ao status quo e o gestor tende a gerar alternativas e informações semelhantes às que foram pensadas no passado ou apresentá- las sob nova roupagem, como se fossem completamente novas (quando na verdade não são). Geralmente o tomador de decisões cai nesta armadilha quando busca evitar os riscos advindos de uma possível mudança na organização baseada em sua decisão. x Armadilha de custo irrecuperável, ou custo afundado: essa armadilha acontece quando as decisões são tomadas hoje com base em perdas e ganhos ocorridas no passado. Como evitar essa armadilha? Deve-se perceber que perdas e ganhos anteriores não são recuperáveis, ou seja, o que se perdeu ou ganhou no passado não poderá ser à“ĐŽŵƉĞŶƐĂĚŽà?�ŽƵ�à“ũƵƐƚŝĨŝĐĂĚŽà?�ƉŽƌ�ƵŵĂ�ĚĞĐŝƐĆŽ�ƉŽƐƚĞƌŝŽƌà?�ƉŽŝƐ�ŝƐƐŽ�Ġ�Ƶŵ�ĞƌƌŽà? x Armadilha de evidência confirmadora: consiste em buscar ou aceitar evidências marcantes e polêmicas, mas não confirmadas, para justificar o instinto do tomador de decisão, que provavelmente já fez sua escolha. As opiniões de amigos, experts da imprensa, etc., podem ser utilizadas erroneamente, fazendo com que se caia nesta armadilha. x Armadilha do uso de tabelas comparativas: a estruturação do problema/oportunidade em tabelas e árvores para apoio ao processo decisório deve ser feito com cuidado, pois a forma através da qual eles são estruturados pode influenciar naescolha sem que o tomador de decisões perceba tal influêcia. x Armadilha de estimativa / precisão: como as pessoas estão acostumadas a fazer estimativas com certa frequência, há uma tendência de que a autoconfiança em sua precisão faça com que as pessoas tomem como certos eventos e informações que na verdade são meras especulações com baixa precisão. Em situações com eventos incertos e pouco objetivos, sua probabilidade de ocorrer aumenta bastante. x Armadilhas de excesso de confiança ou de prudência: o excesso de confiança ou de prudência podem gerar erros de forma geral, fazendo com que as pessoas desconsiderem as diferentes possibilidades intervenientes ou busquem um excesso de informações que pode até prejudicar o processo decisório. 1.5. TIPOS DE DECISÃO Deve-se ter em conta ainda a existência de diferentes tipos de decisão: x Decisões estratégicas x decisões administrativas (táticas) x decisões operacionais: são as decisões que ocorrem nos diferentes níveis hierárquicos da organização. As estratégicas são mais amplas e envolvem a organização como um todo; as táticas (também chamadas de administrativas) são restritas a gerar impactos em áreas/departamentos da organização; as operacionais são mais ligadas ao dia a dia de realização das tarefas. Carlos Xavier Aula 00 Inovação p/ BRB (Escriturário) - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 23 78 x Decisões individuais x decisões coletivas (grupais): as primeiras são as decisões tomadas por indivíduos, as últimas são tomadas por grupos. Decisões tomadas em grupo permitem menor resistência em relação à sua implementação, maior partilha de informações e maior motivação dos envolvidos, mas geram diluição das responsabilidades. x Decisões rotineiras x decisões inovadoras: decisões rotineiras estão ligadas ao dia a dia da organização, acontecendo com frequência com base em uma situação repetitiva. Decisões inovadoras são aquelas que fogem aos padrões. x Decisões imediatas x decisões mediatas: decisões imediatas são aquelas tomadas rapidamente no momento em que surge o problema/oportunidade. Decisões mediatas são aquelas que são postergadas para que a tomada de decisão em si seja feita em outro momento. x Decisões criativas x decisões práticas (realistas, factuais ou desimaginativas): decisões criativas são as imaginativas, baseadas em pensamento sistêmico e soluções diferenciadas, ƉƌŽĂƚŝǀĂƐà?�ĚŝĨĞƌĞŶƚĞƐ�ĚŽ�ŶŽƌŵĂůà?�ĂŽ�ĐŽŶƚƌĄƌŝŽ�ĚĂƐ�ĚĞĐŝƐƁĞƐ�à“ƉƌĄƚŝĐĂƐà?�ƋƵĞ�ƐĆŽ�ďĂƐĞĂĚĂƐ�Ğŵ� rotinas já estabelecidas. x Decisões premeditadas x decisões improvisadas: decisões premeditadas são aquelas que já haviam sido tomadas previamente, sendo implementadas quando o problema/oportunidade surge. Decisões improvisadas são aquelas que, não tendo sido previstas, precisam ser tomadas. x Decisões programadas (estruturadas) x decisões não programadas (não estruturadas): ƉĂƌĂ�ŵĞůŚŽƌ�ĞƐĐůĂƌĞĐŝŵĞŶƚŽà?�ƚƌĂŐŽ�Ž�ƋƵĞ��ƵƌLJ�à?à?à?à?à?à?�Ěŝnj�ƐŽďƌĞ�Ž�ĂƐƐƵŶƚŽàP�à“à?à?à?à?à?�ŶĆŽ�ƐĆŽ�ƚŝƉŽƐ� distintos, mas um todo contínuo, com decisões altamente programadas, em uma extremidade, e decisões altamente não programadas, em outra. As decisões são programadas à medida que são repetitivas e rotineiras e que foi criado um processo definido para abordá-las, de modo que não tenham de ser tratadas novamente cada vez que ocorram. As decisões serão não programadas à medida que forem novas, não ĞƐƚƌƵƚƵƌĂĚĂƐ�Ğ�ĚĞ�ŝŵƉŽƌƚĂŶƚĞƐ�ĐŽŶƐĞƋƵġŶĐŝĂƐ�à?à?à?à?à?à?à?� Decisões não programas são melhor aplicáveis a ambientes mais dinâmicos e em mutação e a decisões com dados novos ou inadequados. Ao contrário, em ambientes estáveis e para assuntos rotineiros, as decisões programadas são mais recomendadas, já que evitam novas interpretações e atitudes diferentes e incoerentes a cada decisão. Chiavenato, por sua vez, associa decisões programadas a dados adequados, repetitivos, condições estáticas, certeza, previsibilidade e rotina. Decisões não programadas, por sua vez, possuiriam como elementos: dados inadequados, únicos, condições dinâmicas, incerteza, imprevisibilidade e inovação. x Decisões autocráticas x consultivas x consensuais: são aquelas tomadas pelo próprio gestor, sem interferência de outras partes. As decisões consultivas são aquelas em que o gestor consulta a opinião de outras pessoas impactadas como insumo ao processo decisório. As decisões consensuais são aquelas que o gestor propõe ao grupo a busca de um consenso. Assim, a decisão só é tomada quando apoiada por todos os envolvidos. x Decisões centralizadas x decisões descentralizadas: as decisões centralizadas nos níveis hierárquicos mais elevados da organização tendem a gerar maior consistência em relação a outras decisões já tomadas e aos objetivos da organização como um todo. Apesar disso, as decisões descentralizadas tendem a ser mais ágeis, flexíveis, permitindo a aprendizagem Carlos Xavier Aula 00 Inovação p/ BRB (Escriturário) - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 24 78 dos funcionários, reduzindo tempo e custo de implementação, além de favorecer o bom funcionamento dos processos e da comunicação. (STJ/AJAA) Decisões táticas destinam-se a lidar com problemas de rotina, visando à execução de atividades. Comentário: As decisões táticas dizem respeito ao nível do departamento, e não às rotinas e atividades, que estão ligadas às decisões operacionais. GABARITO: Errado. (STJ/AJAA) No caso das decisões programadas, tomam-se por base julgamentos pessoais, uma vez que essas decisões são demandadas em condições nas quais o ambiente é estático, com um alto grau de certeza. Comentário: As decisões programadas realmente acontecem com base em um ambiente estático e com elevado grau de certeza, mas é justamente por isso que não é necessário fazer um julgamento pessoal à? as coisas já estavam previstas e o tomador de decisões já sabe exatamente o que fazer. Esse tipo de julgamento pessoal irá ocorrer nas decisões não programadas, e não nas programadas. GABARITO: Errado. (STJ/AJAA) Decisões não programadas costumam caracterizar-se pelo risco e pela incerteza, razão por que demandam uma maior capacidade de análise e de posicionamento do gestor. Comentário: Está perfeita. As decisões não-programadas realmente exigem mais do gestor, já que são baseadas em dados novos e imprevistos. GABARITO: Certo. (STM/AJAA) As decisões que envolvem condições estáticas e dados repetitivos são conhecidas como programadas. Comentário: Decisões programadas realmente estão relacionadas com ambientes estáticos e repetitivos, conforme mencionado pela questão, diferentemente das decisões não-programadas, que dizem respeito a coisas inesperadas que acontecem e precisam ser resolvidas, sendo normalmente baseadas em dados novos, risco e incerteza, exigindo maior análise. GABARITO: Certo. Carlos Xavier Aula 00 Inovação p/ BRB (Escriturário) - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 25 78 (ALESE/Analista Legislativo à? Administração) A literatura especializada aponta diferentes tipos de decisões e diferentes modelos do processo de tomada de decisão. Entre as classificações correntes para esses temas, podem ser apontados, exemplificativamente, a) decisões autocráticas, fundadas apenas na opinião do líder, e processos decisórios estratificados, que seguem fórmulas preestabelecidas. b) decisões reativas, que se apresentam como resposta a um desafio colocado, e processos de tomada de decisão democráticos, que pressupõem a unanimidade. c) decisões não programadas, que são de natureza reativa, e processos de tomada de decisão consensuais, que são eminentemente intuitivos. d) decisões programadas, que fazem parte do acervo de soluções da instituição, e processos decisóriosconsultivos, em que os envolvidos opinam e o líder toma a decisão. e) decisões aleatórias, fruto da imposição de autoridade, e processos de tomada de decisão inovadores, que desprezam as alternativas já testadas. Comentário: Existem tantas categorias de decisão quanto autores que tratam do assunto. Desta forma, a única possibilidade para resolver esta questão era interpretá-la. Assim: Ăà?� ĞƌƌĂĚĂà?� �ůŐŽ� ƐĞƌ� à“ĞƐƚƌĂƚŝĨŝĐĂĚŽà?� ƐŝŐŶŝĨŝĐĂ� ƋƵĞ� ĨŽŝ� ĚŝǀŝĚŝĚŽ� Ğŵ� ĐĂƚĞŐŽƌŝĂƐ� ĐŽŵ� ďĂƐĞ� Ğŵ� critérios, o que não tem nada a ver com seguir fórmulas padronizadas. b) errada. Processos democráticos pressupõem a participação das pessoas, mas não a unanimidade. c) errada. Decisões não programadas não são necessariamente de natureza reativa. Decisões consensuais, além disso, não são necessariamente intuitivas. d) certa! e) errada. Algo que é aleatório não tem nada a ver com autoridade. GABARITO: D. (DETRAN-MA/Assistente de Trânsito) No que concerne aos tipos de decisões, aquelas ĚĞŶŽŵŝŶĂĚĂƐ�à“ƉƌŽŐƌĂŵĂĚĂƐà?�ƐĆo passíveis de aplicação a) em situações já enfrentadas anteriormente, já que fazem parte do acervo de soluções da organização para eventos que se apresentam sempre de maneira semelhante. b) apenas para solução de problemas de natureza econômica ou financeira, eis que se traduzem em fórmulas prontas ou algoritmos. c) em situações que não comportam uma tomada de decisão propriamente dita, mas sim uma automação de processos de trabalho. d) apenas pelas áreas operacionais da organização, já que dizem respeito à aplicação de padrões e protocolos já fixados previamente. e) de caráter eminentemente racional, devendo, sempre que possível, substituir as ĚĞŶŽŵŝŶĂĚĂƐ�à“ŶĆŽ�ƉƌŽŐƌĂŵĂĚĂƐà?�ƋƵĞ�ƐĆŽ�ƚŽŵĂĚĂƐ�ĂůĞĂƚŽƌŝĂŵĞŶƚĞà?�� Comentário: As decisões programadas são aquelas tomadas anteriormente para que, nas situações similares que venham a acontecer, sejam utilizadas novamente. GABARITO: A. Carlos Xavier Aula 00 Inovação p/ BRB (Escriturário) - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 26 78 (TRT15/AJAJ) Entre os diferentes tipos de decisões tomadas no âmbito de uma organização, ĞdžŝƐƚĞŵ�ĂƋƵĞůĂƐ�ĐůĂƐƐŝĨŝĐĂĚĂƐ�ƉĞůĂ�ůŝƚĞƌĂƚƵƌĂ�ĐŽŵŽ�à“ŶĆŽ�ƉƌŽŐƌĂŵĂĚĂƐà?à?�ĂƉůŝĐĄǀĞŝƐ�Ă�ƐŝƚƵĂĕƁĞƐ�� a) vivenciadas no dia a dia da organização, mas que demandam, para sua solução, a adoção de um processo intuitivo. b) não rotineiras, cuja resolução não é viável com a mera utilização do acervo de soluções disponíveis na organização. c) que não comportam uma solução individual, demandando um processo coletivo de construção de consenso. d) de grande impacto, porém que comportam solução com base em procedimentos sistematizados e já utilizados no âmbito da organização. e) exógenas à organização e que demandam, para sua solução, da intervenção de um agente externo. Comentário: As decisões não programadas são aquelas tomadas no dia a dia organizacional e que fogem ao acervo pré-definido, por serem situações não rotineiras, conforme apresentado na alternativa B. GABARITO: B. (TRT6/AJAA) O processo decisório consiste, tal como descrito pela doutrina especializada, na escolha do caminho mais adequado a ser seguido pela organização em determinada situação e contexto, optando-se entre alternativas ou possibilidades para resolver problemas ou aproveitar oportunidades. Nesse contexto, a doutrina também indica diferentes tipos de decisão e diferentes processos de tomada de decisão, a exemplo a) da tomada de decisão democrática, aplicável apenas para problemas que envolvem as diretrizes estratégicas da organização, no bojo de um processo de planejamento, e que ƌĞĚƵŶĚĂ�ŶĂ�ĚĞŶŽŵŝŶĂĚĂ�à“ƉŽƐŝĕĆŽ�ĐĞŶƚƌĂůà?à? b) das decisões não programadas, também denominadas intuitivas, tomadas em situações ordinárias e extraordinárias vivenciadas pela organização, porém envolvendo alta tensão. c) da tomada de decisão consensual, que decorre de processo de consulta e votação de todos os membros da organização envolvidos no tema em debate, prevalecendo o voto da maioria. d) das decisões programadas, que não se confundem com as racionais, pois não envolvem, necessariamente, o acervo de soluções da organização, mas sim as práticas usuais de cada líder. e) da tomada de decisão consultiva, que pressupõe a participação dos membros da organização envolvidos com a apresentação de opiniões quanto à melhor solução. Comentário: Mais uma super interpretativa. Vejamos: a) errada. Não existe restrições para aplicação de decisões democráticas nos diferentes níveis organizacionais. O restante não tem o menor sentido. b) errada. Decisões não programadas não se confundem com intuitivas. c) errada. Consenso não é democracia à? para o consenso é preciso que todos concordem. Carlos Xavier Aula 00 Inovação p/ BRB (Escriturário) - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 27 78 d)errada. Decisões programadas são tipicamente racionais, pois foram pensadas anteriormente e passaram a fazer parte dos acervos de decisões já tomadas pela organização. e) perfeita. GABARITO: E. 1.6. PRINCIPAIS TÉCNICAS PARA A TOMADA DE DECISÕES. Existem várias técnicas para a tomada de decisões. Você deve conhecer algumas técnicas principais aplicáveis para o apoio na tomada de decisões programadas e não programadas, conforme as duas tabelas apresentadas a seguir: Técnica para a tomada de decisões programadas: Técnicas tradicionais Técnicas modernas Hábitos e costumes Procedimentos administrativos padronizados; Estrutura organizacional com sub objetivos claros Expectativas comuns na organização; Canais de comunicação bem definidos. Análises matemáticas; Planilhas; Pesquisa operacional; Programas de computador; Simulações computacionais; Processamento de dados Além dessas, é importante também que você considere o orçamento como sendo uma técnica para a tomada de decisões programadas. Como não encontrei referência para enquadrá-la como tradicional ou moderna, melhor considerá-la fora dessa classificação. Carlos Xavier Aula 00 Inovação p/ BRB (Escriturário) - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 28 78 Técnica para a tomada de decisões não programadas: Técnicas tradicionais Técnicas modernas Julgamento, intuição e criatividade; Contratação de executivos especializados; Normas práticas (guias) para tomada de decisões imprevistas. Heurística: raciocínio largo e empírico, baseado em âncoras de pensamento, disponibilidade de informações, etc. Podem advir de: Treinamento dos tomadores de decisão; Sistemas de apoio à decisão corporativa Além dessas é importante considerar também as simulações e a análise de cenário. Mais uma vez, fica difícil classificar em modernas ou tradicionais, mas certamente estão relacionadas às decisões não programadas. Carlos Xavier Aula 00 Inovação p/ BRB (Escriturário) - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 29 78 2. PRINCIPAIS FERRAMENTAS DE APOIO NAS ETAPAS DO PROCESSO DECISÓRIO É importante conhecer as principais ferramentas de apoio à tomada de decisões, que se aplicam nas diferentes etapas do processo decisório, conforme a seguir: Etapa do processo decisório Principais ferramentas de apoio Identificação do problema/oportunidade Gráfico de Ishikawa 5W2H Diagrama de Pareto Diagnóstico Gráfico de Ishikawa 5W2H Diagrama de Pareto Geração de alternativas Brainstorming Brainwriting Escolha de uma alternativa Análise de vantagens x desvantagens Tabela de decisões e árvore de decisõesAnálise do campo de forças Modelo multicriterial Avaliação da decisão Análise de vantagens x desvantagens Tabela de decisões e árvore de decisões Análise do campo de forças Modelo multicriterial Vamos aprofundar cada uma dessas ferramentas e técnicas, além de outras. Carlos Xavier Aula 00 Inovação p/ BRB (Escriturário) - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 30 78 2.1. DIAGRAMA DE CAUSA-EFEITO (ISHIKAWA). K�ĚŝĂŐƌĂŵĂ�ĚĞ�/ƐŚŝŬĂǁĂà?�ƚĂŵďĠŵ�ĐŽŶŚĞĐŝĚŽ�ĐŽŵŽ�ŐƌĄĨŝĐŽ�à“ĞƐƉŝŶŚĂ�ĚĞ�ƉĞŝdžĞà?à?�ĚŝĂŐƌĂŵĂ�ĚĞ�ĐĂƵƐĂ�Ğ� efeito, método 4M ou 6M, é uma ferramenta muito útil para que se possam visualizar as várias causas que levam aos efeitos (problemas) em um processo. Um diagrama deste tipo é estruturado da seguinte forma: Fonte: elaboração própria Para cada efeito podem existir diversas causas dentro de várias categorias, como método, mão de obra, matéria-prima, máquinas (4Ms), mensuração e meio ambiente (6 Ms). Com isso, é possível ampliar a visão das possíveis causas de um problema para que se possa pensar sobre sua resolução. A fácil visualização é uma de suas grandes vantagens, pois as causas e subcausas são estruturadas de modo a formar um gráfico parecido com uma espinha de peixe. Um exemplo prático de diagrama deste tipo é apresentado pelo SEBRAE: Efeito Causa 1 Causa 2 Causa 3 Causa 4 Carlos Xavier Aula 00 Inovação p/ BRB (Escriturário) - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 31 78 Fonte: SEBRAE (2005) (FUB/Administrador) A ferramenta a ser utilizada para diagnosticar as causas de insatisfação das diversas categorias pesquisadas é o diagrama de Ishikawa, também conhecido como diagrama Espinha de Peixe. Comentário: A ferramenta que faz a análise de causas para um ou mais efeitos é a diagrama de Ishikawa, como proposto pela questão. Aqui era apenas questão de memória do candidato! GABARITO: CERTO (FUB/Administrador) Uma instituição de ensino superior pesquisou, entre seus alunos, o grau de satisfação nas seguintes categorias, divididas em subcategorias: qualidade do ensino, das Carlos Xavier Aula 00 Inovação p/ BRB (Escriturário) - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 32 78 instalações, do atendimento administrativo e do projeto pedagógico. Devido ao alto grau de insatisfação apresentado nos resultados de várias categorias, a instituição resolveu investir na melhoria do índice de satisfação, por meio de ações de gestão da qualidade. Com relação a essa situação hipotética, julgue o item a seguir. (FUB/Administrador) A ferramenta a ser utilizada para diagnosticar as causas de insatisfação das diversas categorias pesquisadas é o diagrama de Ishikawa, também conhecido como diagrama Espinha de Peixe. Comentário: Em outras palavras, a ferramenta de Ishikawa é aquela que ajuda a identificar causas para os efeitos (baixo grau de satisfação em cada categoria). É exatamente isso! GABARITO: Certo. 2.2. 5W2H O 5W2H é uma ferramenta de qualidade muito utilizada no planejamento operacional. O objetivo é levantar vários questionamentos que servem como base para a completa definição das ações a serem tomadas. Neste sentido, as perguntas a serem resolvidas sobre o problema que está sendo investigado ou sobre o processo a ser planejado são: 1. What à? O que deve ser executado? 2. Who à? Quem irá executar a tarefa? 3. Where à? Onde será executada a ação? 4. When à? Quando será executada a ação? 5. Why à? Por que será executada a tarefa? 6. How à? Como será executada a tarefa? 7. How much à? Quanto custa para executar a ação? 2.3. DIAGRAMA DE PARETO A análise de Pareto, ou Diagrama de Pareto, é uma técnica que busca priorizar determinados fatores. Foi criado pelo economista Vilfredo Pareto, com a observação de que 80% da renda se encontrava nas mãos de 20% da população. Enquanto ferramenta de qualidade, ela permite que se identifiquem quais os produtos/serviços mais demandados por um setor ou quais as causas prioritárias a serem resolvidas para evitar problemas de qualidade. Carlos Xavier Aula 00 Inovação p/ BRB (Escriturário) - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 33 78 De modo geral, esta técnica parte do princípio de que poucas causas geram a maior parte dos problemas, são as causas chamadas de vital few (estranhamente traduzido para português como "pouco vitais"). Assim, ela é conhecida também como princípio 80 / 20 (80% dos problemas são explicados por 20% das causas) sendo a base para análises de prioridades como a curva ABC de compras. Na prática, esses percentuais não são exatos (80% / 20%), é possível que a banca fale em 70/30 ou 90/10. A ideia geral é a de que grande parte das consequências são causadas por uma pequena parte das causas. Em oposição aos elementos "pouco vitais" (20% dos elementos que explicam 80% das consequências/problemas), haveria ainda a identificação dos elementos "muito triviais" (trivial many). Note que o foco é a identificação dos "pouco vitais", os "muito triviais" são apenas consequência! Para construção do Diagrama de Pareto, os dados da tabela que servem de referência devem ser colocados em ordem decrescente, de modo que a o gráfico possa ser construído do item com maior frequência para o que possua menor frequência, somando-se ainda as frequências percentuais acumuladas para apresentação no diagrama. Um exemplo de uso do diagrama de Pareto é o seguinte: Fonte: elaboração própria Observe que, no exemplo dado, apenas duas causas (20% das causas), representam 80% do total dos problemas (consequências) observados na produção. Com base neste gráfico, o gestor pode decidir que, para melhorar a qualidade (e diminuir as não conformidades) os principais defeitos a serem resolvidos seriam: parafuso solto e sujeira. Ações para resolver estes dois problemas resolveriam 80% dos problemas da produção! Deste modo, fica claro que o diagrama de Pareto busca auxiliar o tomador de decisões através da priorização de quais causas devem ser atacadas com maior intensidade e rapidez para a melhoria da qualidade. Carlos Xavier Aula 00 Inovação p/ BRB (Escriturário) - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 34 78 (FUB/Administrador) Caso deseje identificar as subcategorias com maiores índices de insatisfação para, posteriormente, priorizar suas ações corretivas apenas nas subcategorias mais relevantes, a instituição deverá utilizar o diagrama, ou método de análise, de Pareto. Comentário: O diagrama de Pareto é uma ferramenta apropriada para realizar a priorização, conforme mencionado pela questão! GABARITO: Certo. 2.4. BRAINSTORMING E BRAINWRITING. O brainstorming é uma técnica de auxílio à tomada de decisão e à solução de problemas, sendo utilizada também como ferramenta de qualidade, à medida que possibilita um amplo levantamento de ideias sobre determinado tema. A diferença para o brainwriting é que esta última é aplicada por escrito. Podendo ser traduzida como tempestade cerebral, esta técnica consiste na reunião de grupos de pessoas que expõem seu pensamento livremente, de modo a incentivar o surgimento de novas ideias. Os seus princípios básicos são os seguintes (Chinelato Filho, 2008): 1. Inexistência de críticas - ninguém pode ser depreciado pelo que sugeriu. 2. Incentivo à ideia absurda - tal ideia pode trazer a chave da originalidade; por meio da analogia, pode- se chegar à grande solução. 3. Estímulo à quantidade - a quantidade acaba por gerar qualidade. 4. Os melhoramentose analogias - combinando-se elementos, dando-se uma feição lógica e real às ?ŝĚĞŝĂƐ�ĂďƐƵƌĚĂƐ ?�ĐŚĞŐĂ-se a grandes descobertas. O produto final de brainstorming é um elenco de ideias ordenado. Este mesmo autor apresenta um roteiro a ser utilizado como sequência básica para uma sessão de brainstorming: 1. O grupo precisa, antes de tudo, estar informado sobre os objetivos da sessão de brainstorming. O coordenador de cada grupo deve ter total domínio dessa metodologia. 2. O coordenador expõe o problema a ser discutido. Se necessário, divide-o em partes. Por fim, pede soluções para o problema. 3. O coordenador solicita que cada membro apresente apenas uma ideia de cada vez, e deve estimular cada ideia para provocar ƵŵĂ� ?ƌĞĂĕĆŽ�Ğŵ�ĐĂĚĞŝĂ ? ? 4. Os primeiros 10 a 15 minutos da sessão devem ser destinados ao bombardeio de ideias. Carlos Xavier Aula 00 Inovação p/ BRB (Escriturário) - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 35 78 5. Um relator deve anotar todas as ideias sugeridas e preparar uma lista para rediscuti-las com os participantes. 6. A etapa seguinte é a seleção de ideias que pareceram mais promissoras. Se for o caso, devem-se fazer analogias ou adotar um sentido lógico. 7. As soluções escolhidas devem ser aglutinadas, coordenadas na definição do projeto e devidamente experimentadas. Além disso, o Brainstorming pode ser classificado em dois tipos diferentes: x Brainstorming estruturado: é aquele no qual cada membro dá sua opinião a cada rodada. A grande vantagem é que os membros mais tímidos têm participação mais ativa, uma vez que possuem um momento apropriado para falar, não havendo uma completa dominância dos membros mais extrovertidos. A principal desvantagem é que há uma perda de dinamicidade. x Brainstorming não estruturado: neste tipo, cada pessoa pode dar sua opinião a qualquer momento, não havendo um momento específico como no modelo anterior. A grande vantagem é a maior dinamicidade do processo, pois as ideias vão se construindo umas sobre as outras. Por outro lado, sendo um processo menos metódico, as pessoas tímidas e introvertidas tendem a contribuir pouco para o processo. Por isto, este modelo é ideal quando todas as pessoas do grupo possuem um perfil extrovertido. 2.5. ANÁLISE DE VANTAGENS E DESVANTAGENS A análise de vantagens e desvantagens é uma técnica simples que consiste em enumerar as várias vantagens e desvantagens de uma determinada decisão, para que seja possível analisar em conjunto os dois grupos e decidir/avaliar uma decisão. 2.6. TABELA DE DECISÕES E ÁRVORE DE DECISÕES Uma tabela de decisões apresenta os diferentes critérios que servem de base para a tomada de decisão, as respostas que o tomador dá a cada um dos critérios e as ações que deverão ser tomadas em consequência. Se, por exemplo, o tomador de decisões pretende decidir com que tipo de casaco deve sair a depender do clima, poderia utilizar dois critérios: Está ou não chovendo? Está ou não fazendo frio? Vejam essa decisão representada em uma tabela de decisão: Carlos Xavier Aula 00 Inovação p/ BRB (Escriturário) - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 36 78 Critério/Alternativa Avaliação/ação R1 R2 R3 Critério 1 Chove S S N Critério 2 Faz frio S N S Alternativa 1 Usar capa com forro quente. X Alternativa 2 Usar capa sem forro. X Alternativa 3 Usar pulôver de lã, sem capa. X A árvore de decisões, por sua vez, está associada à tabela, sendo uma mera representação gráfica das ramificações de uma tabela de decisões como se fossem galhos de uma árvore. Veja o mesmo exemplo anterior estruturado em uma árvore de decisões: 2.7. ANÁLISE DO CAMPO DE FORÇAS A análise do campo de forças consiste em uma enumeração e análise das forças favoráveis e das forças contrárias â decisão a ser tomada, de modo a criar uma reflexão sobre cada decisão. Com isso será possível buscar a maximização das forças propulsoras, a minimização das forças contrárias ou a realização de ações para que as duas coisas aconteçam ao mesmo tempo. Ex.: Carlos Xavier Aula 00 Inovação p/ BRB (Escriturário) - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 37 78 2.8. MODELO MULTICRITERIAL O modelo multicriterial consiste no estabelecimento de uma tabela com os vários critérios importantes para uma decisão e o posterior estabelecimento de pesos para cada critério. Em seguida, o tomador de decisões dá notas para cada um dos cursos de ação possíveis nos vários critérios analisados. Logo depois, por meio de uma fórmula pré-definida, o tomador de decisões consegue visualizar qual das decisões é a mais indicada no caso analisado. Carlos Xavier Aula 00 Inovação p/ BRB (Escriturário) - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 38 78 (IBGE/Agente Censitário Regional) Um gerente administrativo precisa decidir qual aparelho de ar condicionado adquirir para ser instalado no escritório da empresa em que trabalha. A tabela abaixo apresenta a avaliação das alternativas dos aparelhos por fabricante, em cada um dos critérios de avaliação considerados, bem como os pesos atribuídos a cada critério: Assumindo que essas são todas as opções de aparelhos disponíveis no mercado e que esses são todos os critérios relevantes para a sua avaliação, pelo modelo racional de tomada de decisão o gerente deveria escolher o aparelho do fabricante: a) Alfa; b) Beta; c) Gama; d) Delta; e) Beta ou Gama. Comentário: Questão diferente. Você teria que fazer a matemática do modelo multicriterial para escolher uma alternativa. Vejamos: Alfa = 7x10 + 5x10 + 8x5 + 10x8 = 240 Beta = 80 + 70+ 45+64 = 259 Gama = 100+80+30+40=250 DELTA = 80+60+50+64=254 GABARITO: B Carlos Xavier Aula 00 Inovação p/ BRB (Escriturário) - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 39 78 3. OUTRAS FERRAMENTAS/TÉCNICAS DE APOIO NO PROCESSO DECISÓRIO. Como você já deve ter notado, são várias as técnicas/ferramentas de apoio no processo decisório. Além de todas as que já estudamos no curso, há outras que se também caem em concurso: x Técnica de grupos nominais: Trata-se de uma técnica de tomada de decisão em grupo, na qual se recorre a um grupo de pessoas para que façam julgamentos especializados independentes, de modo a gerar criatividade na sugestão de soluções para problemas complexos. As opiniões propostas são colocadas numa lista anônima e, em uma reunião, todos os participantes atribuem notas para as propostas colocadas, permitindo a priorização e escolha das alternativas pelo grupo. x Técnica Delphi (ou Delfos): Trata-se de uma técnica de tomada de decisão em grupo na qual um conjunto de especialistas busca o consenso em relação aos pontos que são discutidos. Em essência, trata-se de uma técnica não interativa, já que os membros do grupo não se reúnem fisicamente. Os especialistas participam de maneira anônima, respondendo questões sobre alguns pontos do projeto. Essas respostas são resumidas e redistribuídas para que outros especialistas façam novos comentários. Este processo é repetido por algumas rodadas até que seja alcançado um consenso, reduzindo a parcialidade que decorre da influência indevida de algum dos especialistas. Existem várias outras, por isso você deve manter sua mente aberta para interpretar. Carlos Xavier Aula 00 Inovação p/ BRB (Escriturário) - Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 40
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