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ANHANGUERA UNIDADE CAMPO LIMPO PAULISTA. CURSO DE PEDAGOGIA Primeiro Ano Campo Limpo Paulista – São Paulo Maio, 2018 Maria Eduarda Rodrigues Ferreira R.A 2790554090 A inclusão de alunos público alvo da educação especial no ensino regular CAMPO LIMPO PAULISTA-SÃO PAULO Maio, 2018. INTRODUÇÃO O objetivo deste trabalho, é resolver um problema chave, e se aprofundar na resolução desse problema. “Paulo é um aluno de 8 anos, com transtorno do espectro do autismo (transtorno global do desenvolvimento), que não fala e fica isolado na sala de aula. A mãe de Paulo, Ana, parou de trabalhar fora de casa para se dedicar aos cuidados com o filho. E mesmo quando Paulo está na escola, à mãe precisa ficar em alerta, pois se Paulo fizer alguma necessidade na fralda, a escola liga para Ana ir até lá. Um dia, Ana estava no mercado e foi às pressas de moto táxi para trocá-lo. Quando chegou, Paulo estava todo molhado, sentado na carteira, quieto e sozinho”. A educação inclusiva nos dias de hoje, faz parte das rotina das escolas.Mesmo assim, é um dos maiores desafios do sistema educacional, por motivos como, as concepções históricas sobre as pessoas com deficiência, as políticas públicas brasileiras e em decorrência da formação e atuação de profissionais para essa área. No texto a seguir, vamos entender melhor sobre o Autismo, sobre a importância da escola, professores e família em relação a uma criança que tem autismo e estuda em uma escola regular. DESENVOLVIMENTO O Autismo é um Transtorno Global do Desenvolvimento (TGD), que pode acontecer pela genética , e é causada por defeitos em parte do cérebro. Esse transtorno é caracterizado pela dificuldade na comunicação social, e comportamentos repetitivos. Ele pode ser percebido logo após ao nascimento ou pode ser mais sutis e ser percebidos ao longo do tempo. Nos dias de hoje, são divididos em 3 estágios, sendo eles, autismo leve, autismo moderado e autismo severo. Normalmente são identificados esses sinais, que são chamados de TEA ( Transtornos do Espectro do Autismo), nos primeiros anos de vida, sempre observando seu modo de interagir socialmente, sua linguagem e suas brincadeiras . O autismo é algo que nasce com o ser humano e permanece com ele , e se for descoberto cedo, e tratado corretamente, ele pode até “sair” desse estágio, mas nunca ser eliminado. Eles conseguem se destacar em algumas habilidades, como, musical, visual, arte e matemática. Passando para dentro da sala de aula, podemos pensar como pode ser difícil um aluno com Autismo se colocar na escola, com professores, outros alunos e regras, sendo ela de ensino regular. E o mais importante , se o ensino regular, está preparado para uma criança autista. A escola tem um papel essencial no desenvolvimento da cultura inclusiva. De acordo com a Constituição Federal, o artigo 205, define a educação como um direito de todos, e garante o pleno desenvolvimento da pessoa, estabelece a igualdade de condições de acesso e permanência na escola como um princípio, garante que é dever do Estado oferecer o atendimento educacional especializado (AEE) preferencialmente na rede regular de ensino. Mas atualmente, a mesma ainda não está preparada para receber o público-alvo da educação especial, é fundamental que todos (docentes, discentes,funcionários, etc.) dentro de uma Unidade escolar estejam preparados para receber uma inclusão, tanto fisicamente(adaptações dos prédios) quanto na formação dos professores e os mesmos adaptando seus conteúdos para que os alunos da educação especial tenham mais facilidade no entendimento e aprendizado de forma equilibrada. A inclusão, vai além, de matricular o aluno com autismo em uma escola de ensino regular, como falam Glat e Nogueira (2002, pág 26) “Vale sempre enfatizar que a inclusão de indivíduos com necessidades educacionais especiais na rede regular de ensino não consiste apenas na sua permanência junto aos demais alunos, nem na negação dos serviços especializados àqueles que deles necessitem. Ao contrário, implica uma reorganização do sistema educacional, o que acarreta a revisão de antigas concepções e paradigmas educacionais na busca de se possibilitar o desenvolvimento cognitivo, cultural e social desses alunos, respeitando as diferenças e atendendo às suas necessidades.” Estão respaldados pelas leis, como mostra o decreto nº 6571/2008, que institui as diretrizes operacionais da educação especial para o Atendimento Educacional Especializado. A educação especial consiste em uma vertente da educação, algumas leis que corroboram para aceitação do PAEE. -A lei 9394- Estabelecimento de normas e regras para aplicação da educação ( o que inclui o direito da educação especial gratuita no 4º artigo. -A lei 8069... define a obrigatoriedade de atendimento à criança ou adolescente com deficiência, sem que deva haver nenhum tipo de discriminação ou segregação. Mesmo com as leis ainda é um trabalho lento e de formiguinha para colocar em prática o que se tem no papel. A escola inclusiva é mais do que somente, garantir o acesso à entrada de alunos nas instituições de ensino. O objetivo para nós enquanto educadores é eliminar obstáculos que limitam a aprendizagem. Primeiramente ao receber um aluno como Paulo, o professor precisar ser mais que um especialista para lidar com as diferenças e diversidades que encontrará dentro da sala de aula. É preciso conhecer a realidade do aluno trazendo esta família junto da escola (trabalho difícil pois normalmente estas famílias vivem um luto da não aceitação do problema da criança), iniciar um trabalho para criar um vínculo com o mesmo e resgatar a auto estima e só então pensar na socialização e aprendizado do mesmo não esquecendo que na aprendizagem será preciso adaptar as atividades conjuntas e individuais, para inserir o mesmo não só na escola, mas em todo espaço escolar. “O desempenho escolar das crianças com autismo depende muito do nível de acometimento do transtorno. As crianças com nível mais grave de autismo podem apresentar atraso mental e permanecer dependentes de ajuda. As crianças com autismo leve ou somente com traços autísticos, na maioria das vezes, acompanham muito bem as aulas e os conteúdos didático-pedagógicos”. (SILVA, 2012, p. 109) A família é fundamental para o processo de aprendizagem de qualquer criança, quando se trata da criança de inclusão não é diferente. Neste caso a família necessita ter uma relação de parceria com o mesmo objetivo a serem alcançados e juntos busquem o sucesso do processo educacional do aluno. É essencial a família acompanhar de perto as evoluções e cobrar junto a Diretoria de Ensino o que a lei oferece para ocorrer realmente a inclusão deste indivíduo, desde a formação dos profissionais, adaptação de materiais e adequação do prédio se necessário. É importante ressaltar que o aluno demanda além de recursos alternativos para acessar o conteúdo, alternativas para se comunicar o que é essencial para processo do ensino e aprendizagem. A família além de seus deveres, tem o direito de exigir uma educação de qualidade, que vai além da vaga na escola, com o transporte escolar, uniformes e a merenda. A escola deve ser vista como uma instituição de ensino básico o qual deve promover metas educacionais, acesso pedagógico e ter estratégias para trazer as famílias para dentro das escolas com o objetivo também de acolhê-las. Essa é uma tarefa difícil e desafiadora, mas é fundamental que cada profissional da educação tenha convicção de seu importantepapel na busca do respeito às diferenças e de uma sociedade mais justa e humana. CONCLUSÃO Ao analisarmos todo o material aqui referenciado, pude concluir que : “O ingresso na escola é um marco importante no desenvolvimento das crianças. Não apenas para o aprendizado em si, mas também pelo desenvolvimento social e pela formação do ser humano como um todo” (SILVA, 2012, p. 107). É na escola que acontece o grande desenvolvimento de uma criança autista, são trabalhadas as questões em grupo e socialização, não só com a família, mas com outras pessoas . A finalidade deste trabalho, foi mostrar o que uma escola regular precisa para receber um aluno com autismo , tal como os professores e familiares trabalham em conjunto para isso acontecer. Foi notória a dificuldade que se tem , para uma estrutura para esses alunos, mostrando assim, que precisam de mais recursos e mais informação e formação para o profissional que for trabalhar com inclusão escolar. Bibliografias http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1519-0307201600 0100006 http://entendendoautismo.com.br/artigo/autismo-na-escola-o-que-voce-precisa- saber/ https://canaldoensino.com.br/blog/como-lidar-com-o-autismo-em-sala-de-aula https://canaldoensino.com.br/blog/como-identificar-os-primeiros-sinais-do-autis mo http://diversa.org.br/forum/o-que-fazer-quando-escola-frequentemente-pede-par a-familia-buscar-aluno/
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