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Resumo EICHMANN com Hannah Arendt

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Uma ação impensada e em conformidade com uma ideologia totalitarista faz com que as pessoas deixem de criticar sobre aquilo que estão vivenciando. Eichmann, homem de origem humilde, aliou-se ao partido nazista por estar desempregado. Vítima da onda massificante nacional-socialista, promoveu incalculável mal ao tornar-se o homem que organizava a deportação dos judeus e, posteriormente, seu transporte para os campos de concentração. Apesar de não ter problemas em relação aos judeus, Eichmann fazia aquilo de era determinado a ele, sem criticar, ou seja, agia com heteronomia. Fazia das ordens do Reich a razão de sua importância, e agia segundo o imperativo categórico invertido pelo nazismo: aja de tal modo que o Fuher, se souber de sua atitude, a aprove. Sua ambição era ter reconhecimento perante o Reich. Ao saber sobre a Solução Final, onde os judeus seriam exterminados nos campos de concentração, Eichmann, impassível, se mantém no cargo e, acreditando-se cidadão cumpridor dos preceitos kantian, os (acreditava que agia com autonomia), não só obedecia às ordens, mas também à lei (lei do Reich). Era uma personalidade manipulável e heterônoma, tanto que, quando ocorreu a derrota da Alemanha, sentiu-se um “cão sem dono”, pois não tinha ninguém para orientá-lo, dar-lhe ordens para cumprir. Eichmann, afetado pelo fenômeno da massificação, foi o transportador de judeus, vitimado pela onda totalitarista ariana. Apesar de seu julgamento tendencioso, pois foi capturado ilegalmente na Argentina e julgado em Israel (sem direito ao devido processo legal, da ampla defesa e do contradiório, além de ferir o direito internacional, pois foi punição por crime de genocídio é interesse da humanidade), pagou pelos crimes que não cometeu uma vez que não determinou a morte de nenhum judeu. Eichmann, visivelmente debilitado, durante seu julgamento repetia frases feitas, o que evidenciava sua debilidade psicológica, mas não o isentava de sua culpa. Eichmann não despertou para o pensar, não se incomodou com o destino dos judeus. Manteve-se protegido no escudo de seus pre-conceitos, sem ficar perplexo perante a banalidade do mau. Os pensamentos socráticos não foram observados por ele. Dentro da onda totalitarista, Eichmann admirava Hitler e queria sair do anonimato. No Brasil, a propaganda veiculada pela mídia, agressiva e tendenciosa, reporta aos anos de repressão, pois há vários elementos atualmente que clamam pelo totalitarismo. Esta moderna burguesia que exige a tomada do poder por militares, advoga em causa própria, pois se encontra massificada, sem proposições políticas ou partidárias e com intenso desprezo pelas classes trabalhadoras, estas com uma certa ascensão social. Para simplesmente impedir que pobres possam ter uma vida mais digna, e porque temem perder espaço dentro do sistema democrático, sistema este que é frágil, pois sofre contínuas interferências externas, o que abala o equilíbrio político. Hannah Arendt acredita que Eichmann é culpado, porém foi julgado como um criminoso genocida que banalizou o mau.

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