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Resumos+Prova-InovaçãoTecnológica

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INOVA��O TECNOL�GICA PARTE 2.doc
Aula 6 – Comportamentos do Empreendedor
O Empretec trabalha 10 características do comportamento empreendedor, que veremos a seguir:
O empreendedor é capaz de:
→ Busca de oportunidades e iniciativa: 
Aproveitar oportunidades fora do comum para iniciar um projeto, negócio ou atividade, como: obter financiamentos, equipamentos, terrenos, local de trabalho ou assistência;
Agir para se expandir em novas áreas, produtos ou serviços;
Fazer as coisas antes de solicitado ou de forçado pelas circunstâncias.
→ Persistência:
Agir com persistência ou mudar a estratégia a fim de enfrentar um desafio ou superar um obstáculo;
Agir diante de um obstáculo significativo;
Assumir responsabilidade pessoal pelo desempenho necessário ao atingimento de metas e objetivos.
→ Aceitação de riscos:
Avaliar alternativas e calcular riscos deliberadamente;
Colocar-se em situações que implicam desafios ou riscos moderados;
Agir para reduzir os riscos ou controlar os resultados.
→ Exigência de eficiência e qualidade:
Encontrar maneiras de fazer uma atividade melhor, mais rápida ou mais barata;
Agir de maneira a fazer as coisas que satisfaçam ou excedam padrões de excelência;
Desenvolver ou utilizar procedimentos para assegurar que o trabalho seja terminado a tempo ou que o trabalho atenda a padrões de qualidade previamente combinados.
→ Comprometimento com o trabalho:
Fazer um sacrifício pessoal ou despender um esforço extraordinário para completar uma tarefa;
Esmerar-se em manter os clientes ou parceiros satisfeitos e colocar-se em primeiro lugar a boa vontade em longo prazo, acima do lucro em curto prazo;
Colaborar com os colaboradores ou se colocar no lugar deles, se necessário, para terminar um trabalho.
→ Estabelecimento de metas:
Estabelecer metas e objetivos que são desafiantes e que têm significado pessoal; 
Definir metas de longo prazo, claras e específicas;
Estabelecer objetivos de curto prazo mensuráveis.
→ Busca de informações:
Dedicar-se pessoalmente a obter informações de clientes, fornecedores e/ou concorrentes;
Investigar pessoalmente, como desenvolver, um produto ou fornecer um serviço;
Consultar especialistas para obter assessoria técnica ou comercial.
→ Planejamento e monitoramento sistemático:
Planejar, dividindo tarefas de grande porte em subtarefas com prazos definidos;
Constantemente revisar seus planos levando em conta os resultados obtidos e mudanças circunstanciais;
Manter registros financeiros e utilizá-los para tomar decisões.
→ Persuasão e rede de contatos:
Utilizar pessoas-chave como agentes para atingir seus próprios objetivos;
Agir para desenvolver e manter relações comerciais;
Utilizar estratégias deliberadas para influenciar ou persuadir os outros.
→ Independência e autoconfiança:
Manter seu ponto de vista, mesmo diante da oposição ou de resultados inicialmente desanimadores;
Buscar autonomia em relação a normas e controle dos outros;
Expressar confiança na sua própria capacidade de completar uma tarefa difícil ou de se enfrentar um desafio.
Dificuldades e barreiras encontradas pelo empreendedor em sua trajetória
Joseph Schumpeter foi um dos primeiros economistas do século 20 a estudar a inovação e a perceber que a inovação e as mudanças tecnológicas são frutos do empreendedorismo. O empreendedor deve ter uma busca premente pela inovação de seu próprio produto ou serviço para evitar a obsolescência.
Nesse caminho se depara com algumas barreiras e dificuldades:
- Encontrar a oportunidade de negócio;
- Carência de conhecimento da área de negócio escolhida;
- Falta de formação empreendedora e gerencial;
- Dificuldades de obter financiamento; 
- Inexperiência em lidar com o risco.
Aula 7 – Perfis para Inovação Tecnológica
Perfis para o processo de inovação tecnológica:
Na economia globalizada em que vivemos, a capacidade de promover a inovação tem sido um fator primordial para a sobrevivência das organizações, que precisam responder às mudanças pelas quais passa esta sociedade e gerar novas e melhores formas de realizarem suas atividades. Muito falamos em inovação, na importância de inovar e do impacto que as inovações trazem, principalmente, aquelas que dão origem a novos produtos ou serviços.
Dentre os profissionais envolvidos nesse processo, destacamos os da área de Tecnologia da Informação como atores fundamentais no desenvolvimento da inovação tecnológica, necessitando compreender plenamente esse processo para que possam ser protagonistas nas organizações em que trabalham, atuando de forma criativa na solução de problemas e no desenvolvimento de soluções inovadoras.
Características fundamentais:
Para que um profissional tenha um perfil inovador é fundamental que possua e desenvolva características específicas, como:
Conhecimento sobre os produtos, serviços e processos que se deseja inovar;
Capacidade de geração e detalhamento de ideias;
Habilidade para solucionar problemas;
Espírito de pesquisa e busca constante de informações e conhecimentos;
Boa comunicação e atuação em rede para amadurecimento de ideias;
Capacidade de transformação de novas ideias em produtos, serviços e processos (inovação);
Persistência e determinação no processo de convencimento da relevância de uma inovação (persuasão);
Habilidade de liderança;
Capacidade para definir estratégias para implementação da inovação;
Habilidade em definir critérios de avaliação de desempenho e sucesso da inovação;
Flexibilidade.
Inovação e criatividade:
Inovação e criatividade são processos distintos que caminham sempre juntos. A criatividade, aliada ao conhecimento, é a base para o processo de inovação que, para ser desenvolvida, produz novas dificuldades que necessitam ser novamente resolvidas com criatividade. Não podemos conceber inovação sem que tenhamos como ponto de partida a geração de ideias criativas. Dessa maneira, a criatividade é uma habilidade que permite definir novas relações ente conceitos e elementos que pareciam não conectados originalmente, resultando em um novo conhecimento e, assim, sucessivamente.
Qual a relação entre inovação e criatividade?
- Inovar é implementar algo novo ou melhorar algum produto, processo ou serviço, usando a criatividade e o conhecimento. Inovar é colocar a criatividade em ação, aplicá-la para gerar ou agregar valor a um produto, processo ou serviço, através da combinação de outros produtos, processos ou serviços já existentes.
Então, para que a inovação aconteça é necessário que as pessoas sejam criativas na abordagem dos problemas. Sem geração de ideias não há como inovar. E para promover a inovação, é necessário desenvolver a capacidade criativa dos indivíduos e da organização
Então, se a criatividade é uma capacidade inerente a todo ser humano, o que diferencia os chamados criativos dos demais?
 As pesquisas indicam que a diferença está principalmente na atitude. Portanto, se desejarmos usar nosso potencial para criar, é necessário que cultivemos uma atitude criativa.
Para estar aberto a novas ideias e desenvolver um perfil fértil para inovação e criatividade, algumas posturas, ou atitudes, são importantes:
Gostar de conviver com pessoas que pensam diferente de você;
Considerar sempre os dois lados de um argumento;
Não se incomodar com mudanças frequentes;
Afastar-se de modelos e paradigmas muito rígidos e cristalizados para “pensar fora da caixa”;
Permitir-se rir de fatos e situações;
Questionar de forma coerente normas e regras;
Agir também por intuição e não somente pela razão;
Ser flexível para lidar com situações que acontecem diferentemente do que havia sido planejado;
Procurar ver uma situação ou problema por inteiro e
não de forma fragmentada;
Quebrar paradigmas e observar como as pessoas reagem;
Ouvir opiniões diferentes das suas;
Fazer conexões entre fatos que parecem não ter relação entre si;
Pensar em ideias alternativas;
Sempre pensar que se pode fazer algo melhor do que já foi feito;
Correr riscos calculados;
Não esconder suas ideias e gostar de apresentá-las;
Colocar-se no lugar do outro para tentar entender suas ideias;
Procurar entender o que é contraditório;
Gostar de superar limites.
Exemplo de inovação e criatividade:
Um interessante caso de sucesso de inovação e criatividade é o da empresa ZipLux, que desenvolveu solução para evitar o fechamento de parte de vias públicas para a troca de lâmpadas. A inovação rendeu à empresa prêmios internacionais.
A ZipLux ganhou o Prêmio Ideia, nos Estados Unidos, na categoria industrial, como o produto de maior performance e melhor funcionalidade, e na categoria sustentabilidade, porque economiza energia.
 
Com base no conceito de sustentabilidade, a ZipLux continua desenvolvendo produtos inovadores para iluminação em grandes áreas, utilizando leds e, principalmente, energia solar.
Atividade: Qual é a idade de cada uma das três crianças?
Dentre as características de um perfil inovador encontramos a persistência e a habilidade para solucionar problemas. Então, vamos exercitar estas habilidades solucionando a seguinte situação:
“Dois grandes amigos, um filósofo e um matemático, que não se viam há muitos anos, encontram-se e começam a conversar. O matemático, que possui excelente memória, pergunta ao filósofo quantos filhos ele tem. 
O filósofo diz que são 3. 
O matemático pergunta a idade das crianças. 
O amigo, que sabe que matemáticos gostam de quebra-cabeças, diz que vai dar algumas pistas da idade das crianças. 
Seguem as pistas: 
1 - “O produto da idade das crianças é 36.” 
2 - “As idades são inteiras.” 
3 - “A soma das idades é igual ao número da casa onde costumávamos jogar xadrez.” 
O matemático pediu mais informações. 
4 - “A criança mais velha se parece comigo.” 
(Adaptado de: Sandra R.H. Mariano / Verônica Feder Mayer) 
 Resposta do Documento .pdf
Aula 8 – Inovação de Produtos e Processos
Perfis para o processo de inovação tecnológica:
As inovações tecnológicas produzem mudanças nos hábitos das pessoas, no processo produtivo e na forma como as empresas conduzem sua gestão. O termo “inovação tecnológica” tem ampla utilização e, nesta disciplina, nos referimos a ele como a introdução, no mercado, de um produto tecnologicamente novo ou substancialmente aprimorado ou, ainda, a introdução, na empresa, de um processo produtivo tecnologicamente novo ou substancialmente aprimorado.
A partir de estudos realizados pela pesquisadora Ana Maria Nicolaci-da-Costa, podemos dizer que as inovações tecnológicas são responsáveis por diversas transformações na vida da sociedade moderna.
“(...) Não parece haver dúvidas de que nossos comportamentos e hábitos podem sofrer alterações em função do desenvolvimento de novas tecnologias. O difícil é perceber que algumas tecnologias têm impactos bem mais profundos sobre os seres humanos que a eles são expostos, chegando mesmo, embora em raros casos, a gerar transformações internas radicais. Em outras palavras, embora seja fácil detectar que novas tecnologias têm o poder de alterar nossos hábitos e nossas formas de afgir, é bem mais difícil registrar que algumas tecnologias também podem alterar radicalmente nosso modo de ser (como pensamos, como percebemos e organizamos o mundo externo e interno, como nos relacionamos com os outros e com nós mesmos, como sentimos etc.)” (....)
Inovar
A palavra inovar, do latim, significa tornar novo, renovar, enquanto inovação traduz-se pelo ato de inovar. Então, podemos definir “Inovação”, em seu sentido mais amplo, como a busca e descoberta, experimentação, desenvolvimento e adoção de novos produtos, novos processos de produção e novas formas organizacionais. Isto é, o termo inovação se refere ao “processo” através do qual uma nova ideia, um objeto ou uma prática são criados, desenvolvidos ou reinventados. No contexto apresentado, podemos analisar e classificar a inovação de acordo com suas características: Quanto ao objeto da inovação e Quanto ao impacto no mercado. Veremos cada uma a seguir.
- Quanto ao objeto da inovação
Inovação de produtos/serviços:
Diz respeito ao desenvolvimento, produção e comercialização de produtos ou serviços novos, utilizando-se de criatividade para introduzir os mesmos, muitas vezes vinculados a necessidades não satisfeitas dos clientes. Esses produtos ou serviços podem, inclusive, estar fundamentados em novas tecnologias. 
 Ex: Automóvel com câmbio automático, em comparação ao “convencional”.
Inovação de processos:
Diz respeito ao desenvolvimento de outras formas e novos meios de fabricação, manufatura de produtos ou na distribuição ou prestação de serviços. Essas novas formas necessitam, contudo, obter vantagens nos custos ou maior presteza em sua elaboração.
Ex: Automóvel produzido por robôs, em comparação ao produzido por operários humanos.
Inovação de modelos de negócios:
Diz respeito a novas formas de inserção e exploração do mercado, traduzidas no desenvolvimento de novos negócios e diferentes formas de conduzi-los, resultando em uma vantagem competitiva sobre seus concorrentes. Não implica necessariamente em mudanças no produto ou mesmo no processo de produção, mas na forma como que ele é levado ao mercado.
- Quanto ao impacto no mercado
Inovação incremental:
Representa pequenos avanços nos benefícios percebidos pelo consumidor e não modificam de forma expressiva a forma como o produto é consumido ou o modelo de negócio.
 Ex: Evolução do CD comum para CD duplo, com capacidade de armazenar o dobro de faixas musicais.
Inovação radical:
Representa uma mudança drástica na forma como um produto ou serviço é consumido, acompanhada por um novo modelo de consumo ou comportamento do mercado. 
 Ex: Evolução do CD de música para os arquivos digitais em MP3.
** Como podemos observar, as inovações permitem que as empresas acessem novos mercados, aumentem suas receitas, realizem novas parcerias, adquiram novos conhecimentos e aumentem o valor de suas marcas.**
Inovação de produto e de processo
A distinção entre inovação de produto e de processo é, por vezes, difícil de se identificar; novos produtos requerem, com frequência, diferentes técnicas de produção, enquanto alterações nesta tecnologia de produção permitem o aperfeiçoamento do produto.
Mas podemos considerar algumas diretrizes diferenciadoras:
Se a inovação envolve características novas ou substancialmente melhoradas do serviço oferecido aos consumidores, trata-se de uma inovação de produto.
Se a inovação envolve métodos, equipamentos e/ou habilidades para o desempenho de serviços novos ou substancialmente melhorados, então é uma inovação de processo.
Se a inovação envolve melhorias substanciais nas características do serviço oferecido e nos métodos, equipamentos e/ou habilidades usados para seu desempenho, ela é uma inovação tanto de produto como de processo.
Em muitos casos, uma inovação de serviço pode ser apenas de um tipo. Por exemplo, as empresas podem oferecer um novo serviço ou novas características de um serviço sem mudar substancialmente o método pelo qual ele é oferecido. Do mesmo modo, melhoramentos significativos em processos, por exemplo, a redução de custos de distribuição, podem não fazer qualquer diferença para as características do serviço vendido aos consumidores.
Tecnologia da informação e inovação
Agora que você já conhece a diferença entre inovação de produto e de processo, pode perceber a importância
do profissional de TI no contexto das organizações, identificando seu papel tanto na produção de um produto quanto na otimização de um processo, com uso e desenvolvimento das Tecnologias da Informação e Comunicação, base para a inovação tecnológica.
 
O incentivo à inovação na área de TI se torna uma necessidade para aquelas empresas que querem se destacar em seus segmentos. Essas empresas precisam responder com agilidade aos sinais do mercado, antes identificados como ‘ameaças’, e, através do uso de sistemas diferenciados que permitem obter a chamada Inteligência de Negócios, transformar essas “ameaças“ em grandes “oportunidades”, dada a sua capacidade de gerar ideias inovadoras.
 
A evolução da tecnologia da informação tem permitido a criação de novas soluções para as necessidades de processamento de informações nas organizações: 
• Novos produtos com mais funcionalidades e mais baratos; 
• Novos serviços que tornam produtos obsoletos; 
• Tecnologias que integram produtos e serviços, e assim por diante.
Dica: Uma característica fundamental do perfil inovador é a capacidade de solução de problemas, que pode ser aprendida e depende de métodos adequados ao tipo de problema enfrentado. Esse tema será abordado na nossa próxima aula.
“O que torna um profissional de TI obsoleto não é propriamente uma eventual limitação para seguir os desenvolvimentos tecnológicos, ou o desinteresse pela inovação, mas a incapacidade de relacionar inovação à sustentabilidade. Pela simples e nem sempre clara razão de que qualquer inovação só agrega valor se contribuir para a sustentabilidade da organização, seja reduzindo inteligentemente o custo, seja aumentando a produtividade ou melhorando a segurança. Custo, produtividade e segurança são detalhes essenciais na gestão com foco em sustentabilidade. Sem essa base, poucas organizações têm chance de sobreviver no atual cenário de competição acirrada e sem fronteiras. No entanto, o que define a sustentabilidade é um conjunto de qualidades muito mais sofisticadas, que para serem desenvolvidas exigem mudanças radicais no modelo mental que predomina tradicionalmente nas organizações.” (Fonte: Café com Economia Et Cia.)
Aula 9 – Comportamento Inovador
Solução de Problemas
A evolução da tecnologia da informação tem permitido a criação de novas soluções para as necessidades de processamento de informações nas organizações: novos produtos com mais funcionalidades e mais baratos; novos serviços que tornam produtos obsoletos; tecnologias que integram produtos e serviços, e assim por diante.
 Uma das características fundamentais do perfil inovador é a capacidade de solução de problemas, que pode ser aprendida e depende de métodos adequados ao tipo de problema enfrentado.
O que é um problema?
Um problema é uma dificuldade que impede que uma vontade seja concretizada. 
Solucionar problemas exige a capacidade de criar adequadas representações da realidade (modelos) e, com ajuda delas, encontrar um algoritmo de Solução que explique como remover ou superar tal dificuldade.
No exercício profissional de TI problemas geralmente são necessidades do cliente não atendidas. Como analisar corretamente estes problemas e chegar às melhores soluções? 
Como escapar dos bloqueios mentais que por vezes nos aprisionam a soluções inadequadas ou desatualizadas?
Tipos de problema
Os problemas podem ser do tipo:
Anomalias
Pequenos problemas que passam despercebidos e são identificados como falhas, quem relata a anomalia geralmente é quem está envolvido na tarefa.
Crônicos
Geralmente não são vistos como problemas porque fazem parte da cultura da organização e vistos como acontecimentos normais, mas que podem trazem danos aos processos, produtos ou serviços de uma empresa.
Dependendo das pessoas envolvidas um problema pode ser:
Controlável
Os envolvidos possuem responsabilidade pelo problema e autoridade para solucioná-lo.
Incontrolável
Os envolvidos são afetados pelos efeitos do problema, que está inserido em outro contexto ou processo, pelo qual não tem autoridade nem responsabilidade.
ATENÇÃO!!!
Desta forma, ao identificar ou receber um problema o profissional de TI necessita identificar se é uma anomalia ou crônico e se é controlável ou incontrolável por sua área. A seguir, é fundamental que se identifique as causas do problema, pois todo problema possui uma ou mais causas.
Diagrama de causa e efeito
As causas são todos os motivos que levam a um problema específico. Nesse momento o profissional deverá identificar e montar um diagrama de causa e efeito:
1. Envolva todas as pessoas relacionadas e que possam auxiliar na identificação das causas do problema e forme um grupo de trabalho com reuniões participativas;
2. Registre o maior número de causas identificadas e relacione seus efeitos, no diagrama coloque as principais causas (primárias) no eixo, as causas secundárias se desdobrando das primárias e as terciárias se desdobrando das secundárias;
3. Assinale no diagrama as causas que parecem ter forte relação com a característica do problema, que serão as hipótese;
4. Registre outras informações que surgirem e que possam ser úteis na solução do problema.
Uma das formas de se representar as causas de um problema é o chamado Diagrama de espinha de peixe:
É uma técnica que permite visualizar melhor o universo em que o problema está inserido. Isto é feito através da construção de um diagrama no qual as causas vão sendo cada vez mais discriminadas até chegar a sua origem.
Deve ser aplicada a um problema que apresenta causas decorrentes de causas anteriores, ou quando queremos esmiuçar as causas de um problema, ou visualizá-las mais claramente e agrupadas por fatores-chave.
Essa técnica também é chamada de: diagrama de Ishikawa, diagrama de influência, diagrama de 4P ou diagrama de causa e efeito.
Plano de ação para solução do problema
A causa fundamental é a origem de um problema. A solução para o problema serão as ações tomadas em relação as suas causas principais.
 Com as causas devidamente identificadas pelo método do “diagrama causa e efeito” ou dos “cinco por ques” é necessário fazer um plano de ação para solução do problema.
A técnica de “brainstorming”(tempestade de ideias) é bastante apropriada e consiste em reunir o grupo que está trabalhando sobre o problema para que gere o maior número de ideias possíveis para sua solução, sem que se faça análise crítica de nenhuma delas nesse momento. Após ter pelo menos dez soluções possíveis deve-se fazer uma análise conjunta destas, descartando aquelas menos adequadas e trabalhando sobre as mais adequadas, verificando sua viabilidade e custos de implementação.
É importante ressaltar que o trabalho cooperativo traz ganhos de produtividade altos na solução de um problema, pois possibilita diferentes visões sobre o mesmo e soluções provavelmente mais adequadas.
Comportamento inovador nas empresas
A competitividade atual tem levado as organizações a repensarem seus modelos de negócios e a se estruturarem para agir de maneira mais flexível, ágil e com respostas rápidas às mudanças no mercado. Assim, à medida que as empresas adquirem consciência da importância de inovar neste cenário competitivo podem definir uma estratégia que deve estar alinhada aos objetivos da organização e à sua visão de futuro. 
 
Para que uma empresa desenvolva o chamado comportamento inovador é necessário que ela implante a cultura organizacional do empreendedorismo e da inovação e que seus funcionários sejam instigados a pensar seus produtos, processos e serviços continuamente, em busca da melhoria constante.
Gestão da oportunidade, risco e mudança:
A inovação é imprevisível com elevado risco associado, pode também ter grandes custos associados, deve por isso
haver um acompanhamento de perto da inovação quer de bens ou serviços, ou processos produtivos, de forma a evitar fracassos e riscos não calculados.
Localização de meios técnicos e humanos:
Fundamental para um perfeito desenvolvimento, que leve a uma transferência da inovação para os locais corretos da sua aceitação e utilização. Inovação fora de timming ou de local pode originar a falha de todo um processo.
Interação com o consumidor:
Procura de novos nichos de mercado faz com que seja necessário pesar bem custos, benefícios e timing para se envolver consumidores nos processos de inovação, levando-se em conta seus interesses.
Resistência cultural à mudança:
Havendo predisposição para a mudança o sucesso de inovações será maior. Deve haver pressão na gestão da inovação para prevenir rigidez na forma de pensar e haver atitudes permeáveis a existência de ambientes propícios à inovação e mudança.
Desenvolvimento de novos negócios:
Inovação faz com que empresas se afastem da estabilidade e controle, da sua zona de conforto. Recursos usados na inovação são usados na possível criação de novos produtos e possivelmente novas áreas de negócio, mas que tem risco associado e podem não ter no futuro o retorno esperado. Logo existe um custo de oportunidade associado.
Solução de problemas e o profissional de TI
As empresas procuram profissionais que se destacam não só pelo conhecimento tecnológico e cultural, mas como líderes, visionários e com ideias inovadoras, que sejam capazes de criar diferenciais para concorrer com o mercado, culminando com o aumento do capital social da organização.
 O profissional da área de tecnologia deve ser antes de tudo ser um empreendedor e entender como seu trabalho se encaixa nos objetivos da organização. Ele precisa aprender a desenvolver a curiosidade, somada a uma boa capacidade de concentração e ter seu foco na resolução de problemas com espírito inventivo e humildade. É preciso estar atento à mudanças que ocorrem no ambiente da organização.
Aula 10 – Cultura Organizacional para Inovação
O intra-empreendedorismo
Conceito: O intraempreendedorismo ou empreendedorismo corporativo é um conceito relativamente novo nas organizações que vem sendo estudado e estimulado e através do qual se questiona se o perfil empreendedor está diretamente relacionado à criação e gestão de uma empresa própria ou se pode ser exercido em diferentes ambientes e contextos. Esse conceito significa que um funcionário pode atuar de forma empreendedora em uma empresa, agindo com inovação e proatividade em busca dos objetivos desta organização.
Muito da capacidade de competitividade de uma organização depende de sua capacidade de adequação às mudanças que ocorrem em seu ambiente, requisitando habilidades e competências específicas para focar no curto prazo e na redução de custos e investimentos, garantindo um resultado aceitável pelos acionistas. Podemos definir esta adequação a partir das estratégias de atuação da empresa e sua capacidade de absorver e implementar as informações e inovações surgidas no meio em que está inserida. 
 
Quando nestas estratégias são considerados conceitos e práticas empreendedoras, dizemos que a organização esta praticando o empreendedorismo corporativo. Esta prática do empreendedorismo corporativo, também chamado “intraempreendedorismo”, ocorre em organizações que estimulam e incentivam as iniciativas empreendedoras de seus funcionários.
Cultura organizacional para inovação
A cultura intra-empreendedora* deve ser fomentada e desenvolvida nas organizações, através do trabalho cooperativo e da busca por resultados comuns, respeitando os valores individuais e coletivos e buscando a inovação constante. A cultura para inovação deve ser um dos objetivos estratégicos da empresa. Isso significa que a empresa deve estimular um ambiente propício à criação de ideias, que inclui a redução de quaisquer restrições que possam impedir e inibir a criatividade individual, além de combinar diferentes perspectivas e experiências interdepartamentais.
*Ao estimular a cultura intraempreendedora, a empresa possibilita que seus funcionários desenvolvam características que ajudam a alavancar cada vez mais sua posição de mercado como: automotivação, estabelecimento de metas, autoconfiança, foco nos clientes, etc.
Então, os objetivos estratégicos da empresa devem estar diretamente relacionados ao empreendedorismo e seus valores, com ambiente propício ao empreendedorismo corporativo, estabelecendo um ambiente que incentive a inovação.
Favorecendo o ambiente para o empreendedor corporativo
O processo de inovação e aplicação do intraempreendedorismo nas organizações deve ser organizado para que tenha apoio dos colaboradores e sua participação contínua, assim a cultura inovadora se propaga pela organização e os colaboradores vão criando um perfil empreendedor. Para isto, o processo como um todo deve ser tratado: do surgimento da ideia, avaliação de viabilidade, implementação das ideias e avaliação dos resultados, não esquecendo sempre do reconhecimento dos trabalhos. 
 
A organização precisa ser flexível o suficiente para garantir suas normas e comercializar seus produtos, mas não pode perder de vista a capacidade de propor novos produtos e rever os processos e normas estabelecidos. Para que isto aconteça, é necessário abrir espaço na organização para que as pessoas possam atuar de forma inovadora.
Mas, como estimular o desenvolvimento de um ambiente intraempreendedor, possibilitando que as pessoas empreendam sem precisar sair da organização e sem desrespeitar suas regras?
Regras para um ambiente intraempreendedor
1. Exercer sólida liderança sobre os rumos e as decisões de inovação.
A empresa precisar ser forte em ambos os aspectos. Criatividade sem capacidade para transformá-la em lucros (por exemplo, execução e captação de valor) pode até ser divertido, mas não se sustenta; lucros sem criatividade são compensadores, mas também só funcionam durante pouco tempo.
2. Integrar a inovação à mentalidade do negócio.
Inovação não é uma carta que se puxe da manga em ocasiões especiais; tem que ser parte integrante do processo operacional diário da empresa.
3. Alinhar a inovação com a estratégia de negócio da empresa.
A inovação pode ou não ser a chave para o sucesso da estratégia do negócio; é preciso determinar os tipos e a quantidade de inovação necessários para dar suporte à estratégia do negócio – e nem sempre o maior é necessariamente o melhor.
4. Administrar a tensão natural entre criatividade e captação de valor.
A empresa precisar ser forte em ambos os aspectos. Criatividade sem capacidade para transformá-la em lucros (por exemplo, execução e captação de valor) pode até ser divertido, mas não se sustenta; lucros sem criatividade são compensadores, mas também só funcionam durante pouco tempo.
5. Neutralizar os anticorpos organizacionais.
Inovação exige mudança, e a mudança desperta rotinas e normas culturais explícitas e implícitas que agem para bloquear ou rejeitar a transformação.
6. Cultivar uma rede de inovação além dos limites da organização.
Quando mais próxima a organização está dos seus fornecedores, clientes, parceiros, Universidades e Centros de Pesquisa, mais ampla é a sua rede de inovação.
7. Criar indicadores de desempenho e as recompensas adequadas à inovação.
Como a gestão da inovação exige um processo gerencial, da mesma maneira que existem processos de gestão financeiro e gestão de marketing, por exemplo, é necessário que os resultados sejam acompanhados e recompensados.
Avaliação da cultura intra-empreendedora
Os indicadores para avaliação da cultura intra-empreendedora podem estar organizados em oito grupos: 
• Comunicação; 
• Processo decisório; 
• Incentivos/motivação; 
• Recompensa;
• Autonomia; 
• Liderança; 
• Equipes;
• Controle/mensuração.
Dificuldades e Barreiras encontradas pelo Intraempreendedor
Podemos deduzir que ser um intraempreendedor não é uma tarefa fácil e que, se comparado ao empreendedor individual, ele enfrentará barreiras e dificuldades igualmente desafiadoras. Eis algumas delas:
O empreendedor corporativo precisa ter clareza da sua ideia, que deve ser diferenciada, inovadora e gerar valor para a empresa;
Se for necessário obter recursos financeiros para materializar a ideia, o empreendedor corporativo precisará também elaborar um documento (como um plano de negócios), no qual todos os detalhes sobre as ideias deverão ser apresentados;
Ele precisará convencer os superiores e os colegas a obter apoio das pessoas para aumentar a chance de concretizar o seu projeto. Por isto, a sua rede de contatos terá um papel relevante;
Precisará também de muita persistência e determinação para conduzir o projeto até o fim.
Sem o apoio de seus superiores os intraempreendedores dificilmente conseguirão transformar suas ideias em projetos inovadores e em algo que traga valor para a organização. Assim, os gestores de uma organização inovadora devem não só apoiar o surgimento de ideias inovadoras mas também devem ser capazes de investir esforços e trabalho naquelas que se mostrem mais adequadas para a organização.
São fatores importantes e que devem ser considerados para a criação do ambiente inovador e do desenvolvimento do intraempreendedorismo nas organizações:
A disciplina para tratar da inovação e dos seus processos, para que não se desvie dos objetivos de implantação de um sistema de Gestão de Inovação e intra-empreendedorismo nas organizações;
Criar uma cultura do aprendizado e da pesquisa na organização para a evolução constante e busca de novos conhecimentos e técnicas para as organizações;
Flexibilidade para mudanças, provocadas pelas inovações e para a implantação do sistema de gestão da inovação;
Tolerância aos riscos e erros que podem vir de inovações e idéias empreendedoras, o risco calculado deve ser estimulado e acompanhado para evitar problemas que desestimulem novas tentativas de inovação;
Criação de ambiente diferenciado para equipes que trabalhem com a inovação e com pesquisa.
Atenção!!!
Numa empresa criadora de conhecimento, inventar novos conhecimentos não é uma atividade especializada, é uma forma de comportamento, um modo de vida.  
- Cada funcionário é um empreendedor dentro da empresa.
- A cultura da inovação não floresce naturalmente. Deve ser construída com competência, conhecimento e sensibilidade.
Finalizando
Chegamos ao final dessa viagem pelo cenário da inovação e do empreendedorismo. Conceitos novos e estimulantes foram apresentados para compor sua formação profissional na área de TI. É importante agora que você faça uma auto-avaliação sobre seu potencial inovativo e empreendedor e como pode colocá-lo em prática para uma atuação profissional planejada e com metas de futuro. Lembre-se sempre que a evolução de um profissional não para, não podendo ficar estagnada pelo tempo, pela acomodação e pela falta de visão de futuro. Portanto, pratique sempre o empreendedorismo e a inovação em todas as áreas de sua vida, trace metas para o futuro, faça seu monitoramento e controle, corra riscos calculados, amplie e mantenha sua rede de contatos, não ouse em propor suas idéias e transformá-las em soluções novas e eficazes.
INOVA��O TECNOL�GICA.doc
INOVAÇÃO TECNOLÓGICA
Aula 1: Importância do conhecimento e seus modos de conversão
Valor do conhecimento
Uma questão recorrente na sociedade contemporânea é o grande valor do conhecimento e como transformá-lo em ativo ou riqueza, considerado um desafio estratégico para países, corporações e empresas na economia global em que vivemos.
Atualmente, o poder econômico e de produção de uma empresa estão mais diretamente relacionados à capacidade de criar e transferir conhecimento do que aos seus ativos tangíveis, como instalações, equipamentos etc. Os ativos intangíveis advindos desse processo, como criatividade e inovação, são a chave para o sucesso e a longevidade das empresas num cenário extremamente competitivo.
Após entender o valor do conhecimento como principal bem de nossa sociedade, você pode perceber que, para o crescimento e desenvolvimento virtuoso de países e corporações, é necessário um fluxo de criação, difusão e utilização do conhecimento.
Conceitos, como capacidade de aprendizado, criatividade, flexibilidade e sustentabilidade, surgem como princípios orientadores para conduta de indivíduos e organizações.
Criação e conversão do conhecimento
Para compreender o processo de criação do conhecimento é importante a utilização de categorias para os diferentes tipos de conhecimento. Vamos trabalhar inicialmente com as categorias de conhecimento tácito e conhecimento explícito (Nonaka & Takeuchi. Criação de conhecimento na empresa. Rio de Janeiro: Campus, 1997).
*O conhecimento tácito é aquele disponível com pessoas e que não se encontra formalizado em meios concretos.
*O conhecimento explícito é aquele que pode ser armazenado, por exemplo, em documentos, manuais, bancos de dados ou em outras mídias.
Conhecimento tácito
O grande desafio das empresas é transformar o conhecimento tácito de seus colaboradores em conhecimento explícito, identificado onde e como está armazenado o conhecimento, com todos os seus atributos, e como recuperá-lo.
Conhecimento explícito
A criação de um novo conhecimento numa organização está relacionada a um processo de interação dinâmica e cooperativa entre seus colaboradores, que implica em aprendizado, constituindo-se num processo coletivo e não meramente individual, podendo levar a uma formação organizacional, regional, nacional ou global.
Modos de conversão do conhecimento
Nonaka & Takeuchi identificaram quatro modos de conversão (Através desses quatro modos de conversão, é possível transformar o aprendizado individual em coletivo, possibilitando a realização de tarefas que dificilmente poderiam ser realizadas individualmente) entre conhecimento tácito e explícito: externalização, internalização, combinação e socialização.
Socialização - Processo de compartilhamento de experiências, permitindo a interação entre conhecimentos tácitos. Dessa forma, o conhecimento pode ser adquirido de outra pessoa através da observação, imitação ou prática, mesmo sem usar alguma linguagem. Os aprendizes trabalham com seus mestres e aprendem sua arte não através da linguagem, mas sim através da observação, imitação e prática.
 Exemplo: Aprendizado de um estagiário na interação com seu orientador numa empresa.
Externalização - Transformação ou articulação do conhecimento tácito em explícito, com migração do cérebro humano para documentos e mídias diversas, por meio de metáforas, analogias, conceitos, hipóteses ou modelos. A metáfora é uma forma de perceber ou entender intuitivamente uma coisa imaginando outra coisa simbolicamente. A externalização é considerada a chave para a criação do conhecimento, pois cria conceitos novos e explícitos a partir do conhecimento tácito. Esse modo é visto no processo de criação de um conceito e, normalmente, é provocado pelo diálogo ou pela reflexão coletiva. 
Exemplo: Quando ouvimos ou lemos uma metáfora percebemos ou entendemos intuitivamente algo, imaginando outra coisa simbolicamente.
Internalização - Processo inverso ao da externalização, de migração do conhecimento explícito para o cérebro humano, através de diversas metodologias e atividades de aprendizagem. É a incorporação do conhecimento explícito ao conhecimento tácito e está intimamente relacionada ao “aprender fazendo”.
Exemplo: A leitura de manuais e documentação auxilia o indivíduo a internalizar conhecimento explícito, transformando-o
em tácito.
Combinação - Processo de interação entre conhecimentos explícitos para geração de novos conhecimentos. É a sistematização de conceitos por meio da combinação de conjuntos diferentes de conhecimentos explícitos. Os indivíduos trocam e combinam conhecimentos através de meios como documentos, reuniões, conversas ao telefone ou redes de comunicação computadorizadas. A reconfiguração das informações existentes através da classificação, do acréscimo, da combinação e da categorização do conhecimento explícito (como realizado em bancos de dados de computadores) pode levar a novos conhecimentos.
Exemplo: A criação de conhecimento através da educação (escola, universidade) ou do treinamento formal.
Avaliando o aprendizado:
A fórmula matemática que diz que o perímetro de um quadrado é a soma das medidas de seus quatro lados, ou seja, P = 4L, representa o modo de conversão do conhecimento denominado: Resposta: Externalização.
Atualmente, o poder econômico e de produção de uma empresa estão mais diretamente relacionados à capacidade de criar e transferir conhecimento do que aos seus ativos tangíveis. Os ativos intangíveis são a chave para o sucesso e a longevidade das empresas num cenário extremamente competitivo. Com base no texto acima. Qual a alternativa apresenta duas características de ativo intangíveis? Resposta: Criatividade e inovação.
Pedro desde pequeno observava seu pai desmontar e consertar qualquer aparelho elétrico e eletrônico. Quando fez 15 anos, Pedro resolveu entrar em um cursinho e aprendeu muitos detalhes com seu professor e todas as apostilas do curso. Assinale a opção que representa o modo de conversão do conhecimento relatado: Resposta: Combinação
Aula 2: Criação e transferência do conhecimento
A Espiral do Conhecimento:
Agora que você já conhece a diferença entre conhecimento tácito e explícito e seus modos de conversão, pode compreender melhor o processo de criação do conhecimento, composto por fases e promovido em determinadas condições num tempo definido, como se fosse uma espiral – a espiral do conhecimento.
O conceito de espiral do conhecimento foi amplamente divulgado no início da década de 90, pois explicava e demonstrava de forma prática como as empresas podem desenvolver o fluxo do conhecimento entre as pessoas, parceiros e o mercado.
Uma espiral cresce contínua e evolutivamente, assim também acontece com o conhecimento que vai se desenvolvendo em espiral quando se acrescenta mais um passo a cada ciclo.
Abordagem Oriental x Ocidental
Segundo Nonaka e Takeuchi, existem diferenças básicas entre o pensamento japonês e o ocidental sobre o conhecimento. Essas diferenças residiriam no fato do pensamento ocidental ter uma compreensão estreita do que seja conhecimento, consequentemente, também dos meios para a sua exploração, e de não ter se desvencilhado do dualismo cartesiano impregnado no pensamento ocidental.
 
Para os japoneses, o conhecimento vai além dos dados quantificáveis e das informações codificadas, e o dualismo estaria presente em separações, tais como tácito e explícito, corpo e mente, individual e organizacional, burocracia e força-tarefa, racionalismo e empirismo, planejamento e implementação, entre outros.
 
A proposta principal do trabalho desses autores foi formular uma nova teoria sobre a criação de conhecimento no âmbito organizacional. Para isso, eles investigaram três dimensões do tema: ontológica, epistemológica e temporal. Investigaram também as condições necessárias para a sua criação e exploração.
Dimensões do conhecimento
Dimensão ontológica
Está fundamentada no ser e na construção do conhecimento pelo indivíduo, independente do modo pelo qual se manifesta.
Dimensão epistemológica
Está fundamentada no conhecimento, na distinção entre o conhecimento tácito e o explícito. Essa teoria estudou a interação entre o conhecimento tácito e o explícito, identificando quatro modos de conversão.
Dimensão temporal
Quando as interações na dimensão ontológica e epistemológica se sobrepõem ao longo do tempo (terceira dimensão desta teoria), é formada a espiral do conhecimento, que representa a dinâmica do processo de criação do conhecimento.
*No contexto organizacional, o relevante é que o conhecimento seja difundido, ultrapassando o nível individual para o grupal, do grupal para o organizacional e, de acordo com o caso, do organizacional para o interorganizacional.
As condições que promovem a criação da espiral do conhecimento.
Uma empresa ou organização, para desenvolvimento do processo de criação do conhecimento, precisa estabelecer condições básicas para desenvolvimento da espiral, oportunizando situações e ferramentas que facilitem as atividades cooperativas para criação e acúmulo de conhecimento em nível também individual.
Essas condições são:
- Intenção;
- Autonomia;
- Flutuação;
- Caos criativo;
- Redundância;
- Variedade de requisitos.
A flutuação pode ser provocada por novas regulamentações no setor, concorrentes, mudanças no perfil do cliente, avanços tecnológicos, entre outros fatores externos à organização.
No caso da IBM, a empresa não estava em estado de flutuação e não percebeu a mudança nas necessidades dos clientes e a concorrência de empresas emergentes no mercado. A IBM entrou em crise, enfrentando uma situação de caos.
Fases do processo de criação do conhecimento
O processo de geração do conhecimento é descrito por Nonaka e Takeuchi (1997) como um modelo de cinco fases, como podemos ver na figura a seguir, composto pelas seguintes fases:
Condições Capacitadoras
Intenção
Autonomia
Flutuação/Caos Criativo
Redundância
Variedade de Requisitos
Quando o conhecimento se torna tangível ou assume a forma de arquétipo (modelo ou protótipo), inicia-se um novo ciclo de criação do conhecimento que se expande horizontal e verticalmente na organização, num ciclo virtuoso de difusão do conhecimento, que pode estabelecer-se somente na organização ou ser difundido para outras empresas por meio da interação dinâmica, como empresas associadas ou afiliadas, clientes, fornecedores, concorrentes e outras organizações externas. 
Então, pode ser iniciado um processo de transferência de conhecimento e busca da inovação.
A transferência do conhecimento
Para que o conhecimento esteja em constante processo de difusão, é necessário que seja transferido do local onde foi criado para outras organizações que continuem a desenvolvê-lo continuamente e o apliquem de forma a gerar inovação.
Existem alguns fatores que inibem esse processo de transferência, denominados atritos. 
 
O processo de transferência do conhecimento, segundo Bonaccorsi e Piccaluga (1994), possui quatro dimensões:
Tempo despendido no processo
Implicitabilidade do conhecimento
Apropriação do conhecimento
Universalidade do conhecimento
Na atual sociedade do conhecimento, é fundamental a troca e produção deste conhecimento para que as organizações permaneçam competitivas em seus segmentos. Para facilitar esta produção de conhecimento, torna-se fundamental as parcerias e cooperações entre estas organizações e as Universidades que, com seus centros de pesquisas, geram conhecimento científico e tecnológico assimilável pelo setor empresarial.
	
Avaliando o aprendizado:
A transferência de conhecimento continua a ser uma necessidade vital da sociedade e da economia. Entretanto, há muitos fatores culturais que a inibem. Esses inibidores também são chamados atritos, porque retardam ou impedem a transferência e tendem a corroer parte do conhecimento à medida que este tenta movimentar-se pela organização. As dimensões do processo de transferência de conhecimentos são:
I) Tempo
despendido no processo;
II) Desapropriação do conhecimento;
III) Implicitabilidade do conhecimento;
IV) Universabilidade do conhecimento.
Marque a alternativa correta: Resposta: Apenas as sentenças I, III e IV estão corretas.
O processo de geração do conhecimento é descrito por Nonaka e Takeuchi (1997), como um modelo de várias fases. Assinale a resposta que NÃO atende a este processo. Resposta: Busca de expansão.
O conceito de espiral do conhecimento foi amplamente divulgado no início da década de 90. O conhecimento é difundido ultrapassando o nível individual para o grupal e depois para o organizacional (passo a passo).
Quais as dimensões do conhecimento? Resposta: ontológica - epistemológica – temporal.
Aula 3: Inovação tecnológica nas organizações e o conhecimento
Google – Um caso de sucesso em inovação tecnológica
Para sua melhor compreensão, vamos tratar o conceito de inovação tecnológica utilizando um caso de grande sucesso na área de Tecnologia da Informação, que é o da empresa Google.
No início dos anos 2000 os americanos Larry Page e Sergey Brin resolveram fazer um download da internet, de forma a baixar todas as informações disponíveis na web sobre um determinado assunto. Perceberam que não havia uma boa ferramenta que possibilitasse fazer uma busca completa, trazendo todas as informações possíveis sobre aquele assunto, de forma rápida.
Surgia, então, uma grande ideia inovadora, que foi transformada em oportunidade com a contratação do iraniano Omid Kordestani para transformá-la num negócio rentável.
Larry e Sergey formaram um pequeno grupo que passou a trabalhar numa sala próxima à Universidade de Stanford, nos EUA. Partindo de um investimento muito baixo, Kordestani criou os “links patrocinados” e assim mobilizou os recursos iniciais para tornar o Google uma empresa valiosa e líder no mercado em apenas nove anos de existência. O valor estimado da Google, atualmente, ultrapassa o de empresas como Coca-cola e Boeing.
Criando uma máquina de busca poderosa, que trazia resultados inigualáveis aos de outros existentes no mercado, o site da Google estabeleceu-se como líder no mercado de buscas na internet. 
Esse mercado não existia dessa forma, com links patrocinados e totalmente grátis aos usuários. A Google apresentou, através da inovação, um grande diferencial e tornou-se um paradigma de busca na Web. 
Empresas gigantes na época, como Microsoft e Yahoo, tentaram de todas as formas conquistar esse mercado e superar a Google, sem sucesso.
Saiba mais: https://www.youtube.com/watch?v=Sjfp8VIUGsA
Conceitos sobre inovação tecnológica
E não é apenas no caso da empresa Google que a inovação foi o grande diferencial. Atualmente, a inovação é considerada ferramenta básica em quase todos os setores e segmentos de mercado para a sustentabilidade das organizações em nossa sociedade globalizada, baseada na informação e no conhecimento.
 
É importante esclarecermos que o termo Inovação Tecnológica é utilizado de maneira ampla, mas, para nossos estudos, vamos no ater ao conceito de inovação tecnológica.
Inovação tecnológica: Desenvolvimento, produção ou aprimoramento de um produto, bem como, processo, empresa ou mercado em que a tecnologia desenvolvida atenda as necessidades ou anseios humanos, incorporando-se às atividades humanas.
Quando dizemos que a inovação é compreendida como a criação de um produto ou processo novo, podemos estar nos referindo apenas à substituição de um material já existente em um produto ou um melhor meio de comercializar, distribuir ou fornecer um produto ou serviço. Além desta classificação de inovação quanto ao objeto (produto ou processo), podemos classificar a inovação levando em conta o impacto que esta inovação provoca: 
• Incremental: Quando se incorpora alguma característica nova.
• Radical: Quando se muda drasticamente o produto/serviço, provocando sua substituição.
No caso da Google, por exemplo, havia uma grande necessidade humana de realizar buscas mais eficazes nos bilhões de sites disponíveis na Internet. Percebendo essa necessidade humana, foi desenvolvido um produto: um motor de busca global, baseado num programa de computador, que pesquisa todos os documentos na rede e apresenta resultados de forma aleatória, baseados no ranking de acessos aos sites encontrados. Essa tecnologia atendeu as necessidades humanas com grande sucesso e excelente desempenho.
Desta forma, o Google pode ser considerado como uma inovação tecnológica em várias dimensões:
Gerou um produto: Motor de busca
Gerou um bem: Uma nova empresa
Gerou um novo processo: Pesquisas aleatórias baseadas em um ranking de acessos
Gerou um novo mercado: Metabusca na internet
Fontes de inovação e dinâmica da Inovação Tecnológica
Pode-se perceber que o caso do Google não foi uma inovação simples e despendeu pesquisa e desenvolvimento dessa nova ferramenta de busca, que revolucionou os sistemas de busca na Internet. Portanto, trata-se de uma inovação de valor, que agrega alguns outros conceitos:
- Atendimento de necessidades não satisfeitas de forma inovadora;
- Criação de uma grande demanda, suficiente para a abertura de um novo mercado; 
- Viabilidade financeira da inovação.
O Google é uma inovação tecnológica tão relevante para a sociedade que se tornou um fenômeno cultural, tendo seu nome incluído no dicionário da língua inglesa como um verbete sinônimo de buscas na internet. Atualmente, tornou-se um verbo frequentemente utilizado em vários países.
 
E para manter-se no mercado a Google não parou por aí! Seu processo de inovação é contínuo, incorporando ou desenvolvendo constantemente novos recursos, como: busca avançada, busca por imagens, notícias atualizadas, busca de livros raros, visualização de mapas por satélite, site de relacionamento (rede social), entre outros.
“Personas” importantes no processo de inovação tecnológica
Personas que aprendem:
Movidas por idéias de que, por maior que seja o sucesso da empresa hoje, ninguém pode dar-se ao luxo de ser complacente.
1 - Antropólogo: traz novas idéias e perspectivas para a organização, observando o comportamento humano e compreensão das interações físicas e emocionais entre as pessoas e serviços. 
2 - Experimentador: testa novas idéias continuamente, aprendendo mediante um processo esclarecido de tentativa e erro. O experimentador assume riscos calculados para alcançar o sucesso, mantendo-se em estado constante de “experimentação e implementação”.
3 - Polinizador: explora outros setores e culturas, para em seguida adaptar as descobertas e as revelações daí decorrentes às necessidades únicas do próprio empreendimento.
Personas que organizam
Sabem como impulsionar ideias, compreendem que as ideias competem por tempo, atenção e recursos. 
4 - Saltador de obstáculos: sabe que o caminho para a inovação está repleto de dificuldades e desenvolve um jeito todo especial para transpor essas barreiras ou para atuar com mais inteligência que os adversários.
5 - Colaborador: ajuda a reunir grupos ecléticos e, em geral, atua como líder no meio do pacote, para criar novas combinações e soluções multidisciplinares.
6 – Diretor: não só é capaz de compor grupos e equipes talentosas, mas também ajuda a produzir centelhas criativas.
Personas de construção
Aplicam os insights gerados pelos papéis de aprendizado e canalizam a capacitação produzida pelos papéis de organização para realizar a inovação. 
7 - Arquiteto de experiências: Projeta experiências que vão além da mera funcionalidade e se conecta em um nível profundo com as necessidades expressas ou latentes dos clientes.
8 - Cenógrafo: Cria um palco no qual os membros da equipe possam trabalhar,
transformando o ambiente físico em uma ferramenta poderosa para influenciar o comportamento e atitudes.
9 - Cuidador: Constrói uma metáfora de um profissional de saúde para cuidar do usuário que vai além de um simples serviço. Um bom cuidador se antecipa às necessidades dos clientes e está disposto a cuidar deles.
10 - Contador de Histórias: Constrói tanto a moral interna e externa através de histórias convincentes que transmitem um valor humano fundamental ou reforçam traços culturais específicos.
Desenvolvimento de uma inovação tecnológica
O desenvolvimento de uma inovação tecnológica não implica diretamente na obtenção de produtos ou processos radicalmente novos. Geralmente se dá através de um processo incremental, interativo ou de aprimoramento sobre outros bens, produtos ou processos já existentes. Em um mercado competitivo a tecnologia e as inovações se traduzem na contínua invenção e reinvenção de bens, produtos e serviços.
O conhecimento e inovação tecnológica
Podemos afirmar que a economia da atual sociedade do conhecimento demanda um trabalhador capaz de pensar, raciocinar, decidir e, principalmente, compartilhar conhecimento. Conhecimento este que é uma condição imprescindível para que a inovação tecnológica ocorra. Para que o processo de inovação aconteça é essencial a participação de diversos agentes, de modo interativo, que contribuem com seus conhecimentos na busca por soluções para problemas tecnológicos. Na aula 2 discutimos os processos de criação e transferência do conhecimento, essenciais para o processo de inovação, pois colaboram para a aprendizagem e o desenvolvimento desta capacitação científica e tecnológica.
Através da espiral do conhecimento, uma organização pode fomentar a inovação em seu ambiente organizacional e expandir esse conhecimento com geração de inovações tecnológicas e mais conhecimento. Ressalta-se o valor das instituições de pesquisa e universidades, que fornecem a base do desenvolvimento científico e tecnológico para a geração de conhecimentos e capacitação de pessoas, bem como os projetos de P&D (Pesquisa e Desenvolvimento) realizados por diversas empresas, algumas vezes em parceria com universidades.
A difusão do conhecimento e da tecnologia é parte central da inovação. Sem a difusão uma inovação não teria impacto no sistema econômico e, isoladamente, não provocaria mudanças no ambiente e não geraria novos conhecimentos.
Agora que você compreendeu um pouco mais sobre dinâmica da inovação tecnológica e sua relação com o processo de geração de conhecimento, vamos destacar alguns itens importantes na interação entre as Universidades e as Empresas na busca deste conhecimento para a inovação.
Interação universidade – empresa
A interação entre universidades e empresas é um fator importante no processo da inovação, contribuindo para o desenvolvimento científico e tecnológico dos países, tendo a universidade como geradora do conhecimento e a empresa desempenhando o papel de tradutora das ideias geradas em algo novo e lançar no mercado esses novos produtos e processos.
♠Do lado das universidades:
1- Possibilidade de captar recursos públicos e privados para a pesquisa universitária e para a capacitação dos laboratórios, além da expectativa de que os produtos e processos desenvolvidos sejam utilizados pelo setor privado, em função do maior potencial de aplicação de seus resultados na produção;
2- Interesse da comunidade acadêmica em legitimar seu trabalho junto à sociedade que é, em grande medida, a responsável pela manutenção das instituições universitárias;
3- Interesse de desenvolver pesquisas em novas áreas, que resultem em produtos e processos de alto valor tecnológico.
♠Do lado das empresas:
1- Base de conhecimento e infraestrutura de laboratórios disponível nas universidades e institutos de pesquisa;
2- Custo crescente da pesquisa relacionada ao desenvolvimento de produtos e serviços necessários para assegurar posições vantajosas num mercado cada vez mais competitivo;
3- Necessidade de compartilhar o risco e o custo das pesquisas pré-competitivas com outras instituições que dispõem de suporte financeiro governamental;
4- Necessidade de acelerar o processo de pesquisa, em decorrência do elevado ritmo de introdução de inovações no setor produtivo e da redução do intervalo de tempo que decorre entre a obtenção dos resultados de pesquisa e sua aplicação.
Avaliando o aprendizado:
A empresa XPTZ, com altos gestores, sente, no entanto, necessidade de reunir novas fontes de informação para expandir seus conhecimentos e promover o próprio crescimento. Por esta razão, seus gestores decidiram investir em: Resposta: personas que aprendem.
Pode-se perceber que em algumas empresas, a inovação não foi uma inovação simples. Foi despendido pesquisa e desenvolvimento de novas ferramentas, que revolucionam o mercado em que atua. Portanto, trata-se de uma inovação de valor, que agrega alguns outros conceitos: Resposta: Atendimento de necessidades não satisfeitas; Viabilidade financeira; Criação de uma grande demanda suficiente para a abertura de um novo mercado.
A construção do conhecimento é a capacidade que os seres vivos tem de interagir ativamente com o universo ao seu redor. Considerando os processos contínuos do desenvolvimento humano é correto afirmar que: Resposta: Inventamos quando criamos algo que não existia antes e descobrimos, quando percebemos algo que já existe ou existia, embora nos fosse desconhecido.
Aula 4: O processo de inovação tecnológica
O Processo de Inovação Tecnológica
A necessidade de inovação na atual economia é entendida e compreendida por todos, tornando o comportamento inovador um de seus principais diferenciais. Os avanços tecnológicos, a crescente competição e a globalização resultam em novas oportunidades e ameaças e exigem que as empresas desenvolvam cada vez mais sua capacidade de inovação. Para falar de inovação é necessário entender o processo em que ela ocorre desde sua origem até sua aceitação pela sociedade. A inovação começa como uma invenção, e uma invenção têm início na criatividade que se originou de uma ideia, da imaginação.
Uma das dificuldades neste processo está exatamente no processamento das ideias que, muitas vezes, são partes de outras ideias que precisam ser lapidadas, agrupadas e transformadas em resultado. Para entendermos melhor este aspecto precisamos compreender alguns processos contínuos do desenvolvimento humano, diferentes entre si, mas muito importantes na cadeia de construção do conhecimento:
Encontrar algo que já existia. É considerada uma descoberta quando tem muito valor para a humanidade. Ex.: O átomo.
Criação de um novo produto ou processo inédito. Ex.: o computador.
Introdução, com êxito, no mercado, de produtos, serviços, processos, métodos e sistemas que não existiam anteriormente, ou contendo alguma característica nova e diferente do padrão em vigor (FINEP). Ex: notebook.
Quando a inovação é fortemente expandida para uso comercial acontece o processo de difusão. Um exemplo do processo de difusão é o telefone celular, que é uma inovação do telefone fixo (invenção) e que foi fortemente difundido na sociedade, gerando um valor comercial muito grande e movimentando cifras muito elevadas nessa indústria.
Mudança tecnológica é um processo complexo que diz respeito à inovação e difusão de novos produtos e processos nas organizações. Uma vez que a inovação é imprescindível para o crescimento das organizações e para seu diferencial competitivo, vários tem sido os modelos propostos para desenvolvê-la ou criar um ambiente organizacional inovador.
Um destes modelos é o linear, que surgiu a partir do fim da 2.a guerra mundial e se manteve como paradigma sobre inovação em Ciência e Tecnologia (C&T) por cerca de três décadas.
*Modelo linear - No modelo linear
o desenvolvimento, a produção e a comercialização de novas tecnologias são vistos como uma sequência bem definida no tempo, que se origina nas atividades de pesquisa, envolvidas na fase de desenvolvimento do produto e leva à produção e, eventualmente, à comercialização [OCDE, 1992].
O modelo linear, como único caminho para a inovação, foi superado por ter como base muito forte a pesquisa científica para geração de novas tecnologias, partindo da descoberta científica para a invenção e, finalmente, para a industrialização e mercado.
Nem sempre a inovação acontece nessa ordem, de forma tão linear, baseada somente em construção de artefatos e de desenvolvimento de conhecimentos específicos relacionados com produtos e processos. A inovação é um processo social e pode ser gerada em diferentes ambientes e com diferentes metodologias.
Modelos interativos
As abordagens não-lineares ou interativas surgiram, então, trazendo novos modelos para o desenvolvimento da inovação, baseados na premissa de que a inovação se desenvolve a partir de um processo social, com a participação de diferentes atores, com várias retroações. Nos modelos interativos a identificação de necessidades de mercado ou de nichos específicos tem papel muito importante, além do papel do design (projetista) e de outros atores no processo de desenvolvimento da inovação.
Este modelo combina interações no interior das empresas e interações entre as empresas individuais e o sistema de Ciência e Tecnologia mais abrangente em que elas operam. Então, o centro da inovação é a empresa, combinando interações internas e externas a ela, apoiando-se no conhecimento científico já existente ou buscando um novo.
* Caminho central da inovação
Iniciando no mercado e tendo como centro a empresa.
* Caminho das retroalimentações
A partir de mudanças incrementais num produto ou processo a partir de seu uso, seguindo um ciclo de fases que retroagem, gerando sempre um produto modificado.
* Caminho direto de e para a pesquisa
A partir de uma necessidade detectada na empresa ou uma pesquisa aproveitada pela empresa.
* Caminho da tecnologia gerando ciência
A partir das necessidades da indústria por instrumentos, ferramentas ou tecnologias.
Estratégias de inovação tecnológica das empresas e as formas de acesso à tecnologia
Para que uma empresa seja efetivamente produtora de inovação tecnológica é necessário que sejam criados um ambiente e uma cultura de inovação tecnológica. 
Quanto mais uma organização tem domínio e experiência no processo de inovação tecnológica maior é sua capacidade tecnológica. 
Essa capacidade tecnológica é construída através de um processo que envolve obtenção de capacidades tecnológicas: materiais e imateriais.
Materiais - Licenças de patentes, manuais de procedimentos, tecnologia e ferramentas de apoio ao desenvolvimento de novos produtos.
Imateriais - Conhecimento dos funcionários sobre áreas tecnológicas, processos, procedimentos e produtos da organização, bem como sobre o mercado.
Para desenvolver as capacidades tecnológicas materiais e imateriais, a organização necessita definir estratégias tecnológicas apropriadas. As estratégias tecnológicas mais conhecidas são:
Ofensiva
Defensiva
Imitadora
Dependente
Tradicional
Oportunista
Quando a organização já tem a dimensão do seu grau de capacidade tecnológica e definiu suas estratégias tecnológicas para desenvolver o clima organizacional inovador é chegado o momento de identificar as formas necessárias para o acesso à tecnologia.
As formas de acesso a tecnologia mais usuais são:
Compra
Importação explícita
Vigilância tecnológica
Cópia
Ser uma empresa subcontratada
Pesquisa coorporativa
Formação de recursos humanos próprios
Licenciamento
Pesquisa por encomenda
Contratação de especialistas
Associações e alianças estratégicas
Pesquisa e desenvolvimento (P&D)
♣Como já vimos até aqui, para ser competitiva no cenário globalizado da sociedade do conhecimento é necessário que a organização desenvolva capacidades tecnológicas, defina estratégias para a inovação e formas de acesso à tecnologia. Nesse momento, a organização poderá construir com segurança seu ambiente de inovação.♣
Avaliando o aprendizado
Modelo que combina interações no interior das empresas e interações entre as empresas individuais e o sistema de Ciência e Tecnologia mais abrangente em que elas operam. O centro da inovação é a empresa, combinando interações internas e externas a ela, apoiando-se no conhecimento científico já existente ou buscando um novo.
Este modelo é chamado: Resposta: Interativo.
De acordo com Katz, inovação é a criação, combinação ou síntese do conhecimento em novos produtos, processos ou serviços que proporcionam valor de forma original e relevante. Utilizando-se da definição de Katz acima, inovação é:
I- Tornar novo. Mudar ou alterar as coisas, introduzindo novidades que gere diferencial. 
II- Gerar uma ideia, um conceito ou uma solução onde não existe nada. É descobrir algo novo.
III- Ser 100% original.
Analisando as afirmativas acima, assinale a única resposta correta. Resposta: Apenas I está correta.
A família Vicentti abriu um salão de beleza no qual oferecia uma nova forma de tratar cabelos com tintura (pintados). O tratamento oferecido, a base de novas técnicas e cremes, permitia garantir o brilho, a maciez, a eliminação de pontas duplas e evitar o desbotamento da cor dos cabelos. Assinale a opção correta. O exemplo da família Vicentti demonstra: Resposta: uma inovação.
Aula 5: O empreendedor
Conceituando empreendedorismo...
Segundo o Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa, “empreender” significa a ação de praticar, de por em execução, e tem sua origem no latim “imprehendere”.
A palavra empreendedor (entrepreneur) foi utilizada pela primeira vez no início do século XVI, na França, para designar homens envolvidos na coordenação de operações militares. Já o termo empreendedorismo (entrepreneurship) surgiu entre os séculos XVII e XVIII com o objetivo de designar aquelas pessoas ousadas que estimulavam o progresso econômico, mediante novas e melhores formas de agir.
O empreendedor e suas interações
Estes estudos na área do empreendedorismo mostram que as características do empreendedor ou do espírito empreendedor, da indústria ou da instituição, não é um traço de personalidade. “Empreendedores são pessoas que têm a habilidade de ver e avaliar oportunidades de negócios; prover recursos necessários para pô-los em vantagens; e iniciar ação apropriada para assegurar o sucesso. São orientadas para a ação, altamente motivados; assumem riscos para atingirem seus objetivos”. (Meredith, Nelson e Nech (apud UFSC/LED 2000)
O significado do termo empreendedor está diretamente relacionado a um conjunto de comportamentos que possibilitam ao ser humano atuar e agir em suas interações como um catalisador de mudanças na sociedade.
Mas para ser um empreendedor não é necessário criar uma empresa e se tornar um milionário famoso. Podemos agir de forma empreendedora em nosso dia a dia, em várias dimensões:
Social, afetiva, profissional...
O funcionário de uma empresa que se antecipa aos problemas, que é proativo e demonstra os comportamentos empreendedores é um empreendedor corporativo, atuando para alavancar os negócios de sua empresa.
Ser um empreendedor independe de classe social, nacionalidade, formação acadêmica e outros fatores sócio-econômico-culturais.  
Para se tornar um empreendedor é importante desenvolver os comportamentos necessários para atuar dessa forma em suas interações na sociedade e com o mundo. Desta forma, o empreendedorismo pode ser aprendido e desenvolvido em diversas situações de nosso cotidiano e não necessariamente nascer com a pessoa,
como se fosse um componente genético ou um comportamento exclusivamente nato. Muitos empreendedores também se desenvolvem através do exemplo de familiares ou amigos, com os quais convive. Existem definições e variados tipos de empreendedor, suas características vem sendo analisadas e estudadas há décadas, tornando o empreendedorismo uma área de estudos e pesquisas.
Motivações para empreender
Resultados de pesquisas apontam um grande número de pessoas que trabalham como autônomas no setor informal da economia, principalmente nos países em desenvolvimento. Outras, abrem um negócio porque vêem uma oportunidade de explorar uma atividade com sucesso. Neste caso, o indivíduo escolhe trilhar o caminho do empreendedorismo, abrindo seu próprio negócio.
Comportamento empreendedor
O empreendedor possui um conjunto de características próprias e, não necessariamente, necessita ter um negócio próprio ou ser um empresário para atuar usando o empreendedorismo.
Para fins de análise e estudos vamos organizar as principais características do comportamento empreendedor da seguinte forma:
Busca de oportunidades e iniciativa;
Persistência;
Aceitação de riscos;
Exigência de eficiência e qualidade;
Comprometimento com o trabalho;
Estabelecimento de metas;
Busca de informações;
Planejamento e monitoramento sistemáticos;
Persuasão e redes de contatos;
Independência e autoconfiança.
Avaliando o aprendizado
O empreendedor possui um conjunto de características próprias e não necessariamente precisa ter um negócio próprio ou ser um empresário para atuar usando o empreendedorismo. Podemos dizer que são características do empreendedor: Resposta: Negociação e rede de contatos; Comprometimento; Correr riscos calculados.
A palavra empreendedor (entrepreneur) foi utilizada pela primeira vez no início do século XVI, na França, para designar homens envolvidos na coordenação de operações militares. O significado do termo empreendedor está diretamente relacionado a um conjunto de comportamentos que possibilitam ao ser humano atuar e agir em suas interações como um catalisador de mudanças na sociedade. Analise cada afirmativa seguinte, classificando-os como V (verdadeiro) ou F (falso):
1. Mas para ser um empreendedor é necessário criar uma empresa e se tornar um milionário famoso. Podemos agir de forma empreendedora em nosso dia a dia, em várias dimensões: Social, Afetiva, Profissional, etc;
2. O funcionário de uma empresa que se antecipa aos problemas, que é proativo e demonstra os comportamentos empreendedores é um empreendedor corporativo, atuando para alavancar os negócios de sua empresa;
3. Ser um empreendedor depende de classe social, nacionalidade, formação acadêmica e outros fatores sócio-econômico-culturais;
4. Para se tornar um empreendedor é importante desenvolver os comportamentos necessários para atuar dessa forma em suas interações na sociedade e com o mundo. É correto, apenas, o que se afirma em: Resposta: 1-F; 2-V; 3-F; 4-V
Para ser um empreendedor, não é necessário criar uma empresa e se tornar um milionário famoso. Podemos agir de forma empreendedora em nosso dia a dia, por exemplo, profissionalmente da seguinte forma: Resposta: O funcionário de uma empresa se antecipa aos problemas, é proativo e demonstra os comportamentos de um empreendedor corporativo, atuando para alavancar os negócios de sua empresa.
PROVA INOVACAOTECNOLOGICA.doc
		1a Questão (Ref.: 201301825490)
		Pontos: 0,0  / 0,5
		Pedro desde pequeno observava seu pai desmontar e consertar qualquer aparelho elétrico e eletrônico. Quando fez 15 anos, Pedro resolveu entrar em um cursinho e aprendeu muitos detalhes com seu professor e todas as apostilas do curso. Assinale a opção que representa o modo de conversão do conhecimento relatado:
		
		
		Externalização
		
		Internalização
		 
		Socialização
		 
		Combinação
		
		Comparação
		
		�
		 ��2a Questão (Ref.: 201301827472)
		Pontos: 0,5  / 0,5
		Uma empresa ou organização, para desenvolvimento do processo de criação do conhecimento precisa:
		
		
		deslocar seus funcionários para salas de aula presenciais ou de EaD, com o objetivo de formá-los primeiramente em cursos superiores.
		
		estimular a criatividade dos grupos de funcionários, sem que no entanto haja construção de conhecimento.
		 
		estabelecer condições básicas para desenvolvimento da espiral do conhecimento, oportunizando situações e ferramentas que facilitem as atividades cooperativas para criação e acúmulo de conhecimento em nível também individual.
		
		desenvolver a espiral do conhecimento utilizando somente conhecimentos tácitos, nunca implícitos. Isso oportuniza a criação e o acúmulo de conhecimento em nível grupal.
		
		estabelecer condições abrangentes para criação e acúmulo somente de conhecimento grupal, desenvolvendo na espiral do conhecimento oportunidades que facilitem as atividades dispersivas para criação e acúmulo de conhecimento.
		
		�
		 ��3a Questão (Ref.: 201301819061)
		Pontos: 0,0  / 0,5
		Analise as proposições abaixo sobre Conhecimento e Capital Intelectual:
I - Entende-se como Conhecimento a soma de todos os pensamentos, criações e invenções da mente humana. O "conhecimento" não se encontra apenas nos documentos, nas bases de dados e nos sistemas de informação, mas também nos processos de negócio, nas práticas dos grupos e na experiência acumulada pelas pessoas para aumentar sua produtividade e conquistar novas oportunidades.
II - O Conhecimento Explícito é aquele que o indivíduo adquiriu ao longo da vida, que está na cabeça das pessoas. Geralmente é difícil de ser formalizado ou explicado a outra pessoa, pois é subjetivo e inerente as habilidades de uma pessoa.
III - O capital intelectual é um valor mensurável devido a uma nova sociedade que surge onde pressupõe uma mudança de cultura refletindo nas organizações, ou seja, capital intelectual ou conhecimento é gerenciar o conhecimento de funcionários.
IV - O conhecimento Tácito é aquele formal, claro, regrado, fácil de ser comunicado. Pode ser formalizado em textos, desenhos, diagramas, etc. assim como guardado em bases de dados ou publicações. 
 
É incorreto afirmar as proposições:
		
		 
		II, III e IV
		
		Somente a I
		
		I e III
		 
		II e IV
		
		I, III e IV
		
		�
		 ��4a Questão (Ref.: 201301825629)
		Pontos: 1,0  / 1,0
		O Google pode ser considerado um caso de sucesso no processo de inovação tecnológica em várias dimensões porque:
		
		
		permite apenas a realização de buscas por imagens e notícias atualizadas.
		
		permite apenas a geração de um novo mercado, apesar de não contribuir para a geração de uma nova empresa.
		 
		gerou um produto, gerou uma nova empresa, gerou um novo processo e gerou um novo mercado.
		
		oferece buscas por livros raros, gerando um novo mercado e continua oferecendo buscas por notícias atualizadas.
		
		gerou um grande bem, que é a manipulação e aquisição de conhecimento.
		
		�
		 ��5a Questão (Ref.: 201301819100)
		Pontos: 0,0  / 0,5
		      A Flutuação e Caos é definida com uma das cinco condições de nível organizacional que promovem a criação do conhecimento, portanto pode-se definir esta condição como:
		
		 
		        É definida como a interação entre a organização e o ambiente externo, onde envolve rotinas, hábitos ou estruturas cognitivas. Quando introduzida em uma organização, seus membros enfrentam um colapso de rotinas, hábitos ou estruturas cognitivas.

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