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Frente 1
Livro 1
Capítulo 1 – Morfologia – Classes gramaticais
Substantivo
• Substantivo: classe gramatical que nomeia o ser;
• Classificação: simples (um radical) ou composto (mais de um 
radical); concreto (elementos do mundo natural) ou abstrato 
(categorias abstratas: sentimentos, qualidades, ações); 
primitivo (palavra de origem – café) ou derivado (palavra 
derivada – cafezal); comum (ser da mesma espécie – 
professor) ou próprio (um ser em particular – João);
• Flexão: o substantivo pode flexionar em gênero 
(masculino/feminino), número (singular/plural) ou grau 
(aumentativo/diminutivo);
• A mudança de gênero pode gerar mudança de significado (não 
havia capital necessário para a construção da capital);
• A mudança de gênero pode alterar o sentido do substantivo (Na
costa do Brasil, turistas americanos davam as costas para os 
avisos);
• Valor conotativo do grau: o aumentativo e e o diminutivo podem 
assumir um tom afetivo ou ofensivo (Aquele homenzinho de 
meia tigela…);
• Campo semântico (ou lexical): conjunto de palavras que 
remetem a um mesmo universo de conhecimento (ladrão, crime,
roubo, assalto, prisão, morte, por exemplo);
Adjetivo
• O adjetivo dá uma propriedade ao ser;
• O adjetivo pode assumir valor objetivo (A carteira é quadrada) 
ou subjetivo (A vizinha é quadrada);
• A posição do adjetivo pode gerar mudança de significado (alto 
funcionário/funcionário alto);
• O adjetivo pode virar advérbio, ou seja, passa a ser invariável 
(Elas falam manso);
• O adjetivo pode ser simples (um só radical: escuro) ou 
composto (mais de um radical: luso-brasileiro); primitivo (não 
deriva de outra palavra: feliz) ou derivado (deriva de outra 
palavra: amoroso);
• O adjetivo flexiona-se em gênero (plebeu/plebeia), número 
(feliz/felizes) e grau (forte/fortíssimo);
• No grau absoluto sintético, pode haver a forma coloquial 
(agilíssimo) ou erudita (agílimo);
Pronome
• O pronome desempenha importantes funções na língua: indica 
as pessoas do discurso (primeira: quem fala; segunda: com 
quem se fala; terceira: de quem ou de que se fala), promove a 
coesão textual – liga partes, substituindo nomes, 
acontecimentos – e auxilia o nome, atribuindo-lhe ideias de 
posse, indefinição, etc. (pronome adjetivo: acompanha o 
substantivo; pronome substantivo: substitui o substantivo);
• Pronomes você e vocês são utilizados para tratamento 
familiar, expressam intimidade, aproximação, informalidade;
• São pronomes de tratamento cerimonioso senhor, senhora, 
senhorita;
• Os pronomes de reverência (como, Vossa Excelência) são 
utilizados em contextos formais para altas autoridades públicas,
membros da aristocracia e do clero;
• O possessivo faz referência às pessoas do discurso, 
apresentando-as como possuidoras de algo. Os possessivos 
podem imprimir ao texto traços de possessividade, afetividade, 
admiração, simpatia e até mesmo desprezo;
• Os indefinidos costumam ser empregados com a finalidade de 
se criar o efeito de vago, do geral, da indefinição;
• Os indefinidos são pronomes de terceira pessoa, alguns são 
variáveis, outros invariáveis;
• Indefinido + substantivo versus indefinido + artigo + 
substantivo: sem artigo, generaliza-se (toda mulher); com o 
artigo, dá-se ao substantivo a noção do inteiro (toda a mulher);
• Indefinido + adjetivo: ligado ao adjetivo, tem-se a noção do 
inteiro (toda bonita);
• Algum + substantivo versus substantivo + algum: no primeiro 
caso, o indefinido tem valor positivo (algum sinal); no segundo, 
negativo (sinal algum);
• Os demonstrativos, além de marcadores espaciais e temporais, 
possuem uma função coesiva no texto, introduzindo ou 
recuperando palavras, expressões, orações, parágrafos 
inteiros:
◦ Este, esta, isto indicam proximidade da pessoa que fala;
◦ Esse, essa, isso indicam proximidade da pessoa a quem 
se fala;
◦ Aquele, aquela, aquilo indicam o que está afastado tanto 
da pessoa que fala como da pessoa a quem se fala;
◦ Este, esta, isto indicam tempo presente em relação à 
pessoa que fala;
◦ Esse, essa, isso indicam tempo passado em relação à 
época em que se coloca a pessoa que fala;
◦ Aquele, aquela, aquilo indicam tempo vago ou época 
remota;
Artigo
• Os definidos:
◦ Determinam o ser, pressupõem que o ser já é conhecido;
◦ Podem assumir valor intensificador: Ele era o ladrão, o maior
de todos;
◦ Colocados após o indefinido “todo”, dão a ideia de inteiro 
(todo o colégio); sem artigo, significa “qualquer” (todo 
colégio);
◦ Podem assumir valor denotativo quando postos em 
oposição ao indefinido: Meu lar é o escritório (mora no 
escritório, emprego denotativo) versus Meu lar é um 
escritório (assemelha-se ao escritório, emprego conotativo);
◦ Não se utiliza artigo após “cujo” (As deusas a cujas orações 
me referi);
◦ Não se utiliza artigo diante de pronomes como Vossa 
Excelência, Vossa Santidade;
• Os indefinidos:
◦ Indefinem o ser (Havia um garoto na calçada);
◦ Podem indicar aproximação (Tem uns vinte anos);
◦ Podem assumir valor pejorativo ou afetivo (É um zé 
ninguém!; Ela tem uma boca);
Numeral
• Podem ser cardinais (um, dois), ordinais (primeiro, segundo), 
multiplicativos (dobro, triplo) ou fracionários (um terço, dois 
quartos);
• Podem assumir valor conotativo (Já falei mil vezes!);
• Com algarismo romano, se colocados à esquerda do 
substantivo, leem-se como ordinais (XX – vigésima – Bienal do
Livro);
• Com algarismo romano, se colocados à direita do substantivo, 
leem-se como ordinais de um a dez: Papa João Paulo II 
(segundo); lê-se como cardinal a partir de onze: Leão XIII 
(treze);
• Em linguagem coloquial, é comum a flexão de grau (Me dá um 
cincão, pai?);
• Possuem valor argumentativo quando usados como dado 
estatístico;
Verbo
• Voz (ação verbal é produzida ou recebida pelo sujeito):
◦ Ativa: sujeito pratica a ação;
◦ Passiva: sujeito sofre a ação;
◦ Reflexiva: sujeito pratica e sofre a ação;
• Modo (as diversas maneiras sob as quais a pessoa que fala 
traduz o significado contido no verbo, o modo de dizer):
◦ Indicativo: certeza;
◦ Subjuntivo: incerteza;
◦ Imperativo: pedido, sugestão, ordem, súplica;
• Tempo (momento em que ocorre a ação verbal):
◦ Presente;
◦ Passado (pretérito);
◦ Futuro;
• Número (singular ou plural);
• Pessoa (primeira, segunda, terceira);
Advérbio
• Classe gramatical invariável (flexão no grau apenas);
• Lugar: abaixo, acima, além, aí, ali, aqui, cá, dentro, lá, avante, 
atrás, fora, longe, perto;
• Tempo: ainda, agora, amanhã, ontem, logo, já, tarde, cedo, 
outrora, então, antes, depois, imediatamente, anteriormente;
• Intensidade: muito, pouco, assaz, bastante, demais, 
excessivamente, demasiadamente;
• Dúvida: talvez, quiçá, acaso, porventura, provavelmente, 
eventualmente;
• Modo: bem, mal, assim, adrede, asperamente;
• Negação: não, nunca, jamais, tampouco;
• Afirmação: sim, realmente, certamente, deveras, decerto, 
efetivamente;
• Locuções adverbiais:
◦ Lugar: à distância, de longe, em cima, em volta;
◦ Tempo: às vezes, à tarde, à noite, de repente, de súbito, 
hoje em dia;
◦ Modo: às pressas, às claras, às cegas, à toa, à vontade, 
dessa maneira, de cor, em vão;
◦ Afirmação: sem dúvida, de fato, por certo;
◦ Dúvida: por certo, quem sabe;
◦ Causa: Morreu por amor;
◦ Meio: a cavalo;
◦ Instrumento: Operou com o canivete;
◦ Condição: Sem você, eu não vou;
◦ Concessão: Mesmo doente, escrevia romances;
• Flexão do advérbio:
◦ O advérbio pode apresentar flexão em grau:
◦ Grau comparativo:
▪ … mais lentamente do que… (comparativo de 
superioridade);
▪ … menos lentamente do que (comparativo de 
inferioridade);
▪ … tão lentamente como… (comparativo de igualdade);
◦ Grau superlativo:
▪ Superlativo absoluto:
• Viveu muito fielmente (superlativo absoluto analítico – 
uso do advérbio de intensidade);• Viveu fidelissimamente (superlativo absoluto sintético – 
uso do sufixo -íssimo);
▪ Superlativo relativo:
• Clara é a mais bela da sala (superlativo relativo de 
superioridade);
• Ele é o menos capaz para a tarefa (superlativo relativo 
de inferioridade);
Os conectivos
• A preposição e a conjunção possuem pontos em comum, por 
exemplo:
◦ Ambas ligam palavras e orações, são elementos de coesão, 
mas não retomam palavras como o pronome e o advérbio;
◦ Não possuem função sintática, ao contrário dos pronomes;
◦ Possuem na frase valor semântico, excetuando as 
preposições de verbos transitivos indiretos;
• Preposição :
◦ Função: subordinar um termo a outro, o segundo passa a 
ser dependente do primeiro;
◦ Classificação: as preposições podem ser de dois tipos:
▪ Essenciais: a, ante, até, após, com, contra, de, desde, 
em, entre, para, perante, por, sem, sob, sobre;
▪ Acidentais (podem pertencer a outras classes 
gramaticais): afora, consoante, durante, exceto, fora, 
mediante, salvo, segundo, senão, tirante, visto;
◦ Locuções prepositivas:
▪ Nestas a última palavra é sempre uma preposição: ao lado
de, antes de, além de, adiante de, a despeito de, acima 
de, abaixo de, depois de, em torno de, a par de, apesar 
de, através de, de acordo com, com respeito a por causa 
de, quanto a, respeito a, junto a, etc.;
◦ Emprego da preposição:
▪ As preposições essenciais são empregadas com os 
pronomes pessoais oblíquos tônicos:
• Lutou contra mim/Não trabalhava sem mim/Pensava 
em ti/Confiava a mim seus segredos;
▪ As preposições acidentais são empregadas com os 
pronomes pessoais do caso reto:
• Todos comeram, salvo tu./Fora eu, todos comeram;
◦ Relações semânticas da preposição:
▪ As preposições podem exprimir várias relações, eis 
algumas:
• Cantava à gaúcho (modo);
• O hotel foi estimado em 1 milhão (preço);
• A agulha apontava para o Sul/Atirou-se sobre o herói 
(direção);
• Foram com o tio (companhia);
• Martelava com o ferro (instrumento);
• Vim de Salvador (procedência);
• Alimentava-se de farinha e feijão (meio);
• Falava-se sobre tudo (assunto);
• De manhã, tocava violino/Por dez anos, vivi em 
Londres (tempo);
• Transformou-se em sapo (mudança de estado);
• Cantava pelos bares da vida/Vamos para o Rio? 
(lugar);
• Editado para leitores exigentes (finalidade);
• Estavam sob o automóvel (posição inferior);
• Estavam sobre o automóvel (posição superior);
◦ Coesão e preposição:
▪ A preposição subordina um termo ao outro. O termo que 
comanda a preposição pode ser chamado termo regente e 
o comandado, regido. Em “confio em você”, o regente é o 
verbo; o regido, o pronome de tratamento. Se regente e 
regido estiverem distantes um do outro, haverá um 
problema de coesão, de ligação malfeita;
• Conjunção :
◦ A conjunção, além de ligar palavras ou orações, dá uma 
direção argumentativa ao texto, estabelece relação 
semântica. Observe as conjunções e a ideia que elas 
transmitem:
▪ Terás a felicidade, mas só na velhice (restrição);
▪ Comprou a casa, mas arrependeu-se e vendeu-a 
(retificação);
▪ Estava feliz, mas dissimulava com uma expressão séria 
(atenuação);
▪ Apanhou muito, mas ganhou (não compensação);
▪ Mas e o prefeito? Resolveu trabalhar? (situação, 
assunto);
▪ Correu muito e não venceu (oposição);
▪ Correu muito e venceu (consequência ou conclusão);
▪ Era honesto, e muito honesto! (explicação enfática);
▪ Tirou o chapéu e entrou no templo (adição);
▪ E o Valdir? Já devolveu o dinheiro? (situação, assunto);
▪ Contava como Caetano (comparação);
▪ Como era louco, não podia sair de lá (causa);
▪ Jogava como o pai o orientou (conformidade);
▪ Se não foi um galanteio, ainda sim impressionou a jovem 
(concessão);
▪ Se não falar, eu chamo o juiz! (condição);
• Interjeição :
◦ É a classe gramatical que expressa reação emocional;
◦ Exemplo: Ai! Socorro! Ufa!;
Capítulo 2 – Morfologia – Formação de palavras
Morfemas
• Além das desinências, do radical, do tema, da vogal temática, 
temos como morfemas os afixos (prefixo e sufixo); são eles que 
possibilitam a formação de novas palavras (morfemas 
derivacionais). Os afixos que se antepõem ao radicam chama-
se prefixos; os que se pospõem denominam-se sufixos; os afixos
possuem significação maior que as desinências. Já a vogal de 
ligação e a consoante de ligação são morfemas insignificativos, 
servem apenas para evitar dissonâncias (hiatos, encontros 
consonantais), sequências sonoras indesejáveis. Veja:
◦ Palavras cognatas, família ideológica:
▪ Quando um grupo de palavras possui o mesmo radical, 
diz-se que o grupo é formado pela mesma raiz. Quando as 
palavras irmanam-se pelo sentido, temos a série 
sinonímica, a família ideológica: casa, moradia, lar, 
mansão, habitação, etc.;
◦ Radical: O “radical” é a base significativa da palavra; “raiz” é 
o morfema que contém o núcleo significativo comum a uma 
família linguística (radical mais antigo);
◦ Prefixo: Os prefixos de nossa língua são de origem latina ou 
grega, alguns apresentam alteração em contato com o 
radical, assim o prefixo an-, indicador de privação, torna-se 
a- diante de consoante;
▪ Os prefixos possuem mais independência que os sufixos, 
pois, provêm, em geral, de advérbios ou preposições, que 
têm ou tiveram vida independente;
◦ Sufixo: Os sufixos podem ser nominais, verbais, ou 
adverbiais. Formam, respectivamente, nomes (substantivos, 
adjetivos), verbos e advérbios (a partir de adjetivos). 
Exemplos: anarquismo, malufar, rapidamente;
• Processos de formação de palavras:
◦ Há dois grandes processos de formação: a derivação e a 
composição. Na derivação, temos apenas um radical, a 
palavra é derivada de outra; na composição temos ao menos 
dois radicais, a palavra é composta. Exemplos: girassol 
(composta), giratório (derivada);
◦ Derivação:
▪ Tipos:
• Prefixal: cria-se uma palavra derivada a partir de um 
prefixo (disenteria);
• Sufixal: cria-se uma palavra derivada a partir de um 
sufixo (doutorada);
• Parassintética: cria-se uma palavra derivada por meio 
do acréscimo simultâneo de um prefixo e um sufixo. Se 
retirarmos qualquer um dos afixos, não teremos palavra 
(adoçar);
• Prefixal e sufixal: acréscimo não simultâneo de prefixo e 
sufixo. Retirando-se um dos afixos (ou os dois), ainda 
teremos palavra (deslealdade);
• Derivação regressiva: esse tipo de derivação cria 
substantivos deverbais, isto é, derivados do verbo. Por 
isso, são substantivos que denotam ação. Se o 
substantivo indicar ação e se, em relação ao verbo 
possuir um número menor de fonemas, o primitivo será 
o verbo e o derivado, o substantivo (a derivação ocorre 
por meio da supressão de fonemas) (ataque);
• Derivação imprópria: 
◦ Mudança de classe gramatical:
▪ De substantivo comum para substantivo próprio;
▪ De substantivo próprio para substantivo comum;
▪ De adjetivo para substantivo;
▪ De substantivo para adjetivo;
▪ De verbo para substantivo;
▪ De substantivo/adjetivo/verbo para interjeição;
▪ De verbo e advérbio para conjunção;
▪ De adjetivo para advérbio;
▪ De particípio para preposição;
▪ De particípio para substantivo e adjetivo;
◦ Composição: palavras compostas são aquelas que 
apresentam mais de um radical, no mínimo dois; os radicais 
primitivos perdem a significação própria em benefício de um 
único significado:
▪ Justaposição: os dois termos (radicais) conservaram a sua
individualidade, não há alteração fonética (girassol);
▪ Aglutinação: na composição, há perda de fonemas 
(aguardente, boquiaberto);
◦ Outros processos:
▪ Onomatopeia: trata-se da imitação de sons e ruídos da 
natureza. A partir de onomatopeias, formam-se novas 
palavras (miar/miado, latir/latido, piar/pio);
▪ Abreviação vocabular: trata-se da redução de fonemas, a 
palavra se apresenta de forma reduzida e não pelna (auto/
automóvel);
▪ Hibridismo:trata-se de palavras cujos morfemas são de 
línguas diferentes (sambódromo, português e grego);
Capítulo 3 – Sujeito e predicado
Tipos de Sujeito
• Determinado:
◦ O sujeito é determinado quando pode ser identificado na 
frase, por meio de seu(s) núcleo(s) ou por meio de uma elipse
(quando se oculta a palavra, porque ela está subentendida no
contexto ou implícita na terminação do verbo);
◦ Sujeito determinado simples:
▪ Quando há um só núcleo sintático, representado por um 
substantivo, pronome ou numeral (no singular ou no 
plural);
▪ Os presidenciáveis debateram, eles se ofenderam, os 
dois foram analisados;
◦ Sujeito determinado composto:
▪ Quando há dois ou mais núcleos sintáticos, representados 
por substantivos, pronomes ou numerais (no singular e no 
plural);
▪ Lula e o ex-governador argumentaram de forma 
diferente;
◦ Sujeito determinado elíptico ou implícito desinência verbal 
(oculto):
▪ Quando o sujeito foi oculto por estar expresso 
anteriormente ou por estar implícito na desinência verbal;
▪ Somos alienados? Os ricos e os pobres os são?;
▪ Há muitos ricos e muitos pobres… não igualemos;
• Indeterminado:
◦ O sujeito indeterminado ocorre quando o verbo não se refere 
a uma pessoa determinada, ou por se desconhecer quem 
pratica a ação, ou ainda por não haver interesse no seu 
conhecimento. O sujeito indeterminado pode apresentar-se 
na terceira pessoa do plural ou na terceira pessoa do 
singular, com emprego do “se”, índice de indeterminação do 
sujeito;
◦ Com verbo na terceira pessoa do singular e com o índice de 
indeterminação do sujeito (se):
▪ Necessita-se de água;
◦ Com verbo na terceira pessoa do plural, sem o índice de 
indeterminação do sujeito (se):
▪ Necessitam de água;
• Inexistente (oração sem sujeito):
◦ Neste tipo de estrutura sintática, a exemplo do sujeito elíptico 
e do sujeito indeterminado, há apenas o predicado; a 
diferença é que, ao contrário dos dois primeiros, não há quem
faça a ação. Os principais casos:
▪ a)Verbos ou expressões que denotam fenômeno da 
natureza e indicação de tempo em geral:
• Faz calor, meu bem? Podemos sair?;
• Chove, amor!;
▪ b)Com os verbos “haver” e “fazer” no sentido de tempo 
decorrido (impessoais):
• Aliás, faz 10 minutos que não chove;
• Há pouco não chovia, que chato!;
▪ c)Com o verbo “haver” no sentido de existir, acontecer, 
ocorrer (impessoal):
• Amor, há tantas outras coisas a fazer…;
◦ Em linguagem coloquial e em certos textos literários, é 
comum o emprego do verbo “ter” com o sentido de existir. 
Para muitos gramáticos, todavia, o uso deve ser evitado em 
linguagem culta:
▪ Tem tanto museu bonito…;
Capítulo 4 – Termos da oração ligados ao verbo
Termos associados ao verbo
• Verbos de ligação são frequentes na descrição dos seres em 
geral, nas definições científicas e nas operações lógicas. Esse 
Verbo
Objeto 
Direto
Objeto 
Indireto
Adjunto 
Adverbial
Agente 
da Passiva
tipo pode designar estado permanente, estado transitório, 
mudança de estado e continuidade de estado;
Aparência de estado
• Verbo transitivo direto: o verbo não exige preposição e possui 
um complemento chamado objeto direto;
• Verbo transitivo indireto: o verbo exige preposição e possui um 
complemento chamado objeto indireto, o qual apresenta 
preposição explícita (ou implícita, se for pronome);
• Verbo transitivo direto e indireto: o verbo exige dois 
complementos, um objeto direto (sem preposição) e um objeto 
indireto (com preposição explícita ou implícita);
Significativos
Intransitivos: não possuem complemento 
verbal; possuem sentido completo
Transitivos: possuem complemento 
verbal, objeto/sentido incompleto
Objeto
Termo integrante (necessário à 
estrutura sintática).
É o complemento de um verbo transitivo 
(sinônimo de complemento verbal).
Funciona semanticamente como o alvo, 
o ser afetado, o destinatário
Pode estar elíptico se estiver 
claro no contexto
Está sempre associado ao verbo transitivo 
(termo associado ao verbo)
Objeto direto
• Trata-se do complemento do verbo transitivo direto, ou do 
complemento verbal sem preposição (porque o verbo não a 
exige);
Objeto indireto
• Trata-se do complemento do verbo transitivo indireto, ou do 
complemento verbal com preposição (quando a preposição é 
uma exigência do verbo);
Objeto na forma de pronome
• Pronomes como “me”, “te”, “se”, “nos”, “vos” podem funcionar 
como OD ou OI, se ligados ao verbo (se ligados ao nome, 
adjunto adnominal ou complemento nominal). Para saber a 
função, deve-se analisar a regência do verbo;
Objeto direto preposicionado
• O objeto direto preposicionado (ou preposicional) ocorre 
quando a preposição existe no objeto, mas não é comandada 
pelo verbo. Ou é comandada pelo falante ou por um outro 
vocábulo (pronomes oblíquos tônicos). Veja os casos:
◦ a)Com pronomes oblíquos tônicos, que exigem preposição 
(obrigatório);
◦ b)Com o pronome quem, com antecedente expresso 
(obrigatório);
◦ c)Com o nome Deus (obrigatório);
◦ d)Quando se coordena o pronome átono (na função de OD) e
um substantivo (obrigatório);
◦ e)Quando se usa um verbo transitivo direto de forma 
impessoal (no singular), acompanhado da partícula se 
(obrigatório);
◦ f)Diante de pronomes referentes a pessoas (facultativos);
◦ g)Por necessidade de clareza;
◦ h)Com pronomes precedidos de partícula comparativa 
(facultativo);
◦ i)Quando o objeto direto precede o verbo (facultativo);
◦ j)Quando a preposição tem valor partitivo (facultativo, 
dependendo do caso);
◦ k)Em certas expressões idiomáticas (facultativo);
Objeto direto cognato (ou interno)
• Ocorre quando o objeto traz o mesmo radical (ou mesmo 
sentido: Dormiu um sono) do verbo. É frequente na literatura 
como recurso expressivo;
Objeto direto (ou indireto) pleonástico
• Trata-se da repetição do objeto como instrumento de ênfase: 
Os sonhos, eu os perdi;
Topicalização do objeto
• Colocar o objeto no início da oração (no topo) é uma forma de 
chamar a atenção (instrumento de ênfase). É preciso não 
confundir a topicalização do objeto com determinadas 
estruturas chamadas anacoluto;
Alteração semântica
• Em literatura, é comum o uso de rescursos expressivos 
envolvendo o objeto. Um desses recursos consiste em 
empregar o mesmo verbo em sentidos diferentes para cada 
objeto;
Ampliação de sentido na mudança de regência
• Verbos transitivos, quando se tornam intransitivos, passam a ter
sentido mais abrangente;
Adjunto adverbial
• Do ponto de vista sintático, relacional, o adjunto adverbial se 
anexa ao verbo, ao adjetivo e ao advérbio. Do ponto de vista 
semântico, o adjunto dá ao verbo uma circunstância de lugar, 
tempo, modo, etc. (os valores semânticos do addvérbio). 
Quando ligado ao adjetivo e ao advérbio, expressa intensidade;
• Em certas construções, o adjunto adverbial pode ligar-se à frase
toda (para muitos linguistas, seria um adjunto adverbial de 
enunciação);
• Com o seu emprego, o enunciador manifesta sua opinião em 
relação a um fato, expresso por uma frase;
• Ao contrário do objeto, dado como termo integrante, necessário 
à estrutura da frase, o adjunto adverbial é classificado pelas 
gramáticas normativas como termo acessório, desnecessário à 
frase;
• Em algumas situações, a omissão do adjunto adverbial pode 
não prejudicar a sintaxe, mas pode prejudicar a mensagem, se 
o adjunto contiver uma informação importante para o emissor ou
para o contexto;
• Tipos de adjunto adverbial:
◦ 1. Causa;
◦ 2. Companhia;
◦ 3. Concessão;
◦ 4. Condição;
◦ 5. Conformidade;
◦ 6. Dúvida;
◦ 7. Finalidade;
◦ 8. Instrumento;
◦ 9. Intensidade;
◦ 10. Lugar;
◦ 11. Matéria;
◦ 12. Meio;
◦ 13. Modo;
◦ 14. negação;
◦ 15. Oposição;
◦ 16. Tempo;
• Em relação à classificação, é importante levar em consideração 
afrase, pois um mesmo adjunto pode assumir um significado 
diferente em outro contexto;
Agente da passiva
• Termo que, na oração em voz passiva analítica, designa o 
agente da ação verbal. Introduzido pela preposição por ou de, o
agente da passiva está sempre ligado ao verbo. Quando uma 
oração apresenta um verbo construído com o objeto direto (voz 
ativa, sujeito agente), ela pode assumir a forma passiva; 
havendo a passiva analítica, pode-se ter o agente da passiva. 
As transformações podem ser descritas da seguinte forma:
Voz ativa Voz passiva analítica
OD Viram Sujeito
Verbo Locução verbal (verbo ser no mesmo tempo e 
modo + particípio do verbo)
Sujeito Agente da passiva, introduzido pela preposição por
• Observações:
1. Se o sujeito da ativa estiver acompanhado de artigo, haverá a
contração antecedendo o núcleo (substantivo ou pronome) 
do agente da passiva:
◦ Por + a = pela;
◦ Por + o = pelo;
◦ Por + as = pelas;
◦ Por + os = pelos;
2. Pode haver na ativa uma locução verbal (verbo auxiliar + 
verbo principal em um das formas nominais). A 
transformação para a passiva obedece aos seguintes 
critérios:
◦ a) O auxiliar concorda com o sujeito na passiva, mas 
permanece no mesmo tempo e no mesmo modo;
◦ b) O verbo principal, na passiva, vai para o particípio;
◦ c) Coloca-se o verbo ser na passiva após o auxiliar da 
ativa e antes do particípio;
◦ d) O verbo ser assume o tempo e o modo do verbo 
principal da ativa;
• Omissão do agente da passiva:
◦ a) Se, em uma oração de voz ativa, o verbo estiver na 
terceira pessoa do plural, não haverá agente explícito para 
indicar sujeito indeterminado na transformação para a voz 
passiva;
◦ b) Na imprensa, às vezes o agente não aparece por 
desconhecimento ou por não haver interesse em revelá-lo;
Capítulo 5 – Termos da oração ligados ao nome e 
vocativo
Adjunto adnominal
• Termo ligado ao nome, mais especificamente a um núcleo 
sintático (do sujeito, do objeto, etc.);
• É expresso por: artigos, pronomes, numerais, adjetivos, 
locuções adjetivas e orações adjetivas;
• As minhas duas lindas garotas da África morrem da 
subnutrição que o mundo não combate;
• Possui função de especificar, explicar, indeterminar, determinar 
o ser, isto é, o nome, o substantivo;
• Pode estar presente em qualquer termo da oração, estará 
ligado ao seu núcleo, sem intermediação do verbo ou da vírgula;
• Quando o adjunto adnominal estiver ligado ao sujeito e for 
desempenhado por um adjetivo, teremos uma qualidade velha 
(posta como conhecida pelos interlocutores) ou permanente (o 
predicativo transmite-nos uma qualidade nova – posta como 
revelação – ou passageira);
• O documento falso foi encontrado (adjunto adnominal);
• O documento é falso (predicativo);
Predicativo do sujeito
• Remete a uma qualidade (qualidade nova, isto é, posta como se
fosse uma revelação) ou a um estado do sujeito (de caráter 
passageiro). Pode apresentar-se:
◦ a) Com verbo de ligação (ser, estar, parecer, continuar, entre 
outros, podem funcionar como verbos de ligação se 
introduzirem uma qualidade, um estado ou uma mudança de 
estado do sujeito):
▪ As nuvens são mágicas;
▪ As nuvens estão escuras;
▪ As nuvens continuam ameaçadoras;
◦ b) Sem verbo de ligação (com transitivo ou intransitivo):
▪ As nuvens marcham mansas;
• Depois do verbo, não há necessidade da vírgula. A vírgula, 
porém, é de fundamental importância quando o adjetivo segue o
núcleo do sujeito;
◦ O garoto, cansado, assistia a guerras;
◦ O garoto assistia a guerras cansado;
• É preciso estar atento também à ordem das palavras, pois em 
muitos casos é a posição do adjetivo que gera ambiguidade;
◦ O garoto saiu do local abandonado;
Predicativo do objeto
• Qualidade nova imposta pelo sujeito ao objeto ou uma opinião 
do sujeito sobre o objeto;
• Alguns verbos que possibilitam o predicativo do objeto: eleger, 
crer, encontrar, estimar, fazer, nomear, proclamar, chamar, 
formar;
• Nomearam o ministro chefe da comissão;
Complemento nominal
• Possui a função de completar o nome; pode estar ligado a 
substantivo abstrato, adjetivo ou advérbio, sempre com 
preposição;
• Ligado ao substantivo, cumpre o papel semântico do objeto, isto
é, ser afetado, alvo da ação:
◦ Invasão no Líbano;
• Se for agente, ou possuidor, teremos o adjunto adnominal:
◦ As armas dos Estados Unidos;
Aposto
• Mantém uma relação de igualdade semântico com o termo 
anterior. O aposto pode ser explicativo, enumerativo, 
distributivo, recapitulativo, especificativo ou oracional;
• Os Beatles, o mais famoso conjunto de rock de todos os 
tempos, tornaram-se um mito (explicativo);
• Ele amava tudo dos Beatles: a música, a filosofia, as 
vestimentas, etc. (enumerativo);
Vocativo
• O vocativo é um termo que não pertence ao sujeito nem ao 
predicado; indica um chamado, um apelo; o vocativo remete ao 
destinatário da mensagem. Também pode ser um indicador de 
religião, posição política, grupo social, idade, orientação sexual, 
origem geográfica, etc;
◦ – Tucanos, o petista já chegou!;
◦ – Padre, eu pequei!;
◦ – Bofe, você tem “fogo”?;
Capítulo 6 – Sintaxe e semântica, tipos de predicado
Predicado nominal
• Informa uma qualidade nova ou passageira; está presente de 
forma mais sistemática nas descrições e nas definições 
científicas;
• No predicado nominal, o núcleo é o nome, sintaticamente 
denominado predicativo do sujeito. Estruturas que apresentam 
o predicado nominal:
◦ a) Verbo de ligação + predicativo do sujeito:
▪ A vida é um cálice de vinho;
◦ b) Verbo de ligação + predicativo do sujeito + adjunto 
adverbial:
▪ Os corvos são mensageiros do terror à noite;
Predicado verbal
• O predicado verbal expressa uma ação mental ou física; nele 
estão presentes verbos transitivos ou intransitivos;
• Como esses verbos expressam uma ação do ser, o uso desse 
tipo de predicado pode criar um efeito de dinamicidade. No 
predicado verbal, o núcleo é o verbo (transitivo ou intransitivo). 
Estruturas sintáticas:
◦ a) Verbo intransitivo:
▪ O vento dança;
◦ b) Verbo intransitivo + adjunto adverbial:
▪ O vento dança loucamente;
◦ c) Verbo transitivo + objeto:
▪ O vento dança a valsa da natureza;
◦ d) Verbo transitivo + objeto + adjunto adverbial:
▪ O vento dança a valsa da natureza loucamente;
Predico verbo-nominal
• Esse tipo de predicado está presente no momento em que o 
enunciador deseja passar:
◦ a) Uma ação e um estado de sujeito:
▪ São Paulo caminha lenta;
◦ b) Uma qualidade nova do objeto causada pelo sujeito:
▪ As indústrias deixam a rica cidade;
◦ c) Uma opinião do sujeito sobre o objeto:
▪ Te chamam de ladrão, de bicha, maconheiro (Cazuza;
O tempo não para);
• No predicado verbo-nominal, o núcleo é o verbo e o nome (um 
predicativo);
• Estruturas sintáticas:
◦ a) Verbo transitivo + objeto + predicativo do sujeito;
◦ b) Verbo transitivo + objeto + predicativo do objeto;
◦ c) Verbo intransitivo + predicativo do sujeito;
Topicalização do objeto
• Quando se quer destacar o objeto, pode-se colocá-lo à frente de
toda a oração:
◦ Livro: Compre um!;
Ambiguidade sintática
• Ocorre quando um termo da oração pode assumir dupla função 
sintática:
◦ As mulheres do sertão saíram das terras castigadas;
◦ O termo “castigadas” pode estar ligado a “terras” ou a 
“mulheres”; pode ser adjunto adnominal de “terras” ou 
predicativo do sujeito de “mulheres”;
Paralelismo sintático
• Trata-se da reiteração de estruturas sintáticas;
◦ […] Nunca me esquecerei que no meio do caminho/tinha uma 
pedra/tinha uma pedra no meio do caminho/no meio do 
caminho tinha uma pedra (Carlos Drummond de Andrade. 
“No meio do caminho”);
Capítulo 7 – A palavra “se”
Voz ativa
• Temos a voz ativa quando o sujeito da oração é agente, isto é, 
pratica a ação:
◦ Bombeiro resgata torcedor;
Vozpassiva analítica
• A voz passiva analítica ocorre quando a oração apresenta um 
sujeito paciente e uma locução verbal (verbo ser + particípio):
◦ Torcedor é resgatado;
• Essa estrutura pode ainda conter um termo acessório 
denominado agente da passiva:
◦ Torcedor é resgatado por bombeiro;
Pronome apassivador
• A estrutura em que a partícula (ou pronome) apassivadora se 
encontra é mais concisa, não traz o agente da passiva:
◦ Trocam-se ideias;
• Para que haja voz passiva sintética, é preciso que:
◦ a) O verbo esteja em terceira pessoa;
◦ b) Haja a palavra “se”;
◦ c) O verbo seja VTD ou VTDI;
◦ d) O substantivo seja sujeito paciente;
• Deve-se observar ainda se o verbo está concordando com o 
substantivo, o qual funciona como sujeito. O objeto direto não 
ocorre na passiva, transforma-se em sujeito paciente;
Índice de indeterminação do sujeito
• Em português, pode-se indeterminar o sujeito na terceira 
pessoa do plural, sem a palavra “se”; ou na terceira pessoa do 
singular, com o “se” denominado índice de indeterminação do 
sujeito:
◦ Precisa-se de alimentos e livros;
• Além do verbo transitivo indireto, é comum o uso de intransitivos
nesse tipo de estrutura:
◦ Rouba-se muito.
Pronome reflexivo ou pronome recíproco
• A refexividade ocorre quando o sujeito é agente e paciente, 
pratica e sofre a ação:
◦ Maria cortou-se com a navalha;
• Na voz reflexiva, observa-se também a presença do pronome 
recíproco (em vez de a si mesmo, teremos um ao outro):
◦ Elas se cumprimentaram;
Parte integrante do verbo
• Como parte integrante do verbo, esse pronome ocorre com 
verbos que expressam sentimento ou mudança de estado:
◦ Alegrou-se ao ver a paz surgir no horizonte;
Partícula de realce
• O pronome de realce servirá para destacar, enfatizar um verbo 
intransitivo; tal recurso dá mais espontaneidade à ação do 
sujeito:
◦ Foi-se a primeira bomba de chocolate;
Capítulo 8 – Sintaxe dos pronomes
Uso dos pronomes pessoais do caso reto
• Os pronomes pessoais do caso reto funcionam como sujeito da 
oração;
• a) Para eu / para mim:
◦ Emprega-se “para eu” quando o pronome é sujeito de um 
verbo que vem a seguir; emprega-se “para mim” quando o 
pronome pessoal da primeira pessoa não for sujeito a oração 
e houver a preposição;
• b) Salvo eu/exceto eu/menos eu:
◦ As palavras denotativas de exclusão “salvo”, “menos” e 
“exceto” pedem pronome pessoal do caso reto;
• c) Pronomes pessoais do caso reto regidos por preposição:
◦ Os pronomes “ele”, “ela”, “nós”, “vós”, “eles”, “elas” podem 
não exercer a função de sujeito quando regidos por 
preposição;
Uso dos pronomes pessoais do caso oblíquo átono
• Esses pronomes não atuam como sujeitos da oração, exceto 
quando envolvem auxiliar causativo ou sensitivo;
• a) Me – te – nos – vos:
◦ Pronomes que podem exercer a função de complemento 
verbal, complemento nominal e adjunto adnominal;
• b) Reflexividade e reciprocidade dos oblíquos átonos:
◦ Quando o sujeito pratica e sofre a ação (a reflexividade ou 
reciprocidade), sujeito e pronome estarão na mesma pessoa;
• c) o, a, os, as, lhe, lhes:
◦ Os pronomes “o”, “a”, “os”, “as” exercem a função de objeto 
direto, não pressupondo preposição; já os pronomes “lhe” e 
“lhes” são utilizados quando pressupõem preposição, 
podendo exercer o papel sintático de objeto indireto, 
complemento nominal ou adjunto adnominal (valor 
possessivo);
• d) Pronome de interesse:
◦ O pronome “me” pode ser empregado em certos contextos 
para demonstrar o interesse do enunciador sobre fatos; trata-
se de um efeito de aproximação; no cotidiano, é comum a sua
ocorrência;
• e) Recurso de estilo: os oblíquos átonos com valor possessivo:
◦ Os pronomes pessoais podem assumir valor possessivo em 
determinadas frases; tal recurso dá elegância ao texto;
• f) Recurso de estilo: o pleonasmo:
◦ Os oblíquos “o”, “a”, “os”, “as”, “lhe”, “lhes” podem 
recuperar um objeto e com isso enfatizá-lo;
Uso dos pronomes pessoais do caso oblíquo tônico
• Esses pronomes não funcionam como sujeito e são utilizados 
com preposição, que pode estar embutida no próprio pronome 
(comigo, contigo, consigo) ou antecedida ao pronome (para 
mim, para ti, para si, a mim, a ti, a si, entre mim, sobre ti), etc.;
• a) Reflexivos si, consigo:
◦ Os reflexivos “si”, “consigo” exigem sujeito na terceira 
pessoa, em norma culta;
• b) Com nós/conosco, com vós/convosco:
◦ utilizam-se as formas pronominais “com nós”, “com vós”, em 
vez de “conosco” e “convosco”, quando esses pronomes 
pessoais estiverem acompanhados de “mesmos”, “próprios”,
“outros”, “todos” e numerais;
Adaptações fonéticas: lo-la-los-las, no-na-nos-nas
• a) A terminação r/s/z:
◦ Cai essa consoante e acrescenta-se “l” ao pronome pessoal;
• b) A terminação ditongo nasal/m:
◦ Acrescenta-se “n” ao pronome pessoal;
• c) A terminação “mos” seguida de “nos”:
◦ Cai o “s” do verbo;
Auxiliares causativos e sensitivos (deixar, mandar, fazer, ouvir, 
escutar, ver…)
• Quando os auxiliares causativos ou sensitivos estiverem 
seguidos de pronome pessoal e forma no infinitivo, utiliza-se o 
pronome pessoal do caso oblíquo, o qual será o sujeito do 
infinitivo (trata-se de um exceção, pois haverá um pronome 
oblíquo na função de sujeito). O pronome oblíquo e o verbo no 
infinitivo funcionarão como objeto direto oracional;
Variantes linguísticas
• O uso coloquial dos pronomes deve ser considerado erro 
quando a situação requerer uma linguagem culta. No diálogo, 
em situações informais, o seu emprego é aceito, visto que, 
nesses contextos, emprega-se a variante popular. Veja os 
principais casos: 
◦ a) Pronome do caso reto na função de oblíquo;
◦ b) Uso indevido do “lhe”, “lhes” como objeto direto;
◦ c) Falta de concordância entre pronomes de segunda e 
terceira pessoa;
◦ d) Falta de concordância entre pronome e verbo;
◦ e) Uso indevido de pronome pessoal do caso reto com 
auxiliar causativo e sensitivo;
◦ f) Utilização indevida de reflexivos de terceira pessoa com 
sujeito em primeira ou segunda pessoas;
◦ g) Emprego errôneo de formas como “conosco”, “convosco”;
Contrações: “mo”, “ma”, “to”, “ta”, “lho”, “lha”
• Os oblíquos “me”, “te”, “lhe”, “nos”, “vos”, “lhes” contraem-se 
com os átonos “o”, “a”, “os”, “as”. Veja:
me + o = mo me + a = ma me + os = mos me + as = mas
te + o = to te + a = ta te + os = tos te + as = tas
lhe + o = lho lhe + a = lha lhe + os = lhos lhe + as = lhas
lhes + o = lho lhes + a = lha lhes + os = lhos lhe + as = lhas
nos + o = no-lo nos + a = no-la nos + os = no-los nos + as = no-las
vos + o = vo-lo vos + a = vo-la vos + os = vo-los vos + as = vo-las
• Tais formas pronominais não possuem muita frequência 
modernamente; em consequência disso, o emprego torna-se 
mais difícil;
Capítulo 9 – Período composto por coordenação
• As coordenadas podem ser de dois tipos: assindéticas (sem 
conjunção) ou sindéticas (com conjunção);
• As sindéticas dividem-se em:
◦ Aditiva: 
▪ Passa ideia de sobreposição, adição (e, nem, não só..., 
mas também, não apenas..., mas ainda, etc.);
◦ Adversativa:
▪ Apresenta quebra de expectativa em relação ao que foi 
dito anteriormente (mas, todavia, no entanto, entretanto, 
contudo, porém, etc.);
◦ Explicativa:
▪ Trata-se de justificativa, argumento favorável ao que foi 
dito anteriormente (pois, porque, porquanto, etc.);
◦ Conclusiva:
▪ Explicita algo que está implícito na oração anterior (logo, 
portanto, por isso, por conseguinte, pois, então, etc.);
◦ Alternativa:
▪ Passa a ideia de alternidade, oposição, exclusão (ou… ou, 
ora… ora, quer… quer, já… já, seja… seja);
• As conjunções são polissêmicas, apresentam vários valores 
semânticos;
• A conjunção “e” coordena elementos de igual função, quando 
isso não ocorre há quebra de paralelismo sintático;
• As correlações conjuntivas (não só...,mas também, ora… ora) 
pressupõem paralelismo gramatical; a ausência de um dos 
termos da correlação implicará quebra de paralelismo;
Capítulo 10 – Período composto por subordinação
Orações subordinadas substantivas:
• As subordinadas são estruturas dependentes;
• Haverá quebra de paralelismo sintático se houver a omissão da 
oração principal ou da subordinada;
• A oração subordinada substantiva é permutável por “isto”;
• A oração principal não apresenta a conjunção;
• A oração subordinada substantiva faz uso de conectivo ou de 
verbo no infinitivo (oração reduzida);
• A oração subjetiva exerce o papel de sujeito da principal, exige 
verbo da oração principal na terceira pessoa do singular:
◦ É preciso que haja democracia;
• A objetiva direta: exerce o papel de objeto direto da oração 
principal:
◦ Quero que todos aprendam;
• A objetiva indireta exerce papel de objeto indireto da principal, 
vem regida por preposição:
◦ Duvido de que todos venham;
• A completiva nominal exerce papel de complemento nominal de 
um termo da principal, vem regida por preposição obrigatória:
◦ Chegamos à conclusão de que tudo não passava de um 
engano;
• A predicativa exerce função de predicativo do sujeito da oração 
principal:
◦ O sonho era que houvesse menos fome;
• A apositiva exerce função de aposta da oração principal, é 
precedida de dois pontos ou vírgula:
◦ O rei queria isto: que todos o respeitassem na corte;
• O discurso direto reproduz fala da personagem:
◦ Ele disse: “Estou com frio!”;
• O discurso indireto ocorre quando o narrador incorpora em seu 
discurso a fala da personagem:
◦ Ele disse que estava com frio;
Orações subordinadas adjetivas
• As orações adjetivas exercem morfologicamente o papel de 
adjetivo; sintaticamente, a função de adjunto adnominal;
• Os pronomes relativos introduzem as orações adjetivas;
• O relativo “que” substitui coisa ou pessoa; pode estar 
acompanhado de preposições monossilábicas;
• O relativo “quem” substitui pessoas ou seres personificados, 
sempre vem acompanhado de preposição;
• O relativo “o qual” (e flexões) substitui o relativo “que” nas 
adjetivas explicativas; deve ser utilizado para evitar 
ambiguidades;
• O relativo “cujo” indica posse e subentende a preposição “de” 
mais o antecedente (= do qual, da qual); concorda com o 
substantivo posposto (não há cujo o, cuja a);
• A oração subordinada adjetiva explicativa é acompanhada de 
vírgulas e compartilha um saber sobre o antecedente;
• As adjetivas restritivas não são acompanhadas de vírgulas e 
delimitam o antecedente;
• As adjetivas podem sofrer redução no infinitvo, no gerúndio e 
particípio. São instrumentos de concisão;
• O relativo é elemento de coesão, de ligação;
• O relativo pode estar acompanhado de preposição;
• Para saber se há preposição, observe se há palavra, expressão 
ou oração à direita que peça preposição:
◦ As poesias de que gosto;
• A oração adjetiva deve estar encostada ao antecedente do 
relativo:
◦ Correto:
▪ As guerras, que são insanas, traduzem uma fragilidade 
humana;
◦ O que não pode acontecer:
▪ As guerras traduzem uma fragilidade humana, que são 
insanas;
Orações subordinadas substantivas adverbiais
• Os tipos de adverbiais:
◦ Causais:
▪ Expressam a causa oração principal;
◦ Consecutivas:
▪ Expressam a consequência da oração principal;
◦ Condicionais:
▪ Expressam a condição da oração principal;
◦ Conformativas:
▪ Expressam relação de concordância, conformidade;
◦ Comparativas:
▪ Expressam confronto, comparação com a oração principal;
◦ Concessivas:
▪ Expressam a ressalva, a concessão, argumento mais 
fraco, quebra de expectativa;
◦ Temporais:
▪ Expressam o momento em que se realiza a ação da oração
principal;
◦ Finais:
▪ Expressam a intenção, a finalidade do que é dito na 
principal;
◦ Proporcionais:
▪ Apresentam uma ação simultânea à ação da oração 
principal;
Capítulo 11 – Regência
Verbos
• Assistir:
◦ VI = morar;
◦ VTD = socorrer;
◦ VTI = ver;
◦ VTI = ter direito a;
• Visar:
◦ VTI = ter por objetivo;
▪ Apesar de VTI, “visar”, com o sentido de ter por objetivo, 
não aceita “lhe” (Visava a ele);
◦ VTD = pôr visto;
◦ VTD = mirar;
• Aspirar:
◦ VTI = almejar;
▪ Apesar de VTI, “aspirar”, com o sentido de almejar”, não 
aceita “lhe” (Aspirava a ele);
◦ VTD = inspirar;
• Obedecer/Desobedecer:
◦ VTI;
• Esquecer/Lembrar:
◦ VTD = cair na lembrança/apagar-se da memória (sem 
preposição e sem pronome);
◦ VTI pronominal = cair na lembrança/apagar-se da memória 
(com preposição e pronome);
◦ VTI = cair na lembrança/apagar-se da memória (com verbo 
sempre na terceira pessoa, sujeito à direita e objeto indireto 
posposto ao verbo, mas antecedido ao sujeito);
• Ir/Chegar:
◦ VI = ir em/chegar em;
◦ VI = ir a/chegar a;
• Implicar:
◦ VTD = acarretar;
▪ A regência “implicar em”, no sentido de acarretar, é 
largamente utilizada pelo povo, mas ainda não foi 
assimilada pela norma culta;
◦ VTI = meter-se;
◦ VTI = mostrar má disposição com as pessoas;
• Informar/Avisar/Notificar:
◦ VTDI;
◦ Informar algo a alguém. Informar alguém de algo. Informar 
alguém sobre algo;
◦ Se utilizarmos os pronomes pessoais do caso oblíquo, 
teremos:
▪ Informar ao professor que tudo estava certo = Informar-lhe
que tudo estava certo;
▪ Informar o professor de que tudo estava certo = Informá-lo 
de que tudo estava certo;
• Querer:
◦ VTD = desejar;
◦ VTI = querer bem, estimar, amar;
• Agradar:
◦ VTD = fazer carinho;
◦ VTI = satisfazer;
• Custar:
◦ VTD = valer;
◦ VTI = ser difícil, ser obtido à custa de (com sujeito em forma 
de oração, a qual pode ser precedida ou não de preposição 
expletiva);
◦ VTDI = causar, acarretar;
• Pagar, perdoar:
◦ VTD = objeto é coisa;
▪ Se for verbo for transitivo direto, utiliza-se “o”, “a”, “os”, 
“as”;
◦ VTI = objeto é pessoa;
▪ Se o verbo for transitivo indireto, utiliza-se “lhe” e “lhes;
◦ VTDI = objeto é coisa e pessoa;
• Preferir:
◦ VTDI = preferir uma coisa a outra, preferir uma entre duas 
coisas;
◦ Construções como “prefiro mais”, “prefiro antes” e “prefiro 
mais… que” não são aceitas pela norma, trata-se de 
linguagem coloquial;
◦ VTD = dar primazia a;
• Responder:
◦ VTI/VI = dar resposta a alguém, replicar;
No caso das adjetivas, a palavra que comanda a preposição está à 
direita desta e não à esquerda, como nos demais casos. Observe:
• O presidente a que fiz referência estava e Londres;
Em relação às subordinadas substantivas, a preposição ocorre nas 
objetivas indiretas e nas completivas nominais.
Capítulo 12 – Crase
A Crase é a contração de duas vogais idênticas. Temos esse 
fenômeno na prosa e na poesia. A fusão ocorre entre a preposição 
“a”, comandada pelo verbo, advérbio ou adjetivo, e o artigo “a”, que 
precede o substantivo. O sinal sobre o “a” recebe o nome de acento 
grave.
Não há crase:
• Diante de masculino;
• Diante de verbo;
• Diante de pronomes que não aceitam artigo;
• Em expressões repetidas;
• Diante de palavras de sentido indeterminado;
• Diante de nomes de lugares que não aceitam artigo;
• Diante da palavra “casa” com o sentido de lar;
• Diante da palavra “terra” como antônimo de “bordo”;
• Diante da palavra “distante” quando esta estiver indeterminada;
• Diante da palavra “após”;
• Diante dos pronomes de tratamento iniciados por Vossa/Sua 
(de cerimônia);
• Diante de numerais (exceto em indicações de horas);
Crase facultativa:
• Diante de possessivo;
• Diante de nome próprio feminino;
Crase obrigatória
• Se a palavra à esquerda (A) pedir preposição “a” e a palavra à 
direita (B) aceitar artigo feminino “a”;
• Se a palavra à esquerda pedir preposição “a” e a palavra à 
direita for um pronome demonstrativo (a, as, aquele, aqueles, 
aquela, aquelas, aquilo);
• Se houver uma palavra à direitados relativos “a qual”, “as 
quais” que peça preposição “a”;
• Nas locuções adverbiais femininas e nas locuções prepositivas 
femininas (à moda de, à custa de, à beira de, à maneira de, à 
vista de, à procura de, etc.). Se subentender “à moda de”, 
haverá acento grave diante de masculino;
• Nas locuções conjuntivas adverbiais proporcionais;
• Diante da palavra “casa”, quando estiver determinada;
• Diante da palavra “terra”, quando esta estiver determinada (ou 
quando for planeta);
Capítulo 13 – Pontuação
Vírgula – Regra geral I
• A associação lógica entre as palavras pode ser concebida como
um critério (regra) geral: se entre duas palavras vizinhas não 
hoiver vírgula, é porque estão em relação, em associação lógica
(AB); todavia, se entre elas houver uma vírgula, é porque não 
estão em associação;
• Em suma:
◦ A B = há associação lógica;
◦ A, B = não há associação lógica;
• A regra geral acima descrita explica a ausência da vírgula entre 
certos termos da oração, por exemplo:
◦ a) Não há vírgula entre sujeito (A) e predicado (B), pois estão 
em associação lógica;
◦ b) Não há vírgula entre verbo (A) e objeto (B), pois estão em 
associação lógica;
◦ c) Não há vírgula entre o adjunto adnominal (A) e o núcleo 
(B), pois estão em associação lógica;
◦ d) Não há vírgula entre o nome (A: substantivo abstrato, 
adjetivo ou advérbio) e o complemento nominal (B), pois 
estão em associação lógica;
• Por ser uma regra geral, convém observar as demais regras;
Vírgula – Regra geral II
• A intercalação também será tratada como regra geral, por isso, 
convém observar algumas exceções – as orações subordinadas
adjetivas restritivas intercaladas, por exemplo, não recebem a 
vírgula (vide item das subordinadas). A intercalação pode ser 
traduzida como uma interrupção sintática; a ordem natural 
(sujeito + verbo + objeto (+ adjunto adverbial)) tem sua 
sequência interrompida por uma palavra, expressão, oração, 
etc. Se retirarmos o termo intercalado, a sequência natural será 
recuperada. O termo intercalado receberá duas vírgulas (uma 
antes e outra depois). Veja os principais casos:
◦ Conjunção intercalada;
◦ Adjunto adverbial intercalado;
◦ Oração intercalada;
◦ Aposto explicativo intercalado;
◦ Predicativo do sujeito;
◦ Expressões de caráter explicativo;
A vírgula no período simples: objeto pleonástico
• A colocação do objeto antecedendo o objeto é um recurso 
expressivo, dá-se ênfase ao complemento do verbo. As 
gramáticas, todavia, não registram a vírgula nesses casos, mas 
observa-se a sua ocorrência em alguns textos;
• O consenso em torno da vírgula no que tange à topicalização do
objeto ocorre quando o enunciado utiliza dois objetos: o objeto 
pleonástico. Nesses casos, coloca-se a vírgula após o primeiro 
objeto:
◦ Os sonhos [OD], eu os [OD] busquei loucamente;
◦ Aos famintos [OI], dei-lhes [OI] livros velhos;
A vírgula no período simples: o adjunto adverbial
• Iniciando a oração:
◦ No início do período ou da oração, o adjunto adverbial recebe
a vírgula, salvo se for um advérbio de pequeno corpo;
• No meio da oração:
◦ Nessa posição, o adjunto adverbial (sobretudo se for longo) 
receberá duas vírgulas. Na realidade, a colocação do adjunto
adverbial no meio do período pode ser caracterizada como 
uma intercalação;
• No final da oração:
◦ No final do período ou da oração, o adjunto adverbial 
dispensa a vírgula, a não ser que se queira enfatizá-lo;
• Caso facultativo:
◦ Segundo Celso Cunha, em Gramática da Língua Portuguesa,
quando os adjuntos adverbiais são de pequeno corpo (um 
advérbio, por exemplo), costuma-se dispensar a vírgula. A 
vírgula pode ser utilizada quando se pretende realçá-los.
A vírgula no período simples: predicativo do sujeito
• O uso da vírgula para o predicativo do sujeito segue 
praticamente o mesmo raciocínio observado no emprego da 
vírgula para o adjunto adverbial. Repare:
◦ No início da oração:
▪ Nessa posição, a vírgula é obrigatória;
◦ No meio da oração, após o verbo:
▪ Depois do verbo, o predicativo do sujeito pode receber a 
vírgula ou não; mas, se ele estiver colocado após o sujeito, 
antes do verbo, deve-se pontuar, já que a omissão das 
vírgulas implicará mudança de sentido e de função 
sintática;
◦ No fim da oração:
▪ No final da oração (com verbos transitivos ou intransitivos),
ou após o verbo de ligação, não se utiliza a vírgula para o 
predicativo do sujeito;
A vírgula no período simples: vocativo
• Exceto na poesia, em que a omissão da vírgula é possível, o 
vocativo sempre estará separado por vírgula, em qualque 
posição;
A vírgula no período composto: as coordenadas
• As coordenadas assindéticas são separadas por vírgula;
• As conjunções que iniciam as orações coordenadas sindéticas 
adversativas, explicativas e conclusivas precedidas de vírgula;
• Algumas conjunções coordenativas sindéticas adversativas e 
conclusivas (contudo, entretanto, no entanto, todavia, portanto, 
por conseguinte, etc.) costumam, para efeito de ênfase, serem 
seguidas também de vírgula;
• Nas coordenadas sindéticas alternativas, as correlações 
conjuntivas (ou… ou, ora… ora, quer… quer) são separadas por 
vírgula na mudança de oração;
• Nas orações coordenadas, o “e” poderá receber vírgula quando 
os sujeitos das orações forem diferentes (caso facultativo), 
quando a conjunção estabelecer uma oposição (caso 
facultativo) ou quando houver a repetição da conjunção;
• Quanto às correlações conjuntivas (tanto… quanto, não só… mas
também), costuma-se não utilizar a vírgula, mas a sua presença
é observada em muitos textos;
A vírgula no período composto: subordinadas substantivas
• Em ordem direta (a principal iniciando a oração), não há vírgula; 
em ordem indireta (a subordinada iniciando a oração), embora 
não seja consenso, costuma-se empregá-la;
A vírgula no período composto: subordinadas adjetivas
• Restritiva:
◦ A adjetiva restritiva não recebe a vírgula; sua função é 
delimitar, restringir o antecedente;
• Explicativa:
◦ A adjetiva explicativa recebe a vírgula (se estiver no meio do 
período, fica entre vírgulas); sua função é compartilhar um 
saber sobre o antecedente;
A vírgula no período composto: subordinadas adverbiais
• Separam-se por vírgula as subordinadas adverbiais, 
principalmente quando antepostas à principal;
A vírgula na enumeração de palavras e orações
• A vírgula separa elementos de mesma função sintática:
◦ Orações;
◦ Palavras;
A vírgula em elementos de valor explicativo
• Recebem a vírgula palavras ou expressões explicativas, 
retificativas, conclusivas e continuativas (por exemplo, isto é, 
difo, então, a saber, com efeito, ou melhor, além disso, etc.);
A vírgula na zeugma e elipse
• Usa-se a vírgula para indicar a zeugma (quando se oculta um 
verbo citado anteriormente) e a elipse (quando o enunciador 
omite uma palavra ou expressão subentendida na desinência do
verbo ou no contexto);
Emprego das reticências
• As reticências são utilizadas para indicar pensamento 
incompleto, omissão de partes de um texto, interrupção da fala 
ou do pensamento, hesitação da personagem, interrupção da 
narrativa a fim de que o leitor dê asas à imaginação;
Emprego dos parênteses
• Os parênteses são empregados para indicar, principalmente, 
um comentário, uma reflexão, uma informação acessória, uma 
explicação, uma observação, uma nota emocional. Observa-se 
ainda o seu emprego em referência a datas, indicações 
bibliográficas e indicações cênicas;
Emprego do travessão
• O travessão é indicado para introduzir o discurso direto, para 
isolar palavras ou frases, para dar mais realce a uma conclusão,
para substituir as vírgulas em frases e expressões de caráter 
explicativo, sobretudo se o período já contiver um bom número 
de vírgulas;
Emprego das aspas
• São empregadas:
◦ No início e no fim de umacitação;
◦ Para indicar um estrangeirismo;
◦ Para indicar um neologismo;
◦ Para enfatizar o valor significativo de uma palavra;
◦ Para indicar uma ironia da enunciação;
◦ Em títulos de obras;
Emprego dos dois pontos
• Os dois pontos podem introduzir o discurso direto, um 
comentário, um esclarecimento, uma enumeração. Em 
requerimentos, colocam-se os dois pontos após o vocativo (ou a
vírgula);
Emprego do ponto e vírgula
• O ponto e vírgula, segundo Celso Cunha, é um sinal 
intermediário entre a vírgula e o ponto; equivale a um ponto 
reduzido ou a uma vírgula mais alongada. Veja alguns 
exemplos:
◦ Separar orações de mesma natureza que possuem certa 
extensão;
◦ Separar partes do período que se apresentam subdivididas 
por vírgula;
◦ Separar uma enumeração de itens (listas, leis, decretos, 
portarias, etc.);
Capítulo 14 – Colocação pronominal
Emprego da próclise
• A gramática normativa toma como critério a ocorrência de 
determinados elementos gramaticais para que haja a próclise. 
Seguem os elementos gramaticais que atraem o pronome para 
antes do verbo:
◦ a) Partícula negativa;
◦ b) Pronome indefinido;
◦ c) Pronomes demonstrativos;
◦ d) Advérbios;
▪ Obs.: Se o advérbio for seguido de pause, teremos a 
ênclise;
◦ e) Orações interrogativas e exclamativas (optativas);
◦ f) Gerúndio e infinitivo flexionado precedidos por preposição;
Emprego da mesóclise
• A mesóclise só é possível com o futuro do presente e com o 
futuro do pretérito; o fato de ser futuro, contudo, não garante a 
mesóclise, é preciso observar alguns fatores:
◦ a) Com o futuro do presente:
▪ Não precedido de palavra atrativa (negação, advérbio…), 
no início do período ou da oração, o futuro do presente 
exigirá mesóclise;
▪ Entregar-te-ei os meus pulmões para que grites;
▪ Atente, todavia, para duas situações:
• Precedido de palavra atrativa: próclise;
• No meio do período, sem palavra atrativa, próclise ou 
mesóclise;
◦ b) Com o futuro do pretérito:
▪ Não precedido de palavra atrativa (negação, advérbio…), 
no início do período ou da oração, o futuro do pretérito 
exigirá mesóclise;
▪ Oferecer-me-ia se me conhecesse;
▪ Atente, todavia, para duas situações:
• Precedido de palavra atrativa: próclise;
• No meio do período, sem palavra atrativa: próclise ou 
mesóclise;
Emprego da ênclise
• a) Quando o verbo é precedido de pausa (início de período, 
vírgula, ponto, ponto e vírgula);
• b) Com infinitivo impessoal:
◦ Precedido de preposição ou negação, pode haver próclise ou
ênclise; a ênclise é, todavia, obrigatória, se o pronome for 
“o(s)”, “a(s)”, e o infinitivo vier regido da preposição “a”:
▪ Comecei a amá-la;
• c) Com imperativo;
• d) Com gerúndio, desde que não precedido de preposição;
Colocação pronominal nas locuções verbais
• Não há ênclise ao particípio; havendo palavra atrativa, não é 
possível a colocação do pronome no meio da locução (qualquer 
que seja a locução: com infinitivo, gerúndio ou particípio);
Capítulo 15 – Ortografia
Na maioria das vezes, o erro de ortografia não interfere na 
mensagem, porém prejudica a imagem do enunciador, pois é 
bastante perceptível. Quando possível, deve-se utilizar o raciocínio: 
se “análise” é com “s”, “analisar” também será (o radical da palavra 
primitiva possui “s”);
Nomenclatura
• a) Sinônimos:
◦ Palavras que se assemelham no sentido;
• b) Antônimos:
◦ Palavras que se opõem quanto ao sentido;
• c) Homônimos:
◦ Palavras que possuem o mesmo nome;
• d) Homófonos:
◦ Palavras que possuem o mesmo som;
• e) Homógrafos:
◦ Palavras que apresentam a mesma grafia;
• f) Heterônimos:
◦ Nomes diferentes atribuídos a uma mesma pessoa;
• g) Parônimos:
◦ Palavras semelhantes quanto ao seu som;
Emprego do s com som de z
• a) Nome próprio: Isabel, Teresa, Luís, Tomás, Sousa, Queirós;
• b) Adjetivos com sufixo -oso, -osa: amoroso, carinhosa, 
afetuoso;
• c) Adjetivos com sufixo -ês, -esa: burguês, burguesa, 
camponês, camponesa, freguês, freguesa;
• d) Adjetivos pátrios com os sufixos -ês, -esa: português, 
portuguesa, inglês, inglesa;
• e) Adjetivos com os sufixos -ese, -isa, -ose: metamorfose, 
sacerdotisa, diocese, virose;
• f) Verbos derivados cujo radical termina em “s”: analisar (de 
análise), atrasar (de atrás), extravasar (de vaso), paralisia (de 
paralisar);
• g) Formas dos verbos “pôr” e “querer”: pus, depuseste, 
quisesse;
• h) O “s” entre vogais possui som de “z”: crise, Brasil;
Os sufixos -ês e -esa e os verbos terminados em -isar
• a) Forma adjetivos ou substantivos derivados de substantivos 
concretos: montês, chinês;
• b) Formas femininas dos adjetivos terminados em -ês: inglesa, 
burguesa;
• c) Radical dos nomes primitivos termina em “s”: frisar, paralisar;
Usa-se “s” em verbos terminados em -nder ou -ndir
• Compreender, compreensão;
• Distender, distensão;
• Repreender, repreensão;
Emprego do dígrafo “ss”
• Usa-se “ss” nos substantivos derivados de verbos com 
terminação em -eder ou -edir:
◦ Ceder, cessão;
◦ Conceder, concessão;
◦ Proceder, processo;
◦ Suceder, sucessão;
Emprego do “c” e “ç”
• a) Nos vocábulos de origem tupi e africana: açaí, caçula, 
miçanga;
• b) Após ditongo: beiço, caiçara, foice, louça, precaução, 
traiçoeiro;
Emprego da letra “h”
• a) Final e inicial em certas interjeições: ah!, ih!, oh!;
• b) No substantivo próprio Bahia (estado), por tradição; todavia 
grafa-se baía, Baía de Guanabara, baiano, baiana, baianinha;
• c) Nos compostos unidos por hífen, no início do segundo 
elemento, se etimológico: sobre-humano, anti-higiênico, pré-
histórico;
Emprego das letras “k”, “w” e “y”
• a) Abreviaturas e símbolos de termos científicos: km 
(quilômetro), kg (quilograma);
• b) Na transcrição de palavras estrangeiras não aportuguesadas:
show, playground;
Emprego do “z”
• a) Os derivados em -zal, -zinho, -zito: cafezal, avezinha;
• b) Os derivados de palavras cujo radical terminam em “z”: 
enraizar (de raiz);
• c) Os sufixos -ez, -eza formam substantivos abstratos femininos
derivados de adjetivos: pobreza (de pobre), acidez (de ácido).
• d) O sufixo -izar é empregado se o radical dos nomes primitivos 
não terminar em “s”: canalizar (de canal), cicatrizar (de cicatriz);
Emprego da letra “x”
• a) Geralmente após ditongo: baixo, deixar, eixo;
• b) Após sílaba inicial en-: enxada, enxergar, enxofre, enxerido, 
enxurrada, enxoval;
• c) Depois de sílaba inicial me-: mexer, mexerica, mexicano;
• d) Em vocábulos de origem indígena ou africana: abacaxi, 
xavante;
Emprego do dígrafo “ch”
• Usa-se “ch”, por razões etimológicas, nas palavras: chuchu, 
salsicha, mochila, pechincha;
Emprego da letra “g”
• a) Substantivos terminados em -agem, -igem, -ugem: garagem, 
massagem;
• b) Palavras terminadas em -ágio, -égio, -ígio, ógio, úgio: 
contágio, estágio, refúgio;
• c) Palavras derivadas de outras que se grafam com “g”: 
massagista (de massagem);
Emprego da letra “j”
• a) Palavras derivadas de outras terminadas em -ja: laranjada 
(de laranja);
• b) Todas as formas de conjugação dos verbos terminados em -
jar ou -jear: arranjemos (de arranjar);
• c) Vocábulos cognatos ou derivados que têm “j”: lajes (de laje);
• d) Palavras de origem ameríndia ou africana: canjica;
Emprego da letra “e”
• a) A sílaba final dos verbos terminados em -uar ou -oar: 
continue, abençoe;
• b) Palavras formadas com o prefixo ante-: antebraço;
Emprego da letra “i”
• a) Na sílaba final dos verbos terminados em -uir: diminui;
• b) Em palavras formadas com o prefixo anti-: antiaéreo;
Emprego do hífen
• Regra geral: usa-se hífen quando a palavra é um todo 
semântico e pode ser permutada por outra. Não se usa hífen 
quando os componentes conservam seu valor individual: pão-
duro (avarento); pão duro (pão endurecido);
• Sempre se usa o hífen diante de “h”: anti-higiênico,super-
homem;
• Prefixo terminado em vogal:
◦ a) Sem hífen diante de vogal diferente: autoescola, antiaéreo;
◦ b) Sem hífen diante de consoante diferente de “r” e “s”: 
anteprojeto, semicírculo;
◦ c) Sem hífen diante de “r” e “s”. Dobram-se essas letras: 
antirracismo, antissocial, ultrassom;
◦ d) Com hífen diante de mesma vogal: contra-ataque, micro-
ondas;
• Prefixo terminado em consoante:
◦ a) Com hífen diante de mesma consoante: inter-regional, sub-
bibliotecário;
◦ b) Sem hífen diante de consoante diferente: intermunicipal, 
supersônico;
◦ c) Sem hífen diante de vogal: interestadual, 
superinteressante;
• Compostos:
◦ a) Sem hífen, se houver elemento de ligação (há exceção) ou 
base oracional: fim de semana, olho de sogra, dia a dia, faz 
de conta, bicho de sete cabeças. Exceção: cor-de-rosa;
◦ b) Com hífen, se não houver elemento de ligação (há 
exceção): bate-boca, porta-bandeira, terça-feira;
◦ c) Com hífen, se forem palavras iguais ou quase iguais: tique-
taque, reco-reco;
Emprego da maiúsculo e minúscula
• Maiúsculas:
◦ Para épocas históricas, datas importantes, festas religiosas; 
altos cargos e dignidades; nomes de altos conceitos 
religiosos ou políticos e pontos cardeais, quando designam 
regiões;
• Minúsculas:
◦ Para festas pagãs ou populares, nomes de meses; após 
vírgula, ponto e vírgula e dois pontos(não se tratando de 
discurso direto) e nos casos de derivação imprópria em que o
substantivo próprio tornou-se substantivo comum;
A ortoépia
• Ocupa-se da pronúncia correta das palavras; eis alguns casos 
frequentes:
◦ Pronúncia e grafia incorretas: advinhar, dignatário, impecilho, 
mendingo, previlégio, supertição;
◦ Pronúncia e grafia corretas: adivinhar, dignitário, empecilho, 
mendigo, privilégio, superstição;
Capítulo 16 – Verbo
Presente do indicativo e tempos derivados
• Para conjugar os verbos no presente do indicativo, isole o 
radical e acrescente as seguintes terminações:
◦ 1ª conjugação (AR): -o; -as; -a; -amos; -ais; -am;
◦ 2ª conjugação (ER): -o; -es; -ei; -emos; -eis; -em;
◦ 3ª conjugação (IR): -o; -es; -e; -imos; -is; -em;
• a) Presente do subjuntivo (que eu…):
◦ Terminação AR: -e; -es; -e; -emos; -eis; -em;
◦ Terminações ER/IR: -a; -as; -a; -amos; -ais; -am;
• b) Imperativo afirmativo:
◦ Segundas pessoas:
▪ Conjugar as segundas do presente do indicativo e tirar a 
letra “s”;
▪ Demais: são iguais ao presente do subjuntivo;
• c) Imperativo negativo:
◦ É igual ao presente do subjuntivo, com o advérbio “não” 
antecedendo;
Terminação do pretérito perfeito
• -i, -ste, -u, -mas, -stes, -ram;
• Obs.: cuidado com a primeira e a terceira pessoa em verbos 
irregulares;
Diferenças entre o perfeito e o imperfeito
• João matava [imperfeito: passado durativo] aula;
• João matou [perfeito: passado pontual] aula;
Derivados do pretérito perfeito
• Para obter os três tempos derivados do pretérito perfeito, tira-se
o “-ste” da forma verbal da segunda pessoa do singular do 
pretérito perfeito e agregam-se as desinências de cada tempo. 
Veja os três tempos e as respectivas desinências:
◦ 1. Pretérito mais-que-perfeito do indicativo (passado anterior 
a outro passado):
▪ -ra, -ras, -ra, -ramos, -reis, -ram;
▪ João já sentara [Forma simples] quando Léo chegou;
▪ João já tinha sentado [Forma composta] quando Léo 
chegou;
◦ 2. Pretérito imperfeito do subjuntivo (uma probabilidade no 
presente, passado ou no futuro; acesso ao mundo da 
fantasia):
▪ -sse, -sses, -sse, -ssemos, -sseis, -ssem;
▪ Observe a combinação desse tempo com o futuro do 
pretérito:
• Se ele viesse [Imperfeito do subjuntivo] eu faria [Futuro
do pretérito] a sua vontade;
◦ 3. Futuro do subjuntivo (uma possibilidade no futuro):
▪ -r, -res, -r, -rmos, -rdes, -rem;
▪ Observe a combinação desse tempo com o futuro do 
presente:
• Se ele vier [Futuro do subjuntivo], eu farei [Futuro do 
presente] a sua vontade;
Embreagens verbais
• O emprego metafórico dos tempos (ou embreagens verbais) é a
substituição de um tempo por outro e seus efeitos de sentido. 
Esse procedimento não se restringe a textos literários; no 
cotidiano, é comum a troca de tempos. Veja a diferença entre o 
emprego literal e o emprego metafórico no período a seguir:
◦ Em 2006, o Brasil perdeu [Pretérito perfeito: emprego literal] 
a copa e o “status” de melhor equipe do mundo;
◦ Em 2006, o Brasil perde [Presente do indicativo no lugar do 
pretérito perfeito (emprego metafórico)] a copa e o “status” 
de melhor equipe do mundo;
◦ No segundo período, o presente destaca o passado, já que 
este possui ressonância até os dias de hoje. Veja outros 
exemplos:
▪ 1. O imperfeito no lugar do presente do indicativo (efeito: 
polidez, educação):
• O senhor podia tirar o seu revólver do meu pescoço? 
(podia em vez de pode);
▪ 2. O imperfeito no lugar do futuro do pretérito (efeito: 
certeza):
• Este jantar até meu marido fazia! (fazia no lugar de 
faria);
▪ 3. O perfeito no lugar do futuro do presente (efeito: 
certeza):
• USP? O ano que vem? Já passei! (passei no lugar de 
passarei);
Capítulo 17 – Concordância nominal
Substantivo e seus satélites
• A concordância nominal estuda as relações estabelecidas entre 
o substantivo e seus satélites (relações de gênero e número);
• A regra geral diz que o artigo, o pronome, o numeral e o adjetivo
concordam em gênero e número com o substantivo ao qual se 
referem;
Dois substantivos para um adjetivo
• Para uso correto das primeiras regras especiais, leve em contra 
os dois tipos de concordância:
◦ 1. Concordância gramatical:
◦ 2. Concordância atrativa:
▪ O adjetivo refere-se aos dois substantivos, mas concorda 
com o mais próximo (o critério é a eufonia);
▪ Observe as situações:
• Um adjetivo (na função de adjunto adnominal) para dois 
ou mais substantivos:
◦ Ordem direta (subst./s + adjetivo):
▪ Nessa ordem, o adjetivo pode concordar com o 
mais próximo (concordância atrativa) ou com a 
soma (concordância gramatical);
◦ Ordem indireta (adjetivo + subst./s):
▪ Nessa ordem, o adjetivo concorda com o mais 
próximo (concordância atrativa);
▪ Quando os substantivos são nomes próprios ou 
nomes de parentesco, o adjetivo vai sempre para o
plural;
• Um adjetivo (na função de predicativo) para dois ou 
mais substantivos:
◦ Ordem direta (subst./s + adjetivo):
▪ Nessa ordem, o adjetivo concorda com a soma 
(concordância gramatical);
▪ Se os substantivos foram próprios, convém usar o 
plural;
▪ Se os substantivos foram de número diferentes, 
convém repetir o adjetivo;
◦ Ordem indireta (adjetivo + subst./s):
▪ Nessa ordem, pode concordar com o mais próximo
(concordância atrativa) ou com a soma 
(concordância gramatical);
Dois adjetivos para um substantivo
• Quando há dois adjetivos para um substantivo, o critério é o 
seguinte:
◦ Se o substantivo estiver no plural, não haverá artigo diante do
segundo adjetivo;
◦ Se o substantivo estiver no singular, haverá artigo diante do 
segundo adjetivo;
Meio, bastante, caro, barato, muito, pouco
Verbo ser + adjetivo
• As expressões “é bom”, “é ótimo”, “é necessário”, “é proibido” 
etc. (verbo ser + adjetivo) são variáveis se o substantivo, ao 
qual se referem, for precedido de determinante;
• São invariáveis quando os substantivos estiverem 
desacompanhados de determinante;
Adjetivo com valor de advérbio
• Os adjetivos que se transformaram em advérbios (ligados ao 
verbo) permanecem invariáveis (como adjetivos, variam);
Alerta
• A palavra “alerta” e a locução “em alerta” não variam;
Anexo, em anexo
• O primeiro varia, concorda com o substantivo (o que está sendo
anexado);
• O segundo não, é locução adverbial;
• Utiliza-se “em anexo” quando não é preciso especificar a que 
está anexado;
Mesmo, próprio
• Variam quando ligados ano nome, não variamquando ligados 
ao verbo (“mesmo” como “de fato”);
Incluso, lesa
• Variam, pois concordam com o substantivo ao qual se refere;
Quite, pseudo
• A palavra “quite” concorda com o sujeito ao qual se refere;
• “Pseudo” é invariável;
Obrigado
• Varia em gênero e número;
Capítulo 18 – Concordância verbal
• A concordância verbal estuda, principalmente, as relações 
estabelecidas entre o verbo e o sujeito;
• É importante priorizar, além da regra geral, a concordância do 
verbo haver, da palavra se, do sujeito composto, do sujeito 
oracional e do substantivo coletivo;
Sujeito simples
• O verbo concorda em número e pessoa com o sujeito;
• Pássaros metálicos bombardeiam Bagdá;
Sujeito composto
• a) Em ordem direta:
◦ Se os sujeitos estiverem na terceira pessoa, o verbo vai para 
a terceira do plural;
◦ Crianças e mulheres temem o pior;
• b) Em ordem indireta:
◦ Pode ir para o plural ou concordar com o mais próximo;
◦ Morre um velhinho e seu netinho;
◦ Morrem um velhinho e seu netinho;
• c) Núcleos são (quase) sinônimos ou há gradação:
◦ Pode concordar com o mais próximo ou ir para o plura;
◦ A vingança, maldade, o ódio condenou o ditador do Iraque 
(ou condenaram);
• d) Sujeito composto seguido de aposto recapitulativo:
◦ Concorda com o aposto (tudo, nada etc.);
◦ Morte, miséria, caos… nada sensibiliza o equivocado 
presidente norte-americano;
Sujeito oracional
• Quando o sujeito for oracional, o verbo da oração principal deve
permanecer na terceira do singular;
• Parece que os democratas farão oposição sistemática a Bush, 
dizem os especialistas;
◦ Observação:
▪ O sujeito de parecer tem início a partir da palavra que;
Pronomes de tratamento: Vossa Excelência, Vossa Santidade etc.
• O verbo e os pronomes devem estar na terceira pessoa;
• Vossa Excelência deseja o seu café na cama?;
Substantivo coletivo e expressões partitivas (grande parte, maioria 
etc.)
• Grande parte das vítimas fugia (ou fugiam) da guerra;
Verbos haver e fazer
• a) Haver – sinônimo de existir, acontecer:
◦ É impessoal, empregado na terceira pessoa do singular 
(oração sem sujeito);
◦ Devia haver outras razões para o ataque americano;
◦ Sim, havia bombas;
• b) Haver e fazer com o sentido de tempo decorrido:
◦ Impessoais, empregados sempre no singular (oração sem 
sujeito);
◦ Faz vinte anos que aquele povo não respira a paz;
◦ Há vinte anos que vive o inferno da guerra;
Verbos que denotam tempo, fenômeno da natureza
• a) Indicação de horas:
◦ O verbo concorda com o número de horas;
◦ São duas horas em Brasília;
• b) Fenômeno temporal:
◦ O verbo é impessoal, só na terceira pessoa do singular;
◦ Chove na capital federal;
A palavra “se”
• a) Partícula apassivadora:
◦ O verbo concorda com o sujeito;
◦ Roubam-se os cofres enquanto a rádio prevê bom tempo;
• b) Índice de indeterminação do sujeito:
◦ O verbo permanece no singular;
◦ Precisa-se de livros para a população enxergar;
Capítulo 19 – Acentuação
• I. Posição da sílaba tônica:
◦ A sílaba tônica é a mais forte (pronunciada com mais 
intensidade);
◦ De acordo com sua posição, temos a seguinte classificação:
▪ a) Última: oxítona:
• Ca-fé;
▪ b) Penúltima: paroxítona:
• Pa-ne-la;
▪ c) Antepenúltima: proparoxítona:
• Lím-pi-do;
◦ Observe a sílaba tônica das palavras a seguir:
▪ No-bel (oxítona);
▪ A-va-ro (paroxítona);
▪ Ru-bri-ca (paroxítona);
▪ Ín-te-rim (proparoxítona);
• II. Mudança de significado na alteração da sílaba tônica:
◦ A mudança de sílaba tônica pode, em alguns casos, gerar 
mudança de sentido;
◦ Exemplos:
▪ Ja-ca (paroxítona) = fruta;
▪ Ja-cá (oxítona) = cesto;
▪ Cá-qui (parxítona) = cor;
▪ Ca-qui (oxítona) = fruta;
• III. Mudança de classe gramatical na alteração da sílaba tônica:
◦ A alteração da posição da sílaba tônica também pode alterar 
a classe gramatical;
◦ Exemplos:
▪ Fá-brica (proparoxítona) = substantivo;
▪ Fa-bri-ca (paroxítona) = verbo;
• IV. Regras de acentuação:
◦ 1. Acentuam-se os monossílabos tônicos terminadas em -
a(s), -e(s), -o(s):
▪ Há, pás, é, pés, mês, pó, nós, vós, pôs;
◦ 2. Acentuam-se as oxítonas terminadas em: -a(s), -e(s), -o(s),
-em(s):
▪ Gam-bá, te-rás, a-xé, pa-jés, a-vô, a-vós, re-cém, re-
féns;
◦ 3. Acentuam-se as paroxítonas terminadas em: -os, -um(s), -
x, -u(s), -r, -i(s), -n, -ão(s), -l, ã(s), ditongo oral, -ons:
▪ Fór-ceps, fó-rum, lá-tex, bô-nus, re-vól-ver, ra-vi-ó-li, lá-
pis, pó-len, ór-gão, a-má-vel, í-mã, fa-lên-cia, pró-tons;
◦ 4. Acentuam-se todas as proparoxítonas:
▪ Es-pé-ci-me, mu-ní-ci-pe, noc-tí-va-go, ê-xo-do, an-tí-do-
to;
◦ 5. Acentuam-se os ditongos abertos tônicos: -éu(s), -éi(s), -
ói(s), em palavras oxítonas:
▪ réu, véu, céu, do-dói, pas-téis, tro-féu, tro-féis;
▪ Mas não são acentuados em palavras oxítonas:
• Geleia, paranoico, ideia, plateia, apoia, apoio;
◦ 6. Acentuam-se o i e o u, quando:
▪ a) Forem tônicos;
▪ b) Fizerem hiato com a vogal anterior;
▪ c) Estiverem sozinhas na sílaba ou com s;
▪ d) Não seguidas de nh;
▪ e) Não precedidas de ditongo decrescente em palavras 
paroxítonas:
• Ataíde, cafeína, Esaú, ciúme, atraí-los;
• Mas nas palavras paroxítonas, se vierem depois de um 
ditongo descrescente, não serão acentuados:
◦ Baiuca, bocaiuva, feiura, taoismo;
• As palavras xiita e juuna não são acentuadas porque 
nfazem hiato com a própria vogal;
◦ 7. Verbos terminados em -guar, -quar, -equir – como “aguar”, 
“averiguar”, “desaguar”, “enxaguar”, “obliquar”, “delinquir” - 
admitem duas pronúncias em algumas formas do presente do
indicativo, do presente do subjuntivo e do imperativo:
▪ Há duas possibilidades:
• a) Se pronunciadas com “a” ou “i” tônicos, essas formas
devem ser acentuadas;
• b) Se pronunciadas com “u” tônico, essas formas 
deixam de ser acentuadas;
▪ Atenção:
• No Brasil, a pronúncia mais correta é deixar tônicos o a 
e o i (primeiro caso);
◦ 8. Palavras terminadas em -eem e -oo não são mais 
acentuadas:
▪ Creem, deem, voo, doo;
◦ 9. Principais acentos diferenciais:
▪ Singular / plural:
• Tem / Têm;
• Detém / Detêm;
• Vem / Vêm;
• Intervém / Intervêm;
▪ Atenção:
• “Lê”, “crê”, “dê”, “vê” (3ª pessoa do singular) = leem, 
creem, deem, veem (3ª pessoa do plural);
▪ Por / pôr:
• Preposição (átona): Saiu por aí;
• Verbo (tônico): Pôr os pés pelas mãos;
▪ Pode / pôde:
• Presente: Você quer, você pode;
• Passado: Ele pôde sentir o gosto da derrota;
▪ Atenção:
• Para (verbo parar);
• Pelo (substantivo);
• Pera (substantivo);
• Polo (substantivo);
Capítulo 20 – Estudo de determinadas partículas
• O estudo da palavra que possibilita rever os valores semânticos
das conjunções coordenativas e subordinativas;
• Quanto ao estudo das palavras denotativas de exclusão, 
inclusão etc., trata-se de matéria importante para os exames 
modernos; a semântica dessas partículas tem sido objeto de 
investigação por parte dos linguistas;
• Não se esqueça de que o importante não é decorar, mas 
interpretar;
• Observe a síntese a seguir:
◦ 1. Situação (afinal, então, mas):
▪ Afinal, a guerra acabou?;
▪ Então, o verdão está na final?;
▪ Mas o governo, cederá?;
◦ 2. Realce (cá, lá, só, mesmo):
▪ Eu cá me viro, Maria!;
▪ Veja só!;
▪ É isso mesmo, beija a moça;
▪ Eu sei lá!;
◦ 3. Limitação (só, apenas, somente):
▪ Só ele sabia velejar;
▪ Somente o São Paulo é tri;
▪ Apenas duas moscas pousaram na sopa;
◦ 4. Inclusão (ainda, ademais, além disso, também, até, 
inclusive):
▪ Ademais é insano;
▪ Até o sol se pôs;
◦ 5. Exclusão (salvo, exceto, menos, fora, tirante):
▪ Tirante os olhos perversos, tudo era luz;
▪ Fora o deputado federal, todos votaram contra;
◦ 6. Porque:
▪ Nas respostas e justificativas (= pois);
▪ Cante, porque está frio e perigoso;
◦ 7. Por que:
▪ a) Nas interrogativas em início de frase:
• Por que você me olha assim?;
▪ b) Introduzindo substantivas

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