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TRABALHO DE FILOSOFIA 11

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TURMA: 61
DANIELA ALMEIDA
IGOR GORDILHO LEITE
JAMILE PAZ
LUAN SILVA SANTOS
MARCELO AROUCA
DESMATAMENTO
SALVADOR -BA
 JUNHO 2015
DANIELA ALMEIDA
IGOR GORDILHO LEITE
JAMILE PAZ
LUAN SILVA SANTOS
MARCELO AROUCA
DESMATAMENO DA AVENIDA PARALELA
Trabalho apresentado ao Professor Georgeocohama D. A. Archanjo. Turma 61, como requisito para obtenção de nota na matéria Filosofia, Ética e Cidadania.
SALVADOR – BA
JUNHO 2015
DESMATAMENO NA AVENIDA PARALELA
DANIELA ALMEIDA
IGOR GORDILHO LEITE
JAMILE PAZ
LUAN SILVA SANTOS
MARCELO AROUCA
RESUMO 
As atividades imobiliárias em Salvador passaram por um intenso crescimento, que culminou no desmatamento da Mata Atlântica na Avenida Luiz Viana Filho, importante vetor de crescimento e valorização imobiliário. A acelerada evolução dos processos de urbanização na cidade de Salvador, motivada pela ocupação humana, em áreas antes preservadas, no entorno da Avenida ocasionou a redução da Mata Atlântica. Assim, este trabalho buscou verificar a situação atual da Mata Atlântica. Para o desenvolvimento do estudo, foi realizada uma pesquisa bibliográfica. Os resultados revelaram que a Mata Atlântica apresentam sérios problemas de desmatamento, afetada, tendo quase praticamente desaparecido do mapa urbano da cidade. Observou-se que existe legislação florestal no Brasil desde 1965, em regra essa legislação não vem sendo aplicada em virtude em alguns casos em função da autonomia que tem os municípios para licenciar atividades potencialmente impactantes em seu território.
Palavras-chave: desmatamento, legislação, crescimento imobiliário.
INTRODUÇÃO
A devastação da Mata Atlântica é um reflexo da sua ocupação e da exploração desordenada dos recursos naturais. Os impactos de diferentes ciclos de exploração, a concentração das maiores cidades e núcleos industriais também a grande pressão atrópica devido à alta densidade demográfica fizeram com que a área de vegetação natural fosse reduzida draticamente. 
A Avenida Luís Viana Filho, popularmente conhecida como Avenida Paralela, devido a sua forma e extensão, foi construída na década de 70,em função da necessidade de criação de uma via que permitisse a ocupação, circulação e expansão da cidade rumo ao norte. A década de 70 traçaria novos “caminhos” para a Cidade, inclusive com discussões sobre a preservação de parte do verde da região. A tão falada Avenida de 14 km de extensão nasceu com um enorme canteiro central, motivo que ajudou no aparecimento de críticas de várias pessoas e jornais da época sobre a “utilidade da obra”.
“A avenida que leva o nada a lugar nenhum”.
Comentário de década de 70.
Desde o inicio, assim como qualquer construção de grande porte, muito do verde foi a baixo. E com o passar dos anos tal realidade ficaria cada vez mais presente ou mesmo insustentável.
Seria nas mãos de Governador Antônio Carlos Magalhaes-primeiro governo 1971-1975- e uma grande equipe de jovens secretários de técnicos, que s ousados planos do engenheiro e geógrafo Mario Leal Ferreira, apresentados na década de 40, transformariam a cidade do Salvador.
desmatamento 
O processo de desmatamento é um problema global, colocando em ameaça os recursos naturais, o meio ambiente e o equilíbrio ecológico do planeta. Entende-se por desmatamento, também chamado de desflorestamento ou desflorestação, o processo de remoção total ou parcial da vegetação em uma determinada área. Geralmente, esse processo ocorre para fins econômicos.
A Mata Atlântica  é um conjunto de formações florestais que se estende por uma faixa de 1.300.000 km² do Rio Grande do Sul ao Piauí, passando por 17 Estados brasileiros.
A Fundação SOS Mata Atlântica e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) divulgaram em julho de 2014, Dia da Mata Atlântica, em entrevista coletiva, os novos dados do Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica, no período de 2012 a 2013. O levantamento foi apresentado por Marcia Hirota, diretora-executiva da Fundação SOS Mata Atlântica e coordenadora do Atlas pela organização; Flávio Jorge Ponzoni, pesquisador e coordenador técnico do estudo pelo INPE, e Mario Mantovani, diretor de Políticas Públicas da Fundação. A iniciativa tem o patrocínio de Bradesco Cartões e execução técnica da Arcplan.
O estudo aponta desmatamento de 23.948 hectares (ha), ou 239 Km², de remanescentes florestais nos 17 Estados da Mata Atlântica no período de 2012 a 2013, um aumento de 9% em relação ao período anterior (2011-2012), que registrou 21.977 ha.
A taxa anual de desmatamento é a maior desde 2008, cujo registro foi de 34.313 ha. No período 2008 a 2010, a taxa média anual foi de 15.183 hectares. No levantamento de 2010 a 2011, ficou em 14.090 ha.
Nos últimos 28 anos, a Mata Atlântica perdeu 1.850.896 ha, ou 18.509 km2 – o equivalente à área de 12 cidades de São Paulo. Atualmente, restam apenas 8,5% de remanescentes florestais acima de 100 ha. Somados todos os fragmentos de floresta nativa acima de 3 ha, restam 12,5% dos 1,3 milhões de km2 originais.
A Bahia, terceiro Estado que mais desmatou o bioma no último ano, perdeu 4.777 ha, um aumento de 6% em relação aos 4.516 ha do período anterior.
Em Salvador, os grandes empreendimentos e moradias irregulares de famílias carentes já desmataram grande quantidade de áreas verdes. A Avenida Paralela, por exemplo, é considerada uma área de expansão urbana, e a mata pode ser extinta para dar lugar a novos empreendimentos.
Dos 20 milhões de hectares de Mata Atlântica que existiam na Paralela na década de 70, só restaram cinco milhões.
A FILOSOFIA E O DESMATAMENTO 
Antes mesmo da concepção de sustentabilidade e das preocupações ambientais modernas, Marx já escrevia sobre a necessidade de cuidados com a natureza. Para ele, o homem é parte integrante dela. 
Contudo, quando o mundo ainda não tratava de sustentabilidade, Marx já falava, em outras palavras, sobre a importância do consumo consciente e de uma economia equilibrada, da justiça social e da manutenção da qualidade do meio ambiente. Os conceitos expressos pelo filósofo remetem aos temas hoje muito discutidos, de desenvolvi- mento sustentável, Mudanças Climáticas e Aquecimento Global, que surgiram principalmente a partir dos anos 1970. O mote do modelo de desenvolvimento proposto, desde os primórdios da Revolução Industrial, no século XVIII, é considerado como um elemento importante a ser revisto no mundo contemporâneo, desde aquela época.
E é em O Capital (1867) que as reflexões de Marx sobre o tema se sobressaltam, aproximando-o de questões ambientais e ecológicas, diante das quais podemos concluir que as discussões que assolam nossos dias e que abordam consumo excessivo e poluição, já eram uma preocupação para o filósofo, no século XIX. O termo ecossocialismo, segundo o cientista social brasileiro Michael Löwy, da Escola de Altos Estudos em Ciências Sociais da Universidade de Paris, tem seus fundamentos em alguns pensamentos de Marx sobre essa lógica do capital.
Anos depois o filósofo italiano Norberto Bobbio (1909–2004) em seu livro “A Era dos Direitos”, o filósofo italiano discorre acerca da teoria dos direitos humanos, a partir da construção daquilo que cunhou de gerações de direitos.
A partir do século XX, segundo Bobbio, surge uma terceira geração de direitos, que abrange a preservação do meio ambiente e do consumidor, numa clara preocupação com a manutenção da vida na Terra.
TUTELA JURÍDICA 
A tradição constitucional vem expressando uma crescente consonância com o que preconiza o Princípio da Função Social da Propriedade. O poder constituinte cada vez mais registra a importância de inserir um novo conceito de propriedade, com um elemento de transformação que a coloque ao serviço do desenvolvimento social . Não obstante a trajetória legal revelar uma crescente tradição constitucional preocupada em garantir o interesse coletivo, a doutrina privatista ainda entende que o regime jurídico da propriedade está subordinado apenas ao Direito Civil.Vê o instituto como um direito real fundamental, isento de restrições sociais e ignoram as regras de Direito Público, especialmente de Direito Constitucional, que igualmente disciplinam a propriedade. Contudo, a partir do século XXI, o Princípio da Função Social passou a constar também da legislação civil, pois foi positivado pelo Novo Código Civil de 2002. 
Por isso, pode-se dizer que o Princípio da Função Social da Propriedade obteve seu merecido espaço no Código Civil atual, o que representa o reconhecimento da importância do interesse público na propriedade. O texto do Código Civil de 2002 chega a reconhecer, expressamente, o aspecto ecológico do Princípio da Função Social da Propriedade, senão vejamos o § 1º do art. 1.228 deste histórico diploma legal: 
 § 1º O direito de propriedade deve ser exercido em consonância com as suas finalidades econômicas e sociais de forma que sejam preservados, de conformidade com o estabelecido em lei especial, a flora, a fauna, as belezas naturais, o equilíbrio ecológico e o patrimônio histórico e artístico, bem como evitada a poluição do ar e das águas.
Também na legislação municipal, detecta-se a expressa normatização do princípio. No final da década de noventa, a Lei Orgânica do Município de Salvador, que é uma espécie de Constituição Municipal, reconheceu a importância da questão ambiental e da Função Social da Propriedade, ao dispor sobre o planejamento e habitação: Art. 71 – O Município, atendendo às peculiaridades locais e às diretrizes estaduais e federais, promoverá o desenvolvimento urbano através de um processo de planejamento, levado a efeito pelo sistema de planejamento Municipal, visando os seguintes objetivos: [...] X – cumprimento da função social da propriedade imobiliária urbana. E repetiu essa diretiva mais a frente, no art. 81, que cuida do desenvolvimento urbano, nos termos seguintes: 
 Art. 81 – A política de desenvolvimento urbano a ser formulada pelo Município, fica vinculada ao atendimento das funções sociais da cidade e da propriedade e ao bem-estar de seus habitantes. 
O questionado Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano do Município do Salvador, instituído pela Lei nº 7.400/2008, contempla o princípio da função social da propriedade sob uma série de enfoques e menciona o aspecto ambiental ao tratar da política urbana do município. 
No entanto, o novo PDDU reconhece a conservação ambiental ao lado de outras funções de natureza eminentemente econômicas que podem lhe ser contrária, diferente do plano diretor anterior que tinha uma redação mais enfática e explicitamente ecológica: PDDU/2008 Lei nº 7.400/2008 
 Art. 7° São princípios da Política Urbana do Município
I – a função social da cidade; 
II – a função social da propriedade imobiliária urbana; 
III – o direito à cidade sustentável; 
IV – a eqüidade social;
 V – o direito à informação; 
VI – a gestão democrática da cidade. [...] 
§ 2º A propriedade imobiliária urbana cumpre sua função quando, em atendimento às funções sociais da cidade e respeitadas as exigências fundamentais do ordenamento territorial estabelecidas no Plano Diretor, forem utilizadas para: 
I – habitação, principalmente Habitação de Interesse Social, HIS; 
II – atividades econômicas geradoras de oportunidades de trabalho e renda; 
III – infra-estrutura, equipamentos e serviços públicos; 
IV – conservação do meio ambiente e do patrimônio cultural; 
V – atividades de cultos religiosos; VI – atividades do terceiro setor.
Ao mencionar um meio ambiente ecologicamente equilibrado, estamos diante da tutela, mas não só no sentido de proteção de uma melhor qualidade de vida da sociedade atual, como também, das futuras gerações, caracterizando dessa maneira o sentido de solidariedade.
Com a aprovação do Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano (PDDU) em 2007 foi o começo para a destruição da Av. Paralela. As lagoas estão sendo soterradas, vidas estão sendo destruídos todos os dias com a destruição da Mata. Tudo isso para dar lugar aos prédios e condomínios de luxo que a cada dia vem crescendo em números desordenados. 
Diante de tantas denuncias movida por ONGs os ministério público estadual (MP-BA) e o ministério público federal (MPF) por meio de uma ação civil pública resolveram solicitar revisão das licenças ambientais concedidas pelo município a partir de 2005.A denúncia feita seria que o município é o principal responsável pelos danos ambientais que vem ocorrendo na Avenida. 
A mata é um patrimônio de todos, é necessário que se cuide para garantir uma boa qualidade de vida. Mas a classe com poder aquisitivo elevado não pensa assim, vem dominando a Avenida e construindo suas casas luxuosas e destruindo o habitat natural.
O Decreto Federal 750/93 proíbe o corte e a supressão de vegetação primária ou nos estágios avançado e médio de regeneração da Mata Atlântica, salvo quando necessária à execução de obras, atividades ou projetos de utilidade pública ou interesse social, a menos que o plano diretor previsse o contrário. 
A pesar disto, autorizações para novas obras, com consequentes supressões de vegetação da Mata Atlântica, continuam sendo autorizadas pela Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh), pelo Centro de Recursos Ambientais (CRA) e pelo Conselho Estadual do Meio Ambiente (Cepram).
Para desenvolvimento de um estudo de abordagem jurídica dessa ordem, não se pode prescindir de uma análise legislativa dogmática. Além dos aspectos constitucionais sobre o procedimento ambiental, pretende-se abordar, entre outras normas, as duas principais leis que estabelecem as diretrizes do licenciamento ambiental no Brasil, quais sejam, a Lei Federal nº 6.938/81, que dispõe sobre a política nacional do meio ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação, juntamente com a Resolução 237/97 – CONAMA. 
A Lei 6.938/81 foi pioneira, pois, além de estabelecer a necessidade do licenciamento ambiental prévio, positiva conceitos ambientais fundamentais como o de “meio ambiente” (conjunto de condições que rege a vida), “degradação ambiental” (alteração adversa das características do meio), “poluidor” (pessoa física ou jurídica, de direito público ou privado, responsável, direta ou indiretamente, por degradação ambiental). Ela introduz uma série de noções no meio jurídico como: educação ambiental, equilíbrio ecológico, uso coletivo, racionalização dos recursos, controle e fiscalização, preservação, recuperação de ecossistemas e áreas degradadas, zoneamento ambiental, tecnologias puras, além de prever a possibilidade de penalidades e multas para as infrações ambientais. 
A multicitada lei ainda constituiu o Sistema Nacional de Meio Ambiente – SISNAMA101, composto pelos órgãos e entidades consultivas, executivas e deliberativas da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e pelas Fundações. E criou o Conselho Nacional de Meio Ambiente – CONAMA, um órgão colegiado, consultivo e deliberativo repleto de atribuições, que, quinze anos depois, em 1997, veio a estabelecer os critérios de licenciamento ambiental. 
O processo de licenciamento ambiental é onde se desenvolve a decisão sobre a concessão ou não da licença de um determinado empreendimento. Para fundamentar este posicionamento sobre a concessão da licença, a autoridade administrativa analisa os Estudos Prévios de Impacto Ambiental – EPIA, que se fazem necessários e obrigatórios nas atividades de significativa degradação ambiental. Conforme sacraliza a Constituição Federal de 1988, no art. 225, este instrumento processual é uma forma de garantir a efetividade “do direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado” .
 §1º Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao poder público:
 [...] IV – Exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade potencialmente causadora de significativa degradação do meio ambiente, estudo prévio de impacto ambiental, a qual se dará publicidade; [...]
A Lei número 6.938, de 31 de agostode 1981, estabelece a Política Nacional do Meio Ambiente que tem por objetivo a preservação, melhoria e recuperação da qualidade ambiental propícia à vida, visando assegurar, no País, condições ao desenvolvimento socioeconômico, aos interesses da segurança nacional e à proteção da dignidade da vida humana, atendidos por alguns princípios, dispostos no seu art. 2º, sendo elas:
I - ação governamental na manutenção do equilíbrio ecológico, considerando o meio ambiente como um patrimônio público a ser necessariamente assegurado e protegido, tendo em vista o uso coletivo;
II - racionalização do uso do solo, do subsolo, da água e do ar;
Ill - planejamento e fiscalização do uso dos recursos ambientais;
IV - proteção dos ecossistemas, com a preservação de áreas representativas;
V - controle e zoneamento das atividades potencial ou efetivamente poluidoras;
VI - incentivos ao estudo e à pesquisa de tecnologias orientadas para o uso racional e a proteção dos recursos ambientais;
VII - acompanhamento do estado da qualidade ambiental;
VIII - recuperação de áreas degradadas; 
IX - proteção de áreas ameaçadas de degradação;
X - educação ambiental a todos os níveis de ensino, inclusive a educação da comunidade, objetivando capacitá-la para participação ativa na defesa do meio ambiente.
Segundo o art. 8º desta lei traz a competência do CONAMA - Conselho Nacional do Meio Ambiente, que é o órgão consultivo e deliberativo do Sistema Nacional do Meio Ambiente-SISNAMA, instituído pela Lei 6.938/81, que dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente. O Conselho é um colegiado representativo de cinco setores, a saber: órgãos federais, estaduais e municipais, setor empresarial e sociedade civil.
Art. 8º Compete ao CONAMA:
I - estabelecer, mediante proposta do IBAMA, normas e critérios para o licenciamento de atividades efetiva ou potencialmente poluidoras, a ser concedido pelos Estados e supervisionado pelo IBAMA; (Redação dada pela Lei nº 7.804, de 1989)
IV - homologar acordos visando à transformação de penalidades pecuniárias na obrigação de executar medidas de interesse para a proteção ambiental; (VETADO);
V - determinar, mediante representação do IBAMA, a perda ou restrição de benefícios fiscais concedidos pelo Poder Público, em caráter geral ou condicional, e a perda ou suspensão de participação em linhas de financiamento em estabelecimentos oficiais de crédito; (Redação dada pela Vide Lei nº 7.804, de 1989)
VI - estabelecer, privativamente, normas e padrões nacionais de controle da poluição por veículos automotores, aeronaves e embarcações, mediante audiência dos Ministérios competentes;
VII - estabelecer normas, critérios e padrões relativos ao controle e à manutenção da qualidade do meio ambiente com vistas ao uso racional dos recursos ambientais, principalmente os hídricos.
Parágrafo único. O Secretário do Meio Ambiente é, sem prejuízo de suas funções, o Presidente do Conama.
Além do CONAMA, há diversos órgãos responsáveis pela preservação da nossa reserva ambiental. O IBAMA, supracitado, é o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis, órgão federal criado pela Lei nº 7.735 de 22 de fevereiro de 1989 é uma autarquia vinculada ao Ministério do Meio Ambiente (MMA). Seus objetivos são a preservação, a melhoria e a recuperação da qualidade ambiental, além de assegurar o desenvolvimento econômico, com o uso sustentável dos recursos naturais.
CONCLUSÃO
É notório o fato de estarmos passando por uma transformação drástica na nossa Av. Luis Viana Filho (Paralela) e desrespeito as leis ambientais, pensando somente no lado econômico. Os resquícios de Mata Atlântica às margens da Paralela estão sofrendo há décadas com sucessivas invasões ilegais, sejam informais, como as favelas e casas de ricos ao redor do Parque de Pituaçu, sejam formais como o Complexo da Universidade Católica, o estádio de Pituaçu, o CAB, o Hospital Sarah Kubitschek e mais recentemente a explosão imobiliária, sempre com anuência do CRA, um órgão supostamente de defesa do meio ambiente que só faz de conta porque concede licença ambiental indiscriminadamente a quem paga ou manda. 
Contudo, contra as forças unidas do capital e poder, a natureza não tem vez. Agravado ainda, pela omissão escandalosa da mídia, que raramente, coloca o dedo na ferida.
A tão aguardada revisão dos aspectos ambientais do Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano (PDDU) de Salvador não garante a preservação dos remanescentes da Mata Atlântica da Avenida Paralela.
A nova revisão, frustrou as expectativas dos que esperavam uma proteção integral de uma das mais importantes áreas ambientais da cidade, que abriga espécies em extinção da fauna (mamíferos, aves, répteis e anfíbios) e flora.
Na revisão do Plano Diretor, a Avenida Paralela continua sendo considerada uma área de expansão urbana com fins residenciais, o que possibilita que a mata seja suprimida para dar lugar a novos empreendimentos imobiliários.
A revisão, que foi feita em três meses por grupos de estudos da Superintendência de Meio Ambiente, fez apenas uma recomendação para que os fragmentos da Mata Atlântica da Paralela sejam inseridos como Área de Proteção Ambiental (APA), mas não diz como ou quando isto será feito.
A revisão do Plano Diretor não fez estudos técnicos para o zoneamento da Paralela, fundamental para indicar os usos que ela poderá ter. Nada mais é dito sobre este bioma na revisão do Plano Diretor entre os recursos a proteger ou dentre as áreas de valor ambiental e nenhuma proposta é feita para que seja criada uma unidade de proteção integral ou um parque.
A Paralela tem mata em vários estágios de regeneração, e a revisãoperdeu a oportunidade de protegê-la, de preservar outras áreas verdes e de criar novos espaços de lazer e recreação".
Somente ocorre construções imobiliárias para classe Média MUITO alta, como podemos observar.
Se a prefeitura não garantir a proteção ao meio ambiente, o futuro da cidade será muito ruim, de má qualidade ambiental aos seus moradores, como são tantas outras. "Este é um plano danoso para a cidade, que só interessa às construtoras".
REFERENCIAS :
http://pt.wikipedia.org/wiki/Avenida_Lu%C3%ADs_Viana_Filho
http://www.aliancamataatlantica.org.br/
https://www.sosma.org.br/
http://www.brasilescola.com/geografia/o-desmatamento.htm
http://www.portaleducacao.com.br/educacao/artigos/49921/ambientalismo-a-filosofia-em-defesa-do-meio-ambiente
http://planetaorganico.com.br/site/index.php/meio-ambiente-as-17-leis-ambientais-do-brasil/

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