Direito do Trabalho - Trabalho analogo a escravo

CENTRO DE CIÊNC IAS SOCIAI S APLICADA S 1 CURSO: DIREITO LINHA DE PESQUISA: DIREITO DO TRABALHO, DIREITOS FUNDAMENTAIS O TRABALHO ANÁLOGO AO ESCRAVO Carmen Regina Araújo 1 Clara Martins 2 Lilian Radiske Arrial 3 Scheila Guasque Freitas 4 Rafael Bueno da Rosa Moreira 5 RESUMO: Palavras-chave: Trabalho Escravo \u2013 Dignidade da pessoa humana - Direito. Ao longo dos anos podemos verificar as mais diversas formas de trabalho, formas estas que passaram por várias evoluções ao l ongo dos séculos, no Brasil em sua época colonial temos as marcas do trabalho Escravo, os t rabalhadores escravos submetiam -se a trabalhos degradantes, árduos que não eram considerados dignos ao cidadão livre. Com abolição da escravidão pela L ei Aurea em 1888 acreditava-se que os escravos estariam livres, contudo os mesmos continuavam reféns da pobrez a e das classes mais altas, e atualmente infelizmente mesmo com toda evolução da sociedade podemos encontrar situações de trabalhos análogos ao escravo, estes se dif erem da época colonial pois não abrange somente aos negros, mas a qualquer raça, gênero ou idade. A escravidão tanto em seu conceito colonial como contemp orâneo vem a ferir não somente o principio de Dignidade d a Pessoa Humana, mas princípio s de Liberdade e valorização social do trabalho. Podemos nos referir ao trabalho análo go ao escravo também como trabalho forçado ou trabalho obriga tór i o, conceitua-se na ideia de que o trabalhador é forçado ou coagido a trabalhar ou permanecer prestando serviços impossibilitando ou dificultando seu desligamento, podendo s e dar essa coação d e tr ês formas: moral, quando o empregador por meio de forma fraudule nta coa ge o trabalhador muitas vezes com pouca instrução a entrar num ciclo de dívidas sem fim, no qual o impossibili ta de se desli gar; coação psi cológica: neste tipo o trabalhador sofre c om ameaç as de violência, e temos a coação física, aqui realmente o trabalhador é submetidos a castig os, punições as vezes até mesmo morte. 1 Acadê mica do Curso de Direito da Universidade da Região da Campanha \u2013 UR CAMP/Bagé Endereç o eletrônico: car men.regina.araujo@hot mail.com 2 Acadê mica do Curso de Di reito da Universidade da Região da Campanha \u2013 U RCAMP/B agé Ender eço eletrônico: clara. martins.2010@hotmail.com 3 Acadê mica do Curso de Direito da Universidade da Região da Campanha \u2013 UR CAMP/Bagé Ender eço eletrônico: lilianrarrial @gmail.com 4 Acadêmica do Curso de Direito d a Universidade da Região da Ca mpanha \u2013 URCAMP/Bagé Endereço eletrônico: scheilaguasq ue@gmail.com 5 Orientado r, Mestre em Direito UNISC, Professor e P esquisador do Curso d e Graduação em Direito da URCAMP/Bagé e Coor denador do Grupo de Estudos em Direitos Humanos d e Crianç as e Adolescentes nos países do MERCOSUL (GED IHCA/URCAMP ). Endereço eletrônic o: rafaelb moreira2@yahoo.co m.br. CENTRO DE CIÊNC IAS SOCIAI S APLICADA S 2 Normalmente o trabalho análogo a escravo se desenvolve em áreas geogr áficas mais distintas, uma vez motivados por promessas de melhores condições de vida. Em 1995 o governo brasileiro assumiu a existência do trabalho esc ravo perante o país e a OIT, com isso tornou -se uma das primeiras nações do mundo a reconhecer a escravidão contemporânea. Na r edação do art. 149 do Código Penal temos a criminaliz ação do trabalho análogo ao de escravo, amparado pela Constituição Federal de modo que fere os direitos fundamentais do cidadão. O Brasil também adota as convenções tratadas pela a OIT ac erca do trabalho escravo tem os as convenções 29, 105 e a convenção suplementar sobre abolição da escravatura, do tr áfico de escra vos e das instituições e práticas an álogas à escravatura de 1956. Numa analise superficia l pode entender-s e que para a OIT só há escravidão se houver restrição de liberd ade, se ja por meio de violência, ameaça, vigilância ostensiva, ou qualquer outro meio que prenda o empregado. No traba lho análogo ao escravo o ser humano assim como no tempo da e scravidão é tratado como um objeto, não somente pelo f ato de em al gumas vez es ter privação de liberdade, mas por ser desconsiderada a sua dignidade, \u201cO ser humano deve, então, ser tratado como pessoa, sujeito de dignidade, independente mente de qualquer outra característica nata ou adquirida.\u201d (OLIVEIRA, 2003, p. 56). A dignid ade humana é um direito constituído ao homem e deve ser garantida pelo Estado, com criaçõe s de leis de proteção, buscando a garantia pa ra que o homem disfrute desse direito. A \u201csenzala\u201d moderna encontra -se mascarada, mas o homem continua ainda a ser expl orado de muitas formas como podemos verificar em relatórios pu blicados pela a OIT. O direito do trabalho é uma conquista obtida ao longo de anos que visa a ssegurar o abuso em cima dos trabalhadores e a pre servar sua dignidade, por isso não pode ser admitida pelo E stado e por nenhuma out ra pessoa situações que coloquem pessoas nessas condições. Referências bibliográficas http://www.oitbrasil.org.br/sites/default/files/topic/forced_labour/pub/traba lho_escravo_no_br asil_do_%20seculo_%20xxi_315.pdf (acessado em 12/09/2016) OLIVEIRA, Graziela. Dignidade e Direitos Humanos . Curitiba: ed. UFPR, 2003. PITANGA, Mauro. Tr abalho Escravo no Brasil Contemporâneo. Manaus: Ed. Do Autor 2015.

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