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BIOTERÁPICOS OU NOSÓDIOS

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BIOTERÁPICOS OU NOSÓDIOS – PESQUISA E PRÁTICA
INtrodução
Os bioterápicos, anteriormente denominados nosódios, são considerados medicamentos homeopáticos por serem preparados e acordo com a Farmacotécnica Homeopática 
Emprega-se o próprio agente etiológico ultradiluído, visando uma reação terapêutica;
Além do Nosódio na categoria de medicamento homeopático,quer dizer, submetido à experimentação em indivíduos sadios,existem outras categorias de nosódios qu deram origem à chamada Isopatia, prescritos segundo o princípio de identidade da causa.
DEFINIÇÃO
Nosódios, ou bioterápicos (na França), são medicamentos preparados a partir de produto patológico de origem animal ou vegetal como:
– Órgãos doentes,
– Secreções patológicas,
– Germes em geral e suas toxinas.
Segundo Almeida (2011) essa categoria de medicamentos acabou sendo incorporada pela homeopatia, não segundo a lógica isopática da aplicação automática na doença que o originou, mas de acordo com as próprias premissas da Homeopatia (prova e experiência clínica). No entanto, esse caminho não foi trilhado sem debate e polêmica. A discussão e a disputa entre o idem isopático e o símile homeopático foram uma constante no movimento homeopático, na primeira metade do século XIX.
Começamos dizendo que o termo NOSÓDIO foi substituído por BIOTERÁPICO, que é a denominação francesa. Enquanto NOSÓDIO se definia por "medicamentos preparados com produtos patológicos, vegetais ou animais", BIOTERÁPICOS se define por "produtos quimicamente não definidos (secreções, excreções patológicas ou não, certos produtos de origem microbiana e alérgenos) que servem de matéria prima para as preparações homeopáticas bioterápicas" (Farmacopéia Francesa décima edição, 1985).
 Os bioterápicos franceses são feitos em baixas potências porque são lisados ou detoxicados, enquanto os do Dr. Roberto Costa, médico e pesquisador brasileiro, são organismos vivos e por isso são feitos a partir da D 24.
Classificação :
SUB-CATEGORIAS DE NOSÓDIOS: 
1) Nosódio homeopático, oficinal, de estoque, ou nosódio propriamente dito, dotado de patogenesia experimental.
 2) Nosódio de estoque, sem quadro patogenético experimental. 
3) Nosódio individual, autógeno ou autonosódio.
 4) Nosódio coletivo polivalente.
 5 NOSÓDIOS HOMEOPÁTICOS
1. Bioterápicos
 a. bioterápico de estoque: 
a1. códex - soros, vacinas, toxinas e anatoxinas, inscritos na Farmacopéia Francesa, preparados por laboratórios especializados (Instituto Pasteur francês ou Mérieux).
Ex. BCG, Staphylotoxinum, Tuberculinum.
a2. simples - Obtidas a partir de "vacinas estoques" constituídas por culturas microbianas puras, lisadas e atenuadas em determinadas condições. 
Ex.Colibacillinum, Influenzinum, Streptococcinum.
a3. complexos - definidos pelo seu modo de obtenção (secreções ou excreções patológicas) ou seu modo de preparação.
Ex. Luesinum, Psorinum, nosódios intestinais Bach-Paterson.
a4.ingleses ( Nosódios Intestinais de Bach-Paterson)
a.5. Bioterápicos Dr. Roberto Costa - (nosódios vivos Roberto Costa)- São preparados com microrganismos vivos, na escala decimal, usando como diluente cloreto de sódio 0,9%. A solução de partida é uma suspensão contendo 3 bilhões de microorganismos por ml, em solução. Até a D 11 as diluições são feitas em solução fisiológica 0,9%. Da D12 em diante, as diluições são feitas em solução hidroalcoólicas 50%. Para cada diluição são dadas 50 sucussões.
ISOPATIA e ISOTERAPIA
Representa o “idem” na terapêutica.
Almeida (2011) afirma que isopatia significa a terapêutica pelo igual (iso, aequale, idem),tendo surgido no interior do movimento homeopático, mas não segue o princípios do símile hahnemanniano.
O princípio da isopatia, isto é, o uso da matéria mórbida no tratamento e na prevenção da própria doença, já havia sido praticado pela medicina popular desde o século XVII (varíola) e assumida pela medicina, por intermédio de Jenner, nos séculos XVIII e XIX. A Europa já tinha a informação desde a Renascença sobre a prática da isopatia na China, na prevenção da varíola e varicela. Em toda a Europa havia relatos de sucessos por este método. Mas o grande avanço veio com a Homeopatia.
A cura pelo igual foi um caminho quase natural aberto pela Homeopatia. O impulso pela busca do resultado terapêutico fez com que muitos médicos ligados ao movimento homeopático fizessem um by-pass pelo símile de Hahnemann e buscassem um caminho mais direto entre doença e remédio.
A Isoterapia visa tratar as doenças por meio dos produtos elaborados pela própria doença ou com material do órgão afetado. Se for material retirado do próprio paciente é chamado de Autonosódio. O Nosódio é um Isoterápico.
NOSÓDIO (ou BIOTERÁPICO)
O remédio homeopático visa a especificidade do indivíduo, procurando tratar a doença, curando o doente, atingindo as causas intrínsecas do indivíduo ligadas aos diferentes fatores externos em sua totalidade etiológica sob todos os aspectos possíveis de suas manifestações. O Nosódio é um remédio homeopático, pois, é preparado segundo a farmacopéia omeopática, é indicado para um quadro semelhante àquele cuja substância é capaz de produzir, é empregado em dose oligodinâmica e é indicado como ação profilática, como tratamento ou mesmo atenuação das manifestações mórbidas.
O Nosódio tem sua experimentação natural, conhecida através dos estudos da fisiopatologia e toxicologia descritas nos compêndios especializados. A rigor, um isopático é a substância proveniente do próprio doente, destinada ao seu tratamento. O isopático submetido às regras da farmacotécnica homeopática, pronto para ser usado como medicamento é um isoterápico. Quanto à sua origem o Nosódio é classificado como isopático (igual ou própria substância) enquanto os demais medicamentos homeopáticos são considerados homeo (semelhantes). Entre nós é mais comum usarmos a expressão “Auto-nosódio” em lugar de auto-isoterápico. Concluindo, todo Nosódio é um isoterápico, mas nem todo isoterápico é um Nosódio.
KOLLISTCH, P. distingue duas espécies de Nosódios:
1. de estoque, geralmente utilizados em casos agudos, e
2. de diátese ou clássicos, para casos crônicos.
Os NOSÓDIOS CLÁSSICOS são:
1. Psorinum – a sua descrição é explicada por uma disindução do processo biológico. Esse fenômeno de disfunção vai do psíquico ao soma.
2. Syphilinum – é caracterizada por hipoindução, expressa por vazi
À exceção dos Nosódios Clássicos que são dados em altas dinamizações e repetidos a médios e longos intervalos, os Nosódios de estoque sugeridos pelos resultados clínico-laboratoriais, são administrados em média potência, geralmente a 30 DH, com repetições de várias vezes ao dia, e acordo com a gravidade do caso, até serem atenuados e eliminados os sinais e sintomas da doença base, alternados com medicamentos indicados como de fundo ou simillimum e o episódico, cobrindo o conjunto de sinais e sintomas.
Exemplo de prescrição:
Caso de Asma extrínseca em homem adulto, desde criança, alternado com rinite alérgica:
1.Remédio Constitucional (Simillimum):
Ex.: Calcarea fluorica 200CH (1 dose)
2.Remédio Fisiopatológico ou Etiopatogênico (Nosódio):
Ex.: Histaminum 30DH ou Pneumococo 30DH, etc. (3 x dia)
3.Remédio Episódico ou Sindrômico:
Ex.: Lobelia inflata 2DH (1 dose de 1/1 hora)
Portanto, o Nosódio vivo é preparado e dinamizado a partir de culturas VIVAS, segundo a técnica desenvolvida pelo Prof. Dr. Roberto Costa.
DIFICULDADES TÉCNICAS RELACIONADAS AOS AUTONOSÓDIOS 
Os autonosódios, elaborados a partir de produtos patológicos de um doente para ele próprio, obviamente não dispõem de patogenesia, não obedecem à lei da semelhança e não se encontram em estoque, não permitindo a sua inclusão prévia nos esquemas terapêuticos. Representam preparações extemporâneas, submetidas ao procedimento de diluição e dinamização. Assemelham-se às autovacinas, sendo regra a sua administração oral. Situações excepcionais de urgência exigem do médico a disponibilidade de equipamento mínimo para o preparo de um autonosódio - ou qualquer outro isoterápicoinesperado.
CONCLUSÃO
O presente artigo visa colocar à vista a questão dos Bioterápicos ou Nosódios, até então pouco conhecida e valorizada, se bem que prescrita por alguns homeopatas desde longa data. Divulgar este método homeopático e lembrar a figura do saudoso Roberto Costa, estão incluídos. Representa um campo aberto à pesquisa e à terapêutica, já que ilumina e atualiza o arsenal medicamentoso à disposição do terapeuta especializado.
A ampliação do conhecimento da teoria homeopática, da sua filosofia, da matéria médica, da farmacotécnica e da terapêutica, descortinam um amplo horizonte para uma prática atualizada e moderna em consonância com os ditames e progressos da Ciência Médica e suas relações inter e transdisciplinares. Não é o escopo desse trabalho esgotar o assunto, mas contribuir para os que buscam caminhos para a pesquisa e a prática da Ciência Homeopática. Se este objetivo for alcançado estaremos satisfeitos e recompensados.
www.ihb.org.br/ojs/index.php/artigos/article/download/640/570
http://www.portaldehomeopatia.com.br/bioterapicos.htm
https://docplayer.com.br/32849048-Nosodios-conceito-diferenciacao-variantes-profa-anna-kossak-romanach.html

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