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Sistema Neurológico Universidade de Brasília - UNB Faculdade de Ceilândia - FCE Curso de Enfermagem Revisão anatômica e fisiológica • Sistema Nervoso (SN) separado em duas divisões: - SNC (sistema nervoso central) - SNP (sistema nervoso perifériferico) SNC (sistema nervoso central) • Cérebro • Medula espinhal SNP (sistema nervoso periférico) • Nervos cranianos: 12 (I olfatório, II óptico, III oculomotor, IV troclear, V trigêmio, VI abducente, VII facial, VIII vetibulococlear, IX glossofarínge, X vago, XI espinhal, XII hipogloso) • Nervos espinhais: 31 pares (8 cervicais, 12 torácicos, 5 lombares, 5 sacrais e 1 coccígeo) • SN somático ou voluntário • SN autônomo ou involuntário Função do SN • Controlar todas atividades motoras, sensoriais, autômicas, cognitivas e comportamentais • Possui cerca de 10 milhões de neurônios sensoriais (informações do ambiente interno/externo => cérebro). • 500 mil neurônios motores que controlam os músculos glândulas do corpo. • 20 bilhões de cel. nervosas (ligam vias motoras e sensoriais). Células SN • Unidade funcional básica é o neurônio (corpo celular, dentrito e axônio) • Neurotransmissores (comunicam mensagens de um neurônio para outro), são produzidos e amarzenados em vesículas sinápticas: - Acetilcolina - excitatória (estimulação vagal) - Serotonina - inibitória (humor, sono, inibe vias álgicas) - Dopamina - inibitória (atenção, emoções) mov. Finos - Norepinefrina - excitatória (humor) Cérebro • 2% do peso corporal total (1400 g adulto e 1200 g idoso) • Dois hemisférios (direito e esquerdo) • Divido em três áreas (cérebro, tronco cerebral e cerebêlo) • Frontal: controla concentração, pensamento abstrato, armazenamento de informações ou memória e função motora. • Parietal: sensorial, consciência tempo espaço e orientação. • Temporal: áreas receptoras auditivas • Occipital: interpretação visual Estruturas de proteção • Crânio rígido • As meninges (tec. Conjuntivo fibroso reveste cerebro e medula espinhal) - Dura-máter (camada mais extensa) - Aracnóide (membrana média, produção ventrículos LCR 500 ml adulto produzido por dia 350 ml são absorvidos) - Pia-máter (membrana mais interna) Interpretação • Pontuação total: de 3 a 15 – 3 = Coma profundo (85% de probabilidade de morte; estado vegetativo); – 4 = Coma profundo; – 7 = Coma intermediário; – 11 = Coma superficial; – 15 = Normalidade • Classificação do Trauma cranioencefálico (ATLS, 2005) – 3-8 = grave (necessidade de intubação imediata) – 9-13 = moderado – 14-15 = leve CASO: A. B. S. QUEIXA PRINCIPAL: “desmaio” Paciente do sexo masculino, 64 anos, motorista aposentado, morador de Bangu. Anamnese Paciente deu entrada na emergência do Hospital Estadual Rocha Faria, com relato de queda do nível de consciência, progressivo e com cinco dias de evolução (segundo familiares) com cefaléia pregressa. É hipertenso (10 anos) e não faz acompanhamento ambulatorial ou uso de quaisquer medicações. Tabagista, etilista social, nega diabetes. Ao exame: - Paciente torporoso, ECGI de 7 (2+3+2) [AO, RV, RM], apresentando abertura ocular espontânea, porém sem verbalizar e com discreta resposta aos estímulos táteis vigorosos apenas. Hipocorado (++/4+) , acianótico, anictérico, taquipneico, febril ao toque. PA = 180x90 FC = 64 FR= 29 Tax = 38,1ºC - MV diminuído em base esquerda, roncos difusos. - RCR 3T (B4) , bulhas normofonéticas, sopros ou extrassístoles. - Abdome globoso, indolor à palpação superficial e profunda, peristáltico, sons timpânico. Sem massas ou visceromegalias. - MMII sem alterações. Na admissão foi oferecido oxigênio sob máscara, puncionado um acesso venoso periférico e iniciada hidratação venosa, colhidos exames laboratoriais (hemograma e bioquímica) e realizada uma radiografia de tórax. A tomografia não estava funcionando na unidade e foi solicitada uma uma ambulância para levar o paciente até outra unidade para realizar a mesma. Acidente Vascular Cerebral (AVC) • CONCEITO: • Consiste na perda súbita da função cerebral em decorrência da ruptura do aporte sanguíneo para uma região do cérebro. • Em geral é resultado da doença cerebrovascular de longa duração. • AVC principal problema mundo AVC Acidente Vascular Cerebral (AVC) pode ser definido como o surgimento de um déficit neurológico súbito causado por um problema nos vasos sanguíneos do sistema nervoso central. Classicamente o AVC é dividido em 2 subtipos: -AVC isquêmico: ocorre pela obstrução ou redução brusca do fluxo sanguíneo em uma artéria cerebral causando falta de circulação no seu território vascular. Ele é responsável por 85% dos casos de AVC. -AVC hemorrágico: o acidente vascular cerebral hemorrágico é causado pela ruptura espontânea (não traumática) de um vaso, Epidemiologia - AVC • Entre os 58 milhões de mortes por ano no mundo, 5,7 milhões foram AVC. • È a segunda causa de morte mais comum, responsável por 10% de todas as mortes no mundo • 2ª causa de morte entre pessoas acima dos 60 anos de idade, e a quinta causa principal causa dos 15 aos 59 anos. • A cada ano, cerca de seis milhões de pessoas morrem de acidente vascular cerebral. • O AVC é responsável por mais mortes anualmente do que os atribuídos à Aids, tuberculose e malária juntos. (AVC) é a doença que mais mata os brasileiros, sendo a principal causa de incapacidade no mundo. Aproximadamente 70% das pessoas não retorna ao trabalho após um AVC devido às seqüelas e 50% (ficam dependentes de outras pessoas na alta) Maior frequência acima de 60 anos, pode ocorrer em qualquer idade, inclusive nas crianças. O AVC e jovens, ocorrendo em 10% de pacientes com menos de 55 anos e Organização Mundial de AVC (World Stroke Organization) prevê: Epidemiologia - AVC Região 2005 2006 2007 2008 2009 2010 Região Norte 28,6 30,7 31 34,5 33,6 32,4 Região Nordeste 45,5 51,7 51,4 51,6 50,7 51 Região Sudeste 53 55,2 53,4 54,8 54,8 55,3 Região Sul 58,9 58,8 60,8 60,7 61,8 62,9 Região Centro-Oeste 39 40 39,3 41,6 39,6 41,4 Total 48,9 51,7 51,1 52,2 51,8 52,3 Fonte: Ministério da Saúde/SVS - Sistema de Informações de Mortalidade (SIM) e IBGE Nas tabulações por faixa etária ou sexo, estão suprimidos os casos com idade ou sexo ignorados, respectivamente. TME - Taxa de mortalidade específica: óbitos por 100.000 habitantes. Taxa de mortalidade específica por doenças do aparelho circulatória TME p/doenç. cerebrovasculares por Região e Ano Período:2005-2010 Fisiopatologia • Dividido duas categorias - Não hemorrágico ou isquêmico 85 % - Hemorrágico 15 % AVC não Hemorrágico ou Isquêmico (AVCI) Trombótico (grande 20 %, pequenos 25 % artérias) Embólico (origem cardíaca ou carotídea 20%) AVC Hemorrágico É uma hemorragia cerebral (ruptura do vaso com sangramento para dentro do tecido cerebral ou espaços que circundam o cérebro) Microaneurismas Transformação hemorrágica do AVCI (5 %) hemorragia extradural (entre parte interna do crânio e duramater), subdural (entre duramater e aracnóide), subaracnóide (no espaço subaracnóide) e intracrâniana (dentro do cérebro) Fatores de risco para o AVC HAS Arritmia cardíaca Ateroma de vaso supra-aórtico Dislipidemia Coronariopatia Diabetes Tabagismo Colesterol alto Obesidade Consumo álcool Uso de drogas (cocaína) Consumo contraceptivos oral (junto HAS altos níveis estrógenos) Início súbito de qualquer dos sintomas abaixo: • Paresia ou parestesia na face, no braço ou na perna, especialmente em um lado do corpo •Confusão, alteração da fala ou compreensão •Alteração na visão (em um ou ambos os olhos) •Alteração do equilíbrio, coordenação , vertigem ou alteração da marcha •Dor de cabeça súbita, intensa, sem causa aparente LIGUE imediatamente para o número 192 (SAMU). APRENDA A RECONHECER O AVC PORQUE TEMPO PERDIDO É CÉREBRO PERDIDO AVC - SINAIS DE ALERTA: Conheça os seus próprios fatores de risco: hipertensão arterial, diabetes e colesterol alto, fibrilação atrial. Seja fisicamente ativo e exercite-se regularmente. Evite a obesidade, mantendo uma dieta saudável. Limite o consumo de álcool. Evite o fumo do cigarro. Se você fuma, procure ajuda para parar agora. Aprenda a reconhecer os sinais de alerta de um AVC. A CAMPANHA MUNDIAL DE COMBATE AO AVC INICIADA EM 2010 TEM O OBJETIVO DE REDUZIR O IMPACTO DO AVC AGINDO EM SEIS DESAFIOS BÁSICOS: Quadro clínico Perda motora : hemiparesia (fraqueza 1/2) -face, braço, perna do mesmo lado, hemiplegia (paralisia in/completa), ataxia. Perda de comunicação: disartria e disfasia ou afasia, apraxia (pentear cabelo) Distúrbos da percepção: interpretar sensorial Perda sensorial: Parestesia (formigamento) - ocorre no lado oposto da lesão. Comprometimento cognitivo e afetivos psicilógicos, lobo frontal perda memória, da consciência Confusão aguda Diplopia, perda de visão Diagnóstico Exame físico neurológico (manter via aérea permeável (perda do reflexo do vômito, tosse ou padrão respiratório) motor TC ou RM (hemorrágico ou isquêmico) Doppler Ecocardiografia Tratamento da fase aguda Controlar PA AAS apenas após TC Não usar heparina em dose curativa, apenas profilaxia de TVP se imobilidade PROTOCOLO INTRAVENOSO TROBÓLISE. Aadministrados em 4 horas e 30 minutos após a acidente vascular cerebral, por via intravenosa ativação do plasminogênio tecidual recombinante - ativador (rt-PA) tem sido demonstrado para diminuir deficit funcional (ateplase) tornou-se assim um dos principais tratamentos específicos recomendados para gerenciar aguda tratamento de acidente vascular cerebral isquêmico (Nível de evidência 1A). < 30% o risco de sequelas do AVC e mortalidade em 18% TRATAMENTO 2012- Diretrizes para o tratamento do acidente vascular cerebral isquêmico Recomendações de tempos ideais para o tratamento de AVC em Emergência. Desde a admissão até a avaliação médica: 10 minutos Desde a admissão até craniano CT (final): 25 minutos Desde a admissão até craniano CT (inter: pretação): 45 minutos Desde a admissão até a infusão do rt-PA: 60 minutos Disponibilidade de neurologista: 15 minutos Disponibilidade do neurocirurgião: 2 horas De admissão para a cama monitorados: 3 horas TRATAMENTO 2012- Diretrizes para o tratamento do acidente vascular cerebral isquêmico Manual de rotinas para atenção ao AVC – MS 2013 Tratamento pós-fase aguda Controle dos fatores de risco Reabilitação mais precocemente possível Motora Da fala Da deglutição Da visão Da heminegligência (motora) Avaliar o humor Adaptação do domicílio do paciente. Prognóstico do AVC Até 25% dos pacientes podem piorar nas primeiras 48 horas após o acidente. A mortalidade no 1º mês é de 20 a 30 %. Os AVCs representam a primeira causa de incapacidade em idosos. Em estudo recente, apenas 39 % dos pacientes puderam retornar à domicílio, 26% foram institucionalizados... Prognóstico do AVC O prognóstico depende: Do tipo de AVC Da área acometida Da idade do paciente Do adequado controle dos fatores de risco Do nível de suporte social Principais seqüelas Déficit motor de MMSS - 82 % Déficit motor de MMII - 79 % Distúrbios da propriocepção - 52 % Afasia - 46 % Distúrbios urinários – 41 % Demência – 37 % Paralisia facial - 36 % Distúrbios da deglutição – 27 % Úlcera de decúbito – 20 % MENINGITES • Definição: Inflamação das meninges (pia-máter e aracnóide) que revestem o cérebro e a medula espinhal. Causada por um organismo viral (asséptica - enterovírus 90% - idosos e crianças), bacteriano (processo inflamatório séptica) ou fúngico. Conceito O termo meningite expressa a ocorrência de um processo inflamatório das meninges, membranas que envolvem o cérebro. Agente etiológico Diversos agentes infecciosos: bactérias, vírus e fungos, agentes não infecciosos (ex.: traumatismo) MENINGITE Bactérias Vírus Outros Neisseria meningitidis Haemophilus influenzae Streptococcus pneumoniae Mycobacterium Tuberculosis Staphylococcus aureus Pseudomona aeruginosa Escherichia coli Klebsiella sp Enterobacter sp Salmonella sp Proteus sp Listeria monocytogenes Leptospira sp RNA Vírus • Enterovírus • Arbovírus • Vírus do Sarampo • Vírus da Caxumba • Arenavírus - Coriomeningite linfocitária • HIV 1 DNA Vírus • Adenovirus • Vírus do grupo Herpes • Varicela Zoster • Epstein Barr • Citomegalovírus Fungos • Cryptococcus neoformans • Candida albicans e • C. tropicalis Protozoários • Toxoplasma gondii • Trypanosoma cruzi • Plasmodium sp Helmintos • Infecção larvária da Taenia solium • Cysticercus cellulosae (Cisticercose) Agente etiológico Epidemiologia As meningites têm distribuição mundial Mundialmente, ocorrem aproximadamente 500 mil casos por ano M.meningocócica, destes cerca de 60 mil pacientes apresentam sequelas permanentes e mais de 50 mil morrem. Depende de fatores como o agente infeccioso, existência de aglomerados populacionais e do meio ambiente (clima). Sazonalidade da doença: predomínio das bacterianas no inverno (55%) e das meningites virais no verão. Notificação de casos 2005, o sorogrupo B predominava no país, a partir desse ano, ocorre a inversão dos sorogrupos circulantes, passando a prevalecer o sorogrupo C em todas as regiões (exceto na região Sul). A partir de 2000, observa-se um declínio no número de casos da DM, já no período de 2007 a 2010, observa-se um aumento no número de casos da doença, provavelmente pela melhora do diagnóstico laboratorial, e para o ano de 2011 é possível identificar uma redução de 6% no total de casos. Modo de transmissão • Em geral, a transmissão é de pessoa a pessoa, através das vias respiratórias, por gotículas e secreções da nasofaringe, havendo necessidade de contato íntimo (compartilham o mesmo dormitório ou alojamento, comunicantes de creche ou escola, namorado) ou contato direto com as secreções respiratórias do paciente. • A meningite tuberculosa é uma complicação da infecção tuberculosa. • A transmissão fecal-oral é de grande importância em infecções por enterovírus.MENINGITE BACTERIANA -É a forma mais significativa de meningite -As bacterias mais encontradas são Neisseria meningitidis (meningite meningocócica), o streptococcus Pneumonie (em adultos), e o hemophilus influenza (em cças e adultos jovens). Estes correspondem a 75% dos casos de meningite bacteriana. Pode iniciar com infecção orofaringea, seguida por septicemia, estendendo-se as meninges e a medula. FISIOPATOLOGIA - Meningite bacteriana começa como uma infecção da nasofaringe e é seguida por septicemia - As bactérias podem adentrar a partir de lesões cranianas e de fraturas de crânio. - A infecção estende-se pia-aracnóide das meninges e para o espaço subaracnóide, LCR e difundindo para demais áreas do cérebro Fatores predisponentes incluem infecções do trato respiratório superior, otite, procedimentos neurocirúrgicos recentes,traumatismos cranianos. - Nas infecções agudas pode ocorrer óbito devido a toxidade bacteriana. • Cefaléia • Hipertermia • Pode ocorrer alteração do nível de consciência • Desorientação e amnésia • Pode ocorrer letargia chegando ao Coma. • Fotofobia • Alteração estado mental – confusão – idosos • Erupção petequial- coagulopatia Manifestações Clínicas Manifestações Clínicas • Convulsões • Aumento do pulso e bradicardia • Lesão cutânea nos pacientes com meningite meningocócica • Na meningite meningocócica ocorre infecção fulminante, com sinais severos de septicemia, início brusco de elevação da temperatura, podendo levar ao choque e morte. TRATAMENTO • Antibiótico que atravessa a barreira hematoencefálica para o interior do espaço subaracnóideo em concentração suficiente para sustentar a multiplicação bacteriana (cefalosporina – cefitriaxona, vancomicina) • Dexametasona • antifúngicos – anfotericina, fuconazol, • Antitérmicos e hidratação • Convulsão (diazepam, fenitoína) • Diurético hosmótico (manitol) edema cerebral. Complicações meningites • Convulsões 20-30% dos pacientes • HI edema cerebral, diminuição perfusão tecidual • Edema cerebral grave- compressão tronco cerebral Avaliação de enfermagem • Obter uma história de infecção recentes • Avaliar estado neurológico e sinais vitais • Avaliar perda auditiva sensioneural (visão e audição) diminuição função cognitiva DE • Hipertermia • Risco desequilíbrio de volume de líquido • Perfusão tecidual inadequada (cerebral) • Dor aguda • Mobilidade física comprometida • Confusão Intervenções de enfermagem Meningite • Controlar terapia medicamentosa (ATB) • Verificar SSVV • Empregar medida de resfriamento (banho morno, compressas frias, retirar cobertores) • Evitar sobrecarga hídrica • Monitorar balanço hídrico • Avaliar nível de consciência • Avaliar sinais hipertensão intracraniana ( nível consciência diminuído, pupilas dilatadas) • Manter ambiente calmo e silencioso • Preparar paciente para punção lombar • Relatar sinais de complicação a equipe (hipetermia persistente, dim. nível consciência, alterações padrão respiratório) • Controlar dor - administração analgésicos • Evitar opióides (mascarar nível consciência) Intervenções de enfermagem Meningite • Manter cabeceira leito (dim. PIC) • Promover intervenções reabilitação – girar, posicionamento, exercícios passivos e ativos Intervenções de enfermagem Meningite • Prevenir meningite bacteriana eliminando colonização e infecção: - Administrar vacinas H influenzae tipo B para cça • Profilaxia antifúngicos a imunodeprimidos • Orientar pacientes que tiveram contato com paciente com meningite tratamento profilático (médico) Intervenções de enfermagem Meningite comunitária Distúrbios neurológicos degenerativos Universidade de Brasília - UNB Faculdade de Ceilândia - FCE Curso de Enfermagem • Afetam todos os grupos etários • Diferentes fatores etiológicos, conduta similar – manter função maior período possível • Necessitam de uma conduta multidisciplinar • Cuidados domiciliares, adaptação declinante, manter alta qualidade de vida. ESCLEROSE MÚLTIPLA CONCEITO • Doença degenerativa crônica, progressiva, do SNC,caracterizada por ocorrência de pequenas placas de desmielinização cerebral e medular. • Desmielinização se refere à destruição da mielina,o material lipídico-proteíco que circunda certas fibras nervosas no cérebro e na medula espinhal. A desmielinização resulta em distúrbios na transmissão de impulsos nervosos. CAUSAS • Desconhecida • Lesão na mielina, resultante de Infecção Viral no início da vida se torna aparente período tardio da vida • Acredita-se que seja uma resposta imune alterada, caracterizada pela ocorrência de pequenas placas de desmielinização branca do nervo óptico, cérebro e medula espinhal INCIDÊNCIA - Afeta usualmente adultos na faixa de 18-55 anos de idade, mas casos fora destes limites têm ocorrido. - Nos EUA é uma doença mais incapacitante, que acomete adultos jovens de 20 a 40 anos - Afeta mais mulheres (duas vezes) do que homens INCIDÊNCIA Atualmente, são 15 casos para cada 100 mil habitantes. Em todo o Brasil, são cerca de 24.000 pessoas com a doença. Nos Estados Unidos, a incidência é bem maior, atingindo 200 pessoas a cada 100 mil habitantes. A doença aparece mais em climas temperados e frios. Geralmente, porque a baixa luminosidade durante o ano diminui a proteção imunológica, “No Brasil, por exemplo, a incidência nas regiões Norte e Nordeste são mais baixa que no Sudeste e na região Sul”. FISIOPATOLOGIA • A desmielinização refere-se a irregularmente por todas fibras nervosas no cérebro e na medula espinhal. • Os axônios degeneram • As placas das áreas envolvidas tornam-se esclerosadas, interrompendo o fluxo dos impulsos nervosos e resultando em uma variedade de manifestações na dependência dos nervos afetados • As áreas mais afetadas são os nervos ópticos o cérebro, tronco cerebral, cerebelo e a medula espinhal. MANIFESTAÇÕES CLINICAS • Fadiga e fraqueza • Reflexos anormais ou ausentes-exagerados • Função motora – fraqueza, tremor e descoordenação • Distúrbios sensoriais: parestesias, comprometimento da sensibilidade profunda, • Disartria • Disfunção urinária: hesitação, freqüência, urgência, retenção, incontinência • Disfunção não comportamentais: comprometimento cognitivo, labilidade emocional. Avaliação Diagnóstica • Diagnóstico definitivo é difícil • RM mostra pequenas placas dispersas em toda substância do SNC • Ressonância magnética para monitorar placas • Estudo eletroforese LCR mostra anticorpos Imunoglobulina G Medicamentos • Corticosteróides ou hormônio adrenocorticotrópico – diminui inflamação encurtar período de recidiva • Agentes imunossupressores podem estabilizar o curso • Interferon beta-1a (Rebif, Anovax) e beta 1b para tratamento dos sintomas rápidos e progressivos • Uso imunomodulador (acetato de glatiramer) SC reduz taxa recidiva • Relaxantes musculares de ação central baclofeno – controle espasticidade • Anticolinérgicos (oxibutinina) para controle vesical + ATB profiláticos • Emolientes fecais, laxativos • Carbamazepina controle distonia e dor crônica Medicamentos DE • Disfunção sexual • Eliminação urinária alterada• Fadiga • Mobilidade física prejudicada • Processos familiares alterados • Senso percepção alterado (auditivo, visual, gustativa, tátil olfatória) Intervenções de enfermagem • Observar reações adversas medicamentosa • Interferon beta: - febre, astenia, calafrios, mialgias e sudorese - reação local sítio injeção • Imunossupressor (glatiramer): - reação local sítio injeção - náuseas diarréia, sudorese, rubor, dor torácica • Corticosteróides • Relaxantes musculares (sonolência, fraqueza, confusão, náuseas, miccção) • Monitorar SSVV • Monitorar sinais de infecção respiratória ou urinária, sepse • Monitorar sinais complicações da imobilidade, úlceras de pressão, contraturas, constipação, PNM, TVP. • Orientar realizar exercícios diários alongamento e fortalecimento muscular • Incentivar deambulação e atividades • Mudança de posicionamento Intervenções de enfermagem • Orientar exposição a agentes infecciosos • Otimizar função sensorial (uso óculos,) diplopia • Manter função urinária, ingestão adequada de líquidos • Retenção urinária avaliar cateterização de urina residual Intervenções de enfermagem • Incentivar a comunicação verbal entre paciente e familiares quanto ao processo patológico • Explorar adaptação de alguns papeis sociais • Orientar paciente a respeitar a fadiga e evitar esforços físicos excessivos. • Instruir paciente técnica de auto-injeção para interferon beta e acetato de glatiramer. Intervenções de enfermagem Mal de Alzheimer Mal de Alzheimer • Em 1950, havia 214 milhões de pessoas com 60 anos ou mais e as estimativas indicam que serão 1 bilhão em 2025. Mal de Alzheimer • Perda de neurônios no hipocampo e no córtex Mal de Alzheimer • Comprometimento da memória e cognição: diminuição da memória, dificuldade no raciocínio e pensamento, e alterações comportamentais. Mal de Alzheimer • Sintomas – Primeira manifestação clinica: perda de memória recente - perda gradual da memória – declínio no desempenho para tarefas cotidianas – diminuição do senso crítico – desorientação temporal e espacial – mudança na personalidade – dificuldade no aprendizado – dificuldades na área da comunicação. Mal de Alzheimer • Tratamento: • – Inibidores da acetilcolinesterase • • Tacrina • • Donepezil • • Rivastigmina • • Galantamina • – Antiagregantes Mal de Parkinson Mal de Parkinson • Perda de neurônios dopaminérgicos Mal de Parkinson • Comprometimento do controle dos movimentos Mal de Parkinson • Sintomas • – Tremores em repouso • – lentidão de movimentos • – Rigidez muscular • – Desequilíbrio postural • – Supressão dos movimentos voluntários • – Alterações na fala e na escrita Mal de Parkinson • Tratamento – Levodopa – Agonistas dos receptores dopaminérgicos • • Bomocriptina • • Ropinirol • • Pramipexol – Antagonistas dos receptores muscarínicos • • Mesilato de benzotropina • • Cloridrato de difenildramina Referências NETTINA, S. M. Prática de Enfermagem 8. ed . Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008. SMELTZER, S. C.; BARE, B. G. Brunner, & Suddarth Tratado de Enfermagem Médico-cirúrgica. 10. ed. Rio de Janeiro, Guanabara Koogan, 2009. Oliveira-Filho, J.Diretrizes para tratamento do acidente vascular isquêmico – Parte I. Arq Neuropsiquiatr. v.70, n.8, p.621-629. 2012 OLIVEIRA-FILHO, J. Diretrizes para tratamento do acidente vascular isquêmico – Parte I. Arq Neuropsiquiatr. v.70, n.8, p.621-629. 2012 MARTINS, S. C. O. Diretrizes para o tratamento do acidente vascular cerebral isquêmico – Parte II: tratamento do acidente vascular. Arq Neuropsiquiatr. v.70, n.11, p.885-893. 2012. MINÍSTÉRIO DA SAÚDE. PORTARIA Nº 493, DE 23 DE SETEMBRO DE 2010. PROTOCOLO CLÍNICO E DIRETRIZES TERAPÊUTICAS: ESCLEROSE MÚLTIPLA. Disponível: http://portal.saude.gov.br/portal/saude/profissional/visualizar_texto.cfm?idtxt=35490&janela=1 MINÍSTÉRIO DA SAÚDE. PORTARIA Nº 664, DE 12 abril DE 2012. PROTOCOLO CLÍNICO E DIRETRIZES TERAPÊUTICAS – TROMBÓLISE NO ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL ISQUÊMICO AGUDO . Disponível: http://portal.saude.gov.br/portal/saude/profissional/visualizar_texto.cfm?idtxt=35490&janela=1 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Projeção preliminar da população. 2000. Manicini G. et al. O estudo da bioquimica nas doenças mentais. Disponível em: http://ppgbqa.ufsc.br/files/2011/06/Semin%C3%A1rio-Reuni-II.pdf. Acesso em 16.04.2014.
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