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A economia novo-clássica I O ataque novo-clássico 1 II Expectativas racionais 1 III Surpresa monetária 3 I O ataque novo-clássico O princípio central de política econômica da economia novo-clássica é que a estabilização de variáveis reais, como produto e emprego, não pode ser alcançada pela adiministração da demanda agregada. Os valores dessas variáveis, tanto no curto como no longo prazo, são insensíveis a políticas sistemáticas de administração da demanda agregada. Ou seja, para os novos-clássicos, medidas de política fiscal e monetária de alteração da demanda agregada não afetarão o produto e o emprego, mesmo no curto prazo. Esse é o postulado novo- clássico da ineficácia das políticas econômicas. II Expectativas racionais Essa formulação novo-clássica vai contra a keynesiana e monetarista, que eram expectativas adaptativas (retrospectivas). Dessa vez, pressupõe-se que os ofertantes de mão-de-obra formam expectativas para o nível de preços agregado corrente com base em todas as informações relevantes disponíveis sobre a variável que está sendo prevista. Essa formulação leva em conta se as políticas econômicas são previstas ou não. Se os agentes tiverem a informação, por exemplo, de um aumento nos estoques de moeda, irão levar em conta essa informação para formular a expectativa de preços futuros. Ou seja, levando em conta um aumento no estoque de moeda, o mercado de trabalho irá ajustar sua oferta agregada de acordo com a informação. No caso keynesiano, supunha-se que os salários eram fixos no curto prazo, pois os agentes demoravam tempo pra responder à oscilações na demanda agregada, dado que formulavam suas expectativas com base nos preços passados. O traço característico do modelo novo-clássico é que tanto a oferta de trabalho quanto a oferta agregada agora dependem das expectativas das variáveis contemporâneas racionalmente formadas, incluindo variáveis de política fiscal e monetária. O aumento no estoque de moeda desloca a curva de demanda agregada de Yd(M0 , ...) para Yd(M1'...). Por si só, essa mudança aumentaria o produto para y'1 e o nível de preços para P'1. O aumento no nível de preços deslocaria a curva de demanda por mão-de-obra de Nd(P0) para Nd(P'1), e o emprego subiria para N'1. Porém, como o aumento no estoque de moeda foi plenamente previsto., há também um aumento no estoque de moeda esperado, que desloca a curva de oferta agregada para a esquerda de Ys(M0,...) para Ys'(M1,...) e também desloca a curva de oferta de mão-de-obra para a esquerda de Ns(M0,...) para Ns(M1... ). Esses deslocamentos fazem o emprego e o produto voltarem a seus níveis iniciais, mais baixos, de y0 e N0. No caso novo-clássico, a posição da curva de oferta de trabalho e oferta agregada não são fixas no curto prazo. O mercado de trabalho só retornará ao equilíbrio depois que o salário monetário e o nível de preços tiverem aumentado na mesma proporção, o salário real estiver inalterado e, como consequência, o emprego e produto em seus níveis originais. III Surpresa monetária Um aumento na oferta de moeda, sem antecipação dos agentes No curto prazo, uma política econômica afetaria a curva de demanda por trabalho e a curva de oferta por trabalho, pois os agentes não previram a política, deslocando as curvas para a direita. Entretanto, no longo prazo, os agentes tomariam ciência das alterações da demanda agregada e corrigiriam suas expectativas, deslocando a curva de oferta de trabalho e oferta agregada para a direita, corrigindo o desvio, e retornando ao nível original de produto e emprego. No modelo novo-clássico pressupõe-se, portanto, que os agentes econômicos sejam racionais, mas que não dispõem de informações perfeitas, gerando, assim, no curto prazo, desvios do produto e emprego em relação a suas taxas de equilíbrio de longo prazo.
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